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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Vale do Aço: o Vale das Luzes mineiro

(Por Arnaldo Silva) A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) ou simplesmente Vale do Aço, foi criada em 30/12/1998 e efetivada em 12/01/2006 como região metropolitana.
          A vista noturna das principais cidades do Vale do Aço, é espetacular. Lembra muito Vale das Luzes, na Lombardia, na Itália. Quem conhece, mesmo que em fotos, percebe a semelhança das duas localidades. Vale do Aço em Minas e Vale das Luzes, na Itália. (na foto acima de Elvira Nascimento, em primeiro plano, Timóteo, no meio, Coronel Fabriciano e ao fundo, Ipatinga, vista do Pico Ana Moura, bastante semelhante ao Vale das Luzes, na Lombardia)
          O Vale do Aço faz parte da região geográfica do Vale do Rio Doce, sendo formada pela sede, Ipatinga (na foto acima de Elvira Nascimento), Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo, aonde vivem cerca de 600 mil pessoas (nas fotos, de autoria de Elvira Nascimento), além do seu colar metropolitano, formado pelos municípios de Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dionísio, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d'Água, São João do Oriente, São José do Goiabal, Sobrália e Vargem Alegre.
          O Vale do Aço é um das regiões mais desenvolvidas do Brasil, graças ao seu sofisticado polo industrial. Esse polo começou a ser formado no início do século XX, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória Minas à região, entre 1911 e 1929, levando ao surgimento de indústrias siderúrgicas, mineradoras e metalúrgicas, como a Belgo Mineira, instalada em Fabriciano em 1936, a Acesita em Timóteo, hoje Sout America e a Usiminas em Ipatinga, instaladas nas décadas de 1940 e 1950, consolidando a região como um dos principais polos industriais do Estado, tornando-a conhecida não só no pais, mas no mundo. (na foto acima da Elvira Nascimento, as quatro principais cidades do Vale do Aço)
          A industrialização da região atraiu ao longo dos anos, o surgimento de novos segmentos e empresas, como a Cenibra, indústria de papel e celulose, instalada em Belo Oriente, bem como outras indústrias, comércio variado e desenvolvimento das atividades de prestação de serviços, dentre outros. (na foto acima de Elvira Nascimento, vista parcial de Coronel Fabriciano)
          Embora seja uma região industrial, no Vale do Aço existem muitos atrativos como por exemplo a Serra de Cocais em Coronel Fabriciano, o Parque Estadual do Rio Doce, em Marliéria (na foto acima de Elvira Nascimento), que é uma das maiores reservas de Mata Atlântica de Minas Gerais, o Pico Ana Moura em Timóteo, a beleza do Rio Doce e do Rio Piracicaba, o Centro Cultural da Usiminas, a Fundação Aperam-Acesita.
          No Vale do Aço, em Ipatinga, está um dos mais belos parques públicos de Minas Gerais, o Parque Ipanema em Ipatinga, uma das maiores áreas verdes da região, com jardins projetados por Burle Marx (na foto acima de Elvira Nascimento).
          Tem ainda a bela e histórica cidade de Antônio Dias (na foto acima de Elvira Nascimento, o Rio Piracicaba e vista parcial da cidade), fundada no século XVIII, artesanato feito com fibras da palha de palmeira-indaiá, cabaça e sementes, além de bordados, além de contar com povoados e comunidades charmosas e pitorescas e fazendas antigas pela região.
          As tradições religiosas e folclóricas mineiras estão presentes nas comunidades rurais, como por exemplo na Serra de Cocais e Ipaneminha, como o a Marujada e o Congado, além da região valorizar a rica culinária mineira, com os produtos artesanais da terra como doces e queijos, de excelente qualidade. 
          Em Santana do Paraíso e Timóteo, existem trilhas, belas cachoeiras, além de lugares ideais para prática de voo livre. (foto acima de Elvira Nascimento em Santana do Paraíso e abaixo, em Timóteo)
           Com toda infraestrutura adequada com hotéis, pousadas e restaurantes sofisticados, ótima estrutura para eventos, contando ainda com atrativos naturais, culturais, folclóricos e arquitetônicos, o Vale do Aço é uma região que oferece todas as condições para viagens a negócios ou mesmo, conhecer as belezas da Mata Atlântica.
          O turista, seja a negócios ou a passeio,  pode vir à região de avião, já que na cidade de Ipatinga, está o aeroporto regional, com voos regulares ou se preferir, pode vier de carro, pela BR-381, de ônibus, direto da Rodoviária de Belo Horizonte, com cerca de 215 km de distância, ou mesmo de trem (na foto acima da Elvira Nascimento, Trem Vitória Minas passando por Antônio Dias MG), que sai da Estação Ferroviária de Belo Horizonte, passando pelo Vale do Rio Doce, com estação em Ipatinga. 

As cidades do Vale do Mucuri

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Mucuri, a Leste de Minas Gerais, é uma região que tem como base em sua economia a agricultura e pecuária, sendo ainda rica em pedras preciosas, culinária, artesanato e folclore. É na região que acontece as melhores Festas Juninas de Minas, destacando os municípios de Pavão e Teófilo Otoni. As belezas naturais, como as formações rochosas que "brotam" da terra, estão presentes em toda a região, como podem ver na foto acima do Sérgio Mourão, em Ladainha MG
          A culinária é tipicamente mineira, se destacando na região a cidade de Itaipé, que produz licores finos, feitos com frutas nativas do Cerrado e também com chocolate e outros produtos, como podem ver na foto acima do Arnaldo Silva. 
          Em Teófilo Otoni, a Serra da Farinha é um lindo atrativo local, dela é possível se ver toda a cidade e apreciar o vale. Na área central da Capital Mundial das Pedras Preciosas (na foto acima do Nilson Lages, uma das várias lojas de pedras preciosas na cidade), uma encantadora área verde é ponto de encontro de famílias, banca de jornais, descanso e conhecer e comprar pedras preciosas da região. É a Praça Tiradentes, que tem ainda, nas copas das árvores, famílias de bichos-preguiça, que atraem a curiosidade das crianças. 
          Já em Nanuque (na foto acima de Sérgio Mourão), a aventura pelo Rio Mucuri, uma ótima opção de lazer e prática de esportes, sendo muito procurados por praticantes de canoagem. Além desse esporte, os nanuquenses tem ainda a Pedra do Fritz, na Serra dos Aimorés. Seu pico está a 800 metros de altura, alugar preferido pelos amantes de voo livre e outros esportes radicais. Já na cidade, tem a Lagoa dos Namorados, belas praças, um variado comércio com boas lojas, pousadas e hotéis aconchegantes, bons restaurantes e a Pedra do Bueno, muito procurado para quem gosta de assistir o espetáculo do pôr do sol. 
          Outra bela cidade na região é Ladainha, com suas belezas naturais de impressionar como a Pedra Marta Rocha (na foto acima de Sérgio Mourão) e ainda cachoeiras. 
          Já Carlos Chagas, tem como tem como cartão de visitas a Pedra da Baleia e a famosa Pedra da Boca, vista por quem passa pela BR-418. Difícil mesmo é não parar para contemplar essa maravilha da natureza. (fotografia acima do Evânio Cerqueira) A cidade é ainda a Capital do Boi, detendo um dos maiores rebanhos bovinos de Minas Gerais, tanto na pecuária leiteira, quanto a de corte, sendo referência no Brasil em tecnologia em transferência embrionária. 
          As cidades do Vale do Mucuri são belas, singelas e aconchegantes, como Pavão (na foto acima do Sérgio Mourão) Além de belezas naturais e impressionantes formações rochosas, tem a culinária típica mineira, produção caseira de queijos e doces como destaque, além de promover uma das mais espetaculares e concorridas festas juninas de Minas Gerais.
          Em Catuji os destaques são suas belezas naturais, como cachoeiras e formações rochosas como a Pedra do Chifre. Na economia se destacam pequenos comércios, cultivo de eucalipto, pecuária de corte e leiteira, além da produção artesanal de queijos e doces, bem as famosas quitandas feitas em forno de barro. A cidade é pacata, seu povo é tranquilo, hospitaleiro.
          No Vale do Mucuri, exatamente no Rio Mucuri, em Ladainha, a Ilha dos Caras, uma charmosa pousada, é um destaque interessante, bem no meio do rio, lembrando uma pequena ilha. (na foto acima do Sérgio Mourão a Ilha dos Caras e abaixo, Praça Central da cidade)
          A cidade em si é puro charme, com pouco mais de 20 mil habitantes. Possui belas praças, casario eclético, pousadas e hotéis aconchegantes, bons restaurantes, além de um povo muito hospitaleiro e gentil. Outro destaque é sua vasta natureza preservadas no município, com belíssimas cachoeiras, além da beleza do Rio Mucuri, as formações rochosas, sendo a Pedra da Marta Rocha, mostrada no topo, vista de toda a cidade, um de seus maiores atrativos. 
          Um dos grandes destaques, não só do Vale do Mucuri, mas de Minas, é Teófilo Otoni, (na foto acima do Sérgio Mourão). Famosa no mundo inteiro por suas pedras preciosas, a cidade que tem cerca de 145 mil habitantes, é reconhecida como a "Capital Mundial das Pedras Preciosas" 
          Além das pedras preciosas, a cidade se destaca pela presença de imigrantes, em especial alemães, que deixaram sua marca na cidade, sendo homenageados em monumento instalado na Praça Germânica. 
          Tem ainda vários casarões e sobrados em estilo colonial e eclético, do início do século XX, bem belas igrejas, praças charmosas, se destacando ainda por suas festas juninas, uma das maiores do interior mineiro, a Festa da Descendência Alemã, além de organizar a Feira Internacional de Pedras Preciosas, trazendo para Minas Gerais, turistas e empresários do ramo, de todo o mundo. 
          Uma das mais charmosas cidades da região é Poté (na foto acima de Sérgio Mourão). A cidade se destaca na agropecuária, em destaque para o café, produtos artesanais como queijos, doces e licores, além de seu subsolo, rico em calcário, metais preciosos como jazidas de água-marinha, topázio, berilo, dentre outros. Na parte urbana, o monumento ao Senhor do Bom Jesus de Poté, com 17 metros é um dos seus destaques, além do monumento em homenagem a população indígena das etnias Botocudos e Potenis, que habitavam a região antes da chegada dos portugueses, além de belas praças, um singelo casario e belas igrejas.
          Uma tranquila, pacata e atraente cidade, com cerca de 5 mil moradores, cuja economia gira em torno de pequenos comércios, do artesanato, produtos artesanais rurais e da agropecuária. Essa é Bertópolis, cidade com um povo bom, hospitaleiro e muito trabalhador (na foto acima do Sérgio Mourão). Cidade de grande tradição religiosa, tem como destaque sua famosa festa de São João, o padroeiro da cidade, realizada em junho com dança, barraquinhas com comidas típicas, quadrilhas, que atraem gente de toda a região, inclusive do Brasil e até de outros países. Nisso dá para perceber a grandeza que é a Festa de São João em Bertópolis.
          Além das cidades citadas na matéria, Teófilo Otoni, Pavão, Nanuque, Poté, Ladainha, Carlos Chagas, Itaipé e Bertópolis, a região do Vale do Mucuri é formada ainda pelos municípios de Malacacheta, Ataleia, Frei Gaspar, Águas Formosas, Crisólita, Umburatiba, Catuji, com suas belezas naturais,  do  Novo Oriente de Minas, Fronteira dos Vales, Santa Helena de Minas, Franciscópolis, Ouro Verde de Minas, Setubinha, Machacalis e Serra dos Aimorés, todas cidades charmosas, com tradições religiosas e folclóricas seculares, além de uma rica culinária e belezas naturais com formações rochosas (como a da foto acima do Sérgio Mourão em Carlos Chagas) que afloraram da terra a milhões de anos, que impressionam pela imponência e beleza. 

Mineiro a gente não entende - interpreta.

(Por Arnaldo Silva) Se você é mineiro irá entender direitinho o texto. Se não é, procure um mineiro fluente em mineirês para te explicar. Até porque, o que aqui escrevo nem é bem para entender, é para ser interpretado.
          Depois de anos resolvi sair de Minas para conhecer outros mundos, culturas e povos diferentes. Como bom mineiro levei nas malas fotos, cartas que eu guardava desde adolescente, e claro biscoitos, queijos, doce e água pra beber no caminho. No coração, saudades que eu ainda nem sentia, sem nem entrar ainda no trem, mas sentia. Fui embora, sai de Minas e vivi outras emoções, mas meu coração não saiu de Minas. Minas Gerais é como uma tatuagem, um amor eterno. Esteja onde estiver Minas estará em você. 
          E depois de uns tempos fora, voltei. E mexendo com uns trem aqui em casa, peguei aquele trem que escreve e aquele trem de escrever e saiu esse trem que você está lendo. Eu gosto de escrever. Sempre mexi com as coisas das letras. Já mexi com rádio, mexi com jornal, já fui té tirador de retrato. Hoje eu mexo com tudo isso e mais um pouco. 
          O mineiro pode até esconder o seu “ser mineiro”, mas se entrega fácil. Eu me entreguei. Num restaurante chique em São Paulo, lá estava eu sentado na mesa e o garçom me olha e pergunta:
_ Você é mineiro não é?
_ Uai sô! Cumé qui cê sabe? Capais dum trem desses sô!

          Assim é o mineiro, seu jeito de ser, falar e características próprias, não passam despercebidas.
          O mineiro pode estar no mais fino restaurante, em qualquer lugar do mundo, que vai procurar no menu se tem comida mineira. Quer logo saber se o Feijão Tropeiro é igual ao Mineirão, se o Tutu de Feijão é de Paracatu, o Frango com Ora-pro-nobis de Sabará, o Doce de Leite de Viçosa, a Truta de Marmelópolis, o Queijo da Serra da Canastra, a Goiabada de São Bartolomeu, a Rapadura de Itaguara, o Requeijão de Poços de Caldas, o Catupiry de Lambari, o Vinho de Jabuticaba de Catas Altas, o Licor de Itaipé, o Peixe de Formiga, a Carne de Sol de Mirabela, a Carne na Lata de São João Batista do Glória, a Farinha de Montes Claros, o Pé-de-Moleque de Piranguinho, o morango do Sul de Minas, a mexerica de Belo Vale, a pamonha de Patos de Minas, o fubá de canjica de Bom Despacho, o arroz com pequi e costelinha de porco de Espinosa  e aquela Cachacinha de Salinas. E ainda vai querer saber se na cozinha tem fogão à lenha e se a comida é feita em panela de pedra sabão de Ouro Preto. Com certeza vai. Ah, a panela tem que ser curada. Se não for, a comida não presta.
          E quando volta pra Minas? Vai direto pra cozinha passar café no coador de pano e procurar pão de queijo. E mineiro adora café e como gosta! Faz café como ninguém e não titumbeia em perguntar:
_ A chaleira tá fervendo no fogão cumpadi?
_ Já tá uai!
_ Então pó pô pó?
_ Pó pô, mas num põe muito não pra num fica grosso por que esse pó que ocê tá pondo é forte padaná!
          E por falar em pão de queijo, o que mineiro mais sente falta é de queijo e pão de queijo. O queijo está no sangue do mineiro. Mineiro sem queijo de Minas é mineiro triste. E eu quando vivia fora me entristecia quando olhava aqueles queijos que não falam uai. E o pão de queijo? Que pão de queijo o quê sô? Devia ser proibido chamar o que eles fazem de pão de queijo. Pode ser pão com algum trem, menos com queijo. Nó menino, eu não aguentava comer aqueles trocim não. Pão de queijo é o de Minas, isso mineiro fala com PHD no assunto.
          Ah sô mais esse trem de ser mineiro é bão dimais da conta viu! Mineiro é mineiro e temos nossas diferenças sim, no jeito de falar e se expressar. O mineiro não é para entender, é para interpretar.
          O que o povo de outro estado não consegue, nós não damos conta. A gente não paquera as moças, damos umas espiadas e nem ficamos perfumados, ficamos é cheiroso. Nós não caçamos briga, aqui a gente arruma é confusão mesmo.
          Aliás, se quer caçar confusão com mineiro vai ter. Melhor evitar porque pra entrar numa confusão, mineiro faz o máximo para evitar, mas se entrar, cê tá lascado que nem saco de batata. A confusão vai até o fim. Demoramos pra entrar no meio da confusão, mas pra sair, espera chover canivete no dia de São Nunca.
          Seu moço, me diga um trem: qual é a sua graça hein? 
Óia o jecossô e óia procê vê o jequelé!
          E outra coisa, a gente fica meio assim sem jeito de perguntar a idade de alguém, principalmente de mulher. Mas perguntamos. Mineiro é bem sutil. Ele não pergunta a sua idade. Pergunta assim:
_ Me diga uma coisa: cê tá berano quantos anos hein?
          Mineiro não gosta de pronunciar palavras inteiras, encurta tudo. Vossamescê reduziu para vosmecê, você, ocê, cê. Deu pra diminuir até aqui. Mas se tiver jeito, fica só o acento circunflexo.

          Mineiro não pega ônibus, pega um ons. Não vai longe, vai é logo ali ó. É uai! É que mineiro é bom das pernas, gosta de andar a pé. De tanto costumar em andar, parece que tudo está pertim, chega rapidinho, num tirim de espingarda. Pra mineiro né. Mas pra quem é de fora, pode seguir reto a vida toda que o alí é lá, mas lá longe mesmo. Leva uma garrafa d´água e uma merenda para comer no meio do caminho. 
          A gente detesta conversa demorada. Quando a conversa está longa e sem graça vai ouvir assim: _ Ataia logo essa conversa sô!
          Ataia mesmo porque senão sai confusão. Ninguém aguenta uma lenga lenga uai!
          Mineiro bão mesmo é aquele que não sai no escuro. Que dá nó em goteira, não pisa no molhado, que desconfiado, que só acredita vendo mesmo. Não é muito de prosa com estranho não, mas se for com o fucim dele, nó, já é de casa, quase que parente.
          Aliás, mineiro não gosta de falar não viu. Gosta é de prosear. Na prosa fala de tudo.
          Mineiro é pontual mesmo. Dizem que a diferença de um mineiro para um relógio suíço é que este marca a hora certinha, o mineiro não, chega bem antes da hora marcada. Isso é pra não perder o trem e quando o trem chega, corre com os trem para ser o primeiro a entrar.
          Quando eu estava lá pelas bandas do litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Nordeste tem sempre aqueles curiosos que perguntam como que a gente vive sem mar. De tanto me perguntarem e mostrar aquele risinho de bobo perguntei:
_ Cê sente falta da sua Ferrari zerinha? Do seu avião, da sua casa nos alpes suíços?
_ Cê tá loco mineiro, eu não tenho nada disso, como vou sentir falta?
_ Então sô, geograficamente Minas Gerais não tem mar, se não temos mar, porque vamos sentir falta do que não temos? E com tantas cachoeiras, rios, praias de rios, vamos sentir falta de mar, tem dó né sô?
          Mas gente, sem mar a gente vive, nem nos faz falta, mas sem queijo, sem pão de queijo, sem biscoito, sem café, sem doce de leite, sem goiabada cascão, sem o nosso franguinho com quiabo, tropeiro, sem os nossos bolos, ai é demais, ai nenhum mineiro aguenta né. Ai não dá pra viver não. Esses trem faz falta demais sô! Só quem está longe disso tudo ai sabe o que eu estou falando.
          Mas é isso, ser mineiro é muito mais que isso, tem trem demais pra escrever. Isso porque, como diz o nosso grande Guimarães Rosa “Minas são muitas”. Em cada canto de Minas você encontra um jeito diferente de falar, um jeito diferente de te olhar, um jeito diferente de agir, mas tenha certeza, encontrará um povo caloroso, que gosta de receber bem as visitas, de te se mostrar como mineiro em toda sua simplicidade, simpatia e carisma.
          Minas Gerais é montanha, é minério, é ouro, é diamante, é carro de boi, é leite tirado no curral, é artesanato em pedra sabão, barro, argila e cerâmica. É fé, é religiosidade, é tradição, é chapéu e cigarro de palha. É Festa Junina, é Congado, é Reinado, é Semana Santa. É café, é leite, é fogão a lenha, é cavalgada, é queijo, é doce de leite no tacho, é fartura.O mineiro é um povo bão e como dizia alguém, que até hoje não sei quem de fato criou a frase mas é isso, “é junto dos bão que a gente fica mió”. 
Texto e fotografia com direitos reservados à Arnaldo Silva
Foto ilustrativa, em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto MG com os amigos Bartinho e Dona Nhanhá.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Conheça Carrancas - a 4ª maravilha de Minas

(Por Arnaldo Silva) Carrancas é uma pacata, charmosa e atraente cidade com pouco mais de 4 mil habitantes. Está situada na região intermediária entre o Campo das Vertentes e o Sul de Minas. Faz divisa com os municípios de Itutinga, São Vicente de Minas, Minduri, Cruzília, Luminárias, Nazareno, São João del Rei. (foto acima da Serra de Carrancas, de autoria de Marselha Rufino)
A igreja de quartzito
          A historia de Carrancas começa a partir de 1718, com a chegada de bandeirantes vindos de Taubaté/SP, formando um arraial às margens do Rio Grande, com o nome de Nossa Senhora do Rio Grande.
          Por volta de 1721, começa a construção de uma igreja no povoado, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Foi construída pelos escravos, em pedras de quartzito, abundante na região, algumas pesando até 1 tonelada, (como podem ver na foto acima, do Gilson Nogueira a fachada da igreja na pedra em sua cor natural, sem reboco). 
          A igreja possui duas torres, o que é normal para as igrejas da época, só que as torres desse igreja não são iguais. Tem dimensões e detalhes diferentes, sendo uma mais alongada e a outra mais  larga e em formatos diferentes. Ainda não se sabe o porque dessa diferença e nem exatamente quando aconteceu, existindo explicações orais, sem de fato existir confirmação histórica do porque dessa diferença nesse detalhe arquitetônico.
          A cor natural do quartzito nas paredes externas da igreja são visíveis, por dentro, as paredes tem reboco, pinturas na nave, altar-mor emoldurados por entalhes em dourado.
 
Obras do Mestre Natividade na Matriz
          A pintura do forro e do altar-mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Carrancas tem assinatura de sanjoanense Joaquim José da Natividade, o Mestre Natividade, um dos grandes pintores da arte sacra que deixou seus trabalhos em várias igrejas de Minas Gerais, entre os anos de 1785 e 1824, nos séculos XVIII e XIX. (fotografia acima de Gilson Nogueira)
          As pinturas do Mestre Natividade são comparadas às do maior mestre da pintura barroca brasileira, o Mestre Ataíde e do pintor e decorador João Nepomuceno Correia e Castro, que, segundo historiadores, foi quem ensinou o ofício à Natividade. 
          A pintura na Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Carrancas foi um trabalho marcante e considerado especial pelo Mestre Natividade, por ter sido seu primeiro trabalho. Na obra, Nossa Senhora da Conceição está ladeada por João, Lucas, Marcos e Mateus, os quatro evangelistas. Emoldurando a pintura, talhas douradas completam a ornamentação do altar-mor.
         Com a construção da Igreja, o arraial foi crescendo, tendo sido elevado à freguesia em 1749 e a cidade emancipada em 1948.
Paisagem idílica e cenário de novelas
          Desde sua origem, Carrancas sempre foi destaque e atrativos para viajantes e tropeiros. (foto acima de Marcelo Santos) Ainda hoje é. Suas belezas naturais e o charme da cidade, impressionam e atraem cada dia mais visitantes, principalmente amantes da natureza.
          São lagos, cachoeiras, serras, paisagens com matas nativas de Mata Atlântica e Cerrado. Suas belezas naturais, a simplicidade da cidade e a hospitalidade de seus moradores, fazem de carrancas um verdadeiro cenário de filmes. Não só de filmes, de novelas e minisséries também. 
          Carrancas é um dos cenários naturais preferidos pela Rede Globo para gravar suas novelas. Quem acompanhou as novelas  O Fim do Mundo, de Dias Gomes (1996);  Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco (2006);  America, de Glória Perez (2005);  A Favorita (2008);  Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa (2009); Amor Eterno Amor, de Elizabeth Jhin (2012);  Império (2014);  Orgulho e Paixão (2018) e Espelho da Vida (2018), puderam conhecer as belezas naturais da cidade na telinha. Filmes, documentários, clips musicais tem sempre Carrancas como seus cenários.
A quarta maravilha de Minas 
          São belezas incríveis que deram à Carrancas o título de a 4ª (quarta) Maravilha de Minas Gerais, eleita em 2008 em votação organizada pela Revista Encontro de Belo Horizonte, elegendo as sete maravilhas de Minas. (foto acima de Marselha Rufino) Não é por menos, Carrancas é única, com belezas indescritíveis e impressionantes com destaque para grutas, serras e cachoeiras que mais lembram paraísos.  
          Uma dessas cachoeiras é esta acima (na foto do PauloZaca), a Cachoeira das Esmeraldas. Suas águas geladas são limpas, calmas e rodeada por mata nativa. Um convite ao descanso e sossego.  Em todo o município encontra-se cerca de 70 cachoeiras, formando deliciosos poços de água.
          Para organizar e facilitar o turismo rural, as cachoeiras de Carrancas foram divididas em complexos formados por rios, poços, cachoeiras e quedas d´águas ao longo dos complexos com destaque para o complexo da Fumaça, (na foto acima da Giseli Jorge) e o Complexo da Zilda, com um dos seus atrativos, que é o escorregador (na foto abaixo do Marcelo Santos).
Tem ainda o Complexo da Ponte, o Complexo da Tira Prosa, o Complexo da Vargem Grande, o Complexo do Índio, o Complexo da Toca (na foto abaixo do PauloZaca), dentre outras belezas naturais.
             Cenário de novelas, lugar paradisíaco, cada dia mais sendo descoberto pelos mineiros e brasileiros. Lugar que vale a pena conhecer, visitar e relaxar totalmente.
          De Belo Horizonte até Carrancas são 300 km, pela BR-381. De São Paulo até Carrancas são 445 km, também pela BR-381. Do Rio de Janeiro até Carrancas são 411 km. Da vizinha São João Del Rei e Tiradentes até Carrancas são 80 km e 90 km, respectivamente.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

10 cidades top do Mar de Minas

(Por Arnaldo Silva) Conhecido como Mar de Minas, o Lago de Furnas é formado 34 cidades das regiões Sul, Sudoeste e Oeste de Minas Gerais. O lago transformou a paisagem e a vida dos moradores dos municípios, que tiveram parte de suas terras férteis inundadas por suas águas, a partir de 1960. São 1.457,48 km² de águas de nascentes e rios de águas cristalinas, sendo quatro vezes maior que a Bahia de Guanabara, no Rio de Janeiro, sendo portanto, um dos maiores lagos artificiais do mundo.
          Por isso o imenso lago é chamado carinhosamente de "Mar de Minas". Se por um lado as terras férteis foram reduzidos, por outro, surgiu uma nova e forte economia nesses municípios que o turismo. As águas de Furnas adentraram em fendas abertas pela natureza, deixando à mostra nossos cânions antes despercebidos. Fez surgir também cachoeiras, cascatas e ilhas paradisíacas, além de propiciar a prática de esportes náuticos e o turismo ecológico nas 34 cidades banhadas por suas águas que atraem todos os anos milhares de turistas vindos de todo o Brasil e também do exterior. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc e abaixo de Nilza Leonel, Capitólio MG)
           Os município que fazem parte do “Mar de Minas” são: Aguanil, Alfenas, Alpinópolis, Alterosa, Areado, Boa Esperança, Cabo Verde, Camacho, Campo Belo, Campo do Meio, Campos Gerais, Cana Verde, Candeias, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Coqueiral, Cristais, Divisa Nova, Elói Mendes, Fama, Formiga, Guapé, Ilicínea, Juruaia, Muzambinho, Nepomuceno, Paraguaçu, Pimenta, Ribeirão Vermelho, São João Batista do Glória, Três Pontas, Varginha e São José da Barra. (na foto abaixo do Douglas Arouca, o Lago de Furnas em São José da Barra)
 Dessas 34 cidades, listamos essas 10 cidades todas top!
01 - São José da Barra
          As cachoeiras dos Cânions, (na foto abaixo de Marcelo santos) é uma das paisagens mais conhecidas dos mineiros. As escunas e barcos saem de Capitólio até o local, por isso é chamado popularmente de Cânions de Capitólio, mas na verdade, não pertence a Capitólio e sim a São José da Barra, no Sul de Minas, município que faz divisa com Alpinópolis, São João Batista do Glória, Guapé, Carmo do Rio Claro e Capitólio.
          São José da Barra é um das mais jovens cidades mineiras, tendo sido emancipada de Alpinópolis em 21 de dezembro de 1995, tendo hoje cerca de 8 mil habitantes. Boa parte da cidade foi inundada pelas águas da represa, sendo reconstruída em outro local. Hoje é sede da Usina Hidrelétrica de Furnas e é um dos municípios mais ricos da região, graças aos impostos oriundos da Usina e do turismo. 
          A cidade é aconchegante, com bons hotéis, pousadas e uma gastronomia tipicamente mineira e recebe muito bem os turistas que procuram a cidade para conhecer as belezas naturais do município, como os cânions, o mirante, de onde se pode ver as comportas da usina.
          Hoje, o município é composto por cerca de 7 mil habitantes e abriga pousadas e hotéis que recebem turistas em busca de momentos em meio à natureza. O mirante da barragem é um dos pontos mais visitados, de lá é possível ter a visão das comportas da usina. A gastronomia tipicamente mineira é outro atrativo e incluem muitos pratos preparados no fogão a lenha. (foto acima de William Cândido com a Usina de Furnas e São José da Barra ao fundo)
02 - Carmo do Rio Claro
          Uma cidade acolhedora, culinária riquíssima com pratos a base de peixes e doces cores e sabores variados, bem como um casario charmoso, museus arqueológicos e sobre a historia indígena. (foto cima de Douglas Arouca) Essa é Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas. Com cerca de 22 mil habitantes é uma das cidades banhadas pelo Mar de Minas que mais encanta os turistas graças a sua exuberante natureza, que proporciona diversos atrativos naturais como cachoeiras, matas, vistas maravilhosas do alto da montanhas, além claro, da beleza das águas do Lago de Furnas.
03 - Capitólio
          Capitólio (na foto acima de Aender Mendes) no Sudoeste de Minas, é uma cidade pequena, com menos de 10 mil moradores, mas em dias de alto temporada, feriados e datas festivas, esse número triplica. Isso porque a cidade é um dos mais badalados pontos turísticos de Minas Gerais atualmente, graças as suas belezas impressionantes, que atrai milhares de turistas todos os anos. Suas belezas e qualidade de vida atrai artista para cidade, muitos deles mantém casas às margens do Lago de Furnas, no bairro Escarpas do Lago (na foto abaixo de Deocleciano Mundim)
          A cidade possui uma boa rede hoteleira e uma gastronomia especial, a base de peixes, sem contar a nossa cozinha típica mineira. Os turistas vem à Capitólio vivenciar as belezas naturais do município como cachoeiras, matas nativas, trilhas, cascatas, o mirante dos cânions e passear de barcos ou escunas, pelas águas verdes-esmeralda do Lago de Furnas, adentrando entre os cânions.    
04 – Boa Esperança
          Boa Esperança, no Sul de Minas, é uma das mais belas cidades mineiras. Com cerca de 40 mil habitantes, o município está distante 280 km de Belo Horizonte. A Serra, que leva o nome da cidade ficou famosa com a canção composta por Lamartine Babo, interpretada por vários nomes da música brasileira. (foto abaixo de Rogério Salgado)
          Além da Serra da Boa Esperança, o Lago de Furnas que banha  a cidade é formado pelo represamento das águas do ribeirão Marimbondo, Maricota e Cascavel. São  8 km² do "Mar de Minas" em Boa Esperança. O Rio Grande, que passa nas terras do município, é outro atrativo natural. 
          No perímetro urbano de Boa Esperança, as águas circundam praças, suas ruas são arborizadas e bem cuidadas. Boa Esperança conta com uma boa rede hoteleira e gastronômica, com  cozinha mineira, incrementada com os pratos a base de peixes. A prainha, a beira do lago, é um dos pontos mais badalados da cidade. Já paras os amantes de esportes radicais com opções de passeios de Lancha, de Jet Sky, pesca esportiva com vara.
05 – Alfenas
          Alfenas, no Sul de Minas, tem cerca de 80 mil habitantes. Sua localização é privilegiada, já que está localizada próximas as rodovias federais (BR-491, BR-267 e BR-369), e pelas rodovias estaduais (MG-179, MG-184, MG-453 e MG-879). Chegar a Alfenas é um caminho fácil. Grande produtora de café e gado de leite, com vários estabelecimentos comerciais de pequenos médios portes, indústrias de segmentos diversos se destacando o setor alimentício, como o de sucos é laticínios. Alfenas se orgulha de ser uma Cidade Universitária oferecendo vários cursos superiores, recebendo estudantes de todo o país.
          O maior atrativo turístico do município é sem dúvidas o Lago de Furnas (na foto acima de Bosco Azevedo), onde Alfenas é considerada a "Porta de entrada do Mar de Minas", recebendo um grande numero de visitantes que vem à cidade conhecer as belezas do Mar de Minas, bem como as belezas arquitetônicas da cidade como igrejas, praças, bares, restaurantes, casarões, etc.
06 - São João Batista do Glória
          Com cerca de 8 mil habitantes, São João Batista do Glória ou simplesmente Glória, fica no Sudoeste de Minas se destaca por suas tradições religiosas e sua rica gastronomia, bem como suas espetaculares belezas naturais. É um dos destinos mais procurados pelos amantes do Ecoturismo de aventuras ou simplesmente por aqueles que preferem o sossego e a tranquilidade das montanhas, matas nativas e se deliciar calmamente nas cachoeiras paradisíacas do município. (fotografia acima de Douglas Arouca)
          Segundo a Prefeitura local, são cerca de 130 cachoeiras em Glória. A cidade é ideal para passeios em família. Calma, tranquila, bonita, bem mineira e tradicional que proporciona um passeio saudável. Ainda, Glória está próximo a portaria do Parque Nacional da Serra da Canastra. Os visitantes não resistem em ir à Serra da Canastra, conhecer o berço do Rio São Francisco.
          Glória é ligada a Passos por uma ponte, sobre o Rio Grande, outra bela cidade da Região. (na foto acima de Luis Leite)  É em Glória que estão algumas das mais belas paisagens da região, o Caminho do Céu, o Vale da Babilônia e o Paraíso Perdido, um complexo natural formado por três ribeirões, 18 piscinas naturais e oito cachoeiras de águas puríssima e bem cristalina. 
07 – Fama
          Fama (na foto acima: Prefeitura Municipal/Divulgação) é uma das menores cidades do Sul de Minas, com menos de 3 mil habitantes. O Lago de Furnas emoldura a cidade, hoje uma das mais charmosas e encantadores cidades mineiras com ruas arborizadas e praças bem cuidadas. Quem vem a Fama, nunca esquece. 
          A cidade é aconchegante, tranquila, bem organizada, com uma boa rede hoteleira e principalmente gastronômica, destacando os pratos com peixes, sem dúvida, os melhores sabores do Brasil. 
          Fama está a 362 km de Belo Horizonte e na divisa com Alfenas, Campos Gerais, Três Pontas e Paraguaçu.  Distante 362 km de Belo Horizonte, o município faz divisa com Alfenas, Campos Gerais, Três Pontas, Paraguaçu. A cidade, com seu charme e belezas naturais é ótimo para passeios e férias em família.
08 – Guapé
          Guapé no Sul de Minas, tem aproximadamente 15 mil habitantes. A cidade é nova, já que a antiga foi inundada pelas águas de Furnas na década de 1960, transformando a cidade, numa península, rodeada pelo águas do lago, proporcionando uma agradável vista e para a prática de esportes e passeios de lancha e barcos. 
          Cidade tipicamente mineira, que preserva suas tradições religiosas e folclóricas como a Folia de Reis e o Reinado de Nossa Senhora do Rosário. O carnaval em Guapé é um dos melhores de Minas. A economia do município tem como base a produção de café, pecuária leiteira, grãos, cachaça, estação de pedras, pequenos comércios e claro, o turismo. Possui ótimos hotéis, pousadas e restaurantes com comida mineira. 
          Um dos acessos  a Guapé é por balsas, um passeio gostoso pelas águas do Mar de Minas. No município encontra-se diversas trilhas, opções de rapel e escalada e várias cachoeiras como a Cachoeira do Paredão, Cachoeira do Inferno, Cachoeira do Macuco, Cachoeira do Garimpo (na foto acima de Carias Frascoli), Cachoeira do Capão Quente, Cachoeira da Água Limpa, Cachoeira do Moinho, Cachoeira do Lobo, da Volta Grande, entre outras.
          Outro atrativo da cidade é o Parque do Paredão, formado em uma fenda, entre belas serras e vasta natureza, com três cachoeiras paradisíacas e uma boa estrutura para os turistas como restaurante, banheiros, estacionamento e área para camping.
09 – Pimenta
          Emoldurada pela Serra da Pimenta, (na foto acima de Sérgio Mourão)  hoje com cerca de 9 mil moradores é uma tranquila, charmosa, aconchegante cidade do Oeste Mineiro. Espelhada pelo Lago de Furnas está localizada entre o Rio Grande o Rio São Francisco, cujas águas passam próximo ao município que passa próximo.
          Além do charme da cidade, sua boa gastronomia, ótimas pousadas, pertence a Pimenta uma das mais charmosas e atraentes vilas mineiras, Santo Hilário. São cerca de 200 moradores vivendo na vila, rodeada por montanhas, paisagens espetaculares e pelas águas do Lago de Furnas. Esse nome é em homenagem ao naturalistas francês August de Saint Hilaire que passou pela localidade em pesquisas pela região. Santo Hilário é um lugar magnífico, (como podem ver acima na foto de Pedro Beraldo).
10 - Campos Gerais
          Campos Gerais, no Sul de Minas tem cerca de 30 mil habitantes. Cidade bonita, com belas praças, igrejas, casario charmoso e um povo muito hospitaleiro. 
          O destaque na cidade é sua Igreja Matriz, construção gótica, inspirada na Catedral de Burgos, na Espanha e a estátua do Cristo Redentor, com 32 metros de altura, sendo a quarta maior do país.
          Rico em belezas naturais, tendo como destaque a Serra do Paraíso, com suas deslumbrantes cachoeiras e paisagens espetaculares. Um verdadeiro convite para o descanso, sossego e também aventuras pelas trilhas da serra. 
          A cidade ainda tem como atrativo a Ponte das Amoras, ligando-a a Alfenas (como pode ver na foto acima de Rogério Salgado), um belo parque aquático e a Praia das Amoras, no Mar de Minas. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Aguas quentes e medicinais de Felício dos Santos MG

(Por Arnaldo Silva) Felício dos Santos vem chamando a atenção por suas cachoeiras, paisagens nativas de transição de Mata Atlântica para o Cerrado e sua charmosa arquitetura urbana. A região é dotada de um berço hídrico extenso, onde estão as primeiras correntezas do Rio Araçuaí, que formam em seus trechos belas cachoeiras como a do Bode e a de Carrancas. A Cachoeira do Sumidouro é uma das mais belas de Minas Gerais, com uma impressionante queda de 80 metros. Essa cachoeira pode ser vista de vários pontos da cidade.
          A riqueza hídrica de Felício dos Santos vem chamando a atenção, principalmente as suas águas quentes com propriedades medicinais. Suas águas medicinais vem sendo sendo descoberta pelos turistas do Brasil inteiro, que vem à cidade em busca de descanso do bem estar que as águas medicinais oferecem e como complemento de tratamentos. (na foto acima de Luiz Carlos da Silva, o balneário da Fazenda Águas Quentes e abaixo, de Marcelo Santos Santos, a Cachoeira do Sumidouro)
          A cidade é charmosa, tranquila e pacata cidade e conta com cerca de 5 mil habitantes. Seu povo é alegre, hospitaleiro e muito simples. Recebem com muito carinho os visitantes. 
          Felício dos Santos guarda relíquias históricas dos tempos da Escravidão, com traços coloniais em sua arquitetura. O município faz parte da região mineradora de Diamantina MG, tendo seu povoamento iniciado em meados do século XIX, estando por isso,  na área de influência da Estrada Real.
          Além de sua bela arquitetura, em Felício dos Santos a gastronomia típica mineira é preservada, destacando o biscoito de goma, frango caipira, doces, frango ao molho parte e outros deliciosos pratos.  Faz divisa com os municípios de Senador Modestino Gonçalves, Itamarandiba, Rio Vermelho, Couto de Magalhães de Minas e São Gonçalo do Rio Preto.
          Outro atrativo da cidade é o artesanato feito com sementes e a capa da palmeira. Uma arte muito atrativa e bem feita, pelos artesãos locais. (na foto acima enviada pela Fabiana Gomes)
          Seu povo é tradicionalmente Católico e preserva as tradições religiosas como a Festa do Sagrado Coração de Jesus e a Marujada de Nossa Senhora do Rosário, o maior evento religioso do município. A Festa do Peão de Boiadeiro é muito tradicional na cidade e um dos atrativos populares para os visitantes. 
          O grande atrativo de Felício dos Santos (na foto acima de Edson Borges) é sem dúvida suas águas. A água geladíssima, com características rochosas da Comunidade do Loronha é um dos atrativos da cidade. Mas sem dúvida alguma, o grande interesse do visitante são as águas quentes, por suas propriedades medicinais, mineral, hipotermal e radioativa. 
          As águas medicinais são excelentes complementos de tratamentos dermatológicos porque repõe os sais minerais e antioxidantes perdidos pela pele; hidratam a pele ressecada e diminuem sua oleosidade. Além de equilibrar o PH da pele, auxiliam nos tratamentos estéticos, além de ajudar na recuperação da barreira de proteção da pele. As águas termais ajudam ainda no combate a dores crônicas como artrite, artrose e dores nas costas. Além desses benefícios, o banho nessas águas proporcionam uma agradável sensação de conforto, calma, relaxamento e bem-estar. (foto acima e abaixo enviadas por Luiz Carlos da Silva)
          As águas quentes das Estâncias Hidrominerais mineiras, concentradas basicamente no Sul de Minas, atraem turistas de todo o mundo em busca de seus benefícios. Felício dos Santos, já no Vale do Jequitinhonha, vem aos poucos sendo uma nova opção para os turistas que buscam fugir do estresse do dia a dia e o bem estar que suas águas quentes e medicinais oferecem.
           A cidade, tem boas opções de pousadas e restaurantes para o turista se sentir confortável. No próprio entorno da fonte, tem a Pousada da Água Quente (na foto acima enviada por Luiz Carlos da Silva), com conforto e uma ótima estrutura para receber bem os turistas. São cerca de 780 hectares de mata nativa, muito verde, trilhas, fauna e flora variadas e muita água. O visitante se sentirá em casa. 
O contato da Fazenda Água Quente é 38 9 9990-6405 - 9 9908-5641 com Luiz Carlos

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