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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Queijo branco e amarelo: diferenças e harmonizações

Por Arnaldo Silva) Queijo é um alimento vivo, que temos em nossas mesas, principalmente na terra do queijo, Minas Gerais. É um dos mais nutritivos e antigos alimentos do mundo.
          O queijo branco é o queijo feito, em sua maioria, com leite pasteurizado, já que boa parte desse queijo, é produzido de forma industrial. Feito para feito para consumo rápido, até 7 dias após sua fabricação, é um queijo macio, quase que cremoso, muito apreciado acompanhado por um bom café e doces caseiros. Alimento de baixa caloria e por isso, muito pobre em gorduras, é rico em proteínas, vitaminas, cálcio e outros nutrientes. (foto acima de Camila Costa, queijaria Queijos da Cristina em Vargem Bonita MG)
          Segundo especialistas, esse tipo de queijo ajuda na prevenção de doenças cardíacas, contribuindo para a redução do colesterol ruim. Contribui ainda para a redução do diabetes, para o melhoramento da flora intestinal e na prevenção do câncer de intestino. Por ser muito rico em cálcio e outros nutrientes, ajuda no fortalecimento dos ossos e dentes, além de aumentar a sensação de saciedade, contribuindo assim para o emagrecimento. (fotografia acima do Judson Nani, de um queijo fresco, de dois dias)

          Já o queijo meia cura e curado, são os queijos que passam por um longo processo de maturação (envelhecimento). São queijos artesanais, tradicionais e feitos com leite cru. O Meia Cura é o queijo intermediário entre o fresco e o curado, entre 7 a 22 dias de maturação. O Curado, é maturado entre 30 a 180 dias ou mais, tendo como característica a casca dura, textura escura ou amarelada e enrugada, massa firme, acidez suave, além de aroma mais forte. (na foto acima de Arnaldo Silva, queijo Canastra com 60 dias de cura e abaixo, enviada pelo Roberto Soares de São Roque de Minas, o queijo fresco e queijos maturados com 30, 60, 90 dias)
          Os queijos curados são riquíssimos em nutrientes como vitaminas A, B2, B12, D e K2 e minerais, como o cálcio, fósforo, selênio, zinco e sódio, além de possuírem propriedades antioxidantes. São de grande importância para a saúde dos nossos ossos e dentes e do coração, além de ajudarem no melhoramento do sistema imunológico e no combate aos radicais livres. Além disso, os queijos curados são ricos em caseínas, evitando assim desconfortos gastrointestinais.
          Por outro lado, são queijos com alto teor de gordura. Segundo dados do INMETRO, no queijo coalho foram encontrados 16,03 gramas de gorduras. No queijo Prato, 17,11 gramas. No queijo Mozzarella 17,21 gramas e o campeão em gorduras, foi o queijo tipo Parmesão, com 19,42 gramas.
          Os altos níveis de gorduras presentes nos queijos curados, inibe inibe o consumo desses queijos, sendo o queijo branco, fresco, o mais preferido. (na foto acima, queijo Canastra da Estância Capim Canastra, em São Roque de Minas, com 120 dias de maturação em caverna) Mas a gordura presente no queijo curado não é tão ruim como se pensa. Ao menos é o que afirma cientistas do Food for Health Ireland (FHI) da University College Dublin (UCD), na Irlanda.
 
          Em 2017, foi divulgado estudos feitos pela Universidade irlandesa, que mostra o contrário. Segundo uma das conclusões do estudo feito pela UCD, pessoas que consomem queijos regularmente, são mais magras, que as consomem pouco ou nenhum tipo de queijo. Além disso, o consumo de queijos curados, não causou aumento significativos nos níveis de colesterol ruim nos 1.500 voluntários, entre 18 e 90 anos, que participaram do estudo. Durante seis semanas, esses voluntários fizeram consumo regular de derivados do leite, como requeijão, iogurte, manteiga e queijo curado, tendo como base o queijo Cheddar Irlandês, rico em gorduras.
          Há uma diferença entre esses dois tipos de queijos consideradas básicas. Quanto mais branco for o queijo, mais lactose possui. Por si só, esse queijo não deve ser consumido por quem tem alergia a lactose. Já o queijo curado, ao contrário. Quanto mais tempo de cura, menos lactose possui.
          A explicação é simples. No processo da "curagem" a lactose presente é fermentada. Quanto mais tempo for a cura, menos lactose o queijo terá.
          Mesmo assim, quem tem alergia a lactose ou as proteínas do leite de vaca, deve evitar queijos e os derivados do leite ou consumir com moderação, de preferência, com sob orientação médica.
          O queijo fresco harmoniza muito bem com mel, doces diversos, principalmente doce de leite e goiabada, além de café. Harmoniza ainda com espumantes e vinhos brancos suaves. (na foto acima, queijo da Estância Capim Canastra em São Roque de Minas e abaixo, fotografia de Márcia Valle em Juiz de Fora MG)
          Já o curado, harmoniza muito bem com vinhos clássicos e finos secos, envelhecidos em barris de carvalho e são ótimos também com café e no preparo de pratos e quitandas.

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