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terça-feira, 8 de abril de 2025

Cidade mineira é eleita a mais feliz e mais inteligente do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Com apenas 8 mil habitantes, pacata, charmosa, bem cuidada e com povo acolhedor e hospitaleiro, a cidade de São Gonçalo do Abaeté, no coração do Alto Paranaíba, a 376 km de Belo Horizonte, foi reconhecida como a cidade mais inteligente e mais feliz do Brasil. O reconhecimento foi devido o projeto “São Gonçalo Mais Feliz: Sustentabilidade e Bem-Estar na Gestão Pública Municipal”, desenvolvido pela Prefeitura legal, inspirado em projetos semelhantes e de sucesso em alguns países, como o Butão, um país asiático.
Fotos acima de Elpídio Justino de Andrade
        Desenvolvido pela Gestão Municipal e aplicado na cidade desde 2022, o projeto visa a aplicação do conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB), de forma mais abrangente que os indicadores econômicos e sociais tradicionais. Isso porque tem como foco, além dos dados econômicos, medir a satisfação e o bem-estar de seus cidadãos, partindo de nove pontos básicos: Bem-estar Psicológico, Cultura, Saúde, Educação, Padrão de Vida Uso do Tempo, Vitalidade da Comunidade, Diversidade do Meio Ambiente e Governança. Alinhadas a esses pontos, foram implementados na cidade 13 iniciativas nas áreas da saúde, educação, meio ambiente, cultura e participação social, visando basicamente o bem-estar dos 8 mil moradores de São Gonçalo do Abaeté MG.
        O FIB é utilizado para medir o bem-estar da população, associando-o ao desenvolvimento do município, favorecendo assim melhor entendimento planejamento da gestão municipal na aplicação de politicas públicas e sociais, sempre visando a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.
Parceria com o Sebrae
Foto acima de Duva Brunelli
        Executado em parceria com o Sebrae, principalmente na área de governança, o projeto foi colocado em prática, permitindo a viabilização da criação de programas sociais como:
 Programa Sebrae Delas: Voltado para o incentivo ao empreendedorismo feminino e maior participação no mercado de negócios.
 Programa Restaurar: Visa promover melhorias na gestão ambiental, com foco na sustentabilidade do município.
 Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE): Focado em promover a mentalidade empreendedora entre jovens e adultos.
 Sala Mineira do Empreendedor: Um espaço criado para apoiar empreendedores da cidade com informações e recursos.
Reconhecimento e premiação mundial
Foto acima de Elpídio Justino de Andrade
        O sucesso na implementação do programa na prática, fez o projeto São Gonçalo Mais Feliz: Sustentabilidade e Bem-estar na Gestão Pública Municipal, sair das divisas da cidade despertando interesse de gestores de todo o país e de outros países devido os resultados eficazes alcançados.
        Por esse motivo, o projeto e a cidade de São Gonçalo do Abaete se destacaram na categoria Cidades Inteligentes. O resultado do reconhecimento da cidade mineira foi divulgado durante a segunda edição do Smart City Expo Curitiba Brazilian Awards, uma premiação internacional que reconhece as práticas inovadoras e transformadoras das cidades desenvolvidas pelas gestões públicas em cidades de todo o planeta.
O que é Smart City Expo Curitiba
Foto acima de Elpídio Justino de Andrade
        O Smart City Expo Curitiba é organizado pelo iCities, com sede em Curitiba no Paraná, é um hub (no inglês significa conexão ou ponto central) de inovação. O evento de 2025 contou com o apoio da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Paraná, além da chancela da Fira Barcelona, um dos mais renomados organizadores de eventos do mundo. 
        A empresa iCities foi fundada em 2011, segundo informações no próprio site da plataforma que informa que a iCities “é uma grande plataforma de soluções e projetos acerca do amplo segmento de cidades inteligentes. O estreito relacionamento com municípios e grandes corporações é o que possibilita soluções inteligentes para a gestão pública e empreendimentos privados”.
        O Smart City Expo Curitiba, organizado pela plataforma, é considerado atualmente o maior evento de cidades inteligentes das Américas (América do Sul, América Central e América do Norte).
Objetivos do prêmio
Foto acima de Elpídio Justino de Andrade
        O prêmio concedido pela Smart City Expo Curitiba Brazilian Awards tem como objetivos:
• Celebrar a inovação e a sustentabilidade nas cidades brasileiras
• Reconhecer e valorizar projetos que estão transformando as cidades
• Destacar projetos que estão moldando o futuro das cidades no Brasil
Projeto pioneiro
Foto acima de Elpídio Justino de Andrade
        O projeto desenvolvido pela Gestão Municipal de São Gonçalo do Abaeté MG, e implementado desde 2022, é pioneiro no país. O pioneirismo e sucesso do projeto na cidade mineira, rendeu à cidade o título de cidade mais inteligente e mais feliz do Brasil. Com esse título, a cidade se torna um exemplo de gestão pública eficiente, inteligente e inovadora, passando a ser uma referência para todo o Brasil.
Impactos do projeto na comunidade
Foto acima de Duva Brunelli
        Além de ter elevado o status de São Gonçalo do Abaeté em todo o Brasil, o projeto “São Gonçalo Mais Feliz” trouxe vários benefícios para os moradores da cidade, como por exemplo na melhoria da qualidade de vida, estimulou maior participação comunitária nos assuntos da cidade, proporcionou melhora significativa dos serviços públicos, fortalecer a governança e proporcionar um ambiente mais sustentável. São melhorias significativas sentidas na prática pelos moradores da cidade, que contribuíram para que o município se tornasse referência nacional.
        É o resultado do empenho da Gestão Municipal em promover o bem-estar de seus cidadãos e que serve como base de inspiração para outros gestores públicos do país, adotar o mesmo projeto em seus municípios.
        Conceitos e projetos inovadores, transformam para melhor a realidade de uma cidade. Isso é o que aponta os resultados do projeto implementado em São Gonçalo do Abaeté. Uma mostra de quando se quer e com criatividade e ideias claras e inovadoras, a realidade de uma cidade, seja de pequeno, médio ou grande porte, pode ser modificada e melhorada.
        O resultado alcançado por São Gonçalo do Abaeté, reforça a importância das politicas públicas e estratégias que tem como prioridade o bem-estar da população e a sustentabilidade como pilares sólidos para o desenvolvimento urbano. Resultados que levaram o reconhecimento da eficácia da iniciativa da Gestão Municipal, coroada com o reconhecimento nacional, através da premiação no Smart City Expo Curitiba Brazilian Awards.
Exemplo a seguir
Foto acima de Duva Brunelli
        A experiência de São Gonçalo do Abaeté, aponta para a eficácia de ações governamentais que coloca o bem-estar da população a base das decisões da Administração Municipal. Mais que isso, é uma referência para que outros gestores públicos pelo país sigam este exemplo. 
        Seja de pequeno, médio ou grande porte, o projeto desenvolvimento em São Gonçalo do Abaeté é uma mostra clara e eficaz da criatividade e espírito de inovação dos gestores municipais no cuidado de sua população e aplicação dos recursos públicos no bem-estar e melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Saiba como identificar o verdadeiro tapete Arraiolo

(Por Arnaldo Silva) Tapete Arraiolo tem origem em Arraiolo, distrito de Évora, em Portugal pelos mãos dos Mouros, grupo muçulmano vindo do Norte da África. Se instalando em Portugal entre os séculos XV e XVI, era talentosos tapeceiros e passaram a exercer seu ofício em Portugal, dando origem assim a uma das mais belas artes em tapeçaria da humanidade. O tapete arraiolo une as técnicas dos bordados e dos famosos tapetes persas.
          Os muçulmanos tem o hábito fazerem refeições sobre tapetes e não sobre mesas. E ainda, usam tapetes para fazerem suas orações. Por isso a tradição de fazer tapetes é milenar entre os povos muçulmanos. (fotos acima de Aridelson Rezende na JR Tapetes de Florestal MG)
          Os tapetes arraiolos são totalmente manuais, feitos sobre uma tela, usando panos lãs, grossos e resistentes para que os fios que dão formato ao tapete possam ser contados. São usados pelos tapeceiros fios de diferentes cores, o que torna o tapete único. Nenhum tapete arraiolo é igual ao outro.
          Ter um tapete Arraiolos em casa é ter uma arte finíssima, chique, que dá vida e mais conforto às residências. É sinal de cultura e bom gosto. Embora as chances de comprar tapete Arraiolos originais sejam bem grandes, já que é uma arte relativamente cara, totalmente artesanal, feito a mão, por isso ser pouca possibilidade de reprodução em série, devida a complexidade da arte, mas pode existir esses tapetes não artesanais, feitos ind
ustrialmente. (foto abaixo de Aridelson Rezende em Florestal MG
Dicas para certificar-se de que esteja adquirindo um tapete original
- Arraiolos legítimo você encontra em Portugal, o país de origem dos tapetes Arraiolos, no século XVI.
          No Brasil você encontra nas cidades mineiras de Diamantina, Florstal e Passa Tempo, podendo adquiri-los diretamente nas lojas dos artesãos, sites de vendas online locais ou por encomenda. 
- Desconfie se encontrar um tapete com linhas e pontos exatos e apalpe os tapetes. Isso porque são feitos à mão e passando os dedos entre os desenhos e pontos, poderá perceber relevos nos detalhes. Nos tapetes industriais são lisos os desenhos.
- Os pontos e detalhes geralmente apresentam irregularidades, já que são feitos durante dias, com bordados a mão.
- Tapete Arraiolos é feito de lã pura, toque e sinta se é de lã, cheire também.- Por serem feitos artesanalmente, totalmente a mão, não é um tapete barato, até porque, dependendo do tamanho do tapete, uma única peça sua confecção consome vários dias para ser feita ou até semanas. Os preços variam muito da localidade onde é produzido e geralmente cobrado por metro. Desconfie de tapete Arraiolos baratos. (foto abaixo de Giselle Oliveira em Diamantina)
Uma arte que é única
          Por fim, prestigie o artesanato original de sua cidade, de Minas Gerais, feito pelas mãos dos nossos talentosos artesãos. Além de adquirir uma arte original única, já que nunca uma peça feita à mão é igual à outra, você estará preservando a tradição, ajudando as famílias dos artesãos, gerará impostos, riquezas para os municípios e estará incentivando a preservação de nossas tradições seculares.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Charretes elétricas substituem charretes puxadas a cavalos em Minas

(Por Arnaldo Silva) As charretes puxadas a cavalos, tradicionais nas cidades históricas e estâncias hidrominerais mineiras, vem aos poucos sendo substituídas por charretes elétricas.
        Cidades como Poços de Caldas, Lambari, Caxambu, São Lourenço e mais recentemente, Tiradentes (nas fotos ilustrativas), vem se empenhando em substituir os veículos de tração animal por charretes elétricas.
        A iniciativa mineira segue uma tendência mundial, iniciada em Bruxelas, na Bélgica, que aboliu de vez os passeios feitos em carruagens para entretenimentos de turistas. A tendência se espalhou por cidades europeias, chegando ao Brasil. Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade brasileira a substituir as carruagens e charretes por carruagens elétricas, uma alternativa ecologicamente correta, já que esses veículos usam energia limpa.
Foto do cavalo de Robson Gondin e segunda, Divulgação em Tiradentes MG
               Além disso oferecem mais conforto e segurança aos turistas, reduz risco de acidentes relacionados com animais, preserva o patrimônio histórico, facilita a inclusão social, a sustentabilidade e ainda preservam o charme as características das charretes puxadas por animais, além de harmonizarem com a arquitetura local.
Por que abolir as charretes puxadas a cavalos?
        A decisão visa atender apelos de entidades de defesa dos direitos dos animais, de turistas e moradores locais, que viam na prática tradicional, um caminho ao contrário da sociedade atual, hoje voltada para proteger o bem-estar e saúde dos animais. Diante de novas opções de passeios e entretenimentos de turistas como as charretes elétricas, o uso de cavalos puxando charretes, apenas para divertimentos e passeios de turistas, foi vista como desnecessária e inaceitável para este século.
        Isso porque, segundo os ativistas da causa animal, o fim dos veículos de tração animal para fins turísticos, submetia os animais a condições climáticas adversas como chuva, sol e frio, além de longas jornadas de trabalho, falta de descanso e alimentação adequadas e ainda puxavam peso por ruas calçadas com pedras e paralelepípedos. O mau cheiro exalados devido o suor dos animais, as fezes deixadas pelas ruas, a urina e emissão de gases, são outros fatores apontados pelos ativistas que protestavam contra a manutenção dessa atividade.
        Esse conjunto de situações gerava um impacto negativo para as cidades que mantinham essa prática em nome da tradição, afirmam os que se opunham ao uso de charretes puxadas por animais.
Busca por soluções
        Com toda essa situação, representantes do Ministério Público, Prefeituras, Câmara de Vereadores e entidades representativas dos charreteiros, se reuniam em busca de um acordo em comum que visasse a preservação da atividade, bem como o bem-estar dos animais, mas também dos charreteiros, que tem nessa atividade, sua fonte de renda e sustento.
        Alternativas compensatórias, destino dos animais, capacitação dos que optaram por permanecer na atividade e facilidades na aquisição das charretes elétricas para os que optassem em continuar na atividade foram os temas abordados. O objetivo era chegar a uma acordo que atendesse a tendência mundial para o fim dessa atividade e garantir emprego dos charreteiros bem como a atividade turística.
        Assim surgindo acordos para substituição gradativa das charretes puxadas a cavalo para charretes elétricas.
Diferença entre charrete e carruagem  
        As cidades europeias tem como tradição o uso de carruagens, que são veículos com com quatro rodas, estrutura de madeira, ferro, cobertura, portas, janelas, bancos e adornos luxuosos, puxadas por dois ou 4 cavalos. São usadas até os dias de hoje pelas monarquias europeias. Já a charrete é um veículo de tração animal menor que as carruagens, bem mais simples, com estrutura em madeira e de duas rodas, puxadas geralmente por um cavalo, com cobertura e bancos. Charretes elétricas
        Em Minas Gerais, são as charretes que predominam nas cidades históricas e estâncias hidrominerais, que usam esse tipo de veículos para passeios turísticos.
        O projeto desses veículos teve como inspiração os automóveis elétricos desenvolvidos no final do século XIX, na Europa e Estados Unidos. Tem a frente que lembra os primeiros "fords" e a parte traseira lembrando as atuais charretes.
        As charretes elétricas são charmosas, silenciosas e livres de emissões de gases, o que garante um ambiente agradável e bastante saudável. A preferência por esse tipo de modelo é para manter o romantismo e charme tradicional das cidades históricas e estâncias hidrominerais, além de se parecerem muito com as charretes puxadas por animais. É uma mistura de tecnologia com o glamour das construções históricas dessas cidades.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Pequi protegido: lei mineira Pró-Pequi é nacionalizada

(Por Arnaldo Silva) Projeto de Lei nº 1970/2019 que visa a criação de uma Política Nacional para manejo sustentável, plantio, extração, consumo, comercialização e transformação do pequi (Caryocar brasiliense) e demais frutos do Cerrado, foi sancionado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 7 de janeiro de 2024. A nova lei nacional já é praticada Minas Gerais.
        O objetivo da Lei é incentivar o beneficiamento, a industrialização, comercialização do pequi e outros frutos do Cerrado, além de proteger a espécie, ameaçada pela expansão imobiliária, queimadas e derrubadas para formação de pastagens e lavouras. Além disso, tem como objetivo garantir a geração de emprego e renda de milhares de famílias que vivem da cultura do pequi e outros frutos do Cerrado Brasileiro. Dados de 2024 afirma que somente em Minas Gerais, 4.800 famílias tiveram no pequi, sua maior ou única fonte de renda. (fotografias acima de Arnaldo Silva em Bom Despacho MG)
Lei mineira nacionalizada
        O Projeto de Lei, agora nacionalizado, é de autoria do deputado Federal Rogério Corrêa (PT-MG). A solenidade de sansão da Lei Pró-Pequi foi realizada no Palácio do Planalto com a presença do Presidente Lula (PT), do deputado Federal Rogério Corrêa (PT-MG), autor do projeto, além de ministros, deputados e representantes de cooperativas.
        Em Minas Gerais o pequizeiro e o pequi, são protegidos contra ação depredatória. A lei mineira foi nacionalizada pelo pelo Governo Federal, tornando o pequizeiro e os demais frutos do Cerrado como a cagaita, o bacupari, a gabiroba, o coco macaúba, o baru, o buriti, dentro outros frutos, protegidos por lei, além de proibir, entre outras medidas, a derrubada predatória de pequizeiros, com exceção da prática ser autorizada pelos órgãos ambientais competentes. A nova lei cria ainda estímulos para o impulsionamento da exploração sustentável dos frutos do Cerrado por comunidades tradicionais. (na foto acima de Wilson Fortunato, pequizeiro em Bom Despacho MG)
Impacto positivo no agro e na economia
        Protegido por lei nacional, haverá um impacto positivo na economia, com a geração de emprego e renda para as famílias que vivem nas regiões com predominância do bioma Cerrado, além de gerar um impacto positivo para o agronegócio. Isso porque a lei Pró-Pequi cria um auxílio de crédito e incentivos aos produtores rurais, entidades e cooperativas do bioma, além de instituir uma politica nacional para o manejo sustentável do Cerrado. Como consequência, haverá aumento na geração de emprego e renda, além de aumento na produção dos produtores rurais, sem depredação do bioma e com respeito ao Cerrado. (foto acima de Wilson Fortunato, frutos de pequi em Bom Despacho MG)
Pequizeiro é a árvore símbolo de Minas Gerais
        O pequizeiro é a árvore símbolo de Minas Gerais e a espécie tem lei específica de proteção no Estado. A lei Pró-Pequi, torna o Cerrado, principalmente o pequizeiro e seu principal fruto, o pequi, protegidos em todo o território nacional, onde o bioma Cerrado se faz presente: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. A nacionalização da Lei de proteção do Pequi aumentará a preservação do Cerrado do brasileiro, segundo expectativas. (na foto acima do Wilson Fortunato em Bom Despacho MG, galhos de pequizeiro)
Bioma Cerrado
        O bioma Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. Em Minas Gerais, o bioma Cerrado ocupa 57% do território mineiro, estando presente na Região Oeste, Centro-oeste, Central, Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro, Noroeste de Minas, Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas. (na foto acima do Ernani Calazans em Araçuaí MG, Jequitinhonha, o pequi, fruto do pequizeiro)
Benefícios do pequi
        O pequi, o fruto do pequizeiro, é rico em vitaminas A, C e E, fibras e gorduras saudáveis, que ajudam na diminuição do nível de colesterol ruim. Pra se ter ideia, a polpa do pequi contém 70,9 mg/100 g a 105 mg/100 g de vitamina C, valores bem superiores à vitamina C encontrada na laranja, goiaba, banana-d´água, limão e na maçã argentina, por exemplos. A polpa do pequi concentra 72% de óleo, com grande concentração de compostos fenólicos, que possuem propriedades anti-inflamatórios. Além disso, a polpa é composta de 14% de fibras e 11% de proteínas e carboidratos. (foto acima de Wilson Fortunato em Bom Despacho MG)
        A castanha do pequi, que fica no interior do fruto, é também nutritiva, por ser rica em ribolavina, tiamina e provitamina A, além de ser muito e saborosa. É apreciada in natura e usada ainda em farofas, doces, cookies, mistura à granola, pães, etc. (na foto acima do Ernani Calazans, em Araçuaí MG, Jequitinhonha, o pequi, sua polpa, espinhos e castanha)
        O fruto do pequi possui muitos espinhos, por isso não pode ser mordido e sim, roído para evitar acidentes. É apreciado na culinária com arroz, como principal mistura, além de ser usado na produção de licores, doces, sorvetes, compotas, conservas, farinha e ração para animais. (na foto acima do Edson Borges de Felício dos Santos MG, Jequitinhonha, prato com pequi)

        O óleo do pequi, que é extraído da polpa e também de sua castanha, é usado na indústria de cosméticos na produção de hidratantes para a pele e na indústria farmacêutica, devido sua propriedade anti-inflamatória, cicatrizante e antioxidante, além de ser usado na produção de remédios para tratar doenças respiratórias como bronquite, tosse, gripe e resfriado.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Minas é eleita um dos destinos de viagens mais completos do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Segundo levantamento das plataformas Booking e Hyatt, feito entre seus seguidores, as características de preferências para viagens para 2025, são lugares que ofereçam experiências únicas, combinadas com a hospitalidade, boa gastronomia, acolhimento, autenticidade, nostalgia, contemplação, sossego e silêncio, este o principal quesito na escolha de destinos para viagens, apontado por 79% dos entrevistados da Bookinkg.
Nas fotos: Ouro Preto (Arnaldo Silva), Conceição do Mato Dentr (/Marcelo Santos), Vila de Cocai (/Judson Nani) e Belo Horizonte (Nacip Gomêz)
        Nesses quesitos, Minas Gerais foi o estado preferido para viagens, entre os seguidores das plataformas por ser um estado que combina a hospitalidade, com cultura, arquitetura histórica, arte e principalmente belezas naturais que permite a contemplação, o sossego e o bloqueio de ruído, conhecido mundialmente como “silent travel”, oferecendo experiências únicas e inesquecíveis aos visitantes. Busca por destinos com essas características vem se tornando uma tendência mundial e Minas Gerais é um dos destinos preferidos por viajantes do Brasil e do exterior.
        A pesquisa das plataformas afirma ainda que 88% dos “Baby Boomers”, como são chamados as pessoas que nasceram entre 1940 e 1960, desejam pagar viagens para seus filhos, netos e bisnetos. Para esse público, que opta por passeios em família, Minas Gerais é o local preferido. Isso porque o estado promove experiências completas para todas as idades. Queijos, vinhos, artesanato, azeites, cultura, música, vilas pitorescas, cidades históricas, modernas, estâncias hidrominerais, acolhedoras e atraentes, natureza exuberante, tranquilidade e sossego, além da riqueza de seu patrimônio histórico. Segundo o IPHAN, 62% dos bens tombados como patrimônio nacional, estão em Minas Gerais.
        Passeios em família pelas vilas e cidades históricas mineiras é uma experiência única, inesquecível e marcante, que leva o viajante uma nostálgica sensação de volta ao passado, despertando com isso interesse pela cultura e história do nosso povo. Isso é valorizado pelos viajantes e turistas, ao avaliar escolha de seus destinos de viagens.
        Com base nessa pesquisa, a Booking e Hyatt apontam Minas Gerais como um dos destinos mais completos do Brasil. O estado das alterosas mineiras oferece experiências únicas que combinam contemplação, retiros saudáveis, autenticidade, hospitalidade com uma riqueza gastronômica única e sem igual.

Serra da Mantiqueira
Nas fotos: Aiuruoca e Baependi (Jerez Costa), São Tomé das Letras (JuAvohai)
        Entre os destinos tido como “silent travel” e saudável, está a Serra da Mantiqueira, devido seu clima ameno, matas nativas, rios e cachoeiras paradisíacas. É um dos lugares mais bem avaliados pelos viajantes, considerado ideal para retiros espirituais, contemplação, meditação, orações e convívio pleno com a natureza, e sensação única de bem-estar.
        A região conta ainda com inúmeras pousadas e hotéis aconchegantes e acolhedores, em meio às montanhas da Mantiqueira e a energia mística que a região transmite, principalmente nas cidades consideradas sagradas por místicos que são: São Tomé das Letras, Pouso Alto, Itanhandu, Carmo de Minas, Maria da Fé, Conceição do Rio Verde e Aiuruoca, cidades que orbitam na chamada “Capital Espiritual do Novo Milênio”, que para os místicos é São Lourenço.
        Além disso, o céu, seja durante o dia e à noite, é perfeito para contemplação, principalmente para os amantes da astronomia e astrologia e claro, para os que buscam contatos com OVNI´S. Sem contar o romantismo das charmosas e acolhedoras cidades e da gastronomia diversificada acrescida de queijos, azeites e vinhos finíssimos de qualidades reconhecidas mundialmente.
Estâncias hidrominerais
Nas fotos: Araxá (Arnaldo Silva), São Lourenço (Cássia Almeida), Poços de Caldas (Arnaldo Silva), Lambari (Luiz Carlos) e Caxambu (Marcelo Lagatta)
        As estâncias hidrominerais de Minas estão no roteiro de quem busca bem-estar, longevidade, alívio de estresse, cura de doenças e sossego. São cidades dotadas de ótima estrutura, tranquilas, seguras, rica em história, arquitetura e atrativos turísticos.
        Entre as principais estâncias hidrominerais mineiras se destacam as cidades de Caxambu, considerada a maior estância hidromineral do mundo, com 12 fontes de água mineral com propriedades diferentes, Poços de Caldas, Baependi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Conceição do Rio Verde, Cruzília, Dom Viçoso, Heliodora, Jesuânia, Lambari, São Lourenço, Soledade de Minas e Três Corações, todas no Sul de Minas. Tem ainda as Thermas de Araxá, no Alto Paranaíba, com suas águas radioativas e sulfurosas, as águas quentes e termais de Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, as águas quentes e termais de Montezuma no Norte de Minas, dentre outras.
A Cordilheira do Espinhaço
Cadeia da Cordilheira do Espinhaço - Fotos: Tom Alves/@tomalvesfotografia
        É a única cordilheira existente no Brasil, inicia-se em Ouro Branco, no Quadrilátero Ferrífero, segue pela Região Central, Norte de Minas, até o Sul da Bahia. São 1000 km de extensão e largura que variam de 50 a 100 km. É um dos mais impressionantes espetáculos naturais do Brasil e do mundo. Por isso mesmo, foi reconhecida como Patrimônio Natural pela Unesco.
        Lugar de equilíbrio e paz interior, a Cordilheira do Espinhaço é um santuário ecológico e um imenso jardim a céu aberto. São milhares de plantas e flores, além de uma riquíssima fauna presente em toda sua extensão. Por esse motivo, o Espinhaço e a Serra do Cipó, que faz parte da Cordilheira, vem se tornando um dos destinos preferidos de viajantes e turistas do Brasil e do mundo, que vem à região em busca do refúgio, silêncio e reconexão com a natureza, que a Cordilheira do Espinhaço oferece. Além disso, gastronomia, cultura, artesanato típico, tradição, hospitalidade e pousadas que combinam o turismo rural, passeios ecológico e turismo sustentável, são outros destaques em toda cadeia do Espinhaço, que os viajantes levam em conta na hora da escolha de seus destinos.
        Opções de turismo é o que não falta em Minas. Seja o turismo ecológico, meditativo, religioso, gastronômico, cultural, artístico, ou mesmo para quem gosta de agitação, Minas Gerais atende a todos os gostos e estilos.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

A Comunidade Sol de Deus de Itajubá

(Por Arnaldo Silva) Itajubá, no Sul de Minas, é uma das mais desenvolvidas cidades mineiras. Rica em história, belezas naturais, gastronomia, tradição e qualidade de vida, em Itajubá vivem cerca de 95 mil pessoas. O município está a 445 km de Belo Horizonte e faz limites territoriais com São José do Alegre, Maria da Fé, Wenceslau Braz, Piranguçu, Piranguinho e Delfim Moreira.
        Cidade com ótima estrutura urbana, um povo hospitaleiro e acolhedor, a cidade preserva suas tradições religiosas, manifestadas na fé e valorização da sua religiosidade. Um dos lugares imprescindíveis para ser visitado em Itajubá é a Comunidade Sol de Deus.
Comunidade Sol de Deus
Fotografia da Capela de São Miguel Arcanjo: Vinícius Montgomery
        Localizada no bairro Santa Rosa, entre o bairro Santa Rosa e Cantagalo, já na zona rural, sentido Delfim Moreira MG, na MG-350, a comunidade se formou na antiga Fazenda Santa Maria, de propriedade da família do César Sol de Deus, um dos fundadores da comunidade. Um lugar de paz, de convívio com a natureza, família e vida em comunidade. Os membros da comunidade, tanto os que vivem na comunidade ou os que moram na cidade, buscam viver como os primeiros cristãos, compartilhando com todos seus bens espirituais e materiais, tendo Maria Santíssima como Mãe e os Santos Anjos como Irmãos Maiores.
Mosteiro da Comunidade Sol de Minas. Foto: Vinícius Montgomery
        A Comunidade Sol de Deus é uma associação jurídica particular de caráter religioso, fundada e administrada por fiéis leigos. A entidade tem como objetivo administrar a propriedade e a Casa de Retiros David, um espaço na comunidade destinado a retiros espirituais que acolhe sacerdotes e seminaristas para meditação, orações e descanso, bem como a toda comunidade católica da região. Praticamente todos os fins de semana, acontece retiros espirituais no local.
Fotografia: Vinícius Montgomery
        A entidade sobrevive através de contribuições dos associados, benfeitores. A Comunidade Sol de Deus é formada pela Comunidade Vida, que são os membros que moram na própria comunidade e pela Comunidade Aliança, formada por membros que moram na cidade. As duas comunidades, bem como os benfeitores, formam a Comunidade Sol de Deus.
Capela da Divina Misericórdia. Foto: Reprodução Instagram: @comunidadesoldedeus
        O objetivo da associação religiosa é preservar, divulgar e acolher os católicos na casa de oração, bem como os que procuraram a comunidade para visitar, conhecer, meditar, rezar o terço e participar das missas e demais celebrações religiosas.
Capela de São Miguel Arcanjo. Foto: Reprodução site da Comunidade Sol de Deus
      Além da Casa de Retiros David e de moradias dos membros da Comunidade Vida, o espaço físico da Comunidade Sol de Deus, conta com uma capela construída no estilo romano e clássico, dedicada a São Miguel Arcanjo, uma capela dedicada à Divina Misericórdia, dois pequenos Oratórios, dedicados a São Pio de Pietrelicina e Santa Faustina e uma pequena gruta natural, dedicada à Nossa Senhora Aparecida, localizada na encosta de uma montanha.
Moradias da Comunidade Sol de Deus. Foto: Reprodução do Instagram: @comunidadesoldedeus
        Além disso as dependências da comunidade é rodeada por montanhas e muito verde, em um harmônico espaço onde predomina o respeito, o amor ao próximo, a vida em comunidade, o sossego e paz que o lugar transmite, levando seus moradores e visitantes a um contato maior com o criador, através da oração, meditação, reflexão e contato pleno com a natureza.
A história da comunidade Sol de Deus
Comunidade Sol de Deus. Foto: Reprodução Instagram: @comunidadesoldedeus
        Em 4 de novembro de 1993, a Comunidade Sol de Deus teve autorização do então arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Pouso Alegre MG, Dom João Bergese, para ser formada.
        Tudo começou quando um pequeno grupo de leigos, casados e solteiros, que se reuniam às quintas-feiras na Igreja de Nossa Senhora da Soledade, em Itajubá, para rezarem o terço, sentiram uma “forte chama” de Jesus chamando-os para viverem plenamente o Evangelho e a Vida em Cristo, em comunidade.
        Com a autorização eclesiástica, o grupo formado por Rose, Edna, Ricardo e Márcia com seus filhos Francisco e Miguel, Maria Rita com seus filhos Thaís e Thiago e o casal Leila e César, decidiram deixar suas vidas na cidade e se mudaram para a Fazenda Santa Maria, que era propriedade da família do César, um de seus fundadores. A partir daí, deu-se assim início à formação da Comunidade Sol de Deus.
Fotografia: Vinícius Montgomery
        O principal objetivo da comunidade é adorar, amar e servir a Deus, numa vida de entrega e doação a Deus e ao próximo, seguindo os preceitos do Evangelho e as ordenanças da Igreja Católica, Apostólica Romana. Uma vida em comunhão total com Deus em comunidade, onde ricos e pobres dividem seus bens espirituais e também, materiais, onde tudo é de todos e para todos, a exemplo dos primeiros cristãos. Partiram do princípio de “Seu Amor, nosso Amor. Sua Vida, nossa Vida”.  
        A comunidade cresceu ao longo de seus 31 anos de existência, se tornando um dos locais mais visitados e procurados da região para meditações, retiros espirituais e contatos com o sagrado junto à natureza.
Os jacaradás, o morcego e a “intervenção divina”

Dia de retiro e missa na comunidade. Foto: Reprodução site da Comunidade Sol de Deus
        O início foi de muito trabalho e preparo do lugar para ser uma comunidade. Em 1994 deu-se início a construção da capela da Divina Misericórdia, onde havia uma piscina. Foram meses de trabalho comunitário até sua conclusão. Para ornamentar a capela com bancos e altar, faltava madeira. Como na fazenda existiam cerca de 40 jacarandás e um marceneiro voluntário se prontificou a fazer o altar e os bancos, foi solicitado autorização para o corte de dois jacarandás junto ao engenheiro florestal responsável à época. O pedido foi negado devido os jacarandás serem madeiras de lei, ou seja, eram árvores protegidas.
        A negativa oficial foi respeitada e a comunidade entregou a situação nas mãos de Deus. Cerca de um mês depois, uma forte tempestade derrubou dois frondosos jacarandás. O fato foi comunicado ao engenheiro florestal que havia negado a derrubada das árvores e solicitado autorização para aproveitarem a madeira das árvores derrubadas pela força da natureza. Mesmo perplexo com o ocorrido, o mesmo engenheiro florestal, que havia negado a derrubada as árvores, permitiu que sua madeira fosse usada para fazerem os bancos e altar da capela. Graças a “intervenção divina”, o marceneiro fez a mobília necessária para ornamentar a capela, inaugurada em 4 de novembro de 1994 pelo arcebispo Metropolitano Dom João Bergese.
Fotografia: Vinícius Montgomery
        A comunidade tinha o hábito de estar em constante oração a Jesus Sacramentado na capela, além de rezarem o terço mariano todos os dias, em honra e adoração à Santíssima Virgem Maria. No início de 1995, perceberam que um enorme morcego passou a frequentar o lugar e à noite, o mamífero deixava suas fezes no altar, perto do sacrário. O incidente incomodava a todos, além da dificuldade que tinham em encontrar o esconderijo do animal. Sem saberem o que fazer, continuaram rezando o terço. Na oração do terço de sábado, na meditação do quarto mistério, que exalta as virtudes de Maria, no início da oração do Pai-nosso, o morcego caiu morto em frente a mesa do altar. O episódio assustou os fiéis, mas compreenderam o ocorrido e louvaram a Deus pelo poder do Nome de Maria, que os tirou daquela situação constrangedora.
Reconhecimento da Igreja Católica
Recolhimento da Obra dos Santos Anjos. Fotos: Reprodução Instagram: @comunidadesoldedeus
        A Comunidade Sol de Deus foi crescendo e se fortalecendo cada vez mais em seus propósitos com base em seus quatro pilares fundamentais: Adoração, Contemplação, Expiação e Missão, vivenciados no dia a dia da comunidade em forma de oração, trabalho, caridade e vida em comunhão. Em 1998, a Comunidade Sol de Deus foi reconhecida como Associação de Leigos de caráter religioso pelo arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Pouso Alegre, Dom Ricardo Pedro.
Visitantes são bem-vindos
Fotografia: Vinícius Montgomery
        A Comunidade Sol de Deus recebe com alegria, carinho e amor, visitantes de todos lugares que desejam conhecer a comunidade. Os visitantes podem participar das missas, retiros espirituais, se confessarem, andar pela comunidade, conhecer e recolherem-se em meio a beleza da natureza para orações, meditações e reflexões, em grupos ou a sós.        
Cursilho feminino. Foto reprodução Instagram:@comunidadesoldedeus
        Na Comunidade Sol de Deus já viveram dois padres. Atualmente não há padre morando na comunidade. As missas e confissões são atualmente celebradas por padres que vem da cidade para as celebrações.
Os horários de missas na Comunidade, são:
Fotografia: Vinícius Montgomery
- Segunda: 15 horas, na Capela de São Miguel Arcanjo;
- Terça, quarta e sábado: 07:00 da manhã, na Capelinha da Divina;
- Quinta: 21:00, na Capelinha da Divina Misericórdia;
- Sexta: 14:00, na Capelinha da Divina Misericórdia;
- Domingo: 07 horas da manhã, na capela de São Miguel Arcanjo.
Dias e horários de confissões
- Segunda: 14:00 às 14:45
- Sexta: 09:00 às 11:00

- Sábado: 09:00 às 11:00 e 14:00 às 17:00
        Quem ainda preferir, pode rezar o Rosário junto à comunidade, todos os sábados, às 11hs na Capelinha da Divina Misericórdia; participar do Cenáculo com Maria às segundas-feiras, às 7 horas, na Capelinha e Rezar o Terço da Misericórdia, que acontece diariamente às 15hs.
Contato com a Comunidade Sol de Deus: Instagram: @comunidasoldedeus Telefone (35) 99984-5547

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Trem turístico liga São Sebastião do Rio Verde a São Lourenço

(Por Arnaldo Silva) São Sebastião do Rio Verde, no Sul de Minas, a 422 km de Belo Horizonte, é uma pacata, acolhedora e hospitaleira cidade mineira, onde vivem 2.300 pessoas, segundo Censo do IBGE de 2022. O município faz parte do circuito Terras Altas da Mantiqueira com limites territoriais com Carmo de Minas, Dom Viçoso, Itanhandu, Pouso Alto, Virgínia São Lourenço.
O Expresso Rioverdense
Fotografia de Giuliano Correa - Prefeitura Municipal/Divulgação
        Um sonho que começou em 2011, na gestão do então prefeito José de Souza Rabelo, com muita luta, esforço e dedicação em busca de parceiros, doações e apoio institucional para viabilizar o projeto, teve um final feliz 13 anos depois, em 27/12/2024, na gestão do prefeito Sandro Lisboa Martins. 
São Lourenço MG. Foto: Sérgio Mourão/@encantosdeminas
        Neste marcante dia, com a presença de diversas autoridades locais, regionais e população em geral, foi inaugurado o trem turístico Expresso Rioverdense, ligando a cidade de São Sebastião do Rio Verde à Estância Hidromineral de São Lourenço MG.
Fotografia: Giuliano Correa - Prefeitura Municipal/Divulgação
        Um sonho antigo da cidade e região que se concretizou, emocionando às autoridades, lideranças envolvidas no projeto e a população, que tanto almejou essa conquista para São Sebastião do Rio Verde MG.
        Foram revitalizados 20 km da Ferrovia Minas and Rio Railway (Rio e Minas), construída por ingleses e inaugurada em 1884 por Dom Pedro II, bem como a restauração da Estação SESC São Sebastião do Rio Verde e Estação SESC Américo Lobo. O trem sairá da Estação São Sebastião do Rio Verde, localizada no km 20 da antiga ferrovia até São Lourenço, situada no km 80. Os vagões serão puxados pela locomotiva a vapor – Baldwin 230, construída pela Badwuin Locomotive Works, da Filadélfia (USA) em 1930, doada pelo SESC, unidade de Grussaí, em São João da Barra (RJ), em 27 de maio de 2022. Em 2023 chegaram os vagões, doados pela mineradora Vale. O complexo ferroviário restaurado e reativado, faz agora parte do patrimônio do município.
Nova opção turística da Serra da Mantiqueira
Vista parcial da cidade - Foto: Rildo Silveira
        Chamado de Expresso Rio Verdense, o trem turístico se torna uma nova opção de turismo para a cidade e região da Serra da Mantiqueira, além de fomentar a economia local, fortalecendo o comércio e setor de serviços, além de contribuir para o desenvolvimento da cidade.
        Não apenas isso, o trem turístico Expresso Rioverdense é a recuperação de uma das mais marcantes mineiridades e do valor que o povo mineiro tem para com suas origens e história. Não se trata apenas de colocar um trem nos trilhos, é mais que isso. É a restauração de uma parte significativa da história da cidade e também de Minas Gerais, devido a linha e estação terem sido construídas à época do Império e também pela região ter sido palco da Revolução Constitucionalista de 1932, entre paulistas e mineiros, aliados a Getúlio Vargas.
Outros trens turísticos em Minas
Trem de São Lourenço a Soledade de Minas em São Lourenço MG. Foto: Rildo Silveira
        Além do Expresso Rioverdense em Minas Gerais temos os trens turísticos: São João Del-Rei a Tiradentes, Ouro Preto a Mariana, Passa Quatro a Coronel Fulgêncio, São Lourenço a Soledade de Minas, além do Trem Vitória Minas, que não é trem turístico e sim, trem de passageiro, ligando a capital Mineira a Cariacica, no Espírito Santo.
        Além disso, está previsto para entrar em funcionamento, em 2025, o trem turístico Rio-Minas, entre Três Rios, no Rio de Janeiro, passando por Sapucaia RJ, seguindo até Chiador, na Zona da Mata Mineira. Idealizado pelo ONG Amigos do Trem, em parceria com a empresa de logística VLI, será o primeiro trem turístico interestadual do Brasil. O projeto original é a recuperação de 168 km da Ferrovia Rio Minas, ligando Três Rios RJ a Cataguases. A primeira etapa é de Três Rios a Chiador MG, com projetos de viabilizar a expansão da linha ao longo do tempo, com apoio das prefeituras, até Cataguases MG.
História de São Sebastião do Rio Verde
Fotos: Luciana Silva
        São Sebastião do Rio Verde se formou a partir de um povoado que surgiu em 1880 com nome de Várzea dos Maciéis, com o início da construção pela companhia inglesa Waring Brothers, a Minas and Rio Railway -  Ferrovia Minas e Rio, inaugurada presencialmente por Dom Pedro II e família Imperial, em 14 de junho 1884 para transporte de passageiros. O Imperador e sua comitiva fez o primeiro passeio de trem pela linha, viajando na locomotiva Couto de Magalhães, com paradas nas estações Américo Lobo em São Sebastião do Rio Verde e em Contendas, em Conceição do Rio Verde. A ferrovia ligava a cidade de Cruzeiro em São Paulo, a Três Corações, seguindo até a capital do Império, à época, Rio de Janeiro, permanecendo em atividade até o ano de 1991, quando a linha foi desativada.
        Após a construção da Estação Pouso Alto, o povoado Várzea dos Maciéis passou a ser chamado de Estação Pouso Alto. Foi a partir de 1891, com a construção da capela dedicada a São Sebastião que houve maior crescimento do povoado com a chegada de novos moradores e operários da ferrovia. Da antiga capela, restou o orago do século XIX, talhado em madeira, presente hoje na atual Matriz da cidade.
        A partir de 1930, o vilarejo e estação passou a ser subordinado ao município de Pouso Alto, sendo elevado a distrito em 1953 e por fim, se desmembrando de Pouso Alto em 1963, se tornando cidade emancipada, adotando o nome de São Sebastião do Rio Verde. O nome é associado São Sebastião ao Rio Verde, importante rio para a história e economia do município desde sua origem, além de ser um de seus principais atrativos naturais da cidade, propício para a prática de canoagem, pescaria, natação em pequenas praias fluviais.
        Cidade montanhosa, com paisagens, exuberantes, clima ameno e inverno rigoroso, se destaca ainda pela riqueza de sua culinária típica, doces, queijos, rico artesanato em bordado, crochê, barbante, palha e confecção de bonecas de palha.

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