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quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Casa de Chica da Silva em Diamantina

(Por Arnaldo Silva) Em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, encontra-se um dos grandes acervos da nossa história. A casa em que viveu o Contratador de Diamantes, João Fernandes de Oliveira (Nasceu em Mariana em 1720 – Faleceu em Lisboa, em 1779), um dos homens mais ricos naquela época, com sua mulher, a ex escrava Francisca da Silva de Oliveira, ou simplesmente Chica da Silva (Nasceu em Milho Verde, distrito do Serro MG, em 1732 – Faleceu em 15 de fevereiro de 1796, aos 64 anos, sepultada na Igreja de São Francisco de Assis, em Diamantina MG).
          É um típico casarão da fidalguia do século 18 e um dos mais suntuosos casarões da região. Nesse casarão, o casal morou entre 1763 e 1771 quando o Contratador teve que partir para Portugal (morreu em 18 de março 1779 naquele país, sem nunca voltar para reencontrar Chica da Silva). A união dos dois nunca foi oficializada, já que naquela época as leis proibiam casamentos entre pessoas de origens raciais diferentes. (na foto acima, de Elvira Nascimento, a Casa de Chica da Silva, no fim da rua e abaixo, o interior da casa)
          Foram 15 anos vivendo juntos. Dessa união o casal teve 13 filhos que foram: Francisca de Paula (1755); João Fernandes (1756); Rita (1757); Joaquim (1759); Antônio Caetano (1761); Ana (1762); Helena (1763); Antônia (1764); Luísa (1765); Maria (1766); Quitéria Rita (1767); Mariana (1769); José Agostinho Fernandes (1770).
          Por não ser uma união permitida, filhos de brancos e escravas eram registrados sem o nome do pai, mas nesse caso, houve exceção. Todos os filhos de Chica da Silva com o Contratador foram batizados e registrados como filhos de João Fernandes de Oliveira. (na foto acima de Alexsandra Almeida, os fundos da casa de Chica da Silva e abaixo, um dos cômodos e mobiliário da casa)
            Chica da Silva faleceu 17 anos (1796) após a morte de João Fernandes. Sua influência na sociedade, mesmo com a partida de João Fernandes para Portugal (1771) e falecimento (1779)
, era tanta que foi sepultada no interior da Igreja de São Francisco de Assis em Diamantina, um privilégio quase que exclusivo de brancos ricos naquela época. (foto abaixo de Alexsandra Almeida)
          Hoje, o casarão em que viveu Chica da Silva virou um museu que conta a história da vida do casal e do casrão, sendo um dos mais visitados por turistas que vão à Diamantina. 

Conheça Rio Novo

(Por Arnaldo Silva) Em Minas Gerais encontramos verdadeiros tesouros. Cidades onde seus moradores se sentem parte integrada de sua arquitetura e em tudo que a cidade oferece. Cuidam e se orgulham da cidade onde vivem. Uma dessas cidades é Rio Novo, na Zona da Mata Mineira (na fotografia acima do Thelmo Lins). Com cerca de 8.500 habitantes, Rio Novo é uma típica e tradicional cidade do interior de Minas. Seu povo não foge à regra com o mais genuíno carisma da hospitalidade mineira.
          Rio Novo foi fundado em 13 de setembro1870 e faz divisa com os municípios de Tabuleiro, Guarani, Piau, Coronel Pacheco, Chácara, São João Nepomuceno e Descoberto. (acima foto de uma fotografia antiga de Rio Novo) É uma das sedes do Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco. Em Rio Novo está o terminal de passageiros e o pátio das aeronaves. Fica apenas 55 km de Juiz de Fora MG pela MG 353 e 297 km de Belo Horizonte, pela BR 040. 
          O que chama atenção na cidade é o cuidado de seus moradores para com seu patrimônio, principalmente na conservação de seu casario histórico, em estilo colonial e maior parte, no estilo eclético. A bela arquitetura das fachadas dos casarões e suas cores vivas encantam e impressionam os visitantes. (fotografia acima de Thelmo Lins) 
          O estilo eclético surgiu na Europa no fim do século XIX como transição da arquitetura predominante. Era a combinação de estilos diferentes como o clássico, barroco, medieval, renascentista e neoclássica, originando assim um novo estilo, tendo a França e Inglaterra, os maiores inspiradores para a difusão desse estilo pelo mundo. (na fotografia acima de Erick Almeida, vista parcial de Rio Novo MG. Imagem enviada por Mauro Célio/Prefeitura Municipal)
          Em Minas Gerais, esse estilo está presente em várias cidades, como Belo Horizonte. Rio Novo tem um rico acervo eclético, que lembra muito as pequenas cidades francesas do início do século passado, principalmente em sua principal praça. 
          A praça em questão é a Praça Prefeito Ronaldo Dutra Borges, o maior cartão de visitas da cidade. É uma verdadeira obra de arte! Uma das mais belas praças de Minas Gerais. A junção da beleza da praça com arquitetura eclética dos casarões impressiona. Difícil não admirar tamanha beleza. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          No município estão o Ribeirão Caranguejo e o Rio Novo, que dá nome à cidade, bem como cachoeiras, trilhas ótimas para cavalgadas e muita mata nativa de Mata Atlântica. A cachaça artesanal de Rio Novo é ótima, produzida em várias fazendas do município, que conta ainda com hotéis fazendas, proporcionando conforto e descanso para os hóspedes. Já na área urbana têm feiras de artesanatos, eventos religiosos e culturais durante o ano, principalmente no Carnaval. 
          A cidade promove um dos melhores carnavais da Zona da Mata, com desfile de escolas de samba e blocos caricatos. (a foto acima foi gentilmente enviada pelo Mauro Célio/Prefeitura de Rio Novo MG) Essa festa é tão importante na cidade, que o bloco do Zé Pereira, um dos mais antigos na região, é considerado Patrimônio Imaterial da cidade. (na fotografia abaixo, de autoria de Erick Almeida, vista parcial de Rio Novo, enviada por Mauro Célio/Prefeitura Municipal)
          Estar em Rio Novo é estar em um pouco de Minas. Cultura, tradição, história, beleza arquitetônica, paisagens, arte, artesanato, religiosidade, hospitalidade e principalmente, em uma cidade gostosa de viver e de visitar. A cidade é um encanto, um verdadeiro tesouro de Minas. 

terça-feira, 2 de julho de 2019

Se encante com Minas Gerais!

(Por Arnaldo Silva) Cultura, culinária, tradição, história, religiosidade, paisagens deslumbrantes e o povo mineiro em especial, fazem de Minas Gerais, um estado único no Brasil, com cidades acolhedoras, aconchegantes, ricas em cultura, tradição e belezas arquitetônicas.
          Começando pela charmosa e atraente cidade histórica de Catas Altas (na foto acima de Dener Ribeiro/@denercr), a 110 km de Belo Horizonte. Além de estar aos pés da Cordilheira do Espinhaço, tem em seu território, o Santuário do Caraça. A cidade se destaca ainda na produção de vinhos, desde o século XIX, em especial o vinho de jabuticaba. Cidade com um valioso patrimônio histórico e uma riquíssima culinária, típica mineira,  com receitas preservadas desde o século  XVIII.
          Como todos sabem, visita em Minas vai logo pra cozinha, a melhor parte da casa, então, vamos começar a matéria cozinha. Mineiro não economiza na comida, de jeito nenhum! É a nossa "marca". Nossa principal característica é tratar bem as visitas, oferecendo uma mesa farta. Você pode ir em 10 casas por dia de um mineiro, com certeza, não sairá de de nenhuma das casas, sem tomar um cafezinho e comer pelo menos uns biscoitos ou bolinhos de chuva. (fotografia acima de Marselha Rufino e abaixo, de Arnaldo Silva)
          E não adianta recusar. É desfeita das grandes recusar um doce, um cafezinho, uma quitanda ou um prato especial de nossa culinária. E tem pra todos os gostos e idades. A culinária de Minas conquista o mais exigente paladar. Basta experimentar, que irá se apaixonar. 
          Saindo da cozinha, nossas belezas naturais são impressionantes, como esta paisagem cênica acima, do Guilherme Augusto/@mikethor, em Andradas, no Sul de Minas. E também nossa espetacular arquitetura, principalmente em nossas cidades históricas, como Diamantina abaixo, na foto do Giselle Oliveira.
          Tanto nossas paisagens, quanto a arquitetura de nossas cidades são únicas, magníficas e esplêndidas! Em Minas está o maior acervo arquitetônico do Brasil, e o mais importante também. São cidades históricas e com muitas histórias pra contar, desde o período Colonial, Barroco, Imperial Brasileiro, passando pelos primórdios do século XX. Por toda Minas Gerais, você encontra história e cultura em nossas 853 cidades. 
          A cidade histórica mais famosa, é sem dúvidas, Ouro Preto, cidade Patrimônio Mundial desde 1980. (foto acima de @viniciusbarnabe) Temos também Diamantina, que também é Patrimônio Mundial desde 1999, bem como o Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial, em 1985. Temos Mariana, a primeira Capital de Minas Gerais, a cidade do Serro, Diamantina, Tiradentes, São João Del Rei, Prados, Sabará, Santana dos Montes, Pitangui, Catas Altas, Santa Bárbara, Caeté, Barão de Cocais, Santa Luzia, Conceição do Mato Dentro e outras dezenas de cidades mineiras que se destacam pela arquitetura barroca, eternizadas nos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e pelas pinturas emocionantes e impressionantes do Mestre Ataíde.
          Pra quem quer apenas relaxar, curtir a natureza, em Minas não falta lugar. Veja essa imagem acima do César Reis, feita em Santa Bárbara do Tugúrio, no Campo das Vertentes. Não é impressionante? E as cachoeiras? São milhares. Gosta de práticas meditativas? Conheça as cidades sagradas de Minas, segundo os místicos e esotéricos, são sete cidades e todas no Sul de Minas que são: São Tomé das Letras, Aiuruoca, São Lourenço, Pouso Alto, Itanhandu, Maria da Fé, Carmo de Minas e Conceição do Rio Verde. São cidades tranquilas, rodeadas por vasta natureza e ideais para meditação e contemplação. 
          Mas você gosta de curtir as flores e caminhar por campos de girassóis aqui tem. Seja no Triângulo Mineiro, no Sul de Minas, Zona da Mata, no Norte de Minas, ou na Região Central, encontrará belíssima plantações de girassóis. Temos também plantações de lavandas. Isso mesmo, lavandas em Minas. Em São Bento Abade, no Sul de Minas (na foto acima de Estúdio Quinas de Varginha MG), vizinha a São Tomé das Letras. Se gosta da beleza das cerejeiras, aqui tem também. Em Maria da Fé e outras cidades do Sul de Minas.
          Lugares para relaxar, aliviar as tensões, que as grandes cidades provocam, você encontra em Minas. Aqui tem o que você precisa, por exemplo, esse lugar ai (da foto acima, do Jefferson Souza), em Santo Hilário, distrito de Pimenta, no Oeste de Minas, uma das cidades banhadas pelo imenso Lago de Furnas. 
          Vir à Minas Gerais não é uma simples viagem. É vivenciar a plenitude da natureza, sentir a energia dos minerais que emanam de nossas terras e a energia boa que vem das montanhas mineiras. Só encontra aqui.
          Tem muita gente que vai à Capadócia, na Turquia, voar de balão. Nem precisa, aqui em Minas tem. Em São Lourenço, no Sul do Estado (na foto acima de Gislene Ras), voar em balão é uma aventura imperdível. Tem balonismo na Serra da Moeda, em Tiradentes, São Roque de Minas, Sete Lagoas e outras cidades mineiras. Se deseja uma aventura mais radical, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, está o melhor lugar do mundo para praticar voo livre. Voar de parapente na Serra da Moeda, pertinho de BH, é uma aventura e tanto. Tem ainda a Serra do Cipó, lugar perfeito para os amantes do trekking, canoagem e rapel.
          E nossas águas medicinais? Em todas as regiões tem. Em Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, tem águas quentes, de alto poder medicinal. As águas de Montezuma, no Norte de Minas, são famosas por suas propriedades medicinais, sem contar as águas sulfurosas e radioativas de Araxá, cidade considerada o maior spa de águas medicinais do país. Se for ao Sul de Minas vai se deliciar com as melhores águas medicinais do mundo. Lambari, (na foto acima de Luiz Carlos), Caxambu, Poços de Caldas, Caldas, Passa Quatro, São Lourenço, Baependi e tantas outras. As águas mineiras são destinos perfeitos para quem quer conforto, bem estar e saúde. 
          Eu particularmente gosto de fazendas e de lugares tranquilos. Veja essa imagem acima. É do Marcelo Santos, no Vale Encantado em Alto Caparaó MG, Zona da Mata. Faz jus ao nome.  É de encantar mesmo. 
          Pra quem ama a vida rural, fazendas que recebem visitantes em Minas, é o que não falta, principalmente as fazendas construídas no auge do Ciclo do Café. (na foto acima, de Themo Lins, a Fazenda Palestina, em Itapecerica, no Oeste de Minas) 
          No Sul de Minas, Região Central e Zona da Mata estão concentradas as grandes fazendas Minas, muitas delas recebem visitantes, como a Fazenda Santa Clara (na foto acima do André Duarte), em Santa Rita de Jacutinga e outras que viraram pousadas, como em Santana dos Montes, na Região Central. Por todo o Estado encontrará, fazendas, pousadas e hotéis fazendas e belos casarões coloniais (como este da foto abaixo, do Sérgio Mourão, da Fazenda da Vagem, em Nova Era, Vale do Aço. Na fazenda hoje funcionada um Centro Cultural).
          Não para descrever tudo que o Estado oferece em algumas palavras. Em cada região, em cada cidade mineira, tem um pouco de Minas, porque, como diz Guimarães Rosa: "Minas são muitas". Venha conhecer Minas Gerais! 

Queijo maturado com alecrim e eucalipto

(Por Arnaldo Silva) Que mineiro entende de queijo isso todos sabem há séculos, mas cada dia uma surpresa, graças ao dom natural do nosso povo para a culinária. No pequeno município de Alagoa, no Sul de Minas, um queijo de casca marrom, com miolo na cor amarelo claro e massa firme, faz sucesso. É o queijo defumado na fumaça.
          É produzido na Fazenda Bela Vista, onde é produzidos queijos de alta qualidade e sabor, sendo três queijos da fazenda premiados recentemente no concurso Mondial du Fromage em Tours, França com uma medalha de ouro e duas de bronze.
          O queijo é feito com leite cru integral, fermento lácteo, coalho líquido e sal. É defumado artesanalmente em tambores na própria fazenda, sendo um dos mais vendidos pelo seu sabor diferenciado. Segundo a produtora Thaylane Guedes "é a fumaça do fogo que dá o aroma de fumaça e também o tom marrom na coloração do queijo".
            A produtora destaca ainda que não é usado corante algum para dar a cor marrom no queijo. Somente fumaça das folhas e galhos do eucalipto e alecrim. 
          O queijo maturado na fumaça é um queijo para comer a qualquer hora do dia, mas umas das formas mais deliciosas de saboreá-lo é na churrasqueira, onde a casca do queijo dá uma “tostadinha” e por dentro ele derrete.
          O sabor é espetacular só provando para saber! 
Por Arnaldo Silva, com informações e fotos de Thaylane Guedes/@fazendabelavistaalagoamg

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Os impressionantes Cânions de Furnas

(Por Arnaldo Silva) Trinta e quatro cidades das regiões Oeste, Sul e Sudoeste de Minas Gerais são banhados pelo imenso Lago de Furnas, a maior extensão de águas de Minas Gerais e um dos maiores lagos artificiais do mundo com 5,4 mil de km2, o que equivale à metade do litoral brasileiro. 
          Por isso que o Lago de Furnas é conhecido como “Mar de Minas". Construída na década de 1960, a represa mudou a vida e história das cidades que tiveram suas terras inundadas. Em alguns casos, quase que cidades inteiras foram submersas pelas águas, sendo reconstruídas em outras áreas, como as cidades de Guapé e Capitólio (na foto abaixo de Júlio de Freitas/@julio_defreitas).
          Quando o nível da represa abaixa, as torres da antiga igreja matriz de Capitólio, que foi submersa, aparecem. Embora boa parte das terras férteis da região esteja debaixo d´água, a represa criou novas oportunidades de crescimento paras os municípios, favorecidos pelo turismo que desde a criação do Lago, vem crescendo ano a ano. Para muitas cidades banhadas pelo Lago de Furnas, o turismo é a maior fonte de renda. (fotografia acima de Lucília Miranda)
          Quando chegam as férias ou algum feriado prolongado, o que vem a mente é uma viagem a algum lugar paradisíaco, com toda infraestrutura necessária, com excelente gastronomia e hospedagem, além de paisagens de tirar o fôlego. Tem um lugar assim e não é em outro país. É no Brasil, em Minas Gerais. (foto acima de Marcelo Santos)
          Esse lugar é Capitólio, município banhado pelas águas do Lago de Furnas. Fica na região Oeste de Minas, a 288 km de Belo Horizonte e 450 km de São Paulo, via Rodovia dos Bandeirantes ou 480 km, via BR 050. (foto acima de autoria de Douglas Arouca)
          Suas paisagens são espetaculares, atraindo todos os dias, centenas de turistas à região. (fotografia acima de Douglas Arouca) Além da beleza do Lago de Furnas, cachoeiras, nascentes e lagoas de águas limpas e cristalinas, as trilhas são outros atrativos da região.
          A gastronomia local é outro atrativo imperdível oferecendo pratos típicos, principalmente os preparados com peixes de água doce como na foto acima, enviada pela Aline Marques do Cantinho de Minas - Chalés, Bar e Restaurante em São João Batista do Glória.
          A cidade oferece ótimas opções de passeios de barcos, chalanas, lanchas, além de possuírem excelentes hotéis e pousadas. O visitante tem à sua disposição diversos atrativos e opções, desde esportes radicais, a práticas meditativas em meio a uma vasta natureza. É só escolher. (fotografia acima de Marcelo Santos)
Os Cânions
          Capitólio é carinhosamente chamada de “Rainha dos Lagos” de Minas. A beleza que as águas de Furnas proporcionaram à paisagem local é impressionante. Destaque para os cânions, em São José da Barra, município que faz divisa com Capitólio, de onde saem as lanchas e escunas levando turistas para o local. (fotografia acima de Guilherme Augusto/@mikethor)
          As enormes fendas na rocha foram esculpidas pela natureza há milhões de anos, graças, principalmente pela ação da força erosiva dos rios. A beleza da arte da natureza levou milhões de anos e hoje podemos desfrutar dessas maravilhas naturais. 
          As águas de Furnas deram mais beleza aos cânions. A profundidade da água é de 30 metros. Os paredões tem altura em torno de 20 metros e proporcionam belezas impressionantes, com cascatas que forma poços de águas cristalinas, além de praias com areia branquíssima. Em torno dos cânions, paisagens de matas nativas são atrativos excepcionais. (fotografia acima de Jefferson Souza e abaixo de Marcelo Santos)
          É indescritível a emoção e alegria de estar entre as fendas dos cânions, podendo contemplar e vivenciar tanta beleza natural. É uma energia, uma paz, uma alegria na alma que é difícil de explicar. 

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Os espetáculos naturais do Vale do Peruaçu

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Peruaçu é uma unidade de conservação com 56.448,32 hectares, criado em 1999 com o objetivo de proteger uma dos maiores tesouros naturais do mundo. Está localizado a aproximadamente 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de de Minas. (foto acima de Eduardo Gomes, estalactites)
          Formado há milhões de anos, quando o Norte de Minas, Noroeste do Estado e parte da Região Central Mineira, estavam submersos por águas de um mar, é considerado um dos mais tesouros naturais do mundo. A ação da natureza privilegiou Minas Gerais com um com um vale formado por imensos paredões, matas nativas, fauna variada e 140 cavernas impressionantes.  A que mais impressiona é a Gruta do Janelão com 4,7 quilômetros de extensão e altura de 100 metros. No Janelão se encontra o maior estalactite do mundo atualmente, com 28 metros de comprimento. 
          Por todo o Vale do Peruaçu existem mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres em paredões, com destaque para o "Santuário", um paredão com mais de 3 mil desenhos rústicos, com aproximadamente 12 mil anos. (fotografia acima de Tom Alves/tomalves.com.br)
         Por sua importância natural para não só para o Brasil, mas para o mundo, o Vale do Peruaçu é um dos candidatos a Patrimônio Natural da Humanidade e visa a obtenção dessa certificação pela Unesco.
          Todo o entorno do Vale é rodeado por uma exuberante vegetação nativa abrigando uma diversidade enorme de nossa fauna como cachorro-vinagre, tamanduá, veado, anta, onça-pintada, diversas espécies de pássaros e outros animais. (foto acima de Eduardo Gomes, mostra as pinturas rupestres nos paredões do Vale) 
VISITAÇÃO PÚBLICA
          Além das pinturas rupestres, no Vale tem mais atrativos como a Trilha do Rezar, Lapa Bonita, Lapa do Rezar e a Dolina dos Macacos. (na fotografia acima de Manoel Freitas)  Esse tesouro natural é aberto à visitação pública e com entrada gratuita. Mas pessoas ou grupos só podem circular por dentro do Vale acompanhadas por um guia especializado e autorizado pela administração. 
          Para fazer esse serviço de acompanhamento, o guia cobra um valor por pessoa ou por grupo de pessoas. O preço varia de acordo com as trilhas a serem percorridas.  Quem quiser visitar o Vale do Peruaçu, terá que agendar a visita entrando em contato com o ICMBio em Januária, pelo telefone (38) 3623-1038, ou pelo e-mail cavernas.peruacu@icmbio.gov.br (fotografia acima de Eduardo Gomes)
          As cidades de Januária e Itacarambi (na foto acima, de Manoel Freitas, pôr do sol no Rio São Francisco visto de Itacarambi), tem ótima estrutura para receber os visitantes, com pousadas e hotéis muito bons que oferecem um atendimento personalizado, já que tem apoio do Sebrae que ministra cursos de capacitação para donos e guias, com o objetivo de facilitar o atendimento dos turistas. 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Azeites mineiros são premiados em concursos mundiais

(Por Arnaldo Silva) Minas é a terra do café, do queijo, do doce e da cachaça Um outro produto também vem crescendo e elevando o nome de Minas Gerais no Brasil e em todo o mundo. São os azeites produzidos na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Epamig/Divulgação)
Primeiros olivais
          Os primeiros olivais começaram a ser plantados em Minas na década de 30 e 40, na cidade de Maria da Fé, no Sul de Minas, pelo engenheiro agrônomo Washington Viglioni que deu início a pesquisas sobre o cultivo do fruto na região. A partir da década de 70, as pesquisas sobre o cultivo de oliveiras foi assumido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). 
          Ao longos dos anos, chegou-se a variedades que se adaptaram ao solo mineiro e seu plantio difundido a partir 2008. Desde essa época, o Estado vem colhendo os frutos dessa iniciativa. Os azeites mineiros, vem sendo, a cada ano, reconhecidos e premiados no Brasil e no mundo todo, por sua qualidade, sendo comparado aos famosos azeites europeus.
Reconhecimento internacional
          Prova disso, são premiações constantes recebidas pelos azeites da Serra da Mantiqueira, que tem assistência da Epamig, nos concursos International Extra Virgin Olive Oil Competitioon, do Japão, o EVO International Olive Oil Contes, da Itália e o OVIBEJA do Alentijo, de Portugal.
          Em abril de 2024, o azeite Mantikir Summit Premium, preparado com as variedades de azeitonas Arbequina, Coratina, Grapolo e Koroneike, foi o primeiro colocado na categoria "Produção Limitada", de até 2.500 litros pela premiação Evooleum 2024, o guia dos 100 melhores azeites do mundo.
          Produzido na Fazenda Tuiuva em Maria da Fé MG, a 1.910 metros de altitude, o azeite Mantikir Summit Premium está no olival de maior altitude do Brasil, na Serra da Mantiqueira mineira.
          O evento realizado na Espanha, é organizado há 20 anos pela editora espanhola Mercacei e pela Associação de Municípios Olivais (AEMO).
Azeite da Mantiqueira brilhando em Nova York
          Além disso, recentemente, os azeites mineiros foram premiados no mais importante concurso, o tradicional e respeitado concurso do gênero no mundo. É o Mundial de Azeite, realizado na cidade americana de Nova York, nos Estados, Unidos em maio de 2021. Denominado NYIOOC World Olive Oil Competition, o concurso é considerado a "Copa do Mundo" dos azeites. 
          São concursos de prestígio internacional, com os azeites de todo o mundo, avaliados por especialistas renomados no mundo inteiro. Isso valoriza ainda mais as conquistas dos azeites da Mantiqueira, tanto da parte mineira, quanto paulista, que também tem assistência da Epamig. 
          Os azeites da Mantiqueira, vem se conquistando destaque no Brasil e agradando aos mais finos e exigentes paladares do mundo, graças ao estudo, investimentos e pesquisas, ao longo de duas décadas. Resultado de tanto esforço, são azeites finos, de alta qualidade e competitividade internacional. 
          Pela importância internacional e credibilidade, o NYIOOC World Olive Competition, é o maior e mais importante concurso de avaliação de qualidade de azeites em todo o mundo. O resultado desse concurso, é mais que um guia, é uma referência oficial da qualidade do azeite. Os azeites premiados tem o reconhecimento mundial. Quem ganha medalha nesse concurso em Nova York, pode dizer com certeza que seu azeite, está entre os melhores do mundo. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Ascon/Epamig de Maria da Fé MG)
          No concurso, em Nova York, os azeites da marca Monasto, da produtora Rosana Chiavassa, de Maria da Fé MG, recebeu medalha de ouro. Um detalhe curioso é que a produtora Rosana, cultiva seus olivais, ao som de música clássica. 
          O produtor Carlos Diniz, recebeu medalhas de ouro e prata com os azeites Casa Mantiva, produzidos na cidade de Consolação MG.
          Para escolher os melhores azeites, os jurados observam por exemplo as variedades dos frutos, o frescor, o aroma, o amargor, a picância, a acidez, o frutado, dentro outros quesitos. Foram avaliados azeites de países produtores de todos os continentes que apresentaram seus azeites dos tipos Blend, no inglês ou Assemblage, no francês, que é um tipo de azeite elaborado com diferentes variedades de olivas e também o Monovariental, que é o azeite elaborado com apenas uma variedade de oliva.
          Essas medalhas significam muito para Minas, que a cada ano vem conquistando respeito nacional e internacional, por seus produtos de qualidade, com reconhecimento internacional.
          O plantio de olivais em Minas, como dito acima, foi incrementado a partir de 2008. De lá pra cá a produção e qualidade cresceu muito, competindo de igual para igual com os tradicionais olivais do Sul do pais, que foram os pioneiros na produção de azeites no Brasil. A tendência é a produção crescer mais, bem como melhorando mais ainda a qualidade e competitividade dos azeites mineiros, nos mercados nacionais e internacionais.
          Novos concursos virão em países como Grécia, França e Israel. Os azeites da Mantiqueira, com assistência da Epamig, estarão presentes.

Um paraíso chamado Lapinha da Serra

(Por Arnaldo Silva) O pacato vilarejo Lapinha da Serra está aos pés do Pico da Lapinha a 1687 metros de altitude. Os antigos moradores chamam o local de Lapinha de Belém. Tem cerca de 300 moradores que vivem da subsistência, agricultura e turismo. 
          O distrito que faz parte do Parque Nacional da Serra do Cipó, pertence a Santana do Riacho, cidade distante 143 km de Belo Horizonte, logo depois de Lagoa Santa MG. De Santana do Riacho à Lapinha da Serra são 12 km apenas. (fotografia acima de Thiago Perilo/@thiagop.photo)
          Lapinha da Serra é um dos maiores encantos de Minas Gerais por suas paisagens espetaculares, lagos, rios, grutas, cachoeiras, sítios arqueológicos e trilhas. A região da Serra do Cipó tem o privilégio de ter paisagens de Cerrado e de Mata Atlântica. (fotografia acima de Giseli Jorge)
          Além disso, Santana de Riacho e região, são produtoras de vinho e preservam o sabor autêntico da culinária mineira. Isso torna o passeio mais gostoso, principalmente para quem busca momentos a dois, em meio a natureza exuberante, sem o barulho e agitação da cidade grande. (na fotografia acima do Raul Moura, o casario de Lapinha da Serra)
O que fazer em Lapinha da Serra?
          Na foto acima da Giseli Jorge, a Represa da Lapinha - Represa da Usina Coronel Américo Teixeira, um dos destaque do distrito pela sua beleza. A represa é formada por dois lagos, separados por duas montanhas e que por fim, se unem em um canal. O primeiro lago margeia casas do distritos, com fácil acesso.
          A distância da praça central do distrito para o lago é de 5 minutos a pé. O segundo lago fica mais distante, em direção ao Capão Grosso, um local com poucas construções, com natureza preservada. Os visitantes fazem questão de subir até o Pico do Cruzeiro, de onde se vê toda a represa da Lapinha.
          Os visitantes podem nadar, usar barco à remo ou caiaque e praticar pesca esportiva (foto acima de Arnaldo Quintão). Mas não podem acampar fora das áreas destinadas a camping, nem usar barco a motor. Também não se permite fazer fazer churrasco nas margens da represa. (foto abaixo do lago da Lapinha, de autoria de Nacip Gômez)
Visitar cachoeiras
           A natureza em redor do vilarejo é espetacular. São várias cachoeiras que encantam os visitantes. As mais visitadas são: Cachoeira do Paraíso, Cachoeira do Rapel, Cachoeira Poço da Pedra, Cachoeira da Conversa, Poço do Boqueirão, Pocinho Verde. 
Cachoeira do Bicame         
          É uma das mais belas cachoeiras da Serra do Cipó e uma das mais visitadas por quem vai ao vilarejo. Sua queda é formada pelo Rio de Pedras. Fica a 16 km de Lapinha da Serra mas por estar localizada numa RPPN (Reserva Natural do Patrimônio Natural) a visitação é limitada a 30 pessoas por dia, nem é permitido entrar com animais domésticos. O acesso entre a portaria e a cachoeira é feito à pé ou de bicicleta. (Cachoeira Bicame na foto acima de Giseli Jorge)
Pinturas Rupestres
          Os povos da nossa pré-história deixaram suas marcas e formas de se expressar ainda conservadas e preservadas. Os primeiros artistas da humanidade desenhavam nas rochas usando óleo de sementes e frutos misturados aos pigmentos naturais das próprias rochas e sangue de animais. Desenhavam animais, mulheres grávidas ou dando a luz e outros desenhos, de forma bem rústica. São pinturas rupestres, presentes em Lapinha da Serra. Tem cerca de  mil anos.
          Além de curtir e vivenciar a natureza da Lapinha, bem como experimentar a culinária mineira no vilarejo, o visitante não pode deixar de conhecer essas pinturas rupestres. É de uma beleza e importância histórica sem igual. Para chegar até as pinturas, tem que atravessar a lagoa de canoa. Cobra-se pelo trajeto e visita ao local cuja visitação depende da situação climática no dia. (foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva e abaixo de Giseli Jorge)
          A Lapinha da Serra te receberá te braços abertos, mas lembre-se: respeite a natureza. Não destrua, não danifique, apenas desfrute desse paraíso. Não deixe sujeira por onde passar, leve uma sacolinha em seus pertences e guarde seu lixo na sacolinha, leve-o de volta com você e descarte-o na primeira lixeira que encontrar. Não deixe seu lixo nas matas, nem nos rios e nem nas trilhas. Depois de você, virão outras pessoas para desfrutar do lugar.

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