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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Receita da broa João-deitado do Cerrado

A broa João-deitado, Cobu ou Bolo Pau-a-pique, tem cheiro saudade e gosto de infância. É uma das mais saborosas quitandas de Minas.
INGREDIENTES
. 1 litro de coalhada dissolvida em 700 ml de leite integral
. 1 quilo de fubá de canjica
. 500 gramas de farinha de trigo
. 250 gramas de manteiga derretida
. 1 concha rasa de banha de porco derretida
. 500 gramas de açúcar demerara
1 colher de sopa de fermento em pó dissolvido em 1 colher de sopa de leite integral em temperatura ambiente
4 ovos batidos ligeiramente batidos
. Sal a gosto
. Cravo moído e canela em pó a gosto
. Folhas de bananeira cortadas no formato 15x15 centímetros
MODO DE PREPARO
- Coloque em uma vasilha o fubá de canjica, a manteiga e a banha já derretidas. Misture bem
- Acrescente a farinha de trigo, o açúcar, o sal, o fermento em pó dissolvido no leite e mexa bem.
- Adicione os ovos e mexa novamente.
- Aos poucos, coloque a coalhada, mexendo até a massa ficar lisa e homogênea.
- Espalhe a canela, o cravo e misture.
- Peque as folhas da bananeira e com uma colher, vá pegando a massa e espalhando sobre as a folha.
- Enrole cada folha e amarre as laterais com um barbante ou linha da própria palha da bananeira.
- Leve para assar em forno a gás pré-aquecido a 250°C e deixe assando por 40 minutos
Retire do forno e sirva com um bom café e se quiser melhorar mais ainda o sabor, passe melado de cana ou com uma geleia de sua preferência que ficará ótima!
Fotos da broa da @merceariaparaopeba em Itabirito MG

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

A venda do Cecé em Jaboticatubas

(Por Alexa Silva) Essa é uma típica venda mineira, também conhecida como armazém, fica em na histórica e tradicional cidade de Jaboticatubas MG, a 60 km de Belo Horizonte, na Serra do Cipó. Como toda vendinha do interior, tem de tudo...
          Café moído na hora, ovos caipira, fubá de moinho d'água, leite, queijo, rapadura, cerveja gelada, tira gosto, pinga, biscoitos caseiros, bolos, frutas, xampu, Presto-barba, soda cáustica, refrigerante, suco, vassoura, rodo, absorvente, água mineral, balde, fumo de rolo, galinha caipira, toucinho fresco, vela, papel higiênico, arroz, sal, açúcar, pão... Bem assim, tudo junto e misturado.
  
          Ahhh!!! Tava esquecendo o principal, tem Seu Cecé, dona Lia, e Nonô. Com atendimento maravilhoso, prosa boa, simplicidade, aconchego... Tudo tão lindo, tão simples, tudo tão Minas!
Texto e fotos da Venda do Cecé em Jaboticatubas de autoria de Alexa Silva/@alexa.r.silva

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Sabão de cinzas: tradição, origem e como fazer

(Por Arnaldo Silva) Lembramos com romantismo e saudosismo os velhos tempos na roça que nossos pais e avós viveram. A vida era mais tranquila, as famílias trabalhavam na roça, plantavam para comer. 
          Quase ninguém tinha dinheiro, mas não faltava nada. Plantavam e colhiam. Criavam galinhas e porcos. Tinha ovos, carne e gordura sempre. Roupas eram feitas na roda de fiar, com o algodão colhido que eles mesmos plantavam. (foto acima de @merceariaparaopeba em Itabirito MG)
           Não havia luz elétrica, usavam lamparina para iluminar a casa à noite. Na beira do fogão muita prosa, cachaça feita no alambique da comunidade e muitas quitandas. Tudo iluminado à luz de lamparina.
          Eram simples e a vida era simples. Mas não era fácil. A vida era dura, o trabalho era pesado. Começava antes do sol amanhecer e do galo cantar e encerrava depois que o sol se punha. Mas era um estilo de vida que deixou saudades, pela pureza e pela nostalgia. (foto acima do Igor Messias em Santana do Pirapama MG)
          Comparando com a realidade atual, não hesitamos em dizer que, mesmo sendo uma vida difícil, era melhor que a que temos hoje. E éramos mais humanos e as famílias mais unidades.
          Nossos pais e avós nos deixaram coisas boas desse tempo. Muitas delas estão em nossa memória e vida, mas outras foram esquecidas devido a modernidade. Uma dessas preciosidades esquecidas é o Sabão de Cinzas, também chamado de Sabão Decoada que é o processo de coar as impurezas da cinza antes de ser dissolvida na água.
O Sabão feito de Cinzas
          Passaram gerações e esse sabão acabou sendo esquecido e ao saber que existia, muita gente estranha existir um sabão feito com cinzas. Naqueles tempos difíceis, as famílias tinham que usar técnicas bem rústicas para manterem a higiene da casa e de si próprios. Sabonete e sabão, como conhecemos, existia, mas fora da alcance da maioria do povo que vivia no interior. Se não tinha como comprar sabão, faziam, aproveitando ingredientes bem fáceis e sem custo algum. (na foto acima, sabão de cinzas da @merceariaparaopeba em Itabirito MG)
          A cinza do fogão a lenha, água de cisterna e a gordura de porco, após o uso em várias frituras e já não estava mais boa para novas frituras.
          Não leva nenhum produto químico, como soda cáustica e nem precisa. Isso porque a cinza é rica em sais como o carbonato de potássio e o carbonato de sódio. Que dissolvida na água, exerce a mesma função da soda cáustica, com a vantagem de ser natural.
          Além disso, na cinza estão concentradas propriedades que tem a função de purificar e branquear. E o povo antigo sabia disso. Tanto é que as roupas claras encardidas, eram colocadas de molho com o sabão que faziam, com uma trouxinha amarrada com cinzas. No dia seguinte enxaguavam e colocavam para secar. A roupa ficava branquinha.
          A cinza é fácil de diluir em água porque concentra substâncias alcalinas, que são solúveis. Por isso mesmo, é usada desde tempos antigos para fazer sabão.
          Antigo que eu falo é antigo mesmo, não é nos tempos de nossos avós não. Há registros de sabão feito de cinzas há 2.800 anos antes de Cristo. Surgiu no oriente médio, na Babilônia. A arte de fazer sabão de cinzas passou a ser difundida na Europa pelos gauleses 600 anos a. C e principalmente durante o Império Romano.
Como fazer o Sabão de Cinzas
          O primeiro passo é preparar a decoada, que é mistura da água com cinza, misturada na gordura e aquecida no fogo até aprumar, ficando numa consistência bem grossa.
          Então vamos aprender fazer o sabão?
Você vai precisar de:
• 2,5 quilos de cinza de madeira
• 5 quilos de gordura de porco
• 5 litros de água de nascente ou cisterna.
Embalagem. Antigamente não embalavam o sabão, mas hoje, caprichosamente, como podem ver na foto acima, na Mercearia Paraopeba em Itabirito MG, passamos a embalar o sabão na palha da bananeira. Fica mais charmoso e bem no estilo antigo. Capricho de mineiro mesmo.
Dicas importantes:
- Não use a cinza de madeira de eucalipto porque, hoje, é uma madeira modificada geneticamente e nem de madeira de árvores transgênicas. Use a cinza da madeira nativa natural.
- Faça o sabão somente com a água de cisterna ou nascente. Não use água de torneira porque contém muito cloro e o sabão não vai prestar.
- Não use de jeito nenhum óleo de cozinha que temos em casa, comprados em supermercados, já embalados. São feitos com químicos e produtos transgênicos. É banha de porco mesmo, nada de óleo de soja, girassol, granola, etc.
- O sabão de cinzas bom é o feito com água, cinza e gordura de porco, natural.
Modo de fazer
- Recolha as cinzas, passe em uma peneira e retire as impurezas e gravetos não queimados.
- Faça a decoada, dissolvendo a cinza na água. Misture bastante até as cinzas se dissolverem por completo.
- Coe novamente na peneira para retirar o restante de cinza e impurezas.
- Coe também a gordura para retirar restos de alimento.
- Em um tacho, coloque a gordura. Quando estiver derretida, acrescente aos poucos a decoada e deixe fervendo por umas 2 horas. O sabão ficará na cor cinza escura.
- Demora, mas sempre dê uma olhada e mexa de vez em quando.
- Quando perceber que está adquirindo uma consistência bem firme, está chegando no ponto e mexa devagar, mas sem parar.
- Nesse ponto, mexa mais rápido até engrossar bem.
- Desligue o fogo e continue batendo até ficar uma massa dura.
- Deixe esfriar e em seguida pegue um punhado do sabão e comece a embolar, fazendo bolinhas.
- Enrole na palha da bananeira e amarre, como vê na foto acima da Mercearia Paraopeba/@merceariaparaopeba em Itabirito MG.
Prontinho. Está pronto um sabão ecologicamente correto que não afeta o meio ambiente.
Uma tradição ecologicamente correta
          Nossos avós diziam que esse sabão ajudava no tratamento de doenças de pele como as brotoejas, perebas, piolho, coceira, etc. Limpava mesmo a pele e ainda, deixava o cabelo lisinho, além de ajudar a combater a seborreia, prevenir cravos e espinhas.
          Mesmo sendo antigo, o sabão de cinzas continua a ser feito nos quintais das casas de nosso interior, como em Itabirito MG, encontrado na Mercearia Paraopeba e em várias outras cidades mineiras.
          Sabão de cinzas é tradição e sabedoria que ficou no passado, mas presente na vida de muitas famílias hoje que não dispensa esse sabão, usando-o na lavagem de utensílios domésticos, de roupas e também para tomar banho. Ah, e ainda usam a bucha vegetal, que é esfoleante natural e ajuda em muito na limpeza da pele.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Queijos mineiros se destacam no Mundial de Queijos na França

(Por Arnaldo Silva) Mais uma vez os queijos de Minas Gerais se destacaram no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado em Tours, entre os dias 10,11 e 12 de setembro de 2023. O evento mundial acontece a cada dois anos, sempre em anos ímpares. É é o único concurso de queijos realizado na França que aceita queijos de outros países. É considerado a “Copa do Mundo dos queijos”. O próximo será em setembro de 2025.
          Nesta 6ª edição do concurso, os queijos brasileiros superaram em muito o resultado do concurso anterior, em 2021, que foi de 57 medalhas. Na edição atual foram 81 medalhas entre super outro, ouro, prata e bronze, entre as 900 medalhas distribuídas entre diversos categorias e tipos de queijos. Foram 17 medalhas de ouro, 23 de prata e 44 de bronze, recorde de medalhas. (na foto acima, queijo da queijaria Roça da Cidade/@rocadacidade, da Serra da Canastra, que teve um dos seus queijos premiados no concurso. Foto: Divulgação)
          Entre os países, o Brasil ficou em segundo lugar no número de medalhas, atrás apenas da França, que ficou no primeiro lugar.
          A partir da participação dos queijos brasileiros, neste concurso mundial, desde sua abertura para queijos de outros países, em 2015, os queijos de Minas Gerais sempre se destacaram, conquistando a maioria das medalhas dos queijos nacionais.
          Das 81 medalhas conquistadas pelo Brasil, mais uma vez o destaque foi para Minas Gerais, que conquistou 57 medalhas desse total. Foram 5 medalhas Super Outro, 11 de ouro, 24 de prata e 17 de bronze.
Queijos mineiros em destaque
          Entre os medalhistas de Ouro está o Queijo Paiolzinho do Laticínios Cruzília em Cruzília MG. (na foto acima: Divulgação)  
          Queijo de mofo azul, com toque europeu e o sabor a tradição mineiro, homenageia os tropeiros que entre os séculos XVIII, XIX e início do século XX levavam e traziam mercadorias em cargueiros puxados por bois e em lombos mulas e burros pelos rincões do nosso sertão.
          Outro queijo que sempre está presente e sempre traz medalhas é a Queijos D´Alagoa-MG, do produtor Osvaldo Filho (na foto acima/Divulgação). Desta vez, fechou o triplete, levando 3 medalhas para 3 de seus queijos produzidos na Fazenda @ M, em Alagoa MG, Sul de Minas. Medalha de prata para o Queijo Alagoa 1722 e Queijo Alagoa Fumacê e medalha de bronze para o Queijo Faixa Dourada.
          Os queijos mineiros premiados com a medalha Super Ouro, que são os melhores entre os medalhistas de ouro e por isso as mais cobiçadas e difíceis de conquistar, são do Sul de Minas e Serra da Canastra. 
          São esses os queijos Super Ouro: o Canastra Ivair Reserva de São Roque de Minas; o queijo Santo Casamenteiro do Laticínios Cruzília; o queijo Canastra do Serjão, de Piumhi; e o Queijo Minas Artesanal da Fazenda Serra do Alexandre em Sabinópolis MG.
A excelência dos queijos mineiros
          O resultado confirma que os produtores mineiros valorizam a tradição queijeira secular mineira, produzindo e investindo em queijos de alta qualidade.
          A presença dos queijos mineiros, entre os premiados, é motivo de orgulho para o Brasil, já que nossos queijos competiram e superaram os tradicionais queijos franceses e suíços, dentro outros mais famosos no mundo.
          Os produtores de queijos mineiros mostraram novamente na França o que todo mineiro sabe. Nossos queijos são os melhores do Brasil e um dos mais premiados queijos do mundo. Há anos que os queijos mineiros competem de igual por igual, em termos de qualidade e sabor, com os famosos queijos franceses, ingleses, suíços, noruegueses, holandeses, por exemplo.
Como foi o concurso
          Ao todo, foram 1640 queijos inscritos, avaliados por um juri de 250 profissionais de vários países sob a coordenação de Roland Barthelemy, presidente da Associação Internacional do Queijo. Os jurados analisam e avaliam as texturas, aromas, aparência, sabores, cheiro e equilíbrio dos queijos. 
          Os 12 mais bem avaliados queijos do concurso passaram novamente por análises para ser escolhido como o melhor queijo do mundo e o vitorioso foi o Époisses Berthaut Perrière, da Fromagerie Berthaut, da vila francesa de Époisses, que recebeu 119 pontos. Entre os 12 mais bem avaliados do concurso, destaque para o queijoo Caprinus do Lago, da Queijaria do Lago, da cidade de Valença (RJ) que ficou na sétima posição.
Quantos produtores brasileiros participaram?
          O Brasil foi representado por 91 produtores de queijos dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Todos foram inscritos de forma coletiva pela SerTãoBras, associação de queijeiros que reúne agricultores, curadores, queijeiros e pesquisadores do Brasil especializados em queijos. A entidade esteve presente no Mondial Du Fromage em estande próprio, com mostras de queijos iguarias brasileiras feitas a base de como o pão de queijo, biscoitos, etc.
          Lista dos queijos brasileiros premiados na 6ª edição do Mundial de Queijo de Tours, na França.
MADALHA DE OURO
• Queijo Quilombo Tradicional do Serro Casca Lisa de 45 Dias, Queijo Quilombo do Serro MG (MG) (foto acima/Divulgação)
• Queijo Quilombo Tradicional do Serro de mais de 100 Dias, Queijo Quilombo do Serro (MG)
• Queijo Giovanna, Queijaria Ribeiro Fiorentini de Governador Valadares (MG)
• Queijo Azul da Mantiqueira, da Laticínios Paiolzinho de Cruzília (MG)
• Queijo GOA #14, Produtos GOA de Aiuruoca (MG)
• Queijo Aparecido Maturado 12 meses, Queijaria Alto da Aparecida (MG)
• Queijo Aparecido Maturado 18 meses, Queijaria Alto da Aparecida (MG)
• Queijo Aparecido Maturado 24 meses, Queijaria Alto da Aparecida (MG)
• Queijo Maria Nunes Casca Florida 50 Dias, Queijo Maria Nunes (MG)
• Barão Parmesão 9 meses, da Barão da Canastra (MG)
• Queijo Tipo Quark, Laticínios São João (MG)
• Ricota fresca de búfala, da Búfala Almeida Prado (SP)
• Santa Brigite Silvânia, da Estância Silvânia (SP)
• Valoro Silvânia, da Estância Silvânia (SP)
• Caprinus do Lago, Queijaria do Lago
• Alecrim, Queijaria Santa Vitória (SP)
• Bálsamo, Queijaria Serra do Bálsamo (GO)
Lista completa dos 81 queijos brasileiros premiados
- AGROPECUARIA PARDINHO LTDA - QUEIJO CUESTA 10 MESES BRONZE
- AGROPECUARIA PARDINHO LTDA - QUEIJO CUESTA 8 MESES BRONZE
- AGROPECUARIA PARDINHOLTDA - QUEIJO CUESTAZUL PRATA
- AGROPECUARIA PARDINHO LTDA - QUEIJO MANDALA PRATA
- ARTESANAL DO VALE QUEIJO DU'VALE OURO BRONZE
- ARTESANAL DO VALE QUEIJO DU'VALE PEROLA BRONZE
- BARAO DO QUEIJO CANASTRA BARAO PARMESAO 12 MESES PRATA
- BARAO DO QUEIJO CANASTRA BARAO PARMESAO 6 MESES BRONZE
- BARAO DO QUEIJO CANASTRA BARAO PARMESAO 9 MESES OURO
- BUFALA ALMEIDA PRADO INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - CREME DE RICOTA DE BUFALA BRONZE
- BUFALA ALMEIDA PRADO INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - QUEIJO TIPO BURRATA DE BUFALA BRONZE
- BUFALA ALMEIDA PRADO INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - RICOTA FRESCA DE BUFALA OURO
- CAPRIL DO BOSQUE AZUL DO BOSQUE PRATA
CAPRIL DO BOSQUE DOLCE BOSCO BRONZE
CUITELO REAL QUEIJO CUITELO BRONZE
- ESTANCIA SILVANIA SANTA BRIGITE SILVANIA OURO
- ESTANCIA SILVANIA VALORO SILVANIA OURO
- FAZENDA ANTONIO VINDO QUEIJO ICO PRATA
- QUEIJO ARTESANAL FAZENDA BELA VISTA ALAGOA MG PREMIUM 50 PRATA
- QUEIJO ARTESANAL FAZENDA BELA VISTA ALAGOA MG PREMIUM 60 PRATA
- FAZENDA CAPÃO GRANDE - QUEIJO CANASTRA CASCA LAVADA BRONZE
- FAZENDA PONTE VELHA - QUEIJO "FLOR DA PONTE" BRONZE
- FAZENDA PONTE VELHA - QUEIJO "PONTEVELHANO REAL" BRONZE
- FAZENDA RIO ACIMA - QUEIJO FAZ RIO ACIMA 60 DIAS DE MATURACAO PRATA
- FAZENDA SAO BENTO JACOB - QUEIJO JACOB TRADICIONAL (TARDE) BRONZE
- FAZENDA VENTURA - QUEIJO FAZENDA VENTURA MATURACAO 30 DIAS- CASCA LISA BRONZE
- FAZENDA VENTURA QUEIJO FAZENDA VENTURA -
MATURACAO 70 DIAS - CASCA LISA BRONZE
- GALEGO DA QUEIJEIRA QUEIJO DE COALHO BRONZE
- IPANEMA QUEIJO MINAS MEIA CURA BRONZE
IVAIR JOSE DE OLIVEIRA QUEIJO DO IVAIR MANHA PRATA
- LATICINIOS PAIOLZINHO QUEIJO AZUL DA MANTIQUEIRA OURO
- LATICINIOS SAO JOAO QUEIJO ANGATU BRONZE
- LATICINIOS SAO JOAO QUEIJO SERRA DA MANTIQUEIRA BRONZE
- LATICINIOS SAO JOAO QUEIJO TERRA CRUZ BRONZE
- LATICINIOS SAO JOAO QUEIJO TIPO BRIE BRONZE
- LATICINIOS SAO JOAO QUEIJO TIPO CHEDDAR BRONZE
- LATICINIOS SAO JOAO QUEIJO TIPO QUARK OURO
- LE CANTON EMPREENDIMENTOS HOTELEIROS - QUEIJO TEMPERER BRONZE
- MARCOS VINICIUS MENDES CAPA PRETA TRADICIONAL BRONZE
- MARCOS VINICIUS MENDES CAPA PRETA TRADICIONAL MATURADO PRATA
- MARCOS VINICIUS MENDES QUEIJO CAPA PRETA DEFUMADO PRATA
- MORRINHOS ARTESANAIS IOGURTE DE LICURI BRONZE
- MORRINHOS ARTESANAIS IOGURTE DE UMBU BRONZE
- MOZZARELLA DE BUFALA MOZZARELLA DE BUFALA BRONZE
- PINGO DO MULA PINGO DO MULA QUEIJO DA
- CANASTRA MEIA CURA, CASCA FLORIDA, MATURACAO 14 DIAS BRONZE
- PRODUTOS GOA QUEIJO GOA # 14 OURO
- PRODUTOS GOA QUEIJO GOA # 23 PRATA
- PRODUTOS GOA QUEIJO GOA #9 PRATA
- QUEIJARIA ALTO DA APARECIDA QUEIJO APARECIDO - MATURADO 12 MESES OURO
- QUEIJARIA ALTO DA APARECIDA -QUEIJO APARECIDO - MATURADO 18 MESES OURO
- QUEIJARIA ALTO DA APARECIDA QUEIJO APARECIDO - MATURADO 24 MESES OURO
- QUEIJARIA ALTO DA APARECIDA
- QUEIJO APARECIDO -MATURADO 8 MESES PRATA
- QUEIJARIA BELAFAZENDA DUZU BRONZE
- QUEIJARIA DO LAGO CAPRINUS DO LAGO OURO
- QUEIJARIA DO LAGO DESTINO BRONZE
- QUEIJARIA E FAZENDA LICURIZAL CORACAO DO MASSAPE NO TAMARINDO BRONZE
- QUEIJARIA FAZENDA SANTA BARBARA - QUEIJO DOURADO BRONZE
- QUEIJARIA LA PORTA BELMIRO BLU BRONZE
- QUEIJARIA PEDACIN DA SERRA - QUEIJO PEDACIN DA SERRA TRADICIONAL. MATURACAO 60 DIAS BRONZE
- QUEIJARIA QUINTAL DO GLORIA - QUEIJO NEVOA DA CANASTRA QUINTAL DO GLORIA PRATA
- QUEIJARIA RESERVA DO LAGO - QUEIJO JAIPUR BRONZE
- QUEIJARIA RESERVA DO LAGO - QUEIJO VELUDO PRATA
- QUEIJARIA SANTA VITORIA - ALECRIM OURO
- QUEIJARIA SANTA VITORIA - IOGURTE PRATA
- QUEIJARIA SERRA DO BALSAMO - BALSAMO OURO
- QUEIJO 3 IRMAOS - QUEIJO 3 IRMAOS CASCA FLORIDA PRATA
- QUEIJO D'ALAGOA-MG - QUEIJO ALAGOA 1722 PRATA
- QUEIJO D'ALAGOA-MG - QUEIJO ALAGOA FUMACE PRATA
- QUEIJO D'ALAGOA-MG - QUEIJO FAIXA DOURADA BRONZE
- QUEIJO MARIA NUNES - QUEIJO MARIA NUNES CASCA FLORIDA 50 DIAS OURO
- QUEIJO MARIA NUNES - QUEIJO MARIA NUNES CASCA FLORIDA 65 DIAS PRATA
- QUEIJO QUILOMBO - QUEIJO QUILOMBO TRADICIONAL DO SERRO - CASCA FLORIDA DE 45 DIAS BRONZE
- QUEIJO QUILOMBO QUEIJO QUILOMBO TRADICIONAL DO SERRO -CASCA LISA DE 45 DIAS OURO
- QUEIJO QUILOMBO - QUEIJO QUILOMBO TRADICIONAL DO SERRO - DE MAIS DE 100 DIAS OURO
- QUEIJO SANTA CLARA DOURADOS - QUEIJO SANTA CLARA DOURADOS - EXTRA MATURADO BRONZE
- QUEIJO SANTA CLARA DOURADOS - QUEIJO SANTA CLARA DOURADOS - RAIZ DE SOL PRATA
- QUEIJO TIPO BURRATA DE BUFALA - QUEIJO TIPO BURRATA DE BUFALA PRATA
- QUEIJO TIPO GOUDA QUEIJO TIPO GOUDA BRONZE
- RIBEIRO FIORENTINI QUEIJO GIOVANNA OURO
- ROÇA DA CIDADE QUEIJARIA ARTESANAL LTDA - QUEIJO - ROÇA DA CIDADE REAL BRONZE
- SITIO ALIANCA - QUEIJO MANA SAFRAS BRONZE        

Receita de Rosquinha tradicional de fubá

(Por Arnaldo Silva) Uma joia da rica culinária mineira e com sabor de história, é a Rosquinha de Fubá, quitanda mineira presente nas mesas dos mineiros desde os tempos dos Barões do Café, no século XIX. Por ser bem fácil de fazer e muito saborosa, nunca faltava nas mesas mineiras.
Receita tradicional da Rosquinha de Fubá
INGREDIENTES
. 2 xícaras de fubá de moinho fino
. 1 xícara (chá) de amido de milho
. 1 copo (americano) de leite
. 1 ½ xícara (chá) de açúcar
. 1 gema de ovo
. 150 gramas de manteiga
. 1 colher (sopa) de erva-doce
. 1 colher (sopa) de fermento em pó químico
MODO DE PREPARO
- Em uma vasilha, coloque o açúcar, o amido, o fubá, a erva-doce,o fermento e misture.
- Acrescente o leite, a gema, a manteiga e misture bastante com as mãos até ficar uma massa bem firme, desgrudando das mãos.
- Se a massa ficar muito dura, acrescente leite.
- Agora, pegue um punhado da massa, enrole nas mãos, faça tiras e junte as pontas, fazendo o formato anelar.
- Se preferir, outro molde, faça bolinhas com as mãos e achate-a.
- Coloque as rosquinhas em forma já untada com manteiga e leve para assar em forno preaquecido a 180 °C e deixe assando até ficarem douradas
          Por fim, faça um café e sirva que é bom demais da conta!
Fotos da rosquinha da Mercearia Paraopeba/@merceariaparaopeba em Itabirito MG

Broinha de milho: origem e receita tradicional

(Por Arnaldo Silva) Muita gente pensa que todas as nossas receitas saíram de uma senzala, de uma taba indígena ou foram trazidas pelas sinhazinhas portuguesas. Nem todas, como por exemplo, as broas de fubá, tradicionais em Minas Gerais desde o século XIX.
          Broa não tem origens nos escravos, na sabedoria indígena e muito menos na cozinha portuguesa. As broas têm origem nos imigrantes alemães. Não tem origem na Alemanha, foi criada pelos alemães já no Brasil mesmo. Justiça e reconhecimento sejam feitos, foram os alemães, que chegaram ao Brasil a partir de 1824 e a Minas Gerais, a partir de 1859, que deram origem às broas tão populares e tradicionais em Minas.
          Os alemães adoram pão, em especial o tradicional Deustsches Brot, Pão Alemão, na tradução para o português. Esse pão tem como ingrediente principal a farinha de centeio. Como no século XIX não existia centeio e nem farinha de trigo cultivado no Brasil e importar naquela época não era fácil, tiveram que adaptar a receita original do Brot alemão aos ingredientes locais. No caso, a farinha de centeio foi substituída pela farinha do milho, o fubá de moinho.
          Assim surgiu o Brot, um pão alemão adaptado, assado em formas ou em formato de bolinhas achatadas. Levava ainda o açúcar de engenho, chamado mascavo e erva-doce. O fubá, o açúcar e erva-doce eram bem fáceis de encontrar em Minas.
          A palavra brot se popularizou em Minas com o nome “amineirado” de broa e broinhas. E assim é até os dias de hoje.
          Broa é a quitanda mineira que tem como ingrediente principal o fubá, não leva trigo ou centeio.
          Quando o trigo começou a chegar no Brasil e a se popularizar, esse ingrediente passou ser incorporado às broas ou mesmo, passou a ser mais usado que o fubá. Só que já não se chamava mais broa e sim, bolo.
          Para os alemães passou a ser Mischbrot, ou seja, pão misto. Para os mineiros, simplesmente bolo. Em Minas Gerais, tudo que tem trigo como ingrediente principal é bolo ou bolinho. Quando é o fubá o principal ingrediente, é broa ou broinha
          Então vamos aprender a receita tradicional da Broinha de Milho:
INGREDIENTES
. 500 gramas de fubá de moinho de milho amarelo
. 1 ½ xícara (chá) de açúcar
. 2 ovos
. 3 colheres (sopa) de manteiga
. 1 xícara (chá) de leite
. 1 colher (sopa) de fermento em pó
. Erva-doce a gosto
. 1 pitada de sal
MODO DE PREPARO
- Em uma vasilha, coloque os ovos, a manteiga, o leite, a erva-doce, o sal e o fermento em pó e misture bem.
- Vá despejando aos poucos o fubá e misturado com as mãos até ficar na consistência firme, no ponto de enrolar.
- Pegue um punhado de massa com as mãos e faça os moldes enrolando. Para evitar que as broinhas trinquem muito, coloque o punhado da massa em uma cuinha de cuité ou em xícara de chá e chacoalhe até moldá-la.
- Coloque as broinhas em uma forma untada com manteiga e pulverizada com fubá e coloque uma a uma ao lado da outra, dando distância de 1 cm.
- Leve para assar em forno preaquecido a 180°C graus por 30 minutos ou até que as beiradas comecem a ficar escuras.
          Enfim está pronta a broinha de milho. Agora é só passar o café!
Fotografias da broinha de milho da Mercearia Paraopeba em Itabirito MG

sábado, 9 de setembro de 2023

A cidade de Ponte Nova e o Cemitério dos Escravos

(Por Arnaldo Silva) A cidade de Ponte Nova, na Zona da Mata, tem origens no século XVIII, surgindo como povoamento em 12 de dezembro de 1770, às margens do rio Piranga. Com seu crescimento, foi elevada a freguesia, vila e por fim à cidade emancipada em 30 de outubro de 1866. É uma cidade de grande valor histórico e cultural para Minas Gerais.
          Está a 180 km de Belo Horizonte e faz limites territoriais com Santa Cruz do Escalvado, Urucânia, Oratórios, Amparo da Serra, Teixeiras, Guaraciaba, Acaiaca, Barra Longa e Rio Doce. Segundo último Censo do IBGE, Ponte Nova conta com 57.776 habitantes. (fotografia acima e abaixo de Fabinho Augusto, a vista parcial de Ponte Nova)
          Cidade com boa estrutura urbana, com bons hotéis, pousadas e restaurantes com comida típica, conta com um comércio bem variado, um bom setor de serviços e facilidades de acesso, já que a cidade é corta por várias rodovias estaduais como a MG-066, MG-262, MG-326, MG-329, e também pela BR-120.
          Sua economia tem como base o comércio, setor de serviços, pequenas e médias indústrias que atuam em diversos ramos industriais como alimentício, têxtil, automobilístico, farmacêutico, eletrônico, dentro outros. Outro setor econômico de grande importância para a cidade é a agropecuária com destaque para a agricultura familiar, suinocultura, pecuária leiteira e de corte.
          Município de terras férteis, é banhado pelo rio Piranga e conta com vários pontos turísticos naturais com matas nativas, córregos e rios que formam cachoeiras de águas cristalinas.
          Ponte Nova faz parte do Circuito Turístico Montanhas e Fé, além de ser integrante do Programa de Regionalização do Turismo do Estado de Minas Gerais. Por sua origem histórica, Ponte Nova está ainda na área de influência da Estrada Real e da Rota Imperial, a antiga Estrada São Pedro de Alcântara. (na foto acima do Fabinho Augusto, ponte férrea sobre o rio Piranga em Ponte Nova)
          Além disso, a cidade se destaca em Minas pela sua culinária típica, principalmente seus doces caseiros e belos casarões rurais centenários. (fotografias acima de Fabinho Augusto)
          Ponte Nova conta com vários atrativos naturais e urbanos como a belíssima Matriz de São Sebastião com seus belíssimos casarões em seu entorno (na foto acima do Fabinho Augusto).
          Além disso, na parte central da cidade, podemos admirar belas construções do início do século XX, em estilo eclético (na foto acima de Fabinho Augusto). 
          Tem ainda as praças Getúlio Vargas e Dom Helvécio, o Parque Passa Cinco, a Capela Dom Bosco, a Praça das Palmeiras, o Pesque e Pague Sombrio, o Esporte Clube Palmeirense, a Igreja de São Pedro, o Clube AABB, a Rodoviária, o Rio Piranga, a Capela Vau Açu, a Pista de skate, a Cachoeira do Vau Açu, a Casa da Família Monte, a Estação Ferroviária, a Cachoeira da Sesmaria, o Mirante Alto do C.D.I., o Cemitério dos Escravos e o Parque Ecológico Municipal Tancredo Neves, na foto abaixo do Sérgio Mourão/@encantosdeminas.
          Sem contar as festividades culturais e religiosas durante o ano como Semana Santa, Corpus Christi, Festa do Rosário, Folia de Reis, Festas Juninas, Carnaval e os festejos de aniversário da cidade.
O Cemitério dos Escravos de Ponte Nova
          Construído no início do século XIX, o Cemitério dos Escravos está localizado em terras da Fazenda da Urtiga, que pertenceu a Manoel Ignácio, o Barão do Pontal. Natural do Minho, em Portugal, Manoel Ignácio nasceu em 1781, vindo para o Brasil em 1806.
          Atuando como produtor rural e comerciante na região de Ponte Nova, era muito influente e proprietário de um grande número de escravos. Em 1841, recebeu o título de Barão pelo Imperador Dom Pedro II. Em homenagem à sua propriedade, que ficava em um pontal às margens do rio Piranga, passou a ser chamado, por vontade próprio de Barão do Pontal. Faleceu e foi sepultado em seu cemitério particular, em sua própria fazenda. (na foto acima do Duva Brunelli, as proximidades do Cemitério dos Escravos)
          Em sua propriedade, foi criado um cemitério para sepultamentos de seus escravos, devido à sociedade à época não permitir sepultamentos de negros em cemitérios de brancos.
          É um cemitério com características bem simples, com cerca de 800 m², cercado por um muro de pedras e estruturas em cantaria, que são blocos de rochas talhadas em ferramentas rústicas, pelos próprios escravos, além de uma cruz de madeira ao centro. (nas fotos acima e abaixo do Duva Brunelli, a murada externa do Cemitério dos Escravos)
          Os escravos eram enterrados neste cemitério até a abolição da Escravidão no Brasil, em 1888. A partir desse ano, os negros passaram a ser sepultados nos cemitérios dos distritos de Pontal e Chopotó, pertencentes a Ponte Nova.
          O Cemitério dos Escravos da Fazenda Urtiga é hoje uma parte da história da Escravidão no Brasil. É um bem tombado como patrimônio do município e um dos pontos de visitação.
          Embora pareça estranho um cemitério como bem tombado e atrativo de uma cidade não é um local de contemplação e sim, reflexão. Mas não uma reflexão sobre a vida e a morte, mas sim, sobre a vida de quem lá está sepultado. (foto acima e abaixo do Duva Brunelli, o interior do cemitério)
          Eram seres humanos retirados à força de suas terras e famílias na África, e trazidos para o Brasil para trabalharem como escravos. Vítimas de sofrimentos e humilhações diversas, levaram para a sepultura as marcas de mais de 400 anos de escravidão no Brasil.
          Marcas que nos levam a não esquecê-los e atender suas últimas vontades que era de manter vivas suas memórias e histórias. Vontades essas que os próprios escravos deixaram em vestígios encontrados no entorno de suas sepulturas.

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