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domingo, 21 de maio de 2023

As cidades da Região do Médio Piracicaba

(Por Arnaldo Silva) As cidades do Médio Piracicaba formam o berço histórico do início da mineração no Estado de Minas Gerais. Fundadas a partir do final do século XVII, durante o século XVIII e XIX, a região é formada por 9 municípios. Em ordem alfabética: Alvinópolis, Bela Vista de Minas, Itabira, João Monlevade, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, São Domingos do Prata e São Gonçalo do Rio Abaixo.
          São cidades tradicionais, históricas, cheias de belezas naturais e arquitetônicas, com forte predominância econômica, até os dias de hoje, da mineração e em menor proporção a agricultura, pecuária, prestação de serviços, outras atividades industriais, além do turismo já que são cidades de origem secular com grande patrimônio cultural, artísticos e arquitetônico, dotadas ainda de belezas. Naturais.
          Juntos, esses nove municípios somam 320.156 habitantes (dados do IBGE/2021), além de responderem por 2,5% do PIB de Minas Gerais.
          Além disso, preservam em sua maioria, as tradições genuínas de Minas Gerais, desde suas origens, no século XVIII, preservando o Montanhês, que é o sotaque tradicional mineiro, a culinária típica, o folclore, tradições religiosas, bem como suas características arquitetônicas, barrocas e coloniais.
As 9 cidades do Médio Piracicaba
- Itabira          
          A conhecida cidade onde nasceu o poeta Carlos Dumont de Andrade, está a 111 km de Belo Horizonte e conta hoje com cerca de 122 mil habitantes. Itabira é um município de grande extensão territorial, ocupando uma área de 1.253,704 km². Faz divisa com Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Nova União, Bom Jesus do Amparo, João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Nova Era e Santa Maria de Itabira. (na foto acima de Arnaldo Quintão, o Centro Histórico de Itabira e a abaixo a Mata do Intelecto com vista parcial da cidade.)
          Sua origem data do final do século XVII, sendo povoada a partir do século XVIII, graças a exploração mineral, principalmente de minério de ferro, estando instaladas no município mineradoras, como a Vale S.A, por exemplo.
          Além da beleza do casario do Centro Histórico da cidade com casarões e sobrados do século XVIII e XIX, a Praça do Centenário, a Catedral de Nossa Senhora do Rosário, o Museu de Território Caminhos Drummondianos, o Parque Municipal da Água Santa, onde estão as águas térmicas que brotam das profundezas da terra.
          Conta ainda com atrativos naturais como a Mata do Limoeiro, a Pedra da Igreja, a Serra do Bicudo e a Serra dos Alves, bem como diversas cachoeiras em destaque as cachoeiras dos Cristais, do Campo, da Boa Vista, do Limoeiro e do Meio.
          Além disso, em Itabira está a Serra dos Alves, uma charmosa e atraente vila colonial e Ipoema, um dos mais tradicionais distritos de Minas Gerais, onde está o Museu do Tropeiro e o Morro Redondo. (na foto acima do Nacip Gômez)
- Alvinópolis
          Distante 162 km de Belo Horizonte, o município conta com um pouco mais de 15 mil habitantes. Faz divisas com Barra Longa, Catas Altas, Dom Silvério, Mariana, Rio Piracicaba, Santa Bárbara e São Domingos do Prata. (fotografia acima do Elpídio Justino de Andrade)
          O povoamento de Alvinópolis começou no final do século XVII, quando foi encontrado ouro no Rio Gualaxo Norte, pelo sertanista Paulo Moreira da Silva. A partir da descoberta, fixou moradia às margens do Rio do Peixe, devido a ótima fertilidade das terras no local, iniciando assim um povoamento que cresceu, foi elevado a freguesia, vila, distrito e à cidade em fevereiro de 1891. A cidade passou a adotar o nome Alvinópolis em homenagem ao ex governador mineiro, Cesário Alvin.
          Já no século XX, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos, vindos do norte da Itália. Por esse motivo, nomes e sobrenomes italianos são bastante comuns na cidade. Além disso, a centenária Companhia Fabril Mascarenhas atua na cidade desde o início do século XX, e ainda na ativa até os dias de hoje, produzindo para todo o Brasil, tecidos de chita e chitão, gerando centenas de empregos diretos e indiretos no município. Alvinópolis é a Capital da Chita no Brasil.
          Por suas terras férteis, foi durante o Ciclo do Ouro um importante centro de produção de alimentos para as cidades de grande fluxo de mineração. Além disso, o município foi uma importante rota de tropeiros, estando ainda inserido na Estrada Real.
          Cidade de boa estrutura urbana, comércio variado e um bom setor de prestação de serviços, Alvinópolis preserva sua arquitetura colonial, suas igrejas históricas, bem como sua vocação para a agropecuária.
- Bela Vista de Minas
          O município com pouco mais de 10 mil habitantes, está a 120 km de Belo Horizonte e faz divisa com João Monlevade, Nova Era, Itabira, São Domingos do Prata e Rio Piracicaba. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, vista parcial da cidade)
          Até 30 de dezembro de 1962, Bela Vista de Minas era distrito de Nova Era MG, tendo sido elevada à cidade emancipada nesta data.
          Cidade tipicamente mineira, tem boa parte de seu território cortado pela Estrada de Ferro Vitória Minas. Além do trem, tem como destaque a estátua do Cristo, de 4 metros de altura, construída em fibra de vidro. O monumento, um dos atrativos turísticos da cidade, foi doado pela família de Luci de Melo Bastos e está localizado às margens da BR-381.
          Além disso, a Matriz de São Sebastião, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e as festas do Reinado são atrativos religiosos da cidade. Tem ainda a Cachoeira do Taquaril que é um atrativo natural estruturado com acampamento, churrasqueira e banheiros.
          Outro evento atrativo Belo Vista de Minas é a Cavalgada e o Bellafolia, eventos que atraem um grande número de visitantes à cidade.
- João Monlevade
          Com cerca de 81 mil habitantes, João Monlevade, a 110 km de Belo Horizonte, faz divisa com Itabira, Bela Vista de Minas, São Gonçalo do Rio Abaixo e Rio Piracicaba. Cidade desenvolvida, muito bem estruturada, com boa estrutura de prestação de serviços, comércio diversificado, possui acesso fácil pela BR-381, bem como ligação à Belo Horizonte e Vitória, através do Trem Vitória-Minas que passa dentro da cidade. (na foto acima de Marley Mello, vista parcial da cidade)
          A cidade da cidade começou em agosto de 1817 com a chegada à região do francês Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade. Conhecido por Jean Monlevade, o francês era engenheiro e pesquisador. Na região, à época coberta por densa Mata Atlântica, comandou estudos sobre o potencial mineralógico e geológico do local, encontrando vastas jazidas de minério de ferro.
          Com a descoberta das jazidas, Jean Monlevade fixou-se na região, dando origem assim a formação de um povoado, que se tornou freguesia, vila, distrito e finalmente cidade emancipada em 29 de abril de 1964, adotando o nome de João Monlevade, em homenagem ao engenheiro francês Jean Monlevade.
          Nessa época, a cidade era uma das mais desenvolvidas de Minas, graças a mineração e instalação, em 1921, da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, indústria hoje pertencente a Arcelor Mittal Aços Longos.
          Como atrativos, João Monlevade conta com vários atrativos históricos, culturais e naturais.
          Em destaque, a Matriz de São José Operário, construída na década de 1940, única igreja no mundo construída em V, lembrando um cálice (na foto acima da Elvira Nascimento); a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes; a Fazenda Solar, formada no século XIX, por escravos e a Forja Catalã, construída na década de 1910 para abrigar Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade; a Serra do Seara, o ponto mais alto do município, o Floresta Clube Henry Meyers um clube social, que conta ainda com uma imensa área verde com 100 mil m², ótimos para passeios ambientais e prática de esportes.
          Além disso tem o Parque Municipal do Areão, onde são realizados exposições agropecuárias, além de contar ainda com uma pequena reserva ambiental. No decorrer do ano, várias festas populares e religiosas acontece em João Monlevade como o Carnaval, as comemorações do aniversário da cidade em abril, o Dia do Trabalhador, as Festas Juninas, a Cavalgada, Reinado e Folia de Reis, além das festas Natalinas.
- Nova Era
          É uma das mais antigas povoações de Minas Gerais. Nova Era tem origens em 19 de março 1703, com a chegada à região dos bandeirantes Antônio Dias de Oliveira e irmãos Camargos, em busca de pedras preciosas. São José, desde a origem da cidade é seu santo padroeiro, por ter sido no dia do santo, 19 de março, o dia da chegada dos bandeirantes e início da formação do povoado, chamado no início de São José da Lagoa. (fotografia acima de Thiago Andrade)
          Mesmo sendo uma das mais antigas povoações mineiras, foi elevada à cidade apenas em 17 de dezembro de 1938.
          O município está a 137 km de Belo Horizonte e tem ligação com a capital através da BR-381, pela BR-262 já que está a 20 km desta rodovia e por ferrovia, através Trem Vitória Minas. Faz divisa com Santa Maria de Itabira, Itabira, Bela Vista de Minas, São Domingos do Prata e Antônio Dias.
          Cidade tranquila, bem estruturada, com um casario histórico charmoso e bem preservado e com boa estrutura urbana, Nova Era se destaca na mineração, como a maioria das cidades do Médio Piracicaba, mas também no turismo, justamente por sua história e belezas naturais.
          Em destaque a Matriz de São José da Lagoa e o seu casario colonial, a Lagoa São José, a Ponte Benedito Valadares, a Gruta de São José, O Centro de Educação Ambiental, as festas Juninas, a Semana Santa, a Coração de Nossa Senhora em maio, o Desagravo ao Sagrado Coração de Jesus em junho, o tradicional Pastel de São José e o Rio Piracicaba, que banha a cidade. 
- Rio Piracicaba
          Rio Piracicaba, distante 127 km de Belo Horizonte, conta cerca de 15 mil habitantes. O município faz divisa com Bela Vista, João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo, Santa Bárbara, Alvinópolis e São Domingos do Prata. Também banhada pelo Rio Piracicaba de ponta a ponta, a cidade que recebe o nome do rio, foi fundada em 29 de setembro de 1713 e emancipada em 30 de agosto de 1911. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade, a estação ferroviária e a cidade ao fundo)
          Cidade tranquila, charmosa, com boa estrutura urbana e um comércio variado, tem acesso rodoviário fácil pela BR-262 e BR-381, além de acesso por ferrovia, através do trem de passageiros Vitória Minas, que faz parada na cidade.
          A base de sua economia é a agricultura de subsistência, a pecuária leiteira, pequenos comércios e principalmente a extração do minério de ferro.
          Como atrativos, a cidade tem o Rio Piracicaba, a Estação Ferroviária, as igrejas de São Miguel, do Bom Jesus e de Nossa Senhora do Rosário, a Praça Getúlio Vargas, a Gruta de São Judas Tadeu e as cachoeiras do Carvalho, do Ribeirão Caxambu e do Talho Aberto.
- Santa Bárbara
          Fundada em 4 de dezembro de 1704, no início do Ciclo do Ouro, é uma das mais antigas povoações de Minas Gerais e uma das mais belas cidades históricas de Minas Gerais. Santa Bárbara está a 105 km de Belo Horizonte, com acesso pela BR-381, BR-262 e MG-436. O município faz divisa com Alvinópolis, Barão de Cocais, Catas Altas, Caeté, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Rio Acima, Rio Piracicaba e São Gonçalo do Rio Abaixo. (na foto acima da Elvira Nascimento as igrejas de Santo Antônio de Pádua e de Nossa Senhora do Rosário)
          Cidade histórica de beleza única, turística, com paisagens bucólicas, harmoniosas e cênicas, conta com 32 mil habitantes, atualmente. Encontra-se bem no centro da Estrada Real e seu povo é muito acolhedor e hospitaleiro.
          Sua economia tem como base a extração mineral do ouro e principalmente do ferro e ainda na produção de mel e derivados da silvicultura, no plantio de eucalipto para a produção de celulose, na agropecuária e também no turismo, atraídos por sua relevante beleza arquitetônica colonial, cultura, religiosidade, culinária típica, paisagens naturais deslumbrantes, que permitem a prática de esportes radicais e fazendas centenárias.
          Destacam-se no turismo os casarões e sobrados coloniais, o Santuário do Caraça, o Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens, a Matriz de Santo Antônio, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, a Casa do Mirante, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Relógio do Sol, a Capela da Arquiconfraria do Cordão de São Francisco, o Memorial Affonso Penna, a Casa de Cultura, a antiga estação ferroviária e o Parque Recanto Verde, além de cachoeiras, trilhas e paisagens montanhosas belíssimas e a Vila Colonial de Brumal, uma das mais antigas povoações de Minas.
- São Domingos do Prata
          Distante 30 km de João Monlevade e 136 km de Belo Horizonte, São Domingos do Prata conta com cerca de 18 mil habitantes. A base de sua economia é a pequena e média indústria, pequenos comércios e principalmente a agricultura e pecuária. Faz divisa com Antônio Dias, Jaguaraçu, Nova Era, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba, Alvinópolis, Dom Silvério, Sem-Peixe, São José do Goiabal, Dionísio e Marliéria. Cidade bem estruturada e bem organizada, conta com um comércio variado e um setor de prestação de serviços de boa qualidade. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          Sua origem tem início a partir de meados do século XVIII, com a chegada à região de Domingos Marques Afonso, detentor de uma sesmaria de terras férteis na região.
          Região tomada por imensas florestas de Mata Atlântica, habitada pelo povo indígena Botocudo, Domingos adentrou-se no meio da mata, se perdendo de seu ponto de origem. Temia por sua vida, já que podia ser atacado pelos Botocudos ou mesmo, por animais selvagens. Era o ano de 1.758.
          Sem esperanças de sair vivo da mata, deixou gravado no tronco de uma sapoquema a frase: "Aqui passei uma noite às claras, esperando o momento de ser atacado pelos Bugres e pelas onças ou ser picado por uma cobra venenosa". 23 de março de 1758, Domingos Marques Afonso. A árvore com essa inscrição foi encontrada em 1870, confirmando o relato popular da época.
          Como era devoto de São Domingos de Gusmão, prometeu ao santo Católico que se saísse vivo da mata, doaria uma parte de suas terras para a construção de uma igreja em honra ao santo. Por sua fé, conseguiu sair da mata e chegar são e salvo a sua casa. E cumpriu a promessa iniciando a construção da capela em honra a São Domingos de Gusmão em 1760. Em torno da capela formou-se um povoado que cresceu, se tornou freguesia, vila, distrito e cidade emancipada. Três de março de 1891 é oficialmente a data de fundação da cidade.
          Hoje, a primitiva capela deu origem a uma belíssima igreja, a Matriz de São Domingos de Gusmão. A cidade manteve o nome de São Domingos, substituindo “de Gusmão” para “do Prata” em alusão ao Rio da Prata que banha a cidade. (foto acima de Thiago Andrade)
          São Domingos do Prata faz parte do Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas por isso mesmo é dotado de belezas naturais de tirar o fôlego como belíssimas cachoeiras, trilhas, prática de esportes radicais como voo livre, a Pedra da Baleia, mata nativa preservada, além de suas igrejas e construções históricas, seu artesanato variado e seu povo acolhedor e bastante hospitaleiro.
          Além disso, a cidade tem tradição em festas de grande participação regional como por exemplo o Festival Gastronômico com a participação de bares, lanchonetes e restaurantes da cidade e região, o Carnaval do Prata, as cavalgadas, o Encontro Nacional de Motociclistas, o Concerto das Estações, os festejos de aniversário da cidade, além de eventos culturais diversos e festividades religiosas como a Festa de São Domingos.
- São Gonçalo do Rio Abaixo
          Cidade pacata, tradicional, charmosa, com um povo bom e hospitaleiro, São Gonçalo do Rio Abaixo, distante 84 km de Belo Horizonte, conta atualmente com cerca de 12 mil habitantes. Faz divisa com João Monlevade, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo e Itabira. (fotografia acima de Marley Mello)

          O município tem origens no século XVIII, com a mineração, sendo até os dias de hoje sua principal atividade econômica. Do povoado que surgiu em 1720 com o nome de Rio Abaixo, tendo como padroeiro São Gonçalo do Amarante, surgiu a cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, elevado a distrito em 1880 e emancipada em 30 de dezembro de 1962, quando se desmembrou de Santa Bárbara.
          Por existir outro distrito, também de Santa Bárbara, com o nome de São Gonçalo do Rio Acima, optou-se pelo nome São Gonçalo do Rio Abaixo, apenas para diferenciar uma da outra.
          Entre os atrativos turísticos em terras são-gonçalenses, destacam-se uma das principais atrações turísticas da Cemig, a Usina Hidrelétrica e Estação Ambiental do Peti. A usina, além de abastecer o município, abastece com energia elétrica os municípios vizinhos de Catas Altas, Barão de Cocais e Santa Bárbara e promove programas voltados para educação ambiental.
          Além disso, tem a Praça 1º de Março, onde encontra-se um belíssimo exemplar do estilo rococó mineiro, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, o busto do Padre João e um charmoso casario em seu entorno.
          A cidade conta ainda como atrativos o Cruzeiro da Matriz, a Matriz de São Gonçalo, a Igreja de São Sebastião, a Igreja de Santa Efigênia, além da beleza da Serra do Catungui, o Centro Cultural São Gonçalo do Rio Abaixo e das cachoeiras da Cascata, do Seara e de São José.

sábado, 15 de abril de 2023

20 Festas e Festivais que se destacam em Minas

(Por Arnaldo Silva) Minas é um estado de cores e sabores diversos. É um dos estados onde acontecem mais festas e festivais para todos os gostos, paladares e estilos.
          Festas e Festivais fazem parte do calendário cultural, religioso e gastronômico de Minas Gerais. Não existe nenhuma festa ou festival em Minas sem os pratos típicos da nossa mesa, além da música, do folclore e tradições, que dão cor, vida, arte, beleza e sabor aos eventos por toda Minas Gerais. (acima, o grupo Brasil Caledônia se apresentando no Festival de Inverno de Monte Verde MG. Foto: Agência Move/Divulgação)
          São eventos organizados em cidades com boa estrutura urbana, hoteleira e gastronômica, que fomentam a economia local, fortalece os laços culturais, religiosos, sociais e gastronômicos dessas cidades, bem como atrai turistas pelo prazer de saborear a legítima cozinha mineira e suas quitandas, além de aproveitar as bebidas típicas ao som de bandas locais ou nacionais. (na foto acima do Dronemoc, o Forró de Curvelo MG)
Diferença de Festa e Festival
          Festa é diferente de Festival. Festa, no sentido comum, é um evento de reunião de um grupo de pessoas ou atividade única, como por exemplo uma festa de aniversário, de família, casamento ou eventos religiosos e cívicos. Festival é mais abrangente porque reúne além de eventos de uma festa, mostras culturais, empresariais, competições entre participantes, como por exemplo, de concursos gastronômicos ou apresentações de produtos.
          Geralmente festivais tem caráter competitivo e de divulgação econômica. Já festa é uma atividade meramente social ou religiosa partilhado por um grupo de pessoas. Abaixo as 20 Festas e Festivais de destaque em Minas.
01 - Festival Gastronômico Rural de Itapecerica
          No mês de junho, acontece todos os anos na cidade histórica de Itapecerica, no Oeste Mineiro a 180 km de Belo Horizonte, um dos maiores festivais gastronômicos de Minas Gerais. (foto acima de Mardem Mendonça)
          É o Festival de Gastronomia Rural, evento já tradicional em Minas que atrai milhares de pessoas à cidade, nos dias do festival. A cidade com cerca de 22 mil habitantes, chega a receber o dobro do número de seus habitantes. (na foto acima do Mardem Mendonça, curso e palestra durante o Festival de Gastronomia Rural)
          O evento conta com palestras, cursos, shows com artistas locais e renomados e conta com a participação de toda a comunidade, bem como revela o talento do povo itapecericano na arte da culinária rural, com dezenas de expositores apresentando os tradicionais pratos da cozinha rural, bem como os pratos de criação próprias. (na foto acima de Mardem Mendonça, show da dupla Lourenço e Lourival)
          São dezenas de barracas com pratos doces, salgados, além de bolos, quitandas, doces, bebidas, enfim, tudo que envolve o a cozinha caipira tradicional. (na foto acima e abaixo de Mardem Mendonça, barracas no festival)
          Além disso, o local do evento, na praça principal da cidade, é todo ornamentado usando cenários rurais reais, principalmente na produção culinária.         
02 - Festival de Inverno em Monte Verde
          Organizado pela Agência de Desenvolvimento de Monte Verde (MOVE), Prefeitura Municipal e Comércio em geral, o Festival de Inverno da gelada Monte Verde, distrito de Camanducaia MG, Sul de Minas, é um dos principais festivais de inverno de Minas Gerais. 
          São várias atrações, eventos, festividades e atividades nesses três meses por toda a Vila, nos meses de junho, julho e agosto, com a Move organizando o Inverno nas Montanhas, Amor nas Montanhas e Cozinha Mineira nas Montanhas.
          Clima e arquitetura que lembra a terra natal dos fundadores, a Letônia, país do Leste Europeu. Monte Verde, distante 473 km de BH e a 167 km de SP, é a cidade do chocolate, do frio e dos namorados. (acima, a avenida principal de Monte Verde. Foto Agência Move/Divulgação)
          A charmosa vila de origem europeia, com cerca de 6 mil habitantes, é muito bem estruturada para receber turistas de todo o Brasil, todos os dias do ano, principalmente no inverno, quando as temperaturas ficam próximas ou abaixo de 0 grau. Além disso, é uma das mais bem avaliadas entre turistas do Brasil e do mundo no quesito hospitalidade e estrutura para turistas. (na foto acima da Agência Move/Divulgação, termômetro abaixo de 0 em Monte Verde)
        O Festival de Inverno de Monte Verde cheio de atrações como danças típicas da Letônia, apresentações teatrais, de bandas locais e orquestras, culinária típica mineira e europeia em todos os bares e restaurantes, além de chocolaterias, cervejarias, docerias, restaurantes, queijarias, lojas de artesanatos, caçarias, pousadas e hotéis com lareiras e adegas de vinhos finos, pista de gelo. (acima, apresentação do Grupo Brasil Caledônia, em trajes típicos da Letônia, se apresentando em Monte Verde MG. Foto: Agência Move/Divulgação)
          Tudo isso em um só lugar, além do romantismo e clima das montanhas da Serra da Mantiqueira e o charme e encanto das contrições em estilo letão.
03 - Festa do Queijo e do Doce de Leite, em Ipanema
          A cidade de Ipanema, no Vale do Rio Doce, a 370 km de Belo Horizonte, se destaca em Minas Gerais e no Brasil pela Festa do Queijo e do Doce de Leite, desde 2011. A festa não tem data fixa, mas ocorre entre o final do primeiro semestre e início do segundo, em junho, julho ou agosto.
          Uma festa que mobiliza toda a cidade e atrai visitantes da região e de toda Minas Gerais. A grande atração da festa é o queijão e o doção, o maior queijo e maior doce de leite do mundo! (créditos da imagem acima: Laticínios Dois Irmãos)
          A cada festa, o tamanho e peso do queijo e doce aumentam, quebrando sucessivos recordes da própria cidade. Para se ter ideia do tamanho do queijo e doce de leite, em 2023, o queijo pesou 2.727 quilos. Isso mesmo, um único queijo pesou quase duas toneladas e meia.
          Já o doce de leite também bateu recorde da própria cidade, pensado 1.0703 kg. Pra completar, na festa tem também o maior bule do Brasil com nada mesmo que 1 mil litros de queijadinha.
          Tudo isso é distribuído à população presente na festa após a conferência do RankBrasil. Além disso, durante os dias de festa os participantes podem conhecer o artesanato local, saborear pratos típicos regionais e de Minas, participar de cursos de culinária, concursos gastronômicos e se animar com apresentações das bandas de músicas regionais e artistas famosos.
04 - Guaxupé Café Festival
          Polo tradicional na produção de café de qualidade no Brasil, Guaxupé, no Sul de Minas, tem no grão de café uma de suas maiores riquezas. Na cidade, a bebida mais consumida no mundo, depois da água, conta com um festival próprio e de renome nacional.
          
Por iniciativa do poder público municipal, a cidade realiza todos os anos o Guaxupé Café Festival, um mega-evento que atrai milhares de turista à cidade, bem como a mídia nacional. (na foto acima do Luís Leite, a cidade de Guaxupé)
          O Café Festival acontece durante todo o mês de junho com barracas, eventos diversos, exposição de tecnologias agrícolas, feira livre mostras dos produtos industriais da cidade e também do artesanato local, barracas com comidas típicas e pratos preparados a base de café. (na foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, sacas de café na Cooperativa de Guaxupé)
          Tem ainda o Arraiá do Café, organizado pelas entidades assistenciais da cidade, bem como shows com bandas renomadas. 
O evento musical é público e realizado ao ar livre, na Avenida Conde Ribeiro do Valle. Em 2023, apresentaram no Guaxupé Café Festival Sá & Guarabyra, Roupa Nova e Almir Sater.
05 - Festa do Marmelo e Festival do Pinhão 
          A cidade de Delfim Moreira, no Sul de Minas, distante 475 km de Belo Horizonte, é tradicional na produção de marmelo e claro, da marmelada, desde o século passado, quando a cidade sediava a fábrica da Cica.
          Além disso, a cidade tem forte tradição gastronômica com pratos típicos dos derivados do marmelo, como a marmelada e a sopa de marmelo e nos pratos feitos a base do pinhão, já que no município e na região da Mantiqueira, predomina as araucárias. (na foto acima, as estrelas da festa: o marmelo e o pinhão. Foto arquivo Prefeitura Municipal via Edmeia Alkin)
          Na cidade acontece todos os anos a Festa do Marmelo em conjunto com o Festival Gastronômico do Pinhão. Os dois eventos acontecem simultaneamente na antiga fábrica da CICA, na época da colheita do marmelo e pinhão, em abril de cada ano. (na foto acima, o preparo do doce gigante para ser degustado na Festa do Marmelo. Foto arquivo Prefeitura Municipal via Edmeia Alkin)
          Promovido pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, durante os dias de festa, o visitante pode degustar a sopa de marmelo, a marmelada artesanal, comidas típicas com pinhão.
          Além disso, tem o concurso gastronômico com a participação de restaurantes, oficinas de culinária, palestras técnicas sobre as novas tecnologias na cultura do marmelo e araucária, feira de artesanato e da produção associada ao turismo, apresentações artísticas e culturais além de shows musicais todos os dias.
06 - Tiradentes Vinho & Jazz Festival
          Uma das mais belas cidades do Brasil, Tiradentes, cidade histórica mineira distante 190 km de Belo Horizonte, realiza um dos melhores festivais do Brasil.
          O festival une música de qualidade e adegas e importadoras de vinhos finos das principais vinícolas brasileiras e de outros países, além claro, de pratos típicos da nossa cozinha e do famoso queijo da Região do Campo das Vertentes. É o Vinho & Jazz Festival, realizado todos os anos em junho, no Largo das Forras, principal praça da cidade. Fotografia acima e abaixo: Jackson Romanelli/Infinito/Divulgação)
          O festival ocorre geralmente no início de junho de cada ano. Uma data ótima, já que une vinho, música boa, beleza histórica, turismo enogastronômico, frio, com temperaturas abaixo de 10 graus e próximo ao romantismo do dia dos namorados. Uma boa data, uma época ótima e uma cidade linda e atraente para celebrar o amor.
07 - Festa do Vinho, em Andradas
          Andradas está a 485 km de Belo Horizonte, no Sul de Minas. Desde o final do século XIX, a cultura do vinho existe no município, graças aos imigrantes italianos que vieram para a cidade e se dedicaram a cultivo de uvas e produção de vinhos. De várias famílias de imigrantes, surgiram várias vinícolas, muitas delas até hoje na ativas no município.
          Por esse motivo, Andradas se destaca em Minas Gerais como a Capital Mineira do Vinho, produzindo vinhos finos de qualidade desde o século passado. (na foto acima do Guilherme Augusto/@mikethor, a Praça Alcides Mosconi)
          A cidade realiza desde 1954, uma das mais tradicionais e antigas festas vinícolas do Brasil. A super festa conta com shows, barracas com comidas típicas, além de mostra de tradicionais e novos rótulos de vinhos das vinícolas locais e regionais, além de mostras de sucos de uvas e outros derivados da fruta. A Festa do Vinho é realizada todos anos junto com a Festa Italiana, no mês de julho.
08 - Festival da Cerveja e Cultura de Tiradentes - TremBier
          Um dos principais eventos do calendário gastronômico da cidade histórica de Tiradentes MG, distante 190 km de Belo Horizonte, é o Festival de Cerveja e Cultura de Tiradentes, TremBier. O evento atrai milhares de turistas à cidade mineira, no mês de maio, quando acontece o tradicional o evento.
          Durante os dias do festival, uma extensa programação gastronômica e cultural anima os presentes. Shows diários com bandas em estilos diversos, Tour Gastronômico pelos principais restaurantes, bares e tabernas da cidade, corrida alcológica, além de centenas de rótulos de cervejas de qualidade presentes no evento. (acima, show durante o festival TremBier. Foto: Jacson Romanelli/Infinito/Divulgação)
09 - Festa do Café com Biscoito de São Tiago
          Já São Tiago, distante 203 km de Belo Horizonte, no Campo das Vertentes, é a Capital Nacional do Café com Biscoito. Na cidade acontece uma das maiores festas de biscoito e café, não só do Brasil, mas do mundo.
          A cidade é produtora de café e polvilho e se destaca na produção de biscoitos desde o final do século XVIII, quando a região era parada de tropeiros. Conta com mais de 100 indústrias de biscoitos, sem contar, a produção familiar artesanal. São dezenas de tipos de biscoitos diferentes. (imagem acima do Forno na Praça, no Centro da cidade. Foto do Deividson Costa)
          A festa acontece sempre no segundo final de semana do mês de setembro e atrai uma multidão de turistas à cidade, literalmente. Para se ter ideia, São Tiago conta atualmente com 11 mil habitantes. Nos dias de festas, a cidade chega a receber mais de 50 mil visitantes, ou seja, a cidade chega a contar com mais de 60 mil pessoas nos dias de festa.
          Além de biscoitos, tem doces, queijos, café e culinária típica mineira, shows, mostra de novos tipos de biscoitos, cultura e artesanato local, muita alegria e tradição.
10 - Festas Juninas
          As tradicionais quadrilhas juninas estão presentes na cultura, folclore e calendário festivo de todo o Brasil. Em Minas Gerais é uma tradição centenária, introduzida no Estado pelos portugueses durante o Ciclo do Ouro, no século XVIII. 
          As festas juninas e julinas, são populares em todas as cidades e zonas rurais mineiras como o tradicional Forró de Curvelo MG. as festas juninas de Pavão e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, de Paula Cândido MG na Zona da Mata, de Jequitinhonha MG no Vale do Jequitinhonha, a Festa de Santo Antônio em Roças Grande, em Sabará MG e também em Ouro Preto MG, com destaque para o Arraiá do Pilar (na foto acima da Ane Souz).
          Sem contar em Belo Horizonte, que organiza uma das melhores festas juninas do Brasil, o popular Arraial de Belô, no dia de São João. E olha, que festa! Dezenas de milhares de moradores e turistas participam do Arraial de Belô e dezenas de grupos de quadrilhas disputam as notas dos jurados num concurso empolgante de quadrilhas, além acontecer shows com artistas locais e renomados. É uma festa junina sem igual, inesquecível e única!
          Uma festa de destaque no interior de Minas Gerais é o Forró de Curvelo. A super festa atrai à cidade cerca de 50 mil turistas. Curvelo tem 81 mil habitantes. É um dos mais animados e importantes eventos de forró do Brasil, animado por bandas e artistas de renome, além de barracas, com bebidas e comidas típicas. (na foto acima de @dronemoc, o Forró de Curvelo)
          Além dos shows, quadrilhas e concursos durante os dias de festa,  as festas de junho e julho é um misto de religiosidade, tradição e diversão. É a mais pura preservação da tradição e religiosidade do povo mineiro. São festas que envolvem devoção, superstições, tradições, causos, comidas típicas, pau de cepo, foguetório, levantamento de mastro, casamento caipira e alegria.
11 - Festa do Pé de Moleque de Piranguinho
          Piranguinho, no Sul de Minas, distante 436 km de Belo Horizonte é com orgulho para os mineiros a Capital Nacional do Pé de Moleque. O doce é tradicional na cidade desde as primeiras décadas do século passado.
          No mês de junho, a cidade realizada uma das mais esperadas festas gastronômicas do Brasil, a Festa do Pé de Moleque. (fotografia de André Uchôas)
          Durante os dias de festa, o visitante conhecerá e degustará o maior Pé de Moleque do mundo. Para se ter ideia da dimensão do tamanho do doce, na 15ª edição da Festa, em agosto de 2022, o Pé de Moleque mediu 27 metros de comprimento, superando os 24 metros da edição anterior. Após a conferência pelo Ranking Brasil, o doce foi cortado e distribuído para os presentes.
          Durante os dias de festas acontecem barraquinhas, shows musicais com bandas e artistas regionais e show de viola, escolha da Rainha do Pé de Moleque e muita alegria.
12 - Festa da Cerveja de Nova Lima - Uaiktoberfest
          A cidade, distante apenas 35 km de Belo Horizonte, é um dos principais polos cervejeiros do país com várias cervejarias e rótulos premiados no Brasil e também no mundo. Todos os anos, entre outubro e novembro, a cidade realiza uma das mais concorridas festas de Minas Gerais, a Uaiktoberfest.
          O evento tem como objetivo promover e incentivar a cultura da cerveja artesanal, unindo o melhor das tradições e cultura de Minas Gerais com a da Alemanha. (na foto acima da Andréia Gomes, o centro de Nova Lima)
          Inspirada na tradicional festa alemã, todo o local do evento é decorado como se fosse uma Vila Germânica, com direito a comida típica alemã e bandas que tocam e cantam músicas alemãs, jaz, blues e rock.
          Além disso, o evento conta com a presença de várias cervejarias de todo o país além do visitante poder apreciar a cozinha mineira e alemã poderá participar de cursos, palestras e conhecer os melhores rótulos de cervejas artesanais. 
13 - Festa do Vinho de Catas Altas
          Catas Altas, a 120 km de Belo Horizonte, na Região Central, produz vinhos de uva, fermentado de jabuticaba, licores e cachaças, desde meados do século XIX. Atualmente Catas Altas vem se tornando uma grande produtora de cervejas artesanais. Por esse motivo, a cidade organiza também no mês de abril a Festa da Cerveja Artesanal.
          Todos os anos, no mês de maio, a cidade histórica realiza uma das mais concorridas e importantes festas gastronômicas de Minas Gerais. O grandioso evento acontece em praça pública, em frente a histórica Matriz da cidade e atraí milhares de turistas e visitantes. (na foto acima do Elpído Justino de Andrade, a Praça da Matriz, onde ocorre os principais eventos da cidade)
          Além disso, nos dias de festa, artistas e bandas de renome nacional se apresentam, bem como os turistas podem adquirir e apreciar as quitandas, doces e pratos da culinária mineira raiz, além de diversos tipos de vinhos de uva, fermentados de jabuticaba e outras bebidas artesanais. 
14 - Festa Nacional da Jabuticaba de Sabará
          Sabará, cidade histórica a 20 km de Belo Horizonte, realiza todos os anos entre novembro e dezembro a tradicional Festa da Jabuticaba. A cidade é Capital Nacional da Jabuticaba.
          A fruta é o ouro negro da cidade que já foi uma das maiores e mais importantes cidades mineiras durante o Ciclo do Ouro. Seu ouro agora não está nas minas e sim, nos pés da Myciaria-jaboticaba, o nome científico da fruta. (na foto acima do Anderson Sá, vista parcial de Sabará)
          A jabuticaba movimenta a economia do município, gera emprego e renda para centenas de famílias.
          Nos dias da festa acontecem shows, apresentações artísticas e a apresentação dos derivados da jabuticaba como a cerveja, cachaça, o fermentado, compotas, licores, molhos, bolos, sorvetes, pudins e outros pratos doces e salgados criados pelos chef´s locais tendo como base a fruta, que é tradicional na cidade desde o século XVIII. Inclusive, uma das espécies da fruta carrega o nome da cidade. a Jabuticaba-sabará (Myrciaria jaboticaba (Vell.) 
15 - Festival de Inverno de Ouro Preto
          A primeira cidade brasileira a ser reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, Ouro Preto MG a 100 km de Belo Horizonte, realiza todos os anos em conto com vizinha Mariana MG, o Festival de Inverno.
          Ruas, praças, beco e casarões públicos são ocupados geralmente nos fins de semana do mês mais frio do inverno, julho. É uma das maiores festas de Minas Gerais e atrai turistas de Minas, do Brasil e também do mundo. (na foto acima da Ane Souz, um dos eventos de rua do Festival de Inverno de Ouro Preto MG)
16 - Festival das Quitandas e Goiabada de Cocais
          A charmosa Vila Colonial de Cocais, distrito de Barão de Cocais MG, a 95 km de Belo Horizonte, na Região Central, realiza todos os anos, no mês de maio, um dos mais tradicionais e importantes festivais gastronômicos de Minas Gerais: o Festival das Quitandas e Goiabada.
          Nos dias do festival os visitantes apreciam a boa comida típica de Minas Gerais como o pastel de angu, o tropeiro, queijos, bolinho de feijão, pão de queijo com recheios, doces, além de conhecer as diversas quitandas mineiras feitas na Vila, bebidas típicas da região como o vinho, o fermentado de jabuticaba, a cachaça, os licores e a tradicional goiabada mineira. vila conhecida como a “Suíça Brasileira”. (na foto acima da Luciana Silva, a Matriz de Cocais, onde acontecem as festas e festivais da Vila)
17 - Festa do Rocambole de Lagoa Dourada
          Uma das mais tradicionais iguarias mineiras, o rocambole feito de pão de ló e recheado com doce de leite de Lagoa Dourada, distante 146 km de BH, está presente na nossa culinária desde meados do século passado, sendo uma das principais referências culinárias da Região do Campo das Vertentes.
          É tão importante que tem festa própria, a Festa do Rocambole, realizada anualmente desde 2009. O evento reúne todos os produtores da guloseima no mês de setembro, com shows, barraquinhas e claro, o legítimo, original inigualável e inimitável rocambole de Lagoa Dourada. (foto acima do rocambole tradicional de Lagoa Dourada, do Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
18 - Festa Italiana, em Belo Horizonte
          A Festa é em homenagem à imigração italiana no Brasil no final do século XIX e início do século XX. O evento acontece na capital mineira, no dia da República da Itália, 2 de junho, na Rua Professor Morais, na Savassi, entre 10h e 22 h.
          O evento conta com a presença dos descendentes de famílias italianas que vivem na capital e conta com apresentações musicais e danças típicas da Itália além da sua gastronomia. Para participar da festa o visitante deverá trazer 1 kg de alimento não perecível, exceto sal, fubá e farinha. (na foto acima do Thelmo Lins, vista parcial de Belo Horizonte)
19 - ExpoCachaça, Belo Horizonte
          Minas Gerais é destaque no mundo na produção de cachaça artesanal fina, de alta qualidade, com destaque para as cachaças produzidas em Salinas MG, Norte de Minas. A tradição secular mineira e apresentação de rótulos e tecnologias na produção da bebida podem ser conhecidas na capital mineira, Belo Horizonte. É na capital que acontece ExpoCachaça, um dos principais eventos do gênero do Brasil.
          Já na sua 32ª edição, a ExpoCachaça será realizada entre os dias 6 a 9 de julho de 2023, na Serraria Souza Pinto, no Centro de Belo Horizonte e contará com diversas cachaçarias de Minas e do Brasil, comidas e shows musicais com artistas e bandas musicais. Na ExpoCachaça acontecerá ainda o 12º Concurso Anual e Nacional da Cachaça, Bebidas Mistas com Cachaça e outros Destilados Produzidos no Brasil - 2023. (na foto acima da Elvira Nascimento, o Viaduto Santa Tereza, que fica bem próximo à Serraria Souza Pinto)
20 - Festivale
          O Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha - Festivale, é um evento itinerante que percorre 25 cidades da Região do Vale do Jequitinhonha. A primeira edição do evento foi em 1980, na cidade de Itaobim MG. Atualmente o evento hoje é organizado pela Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha - Fecage, com sede em Araçuaí MG.
          Todo ano é em uma cidade diferente. Em 2022 o Festivale foi em Itamarandiba. Esse ano, será na Terra da Manga, Itaobim MG. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade)
          O Festivale movimenta a economia das cidades participantes bem como atrai turistas não só de Minas Gerais mas de todo o Brasil já que a região é considerada um dos berços da cultura e arte de Minas Gerais, em especial, do artesanato em argila.
          
Durantes os dias do Festivale o visitante poderá conhecer o artesanato das cidades do Vale, bem como sua cultura, tradições, folclore, gastronomia e o talentos dos artistas locais.
São sete dias de festival com oficinas, palestras, debates, seminários, concursos. Nos dias do Festival acontece ainda o Festival da Canção, a Noite Literária, apresentações de grupos folclóricos e populares, Feira de Artesanato, além de mostras do aprendizados dos participantes das oficinas.

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Festival Gastronômico Sabores da Mantiqueira

(Por Arnaldo Silva) A da Serra da Mantiqueira é uma cadeia montanhosa formada por cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Inicia-se em Barbacena MG, inclina-se para o Rio de Janeiro, seguindo para a divisa deste estado com São Paulo, entrando em Minas Gerais, completando a cadeia montanhosa, onde está a maior porcentagem da Serra da Mantiqueira.
          Sessenta por cento (60%) dos municípios que formam a Serra da Mantiqueira encontra-se no Estado de Minas Gerais, 30% em São Paulo e 10% no Rio de Janeiro. (na foto acima de Ricardo Cozzo, Monte Verde, distrito de Camanducaia MG)
          A região concentra as localidades de maior altitude do Brasil, como exemplo as 10 primeiras: Campos do Jordão: 1628 m SP, Monte Verde, distrito de Camanducaia MG: 1555 m, Morangal, distrito de Virgínia MG: 1515 m, Senador Amaral MG: 1498 m, Gonçalves MG: 1350 m, Augusto Pestana, distrito de Liberdade MG: 1320 m, Marmelópolis MG: 1277 m, Maria da Fé MG: 1258 m, Bom Jardim de Minas MG: 1250 m, Bocaina de Minas MG: 1210 m. Apenas Campos do Jordão não está em Minas, entre as maiores altitudes da região da Mantiqueira. (na foto acima do Rildo Silveira, a cidade paulista de Campos do Jordão)
          Altitudes elevadas, acima do nível do mar, faz da região uma das mais geladas do Brasil, durante o inverno com geadas e frios intensos nesta temporada, quase sempre abaixo de zero grau. (na foto acima de Geraldo Gomes, a cervejaria Kraemerfass em Delfim Moreira MG)
          Por estar em maior concentração em Minas Gerais, as tradições, cultura, história e gastronomia da Serra da Mantiqueira estão mais presentes nos municípios mineiros, principalmente na gastronomia, um dos maiores atrativos da Mantiqueira. (na foto acima de Jair Antônio Oliveira, o inverno em Marmelópolis MG)
          Pratos a base de truta, pinhão, marmelo, morangos e os tradicionais queijos tipo Parmesão e Prato, agradam o paladar de moradores e turistas que vem à região da Mantiqueira.
Festival Sabores da Mantiqueira
          Aproveitando a tradição culinária da região, foi criado o Festival Gastronômico Sabores da Montanha, com o objetivo de ser o maior festival gastronômico do Brasil. Para se ter ideia da grandeza que desse festival, serão dois meses de duração e reunirá as cidades da Mantiqueira de Minas Gerais e São Paulo.
          Organizado pela Sabores da Montanha, associação de classe que reúne empresários do setor gastronômico da Serra da Mantiqueira. A entidade tem o objetivo organizar os empresários do setor, bem como divulgar a gastronomia regional para a região, todo o estado de Minas Gerais e todo o Brasil. A primeira edição do festival ocorreu nos meses de junho e julho de 2023 e serão sempre nessa época do ano.
          Os meses escolhidos coincidem com o inverno, que é estação que atrai mais turistas à região. A temperada de inverno nas cidades da Serra da Mantiqueira, atrai em média cerca de 3,5 milhões de turistas todos os anos à região. 
          Nada melhor que o Festival ocorrer nesta data. Com isso ganha os turistas que terão uma opção cultural e gastronômica a mais. Além disso, com o grande número de turistas nesta temporada, é um fator importante para a promoção e divulgação do evento para todo o país, solidificando e ampliando a participação dos festival futuros, que será anual.
Onde é realizado?
          O Festival Gastronômico Sabores da Serra não será realizado em uma única cidade e sim e várias cidades da região, aproveitando a estrutura dos estabelecimentos participantes do Festival. Em ordem alfabética, as cidades mineiras onde ocorrerá o Festival são: Andradas, Bueno Brandão, Cambuí, Caxambu, Córrego do Bom Jesus, Extrema, Gonçalves, Itajubá, Monte Verde, Pouso Alegre, Poços de Caldas, São Lourenço e São Tomé das Letras. Também em ordem alfabética, as cidades paulistas onde ocorrerão o Festival são: Campos do Jordão, Cunha, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e São Francisco Xavier.
          O Festival terá o patrocínio da Revista Travel for Life e reunirá os principais restaurantes, cervejarias, cafeterias, gastrobares, sorveterias, bistrôs, padarias, pizzarias, lanchonetes, hamburguerias, doceterias e produtores artesanais similares da Serra da Mantiqueira.
Critérios para participação
          Um dos critérios para as empresas do setor gastronômico da região participarem é a criação de pratos exclusivos ou mesmo um prato famoso, autoral, para divulgar no Festival. Com isso, os turistas que participarão do Festival poderão conhecer e saborear pratos diversos dos restaurantes, lanchonetes, sorveterias, etc., ou mesmo, doces, queijos, cervejas, cafés e produtos artesanais locais, seja da culinária mineira, paulista e Europeia, já que a região da Mantiqueira conta com grande número de dessedentes de imigrantes europeus, que vieram para o Brasil no final do século XIX e início do século XX, deixando na região, um pouco de suas culturas, tradições e claro, gastronomia.
Mais informações:
          Mais informações sobre o Festival Sabores da Montanha podem ser obtidas através de contato com a entidade organizadora pelo Instagram @saboresdamontanha_br ou pelo telefone:(11) 9-5435-3665.

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