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sábado, 20 de julho de 2019

Espinhaço: a única cordilheira do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Segundo a geologia, uma cordilheira seria uma área geográfica definida por um conjunto de montanhas interligadas geologicamente. A mesma geologia diz que montanha é classificada pelo relevo relativo (altura) que define o seguinte: montanhas baixas têm entre 300 e 1.000 m de altura, as médias entre 1.000 e 3.000 m e as altas, acima de 3.000 m de altura. 
          É o caso da Cordilheira do Espinhaço, que inicia na região de Catas Altas e se estende até a divisa com o Sul da Bahia. Por sua extensão, forma e formação geológica é a única cordilheira existente no Brasil. (na foto acima de Leandro Leal, o início da Cordilheira do Espinhaço, em Catas Altas MG)
          A cordilheira tem esse nome há mais de 200 anos, dado pelo naturalista, minerador e geólogo alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege, que veio para o Brasil em 1808, contratado pela Coroa Portuguesa para estudar o potencial mineral do Brasil, principalmente em Minas Gerais. 
          É também em Catas Altas, na Serra do Caraça, que está o ponto mais alto da cordilheira, que é o Pico do Sol, a 2072 metros (na foto acima de Marcelo Santos). Na mesma serra, encontra ainda o Pico do Inficionado, com 2068 metros, o pico da Carapuça com 1.955 metros e ainda o pico da Canjerana com 1.890 metros de altitude. Outros picos famosos compõem a cordilheira como o  pico do Itambé com 2.002 metros, entre o Serro MG e Santo Antônio do Itambé e o Pico do Itacolomi com 1.772 metros, entre Ouro Preto e Mariana.
          Segundo geógrafos, a Cordilheira do Espinhaço se formou ao longo de um bilhão de anos e ainda continua em formação. (foto acima de Manoel Freitas da Serra do Espinhaço em Itacambira, Norte de Minas) É considerada a única cordilheira do Brasil, se difere de outros maciços rochosos existentes no país por sua formação, extensão e forma. É simplesmente singular e única. 
          Inicia-se próximo a Catas Altas MG, segue até Ouro Branco MG, no Quadrilátero Ferrífero, seguindo até o Norte de Minas, entrecortando picos, fendas e vales, até Xique-Xique, cidade baiana à margem direita do Rio São Francisco. (na fotografia acima de Nacip Gômez, paisagem do Espinhaço em Conceição do Mato Dentro)
          Ao todo, a Cordilheira do Espinhaço possui 1000 km de extensão, com sua largura variando entre 50 a 100 km ao longo de sua formação. 
          Por sua grande diversidade natural, em 27/06/2005, ONU considerou a Serra do Espinhaço como a sétima reserva da biosfera brasileira. (na foto acima de Tiago Geisler, o Pico do Itambé com 2002 metros de altitude em Santo Antônio do Itambé MG) Em toda a extensão da Cordilheira, vivem mais da metade das espécies de animais e plantas de Minas Gerais, ameaçadas de extinção, principalmente na Serra do Cipó. Por isso o reconhecimento da ONU e a necessidade de protegermos esse patrimônio natural dos mineiros. 
          Um dos lugares mais belos dos alpes mineiros, bem no alto da Cordilheira temos a Serra do Cipó, conhecida por sua diversidade floral, com cerca de 1500 espécies nativas catalogadas, por isso também é chamada de Jardim do Brasil. (na fotografia acima de Marcelo Santos, Lapinha da Serra)
          Além da fauna, suas rica flora e belezas naturais espetaculares, é na Serra do Cipó, a 1627 metros de altitude, no sopé do Pico da Lapinha, que está um dos mais charmosos e pacatos distritos mineiros, a Lapinha de Belém ou simplesmente, Lapinha da Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho MG, distante apenas 143 km de Belo Horizonte. (na fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia, Lapinha da Serra)
          A sede, bem como o distrito, estão inseridos na Estrada Real e vale a pena uma visita, principalmente para conhecer as belezas naturais da região, bem como a rica culinária local e  tradicional vinho produzido na região, principalmente de jabuticaba, que é finíssimo!

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