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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mina da Passagem em Mariana

(Por Arnaldo Silva) A Mina da Passagem, é  maior mina de ouro aberta a visitação pública no mundo. Está em Minas Gerais, na cidade de Mariana a 200 km de Belo Horizonte e a 20 km de Ouro Preto. A exploração de ouro na mina teve início  em 1719. É a mais antiga mina de ouro do Brasil. Foram retirados da mina mais de 35 toneladas de ouro, até a sua desativação em 1985. Por sua história e dimensões, é a mais importante mina de ouro do Brasil e uma das mais importantes do mundo.
Por dentro da maior mina de ouro aberta a visitação no mundo, o turista entrará na história da mineração no Brasil, por dentro de um lugar mágico e impressionante. (fotografia acima do Silvio Tanaka) Lugar máximo, misterioso com história em cada canto. Descer as galerias através de um trolley, tipo um carrinho sobre trilhos é uma passeio muito interessante. São 315 metros de extensão, descendo a uma profundidade de 120 metros. O caminho é iluminado, com ares místicos e misteriosos. O destino final é um lago muito bonito formado pelas infiltrações naturais, decorrentes da mineração ao longo dos séculos. A temperatura da água está entre os 17 a 20 graus Celsius. 
Emocionante é adentrar entre as galerias. Ares de mistério envolve cada canto dos corredores subterrâneos da mina da passagem. (na foto acima de Silvio Tanaka)
Na parte externa da mina há um museu com peças usadas na mineração no período do Ciclo do Ouro e um restaurante com comida típica mineira e doces caseiros da região. (foto acima do lago formado no interior da mina de Sílvio Tanaka) A Mina da Passagem fica a 5 km do Centro de Mariana na Rua Eugênio Eduardo Rapallo, 192, telefone: (31) 3557-5000. As visitas são acompanhadas por guias especializados: às segundas e terças, das 9h às 17h, e de quarta a domingo, das 9h às 17h30. O passeio dura 45 minutos. Cobra-se ingresso. Verifique antes no site (mariana.minasdapassagem.com.br) os valores da entrada, formas de pagamento, questões de gratuidade para crianças, meia entrada, etc.

Monte Verde: a vila fundada por imigrantes da Letônia

(Por Arnaldo Silva) No início do século XX, a Europa vivia numa crise econômica seríssima, com grande aumento da pobreza no Velho Continente, com evidências de uma Guerra Mundial, o que ocorreu entre 1914 e 1918. Prevendo aumento da pobreza e violência que o futuro conflito mundial causaria, centenas de milhares de famílias europeias, começaram a deixar o Continente, buscando nas Américas do Sul, Norte e Central, uma nova vida. O Brasil recebeu centenas de milhares de imigrantes, entre eles, imigrantes vindos da Letônia, que juntamente com Estônia e Lituânia, formam os países Bálticos, situados no Nordeste da Europa, às margens do Mar Báltico. (foto abaixo do termômetro em Monte Verde MG, de autoria de Ricardo Cozzo)          
              Esses países, desde o seu surgimento na Idade Média, tem uma longa história de dominação por por várias nações, desde suas origens, sendo a última, pela extinta União Soviética. Somente a partir de 1990, com o fim da era soviética, que os Países Bálticos, se tornaram nações independentes. A Letônia, em letão a pronuncia é Latvija ou Latvia, fazendo fronteira com a Estônia, Rússia, Bielorrússia e Lituânia. A Letônia é banhada pelo mar Báltico. É um pais pequeno, com apenas. 1,92 milhão de habitantes. Sua capital, Riga, conta com cerca de 633 mil habitantes. Quem nasce na Letônia é chamado de letão ou leto. No decorrer da matéria você conhecerá a história de Monte Verde, fundada por imigrantes letões e verá fotos atuais da charmosa vila europeia mineira.
Verner Grinberg: da Letônia para Minas
          Entre esses imigrantes, estava a família de Verner Grinberg, nascido em 1910, na Letônia. Chegaram ao Brasil em 1913, quando Verner tinha apenas 3 anos. O pai de Verner, era um exímio construtor de casas, em madeira. Trouxe esse ofício para o Brasil e ensinou aos filhos. A história dessa família é de grande importância para Minas Gerais. Foi letão Verner Grinberg que fundou Monte Verde, charmoso distrito de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais. O fundador de Monte Verde, morreu em 13 de agosto de 2006, aos 96 anos. (foto abaixo de Ricardo Cozzo, apresentação de letões em Monte Verde)
     Na Letônia, tinham boas notícias do Brasil, vindas de letões que por aqui já viviam. Um país de grande extensão territorial, florestas densas, terras férteis, inverno menos rigoroso que na Europa, além de terem como plantar e colher duas vezes ao ano.
          A família e outros imigrantes letões, chegaram em São Paulo e foram viver, inicialmente, em Pariquera-Açu, no Vale da Ribeira. Mas não se adaptaram à região, se mudando para São José dos Campos, em seguida, foram viver em Campos do Jordão. Essa região tinha grande presença de letões e como madeireiro, a família de Verner, se dedicava a fazer casas, hotéis e móveis, usando árvores nativas, como o pinheiro e a peroba. O trabalho era duro, com serras manuais, mas um trabalho que deixou uma grande herança cultural nas cidades em que a família e todos os letões passaram. Nesta época, Campos do Jordão estava em formação e era um lugar para tratamento de tuberculose.
          Aos 7 anos de idade, a mãe de Verner faleceu e a família se mudou para a região de "Alta Paulista", vivendo em Inúbia Paulista, onde estavam construindo uma estrada de ferro, havendo necessidade de muita mão de obra. Os letões trabalhavam na construção da ferrovia. A família de Verner, se dedicava a construção de casas de madeira para os operários e funcionários da ferrovia. Usavam a peroba, nas construções. Nessa época, por volta de 1922, já havia uma grande colônia de letões nesta região, tendo chegado de uma só vez, cerca de 2 mil letões. Foi desse grupo que chegou, que Verner conheceu Emília Grinberg, com quem se casou em 1934. Emília era soprano e solista e contava no coro da Igreja Batista de Varpa, distrito de Tupã/SP. (foto acima e abaixo de Ricardo Cozzo, apresentação de letões em Monte Verde)
          Como aprendeu com seu pai, Werner se dedicou a profissão que o pai lhe ensinara e montou uma serraria, abastecendo a região com madeiras, já que a carência era muita, devido ao crescimento da região e chegada de novos moradores e imigrantes.
          Desde quando a família decidiu deixar a Letônia, sonhavam em encontrar no Brasil, um lugar que tivesse semelhança com seu país de origem, em clima, paisagens, belezas naturais e que fosse um lugar saudável para se morar. Verner já tinha ouvido falar, desde menino, que existia um lugar assim, desse jeito que a família queria, que lembrava muito a Letônia, chamado de "Campos do Jaguari", mas ninguém saiba sabia onde era lugar.
Campos do Jaguari e a Letônia
          O tempo passou, a vida e o trabalho continuaram, até que em uma de suas viagens de negócios, um de seus compatriotas, disse que encontrou o tal lugar que Verner falava, o "Campos do Jaguari". Procuraram informações sobre esse lugar. Werner e seu pai, saíram do Oeste de São Paulo de trem, em 1938, seguiram o trajeto de jardineira e por fim, a cavalo, porque não havia estradas para lugar que buscavam. O cantinho da Letônia, que tanto sonhavam, encontrava-se a 1555 metros de altitude, numa região com baixíssimas temperaturas, onde poucos arriscavam viver. Esse lugar que tantos buscavam, "Campos do Jaguari, ficava em Camanducaia, no Sul de Minas Gerais. (fotografia acima e abaixo de Ricardo Cozzo)
          Quando chegaram, havia no local alguns poucos mineiros, que trabalhavam numa fazenda. Procuraram conhecer toda a região, subindo montanhas e topos de picos, como o do Selado. Ficaram encantados com o lugar. Uma região montanhosa, com florestas de pinheiros (araucárias) e campos abertos, além de rios, cachoeiras, córregos e nascentes. Do jeito que sonhavam e imaginavam. A região lembrava exatamente as belezas naturais da Letônia. Se interessaram de imediato em comprar terras na região. 
A compra de terras nos Campos do Jaguari
          Inicialmente, adquiriram 5 alqueires de terras e registram a nova propriedade no cartório de Camanducaia. Compraram as terras, com as economias que fizeram, nos anos de trabalho duro na serraria da família. Voltaram e retornaram com a família para demarcar suas terras. Vieram com Verner, seu pai, seu tio, Karlis Kempis, seu primo, Raymondo Kempis, sua esposa, Emília, e sua cunhada, Ilga.
          Vieram recomeçar suas vidas, a partir do sonho de viver num lugar que lembrasse seu país de origem. O começo não foi nada fácil. Montaram uma barraca de lona, dividida em 2 quartos e uma pequena fogueira, na parte externa, que servia de fogão. Começaram logo os trabalhos de demarcação da área e construção de casas, em madeira, além de comprarem mais terras.
          
Ao todo, a família adquiriu cerca de 400 alqueires de terras. Construíram suas moradias no estilo tradicional arquitetônico letão. As casas eram feitas em madeira, já que era esse o ofício da família, bem como o estilo das construções típicas dos letões. A família continuou vivendo em Inúbia Paulista, indo e vindo à região para cuidar da propriedade, mudando-se em definitivo em 1952. (fotografia acima de Anthony Cardoso) 
5 pessoas: o começo da povoação 
          A propriedade dos letões prosperava e mais gente chegava à região, atraídos pela beleza das paisagens e oportunidade de viver numa comunidade e lugar, com paisagem, clima e arquitetura, semelhantes ao seu país de origem. Vinham, gostavam e queriam ficar, de vez. 
          A partir de 1954, Werner e a família, decidiram vender lotes aos no entorno da sede da fazenda. Assim com mais gente chegando a cada dia, foi-se formando um povoado, que crescia com a chegada de letões. De uma fazenda familiar, surgiu assim uma charmosa e movimentada Vila de origem europeia, em Minas Gerais. Começou com 5 pessoas. Hoje são cerca de 6 mil moradores, vivendo no distrito de Camanducaia. Maior até que muitas cidades do Brasil.
O porque do nome Monte Verde?
          Com o crescimento da Vila, surgiu a necessidade de um nome para o lugar. A esposa de Verner, Emília, resolveu associar seu sobrenome letão, Grinberg, ao local. Grinberg ou "Grün Berg", na escrita alemã. No português, significa, Monte Verde. Lugar de montanhas, rodeada por extensas matas e paisagens bem verdes, com certeza, tudo a ver com o nome. Optaram em chamar o lugar de Grimberg, mas em português, Monte Verde. (fotografia de Anthony Cardoso)
          Em 1956, fundaram a Igreja Batista na Vila, já que os letões que chegavam, eram batistas. Pouco tempo depois, com o grande número de crianças na Vila, Verner percebeu a necessidade de criar uma escola e assim o fez. 
          Introduziu ainda na Vila, energia elétrica, através de um gerador, além de fazer captação de água das nascentes, para abastecer as casas. Foram construídos cerca de 40 km de rede tubular, que levava água à Vila, além de ter construído caixas d´águas nas casas dos moradores. 
          Além disso, fez aberturas de ruas e acesso ao povoado, bem como outras melhorias, que visavam melhorar qualidade de vida de seus moradores. Tudo isso por sua iniciativa própria e ainda bancava do próprio bolso, as melhorias que fazia na Vila.
Visão empreendedora de Verner  Grimberg
          Verner enxergava longe. Percebia o potencial turístico do lugar, com as constantes visitas, que chegavam, gostavam e queria voltar. Buscava oferecer melhores condições para que os visitantes se sentissem bem em Monte Verde. Investia e incentiva os moradores a buscarem sempre melhorias em seus estabelecimentos comerciais, calçadas e ruas, melhorando sempre a Vila, para que os visitantes, além de gostar da receptividade, da arquitetura, das belezas, das tradições, da culinária, voltassem e recomendassem Monte Verde para os amigos. (fotografia acima e abaixo de Anthony Cardoso)
          Verner Grinberg, além de grande empreendedor e visionário, tinha paixão por seu país de origem, pela região que escolheu para viver e que muito o orgulhava de ter sido, junto com a esposa, pai, tio e primo, os fundadores de Monte Verde. Amava sua profissão, tinha paixão por carros e também por aviões. 
          Conseguiu seu brevê de piloto em 1942 e claro, adquiriu um avião. Ter um avião era para poucos naquela época e até hoje é. Mas Werner tinha e usava o avião em suas viagens de negócios.
O crescimento da Vila 
          Monte Verde, ao longo dos anos seguintes a sua fundação, foi crescendo, principalmente no turismo. Novas construções foram surgindo, inspiradas no estilo arquitetônico letão como pousadas, hotéis, restaurantes, lojas diversas. 
          Além da arquitetura e tradição, os letões trouxeram também um pouco da cultura e gastronomia do Leste Europeu, combinando perfeitamente com a riquíssima culinária mineira.
Turistas descobrem Monte Verde
          O frio abaixo de zero grau, a arquitetura, a culinária europeia, o estilo de vida diferente do estilo original de Minas Gerais começou a atrair cada vez mais turistas para o distrito.
          Desde os anos de 1980, Monte Verde começou a ser descoberta por turistas, não só de Minas, mas do Brasil e do mundo.
          Hoje é um dos principais pontos turísticos do Estado, no mesmo nível das cidades históricas e estâncias hidrominerais. 
          Monte Verde desenvolveu-se muito desde sua fundação, mas não perdeu o charme e a simplicidade deixada pelos antigos moradores. Ao contrário, o espirito empreendedor e o carinho de Verner Grinberg tinha por Monte Verde, está incorporado em seus moradores e empresários, que investem cada dia mais em melhorias na Vila, tornando-a cada mais charmosa, aconchegante, atraente com mais estrutura para receber os visitantes. (fotografia acima de Anthony Cardoso)
Vocação para o turismo e ótima estrutura
          Do amor e carinho pelo lugar em que vivem, nasceu a vocação de Monte Verde para o turismo.
Hoje a vila possui diversas pousadas, hotéis, desde os mais simples aos mais sofisticados. Tem restaurantes que servem comidas típicas mineiras e europeias. Tem ainda fábricas de chocolate, de cerveja artesanal, queijos, licores, cachaças artesanais e um artesanato original, variado e muito rico. O visitante tem ainda pista de patinação no gelo e várias opções de passeios por trilhas e mirantes da Serra da Mantiqueira. (fotografia de Wellington Diniz)
Tradição europeia com sabor e estilo mineiro  
        Um detalhe importante é que mesmo com a origem europeia, Monte Verde preserva a mais pura e genuína tradição mineira, seja na culinária, seja nas tradições culturais e folclóricas do Estado de Minas. É uma mescla da cultura europeia, com a cultura rica mineira. Monte Verde hoje é uma das melhores opções de turismo no Brasil que atende a todos os gostos e bolsos de quem quer fugir da agitação da cidade e respirar o ar puro das montanhas mineiras. (fotografia acima de Dener Ribeiro)
          Casais adoram passar lua de mel em Monte Verde, pelo romantismo da vila, pelas opções que o local oferece de hospedagem para ocasiões especiais a dois como banheira de espuma ou mesmo saborear um delicioso fondue, tomar chocolate quente ou vinho ao lado de uma lareira nas frias noites de inverno. 
Suíça Mineira não, Letônia Mineira
          Por sua origem, pela arquitetura, pelas paisagens e semelhança do seu clima com o europeu, Monte Verde é conhecida carinhosamente como a "Suíça Mineira" ou “Suíça brasileira”, isso porque toda cidade no Brasil, fundada por imigrantes europeus, já é logo chamada de “Suíça”, mesmo sendo fundada por alemães, ingleses, franceses, dinamarqueses, etc. (fotografia acima de Ricardo Cozzo)
          O fato é que Monte Verde, não tem origem Suíça, seus fundadores vieram da Letônia e a arquitetura original da Vila, tem origem nas construções da Letônia e não da  Suíça. 
          Portanto, Monte Verde é a Letônia brasileira, mas como todos chamam de "Suíça Mineira" e até de "Suíça brasileira", é aceitável como termo carinhoso, já que a Suíça é um país mais conhecido e mais badalado no turismo que a Letônia. 
Valorizando a origem letã de Monte Verde
          Valorizando e respeitando sua origem, Monte Verde, além de ser a "cidade dos namorados" e "cidade do chocolate", é a Letônia Mineira ou mesmo, a Letônia brasileira. 
          Em  respeito e honra aos imigrantes da Letônia, pelas dificuldades que tiveram quando aqui chegaram, o esforço para melhorar a Vila, carinhosamente, nós da Conheça Minas, chamamos Monte Verde de "Letônia brasileira" e assim deveria ser, em honra ao país de origem de seus fundadores, Letônia. 
          Não é justo tanto sacrifício, tantas dificuldades vividas pelos letões desde 1938, quando chegaram na região e agora, chamarem Monte Verde de "Suíça". 
          O termo "Letônia brasileira" cai muito bem na cidade dos namorados, da cerveja artesanal, dos queijos, dos doces e do melhor chocolate de Minas Gerais.
          E por falar em chocolate, as chocolaterias de Monte Verde dão show de sabores e cores com deliciosos sorvetes e chocolates, como este abaixo da Chocolates Montanhês.
          Se for a Monte Verde em dias de verão ou clima ameno, pode curtir passeios de biques, quadriciclos, escaladas, trilhas, corredeiras, mega tirolesa e outras atividades radicais, que o distrito oferece aos visitantes.
          Assim surgiu Monte Verde, pela beleza de suas paisagens, por seu clima europeu e por sua semelhança com a Letônia, país de origem de seus pioneiros. Hoje reconhecida como um dos melhores destinos turísticos do Brasil, dotada de uma excelente estrutura urbana, com uma excelente rede hoteleira, gastronômica e de entretenimento, além de um casario em estilo europeu muito bem cuidado, atraente, com ruas calçadas, arborizadas e floridas, com seus belos e bem cuidados jardins. (fotografia acima de Anthony)
Entre os 10 destinos mais acolhedores do mundo
          Monte Verde entrou para a lista dos 10 destinos turísticos mais acolhedores do mundo, com lista divulgada pela plataforma Booking.com desde 2020. Na lista da Booking, Monte Verde ficou em nono lugar, sendo o único destino nas américas, presente na lista. Os outros 9, estão na Europa e Ásia
          Se for a Monte Verde em dias de verão ou clima ameno, pode curtir passeios de biques, quadriciclos, escaladas, trilhas, corredeiras, mega tirolesa e outras atividades radicais, que o distrito oferece aos visitantes. (foto acima de Mônica Milev e abaixo de Ricardo Cozzo)
          Camanducaia e Monte Verde estão na divisa dos municípios de Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Paraisópolis, Gonçalves, Sapucaí-Mirim, Extrema e Itapeva, com acesso pela BR-381, que liga Belo Horizonte a São Paulo. 
(Agradecimentos à Mônica Milev, Wellington Diniz, Ricardo Cozzo e Anthony Cardoso/@anthonyckn, pela cessão das fotos)

Conheça a Usina Hidrelétrica de Irapé

(Por Arnaldo Silva) Iniciada em 2002, foi inaugurada 4 anos depois, em 2006 pela Cemig. São 360 megawatts de potência nominal, no Rio Jequitinhonha, a Usina Hidrelétrica Presidente Juscelino Kubitscheck, ou simplesmente Usina de Irapé (na foto acima do Jorge Pacheco Rolim),  está localizada  entre os municípios de Grão Mogol e Berilo, entre o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha. É atualmente uma das mais modernas do mundo, além de sua barragem ser uma das das mais altas do Brasil, com 208 metros de altura. 
          Durante sua construção, gerou cerca de 8 mil empregos, contribuindo com o desenvolvimento da região principalmente de Berilo, Grão Mogol, Leme do Prado, Araçuaí e Botumirim. (fotografia acima e abaixo de autoria de Jorge Pacheco Rolim)
          Está numa região considerada uma das mais pobres do pais, por isso sua grande importância econômica e social para o Vale do Jequitinhonha é esperança de desenvolvimento da região.

Lago de Três Marias: o Doce Mar de Minas

(Por Arnaldo Silva) Você pode não acreditar, mas este cenário não é em nenhum litoral do Brasil. Estamos falando do Lago de Três Marias, na Região Central do Estado. As águas do imenso lago que represa as águas do Rio São Francisco de sua nascente em São Roque de Minas, além das águas dos ribeirões Canabrava, Marmelada, Extrema e São Bento, além dos rios Indaiá, Borrachudo, do Boi, Córrego Santo Inácio, Arreado, e Rio Abaeté, formam uma área de 18.654,66 km², o que daria 7,95 % de todo o território que forma a bacia do rio São Francisco. (na foto acima do Sérgio Mourão, o Lago de Três Marias visto da cidade de Três Marias)
          Ao todo são 23 cidades da Região Central, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas na abrangência do Lago de Três Marias. Desses 23, 15 municípios com sede na bacia.
 
          Os municípios que formam a bacia do Lago de Três Marias são: Abaeté; Arapuá; Biquinhas; Carmo do Paranaíba; Cedro do Abaeté; Córrego Danta, Estrela do Indaiá, Felixlândia, Lagoa Formosa, Matutina, Morada Nova de Minas, Paineiras, Patos de Minas, Pompéu, Quartel Geral, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Serra da Saudade, Tiros, Três Marias e Varjão de Minas. (foto acima de Maurício Soares, o lago de Três Marias banhando Morada Nova de Minas)
          O Lago de Três Marias é conhecido o Doce Mar de Minas. Em suas margens, à beira de algumas cidades como Morada Nova de Minas, a 280 km de Belo Horizonte, Felixlândia, 194 km de BH, Abaeté a 220 km da capital e Três Marias, (na foto acima de Sérgio Mourão, uma das praias de Três Marias MG), distante 270 km da capital, se tornam atrativos para turistas.
          O Lago de Três Marias gera emprego e renda para centenas de famílias que vivem do artesanato, do comércio local como pousadas e restaurantes e principalmente da pesca, atividade que garante emprego e renda a centenas de famílias que vivem dessa atividade nas cidades banhadas diretamente pelas águas da represa.
          Além disso, as cidades que formam o Lago de Três Marias oferecem boa estrutura urbana aos turistas com bons hotéis e pousadas tradicionais, comidas típicas e com peixes de água doce, além de passeios de barcos e caiaques pela represa e belezas naturais e urbanas das cidades banhadas pelas águas da represa. 

Ipoema: atrações e a tradição tropeira

(Por Arnaldo Silva) Ipoema é distrito de Itabira e está apenas 90 km de distância de Belo Horizonte. É um dos mais belos distritos de Minas Gerais. Suas paisagens naturais são encantadoras, impactantes e impressiona pela beleza singular. Seu povo tem uma simplicidade e hospitalidade marcantes. Ipoema conta hoje com cerca de 3 mil habitantes.
          Desde o século XVIII, Ipoema era uma região de passagem de tropas, que levavam nossas riquezas e traziam também, mercadorias para abastecer as cidades, durante o Ciclo do Ouro. Com a presença de tropeiros, indo e vindo, um pequeno arraial começou a ser formado, servindo de ponto de estalagem, parada e ponto de descanso das tropas. (fotografia acima de Nacip Gômez)
         Durante sua existência, a vila já se chamou Estalagem, Pouso Alegre, Santo Afonso da Aliança. Em 1894, a vila foi elevada a distrito com o nome de Aliança e somente em 1943, passou a se chamar Ipoema, nome tupi-guarani, que significa "Espécie de pássaro do Pântano. (na foto acima de Sérgio Mourão/@sergio.mourao, o resgate da tradição das antigas tropas em Ipoema)
          Lugar de natureza exuberante, rodeada por montanhas, rios, riachos, cachoeiras e muito verde. Seu casario se destaca pela simplicidade e elegância. Seu povo é simples e adoram uma boa conversa, recebendo com muita simpatia os visitantes. O distrito possui também bons restaurantes com a típica cozinha típica mineira e pousadas aconchegantes. (na foto acima de Nacip Gômez a Capela do Morro Redondo e abaixo, de autoria de John Brandão (in memoriam) a subida para o Morro Redondo)
          Em Ipoema, um lugar imperdível para ir é no Morro Redondo, um mirante natural, da Cadeia da Cordilheira do Espinhaço, a 1221 metros de altitude, no topo. A subida é tranquila, bem sinalizada e do no alto, tem-se uma vista espetacular em redor, além da beleza do nascer e pôr-do-sol, espetáculos imperdíveis, além da Cachoeira do Morro Redondo. No topo, uma singela e charmosa capela completa a beleza do lugar. É a Capela do Senhor do Bonfim. Lugar de paz, reflexão e sossego. 
          Ipoema é um refúgio para os amantes das cachoeiras. O distrito possui diversas cachoeiras, sendo as mais procuradas as do Patrocínio Amaro, e a Cachoeira do Macuco ou Cachoeira Alta, uma das mais belas de Minas Gerais.
          Com cerca de 110 metros de queda d’água e boa estrutura  para prática de esportes radicais, A Cachoeira Alta faz a alegria dos praticantes desse tipo de esporte, que procuram a cachoeira para vivenciar suas emoções Para quem gosta de um bom banho, já que em torno da queda, um poço de água cristalina é um convite para um banho refrescante e relaxante. (na foto acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, a Cachoeira Alta)
O Museu do Tropeiro 
          Construído onde foi um antigo rancho de tropeiros e casa paroquial, o Museu do Tropeiro em Ipoema, é um dos mais importantes museus de Minas Gerais, por seu valor cultural e sentimental para o povo mineiro. (foto abaixo de Sérgio Mourão)
          A ideia é justamente essa, reviver e resgatar a memória dos tropeiros, que cortavam o sertão do Estado, conduzindo suas tropas em mulas e burros, no século 18, no início do Ciclo do Ouro, transportando alimentos e outros outras necessidades da população que cada vez mais chegava ao Estado, criando povoados, vilas e cidades. (a imagem abaixo, de Sérgio Mourão, mostra o distrito de  Ipoema)
          Neste museu, encontra-se cerca de 500 objetos usados no dia a dia da vida dos tropeiros, como roupas, peças e costumes de vida, dos tropeiros. Cada item tem sua história, a seu tempo revivendo mais de dois séculos de história. 
          A tela cima de autoria do artista plástico Rui de Paula, não faz parte do museu, é apenas para ilustrar a vida dos tropeiros, como mostra a tela acima, de tropeiros chegando numa fazenda em Ipoema no século XIX e parada para descanso.
          Neste descanso, uma prosa em torno de uma fogueira, café quente, batata assando na brasa ardente e roda de viola era constantes, que virou tradição. Essa tradição da roda de viola é revivida no Museu do Tropeiro em noites de lua cheia, geralmente aos sábados. Uma gostosa e nostálgica lembrança. (na foto abaixo de Sérgio Mourão, encontro de tropeiros em fazenda de Ipoema)
         Em Ipoema, o turista tem ainda outros atrativos como a Igreja de São José do Macuco, o Museu da Farmácia, as sedes antigas das fazendas de Cabo de Agosto e Ribeirão São Domingos. Tem ainda Mata do Limoeiro e o Morro da Pedreira, com cânions e belíssimas cachoeiras. São duas Áreas de Proteção Ambiental e de grande importância ecológica para a região, por isso, são áreas de preservação.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Paraíso Perdido: como chegar, onde comer, onde ficar?

(Por Arnaldo Silva) Em São João Batista do Glória, no Sudoeste de Minas Gerais, distante cerca de 344 km de Belo Horizonte, encontra-se um dos mais impressionantes patrimônios naturais de Minas Gerais. 
         Esse lugar, formado por três ribeirões, dezoito piscinas naturais, oito cachoeiras de águas límpidas é o Paraíso Perdido, um dos mais importantes complexos turísticos de Minas Gerais. 
         Lugar ideal para quem busca além de sossego, convívio com a natureza, tranquilidade ou até para aqueles que gostam de esportes radicais e aventuras. (fotografia acima de @perciopasseioscapitolio)
          O Paraíso Perdido é para todos os gostos. O nome combina com o lugar. Para chegar até o Paraíso Perdido o caminho é longo e sinuoso, em estrada de terra bruta, mas valerá a pena. Quem "batizou" o lugar com esse nome foram dois aventureiros de Ribeirão Preto há mais de 50 anos.
          O título de Paraíso Perdido, já dá uma dica de que a tranquilidade é alcançada após a aventura do caminho: o trajeto sinuoso com uma estrada estreita de terra leva a uma região isolada de cerrado com as mesmas características da Serra da Canastra. (foto acima de @percio_passeioscapitolio)
O nome, na verdade, foi dado quase por acidente por dois aventureiros ribeirão-pretanos há cerca de 50 anos. Estavam os dois de motocicleta e resolveram se aventurar pelas trilhas da região, mesmo tarde e temendo não saberem o caminho de volta. Um queria voltar, o outro, queria continuar e ao ouvirem o barulho de água, foram até onde estava o barulho e se depararam com uma beleza que eles nunca tinham visto na vida. Um falou "Isso é um paraíso!". Já o outro disse "é, mas estamos perdidos". Assim se popularizou a história de como o Paraíso Perdido foi encontrado. (foto acima de @percio_passeioscapitólio)
          O local onde está o Paraíso Perdido,  é uma propriedade particular que conta com comida caseira, área para camping com pias, churrasqueiras, mesas e banheiros com chuveiros de água quente. É tudo bem organizado, em completa harmonia e respeito para com a natureza. (foto abaixo de @percio_passeioscapitolio)
          Os visitantes que gostam de aventuras podem praticar rapel, canyoning e tirolesa. Já os que gostam de sossego, basta estar no local, sentir a energia do Paraíso Perdido e vivenciar plenamente de um dos mais espetaculares lugares naturais de Minas Gerais.
Pra chegar a São João Batista do Glória MG, onde está o Paraíso Perdido:
- Do Rio de Janeiro: Pegue a BR-116, a BR-459 até o trevo, entre na BR-265 até São João Batista do Glória. São 640 km 
- De São Paulo até São João Batista do Glória MG, siga pela Rodovia BR-050, são 440 km. Outro caminho é pela BR-364, com trajeto de 500 km.
- De Belo Horizonte para São João Batista do Glória são 340 km, com acesso via BR-381, entrando na MG-050. 
          Chegando na cidade, o visitante tem a opção de contar com o apoio de diversos guias de turismo, alguns equipados com veículos 4x4, adequado para fazer o trajeto pelas estradas rurais do município.
Onde ficar, onde comer em São João Batista do Glória?
          Uma boa dica é no Cantinho de Minas, que além de ser uma ótima hospedagem, é um bar e restaurante, além de ser produzido artesanalmente no local, carne na lata, queijos, doces e quitandas mineiras. (foto acima de @percio_passeioscapitolio) O contato é com a Aline Marques pelo telefone: 35 98416 1613 ou por e-mail: alinefmarques@yahoo.com.br

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Minas Gerais é o maior produtor de morangos do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Minas Gerais é o maior produtor de morangos do Brasil, sendo responsável por 65% de toda produção de morangos no país, seguido pelo estado de São Paulo, em terceiro lugar, o Paraná, seguido pelos Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo dados da Emater MG, em todo o estado de Minas Gerais, são produzidos 100 mil toneladas da fruta, todo ano. (foto acima e abaixo plantação de Morangos em Carvalhos, Sul de Minas, do produtor Henrique Edvaldo da Silva )
          A produção de morangos se concentra basicamente no Sul de Minas, região que responde por 84% da produção da safra no estado, 98 toneladas/ano, destacando os municípios de Estiva, Senador Amaral, Pouso Alegre, Espírito Santo do Dourado e Bom Repouso. A produção total de morangos em Minas Gerais é de 116 mil toneladas/ano. (foto abaixo fazenda de morangos em Carvalhos MG, no Sul de Minas, do produtor Henrique Edvaldo da Silva)
          Em Minas Gerais, foi desenvolvido pelo produtor Pedro Ribeiro, de Estiva MG, Sul de Minas uma nova variedade de morango, sendo a primeira variedade brasileira. Há mais de 40 anos no ramo, o produtor investiu na melhoria do morango, chegando a desenvolver uma nova variedade da fruta, chamada de “PRA. 
          A fruta é maior que o convencional, mais vermelha e mais saborosa, além de ser firme e resistente à variação de temperaturas, com a vantagem das plantas produzirem o ano todo, o que garante maior produção e aumento da renda.(na foto abaixo, cultivo de morango em Bom Repouso, com foto de Jussan Lima)
          A introdução do morangueiro em Minas teve seu início na década de 1950, com mudas que vieram de São Paulo e plantadas na região conhecida por Vale do Peixe, em Cambuí MG. O cultivo de morangos surgiu como alternativa para produtores rurais da região.
          Devido o sucesso na produção do morangueiro, já na década de 1960 o cultivo foi se estendendo para outros municípios, tendo como pioneiro na difusão do cultivo de morangos na região, a cidade de Estiva, atualmente um dos maiores produtores da fruta no Brasil. Hoje a cultura do morango na região ocorre na maioria dos municípios do Sul do Estado, basicamente na região da Serra da Mantiqueira. 
          Não é apenas no Sul de Minas que o morango se destaca. Nas terras quentes e arenosas da região de Datas (na foto acima de Tiago Geisler) vizinha a Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, também se cultiva morangos. 
          A fruta se adaptou muito bem a altitude de 1300 metros e ao clima ameno da região, sendo hoje uma das principais fontes de renda das famílias de Datas e municípios em seu entorno. Isso porque os garimpeiros trocaram a instabilidade do garimpo, pela renda certa com o cultivo do morango. Antes extraiam da terra diamantes, hoje, produzem morangos, aumentando a capacidade produtiva da região.(na foto abaixo, enviada pela Mônica Rodrigues, mostra a colheita do morango)
          Outra região de Minas produtora de morangos é o Norte de Minas, em pleno semiárido mineiro. Segundo pesquisadores da Emater/MG, a expansão, sucesso e qualidade do morango no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha se deve pela baixa umidade relativa do ar e pela própria temperatura da região. 
          Durante o dia, sol e calor e noites bem frias, tanto quanto no sul de Minas. Esses fatores favorecem o cultivo do morangueiro e torna a planta mais resistente a pragas e doenças, sendo desnecessário o uso excessivo de agrotóxicos, o que garante uma fruta com boa qualidade e produtividade. (foto abaixo de Mônica Rodrigues, a flor do morangueiro)
          Na região do Campo das Vertentes, o cultivo do morango começa a surgir, destacando a Cidade das Rosas, Barbacena.
          O cultivo de morango com alta produtividade e qualidade em regiões diferentes de Minas Gerais exclui a visão que a fruta é típica de climas bem frios, podendo ser cultivado, em variedades adaptadas ao clima e altitude de cada região mineira. 
          Os produtores mineiros, tem na Epamig e Emater/MG, grandes parceiros no desenvolvimento, aprimoramento e melhoramento da qualidade da cultura do morango no Estado. 

Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil

(Por Arnaldo Silva) O leite faz parte da cultura e tradição mineira desde os tempos do Brasil Colônia. Em todos municípios os 853 municípios mineiros, o leite está presente, seja num pequeno sítio com poucas vacas, na ordenha manual, ou nas grandes fazendas, com milhares de cabeças de gado, na ordenha mecânica.
          O fato é que o leite é uma das identidades mineiras e o Estado domina a produção leiteira desde os tempos do Colônia, passando pelo Império, nos tempos da política do "Café com Leite no século passado, até os dias atuais. Minas Gerais foi no passado e no presente é de longe, indiscutivelmente, o maior produtor de leite do Brasil, com dados anuais, confirmados pelos órgãos de pesquisas oficiais, como podem ver nos dados mostrados abaixo. (foto acima e abaixo de autoria de Erasmo Pereira/Epamig)
          Não tem nada mais gostoso que um café coado no coador de pano e um leite tirado na hora, na roça. Ainda mais se tiver bolo de fubá, biscoito caipira, pão de queijo. Hum! Ai ninguém resiste. Isso se chama "mineiridade", coisas gostosas de Minas que todo mineiro faz questão que o brasileiro experimente.    
          O leite de Minas Gerais está presente, não só em todas as cidades do estado mas de todo o país. Minas é o maior produtor de leite nacional, com uma produção anual 9,6 bilhões de litros, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre a pecuária leiteira brasileira, feita em 2021, com dados divulgados em 22/09/2022. O resultado de 2022/2023 será divulgado no final de 2024.
As maiores cidades produtoras de leite do país
          Segundo os dados do IBGE, que além de listar as 100 maiores fazendas produtoras de leite do país, fez o ranking dos 100 municípios brasileiros de maior produção leiteira do Brasil em 2022.
A cidade de Carambeí no Paraná é atualmente a maior produtora de leite do Brasil. Em segundo lugar está a cidade de Castro, também no Paraná, seguidos, nessa ordem por Patos de Minas, Patrocínio, Lagoa Formosa e Pompéu em Minas Gerais .
As maiores regiões produtores de leite
          Segundo dados da pesquisa do IBGE, a produção leiteira brasileira é de 35,3 bilhões de litros de leite por ano.
          A maior região produtora de leite do Brasil é o Sul do país, com os 3 estados se destacando. No Sul do país concentra 33,88% de toda dos 35,3 bilhões de litros/ano, seguido pelo Sudeste que detém 33,86% e 15,71%, nos estados da região Nordeste. Na Região Centro Oeste, com 11,28% e na região Norte com 5,11%.
          Embora Minas Gerais seja o maior produtor de leite do país, está atrás do Sul devido a produção leiteira do Sudeste concentrar-se no Estado Mineiro. De toda produção leiteira nacional, 27.2% da produção leiteira brasileira sai das fazendas mineiras e 4,4% de São Paulo e os outros 2.28% do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ou seja, Minas Gerais produz sozinha quase a mesma quantidade de leite dos três estados do Sul do Brasil.
A produção leiteira dos estados brasileiros
          No ranking do IBGE, de 2022, cinco estados detém 70% do leite no Brasil. O líder nacional é Minas Gerais que detém, 27,2% de toda a produção nacional, ou seja, dos 35,3 bilhões de leite produzidos por ano no Brasil, 9,6/bilhões são produzidos em Minas Gerais.
          Em segundo lugar, está o Paraná com 4.4/bilhões, 12.5% da produção nacional. Em terceiro lugar, o Rio Grande do Sul com 4.3/bilhões, 12,4% da produção nacional. 
          Em quarto lugar, Santa Catarina com 8,9% da produção nacional, em quinto lugar, Goiás com 8,8% da produção leiteira nacional e em sexto lugar, São Paulo com 4,4%. Os outros estados brasileiros juntos são responsáveis por 25,6% da produção leiteira nacional (veja o mapa).
Minas na frente
          Somando a produção do segundo e terceiro lugares, não alcançam a produção mineira. A tendência da produção leiteira em Minas Gerais é aumentar ano a ano. Isso porque o produtor rural mineiro vem investindo cada vez mais em genética, tecnologia de ponta, qualificação profissional, pastagens de qualidade, o que aumenta substancialmente a produção e melhora a qualidade do leite que chega à mesa do consumidor.
Fonte dos dados: Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, MAPA, Embrapa e dados do IBGE 2022.

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