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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Conheça Cachoeira do Campo

(Por Arnaldo Silva) Não pense que Cachoeira do Campo seja um pequeno e pacato distrito interiorano. Longe disso! São mais de 15 mil habitantes no distrito ouro-pretano, maior até que muitas cidades brasileiras.
          Cachoeira do Campo se desenvolveu graças a indústria, principalmente da mineração. Possui um comercio variado, um setor de serviços eficiente, rodoviária, indústria moveleira, um rico e eclético artesanato, em especial feitos em pedra sabão. (na foto acima de Arnaldo Silva, o Centro Histórico do distrito e abaixo, o tradicional artesanato em pedra sabão)
          Conta ainda com uma gastronomia diversificada com queijaria, alambique, cervejaria, festivais gastronômicos como a Festa da Jabuticaba, diversos bares, restaurantes, hotéis e pousadas de ótima qualidade. Enfim, Cachoeira do Campo conta com boa estrutura urbana e oferece boa qualidade de vida a seus moradores e visitantes.
          Cachoeira do Campo é um dos berços da história da origem de Minas Gerais. Suas ruas e becos contam, um pouco da história de Minas Gerais, preservada em seus casarões, pontes e templos do início do século XVIII e XIX. (na foto acima de Arnaldo Silva, o Centro Histórico do distrito)
         Os principais atrativos históricos de Cachoeira do Campo são: a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré (na foto acima de Peterson Bruschi, a riqueza do interior da Matriz), uma joia da primeira fase do Barroco Mineiro, conhecido por Nacional Português; o antigo Palácio do Governador, antiga residência oficial dos governadores da província de Minas, a tricentenária Ponte do Palácio e o Colégio Dom Bosco, locais que foram palco importantes episódios da História do Brasil, como a Guerra dos Emboabas, a Sedição de Felipe dos Santos, articulações dos inconfidentes, dentre outros.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Como as mulheres se vestiam no século XIX

(Por Arnaldo Silva) Saber como era a vida das mulheres, não só mineiras, como brasileiras em geral, no século XIX e anteriores, é uma curiosidade que todos temos. Como no século XIX a fotografia era rara no Brasil, embora existisse, era restrita a poucos. A base para nossa imaginação eram as gravuras feitas por artistas plásticos da época que hoje ilustram livros de história.
          Com base em gravuras existentes nesses livros e pinturas de artistas entre 1800 a 1860, é possível hoje refazê-las usando a IA. Foi assim, usando informações iconográficas disponíveis em livros de histórias e gravuras que retratam a vestimenta feminina dessa época, que Felipe Oliveira, editor da Paulistânia Caipira/@paulistaiacaipira, fez as imagens que ilustram essa matéria. Não é a reprodução 100% exata de como eram as feições e vestimentas das mulheres naquela época, já que pinturas não são reproduções exatas das feições e dos lugares pintados em tela. Mas as imagens em IA são bem próximas da realidade, além de nos permitir entender como as mulheres se vestiam, seus hábitos e costumes nos anos de 1800-1860.
          Nessa época, a cultura, a música, a vestimenta, as tradições, o linguajar, os modos e costumes tinham fortes influências da cultura bandeirante e tropeira. Minas Gerais, juntamente com Mato Grosso, Goiás, parte do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul, fazia parte parte da área de abrangência e influência cultural da Paulistânia Caipira, expandida pelos bandeirantes e tropeiros por toda essa região. Minas Gerais, durante o Ciclo do Ouro, foi o Estado que mais recebeu bandeirantes e tropeiros paulista, por isso, recebeu uma grande influência da cultura caipira, não apenas na música, linguajar, mas na vestimenta, modos e costumes.
          Os costumes e modos de vestir dos bandeirantes e tropeiros naquela época, são bastante parecidos entre mineiros e paulistas, principalmente na vestimenta das mulheres, com pouquíssimas diferenças. Tanto as mulheres paulistas, quanto mineiras, principalmente nas regiões Sul de Minas, Triângulo Mineiro, Centro-Oeste e Região Central, tinha modos, costumes e vestimentas que pouco se diferenciavam.
          Seguiam a tendência da moda da época, como acontece até os dias de hoje. Segue-se uma moda, um estilo. Antigamente era assim também.
A influência dos modos e costumes caipira
          A vestimenta das mulheres mineiras, paulistas, goianas, mato-grossenses, paranaenses, catarinenses e gaúchas, teve influência da cultura ibérica com costumes castelhanos, presentes no cotidiano e costumes paulistas. Este estilo foi introduzido pelos colonizadores portugueses em São Paulo, entre os séculos XVI e XVI. Foi nessa época que teve origem a cultura caipira, que abrange os costumes, tradições, cultura, música, estilo de vida, de se vestir, fala, comer. Enfim, que abrangia todo o cotidiano da região de influência paulista, nessa época.
          Esse estilo foi se expandindo pela área de influência da Paulistânia Caipira, na medida que bandeirantes e tropeiros foram adentrando pelas regiões Sul do Brasil, Centro-Oeste e Sudeste. O estado que recebeu maior influência foi Minas Gerais, devido a descoberta de ouro no final do século XVII. Como consequência, dezenas de milhares de pessoas começaram a chegar à Minas Gerais para trabalharem na mineração. Em sua maioria, paulistas, em busca da riqueza do ouro.
          Foi nessa época que aumentou a influência da cultura caipira em Minas, bem como todos os seus modos e costumes. Uma das dessas influências era no modo de vestir das mulheres mineiras. Esse tipo de vestimenta, bastante estranha aos olhos de hoje, era normal entre a meninas, moças e mulheres daquele tempo, não só em Minas, mas nas regiões da presença da influência da cultura caipira.
Vestimenta de influência Ibérica
          As mulheres dessa época trajavam sempre roupas relativamente escuras e sóbrias, acompanhada de um manto de lã feltrado e preto, chamado de baeta. Completava ainda a vestimenta um xale ou sua mantilha preta, véu e rendas nas mãos, igualmente escuras. Essa vestimenta envolvia todo o corpo da mulher.
          Esse modo de vestir das mulheres foi introduzido no processo civilizatório português em São Paulo, e estabelecendo-se definitivamente com a União Ibérica (que foi unificação da Coroa Portuguesa e Espanhola que regeu a política dessas nações entre 1580-1640). Esse modo de vestir, bem como vários outros costumes, teve então a influência mesclada dos estilos português e espanhol, introduzido no cotidiano paulista entre os séculos XVI e XVII e expandido para a área de influência das entradas e bandeiras paulistas.
          Inclusive, os trajes que cobrem a imagem original e as réplicas de Nossa Senhora Aparecida, baseiam-se nos costumes e modo de vestir das mulheres dessa época.
          Esse tipo de roupa era usado aos domingos, feriados religiosos e em dias de missa. Eram roupas bastante sóbrias e com ares bem sombrios. Todo em tom escuro, com xale ou mantilha preta, véu e rendas, também em tons escuros. Cobria o corpo todo, deixando apenas à mostra o rosto e mãos da mulher.
          No dia a dia, as vestimentas eram também sóbrias, sem muita extravagância, mas usando outras cores além do preto, como o vermelho, nos xales, rendas coloridas e chapéus com laços e flores. Muitas das mulheres não dispensavam o cachimbo.
Impressões de cientistas e pesquisadores estrangeiros 
          Saint-Hilaire, cientista francês que teve autorização da Coroa Portuguesa para viajar pelo Brasil estudando e pesquisando a fauna, flora e costumes do brasileiro, quando esteve em São Paulo, conheceu e descreveu esse modo de vestir, deixando esse relato:
          "Em São Paulo, as negras e mulatas, e em geral as mulheres do povo, aparecem nas igrejas com a cabeça e o corpo envoltos em pano preto. As mulheres de classe mais elevada põem na cabeça e nos ombros uma mantilha de casimira preta com que escondem quase inteiramente o rosto, mantilha esta debruada de larga renda da mesma cor"
          Muitas mulheres paulistas, em pleno século XIX, apegavam-se às vestimentas e às posturas do tempo dos bandeirantes, e mesmo quem havia convivido com as novidades da Corte imperial, permanecia fiel aos confortáveis costumes dos primeiros séculos de colonização. A Marquesa de Santos, quando voltou a São Paulo depois do período de convivência com Dom Pedro I, fazia o uso destas vestes.
          Isabel Burton, esposa do célebre viajante inglês Richard Burton, conheceu-a, na década de 1860, pouco antes de sua morte.
          Isabel Burton conta que a marquesa, já idosa, se adaptara aos modos de sentar da velha São Paulo de Piratininga: “a última vez em que a vi, recebeu-me na intimidade de sua cozinha, onde sentava-se no chão, fumando, não um cigarro, mas um cachimbo”
          Visitando Guaratinguetá em 1822, Saint-Hilaire descreveu a vestimenta das mulheres: 
          "As mulheres pobres andam com as pernas e muitas vezes os pés nus, usam saia e camisa de algodão, e levam aos ombros uma capa ou um grande pedaço de pano azul ou preto, tendo à cabeça um pequeno chapéu de feltro em forma de prato"
          Além do cientista francês, outros ilustres pesquisadores e viajantes descreveram esse modo de vestir, como Carl Friedrich Gustav Seidler, um viajante suíço alemão, que em visita à São Paulo em 1825 fez essa análise sobre esse tipo de vestimenta:
          "...As senhoras e moças aqui se vestem de preto ou de cores variegadas, cada qual seguindo, quanto a cores, seu gosto pessoal e não os rigores da moda. Os povos meridionais(paulistas) sempre fizeram assim e é forçoso reconhecer que, nessa escolha, têm uma percepção segura. Veem-se as mulheres nas igrejas trajadas de modo belo e decente, com vestidos de seda preta, pesadamente ornados de vidrilhos ou com uma larga guarnição de encantadores babados.
          Não lhes falta o véu, flutuando como leve nuvem sobre as fartas madeixas e permitindo, como o leque, variadíssimos jogos. No teatro e nos bailes, aparecem com vestidos de gases policrômicos, cobertos de inúmeras flores e laçarotes de fitas, saiotes de cetim, corpete igual, bordado a ouro ou prata, rico diadema, flores e plumas nos cabelos em agradável combinação".

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Como era a vida e costumes no século XIX

(Por Arnaldo Silva) Como era a vida de mineiros, paulistas, paranaenses, goianos, mato-grossenses e serranos do Sul do Brasil e outros povos que surgiram sobre a influência direta das incursões de bandeirantes paulistas e tropeiros?          
          Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e principalmente Minas Gerais, receberam forte influência da cultura e tradições caipiras da chamada Paulistânia Caipira. A influência da Paulistânia Caipira pelas regiões sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, teve início no século XVI e XVII, através das incursões de entradas e bandeiras pelos rincões brasileiros, e também de tropeiros, nos séculos XVIII, XIX e início do século XX.
Imagens em IA
          Hoje, a IA e informações icnográficas disponíveis, nos permite ter ideia de como era a vida, costumes, vestimentas e alimentação do nosso povo entre 1800-1860.
          As imagens que veem no decorrer do texto foram feitas pelo Felipe Oliveira da Paulistânia Tradicional/@paulistâniatradicional, por meio da IA.
          Buscou-se reprodução dos costumes do século XIX (1800-1860), para que assim possamos mergulhar no tempo de nossos antepassados. A base usada para a reprodução das imagens e entender a realidade dos bandeirantes e tropeiros dessa época foi o livro No tempo dos Bandeirantes, Belmonte.
          Não são imagens 100% fiéis à realidade daquele tempo, mas bem próximas da realidade vivida pelos bandeirantes, tropeiros, aventureiros e viajantes que deixavam suas origens pra se aventurarem pelo interior do nosso sertão, do nosso Cerrado e da nossa Mata Atlântica, desbravando matas, enfrentando intempéries naturais, perigos diversos e fundando arraiais e povoados pelo caminho. Muitos desses arraiais e povoados são hoje cidades.
A vida não era nada fácil
          Viagens longas em lombo de mulas e burros, dificuldades de alimentação, além de estarem em regiões de matas fechadas, numa terra ainda recém-habitada, viajando meses pelas picadas do nosso sertão, sem rumo ou destino certo, sem se voltariam.
          Homens e mulheres desbravando nosso sertão em busca de melhores condições de vida. Deixavam tudo para trás e se embrenhavam pelas trilhas e picadas abertas por povos indígenas.
          Andavam dias e até meses em lombos de mulas e burros ou mesmo a pé. Descalços, roupas sujas e rasgadas, barbas e cabelos longos. Não tinham comida e nem utensílios para prepará-las. Comiam do que encontravam na natureza pelo caminho, muitas das vezes, frutas e plantas tóxicas, além de enfrentarem pelo caminho ataques de indígenas hostis, onças, cobras e condições climáticas por eles desconhecidas.
Diferenças sociais
          Em lugares mais desenvolvidos, como as cidades que surgiram durante o Ciclo do Ouro em Minas Gerais, a situação era melhor, já que a riqueza que a extração mineral gerava, permitia melhores estruturas das cidades e condições de vida.
          Eram ruas calçadas em pedra, água vinda de chafarizes, casarões como mobiliário requintado, igrejas, comércio, mercados abastecidos constantemente por tropeiros que traziam e levavam cargas constantemente.
          Para a imensa maioria, formada por escravizados, alforriados e trabalhadores em geral, não era nada fácil a vida. Faziam suas casas em pau-a-pique e barro e viviam de forma bem precária.
Comiam com as mãos em cuias e cabaças
          Móveis e utensílios domésticos eram feitos por eles próprios, de forma rústica. Usavam cuias de cuité como pratos e colheres feitas com cavacos das próprias cuias.
          Esmaltados e talheres praticamente eram inexistentes nessa época. Poucas pessoas tinham acesso às panelas de ferro, pratos e talheres esmaltados. Eram itens que vinham da Europa, por isso, acessível a poucos.
          As cabaças eram secadas e transformadas em garrafas para armazenar água e café. A cabeça da cabaça, virava copo. Pratos eram feitos artesanalmente de barro. E quando não tinha pratos e nem colheres, usavam folhas de bananeiras e comiam com as mãos mesmo.
Como se vestiam?
          Quando conseguiam, fazia seus próprios sapatos, botas de cano longo e alpercatas, usando couro de boi. Mas a maioria andava descalça e vestiam trapos.
          Roupas eram feita por alfaiates, para quem tinha condições de encomendá-las. A maioria não tinha e quando tinha, era apenas uma ou duas peças apenas.
        Além disso, usavam roupas já bem gastas pelo tempo, por não terem condições de fazerem ou comprarem outras.
Lazer e diversão
          Mesmo com tanta dureza, se divertiam e se sentiam felizes. Na hora das refeições, tinha roda de viola, adoravam, cachimbos e cigarros de palha, além de apreciarem uma boa e longa prosa.
          Em dias de festas, como casamentos, aniversários, festas juninas ou religiosas, tinha muita cantoria, comida, cachaça, licor, quitandas e cantoria com a típica música caipira, presente em todas as regiões por onde os bandeirantes e tropeiro passavam.
          Viola e violão e as vezes, sanfona, estavam sempre nas bagagens de bandeirante e tropeiros, para cantarem e dançarem nas horas de folga e festas. (infelizmente a IA, não reproduz uma viola)
Foram os pioneiros
          Apesar da vida difícil, imaginando na visão de hoje, são esses que merecem nosso reconhecimento.
          Foram os pioneiros, abriram matas, construíram suas casas e comunidades no meio do mato. Preparam a terra, plantavam, criavam porcos, galinhas e gado.
          Estavam sujeitos a ataques de onças, lobos, animais peçonhentos, além de estarem sujeitos às doenças tropicais como machado guerreiro, malária, tétano, tifo, vermes, picadas de mosquitos, bichos do pé, tuberculose, lepra, etc. Qualquer doença, hoje curável, era fatal naquela época. Não existia remédios e muito menos médicos o suficiente para atender a população. Somente nas cidades e mesmo assim, restrito a fidalguia.
          O povo pobre contava com a sabedoria dos antigos, remédios caseiros e das benzedeiras, que eram sempre procuradas. 
Vida curta
          Nessa época, a expectativa de vida, devido a dificuldades de acesso ao conhecimento e tratamento médico, que era praticamente inexistente para a imensa maioria e condições de higiene inadequadas, era de 32 anos.
          As pessoas envelheciam cedo. Alguns viviam por muitos anos. Meu bisavó materno, pai de minha avó materna, morreu aos 32 anos, vítima de tétano. Já o meu bisavó materno, pai de meu avó materno, passou dos 100 anos. Dizem que morreu com 127 anos. Teve a sorte de não ter contraído nenhuma doença grave durante sua vida.
          As imagens que viram no decorrer dos parágrafos mostraram isso, mas também com beleza e romantismo, dando impressão de saudosismo e poesia no estilo de vida do mineiro e demais povos da influência da Paulistânia Caipira, entre 1800-1860, mas como puderam ver, a vida naquela época não era fácil mesmo e muito menos tão romântica como muitos acreditam que tenha sido. 

sábado, 25 de novembro de 2023

9 paraísos com cachoeiras e poços espetaculares em Capitólio

(Por Arnaldo Silva) Capitólio, a 276 km de Belo Horizonte, no Sudoeste de Minas, é referência em Minas Gerais em qualidade de vida, turismo natural e de aventuras, graças à belíssimos paraísos naturais e o Lago de Furnas. 
          É a mais badalada cidade turística em Minas, não apena por seus cânions, águas esverdeadas e passeios de lancha pelo “Mar de Minas”, o Lago de Furnas, mas também por suas dezenas de cachoeiras e complexos que formam poços de águas limpas, cristalinas e geladas, além de trilhas, imensas formações rochosas. São paisagens de tirar o fôlego.
          Algumas dessas paisagens vamos conhecer agora. Listamos 9 paraísos imperdíveis com impactantes cachoeiras em Capitólio ou nas cidades de São João Batista do Glória e São José da Barra, com acesso por Capitólio.
          Vamos então conhecer 9 belíssimos paraísos naturais com cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego em Capitólio MG.
1 - Paraíso Perdido
          Em São João Batista do Glória, na divisa com Capitólio MG, temos uma das mais belas paisagens naturais de Minas. É o Paraíso Perdido, formado por uma vasta e rica fauna, composta por lobo-guará, onça-parda, pato mergulhão, tamanduá-bandeira, dentre outros e flora de cerrado e Mata Atlântica.
          Além disso, a reserva conta com água em abundância, esverdeada, cristalina e gelada e ainda cachoeiras, pequenos ofurôs, piscinas naturais e gigantescos rochedos de quartzito. Fica numa reserva particular, totalmente preservada.
          O acesso é pago e a área é bem estruturada com camping com churrasqueiras, mesinhas, pia para lavar utensílios, banheiros com chuveiros de água quente e restaurante aberto nos fins de semana e feriados prolongados, barracas simples com luz elétrica e duas camas de solteiro. Custos de hospedagem e alimentação devem ser consultados.
2 – Retiro Vikings
          Também chamado de Recanto dos Vikings é um impressionante complexo natural formado pela Cachoeira do Trovão, Cachoeira do Patinho Feio, Cachoeira da Caixinha de Surpresas, Cachoeira Pequena Sereia e Cachoeira do Quelé. Essas 5 cachoeiras formam várias poços e piscinas de águas cristalinas, geladas e transparentes.
          O acesso é por uma trilha de 2.600 metros a pé ou em veículos 4x4. A portaria do Retiro dos Vikings está a 7 km da MG-050. O acesso é pago e fica aberto todos os dias de 8h as 18h.
3 – Paraíso Achado
          Reserva particular em Capitólio, na divisa com São João Batista do Glória MG, o nome faz jus ao lugar. É um verdadeiro oásis, um paraíso fácil de achar e chegar, mas difícil de sair. O lugar é incrível e quem vai quer ficar mais tempo e voltar. Um lugar bem estruturado com banheiro, passarelas, corrimões, estacionamento, espaço para acampamento, energia elétrica e lanchonete.
          Lugar ideal para passar com a família. O Paraíso Achado é formado por trilhas e várias cachoeiras, que formam poços de águas cristalinas impressionante, rodeados por paisagens naturais de tirar o fôlego.
          O Paraíso Achado está apenas no km 371 da MG-050. Desse ponto até a portaria, são apenas 5 km. Está aberto todos os dias, inclusive em feriado, de 9h às 17h. A visita é feita acompanhada de guia eu acesso é pago.
4 – Cachoeira do Vale
          Cachoeira de queda baixa, mas que forma um poço espetacular com água esverdeada e cristalina. Um convite irrecusável a um mergulho. Rodeada por uma exuberante mata nativa, além de trilhas, o visitante tem uma linda vista para o Mar de Minas. 
          A área é particular e cobra-se para entrar. O acesso à Cachoeira do Vale é pela MG-050, no km 28,4, a 5 km do Mirante dos Cânions, no lado direito da rodovia. Fica aberta entre 9h a 18h às terças, quarta, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo. Na segunda-feira não abre. A visita é guiada.          
          Para quem quer apenas passar o dia, o espaço abre todos os dias das 8h até as 17h.
5 – Cachoeira da Capivara
          E como falamos do Ribeirão Capivara, vamos conhecer agora a Cachoeira da Capivara. Fica perto da Cachoeira do Beija-flor, a 33 km do Centro de Capitólio MG. O lugar oferece uma boa estrutura para visitantes com banheiros, lojas de souvenirs e de doces, queijos, cachaça, bonés, canecas, etc., restaurante, guias, instrutores, estacionamento, além de oferecer passeios guiados pelas belezas naturais das redondezas.
          Além da Cachoeira da Capivara, tem nas proximidades a Cachoeira da Pedra Ancorada, a 200 metros do estacionamento. Fácil de chegar, é adequada para crianças e idosos, devido o acesso fácil e ser um lugar tranquilo para banhos.
          A Cachoeira da Capivara está um pouco mais distante, a 900 metros, às margens do Ribeirão Capivara, mas é um caminho curto e no caminho, o visitante se deslumbrará com belíssimos cenários naturais, ótimos para fotos. O poço formado pelas águas da cachoeira tem a profundidade de 16 metros, portanto, ideal para mergulhos.
           As águas do Ribeirão Capivara formam vários poços e ofurôs em seu trecho. Ofurôs naturais são pequenos pocinhos formados no leito desse ribeirão, como podem ver na foto acima do Guia Pércio. 
O lugar conta ainda com cerca de 40 piscinas naturais, com águas cristalinas e geladas.
6 – Cascata Eco Parque
         Esse lugar incrivelmente lindo, está localizado bem pertinho do Mirante dos Cânions, no km 35 da MG-050, bem próximo da entrada para a Cachoeira da Capivara.
          O Eco Parque é um complexo natural formado por cachoeiras, mirantes e trilhas, muito bem sinalizado, além de contar com hostel, estacionamento e área de camping, possui ainda uma a ótima estrutura para receber turistas. A entrada é paga e fica aberto todos os dias da 9h às 18h.
7 – Cachoeira da Lagoa Azul
          É uma das cachoeiras mais visitadas em Capitólio MG por sua beleza cênica e paradisíaca. As águas da cachoeira são esverdeadas e cristalinas. Deságuam numa lagoa bem azul, onde está um pequeno porto para embarcações, que saem do porto da Ponte do Rio Turvo, deixando e buscando turistas. Fica aberto todos os dias de 8h às 18h, inclusive nos feriados. O poço formado pela Cachoeira da Lagoa Azul, que fica na parte baixa, só pode ser acessado por embarcações.
          A parte alta da cachoeira está localizada numa área privada, de propriedade do Empório Lagoa Azul, no km 311 da MG-050, com acesso pago. O lugar está apenas 400 metros da rodovia MG-050 e a 6 km da Ponte do Rio Turvo. Lugar de beleza cênica e paradisíaca, com montanhas, rios, lagos e formações rochosas impressionantes, é uma parada obrigatória para quem vem a Capitólio.
8 – Vale do Tucanos
          Um lugar formado pela natureza, causado pela erosão natural de rochedos, há milhões de anos. São gigantescos rochedos e canais abertos pela força da natureza que impressionam, extasiam e nos convidam um mergulho nas águas limpas e esverdeadas, que correm pelos canais do Vale dos Tucanos, em São José da Barra, na divisa com Capitólio MG.
          Além dos gigantescos rochedos, o som da natureza soa como música aos ouvidos. O vento, o barulho das águas, o barulho dos animais silvestres, os voos e o cantos do pássaros, principalmente de tucanos que são vistos em bandos no lugar, encantam e nos convivam a fotografar. É um lugar de plena paz, sossego e harmonia.
          Para chegar ao Vale dos Tucanos, o acesso é feito por barcos e lanchas e com guia especializado. Fica aberto todos os dias de 7h às 19h, inclusive nos feriados.
9 – Cachoeira Beija-flor
          É uma pequena queda d´água que formam um poço enorme, profundo, ótimo para mergulhar, nadar e boiar. Suas águas são bem geladas e o fundo e o entorno todo revestido por pedra de quartzito e paredões naturais, além de vasta natureza em redor.
          Embora o acesso seja gratuito, não é muito fácil chegar até a cachoeira, requer apoio de guia e um veículo 4x4. O acesso é por estrada de terra com muita pedra e mesmo assim, vale muito a pena porque é uma das mais belas cachoeiras de Minas Gerais. Impressiona no primeiro olhar.
          Fica no Ribeirão Capivara (na foto acima), em Capitólio MG, na divisa com São João Batista do Glória. Está apenas 2 km do Paraíso Perdido.
Dicas importantes
          Vale lembrar que esses lugares são reservas ambientais particulares e o acesso, em, sua maioria, são pagos. Uma outra dica, é o período do ano para aproveitar melhor as belezas naturais do município e região.
          O mais aconselhável é visitar Capitólio entre maio e outubro, meses de estiagem. Durante o período chuvoso, entre novembro e abril, as águas estão turvas, além dos riscos de cabeças d´águas e cheias dos rios e córregos. (na foto acima a Lagoa da Pedreira e abaixo a Cascatinha, que fica entre São Capitólio e São João Batista do Glória MG)
          A cidade não conta com aeroporto e por isso, o acesso é rodoviário, através da Rodovia MG-050. Essa rodovia tem início em Belo Horizonte e termina em São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste de Minas, na divisa com Ribeirão Preto em São Paulo. O acesso à MG-050 pode ser feito pela BR-262 a partir de Mateus Leme e pela BR-381 (Fernão Dias) em Perdões MG.
As fotos acima são de autoria do Guia de Turismo Pércio/@percio_passeioscapitólio. Contato: 35 9749-0699

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