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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Carvalhos: a cidade das trilhas, do Cafundó e das cachoeiras

(Por Arnaldo Silva) Carvalhos é uma pequena, pacata, charmosa, atraente e singela cidade do Sul de Minas. Se destaca pela tranquilidade e por suas belezas naturais, que a cada dia atraem turistas em busca de descanso e convívio com a natureza. O município possui pacatos distritos, entre eles Franceses, Furnas e o Cafundó, povoado onde é produzida a melhor cachaça da região.
          Carvalhos (na foto acima do Dalton Maciel) tem origem no século XVIII com a chegada à região da Mantiqueira de franceses que deixaram o Rio de Janeiro, onde viviam, fugindo da perseguição da Coroa Portuguesa.
          Isso porque nessa época, forças francesas tentaram se apoderar do ouro vindo de Minas Gerais e acabaram derrotados e expulsos pelos portugueses.
          Alguns não voltaram para a França, e embrenharam pelo sertão da Mantiqueira. Os franceses que vieram para a região, estabeleceram-se próximo a um ribeirão, formando um povoado, com casario, igreja e uma roda d´água, com o objetivo de lavar ouro, já que acreditavam que nessa região, também tinha o tão procurado metal.
          Como os fundadores eram franceses e pela roda d´água, o local passou a ser chamado de Franceses da Roda, povoado que existe até hoje na cidade, conhecido atualmente por Franceses, somente. (na foto acima da Mônica Rodrigues, o casario do povoado, a Igreja e o coreto da Vila, onde ficava a antiga roda d´água)
A origem do nome da cidade
          A região teve crescimento pequeno, devagar, com pequenas fazendas, algumas delas com escravos. Numa dessas fazendas, no final do século XVIII, vivia Dona Maria Joaquina Mendes de Carvalho, senhora muito religiosa que doou uma parte de suas terras para ser construída uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
          Por falta de mão de obra qualificada, a igreja não foi erguida, na época. Somente em meados do século XIX é que a realidade mudou, com a chegada à região de uma família, vinda de Pouso Alto MG, no Sul de Minas. A família se estabeleceu próximo as terras doadas por Dona Maria Joaquina Mendes de Carvalho.
          Tinham o mesmo sobrenome da dona da fazenda, Carvalho, sobrenome este da alta nobreza portuguesa, existente neste país lusitano desde o século XII. 
          A família Carvalho que chegou à região era formada por pessoas bem simples e conheciam a arte da carpintaria e construção, por isso dispuseram a erguer o templo dedicado a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. 
          Em torno da igreja foi formando um povoado, que aos poucos foi crescendo, se tornou Vila, distrito, para enfim, cidade emancipada em 27 de dezembro de 1948. Em homenagem a família Carvalho, por seu pioneirismo e importância para a formação e povoamento da região que originou a cidade, seu nome passou a ser Carvalhos.(na foto abaixo do Rildo Silveira, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus)
            O município de Carvalhos conta com cerca de 4.500 habitantes e está a 380 km de Belo Horizonte, a 1032 metros de altitude. Faz divisa com os municípios de Aiuruoca, Seritinga, Liberdade e Bocaina de Minas. (na foto acima de Dalton Maciel, fazenda de gado leiteiro em Carvalhos e abaixo, de Mônica Rodrigues, colheita de uvas, morangos e framboesas)
           A economia da cidade gira em torno de pequenos comércios, artesanatos, na pecuária leiteira, na agricultura, se destacando o cultivo de morangos e tomates, além do turismo, já que na cidade encontra-se cerca de 70 cachoeiras e mais de 400 km de trilhas. 
          As belezas naturais de Carvalhos e suas trilhas, são atrativos que atraem amantes da natureza e praticantes de esportes radicais. Por isso, Carvalhos é conhecida por Terra das Cachoeira e das Trilhas. (na foto acima do Dalton Maciel, a Cachoeira dos Franceses)
          Um dos destaques naturais de Carvalhos (na foto acima de Dalton Maciel) é o Pico do Muquém, com cerca de 1800 metros de altitude e a cachoeira da Estiva, (na foto abaixo de Jerez Costa), uma das mais belas cachoeiras de Minas Gerais, muito procurada por moradores da cidade, região e turistas do Brasil inteiro que vem à cidade vivenciar suas belezas naturais. 
          Outro destaque natural da cidade é a Serra dos Três Irmãos, onde está o Pico do Muquém e ainda o Pico do Calambau. Na Serra do Quilombo está o Pico do Quilombo, outro atrativo do município juntamente com as Serra da Aparecida e a Serra do Grão Mogol.
          O inverno no município é bem rigoroso, como em todas as cidades da Serra da Mantiqueira. Temperaturas negativas e geadas são as marcas do inverno em Carvalhos. São dias e noites seguidas totalmente congelantes.(na foto acima de Mônica Rodrigues, amanhecendo o dia na zona rural de Carvalhos).
O Cafundó
          Já te mandaram tomar no Cafundó? Pois é, esse lugar existe sim. Fica em Minas, em Carvalhos. É um pequeno povoado de fácil acesso em Carvalhos. O lugar é ótimo, bem cuidado e os moradores do pequeno povoado são todos gente da melhor qualidade. Aliás, como todo povo de Carvalhos é. 
          Destaque do Cafundó é o pesque-pague e suas famosas aguardentes feitas com frutas da região, como podem ver na foto acima do Dalton Maciel, com abacaxi, amora, maracujá, maçã, laranja, goiaba, mel, canela etc. Produto artesanal, de alta qualidade e sabor diferenciado. 
          Essa é Carvalhos (na foto acima de Dalton Maciel), cidade da Mantiqueira, abençoada pelo esplendor da Serra da Mantiqueira. Uma típica, genuína e aconchegante cidade do interior mineiro. 

sábado, 27 de outubro de 2018

Qual é o hino oficial de Minas Gerais?

(Por Arnaldo Silva) Nenhum. Minas Gerais nunca teve hino oficial e nunca terá. E aquela música antiga, que todos cantam "oh Minas Gerais, oh Minas Gerais! Quem te conhece não esquece jamais..." não é o hino de Minas? Não, é apenas mais uma melodia sobre Minas, digamos, a que caiu no gosto popular, sendo "eleita" pelo povo como hino não oficial. Então ela é o segundo hino de Minas? Também não, porque não existe o primeiro. Quem diz que essa música é o segundo hino de Minas, desconhece por completo a nossa história. Não temos nem o primeiro hino, como teríamos o segundo?
          Oh Minas Gerais é uma composição de 1942, de José Duduca de Moraes. A letra é dele, mas a melodia, a forma que é cantada, foi inspirada na tradicional valsa napolitana Vine Sur Mar. Essa melodia italiana chegou ao Brasil pelas companhias líricas italianas no final do século XIX para início do século XX. Mas quem compôs uma primeira canção a Minas, inspirada nessa melodia, foi Eduardo das Neves em 1912, com o título "Oh Minas Gerais". Trinta anos depois, em 1942, Duduca de Moraes compôs os versos da "Oh Minas Gerais" que conhecemos. Manteve apenas o título e a melodia, com letra diferente da composição de Eduardo das Neves. 
          E assim surgiu a música que todos cantam, como se fosse o hino de Minas, mas é uma melodia sobre Minas, uma linda e perfeita poesia para nosso Estado. Entre tantas outras que existem sobre Minas é a que mais se destaca e a que mais se identifica até hoje com o Estado mineiro e com o povo de Minas Gerais. 
          Tanto a letra, como a melodia, tem uma simbiose perfeita com Minas Gerais, por isso caiu no gosto popular e não tem um mineiro que não a conheça, pelo menos o estrofe principal. Vários artistas da nossa MPB como Milton Nascimento, Lula Barbosa e outros já gravaram essa canção. 
          Um hino para ser considerado oficial, tem que obedecer a Constituição Estadual, promulgada em 1989. Segundo a nossa Constituição, símbolos do Estado, (bandeira, brasão e hino), tem que ser aprovados em concurso público ou decretado pelo Governador do Estado. 
          Em 1985, a Secretaria de Estado da Cultura organizou um concurso público, por meio de resolução publicado no Diário Oficial do Estado, para escolher o hino oficial de Minas Gerais. Foram 72 canções inscritas, mas nenhuma delas preencheu os quesitos da comissão julgadora na época.
          Uma nova tentativa de criar um hino para Minas Gerais foi feita em 1992, organizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Uma das regras do concurso era que o foco das composições teria que ser a Inconfidência Mineiras. Das 570 composições inscritas, nenhuma dela atendeu aos critérios do concurso como tema e qualidade. E assim ficamos sem hino.
          Atualmente existe uma proposta de emenda à Constituição Estadual (PEC Nº 41/2015), que visa tornar "Oh! Minas Gerais" de Duduca de Moraes o hino oficial do Estado. Só falta votação em plenário na Assembleia Legislativa e posterior sanção da Lei pelo Governador do Estado. Mas diante dos inúmeros projetos e questões mais urgentes a debater e votar, essa PEC ainda não foi discutida e nem tem previsão ainda de quando será.

          Mas o mineiro não canta hino? Claro que sim! Nos eventos em Minas Gerais, sejam esportivos, culturais, políticos, etc, cantamos o Hino Nacional Brasileiro, esse sim é o nosso hino. 
(Por Arnaldo Silva com arte de Bárbara Monteiro)

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ao invés de gaiolas, casas para os pássaros

(Por Arnaldo Silva) "Canário Livre, Sonho Real" é um projeto que visa conscientizar as pessoas que lugar de pássaros é natureza, livres. Ao invés de gaiolas, incentivam a construção de casinhas onde os pássaros podem se reproduzir, se alimentar e conviverem livremente nas cidades e nos seus habitats naturais. Esse projeto existe em várias cidades do Vale do Jequitinhonha, tornando ás cidades mais belas, com vida e cheia de pássaros.
           Em 2013, um grupo de voluntários da cidade de Chapada do Norte MG, também no Vale do Jequitinhonha, se reuniu para implantarem na cidade este projeto. Faziam reuniões constantes, nas manhãs de domingo. Iam às escolas, conversam com professores e alunos sobre a importância dos pássaros livres e na presença deles na cidade, como por exemplo, no controle de pragas. 
          Conseguiam os tratadores e chocadores, conversam com os moradores e comerciantes para conscientizando-os para que cuidassem das casinhas que colocavam nas ruas e praças, bem como colocassem água e comida para as aves, como alpiste, fubá e canjiquinha, além de limparem as casinhas o chão.
          O projeto foi muito bem sucedido e teve amplo apoio da comunidade, inclusive da Igreja Católica.
          A iniciativa fez com que criadores de pássaros ou quem tinha alguns deles em gaiolas libertassem as aves, tanto na cidade, quanto na zona rural. O resultado é o grande número de pássaros que são vistos na cidade, bem como grandes quantidades de casinhas disponíveis para que eles possam se reproduzir.           
          Essas casinhas são doadas pelos moradores da cidade, entre eles, o artista plástico Leandro Júnior que mora em Cachoeira do Norte, distrito da cidade de Chapada do Norte. Leandro é um dos grandes artistas de Minas Gerais e seus trabalhos em argila são valorizados em todo Brasil. 

          Para colaborar com a campanha ele criou casas para os pássaros em forma de edifícios, em argila. A ideia dele é reunir vários pássaros num só lugar. O trabalho é doado e instalado nas praças e ruas da cidade em que mora. O artista aderiu ao projeto e participa doando as casinhas e ele próprio criou um curso onde ensina as pessoas interessadas a fazerem as casinhas em argila, desde que elas doem para a cidade. 
          Segundo Leandro "como a campanha "Canário Livre" vem ganhando muita força em nossa região decidi então elaborar esses edifícios em argila para os passarinhos. Como percebi que os passarinhos gostaram principalmente os canarinhos, resolvi então criar então esse projeto aqui onde eu moro, Cachoeira do Norte, onde dei a oportunidades de pessoas aprenderem a fazer, mas nas condições dos trabalhos feitos no curso serem doados para serem colocado nas praças. Com isso nossas praças ficaram mais bonitas e mais atrativas para quem passa pelo nosso distrito vendo nossos pássaros livres", concluiu. 
Na imagem, o artista plástico Leandro Júnior, ao centro, e seus alunos. Ele ensina seus alunos a fazerem os edifícios para abrigar os pássaros. Quem se interessar pelo trabalho do artista, pode entrar em contato pelo whatsapp: 33 99989-2435

domingo, 21 de outubro de 2018

Monumento à Terra Mineira

(Por Arnaldo Silva) A Praça Rui Barbosa, a popular Praça da Estação de Belo Horizonte, é um dos locais mais visitados da capital mineira. Por ser um espaço amplo, é constantemente palco de eventos culturais como o Forró de Belô, Carnaval e outras festas. O que poucos sabem ou conhecem é o valor histórico e simbólico do local para Minas Gerais.
          Por décadas transitaram pelo local milhares de pessoas, já que o espaço foi construído para ser a Estação de Trens de Belo Horizonte. Hoje o que era a estação ferroviária, abriga o Museu de Artes e Ofícios. Ao lado, tem a estação de metrô, mais moderna. E um pouco mais à frente, a Estação de Trem de passageiros, Vitória Minas.
          O que chama atenção na Praça é um enorme monumento que representa a Terra Mineira. 
          A obra toda esculpida em granito é do escultor italiano Giulio Starace (1887 - 1952). Está na esplanada da Praça da Estação, entre a Praça Rui Barbosa e o Museu do Mao. Foi inaugurada no dia 15 de julho de 1930 com a presença do Presidente do Estado Antônio Carlos Andrada, do ministro Francisco Campos e do professor Aurélio Pires. Em todo o monumento, detalhes da história mineira estão representados. Mostra o domínio do território pelos bandeirantes e a conquista da liberdade pelos nossos mártires encravados em relevos no bloco central.
          Nos relevos do granito estão representadas as figuras de Bruzza Spinosa, o martírio de Tiradentes, o martírio de Felipe dos santos e o bandeirante Fernão Dias Pães Leme, como o "Caçador de Esmeraldas." (na foto abaixo, alguns dos inconfidentes foram lembrados em placa)
         No alto, a figura de um homem nu empunhando uma bandeira se destaca. O artista se inspirou em Apolo, uma das principais divindades greco-romanas, tida como um deus justo, que defendia a tolerância. A estátua em bronze representa o heroísmo do cidadão mineiro. Abaixo da estátua pode ser ler a inscrição em latim “Montani Semper Liberti” (a montanha sempre está livre).
          Sendo esse então o maior significado do monumento que sempre marcou a característica do povo mineiro, desde os tempos do Brasil Colônia e Imperial: a luta pela liberdade. 

sábado, 20 de outubro de 2018

Parque Municipal de BH: um museu a céu aberto

(Por Arnaldo Silva) Desde a sua fundação em 1897, o Parque Municipal Américo Renê Giannetti em Belo Horizonte é o ponto mais visitado da capital mineira. Faz parte da família belo-horizontina um passeio no parque. Atividades como piqueniques, encontros de amigos, prática de esportes, passeios ou simplesmente, descansar sobre a sombra das frondosas árvores do parque são programas comuns de quem frequenta o local. Muitos ainda não resistem e tiram fotos com os famosos lambe-lambes, que ainda estão em atividades no parque.
          Idealizado por Aarão Reis, a área inicial do parque quando criado era de 555 mil metros quadrados. Com o crescimento da capital ao longo dos anos, sua área foi reduzida aos poucos e hoje ocupam 182 mil metros quadrados no centro da capital mineira. Quando o parque foi criado, a ideia original era ser o Parque de Belo Horizonte o maior e mais bonito parque da América Latina. No início era mesmo, pela dimensão territorial que tinha. Os idealizadores do parque se inspiraram nos belos espaços públicos franceses, nos tempos de paz da chamada "Belle époque", entre 1871 a 1914.
          Esse parque tem belezas e detalhes desconhecidos por boa parte de seus frequentadores. As centenas de pessoas que todos os dias passam pelo local nem percebem ou desconhecem as inspirações europeias em construções e monumentos do parque. Basta andar  com mais atenção que os detalhes se revelam. E não são poucos e nem minúsculos. Estão visíveis aos olhos de todos.
A Mãe Mineira
          Uma dos monumentos que mais impressiona no parque é o da "Mãe Mineira." Foi esculpido por Lélio Coluccini, escultor neoclássico e modernista italiano, nascido em Valdicastello em 1910. Viveu no Brasil, se radicando em Campinas, onde faleceu em 1983. O monumento impressiona pelo realismo e modernismo. Foi inaugurado em 1958 e homenageia as mães de Minas Gerais.
          Dentro do Parque temos o Teatro Francisco Nunes. Inaugurado em 1950 é um dos principais palcos da cultura da cidade. Na parede lateral do teatro existe um detalhe que poucos param para contemplar. Dois enormes painéis retratam a fauna e flora brasileira com mosaicos portugueses.
Coreto importado da Bélgica
 
          Dentro do Parque, próximo à lagoa dos barquinhos, tem um coreto que chama a atenção. Todos sobem as escadas para conhecer o coreto e tirar fotos porque ele é muito bonito, com belos detalhes entalhados. Além disso, acontecem apresentações com bandas, grupos de serestas em torno do coreto.
          Mas a origem do coreto é muito interessante. Os belos jardins em volta do coreto foram projetados em estilo francês, justamente para receber a estrutura do coreto, que foi importado da Bélgica. O coreto belga foi instalado inicialmente na antiga Praça do Mercado, hoje a atual Praça da Rodoviária. Em 1922 foi transferido para o Parque Municipal. Hoje, o coreto é um dos patrimônios culturais de Belo Horizonte.
Escultura alada Vitória de Samotrácia
          Com 3,60 metros de altura, pesando uma tonelada, uma escultura de uma mulher alada, sem cabeça e braços desperta a curiosidade dos frequentadores do parque. É a réplica de uma das mais importantes esculturas do mundo, Vitória de Samotrácia. A original está exposta no Museu do Louvre em Paris e é a terceira obra mais visitada neste museu.    No Parque Municipal, passa quase despercebida, sendo inclusive desconhecida sua história e importância.
          A obra retrata Atena Niké, a deusa grega da vitória. Sua forma é de uma mulher alada. Acreditam os historiadores que era usada em forma de carranca em navio de guerra e em uma batalha naval perdeu a cabeça, braços e pés. A escultura pode também ter sido usada para ornamentar a entrada de um santuário dedicado aos Cabírios, considerado os protetores dos navegantes. A escultura original foi encontrada na cidade de Samotrácia, na Grécia em 1863. Por simbolizar a vitória na guerra, seu nome passou a ser Vitória de Samotrácia. 
          A escultura foi instalada no Parque Municipal próximo a entrada da Rua Ezequiel Dias, em 2008, por ocasião dos 110 anos do parque. A réplica foi autenticada pela Réunion de Musées Nationaux, instituição francesa que coordena 33 museus franceses.
Afrodite: a Vênus de Milo
          No lago do Parque Municipal, próximo a Rua Ezequiel Dias, uma escultura realista, esculpida em mármore branco chama a atenção. É a Vênus de Milo, réplica de uma das mais famosas esculturas gregas do mundo. A original pertence ao acervo do Museu do Louvre em Paris. A "deusa sem braços" é uma das obras mais reproduzidas atualmente no mundo.
          A escultura é envolta a mistérios até hoje não decifrados pelos historiadores. É o símbolo da beleza feminina clássica. Foi esculpida entre os anos 100 e 190 a.C., sem autoria até hoje identificada. Chamada de Vênus pelos conquistadores romanos, a escultura representa a deusa Afrodite para os gregos. Segundo a mitologia grega, Afrodite é a deusa do amor, sendo uma das deusas mais cultuadas pelos gregos na antiguidade.
          A estátua foi encontrada em 8 de abril de 1820 na cidade grega de Milos, sem os braços e sem o pé esquerdo. Como os romanos chamavam a deusa Afrodite de Vênus e a estátua foi encontrada em Milos, ficou o nome, Vênus de Milo.
Outros detalhes do Parque Municipal
          Pelos 182 mil metros quadrados do Parque Municipal existem centenas de árvores, principalmente figueiras centenárias todas identificadas com plaquinhas. Tem a cascatinha (foto acima), uma nascente dentro do parque. A Fonte dos Burros. Tem também várias espécies de flores, bem como outros monumentos como os bustos dos fundadores de Belo Horizonte. No parque pode ser vista também uma pirâmide. Uma mística obra, inspirada nas pirâmides egípcias, doada pela Associação Rosa Cruz.
          Até a heroína Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi (nascida em Tubarão/SC em 30 de agosto de 1821, falecida em Ravena, na Itália em 4 de agosto de 1849) é homenageada pelos mineiros. Anita Garibaldi foi uma famosa revolucionária catarinense, que juntamente com seu marido Giuseppe Garibaldi, teve participação direta na Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul e no processo de unificação da Itália.
            Foi tão atuante nesses dois episódios que ficou conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". A homenagem à heroína fica na Ilha dos Amores, no lago principal do parque.
          Como podem perceber o Parque Municipal de Belo Horizonte é um museu a céu aberto. E o melhor é que tudo isso é gratuito, entrada franca para todos. Vale a pena prestar atenção nos detalhes que temos no nosso mais famoso parque. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Boa Morte: distrito de Belo Vale

(Por Arnaldo Silva) Boa Morte é um pacato e aconchegante distrito de Belo Vale MG. Quem nasce em Boa Morte é boa-mortense, segundo os próprios moradores se auto afirmam e com orgulho. Belo Vale fica a 88 km de Belo Horizonte é um das antigas povoações de Minas. Horizonte.
          Boa Morte tem sua origem em um quilombo. O nome do distrito é oriundo da devoção a Nossa Senhora da Boa Morte, crença trazida pelos Bandeirantes portugueses Paiva Lopes e Gonçalo Álvares em 1764, solidificada com a construção de uma igreja, dedicada à Santa, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte. 
          A igreja é bem talhada com colunas toscas e detalhes do nosso barroco. A sacristia tem a assinatura do Mestre Ataíde.
          O distrito é uma Comunidade Quilombola e possui um rico acervo cultural e histórico, ponto turístico com belas paisagens, sendo seu maior destaque sua igreja, além de seu belo, singelo, atraente e simples casario. 
(As fotografias desta edição são de autoria de Thelmo Lins)

domingo, 14 de outubro de 2018

Três Barras da Estrada Real

(Por Arnaldo Silva) Três Barras da Estrada Real é um distrito do Serro MG, no Alto Jequitinhonha a 14 km da sede. (fotografia acima de Raul Moura) É um dos mais antigos povoados de Minas Gerais, tendo sido oficialmente criado como distrito apenas em 19 de outubro de 2007. Antes era vila. Fundada desde os tempos do Brasil Colônia, ainda preserva em sua arquitetura, os traços e histórias do nosso período colonial. Em Conceição do Mato Dentro MG, existe um distrito de Três Barras, que não é este. Para evitar confusão, o nome real do distrito do Serro é Três Barras da Estrada Real. (fotografia abaixo de Raul Moura)
          Segundo Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire (Orleans, 4 de outubro de 1779 — Orleans, 3 de setembro de 1853) um famoso botânico, naturalista e viajante francês, quando esteve na Vila de Três Barras em 1817, fez essa descrição sobre o local: "Esta vila está edificada sobre a encosta de um morro alongado; e suas casas dispostas em anfiteatro, os jardins que entre elas se vêem, suas igrejas disseminadas formam um conjunto de aspecto muito agradável, visto das elevações próximas. (...) Das janelas que se abrem para o campo goza-se de agradável panorama: avistam-se as casas próximas entremeadas de massas espessas de verdura formada pelo arvoredo dos jardins; mais além descortina-se o vale estreito que se estende ao pé da cidade e em cujo fundo corre o Quatro Vinténs, do outro lado do vale o olhar repousa em alturas quase que completamente cobertas da mais linda relva; finalmente, nos planos mais distantes, algumas moitas de arvoredo se avistam entre os morros."
A Capela de São Geraldo
          Além do casario colonial, com cores alegres e vibrantes, seu povo leva uma vida pacata. É um povo simples, hospitaleiro e que recebe os visitantes muito bem. Um dos destaque de Três Barras da Estrada Real é sem dúvida a Capela de São Geraldo (na foto acima de Raul Moura), que foi construída nas encostas de uma serra, próximo a estrada que liga o Serro a Milho Verde. Sua simplicidade e seu contorno em tom azul se destacam em meio a bela paisagem em volta Essa capela é tem sua arquitetura tipicamente mineira. É simples, construída de barro e madeira, com apenas uma torre, uma capela mor, nave e duas sacristias laterais. É uma pequena joia do período colonial presente em Minas. Essa capela é o símbolo da fé e identidade dos moradores do local. Em torno dela acontecem as tradicionais festas religiosas e populares.
Cachoeira de Três Barras da Estrada Real
          Toda a região do Serro é cercada por belas paisagens e cachoeiras de tirar o fôlego. Em Três Barras da Estrada Real, a mais famosa cachoeira é a de Três Barras, que fica numa propriedade particular. São 20 metros de queda com uma água limpa, na cor caramelo e com uma temperatura agradável. Tanto na parte alta, como na parte baixa da cachoeira, existe poços, ótimos para banhos.
          Embora seja uma cachoeira tranquila, cerca por mata ciliar, o visitante deve evitar saltos porque no fundo existem blocos de pedras submersos e pelo constante volume de água, acontece sempre a formação de marolas.
Como chegar a Três Barras da Estrada Real
De Carro partindo de Belo Horizonte:
- Via Curvelo (BR 040 - sentido Brasília): siga em direção a Sete Lagoas, Paraopeba (BR 135), Curvelo (BR 259), Datas, Juscelino Kubitschek, Serro. Chegando no Serro, você pegara o trevo até Milho Verde aproximadamente 3km de estrada de terra.
- Via Serra do Cipó (BR MG 010): siga em direção Lagoa Santa, Serra do Cipó, Conceição do Mato Dentro, São Sebastião do Rio Preto, Serro, trevo de Milho Verde, Três Barras. Esse é uma caminho ótimo, cheio de paisagens já que você passará pelo Parque Estadual da Serra do Cipó. Até o Serro, pegará asfalto, numa boa estrada. Para os distritos, a estrada é de terra. (foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva)
De ônibus (Viação Serro): Terminal Rodoviário Serro: (38) 3541-1366
Distâncias:
Belo Horizonte: 298 km
Rio de Janeiro: 674 km
Brasília: 747 km
Vitória: 733 km
São Paulo: 819 km
Serro: 23 km
São Gonçalo do Rio das Pedras: 10 km
Milho Verde: 4Km
Diamantina: 34 km
Conceição do Mato Dentro:84 km  

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Queijo branco e amarelo: diferenças e harmonizações

Por Arnaldo Silva) Queijo é um alimento vivo, que temos em nossas mesas, principalmente na terra do queijo, Minas Gerais. É um dos mais nutritivos e antigos alimentos do mundo.
          O queijo branco é o queijo feito, em sua maioria, com leite pasteurizado, já que boa parte desse queijo, é produzido de forma industrial. Feito para feito para consumo rápido, até 7 dias após sua fabricação, é um queijo macio, quase que cremoso, muito apreciado acompanhado por um bom café e doces caseiros. Alimento de baixa caloria e por isso, muito pobre em gorduras, é rico em proteínas, vitaminas, cálcio e outros nutrientes. (foto acima de Camila Costa, queijaria Queijos da Cristina em Vargem Bonita MG)
          Segundo especialistas, esse tipo de queijo ajuda na prevenção de doenças cardíacas, contribuindo para a redução do colesterol ruim. Contribui ainda para a redução do diabetes, para o melhoramento da flora intestinal e na prevenção do câncer de intestino. Por ser muito rico em cálcio e outros nutrientes, ajuda no fortalecimento dos ossos e dentes, além de aumentar a sensação de saciedade, contribuindo assim para o emagrecimento. (fotografia acima do Judson Nani, de um queijo fresco, de dois dias)

          Já o queijo meia cura e curado, são os queijos que passam por um longo processo de maturação (envelhecimento). São queijos artesanais, tradicionais e feitos com leite cru. O Meia Cura é o queijo intermediário entre o fresco e o curado, entre 7 a 22 dias de maturação. O Curado, é maturado entre 30 a 180 dias ou mais, tendo como característica a casca dura, textura escura ou amarelada e enrugada, massa firme, acidez suave, além de aroma mais forte. (na foto acima de Arnaldo Silva, queijo Canastra com 60 dias de cura e abaixo, enviada pelo Roberto Soares de São Roque de Minas, o queijo fresco e queijos maturados com 30, 60, 90 dias)
          Os queijos curados são riquíssimos em nutrientes como vitaminas A, B2, B12, D e K2 e minerais, como o cálcio, fósforo, selênio, zinco e sódio, além de possuírem propriedades antioxidantes. São de grande importância para a saúde dos nossos ossos e dentes e do coração, além de ajudarem no melhoramento do sistema imunológico e no combate aos radicais livres. Além disso, os queijos curados são ricos em caseínas, evitando assim desconfortos gastrointestinais.
          Por outro lado, são queijos com alto teor de gordura. Segundo dados do INMETRO, no queijo coalho foram encontrados 16,03 gramas de gorduras. No queijo Prato, 17,11 gramas. No queijo Mozzarella 17,21 gramas e o campeão em gorduras, foi o queijo tipo Parmesão, com 19,42 gramas.
          Os altos níveis de gorduras presentes nos queijos curados, inibe inibe o consumo desses queijos, sendo o queijo branco, fresco, o mais preferido. (na foto acima, queijo Canastra da Estância Capim Canastra, em São Roque de Minas, com 120 dias de maturação em caverna) Mas a gordura presente no queijo curado não é tão ruim como se pensa. Ao menos é o que afirma cientistas do Food for Health Ireland (FHI) da University College Dublin (UCD), na Irlanda.
 
          Em 2017, foi divulgado estudos feitos pela Universidade irlandesa, que mostra o contrário. Segundo uma das conclusões do estudo feito pela UCD, pessoas que consomem queijos regularmente, são mais magras, que as consomem pouco ou nenhum tipo de queijo. Além disso, o consumo de queijos curados, não causou aumento significativos nos níveis de colesterol ruim nos 1.500 voluntários, entre 18 e 90 anos, que participaram do estudo. Durante seis semanas, esses voluntários fizeram consumo regular de derivados do leite, como requeijão, iogurte, manteiga e queijo curado, tendo como base o queijo Cheddar Irlandês, rico em gorduras.
          Há uma diferença entre esses dois tipos de queijos consideradas básicas. Quanto mais branco for o queijo, mais lactose possui. Por si só, esse queijo não deve ser consumido por quem tem alergia a lactose. Já o queijo curado, ao contrário. Quanto mais tempo de cura, menos lactose possui.
          A explicação é simples. No processo da "curagem" a lactose presente é fermentada. Quanto mais tempo for a cura, menos lactose o queijo terá.
          Mesmo assim, quem tem alergia a lactose ou as proteínas do leite de vaca, deve evitar queijos e os derivados do leite ou consumir com moderação, de preferência, com sob orientação médica.
          O queijo fresco harmoniza muito bem com mel, doces diversos, principalmente doce de leite e goiabada, além de café. Harmoniza ainda com espumantes e vinhos brancos suaves. (na foto acima, queijo da Estância Capim Canastra em São Roque de Minas e abaixo, fotografia de Márcia Valle em Juiz de Fora MG)
          Já o curado, harmoniza muito bem com vinhos clássicos e finos secos, envelhecidos em barris de carvalho e são ótimos também com café e no preparo de pratos e quitandas.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Conheça o Arraial de Fechados

(Por Arnaldo Silva) Um pequeno charmoso e acolhedor arraial, cravado no maciço da Cordilheira do Espinhaço, rodeado por lindas cachoeiras e paisagens de deixar qualquer um de boca aberta. Um lugar simples, com gente simples, humildes, hospitaleiros e alegres, que recebem bem as pessoas que por lá passam. Esse lugar é Fechados, distrito de Santana do Pirapama a 160 km de Belo Horizonte. Fechados é um verdadeiro oásis aos pés da Cordilheira do Espinhaço, na Serra do Cipó. (na foto acima, do Marcelo Santos, um dos poços da Cachoeira do Horizonte. A cachoeira fica no alto da Serra, de frente para o horizonte, por isso o nome)
          O local é muito procurado por suas belezas, destacando o Rio Preto, Ponte do Cristal, Córrego dos Fechados, Cachoeira do Buracão e Horizonte, o Cânion do Buracão, Alto dos Fechados. Tem a prainha do Rio das Pedras, um lugar lindo, com areia branquíssima. São apenas algumas, mas tem muito mais. Em Fechados existem inúmeras cachoeiras e paisagens lindíssimas. Quem deseja aproveitar tanta beleza, tem que ficar mais que um fim de semana. É muita coisa para conhecer e aproveitar tudo de bom que a natureza generosa de Fechados oferece. (na foto acima e abaixo do PauloZaca, a Vila de Fechados)
          A comunidade é simples, seus moradores vivem da atividade agropecuária e artesanato. Não tem muita estrutura como hotéis, pousadas e restaurante sofisticados para receber os turistas. Mas tem um lugar lá, totalmente familiar, onde pode se hospedar e tem a melhor comida da Serra do Cipó. Comida caseira no fogão à lenha, bem mineira, com direito a muita prosa. (na foto abaixo, do Marcelo Santos, as águas que descem a serra, que formam a Cachoeira do Horizonte)
          A proprietária é a simpática dona Dona Amélia. Come-se bem, num lugar ótimo, aconchegante, tipicamente mineiro. Tem também no arraial o Bar do Seu Zé e o do Geraldinho, com tira gosto e cerveja geladinha. (foto abaixo do Paulozaca, a parte central da charmosa Vila de Fechados)
          Para chegar a Fechados, você pega a MG 424, sentido Aeroporto de Confins, passando por Sete Lagoas onde pegará a estrada para Santana do Pirapama. Da rodoviária de Belo Horizonte sai ônibus diário para Santana do Pirapama, pela empresa Saritur.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Aiuruoca das cachoeiras, da história de Minas e do Azeite

(Por Arnaldo Silva) Aiuruoca é uma encantadora e aconchegante cidade do Sul de Minas Gerais, com pouco mais de 6 mil habitantes, a 416 km de Belo Horizonte. Cidade rica em histórica, em belezas naturais, com um artesanato riquíssimo, bem como sua culinária, valiosíssima!
          O povoamento da região começou em 1692, sendo o arraial que deu origem à cidade de Aiuruoca, fundado em 1706 por João Batista Siqueira. É uma das mais antigas povoações de Minas Gerais e guarda ainda relíquias do tempo do período colonial como seu belo e preservado casario dos século 18, 19 e início do século 20, igrejas, em especial a de Nossa Senhora da Conceição, uma das primeiras igrejas a ser erguidas em Minas. (fotografia acima do Felipe Brazão/@fbimagensaerea)

Aiuruoca das cachoeiras
          Aiuruoca (na foto acima de Marlon Arantes) é uma cidade pitoresca, casario atraente e bem conservado, um povo bom, hospitaleiro, muito simpático. A paisagem de Aiuruocano é de tirar o fôlego, sendo o município é um dos principais pontos de Ecoturismo da Região da Mantiqueira. São 82 cachoeiras, algumas muitos famosas pela beleza e pureza de suas águas como a cachoeira do Tombo, da Usina Velha, do Meio e a dos Garcias. 
          O Pico do Papagaio (na foto acima do Jerez Costa), que fica no Parque Estadual da Serra do Papagaio, a mais de 2 mil metros de altitude, é outro grande atrativo do município. Considerado um dos melhores lugares do Brasil para o Ecoturismo, quem vem a Aiuruoca faz questão questão de conhecer o Pico do Papagaio. A vista é impressionante e a beleza e em redor também. 
          Além do Parque, por todo o município pode se ver serras, montanhas, matas nativas de araucárias e outras espécies da Mata Atlântica, além de trilhas, que a cada dia mais atraem turistas, trilheiros e amantes da natureza para a cidade. (fotografia acima de Gilberto Furriel)
          Pelas terras de Aiuruoca, passam as águas do rio de mesmo nome. As águas do Rio Aiuruoca, nascem nas Serras do Parque Nacional do Itatiaia, a 2.450 metros de altitude, em Itamonte MG, na Serra da Mantiqueira, próximo ao Pico das Agulhas Negras. É a mais alta nascente do Brasil. As águas escorrem por entre as serras, passando por Alagoa, Aiuruoca, Seritinga e Serranos,  desaguando no Rio Grande, próximo a Carrancas e Madre de Deus de Minas.
Isis Valverde
          Isis Nable Valverde ou simplesmente, Isis Valverde, nasceu em 17 de fevereiro de 1987 em Aiuruoca. Aos 15 anos, mudou-se para Belo Horizonte, vivendo com os tios onde estudou e morou por 3 anos. Com 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, para trabalhar como modelo e atriz. Isis Valverde tem orgulho de dizer que é mineira e de Aiuruoca para o mundo todo. 
          É presença constante na cidade, onde tem amigos e parentes. Além de ir sempre à sua terra natal, vem acompanhada de outros amigos, artistas também. Isis tem orgulho de ter nascido em Aiuruoca, gosta de sua cidade e nunca perde a oportunidade de mostrar as belezas de sua terra em suas redes sociais.
O que fazer em Aiuruoca?
          Para atender aos visitantes que a cada dia cresce, a cidade uma ótima rede hoteleira e gastronômica, com excelentes pousadas e restaurantes simples e também sofisticados. 
          Festas são constantes na cidade, em especial, festividades religiosas como como a Semana Santa, comemorada desde 1717, a  Folia de Reis (na foto acima, de Marlon Arantes), o Carnaval, que é um dos mais badalados da região Sul de Minas. Durante o ano acontece vários outros eventos culturais, gastronômicos e religiosos que movimenta a cidade e atrai turistas.
          A cidade é pequena, mas opções de lazer e o que fazer não falta. Mesmo quando você não está fazendo nada, tem algo a fazer, como sentar, relaxar e contemplar a beleza da natureza em volta. Ou mesmo, num quarto das aconchegantes e charmosas pousadas do município, como a Pousada Canto do Papagaio, (na foto acima de Marlon Arantes).
Perto desta pousada tem a Cachoeira dos Garcias. A queda é pequena, uns 30 metros mas a água é fria, cristalina, bem limpa que forma um delicioso poço, ótimo para um mergulho. O local é todo rodeado por mata nativa e tem uma ótima estrutura para receber os turistas. Além de pousadas, tanto na cidade, quando na zona rural podem ser encontrados restaurantes com culinária típica de Minas e com pratos especiais da região como a famosa Truta da Mantiqueira, o queijo Prato, tradicional da Mantiqueira, biscoitos assados no forno a barro e outras delícias da nossa cozinha. (a Cachoeira dos Garcias na foto acima do Jerez Costa)
          Uma outra dica é o Vale do Matutu. É um bairro que fica a 17 km do centro da cidade. Envolto à montanhas, com lindas cachoeiras se destacando a cachoeira das Fadas, paisagens com com matas nativas, bosques e matas de araucárias por todo o Vale, além de ser um santuário ecológico, é um santuário místico, muito procurado para meditação, yoga e convívio pleno com a natureza.
          No Vale está o famoso Casarão do Matutu (na foto acima de Marselha Rufino), uma construção de 1904 bem preservada, que faz parte do patrimônio histórico de Aiuruoca. Funciona hoje como centro de informações aos visitantes, sendo também sede da Associação de Moradores e Amigos do Matutu (AMA). 
          Na cidade, acontece todos os domingos pela manhã e também nos feriados, a tradicional feirinha da praça. (foto acima de Marlon Arantes) O visitante pode conhecer na feira os produtos típicos da região como sua culinária e produções agropecuárias como cachaças, licores, queijos, conservas, doces, ovos, frutas e verduras direto da roça, sem agrotóxicos, etc., além do artesanato local que é finíssimo, muito bem trabalhado, principalmente o artesanato em madeira. 
Azeites Olibi
          A região da Mantiqueira vem se destacando no mundo inteiro pela produção de azeites de qualidade. Temperatura amena, altitudes, clima, chuvas regulares, favorecem o cultivo das oliveiras. E em Aiuruoca não é diferente.
          A 1300 metros de altitude, a 10 km do centro da cidade, na zona rural do bairro Capoeira Grande, está a fazenda de Azeite Olibi (na foto acima Olibi/Divulgação). O local é perfeito para o cultivo das oliveiras: solo arenoso e inclinado, além de uma paisagem que impressiona. 
          São 13 hectares de oliveiras plantadas, produzindo frutos semelhantes ao que se vê nos países europeus tradicionais na produção de azeites. Por isso o azeite Olibi, de Aiuruoca, é considerado um dos melhores do mundo, pela similaridades com os famosos azeites portugueses, espanhóis, italianos e gregos.
          Tanto a colheita, como a seleção das azeitonas são manuais, feitas por profissionais treinados, o que garante frutos de qualidade na produção de um azeite extra-virgem de qualidade superior e com muitos polifenóis que são substâncias presentes nas plantas, que ajudam a proteger nosso organismo contra algumas doenças e no combate ao envelhecimento. (fotos acima e abaixo da Fazenda Olibi/Divulgação, enviadas pelo Marlon Arantes)
          Em torno da fazenda de Azeite ou próximas, tem várias pousadas Ao se hospedar numa delas, o visitante pode fazer um passeio pelos olivais da Fazenda de Azeite Olibi, que é aberta a visitação guiada. Basta agendar. O visitante pode andar pela fazenda, conhecer os projetos de preservação ambiental e conhecer os olivais. Para fazer a visita, cobra-se entrada, que dá direito a crédito na compra de uma garrafa de azeite. 

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