(Por Arnaldo Silva) O território que hoje é Minas Gerais, era chamado de Cataguás, (também conhecidos como Cataguases) por ser habitado por indígenas desta etnia. Os Cataguás eram guerreiros valentes e um povo presente em todo os cantos do território mineiro, a ponto da região, que é hoje o nosso Estado, ser conhecida como “País dos Cataguás” ou até “Campos Gerais dos Cataguases”, denominação que só desapareceu depois de criada a Capitania de Minas Geraes (com E mesmo). Devido a variedade enorme de minas de diversos metais encontradas no que é hoje o território mineiro, o primeiro nome dado no período do Brasil Colônia era MINAS GERAES e o gentílico era GERALISTA e não mineiro. Após 1720, no século XVIII, a grafia do nome do Capitania passou a ser Minas Gerais, sem o E. Mas o gentílico continuou sendo geralista. (foto acima de Arnaldo Silva)
Nessa época, Minas Gerais vivia no auge do Ciclo do Ouro e praticamente todos os moradores das Minas Gerais trabalhavam ou dependiam de alguma forma da exploração de minas de ouro, ferro, prata, bauxita, manganês, estanho, níquel, esmeraldas, diamante, calcário, quartzo, etc. Quem trabalhava nas minas era chamado de mineiro.
Naquele período, bastava perguntar para qualquer um: o que você é? A resposta era na hora. Sou mineiro! Ninguém falava, sou geralista, falava claramente, sou mineiro.
Não tinha o uai completando a resposta não, já que a expressão uai se popularizou somente no século XIX.
Por esse motivo optaram na época de mudar o gentílico geralista para mineiro. Bem melhor!
De Capitania a Província Em 28 de fevereiro de 1821, ainda sob o reinado português, foram criadas novas subdivisões do território brasileiro. As capitanias tiveram seus nomes mudados para províncias, mas sem autonomia, sendo totalmente subordinadas à Corte. A Capitania de Minas Gerais passou a se chamar Províncias de Minas Gerais com regulamentações provincianas determina das por Portugal. Com a Independência do Brasil, em 1822, as divisões em províncias continuaram a existir e mantendo-se ainda subordinadas ao Império, sem autonomia politica, econômica e administrativa. Somente após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, as províncias imperiais passaram a denominar-se estados. Com o passar do tempo e o avanço da República, os estados passaram a ter autonomias política, administrativa e econômica, além de controle de suas divisas territoriais.