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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Iguaria mineira e goiana é a segunda pior comida do Brasil

(Por Arnaldo Silva) A TasteAtlas, um dos maiores guias de viagens e gastronomia do mundo que reúne em sua plataforma milhões de seguidores em vários países, avaliando receitas autênticas, críticas de alimentos, artigos de pesquisas culinárias, votação de melhores e piores pratos por países, etc. 
          Em recente votação entre os usuários da plataforma gastronômica TasteAtlas, empresa sediada em Zagreb, capital da Croácia, foram eleitos os piores pratos de cada país. O ranking dos melhores e piores pratos são por país e somente os seguidores de cada país votam, opinam e indicam seus pratos. Todos os seguidores votam quando a eleição é mundial, ou seja, para escolher o melhor ou pior prato do mundo e outros assuntos gastronômicos mundiais.
          Todos os anos são feitas pesquisas com os melhores e piores pratos de cada país. Esse ano, a lista dos piores pratos brasileiros foi atualizada. Somente os seguidores brasileiros da plataforma puderam indicar, opinar e votar no pior prato.
          Os seguidores da plataforma de cada país votam dando notas a cada prato. As notas são dadas cliques em estrelas, a partir de 0,5 até 5 estrelas. Quanto menos estrelas, pior é o prato. Entre os 37 pratos apontados como os piores do Brasil pelos seguidores da plataforma, o arroz com pequi recebeu 3.1estrelas, ficando em segundo lugar, perdendo apenas para o cuscuz paulista, que ficou em primeiro no ranking dos piores pratos da culinária brasileira, com 2,8 estrelas. O biscoito Tareco com origem em Pernambuco, ficou em terceiro lugar, com 3,5 estrelas. (fotografia acima da Lúcia Barcelos de Morrinhos GO)
          Cada um dos 37 pratos recebeu descrição de sua origem e os ingredientes usados no preparo de cada prato. No caso do arroz com pequi, a TasteAtlas definiu assim a iguaria:
          “O arroz com pequi é um tradicional prato de arroz brasileiro originário da região central, especialmente popular em Minas Gerais e Goiás. O ingrediente principal do prato é o pequi, uma pequena fruta da estação com forte sabor de queijo e curral (embora seja uma fruta, o pequi costuma ser tratado como um vegetal).
          Outros ingredientes usados no prato incluem arroz, óleo, alho, cebola, caldo de galinha, cebolinha picada, sal e pimenta. Os ingredientes são cozidos em fogo brando até que o líquido seja absorvido e o arroz fique macio. Antes de servir, é recomendável adicionar algumas cebolinhas ao prato."
          O pequi, que tradicionalmente é prato típico da culinária de Goiás, figura na avaliação da TasteAtlas como iguaria mineira e goiana. Embora seja prato muito popular no Norte de Minas, Noroeste, parte do Triângulo Mineiro e Vale do Jequitinhonha, não é reconhecido como prato de origem da culinária mineira e sim, goiana.
          A iguaria está presente em Minas Gerais devido ser o território mineiro formado por 1% do bioma Caatinga, 42% do bioma Mata Atlântica e 57% do bioma Cerrado, ou seja, mais da metade do território mineiro é formato de vegetação do bioma Cerrado. Além por estar presente na maior parte do território mineiro, o Pequizeiro é a árvore símbolo do Estado de Minas Gerais.
Mas isso não quer dizer que a culinária a base do pequi seja prato de origem mineira. A culinária do Cerrado está presente em Minas Gerais, como está em Goiás, parte da Bahia, do Piauí, de São Paulo, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e do Tocantins, estados com vegetação do bioma Cerrado.
          Sendo iguaria goiana ou mineira, não é essa a discussão, isso porque, é reconhecido que arroz com pequi é prato típico dos povos do Cerrado, independentemente do Estado, mas sem dúvida alguma é iguaria tradicional do Estado de Goiás. Podemos dizer que é uma iguaria muito apreciada sim nas regiões mineiras onde o Cerrado prevalece, mas não é e nunca foi prato típico de Minas e sim de Goiás. É prato goiano, por origem e tradição. (fotografia acima do Edson Borges de Felício dos Santos MG)
Confira a lista dos piores pratos brasileiros, segundo o ranking da TasteAtlas
• 1º Cuscuz paulista
• 2º Arroz com pequi
• 3º Tareco 
• 4º Quibebe
• 5º Maria-mole
• 6º Sequilhos
• 7º Salpicão de frango
• 8º Salada de maionese
• 9º Catuaba
• 10º Sopa de pé de vaca (mocotó)
Veja abaixo a listra completa das 37 piores comidas brasileiras, de acordo com seleção dos seguidores da plataforma no Brasil 
          A partir da seleção dos 37 piores pratos, foi feita a escolha dos 10 piores, baseado nas estrelas que cada prato obteve e os critérios da plataforma.
01 - Cuscuz — 2,8 estrelas
02 - Arroz com pequi — 3,1 estrelas
03 - Acém — 3,1 estrelas
04 - Paleta — 3,2 estrelas
05 - Maria-mole — 3,3 estrelas
06 - Lagarto — 3,3 estrelas
07 - Sequilhos — 3,5 estrelas
08 - Sagu — 3,5 estrelas
09 - Tareco — 3,5 estrelas
10 - Coxão mole — 3,5 estrelas
11 - Ostra ao bafo — 3,5 estrelas
12 - Pé-de-moleque — 3,6 estrelas
13 - Quibebe — 3,6 estrelas
14 - Músculo — 3,6 estrelas
15 - Patinho — 3,6 estrelas
16 - Maniçoba — 3,6 estrelas
17 - Peito bovino — 3,6 estrelas
18 - Sanduíche de mortadela — 3,7 estrelas
19 - Salada de maionese — 3,7 estrelas
20 - Cajuzinho — 3,7 estrelas
21 - Salpicão de frango — 3,7 estrelas
22 - Abará — 3,7 estrelas
23 - Caldo de piranha — 3,7 estrelas
24 - Biscoito de polvilho — 3,8 estrelas
25 - Canjica (ou Mungunzá) — 3,8 estrelas
26 - Mocotó — 3,8 estrelas
27 - Bolo formigueiro — 3,8 estrelas
28 - Caruru — 3,8 estrelas
29 - Pato no tucupi — 3,8 estrelas
30 - Pamonha — 3,9 estrelas
31 - X-Tudo — 3,9 estrelas
32 - Galinhada — 3,9 estrelas
33 - Casadinho — 3,9 estrelas
34 - Barreado — 3,9 estrelas
35 - Creme de papaya — 3,9 estrelas
36 - Baba-de-moça — 3,9 estrelas
37 - Carne de onça — 3,9 estrelas
          Essa lista e votação foram feitos por usuários da plataforma, mas não temos informações se os que citaram os pratos são especialistas em gastronomia ou nutrição, os critérios de desempate e menos ainda se foram levadas em conta as particularidades e tradições regionais de cada prato. Até setembro, foram 7 mil seguidores da plataforma que participaram da votação.
Fonte: Guia Gastronômico TasteAtlas - site: tasteatlas.com 

domingo, 4 de agosto de 2024

Congadas e Reinados: Patrimônio Cultural de Minas

(Por Arnaldo Silva) Desde sua construção em 1897, a Praça da Liberdade em Belo Horizonte foi palco de encontros de amigos, de feiras, passeios, manifestações culturais e políticas, além de ser, desde sua origem, o ponto turístico mais importante de Minas. É na Praça da Liberdade que estão as principais construções em ecléticas, o Palácio da Liberdade, coreto e belos jardins, inspirados nos belos jardins franceses e até bem há pouco tempo, foi o centro administrativo de Minas, sediando o Governo do Estado.
          Construída para homenagear a emancipação da República da Coroa Portuguesa e para ser o centro administrativo e político do Estado, a Praça da Liberdade foi palco entre os dias 2 e 3 de agosto de 2024, de um marco histórico para Minas Gerais. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          Foram dois dias de manifestação de uma das mais autênticas e genuínas festas folclóricas mineira que nasceu nas senzalas mineiras no século XVIII, as Congadas e Reinados de Nossa Senhora do Rosário.
A Festa do Rosário dos Homens Pretos
          É uma festa que surgiu do sincretismo religioso, ou seja, a união da fé cristã às memórias das culturas africanas, trazidas para Minas Gerais durante o Ciclo do Ouro entre os séculos XVII, XVIII e XIX por diversos povos trazidos da África. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          A presença dos povos negros em Minas, não se resume em mais de 300 anos erguendo pedras, escavando rochas em minas de ouro ou calçando ruas. A influência dos povos africanos em Minas Gerais está presente na culinária, no sotaque, na formação social, cultural e política mineira.
          A sabedoria e memórias da cultura e história dos escravizados foram repassadas aos seus descendentes e permanecem vivas até o dias de hoje, manifestadas principalmente na Festa de Nossa Senhora do Rosário por toda Minas Gerais.
Reconhecimento oficial
          Nesses dois, a cultura mineira pôde celebrar e comemorar o reconhecimento oficial das Congados e Reinadeiros como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. Trata-se do reconhecimento da afromineiridade presente na festa, majoritariamente formada por negros e pardos. (fotografia acima e abaixo da Márcia Rodrigues)
          A origem e os cânticos tradicionais das Congadas e Reinadeiros, as indumentárias, os mastros, vilões, tambores, rezas, cânticos e a cor da pele não nega a origem histórica dessa cultura, nascidas a partir dos modos de vida dos africanizados. A simbologia dos ternos de Congadas e Reinadeiros é a expressão da arte, fé, resistência e principalmente da união dos povos negros mineiros. É a materialização concreta da força dessa união que resiste há mais de 300 anos.
          Reconhecer as Congadas e Reinados como Patrimônio Cultural de Minas, visa exatamente isso. Reconhecer a origem, a luta e resistência dos povos negros mineiros. Não é apenas um reconhecimento da contribuição dos negros em nossa história e cultura. É a valorização.
36 ternos e 1500 Reinadeiros
          Nesses dois dias, a Praça da Liberdade ficou repleta de Congadeiros e Reinadeiros que vieram de várias cidades mineiras para acompanhar o ato oficial. Vestidos com suas tradicionais fardas e indumentárias, tocando seus tradicionais instrumentos, venerando a fé nos santos ligados à origem do Reinado e Congado, São Benedito, Santa Efigênia, Nossa Senhora das Mercês e Nossa Senhora do Rosário, deram mostras da força e resistência ao resistem 3 séculos de opressão, racismo e preconceito. Venceu a fé e a coragem desse valioso povo. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          Foram mais de 1500 Reinadeiros e Congadeiros e Reinadeiros que vieram de várias cidades mineiras para acompanhar a solenidade, acompanhados também de diversos secretários de cultura e turismo. A praça ficou colorida com a beleza das cores vivas dos 36 ternos de reinados e congados. Com suas danças e cantos tradicionais, despertaram a curiosidades dos frequentadores da Praça da Liberdade, que ficaram sem entender do que se tratava. Paravam para ver e muitos até participavam das rezas e cantorias.
A decisão de oficializar as Congadas e Reinados
          Nos últimos anos, várias cidades mineiras vem requisitando junto aos órgãos culturais, o reconhecimento oficial das respectivas festas do Rosário e ternos de Congadas e Reinados mineiros. Foram mais de 900 pedidos de reconhecimento. Diante disso, em vez de reconhecer a festa do Rosário, Congadas e Reinadeiros por cidade ou por terno, optou-se por viabilizar o reconhecimento das Congadas e Reinados do Rosário como um todo, reconhecendo oficialmente o que fato a Festa do Rosário, os ternos de Congadas e Reinado é para os mineiros há mais de 200 anos, uma das nossas mais valiosas manifestações culturais e históricas.(fotografia acima de Nacip Gômez)
          Diante disso, em 2021, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) iniciou pequisas visando a catalogação, importância histórica, social e cultural da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, dos Reinadeiros e Congadas de Minas Gerais, a fim de produzir um dossiê, visando o reconhecimento como Patrimônio Cultural de Minas Gerais. O dossiê foi concluído em 2024 e a divulgação oficial se deu no dia 3 de agosto, às 15 horas, no Palácio da Liberdade. Coube ao Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) apresentar o dossiê.
Solenidade oficial
          O reconhecimento das Congadas e Reinados pelo Estado é de grande importância porque significa a garantia de ações governamentais de salvaguarda e proteção de suas origens e história, desde sua popularização, a partir de Ouro Preto MG, na segunda metade do século XVIII, até os dias de hoje. (fotografia acima de Dirceu Aurélio/Imprensa-MG)
          A importância da antiga Vila Rica foi reconhecida durante o hasteamento da histórica bandeira de Nossa Senhora do Rosário na frente do Palácio da Liberdade. Ao lado, foi colocada a bandeira de Ouro Preto MG, feita com técnicas africanas, em ferro fundido, há mais de 200 anos. Essa bandeira foi encontrada na Capela de Nossa Senhora das Necessidades em 2020, em Ouro Preto MG, nossa joia histórica, Patrimônio da Humanidade desde 1980.
          Na abertura do anúncio do reconhecimento, foi feito o hasteamento da histórica bandeira de Nossa Senhora do Rosário, na frente do Palácio e, ao lado, foi exibida também a bandeira em ferro fundido de Ouro Preto, trazidos pelos Congadeiros e Reinadeiros em cortejo ao som dos tambores e cantoria dos ternos. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          No momento do anúncio do reconhecimento, em seu discurso, o vice-governador Mateus Simões pontou: "As primeiras festas de congado são do ano de 1697, conduzidas, obviamente, pelas comunidades escravas daquele momento. O reconhecimento e luta pela libertação, que inclusive compõem os enredos das congadas, é uma forma de reconhecer e valorizar o papel anterior e presente da cultura afromineira na formação do que é Minas Gerais. Então, eu tenho certeza que esse marco é uma forma de demonstrar a integração necessária deste Estado multicultural que é Minas Gerais, que os negros são parte importantíssima da construção da nossa história. Isso tudo mostra que eles foram, são e sempre serão parte da cultura de Minas Gerais".
          Já o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, em seu discurso, disse: "Acho que esse palácio está mais livre hoje. E também mais protegido. Porque, pela força da lei e do reconhecimento do patrimônio histórico, a gente protege e reconhece essas expressões. Esse povo (do Congado e Reinado) está mais protegido, para que as manifestações que eles desenvolvem tenham, através da história, permanência".
          Presente na solenidade, o arquiteto e urbanista João Paulo Martins, atual presidente do Iepha/MG, disse que "Além da importância dessa valoração, também se trata de poder falar, trazer o congado para o centro das discussões. É ainda reafirmar uma posição anti racista, reconhecer o povo negro ao manter sua cultura e tradição, que constituem Minas Gerais".
          Além disso, durante a solenidade, foi feito o anúncio das rotas do Rosário em Minas Gerais. São rotas turísticas criadas e outras que poderão vir a ser criadas de acordo com a tradição da região, seja apenas uma cidade ou formada por um número de cidades próximas. O objetivo é fortalecer a festa e a tradição, além de promover o turismo nas cidades dessas rotas, atraindo assim turistas e fomentando a economia nas cidades dessas rotas.

sábado, 25 de maio de 2024

Pão de Queijo é eleito o segundo melhor pão do mundo

(Por Arnaldo Silva) Presente na gastronomia mineira desde o século XVIII, o tradicional Pão de Queijo dos mineiros começou a se popularizar a partir da década de 1950, quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência, ajudando com isso a se tornar popular entre brasileiros, a principal iguaria dos mineiros.
          Hoje, todo o país aprecia o pão de queijo e não só isso, cada vez mais o mundo também, já que o pão dos mineiros saiu das divisas de Minas Gerais, e caiu no gosto e admiração dos brasileiros, atravessou fronteiras e mares, estando presente hoje em vários países e em todos os continentes.
          Prova disso foi a recente eleição, divulgada no final de maio de 2024, promovida pelo portal europeu, TasteAtlas, plataforma gastronômica com sede em Zagreb, que elegeu recentemente o Pão de Queijo como o segundo melhor pão do mundo.
          A TasteAltas é um dos maiores guias de viagens e gastronomia do mundo, que reúne receitas autênticas, críticas de alimentos, artigos de pesquisas culinárias, etc. A plataforma conta com milhões de seguidos em vários países
          Na eleição, o Pão de Queijo os mineiros ficou atrás apenas o Pandebono, um pão feito com farinha de mandioca, queijo, ovos e em algumas regiões, acompanhado com goiabada, da nossa vizinha Colômbia. Em terceiro, ficou a Marraqueta, uma versão criada no Chile do pão francês brasileiro.
Veja o ranking dos 10 melhores pães do mundo
1- Pandebono, da Colômbia
2- Pão de queijo, de Minas Gerais, Brasil
3- Marraqueta, do Chile e da Bolívia
4- Pampushka, da Ucrânia
5- Pan de Yuca, da Colômbia e do Equador
6- Almojábana, da Colômbia e de Porto Rico
7- New Yor City Bagels, de Nova York, nos EUA
8- Pan de Queso, da Colômbia
9- Bolo Lêvedo, da Ilha de São Miguel, de Portugal
10- Padesal, das Filipinas
Fonte: TasteAtlas
Fotografia: Lourdinha Vieira de Bom Despacho MG

sábado, 27 de abril de 2024

Cidade mineira é eleita a melhor do país para ter filhos

(Por Arnaldo Silva) A cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, atualmente com 111.697 habitantes, é a melhor cidade para ter filhos em Minas e no Brasil. Nova Lima figura ainda no Mapa da Riqueza do Brasil, que apontou as cidades mais ricas do país, e mais uma vez, a cidade mineira ficou em primeiro lugar no ranking nacional com uma renda média de R$5.791,00 por habitante, seguido por Santana do Parnaíba, município de São Paulo.
          Além de Nova Lima, em Minas Gerais, Capitólio é a segunda, Belo Horizonte, a terceira, Extrema, a quarta e Santana do Paraíso a quinta como as 5 melhores cidades para ter filhos no Estado. No ranking total dos estados, Nova Lima MG lidera com o ranking, figurando em primeiríssimo lugar geral. (na foto acima da Norma Suely Bittencourt, o centro de Nova Lima MG)
          É o que aponta pesquisa feita pela Mapfry, uma startup de dados com foco na geolocalização. Para fazer suas pesquisas, a startup utiliza como fonte principal, os dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). (na foto acima do Gustavo Simões/@gustavosimoes.art, a Torre Alta Vila no bairro Vila da Serra em Nova Lima, na divisa com BH)

          Para desenvolver a pesquisa das melhores cidades brasileiras para ter filhos, a Mapfry teve como parâmetro, o nascimento de crianças, alto e baixo desenvolvimento das cidades, quantidade de crianças, educação local, infraestrutura e dinamismo urbano, coleta de lixo, qualidade e acesso aos serviços públicos, esgoto e água tratada, número de cômodos nas residências, enfim, a base da pesquisa foi a qualidade de vida que as cidades oferecem aos seus cidadãos. Foram analisados os dados de todos os 5.570 municípios brasileiros.
          A pesquisa foi feita por estado e no somatório geral das análises, foi feito o ranking das melhores cidades do país para ter filhos. As cidades próximas as capitais e grandes metrópoles brasileiras são que estão no topo da lista, tanto em nível estadual, quanto nacional.
Veja a lista das 10 primeiras colocadas no ranking geral
          São 4 em São Paulo, 3 em Santa Catarina, 2 em Goiás e 1 em Minas Gerais.
1° - Nova Lima, em Minas Gerais
2° - Bady Bassitt, em São Paulo
3° - Santana do Parnaíba, em São Paulo
4° - Abadia de Goiás, em Goiás
5° - Barra Velha, em Santa Catarina
6° - Goiânia, em Goiás
7° - Itapoá, em Santa Catarina
8° - Cedral, em São Paulo
9° - São Caetano do Sul, em São Paulo
10°- Itapema, em Santa Catarina.
Metodologia da pesquisa
O estudo avaliou as cidades com base em cinco dimensões:
1. Baixo desenvolvimento: identifica regiões carentes, onde serviços públicos são ausentes, bem como o desempenho escolar é baixo.
2. Volume de crianças: a população de crianças em cada cidade.
3. Desenvolvimento: reflete a qualidade da infraestrutura urbana, assim como bons indicadores de educação e saúde.
4. Dinamismo: reflete a intensidade da atividade econômica.
5. Alto desenvolvimento: alta cobertura de serviços públicos e qualidade das moradias.
Fonte das Informações: site da startup Murfpy. 
Os dados completos da pesquisa, por cidade, estado e país, podem ser conferidos neste link: https://lookerstudio.google.com/u/0/reporting/97063b37-8d42-4477-965d-d4a8abdafa24/page/33hvD?s=vC7b62mOtuM (Seleciona, copia e cola)

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Pesquisa aponta interesse dos brasileiros por morar em Minas

(Por Arnaldo Silva) Santa Catarina ficou em primeiro lugar com 18,3% na preferência da população adulta brasileira como estado preferido para se mudar. Em segundo lugar ficou São Paulo, com 11,8% e Minas Gerais, com 8,9%, entre as melhores opções de estados para se morar no Brasil.
          Isso é o que afirma a pesquisa Tendências de Moradia no Brasil realizada pela Loft em parceria com a Offerwise, sobre a preferência da população adulta em se mudar de estado, caso decidam um dia sair de seu estado de origem. (fotografia acima de Cássia Almeida, do Parque das Águas de São Lourenço MG, Sul de Minas)
          A pesquisa aponta ainda uma preferência maior dos moradores dos estados do Sudeste de permanecerem na região, mas manifestam uma tendência maior de morar em Minas Gerais. Ao todo, 11% dos entrevistados dos demais estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo), afirmaram que se mudariam para Minas Gerais, caso optem em deixar seus estados de origem. Em ordem, nas demais preferências dos entrevistados em morar, aparecem as regiões Norte (7,9%), Nordeste (7,7%), Centro-Oeste (6,3%) e o Sul do Brasil (5,3%).
Abaixo, a lista dos estados de preferência dos brasileiros para se mudar
Santa Catarina                                18.3%
São Paulo                                        11.8%
Minas Gerais                                   8.9%
Rio de Janeiro                                 8.7%
Rio Grande do Sul                          7.5%
Bahia                                               6.5%
Paraná                                              6.0%
Ceará                                               3.8%
Goiás                                               3.4%
Pernambuco                                    3.1%
Distrito Federal                               2.9%
Espírito Santo                                 2.6%
Alagoas                                           2.5%
Paraíba                                            2.5%
Mato Grosso                                   1.9%
Rio Grande do Norte                      1.7%
Mato Grosso do Sul                       1.4%
Maranhão                                       1.1%
Tocantins                                        1.1%
Sergipe                                           0.9%
Amazonas                                      0.8%
Pará                                                0.7%
Piauí                                               0.5%
Rondônia                                       0.5%
Acre                                               0.5%
Amapá                                           0.2%
Roraima                                         0.2%
Fonte: Loft e Offerwise

sexta-feira, 1 de março de 2024

Apenas 11 cidades mineiras não tem prédios. Saiba quais.

(Por Arnaldo Silva) O crescimento populacional das cidades brasileiras vem modificando a paisagem urbana, até mesmo de cidades históricas. Antes, predominantemente formada por casas, casarões e sobrados, na maior parte das cidades do Brasil, arranha-céus estão cada vez mais presentes nas cidades.
          Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022, divulgados recentemente, dos 853 municípios mineiros, em apenas 11 não existem prédios residenciais (construções residenciais ou comerciais  acima de 3 pavimentos) como opção de moradias, apenas casas. Os prédios, na maioria das cidades brasileiras, em geral, se concentram na parte central das cidades. No Brasil, segundo dados do IBGE, 84,8% vivem dos brasileiros moram em casas. (na foto acima da Sueli Santos, Serra da Saudade MG e abaixo, de Wilson Fortunato, pracinha em Tapiraí MG)
          Os recenseadores do IBGE, colherem dados das residências de todos os municípios brasileiros, como forma de abastecimento de água, existência de canalização de água, existência de banheiro e sanitário, tipo de esgotamento sanitário e destino do lixo.
          Além disso, entrou nos dados da pesquisa o tipo de moradia dos recenseados como se mora em casa, casa de vila ou se moram em condomínios, cortiços, habitação indígena sem paredes e até a estrutura das moradias, se estão degradas ou inacabadas, foram indagadas. (na foto acima do William Santos, a cidade de Fortaleza de Minas)
          Com base nesses dados, o IBGE acredita que contribuirá para um planejamento mais adequado do poder público sobre a verticalização, investimentos públicos em saneamento básico, educação, saúde, moradias, etc.
Minas Gerais
          Em Minas Gerais, a pesquisa do IBGE aponta que 84,3% dos mineiros moram casas, na média nacional. Segundo a pesquisa, 14,36% dos mineiros vivem em apartamentos, 2,4% vivem em casas de vilas ou em condomínios, 0,2% em cortiços ou casas de cômodos, 0,04% em casas degradadas ou inacabadas e menos de 0% afirmam morar em habitação indígena sem paredes ou em malocas. (na foto acima do Rogério Santos Pereira, Queluzito MG)
          Dos 853 municípios mineiros, somente 11 não tem um único prédio sequer. São todas cidades com menos de 6 mil habitantes.       
Veja abaixo a lista e o número de habitantes das 11 cidades
01 - Serra da Saudade, na Região Centro-Oeste Mineiro, com 833 habitantes;
02 - Queluzito, na Região Central, com 1.770 habitantes;
03 - Senador José Bento, na Região Sul de Minas, com 2.068 habitantes;
04 - Araçaí, na Região Central, com 2.181 habitantes;
05 - Alagoa, na Região Sul de Minas, com 2.749 habitantes;
06 - Caranaíba, na Região Central, com 2.933 habitantes;
07 - Fortaleza de Minas, na Região Sul de Minas, com 3.477 habitantes;
08 - Conceição da Barra de Minas, na Região Central, com 3.560 habitantes;
09 - Ipiaçu, na Região do Triângulo Mineiro, com 3.775 habitantes;
10 - José Gonçalves de Minas, na Região do Jequitinhonha/Mucuri, com 3.969 habitantes;
11- Frei Gaspar, na Região do Jequitinhonha/Mucuri, com 5.640 habitantes.
Nota: Os dados acima são oficiais, de acordo com a análise dos recenseadores que visitaram os lares mineiros e brasileiros. Como é oficial, não podemos incluir mais cidades, como muitos nos pedem, alegando que em suas cidades, também não tem prédios. Embora possa haver controvérsias sobre a definição do IBGE sobre o que seja prédios, onde tem e onde não tem prédios, a lista oficial é esta, com apenas 11 cidades mineiras que não tem prédios, segundo o próprio IBGE. 

domingo, 28 de janeiro de 2024

Mineiros são os melhores anfitriões do Brasil, aponta pesquisa

(Por Arnaldo Silva) A Preply, uma plataforma de e-learning e aplicativo de aprendizado de línguas, presente em 203 países, sediada em Kyiv, na Ucrânia e ainda com escritórios em Barcelona na Espanha, elegeu os melhores estados anfitriões do Brasil.
          Na ponta, o povo mineiro foi eleito o melhor anfitrião do Brasil com 22% do total dos votos, seguido pelos baianos, com 14% e paulistas, com 9,2%. Abaixo está o ranking completo dos 10 melhores anfitriões do Brasil.
          Para chegar a esse resultado, a pesquisa ouviu a opinião de mais de mil brasileiros, usuários da plataforma. Além disso, os pesquisados responderam questões de quais seriam os estados brasileiros mais festeiros, mais paqueradores, mais reservados e mais comunicativos. 
          O objetivo dessas pesquisas, segundo a Preply é o de "desvendar os estereótipos mais comuns ligados a diferentes partes do país". (na foto, o café especial do Espaço Roça em Caetanópolis MG da minha amiga Edna Pires)
Os melhores anfitriões do país
          Por outro lado, a nova pesquisa da plataforma Preply reconhece uma das mais antigas tradições mineiras: a hospitalidade e a tradição de receber muito bem, com simpatia e alegria a todos. Não só isso, além de serem ótimos anfitriões, os mineiros sempre oferecem um pouco da culinária mineira ao visitante, ou no mínimo, um café com queijo, biscoito ou pão de queijo, como forma de carinho e expressão de alegria pela visita.
          Pesaram ainda na votação a modéstia e simplicidade dos mineiros, reconhecida em todo o país. O mineiro sempre tratou muito bem as visitas e tem um jeitinho muito especial de cativar as pessoas logo na primeira conversa, um dos motivos que explicam a eleição pela mesma plataforma, do sotaque mineiro como o mais charmoso do país.
          Essas características do povo de Minas Gerais foram fundamentais para os mineiros serem eleitos os melhores anfitriões do país.
Lista dos 10 melhores anfitriões do Brasil
Estado                            % dos entrevistados
1º - Minas Gerais                22%
2º - Bahia                             14%
3º - São Paulo                      9,2%
4° - Rio de Janeiro              7,1%
5° - Pernambuco                  6,1%º
6° - Ceará                             5,4%
7º - Santa Catarina              4,3%
8º - Rio Grande do Sul        4%
9º - Alagoas                         2,8%
10º- Pará                              2,6%
Outras pesquisas da Preply
          A mesma plataforma elegeu anteriormente o sotaque mineiro como o mais charmoso do Brasil e também, apontou as capitais brasileiras mais mal-educadas do país. Nessa pesquisa, os belo-horizontinos figuraram entre as 5 capitais brasileiras mais mal-educadas. Na lista está Goiânia em 1°, Rio de Janeiro em 2°, Porto Alegre em 3°, Salvador 4° e Belo Horizonte, em 5°, com a nota média de 6,48.
          Pesaram na decisão dos seguidores da plataforma, o fato de boa parte dos belo-horizontinos usarem muito o celular em público e em viva-voz, não darem vez a outras pessoas no trânsito, assistir vídeos em público, furar a fila, não dar gorjeta, entre outros.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Lista das 98 cidades mais seguras de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) A pequena, pacata e charmosa cidade de Serranos fica no Sul de Minas, distante 380 km de Belo Horizonte. O município tem origens no arraial formado entre 1840/1891, com o nome de Bom Sucesso de Serranos. Nome encurtado em 1923 para Serranos, então distrito de Aiuruoca, até sua emancipação, em 12 de dezembro de 1953.
          Além das belezas naturais da Serra da Mantiqueira, seu povo simples, religioso, tradicional e hospitaleiro, o charme e simplicidade de seu casario em estilo colonial, os 1990 habitantes da cidade, segundo Censo do IBGE de 2022, só tem motivos para se orgulhar de viverem em uma cidade, além de aconchegante, segura e tranquila. (na foto acima e abaixo de Bernardo Carneiro/Ascon/Sejusp, vista parcial de Serranos MG)
          É porque Serranos, está desde fevereiro de 2016, portanto há 8 anos, sem registros crimes violentos no município. Isso torna a cidade a número 1 entre as 98 mais seguras de Minas Gerais, segundo dados levantados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp/MG).
          No ano anterior, 2022, apenas 27 municípios mineiros não registraram crimes violentos. Nesse levantamento atual, foram 98. Isso dá um aumento de 262,9% de cidades “seguras”, sem nenhuma ocorrência de crimes violentos em 2023. (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemo, a cidade de Glaucilândia, no Norte de Minas)
          Segundo a Sejusp, são considerados crimes violentos os crimes de estupro tentado e consumado, estupro de vulnerável, homicídio tentado e consumado, sequestro tentado e consumado com cárcere privado, extorsão tentada e consumada, extorsão mediante sequestro consumado e roubo tentado e consumado. (na foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a cidade de Campanário no Vale do Jequitinhonha)
          Dentre os 853 municípios mineiros, 98 não registraram nenhum crime desse tipo, por isso, são considerados os mais seguros de Minas. Em sua maioria, 97 desses 98 municípios, conta com menos de 10 mil habitantes. Apenas Lagoa Dourada, no Campo das Vertentes com 12.769 e Cristina, no Sul de Minas, cm 10.374, superam os 10 mil habitantes. (na foto acima de Maurício Soares, a Praça da Matriz do Divino em Quartel Geral, Centro-Oeste de Minas)
Veja a lista completa das 98 cidades mineiras que não registraram nenhum crime violento em 2023 
1. Serranos – 1990 habitantes
2. Serra da Saudade – 833 habitantes
3. Quartel Geral – 3.179 habitantes
4. Silvanópolis – 5.108 habitantes
5. Rochedo de Minas – 2.291 habitantes
6. Tocos do Moji – 3.826 habitantes
7. Queluzito – 1.770 habitantes 6.311 habitantes
8. Sapucaí-Mirim - 6.311 habitantes
9. Tapiraí – 1.690 habitantes
10. Santa Rosa da Serra – 3.382 habitantes
11. Santana do Deserto – 3.747 habitantes
12. São João do Oriente – 7.070 habitantes
13. Senhora de Oliveira – 5.483 habitantes
14. Santana do Jacaré – 4.212 habitantes
15. Toledo – 7.213 habitantes
16. Piau – 2.796 habitantes
17. São Geraldo do Baixio – 3.143 habitantes
18. Senador Cortes – 2.240 habitantes
19. Ponto Chique – 3.747 habitantes
20. Wenceslau Braz – 2.356 habitantes
21. Tumiritinga – 5.886 habitantes
22. São Roque de Minas – 7.129 habitantes
23. Presidente Kubitschek – 3.071 habitantes
24. Volta Grande – 4.443 habitantes
25. São José da Varginha – 4.536 habitantes
26. São José do Alegre – 4.133 habitantes
27. São Félix de Minas – 3.200 habitantes
28. Olímpio Noronha – 2.555 habitantes
29. Ibiracatu – 5.081 habitantes
30. Itamarati de Minas – 3.690 habitantes
31. Glaucilândia 2.928 habitantes
32. Laranjal – 5.963 habitantes
33. Paineiras – 4.224 habitantes
34. Materlândia – 3.963 habitantes
35. Inconfidentes – 7.301 habitantes
36. Francisco Badaró – 7.366 habitantes
37. Mendes Pimentel – 5.606 habitantes
38. Liberdade – 4.737 habitantes
39. Itutinga – 4.217 habitantes
40. Gonçalves – 4.727 habitantes
41. Lagoa Dourada – 12.769 habitantes
42. Juvenília – 5.789 habitantes
43. Ibitiúra de Minas – 3.365 habitantes
44. Goianá – 4.053 habitantes
45. Juramento – 3.768 habitantes
46. Lamim – 3.184 habitantes
47. Novorizonte – 4.571 habitantes
48. Medeiros – 3.900 habitantes
49. Olaria – 1.945 habitantes
50. Desterro do Melo – 8.067 habitantes
51. Delfinópolis – 8.393 habitantes
52. Carmésia – 2.605 habitantes
53. Albertina – 2.952 habitantes
54. Carvalhos – 4.422 habitantes
55. Consolação – 1.593 habitantes
56. Campanário – 2.923 habitantes
57. Cana Verde – 5.272 habitantes
58. Campo Azul – 3.714 habitantes
59. Berizal – 4.201 habitantes
60. Crucilândia – 5.434 habitantes
61. Desterro de Entre Rios – 7.653 habitantes
62. Cruzeiro da Fortaleza – 3.521 habitantes
63. Bias Fortes – 3.361 habitantes
64. Berilo – 9.826 habitantes
65. Conceição de Ipanema – 4.409 habitantes
66. Aracitaba – 2.049 habitantes
67. Alvarenga – 3.975 habitantes
68. Alagoa – 2.749 habitantes
69. Cordislândia – 3.200 habitantes
70. Felisburgo – 6.489
71. Bertópolis – 4.451 habitantes
72. Datas – 5.465 habitantes
73. São Sebastião do Rio Preto – 1.259 habitantes
74. Grupiara – 1.392 habitantes
75. Conceição das Pedras - 2.772 habitantes
76. Caranaíba – 2.933 habitantes
77. Passabém – 1.600 habitantes
78. Ibituruna – 2.698 habitantes
79. Piedade do Rio Grande - 4.604 habitantes
80. Pedro Teixeira – habitantes 1.810 habitantes
81. Biquinhas – 2.383 habitantes
82. Pintópolis – 7.084 habitantes
83. Taparuba – 3.387 habitantes
84. Santo Antônio do Rio Abaixo – 1.808 habitantes
85. Vargem Bonita – 4.576 habitantes
86. Santa Rita do Ibitipoca – 3.301 habitantes
87. Seritinga – 1.819 habitantes
88. Monjolos – 2.169 habitantes
89. Paiva – 1.147 habitantes
90. Machacalis – 6.487 habitantes
91. Cristina – 10.374 habitantes
92. Conceição da Barra de Minas – 3.560 habitantes
93. Delfim Moreira – 7.952 habitantes
94. Dom Viçoso – 3.095 habitantes
95. Doresópolis – 1.461 habitantes
96. Cachoeira Dourada – 7.782 habitantes
97. Caiana – 5.304 habitantes
98. Douradoquara – 1.829 habitantes
          O número de habitantes é baseado no Censo do IBGE de 2022. A lista está em ordem aleatória.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Primeiro café brasileiro eleito o melhor do mundo é mineiro

(Por Ascom/Emater - MG) A São Mateus Agropecuária, que conquistou o Best of the Best na 8ª edição do Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy, é uma das propriedades certificadas pelo Certifica Minas Café. É a primeira vez que um café brasileiro recebe essa premiação, anunciada em novembro, em Nova York (EUA). Um júri independente de especialistas avaliou os melhores lotes da safra 2022/2023, em uma degustação às cegas de nove cafés dos países finalistas: Brasil, Costa Rica, El Salvador, Etiópia, Guatemala, Honduras, Índia, Nicarágua e Ruanda. E o Guima Café, produzido pela São Mateus, na região do Cerrado mineiro, obteve a melhor pontuação, sendo considerado uma bebida “redonda, saudável e encorpada, com sabores ricos e suaves de um equilíbrio de chocolate, caramelo, açúcar mascavo e amêndoas torradas”.
          Os lotes participantes do concurso foram primeiro analisados pelos laboratórios de controle de qualidade da illycaffè e, na degustação às cegas, foram classificados em termos de riqueza e complexidade aromática, elegância e equilíbrio dos sabores e intensidades dos aromas. (foto acima: Guima Café)
          Andreza Sebaio, extensionista da equipe do Certifica Minas na Emater-MG (empresa estadual de assistência técnica e extensão rural), destaca a importância da certificação para o sucesso do Guima Café: “Eles estão com a gente, no processo de certificação, desde 2016. Apesar de ser uma fazenda com um potencial grande, sempre seguem as orientações da Emater. Tudo que é feito lá passa pela gente. Por exemplo, antes da pré-auditoria, para a certificação, sempre nos consultam, para saber se está tudo conforme as regras do Certifica Minas. É um trabalho de melhoria contínua na produção do café, e o prêmio é o maior reconhecimento”, afirma.
          Atualmente, cerca de 900 propriedades cafeeiras no estado detêm o selo do programa de certificação do Governo de Minas Gerais. O programa Certifica Minas Café foi desenvolvido pelo Governo estadual para incentivar a adoção de práticas sustentáveis de produção, promover a rastreabilidade do produto, aprimorar a qualidade dos grãos e, consequentemente, melhorar a remuneração dos produtores e ampliar o acesso aos novos mercados, nacionais e internacionais. Para participar, os produtores devem seguir uma série de ações e procedimentos, que vão desde a familiarização com o processo de certificação, passando pela adequação e implementação das normas exigidas, até a manutenção dos certificados, obtida por meio de auditorias anuais.
Sustentabilidade
          Busca por materiais genéticos mais resistentes, adoção de práticas de manejo com foco na qualidade e sustentabilidade, além de cuidado artesanal no pós-colheita são pilares na produção de café na São Mateus Agropecuária, em Patos de Minas e Varjão de Minas, o que resulta em bebidas de qualidade elevada. Cerca de 70% da produção anual de 35 mil sacas são classificados como cafés especiais. Os 1,3 mil hectares de lavouras estão distribuídos entre planícies e vales, com altitudes médias de 1.030 metros. (na foto acima:Andreza, da Emater-MG, com os técnicos Ricardo Oliveira e Vinícius Nogueira, da São Mateus que produz o Guima Café na região do Cerrado, em Patos de Minas com foco na qualidade e sustentabilidade)
          Além do Certifica Minas Café, as fazendas são certificadas ainda pela Utz e Rainforest Alliance, entre outras entidades internacionais.
          O Guima Café integra o Grupo BMG, um dos maiores conglomerados empresariais privados do Brasil. E, além de membro da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), foi à quarta propriedade no mundo a receber a certificação britânica Regenagri, de cafeicultura regenerativa. “Ser reconhecido como o melhor café do mundo pela illy nos motiva a continuar apostando na qualidade do nosso produto, que divulga mundialmente o valor e o compromisso com uma cafeicultura ambientalmente responsável”, ressalta Vinicius Nogueira, técnico agrícola da São Mateus Agropecuária.
Reportagem e fotos: Assessoria de Comunicação - Emater-MG
Jornalista responsável: Miriam Fernandes
www.emater.mg.gov.br
facebook.com/ematerminas
Fotos: Divulgação/Emater-MG
Publicado em: 20/12/2023

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Culinária mineira é eleita a melhor do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Com sede em Zagreb, na Croácia, a plataforma gastronômica TasteAtlas, um dos maiores guias de viagens e gastronomia do mundo, divulgou recentemente o ranking das melhores culinárias do Brasil e do mundo. No ranking brasileiro, a cozinha mineira ficou em primeiro lugar e a cozinha baiana em segundo.
          Entre as 100 melhores cozinhas regionais do mundo, a culinária mineira ficou em 30° lugar com pontuação de 4,36 e a culinária baiana, em 43° lugar, com pontuação de 4,18. No ranking mundial, apenas a culinária mineira e baiana entram par a das 100 melhores do mundo, eleitas pela plataforma. (na foto acima, pratos do Restaurante Jeitinho Mineiro/@restaurantejeitinhomineirosrj, em Santa Rita de Jacutinga MG)
          A pontuação mínima é 0,5 e a máxima, 5. Na apuração das notas, são feitas as médias que determinam a posição de cada prato e culinária regional, de acordo com os critérios definidos pelo site, como ingredientes, modos de preparo, dentre outras categorias.
          A votação é promovida pela plataforma entre seus milhares de seguidores em todo o mundo, em sua maioria ligados a área gastronômica. As cozinhas regionais que figuram no ranking do site, passam a ser considerados ótimos destinos de viagens e turismo para 2024. (na imagem acima, feita pelo site TasteAtlas/Divulgação, o ranking completo das 100 melhores cozinhas do mundo)
Pratos mineiros e baianos em destaque
         O feijão-tropeiro, tutu de feijão, vaca atolada, biscoito de polvilho e o pão de queijo, além do queijo Canastra, catupiry e pratos feitos com jabuticaba, foram os destaques da cozinha mineira, na avaliação do TasteAtlas.
          Em segundo lugar no ranking nacional e em 43° lugar no ranking mundial, a culinária baiana teve como destaque, na avaliação da TasteAltas, o vatapá, moqueca baiana, bobó de camarão, acarajé, quindim e pimenta malagueta.
Cozinha italiana nas primeiras colocações
          A culinária regional da Itália marcou presença nas primeiras colocações no ranking mundial. Entre os pratos apontados como de destaque na culinária italiana, destacaram-se o macarrão à carbonara, lasanha à bolonhesa e a pizza margherita. 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Quando os avós se vão, as portas da casa se fecham.

(Por Arnaldo Silva) Quando vivos, a casa de nossos avós é cheia de crianças, de quitandas, de filhos, tios, pais, irmãos, irmãs, primos, netos, afilhados… De comadres e compadres, de vizinhos, de alegria, de vida e união.
          Natal, ano novo, dia das mães e dia dos pais, aniversário da avó, do avó, das bodas e dos dias de fazeção de quitandas e pamonha, tudo era motivo para encontro de toda família, mesmo com alguns morando distantes. A mesa era grande e farta. Cabia todo mundo! (foto acima de Luís Leite em Sacramento MG)
          Fogão a lenha, com a fumaça saindo da chaminé, era sinal de comida gostosa sendo feita. Muita gente da comunidade no fim de semana, sinal que era dia da reza do terço, de moda de viola e cantoria.
          Visitar a casa dos avós é só alegria, mas quando eles se vão, a alegria dá lugar a tristeza. Os móveis são retirados, vendidos ou doados. As plantas levadas ou deixadas sem cuidados. O pomar vai envelhecendo e morrendo. As flores murcham. Os pássaros que cantavam livres, se vão também. As portas se fecham e deixam lá o passado.
          A casa é abandonada, entregue aos cuidados do tempo e com o tempo, esquecida. A outrora alegria e união do passado, ficou por entre as paredes em ruínas, por trás da tristeza de ver o abandono.
          Não tem mais avós, não tem mais reunião de família, nem passeios na roça, leite no curral, fogão com a lenha trepidando no fogo, queijo e linguiça maturando na tábua sobre o fogão a lenha, prosas a beira do fogão, moda de viola. Não tem mais biscoitos, mais bolos, mais carne na lata, mais doces, mais causos, mais alegrias, mais vida.
          Os avós se vão e levam consigo doces momentos de uma família unida em torno deles, na casa dos avós.
          Fechada a porta, fecha-se um passado, uma vida inteira. Fecha-se histórias e momentos que não mais se repetirão. Ao fechar a porta, fecha-se junto doces momentos que não mais retornarão.
          Não tem mais a casa dos avós para passarmos as férias, os feriados, aniversários, o natal e o ano novo. Hoje, almoçar aos domingos fora, é em restaurante. Não tem mais o encontro de primos, irmãos, comadres, compadres, tios e vizinhos na casa dos avós. Não tem mais fogão a lenha aceso. Nem “bença vó, bença vô”. Não ouviremos mais “Deus te abençoe meu filho”.
          Ao andar pelas estradas, comunidades, cidades, as casas dos avós estão abandonadas e ignoradas pelos filhos, os herdeiros. Nela, não querem morar. Nem reformar. Construção antiga, base, assoalho, móveis, em madeira, muito caro. Preferem deixar lá, aos cuidados do tempo, e com o tempo, derrubam e fazem outra casa, um prédio, ou mesmo, derrubam para dar mais pasto para o gado.
          Poucos reformam, preservam o mobiliário, as fotos e tentam manter os laços, a tradição e as lembranças na casa dos avós, e assim, criam novas emoções, lembranças e histórias, mantendo a vida na casa e as emoções em seus corações. (foto acima de Elvira Nascimento em Marliéria MG)
          Infelizmente, é o que aconteceu com minha família. Meus avós se foram, os filhos que antes se reuniam em torno dos pais, não se interessaram pelo casarão. Jogaram fora os “móveis velhos” e deixaram o tempo levar tudo.
          Ficaram em minha mente e coração, os doces momentos da casa de meus avós, que vivi e estão até hoje em meu coração. No lugar onde estava a casa, o curral, o pomar e o jardim, tem pasto para gado. Não tem mais vida, não tem mais casa, não tem mais avós.
          Fecharam as portas da casa, não abriram mais e tudo se foi. Ficam as lembranças daquele tempo, que não mais hão de voltar.

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