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domingo, 17 de julho de 2016

A florada dos Ipês Amarelos

 (Por Arnaldo Silva) Em pleno mês de agosto, no auge da estiagem, o ipê amarelo floresce. O amarelo ouro de suas flores traz vida à paisagem seca do nosso sertão e o fim de sua florada, em setembro, anuncia a chegada da primavera e das chuvas.
Das espécies de ipês existentes, o amarelo é o que mais encanta. Jânio Quadros, quando presidente da República, em 1961, declarou o ipê amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, como a flor nacional. Desde então a espécie é símbolo do nosso Brasil.
A árvore encantadora que está está presente em versos, poemas, músicas e livros deste os tempos antigos. Está presente também na arquitetura de muitos casarões construídos no período colonial brasileiro. (na foto acima do Deividson Costa/@deividsoncosta, restaurante em São Tiago MG, com o ipê amarelo preservado durante sua construção)

          Pela resistência e durabilidade de sua madeira, foi largamente usada na construção de carros de bois e telhados dos casarões e igrejas dos séculos XVII e XVIII no Brasil.
          A espécie está presente de Norte a Sul do país. Não tem quem se extasia diante de tanta beleza.
          Da família das Bignoniáceas, a mesma do jacarandá, e do gênero Tabebuia (palavra tupi que significa pau ou madeira que flutua), porque era muito usada pelos índios para fazer embarcações, por ser uma madeira leve, não ao ponto de flutuar, literalmente, mas para navegar em águas, era como se flutuasse. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, ipê amarelo em Moeda MG)
          A palavra "ipê" também é tupi e significa árvore cascuda. São 12 espécies de ipês existentes, sendo as mais comuns, além do amarelo, o branco, roxo, o vermelho, o verde, o tabaco e o rosa. Por serem cascudas, tem o primeiro nome, ipê e o segundo, atrelado à suas cores. (na foto acima do César Reis, ipê amarelo florido na zona rural de Tiradentes MG)
          No Norte, Leste e Nordeste do Brasil o nome dos ipês é "pau d´arco. Isso porque os indígenas dessas regiões usavam sua madeira para fazer arcos de flechas. Na região Centro Oeste do Brasil é conhecida por peúva, palavra em tupi que significa árvore da casca ou ipeúna, que em Tupi "ipê - una" significa preto, chamado em assim em Goiás e algumas regiões de Minas Gerais. (foto acima de Eliane Torino em Tiradentes MG)
          A florada dos ipês pode ser intensa ou fraca. Se o inicio do inverno for bem frio e o ar estiver bem seco, com certeza a florada será intensa, com flores vistosas e imensamente lindas. Caso o contrário, a florada não será muito intensa. Quantos mais flores, mais abelhas, que adoram polinizar os ipês e claro, mais sementes que são levadas pelos ventos, propagando a espécie. (na foto acima do Nicodemos Rosa, ipê amarelo florido em Pitangui MG e abaixo, de Wilson Fortunato, ipê florido em Bom Despacho MG)
          Por serem árvores cujo porte varia entre o pequeno, médio e o grande, dependendo da espécie de ipê, é largamente usada na arborização urbana, sendo essa sua função, embora sua casca, folha, ramos jovens e flores são usados na medicina popular. Mas convenhamos, os ipês floridos hipnotizam com suas cores vivas, suaves e vibrantes. Sua beleza é um completo deleite para os olhos! 

A florada do Ipê Roxo-rosado

(Por Arnaldo Silva) É a primeira espécie de ipê a florir. Já no início do inverno, em junho o Ipê roxo (Tabebuia avellanedae) começa a colorir as ruas, praças, avenidas e paisagens rurais de Minas Gerais, onde é abundante e em parte do Brasil. (foto acima de Nilza Leonel em Vargem Bonita MG) Já em setembro, floresce o Ipê rosa (Tabebuia impetiginosa e a Tabebuia heptaphylla), com a diferença é que as flores do ipê roxo tem a cor rosa mais escura, por isso é chamada de roxo, embora não seja literalmente, roxa. Suas folhas são leves, finas, na cor verde água. Já o Ipê-rosa, tem as flores com tendência a um rosa mais claro ou mesmo com tons rosa mais brancos e folhas grandes, na cor verde mais escura.
          Muita gente confunde Ipê roxo com Jacarandá Mimoso (Jacarandá mimosifolia ou com o Jacarandá Caroba -Jacarandá cuspidifolia) na foto acima de Arnaldo Silva. Nada a ver uma árvore com a outra. São plantas diferentes sem nenhuma relação. Como eu disse acima, a flores do ipê roxo tem o tom rosa bem mais escuro, por isso o nome. As as sementes dos ipês se formam em vagens, dos Jacarandás em cápsulas. Ipê roxo é uma planta, jacarandá é outra. Pela foto acima, dá para perceber a diferença gritante de uma planta para outra, além das flores, percebe-se nitidamente as cápsulas no Jacarandá, onde surgem as sementes.
          Entre as espécies de ipês, o ipê roxo é a que tem crescimento mais rápido, podendo chegar a altura de 25 metros em regiões de clima mais quente, como no Cerrado. Nas regiões mais frias, com ocorrência constante de geadas, seu crescimento e florada são comprometidos. Suas flores podem ser em cachos, lembrando uma bola ou em folhas recortadas, em forma de sino, muito atrativas aos polinizadores. As sementes se formam após a florada, quando seus frutos, em formato de pequenas vagens, que após secarem, abrem-se, com as sementes sendo dispersadas pelo vento. (fotografia acima de Andrea Lima em Pedra Azul MG)
          Mesmo sendo uma árvore de grande porte, é muito comum ser usada na ornamentação urbana em praças, canteiros centrais de avenidas e calçadas largas, por sua beleza impactante. Além disso, é uma espécie excelente para recuperação de áreas degradadas. 
(foto acima de Jefferson Souza em Formiga MG e abaixo, de Arnaldo Silva, detalhes das flores de ipês no chão)
          Sua madeira sempre foi cobiçada e muito usada na indústria moveleira, na construção civil, além de ter sido usada para fazer carros de bois e carroças, antigamente. Por conter, em sua casca, substâncias benéficas a saúde humana como o potássio, cálcio, ferro, bário, estrôncio e iodo, foi e é ainda largamente usado na medicina popular, em forma de chá e usada como auxiliar no tratamento de inflamações, úlceras, infecções bacterianas e fúngicas. 
Essas propriedades curativas presentes na casca do Ipê roxo, segundo pesquisadores, é devido a presença da substância "beta-lapachone", substância estudada como sendo de grande potencial no tratamento contra o câncer de pulmão, próstata e pâncreas. (na foto acima de Arnaldo Silva, ipês em Bom Despacho MG e abaixo, de autoria Giselle Oliveira em Diamantina MG
          Apesar de estar presente em quase todo o Brasil, a espécie corre perigo de extinção, por ser medicinal e por isso sofre danos em seu tronco e cortes desenfreados, sem nenhum critério ou preocupação de se preservar e plantar outra espécie no lugar. Quando a florada do ipê-roxo terminar, vem as sementes. Colha e espalhe sementes pelas estradas, pelas matas e plante em uma praça, um canteiro central de seu bairro. Plante ipê-roxo! Faça sua parte.

sábado, 16 de julho de 2016

Por que 16 de julho é o dia de Minas Gerais?

(Por Arnaldo Silva) Em meados do século XVII, bandeirantes paulistas e baianos entraram no que é hoje o território mineiro em busca de ouro. A partir de então, começaram a surgir as primeiras povoações em Minas Gerais.
As primeiras povoações de Minas Gerais
          Em 1660 surgiu o primeiro povoamento mineiro, que é hoje a cidade de Matias Cardoso, no Norte de Minas. Em 1664 foi criado o segundo povoado, sendo hoje a cidade de Ouro Branco. Em 1665 um pequeno arraial deu origem ao que é hoje a cidade de Sabará. (arte acima de Rogério Salgado)
          Em 1668, surgiu o arraial que deu origem à cidade de são Romão, no Norte de Minas. 
          Em 1664, o bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme, fundou um povoado que deu origem à cidade de Ibituruna, no Oeste de Minas. O povoado foi elevado à cidade, pela Lei n° 2764 em 30 de dezembro de 1962, se desmembrando de Bom Sucesso MG, instalado oficialmente, com eleição do primeiro prefeito e primeira Câmara de Vereadores em 1° de março de 1963.
          Ibituruna foi o primeiro povoado fundado pelo bandeirante paulista em Minas Gerais, tendo sido a quinta povoação do Estado mineiro. Mariana foi a primeira cidade oficial e pouco anos depois, a primeira capital de Minas Gerais. (na foto acima, estátua de Fernão Dias em Ibituruna, a primeira povoação fundada pelo bandeirante paulista em nosso território)
          Em 1675 surgiu no Vale do Jequitinhonha o povoado que deu origem à cidade de Itamarandiba. Belo Vale, na Região Central, surgiu de um povoado fundado em 1681. Em 1688, era criado o povoado de Brejo do Amparo, hoje distrito de Januária, no Norte de Minas. Brejo do Amparo foi o berço da povoação do norte-mineiro.
          Essas foram as oito primeiras povoações de Minas Gerais. A nova povoação do nosso Estado foi Mariana, na Região Central (na foto acima de Peterson Bruschi e abaixo de Luciana Silva, da entrada da cidade de Mariana).
A origem de Mariana
          Em 16 de julho de 1696, o bandeirante Salvador Fernandes Furtado de Mendonça se instala com sua tropa as margens de um ribeirão. Por ser aquele dia dedicado à Nossa Senhora do Carmo, o ribeirão recebeu o nome de Ribeirão do Carmo. Logo descobriram ouro nas proximidades do ribeirão, e a bandeira se efetivou no local, criando uma vila que rapidamente prosperou, sendo reconhecida como cidade em 1745. (na foto acima de Luciana Silva, placa na entrada de Mariana MG)
          Foi a primeira cidade ser criada no então território mineiro. Os anteriores eram povoados. Por ter sido a primeira cidade reconhecida em nosso território, Mariana é conhecida como "berço da civilização mineira", foi a 1ª vila (1711), a primeira capital (1712), a 1ª sede de bispado (1745) e a 1ª cidade de Minas Gerais (1745). 
A origem do Dia de Minas Gerais
          Devido a importância histórica, econômica e cultural de Mariana, a data de surgimento do povoado em 16 de julho de 1696, é considerada o pioneirismo da formação arquitetônica, cultural, econômica e social do povo e estado mineiro. Sendo reconhecido como a data de surgimento oficial, de Minas Gerais. (na foto acima da Elvira Nascimento, a Praça Minas Gerais em Mariana MG)
          No ano de 1979 foi instituído pela Lei nº 561, o dia 16 de julho, como sendo o dia "Dia de Minas Gerais", sendo comemorado oficialmente a partir de 1979. Em 2 de dezembro de 1720 foi o dia que marcou a autonomia política e econômica de Minas Gerais, antes, subordinada à Capitania de São Paulo.
          Além de ser o Dia de Minas Gerais, 16 de julho é também aniversário de fundação de Mariana e o dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do município.
          Nesse dia, todos anos anos, a Capital Mineira é transferida simbolicamente para Mariana onde o Governador e Secretários despacham e participam de solenidades diversas ao longo do dia.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Receita de Geleia de Jabuticaba

Geleia faz parte da culinária mineira. É uma sobremesa deliciosa principalmente com as frutas de época, colhidas no quintal. Jabuticabas, pitangas, amoras e outras, são frutas que dão deliciosas geleias. Veja como é fácil fazer uma geleia de jabuticaba.
Ingredientes
. 2 quilos de jabuticabas
. 1 litro de água
. 2 xícaras de açúcar 

Modo de Fazer
- Lave as jabuticabas e coloque-as em uma panela grande.

- Em seguida coloque água até cobrir as jabuticabas
- Amasse as jabuticabas com as mãos para soltar as sementes
- Tampe a panela e leve ao fogo para cozinhar por 30 minutos.

- Depois desse tempo, deixe esfriar.
- Após isso, coe numa peneira e coloque o liquido na mesma mesma panela e acrescente o açúcar. 

- Coloque no fogo e deixe cozinhar por 60 minutos, mexendo sempre até dar o ponto.
1° foto da Lourdinha Vieira de Bom Despacho MG e 2° fotos da Luciana Albano de Ibiá MG

domingo, 10 de julho de 2016

Minas se destaca na produção de Cerveja Artesanal

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais é a terra do queijo, do café, do doce, da cachaça, da melhora culinária do Brasil, tradição com mais de 300 anos. De alguns anos para cá, uma nova tradição vem ganhando espaço entre os mineiros. A cerveja artesanal. Um mercado que vem crescendo a cada dia no Estado. Minas Gerais tem dois polos cervejeiros de peso: o polo de Juiz de Fora e o da Grande Belo Horizonte, onde estão as maiores cervejarias do Estado, com boa parte concentradas nos bairros Olhos D´Água em Belo Horizonte e Jardim Canadá em Nova Lima. (na foto abaixo de Clésio Moreira, cervejas Red Ale, Stout e Pilsen, da cervejaria artesanal Tchanes de Caeté MG)
          Quando a cerveja artesanal começou a ganhar forma em Minas, nossos cervejeiros fizeram a opção pela linha Belga, para se diferenciar da linha alemã, predominante no Sul do país. A Bélgica produz uma das melhores cervejas do mundo e a opção por essa linha, mostrou-se um grande acerto de nossos cervejeiros. Além da qualidade da cerveja produzida no Estado, a grande quantidade de cervejarias artesanais impressiona. São mais de 1500 cervejarias, que produzem cerca de 50 tipos de cervejas diferentes, espalhadas por várias cidades de todas as regiões de Minas.
          A cada dia, as cervejas mineiras conquistam o paladar não só do mineiro, mas do brasileiro em geral, que vem se rendendo à qualidade da linha produzida em Minas Gerais. O que se fez ao longo desses anos foi agregar valor às tradicionais receitas de cervejas. Esse foi o diferencial. 
          As cervejas mineiras são mais encorpadas, comparando-se com as cervejas tipo pilsen, a mais vendida no Brasil, que tem baixo amargor. Além disso, os cervejeiros mineiros conseguiram um perfeito equilíbrio com o dulçor do malte e a incorporação de novos elementos às tradicionais fórmulas como mel, chocolate, frutas secas, açúcar mascavo e gengibre. Outro detalhe que chama a atenção é a maturação da cerveja mineira. A maturação é feita em nos famosos barris de umburana, tradicionalmente usados no envelhecimento da cachaça mineira. (foto abaixo de Clésio Moreira)
         Para se ter uma ideia do cuidado e criação dos nossos cervejeiros, destacamos as cervejas Vivre pour Vivre e Falke Tripe Mosterium, ambas da Falke Bier. A primeira é feita com jabuticaba e passa por três fermentações, levando três anos para ficar pronta. A segunda fica 45 dias descansando, ao som de Canto Gregoriano.
O mineiro é apaixonado por uma boa cerveja, prova disso é o crescimento em torno de 20% das cervejarias mineiras por ano. 
          Esse crescimento vem aumentando desde 2014, chegando a uma média de 2,1 milhões de litros por mês ou 25 milhões de litros no ano, em 2018. Uma média impressionante.        
          Por conta desse crescimento, as cervejarias mineiras vêm recebendo premiações seguidas, tanto nacionais, como internacionais em destaque para as cervejarias Wäls, Verace e Krüg Bier. Destacam também as cervejarias Prússia, Inconfidentes, Grimor, Jambreiro,Vinil, Küd, a Prússia de São Gonçalo do Rio Abaixo, Fritz de Monte Verde MG, Loba de Santana dos Montes MG e a Ouropretana, de Ouro Preto MG. (foto abaixo de Clésio Moreira)
Premiações nacionais e internacionais
          Em abril de 2014, quando uma cerveja produzida pela Wäls, a Dubbel, ganhou medalha de ouro na World Beer Cup, a Copa do Mundo da Cerveja, evento bianual realizado nos Estados Unidos. Nesse evento, participaram 4.800 rótulos, de 1400 cervejarias de 58 países de todo o mundo. Dai a importância dessa medalha. Outra linha da Wälls, a Quadruppel, foi premiada com medalha de prata, neste mesmo concurso.
          No ano seguinte, 2015, no Word Beer Awards, uma das mais importantes competições de cervejas do mundo com marcas de todo o planeta, realizado todos os anos na Inglaterra, a cerveja Wäls de Belo Horizonte, levou dois prêmios máximos, a de melhor Lager de estilo Checo e a de melhor cerveja de estilo Brut/Champagne. Em 2018, mineira Wäls foi a grande vencedora do World Beer Cup, o equivalente a ‘Olimpíada das Cervejas, recebendo o prêmio máximo da competição que aconteceu nos Estados Unidos. A Wäls Brut foi contemplada com a medalha de ouro na categoria Belgian Ale, tornando Wäls a marca brasileira mais premiada em todas as edições do evento, com dois ouros no portfólio.
          Em 2019 a Verace de Belo Horizonte, foi premiada no Concurso Brasileiro de Cervejas, durante o 7º Festival Brasileiro de Cervejas, realizado em Blumenau/SC, conquistando sozinha sozinha, sete medalhas. O Festival Brasileiro de Cervejas de Blumenau é o terceiro maior do gênero mundo. Participaram mais de três mil rótulos, com 156 estilos diferentes.
      
         Pela inspiração nas melhores cervejas da Bélgica, com mais de 50 estilos de cervejas, centenas de cervejarias artesanais por todo o Estado e pela qualidade reconhecida, Minas Gerais se consolida e se torna a Bélgica das cervejas artesanais no Brasil. (foto acima de Arnaldo Silva)
Lembre-se: é proibido a venda e consumo a menores de 18 anos. Beba com moderação. Se beber, não dirija. (as imagens são meramente ilustrativas)

sábado, 9 de julho de 2016

Receita Fígado com jiló

A mais popular receita do Mercado Central de Belo Horizonte caiu no gosto de todos os mineiros. Aprenda a fazer:
INGREDIENTES
. 1 kg de fígado, cortado em bifes mais grossos
. 6 jilós fatiados em rodelas
. 3 dentes de alho picados
. 2 cebolas fatiadas em rodelas
. 1 colher de sobremesa/rasa de Tempero Mineiro (é uma mistura de vários ingredientes)
. Sal (para salmoura do jiló)
. Óleo
. Pimenta biquinho à gosto
. Molho inglês à gosto
MODO DE FAZER 
- Corte os jilós em rodelas, misture o sal e mexa bem
- Deixe agindo por uns 3 a 5 minutos
- Em seguida, passe em água corrente para tirar o amargo.
- Corte o fígado em fatias pequenas, tipo iscas e tempere
- Coloque o fígado na chapa bem quente com um pouco de óleo e deixe selar bastante, virando os lados pra fiquem por igual.
- Coloque o fígado já temperado na chapa bem quente e deixe selar. - Espalhe molho inglês e alho sobre as iscas
- Na mesma chapa coloque os jilós e vá mexendo e espalhando pela chapa para que não fiquem amontoados e cozinhem por igual.
- Espalhe a cebola picada sobre a chapa e misture bem por uns 5 minutos.
- Quando estiver quase pronto, coloque uma colher de sopa de manteiga e misture tudo antes de tirar da chapa.
Está pronto o fígado com jiló! Agora é se deliciar com a famosa iguaria do Mercado Central.
Primeiro foto da Katita Jardim e segunda da Mary Rodrigues

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Jabuticaba é o Ouro Negro de Sabará MG

(Por Arnaldo Silva) Um infância saudável e feliz é sempre recheadas de doces momentos, doces lembranças principalmente, a criança que cresceu à sombra de uma jabuticaba, no quintal ou no pomar da fazenda. O sabor é especial, a fruta explode na boca e de tão gostosa, é difícil parar. Só quando não couber mais na barriga mesmo. (fotografia abaixo: Prefeitura de Sabará MG/Divulgação)
          Mas quem está longe de uma jabuticabeira, pode matar a saudade da jabuticaba, experimentando todas as delícias que a fruta oferece como vinhos, espumantes, vinagretes, doces, geleias, bolos, sucos, molho, licor, cachaça, cocadas, bombons, picolés, chup-chup, tortas, recheios diversos, bolos, sorvetes, caipijabuticaba, jimbuticaba, dentre outras delícias. Onde? Em Sabará, cidade histórica que fica apenas 20 km de Belo Horizonte. A Jabuticaba é tão importante para a cidade que esse delicioso fruto da primavera é considerado o ouro negro da cidade, conhecida como a Capital da Jabuticaba no Brasil. 
          A fruta movimenta a economia, gera empregos e renda para milhares de famílias. Todos os anos, entre novembro e dezembro acontece o tradicional Festival da Jabuticaba e os visitantes tem à sua disposição todos os derivados da fruta à disposição como molhos, licores, cachaças, sorvetes, geleia, bolos, doces, vinhos etc. à disposição. Em algumas bancas, tem jabuticaba in natura para aquisição, mas o objetivo principal do Festival é mostrar os derivados e os diversos pratos oriundos da jabuticaba. (fotografia acima de 
          A Jabuticabeira (Myrciaria Cauliflora) é uma árvore de origem brasileira, do bioma Mata Atlântica. Foi introduzida no Cerrado e se adaptou bem, sendo hoje uma planta encontrada em quase todo o Brasil. São cerca de 20 espécies de jabuticabeiras existentes e a mais popular e comum é a Jabuticaba-sabará, a espécie que leva o nome da cidade. (fotografia acima de Sérgio Mourão)
O tradicional Festival de Sabará
          Em 2021 o tradicional Festival da Jabuticaba de Sabará, completou 35 anos, sendo realizado todos os anos, na temporada da fruta, novembro e dezembro. Em 2023, o Festival da Jabuticaba estará em sua 37º edição e será realizado nos dias 17, 18 e 19 de novembro no Centro Histórico da cidade.
          No evento serão eleitos o melhor licor, a melhor geleia e o melhor produto inovador, quando o produtor terá oportunidade de apresentar suas criações gastronômicas, tendo como produto principal a Jabuticaba de Sabará.
          Esse evento é um dos mais importantes do calendário mineiro e recebe a visita de milhares de turistas vindos de todos os cantos do Brasil.
          O Festival é organizado de forma que facilite para o visitante conhecer e adquirir os produtos, organizados por produtores, em barracas adequadas. (na imagem acima, os diversos produtos feitos a base de jabuticaba. Foto: Prefeitura de Sabará/Divulgação)
          Durante o Festival, geralmente à noite, acontece apresentações de artistas com shows musicais.
Ao criar o festival, a cultura da jabuticaba na cidade foi resgata e Sabará se manteve como a Terra da Jabuticaba.  No Festival são apresentados todos as receitas e iguarias criadas pelos chef´s locais com a fruta. As receitas tradicionais são preservadas de geração em geração e outras desenvolvidas, graças a criatividade do povo sabarense, dotados de uma vocação incrível para a culinária. Durante o Festival, além da estrela maior, a jabuticaba, o visitante pode apreciar bebidas, salgados e pratos típicos da culinária de  Minas Gerais e de Sabará como pratos típicos da terra como umbigo de banana, broto de samambaia, abobrinhas recheadas, canjiquinha com costelinha, rabadas, frango com Ora-pro-nobis, doces, etc.
          Além de encontrar todos os derivados da jabuticaba no Festival, bem como a própria fruta, o visitante tem o privilégio de alugar um pé de jabuticaba, caso queira. Os moradores permitem que os visitantes entrem em seus quintais e degustem a fruta no pé. 
Além do Festival
          Mas indo ao Festival da Jabuticaba, o visitante terá uma rica experiência pelas ruas de Sabará que foi a terceira Vila do Ouro de Minas. É uma cidade histórica, com um rico acervo do tempo do Brasil Colônia com um rico e preservado casario e igrejas construídas por Aleijadinho com pinturas de Manoel da Costa Ataíde, como as Igreja de São Francisco, Nossa Senhora da Conceição, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Capela de Nossa Senhora do Ó. O Chafariz do Caquende é um dos pontos mais visitados da cidade, além da Casa da Ópera, inaugurada por Dom Pedro II.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Receita de Torresmo sequinho e sem estouro

INGREDIENTES
. 1 quilo de barriga de porco
. Sal e pimenta-do-reino a gosto
. 1 xícara (chá) de farinha de trigo
. suco de 1/2 limão
. 1/2 litro de óleo para fritar
MODO DE PREPARO
- Corte a barriga (panceta) em pedaços pequenos, tempere com sal, a pimenta-do-reino e o limão. Misture bem e deixe descansando por uns 15 minutos.
- Depois desse tempo, coloque tudo em um recipiente com tampa, coloque a farinha, tampe e faça movimentos bruscos para que a farinha misture bem e forme uma camada bem fina de cobertura
- Coloque o óleo para aquecer e quando estiver quente, coloque as barrigas do pote, deixe que fique cobertas pelo óleo, mexa de vez em quando, fritando até ficarem sequinhos
- Fique tranquila(o) não vai estourar e vai ficar uma delicia.
Primeira fotografia de Itamar Filho e segunda de Edson Borges

terça-feira, 14 de junho de 2016

Receita de biscoito de queijo frito

Esse biscoito é uma delícia! Com café nem se fala. Fica crocante e muito saboroso. Muitas pessoas evitam fritar biscoito de polvilho devido os estouros que provocam queimaduras.
          Uma técnica que usamos é de antes do óleo ferver por completo, colocamos os biscoitos para fritar. Quando a gente retirar e vai fritar mais, colocamos mais óleo frio. Isso evita que os biscoitos estourem
Vamos então à receita:
INGREDIENTES
. 1 xícara de chá de leite
. 1/2 xícara de chá de óleo
. 1 ovo
. 2 1/2 xícaras chá de polvilho azedo
. 250 gramas de queijo Minas meia cura ralado
. 1 colher (sopa) de sal
MODO DE PREPARO
- Coloque o óleo e o leite em uma panela e deixe ferver;
- Coloque o polvilho em uma panela e vá despejando o óleo com o leite quente aos poucos e mexendo com uma colher de pau.
- Vá escaldando e mexendo
- Mexa bem, mas bem mesmo e até a massa esfriar;
- Depois acrescente sal, o ovo, o queijo ralado e misture com as mãos;
- Sove bastante, até a massa ficar bem firme e lisa.
- Se ficar seca, acrescente mais um ovo e um faça um pouco de leite quente;
- Faça os moldes a seu gosto e frite em óleo frio ou morno pra não estourar.
- Quando esquentar muito, coloque mais óleo frio e assim vai até acabar de fritar todos.
Fazendo isso evita estouros. Lembre-se disso.
Agora é passar o café e saborear essa delícia crocante, saborosa e com gostinho de casa de vó!
Fotografia de Marino E. Santo Júnior - Belo Horizonte

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A origem do nome e gentílico de Minas Gerais.

(Por Arnaldo Silva) O território que hoje é Minas Gerais, era chamado de Cataguás, (também conhecidos como Cataguases) por ser habitado por indígenas desta etnia. Os Cataguás eram guerreiros valentes e um povo presente em todo os cantos do território mineiro, a ponto da região, que é hoje o nosso Estado, ser conhecida como “País dos Cataguás” ou até “Campos Gerais dos Cataguases”, denominação que só desapareceu depois de criada a Capitania de Minas Geraes (com E mesmo).
          Devido a variedade enorme de minas de diversos metais encontradas no que é hoje o território mineiro, o primeiro nome dado no período do Brasil Colônia era MINAS GERAES e o gentílico era GERALISTA e não mineiro. Após 1720, no século XVIII, a grafia do nome do Capitania passou a ser Minas Gerais, sem o E. Mas o gentílico continuou sendo geralista. (foto acima de Arnaldo Silva)
          Nessa época, Minas Gerais vivia no auge do Ciclo do Ouro e praticamente todos os moradores das Minas Gerais trabalhavam ou dependiam de alguma forma da exploração de minas de ouro, ferro, prata, bauxita, manganês, estanho, níquel, esmeraldas, diamante, calcário, quartzo, etc.
          Quem trabalhava nas minas era chamado de mineiro. 
          Naquele período, bastava perguntar para qualquer um: o que você é? A resposta era na hora. Sou mineiro! Ninguém falava, sou geralista, falava claramente, sou mineiro. 
          Não tinha o uai completando a resposta não, já que a expressão uai se popularizou somente no século XIX.
          Por esse motivo optaram na época de mudar o gentílico geralista para mineiro. Bem melhor!
De Capitania a Província
          Em 28 de fevereiro de 1821, ainda sob o reinado português, foram criadas novas subdivisões do território brasileiro. As capitanias tiveram seus nomes mudados para províncias, mas sem autonomia, sendo totalmente subordinadas à Corte.
          A Capitania de Minas Gerais passou a se chamar Províncias de Minas Gerais com regulamentações provincianas determina das por Portugal.
          Com a Independência do Brasil, em 1822, as divisões em províncias continuaram a existir e mantendo-se ainda subordinadas ao Império, sem autonomia politica, econômica e administrativa.
           Somente após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, as províncias imperiais passaram a denominar-se estados. Com o passar do tempo e o avanço da República, os estados passaram a ter autonomias política, administrativa e econômica, além de controle de suas divisas territoriais.

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