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sábado, 2 de abril de 2016

Tiradentes:a pérola de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Tiradentes é acima de tudo uma cidade encantadora, perfeita para você passear por suas ruas, visitar as lojinhas de artesanato, de doces e de outros produtos caseiros, típicos de Minas. (foto acima e abaixo de Matheus Freitas/@m.ffotografia)
          Rica em história e, ao mesmo tempo, aconchegante, a cidade é perfeita para quem quer passar dias tranquilos. As construções dos sobrados, solares e casas térreas tem a arquitetura de várias épocas do Brasil Colônia, com as ruas calçadas com pedras e paralelepípedos, onde é impossível circular com pressa.
          As igrejas da cidade trazem o requinte da arte barroca, como a Matriz Santo Antônio, um dos mais ricos exemplares do barroco brasileiro, com muito ouro e prata decorando seu altar; ou a Nossa Senhora do Rosário, a igreja mais antiga da cidade, com o altar-mor em estilo rococó, folheado a ouro.(foto acima e abaixo de César Reis)
          A Maria Fumaça, que sai de São João Dei Rei, percorrendo 12 km até chegar a Tiradentes é um espetáculo à parte. Um passeio inesquecível. Funciona nas sextas, sábados, domingos e feriados. (na foto abaixo, de César Reis, a Estação de Tiradentes)
Quadro de horários normal
Sexta
São João Del Rei: 10h, 13h e 15h30
Tiradentes: 11h, 14h e 17h
Sábado
São João Del Rei: 10h, 12h, 14h e 16h
Tiradentes: 11h, 13h, 15h e 17h
Domingo
São João Del Rei: 10h e 13h
Tiradentes: 11h e 14h

Estudantes, crianças de 6 a 12 anos e adultos com mais 60 anos têm direito à meia entrada. Crianças até 05 anos no colo não pagam

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A vila colonial de Lavras Novas e a Mega Tirolesa

(Por Arnaldo Silva) Lugar tranquilo, cheio de charme, com ruas calçadas em pedras, paisagens deslumbrantes, arquitetura colonial, povo simples, artesanato rico. Esse lugar pitoresco é Lavras Novas, um dos mais atraentes distritos de Ouro Preto MG, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, distante 117 km de Belo Horizonte. Lavras Novas fica a 17 km de Ouro Preto. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)
          Lavras Novas é uma vila tipicamente mineira. Seu povo é simples, seu casario charmoso. Lugar calmo, onde os animais andam livres pelas ruas. 
          Não apenas cães e gatos, mas cavalos, bois e vacas. Os animais nas ruas não incomodam, ao contrário, são bem tratados e são típicos de Lavras Novas, atrativos até.
          Dificilmente alguém não para fotografar os animais deitados nas gramas ou andando livremente pelas ruas e pastando, já que as calçadas são quase todas gramadas. (fotografia acima de Vinícius Barnabé/@vinicusbarnabe)
 
          Na Vila, vivem cerca de 1500 pessoas e é comum ver animais como vacas, bois e cavalos, passeando tranquilamente pela ruas da vila, como podem ver na foto acima do César Rocha.
          Em fins de semana e principalmente em dias de festas, eventos religiosos como a Folia de Reis, Semana Santa, Festas Juninas, a Festa de Nossa Senhora dos Prazeres e do Divino em setembro, esse número sextuplica. As belezas e tradições de Lavras Novas atraem turistas de toda Minas Gerais, do Brasil e do mundo também. (na imagem acima do Antônio Carlos/@casaaurelioartes)
A origem de Lavras Novas

          A história da vila começa a partir do início do século XVIII, quando da descoberta de lavras novas de ouro na região, pela família Cubas de Mendonça. A partir do século XIX, o vilarejo começou a crescer, com a chegada de novas famílias, dando forma arquitetônica e cultural à vila. (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro, a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres)
           No século XX, o artesanato se solidifica umas das principais vocações dos moradores da vila. Os primeiros artesãos de Lavras Novas se dedicavam a produzir e vender cestas e balaios de taquara, uma espécie de gramínea com caule oco, típico da região. Hoje o artesanato local é bem variado e riquíssimo. (na foto acima, de César Rocha, loja de artesanato em Lavras Novas)
          Na década de 1970, o distrito passou a ter energia elétrica, o que facilitou a vida dos moradores, bem como investimentos na melhora da infraestrutura da vila, da valorização das riquezas naturais da região na promoção da história e cultura local. A partir da década de 1990 a charmosa vila foi “descoberta” pelos turistas de Minas e de todo o Brasil. (na foto acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, um charmoso restaurante na Vila)
Atrações turísticas de Lavras Novas
          Hoje, Lavras Novas é um dos destinos mineiros mais procurados por turistas. Quem busca aventuras, esportes radicais, cachoeiras, trilhas, passeios e descanso, Lavras Novas é o lugar ideal. (fotografia acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro)
          Os moradores antigos, desde o século 19, deixaram um rico patrimônio histórico, cultural, vocação para o artesanato e na preservação de suas belezas naturais como formações rochosas, serras, matas, nascentes, mirantes, nascentes, represa como a do Custódio e belíssimas cachoeiras com destaque para as cachoeiras do Falcão, que fica no subdistrito da Chapada, do Pocinho, dos Três Pingos, do Cibrão, dos Namorados 
e a Cachoeira do Rapel, com suas três quedas d´água (na foto acima do Antônio Carlos/@casaaurelioartes e na foto abaixo a Casa Aurélio Artes/@casaaurelioartes. É um charmoso ateliê, com artesanato local e ainda, um café, onde os visitantes podem saborear as quitandas locais e tomar aquele cafezinho feito na hora).
          Belezas essas muito procuradas para prática de esportes radicais ou mesmo contato pleno com a natureza. O visitante encontra em Lavras Novas uma boa estrutura de hospedagem e gastronomia, além de guias e veículos próprios para esportes de aventuras ou mesmo acompanhamento a pé ou a cavalo, para que possa aproveitar com segurança suas belezas naturais.
A estrada para Lavras Novas
          O acesso à Lavras Novas, até proximidades do subdistrito de Chapada de Ouro Preto, é asfaltado (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro). Pela na estrada, o visitante tem o privilégio de poder desfrutar de belíssimas paisagens naturais pelo caminho.
          A partir do subdistrito da Chapada, a estrada é de terra revestida com calçamento intertravado (pequenos bloquetes espaçados). A foto acima, de minha autoria, mostra o lugar conhecido como 'Pedra do Equilíbrio', em das mais belas partes do trecho. A estrada hoje encontra-se em bom estado, conservada, calçada e segura para uso.
          Por ser uma área de preservação ambiental, com nascentes, matas nativas e formações rochosas em seu percurso, essa parte não pode receber asfalto.
          De Lavras Novas à Ouro Preto tem ônibus de segunda à sexta-feira, exceto sábado, domingo e feriado. Sai às 6 da manhã de Lavras Novas e retorna de Ouro Preto às 17hs. (na fotografia acima de autoria de Antônio Carlos/@casaaurelioartes)
          A linha era operada pela Transcotta, atualmente é operada pela empresa Rota Real. Devido a fatores adversos, como reformas na via ou outras situações, os horários e dias de circulação da linha podem sofrer alterações. Informações sobre horários de saída e retorno, devem ser obtidas na Rodoviária de Ouro Preto.
Uma volta ao passado
          A sensação de estar em Lavras Novas é de estar voltando aos tempos antigos, da simplicidade, da comida em fogão a lenha, da harmonia e alegria do povo, da cultura, do artesanato. Uma gostosa sensação de volta ao passado. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)
A tirolesa mais alta do Brasil 
          A 1500 metros de altitude, acima do nível do mar, na Serrinha de Lavras Novas, está a mais alta tirolesa do Brasil. Inaugurada em 2020, vem atraindo cada dia mais, amantes de esportes radicais e pessoas de de todas as idades, que curtem a liberdade e a alegria de estar em contato mais próximo à natureza. (foto acima do Antônio Carlos/@casaaurelioartes)      
           A velocidade da descida é tanta, que além de todos os equipamentos de segurança necessários como mosquetões, roldanas, capacete e cadeirinha, um paraquedas é usado para reduzir a velocidade. (na foto acima enviada pela @megatirolesalavrasnovas)
          A tirolesa foi construída e é administrada pela Agência Céu Turismo. Suporta até 120 kg e para seu uso, é cobrada uma taxa. Menores de 18 anos tem que ter a permissão dos pais ou responsável para usar a tirolesa. Já gestantes, pessoas cardíacas e com problemas relacionados à altura e velocidade, não devem usar a tirolesa.

Moeda, a Serra e as ruínas de São Caetano

(Por Arnaldo Silva) Moeda é uma acolhedora, charmosa, pequena e pacata cidade na região do Vale do Paraopeba, o Vale do Charme Mineiro. A cidade está apenas 60 km de Belo Horizonte. Conta atualmente com menos de 5 mil habitantes e faz divisa com Brumadinho, Belo Vale, Ouro Preto e Itabirito. O município tem origens históricas, no século XVIII, fazendo parte da Estrada Real. Tanto na sua área urbana, quando na zona rural, a cidade guarda relíquias setecentistas em sua arquitetura colonial, bem como, traços arquitetônicos dos estilos eclético e neoclássico, do século XX.
          A estação de trem de Moeda (na foto acima de César Reis), com traços tradicionais das construções do início do século XX, é uma das mais charmosas de Minas e um dos mais visitados pontos turísticos da cidade. Durante décadas, o trem de passageiros da Estrada de Ferro Central do Brasil, cortava o Vale do Paraopeba, levando e trazendo gente. 
          A Estação de Trem de Moeda foi uma das estações mais movimentadas da região, até a desativação do ramal de passageiros, em 1996. O trem ainda passa pelos trilhos de Moeda, mas somente para o transporte de carga. O acesso à cidade é por rodovia, pela BR-040 e MG-825. (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Sua área rural conta com povoações pitorescas e charmosas, além da riqueza e belezas históricas de suas construções rurais. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, a Vila Coco) Duas dessas relíquias merecem destaque. A primeira é o trecho do caminho para a antiga fundição, todo calçado em pedras, por escravos, há mais de 300 anos. Chamado de Calçadão, fica em Moeda Velha, hoje, distrito de São Caetano.
          A segunda, é a Fazenda dos Martins, construída no século XVIII. Todo o conjunto no entorno da fazenda, foram tombados em 1977, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG) (fotografia acima de César Rocha)
          Hoje a riqueza de Moeda não é mais o ouro, embora a mineração continue, com as minas de minério de ferro da região sendo exploradas, a riqueza agora em Moeda é o turismo. Por estar perto de Belo Horizonte, vem sendo um dos destinos mais procurados pelos amantes da natureza e adeptos de esportes radicais, quem vem ao município em busca de contato com a natureza e aventuras, pelas trilhas, a Serra da Moeda, paisagens lindíssimas e por suas cachoeiras paradisíacas, como a Cachoeira do Paiolino e o Poço do Limoeiro, distante apenas 15 km do Centro, ficam em uma propriedade particular, com acesso pago. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes)
          Um dos lugares mais visitados no município é Moeda Velha, povoado de Moeda (na foto acima do César Rocha, a Igreja de São Caetano, no povoado) Por volta de 1720, mesmo com o rígido controle da Coroa Portuguesa sobre nossas riquezas, existia na região da Serra a Fábrica do Paraopeba. Era uma fábrica clandestina de moeda, tendo sido a primeira do gênero no Brasil. Fundiam ouro sem arrecadar o quinto, que deveria ser pago à Coroa Portuguesa. Por isso a região, que antes se chamava Serra do Paraopeba, passou a ser conhecida como a Serra da Moeda, justamente pela fundição de moedas instalada na serra.
          Na tradição popular, o lugar sempre foi conhecido por moeda, pela existência da antiga fundição, hoje em ruínas, sendo um dos lugares mais interessantes para serem visitados na região. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, as ruínas da fundição no povoado de Moeda Velha, que fica próximo a Igreja de São Caetano) 
          Moeda, adotou esse nome em 1923. Antes seu nome era São Caetano da Moeda e era distrito de Ouro Preto. Em 1938 o nome foi alterado para Coco, passando a ser distrito de Itabirito. Finalmente, em 1953, foi emancipada, voltando a se chamar Moeda, em definitivo.
          No charmoso povoado, rodeado pelas belezas da Serra da Moeda, acontece todos os anos, no segundo final de semana de agosto, a Festa de São Caetano, que atrai gente de vários lugares das redondezas, para participar da festa, bem como conhecer as ruínas da antiga fundição e sua história.
          O município de Moeda tem o privilégio fazer parte da Serra da Moeda, uma das mais belas e deslumbrantes montanhas mineiras, pertinho de Belo Horizonte, a cerca de 35 km. (na fotografia acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, o Topo do Mundo) Com picos que variam de 1140 a 1500 metros de altitude, a cordilheira possui 70 km de extensão, abrangendo, os municípios de Moeda, Brumadinho, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto, cidades que compõem ainda o Vale do Charme.
          As cidades que fazem parte da Serra da Moeda tem ótima estrutura para receber os turistas, com excelentes pousadas, restaurantes típicos, com a melhor da culinária mineira. São opções que cabem para todo o bolso, desde o viajante estilo mochileiro ao que prefere o luxo e conforto. (fotografia acima e abaixo de Andréia Gomes)
          A vista é incrível, impressionante e um dos locais preferidos dos trilheiros, praticantes balonismo, voo livre e asa-delta que vem de todos os lugares, inclusive de outros países, atraídos pela beleza da cordilheira. (foto acima de Andréia Gomes) Na Serra, uma rampa natural, a 1500 metros de altitude, é o maior atrativo, tanto para os esportistas, tanto para quem procura apenas relaxar, com a belíssima vista, com as opções de subir a Serra de bike, a pé ou mesmo a cavalo. Conhecer a Serra da Moeda é conhecer um pouco magia singular das montanhas mineiras.

segunda-feira, 28 de março de 2016

O trem de Ouro Preto a Mariana

Conheça histórias e belas paisagens das cidades de Ouro Preto e Mariana através de um empolgante passeio a bordo da nossa locomotiva.
          De 2004 a 2006, a Vale revitalizou a antiga ferrovia construída em 1883 com 18 quilômetros de extensão, entre as cidades de Ouro Preto e Mariana, e também foi responsável pela restauração das quatro estações do percurso – Ouro Preto, Vitorino Dias, Passagem de Mariana e Mariana. Os vagões e a locomotiva foram artesanalmente reformados, conservando suas características originais. As estações de Ouro Preto e Mariana completam em 2015, respectivamente, 127 e 101 anos.
          Para que a ferrovia chegasse a Ouro Preto (estação acima) e Mariana (estação abaixo), foram necessários anos de espera e prodigiosas obras de engenharia, tamanhas eram as barreiras impostas pelas condições dos terrenos e da topografia da região.A história da construção da ferrovia de Ouro Preto, iniciada em 1883, e depois do seu prolongamento até Mariana, concluído somente em 1914, assim como a história de todo o século XIX, é capítulo importante na trajetória das duas cidades.         
          Foi ainda, no final do século XIX, com o advento da ferrovia, que se delineou o novo rumo do desenvolvimento econômico da região, tanto em relação à industrialização quanto ao aproveitamento das suas riquezas minerais, velho sonho dos mineiros que já não podiam contar mais com o ouro.
          O Trem é composto por 6 carros de passageiros, sendo 5 convencionais (240 Lugares) e 1 Panorâmico (52 Lugares) totalizando 292 lugares.
          Entre esses vagões – que mantêm o mesmo desenho dos antigos trens, com interiores em madeira –, destaca-se o panorâmico, que permite, por meio da sua estrutura transparente, a visualização completa das belas paisagens e da cachoeira.
Embarque - 
Ouro Preto 
Sexta-feira, sábado, domingo e feriados nacionais, das 9h às 17h. Tel: (31) 3551-7705. Praça Cesário Alvim, s/n. – Barra
Vendas de bilhetes de quarta-feira a domingo
Embarque - Mariana
Sexta-feira a domingo e feriados nacionais, das 9h às 17h. Tel: (31) 3557-3844. Praça Juscelino Kubitschek, s/n. – Centro
Vendas de bilhetes de quarta-feira a domingo (na foto abaixo de Fabinho Augusto, o trem chegando em Ouro Preto)
- Os passeios são realizados sextas, sábados, domingos e feriados nacionais.
- O pagamento das passagens do Trem da Vale pode ser feito por meio de cartão de crédito ou débito na Estação.
- Descontos para embarcar no Trem Turístico Ouro Preto-Mariana
Crianças até 5 anos, no colo, não pagam. Crianças de 6 a 12 anos, adultos a partir de 60 anos e estudantes (mediante apresentação de RG e carteira de estudante dentro do prazo de validade) pagam meia-entrada. A documentação deve ser apresentada no momento da compra do bilhete.
-  Os naturais de Ouro Preto e Mariana, que apresentarem comprovante de residência em nome da pessoa que está solicitando o bilhete e documento de identificação com foto tem desconto.
Fonte das informações acima:Site da Vale

sexta-feira, 25 de março de 2016

Ipatinga: a capital do Vale do Aço

(Por Arnaldo Silva) Distante 200 km de Belo Horizonte, pela BR 381, Ipatinga é uma cidade industrial, tendo no município, dezenas de indústrias de ponta, como a Usiminas (na foto acima e abaixo de Elvira Nascimento).
          Uma cidade desenvolvida, que oferece uma ótima qualidade de vida a seus cerca de 270 mil moradores. Ipatinga é o 10º município mais populoso de Minas Gerais. É considerada a capital do Vale do Aço, região industrial formada por Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e pelo colar metropolitano formado por mais 24 cidades. 
          Mesmo desenvolvida e industrial, Ipatinga preserva as origens e tradições mineiras em sua culinária destacando queijos e doces, no artesanato, nas festividades religiosas e folclóricas como os congados, presente nas comunidades rurais do município como em Ipaneminha, como podemos ver na foto de Elvira Nascimento
          Na cultura Ipatinga se destaca como um dos polos culturais de Minas Gerais, com diversas atividades culturas e teatrais pelo município, tendo como ponto principal dessas atividades, o Centro Cultural Usiminas, onde são realizados os grandes espetáculos culturais da Região. (foto acima de Elvira Nascimento, vista parcial de Ipatinga)
          Como opção de lazer, os ipatiguenses tem o Shopping do Vale do Aço e o da Usipa, além do Parque Ipanema (na foto acima de Elvira Nascimento), um dos mais belos e maiores parques urbanos de Minas Gerais com cerca de um milhão de m² com muita área verde e jardins projetados por Burle Marx, lago, quadras esportivas, pistas para caminhada e passeios de bicicletas.
          Compõe ainda a área do Parque Ipanema o Estácio Ipatingão e o Cartódromo Emerson Fittipaldi (foto acima de Elvira Nascimento). O município tem ainda o Parque Samambaias, Parque Ecológico das Águas e o Parque das Montanhas, além de belas praças com jardins e ruas arborizadas. 

quarta-feira, 23 de março de 2016

A história da rapadura e o modo tradicional de preparo

(Por Arnaldo Silva) Muito popular em Minas Gerais e no Nordeste brasileiro, a rapadura é um doce genuinamente nacional, feito a partir da cana-de-açúcar, em forma de tijolos. Está presente hoje em todos os estados brasileiros e em países da América Latina, embora com outros nomes como, panela (Colômbia, Venezuela, México, Equador e Guatemala), piloncillo(México), papelón (Venezuela e Colômbia), chancaca (Bolívia e Peru), empanizao (Bolívia) ou tapa de dulce (Costa Rica). 
          O doce é encontrado também na Argentina, Guatemala, no Panamá e na Índia, país de origem da cana-de-açúcar. O processo de fabricação da rapadura consiste em moer a cana num engenho, ferver o caldo num tacho de cobre, mexendo até engrossar e por fim, despejar o doce em fôrmas de madeira e deixar secar. Ficará bem dura, lembrando um tijolo.
          Por etapas, é basicamente assim: a cana é cortada, passando por um processo de queima e moída num engenho, para retirar o caldo que cai numa enorme vasilha durante a moeda onde ficará descansando, para que as impurezas como pedaços do bagaço, sejam separadas, pelo processo natural decantação, por fim, é coado.
          O próximo passo é a fervura, onde o caldo da cana é colocado num enorme tacho, onde o doceiro mexe sem parar, até que comece a ter consistência, para bater o doce e colocá-lo nas fôrmas. A rapadura pode ficar num tom marrom bem escuro ou num tom marrom mais claro, dependendo do tempo de fervura e também da espécie da cana usada.
          Com a ajuda de uma concha o doce é despejado em fôrmas de madeira, ficando até esfriar, quando a rapadura estará pronta para ser desenformada, embalada e comercializada. 
A origem da rapadura
          Surgiu no Brasil por volta de 1532, no século XVI, com a introdução do plantio da cana-de-açúcar na Colônia. Durante a produção do açúcar, na hora de limpar o tacho, os escravos tinham que raspar as sobras que ficavam grudadas nas bordas dos tachos. Percebiam que essas sobras ficavam muito duras e passaram a comer essas raspas e adoçar alguns alimentos. Como não podiam usar o açúcar que pertenciam aos senhores do engenho, usavam as sobras, as raspas. 
          Percebendo que os escravos gostavam das raspas, que ficavam duras e não derretiam facilmente, além de durar muito tempo, fez com que os portugueses se lembrassem de um doce tradicional nos Açores e Ilhas Canarias, em Portugal, feito em barras, como se fossem tijolos. Resolveram adaptar a técnica nos engenhos da Colônia, criando as fôrmas de madeira, em formato retangular e colocando o caldo de cana, fervido, já grosso. Ficava uma barra dura, precisando ser quebrada ou raspada. Assim surgiu a nossa rapadura, inicialmente, raspadura, mas acabou ficando rapadura, na forma popular de falar. 
          Como toda comida naquela época, num país recém descoberto e sem nenhuma estrutura alimentar, surgiu por necessidade. Isso porque as viagens eram feitas em carros de bois ou em burros e as comidas pereciam rapidamente, como o açúcar, umedecia e melava em poucos dias. Daí a necessidade de se fazer um produto mais durável para adoçar os alimentos. Assim surgiu a rapadura, largamente usada por bandeirantes e tropeiros em suas viagens pelo sertão, pela fácil acomodação, pelo uso prático para adoçar alimentos.
          O alimento que surgiu para suprir uma necessidade na época, hoje é um alimento necessário por seu alto valor nutricional, bem melhor que o açúcar comum, já que a rapadura contém bem mais substâncias nutritivas em sua composição e é um açúcar mais saudável. 
As propriedades da rapadura
          A rapadura contém proteínas, ferro, zinco, potássio, sódio, carboidratos, gordura, fósforo, magnésio, cobre, flúor, vitaminas, A, B1, B2, B5, B6, C, D2, e PP. Por seu alto poder nutritivo, é consumida em maior escala no Norte e Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e no Nordeste como complemento alimentar, fazendo parte da merenda escolar de alguns estados como Ceará, Paraíba e Pernambuco, distribuídas em forma de pastilhas.           
          Na culinária, substitui o açúcar em bolos, sucos, doces e usada ainda como adoçante natural.
(As fotos do Edson Borges, mostra o dia de fazeção de rapadura na roça da Marilene Rodrigues em Felício dos Santos MG, no Vale do Jequitinhonha)

Queijo Cabacinha: origem e receita original

(Por Arnaldo Silva) O Queijo Cabacinha, é tradicional em Minas Gerais, historicamente fabricado na Região do Vale do Jequitinhonha. Reconhecido pelo IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), através da Portaria nº 1403 em 10 de maio de 2014, é um dos queijos muito apreciados na região pelo seu sabor único, sabor este que vem conquistando o paladar de centenas de milhares de pessoas de outras regiões de Minas e do Brasil. Quanto mais maturado, melhor o sabor.
     As cidades mineiras que produzem o queijo Cabacinha (foto acima de Sila Moura) são  oficialmente, segundo o IMA são: Pedra Azul, Medina, Cachoeira do Pajeú, Comercinho e Itaobim. Mas, dezenas de outras cidades do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas produzem o Queijo Cabacinha. Alguns estados do Nordeste passaram a produzir esse queijo e no Espírito Santo também. O IMA reconhece as cidades citadas acima como legítimas produtoras desse tipo de queijo.
          Em Pedra Azul, segundo a Emater, já tem cerca de 150 produtores do queijo cabacinha.
          Esse queijo é mineiro mas sua origem é italiana. Conhecido como Caccio Cavalo, chegou à Itália pelas mãos de nômades, que faziam esse tipo de queijo usando leite de jumenta. 
          O modo de fazer desse queijo foi incorporado à tradição italiana, mas usando leite de vaca cru. O sabor do Caccio Cavalo lembra um meio termo entre a mozzarella e o provolone, porém, mais suave que ambos 
          Tem esse nome devido seu processo de secagem. Depois de pronto, são amarrados em barbantes e pendurados em pares, como se estivesse sobre a cela de um cavalo.
          Em Minas Gerais esse tipo de queijo teve a receita adaptada aos costumes e cultura de sua região predominante, o Vale do Jequitinhonha, bem como o formato, que é em forma da tradicional cabaça. 
          O Cabacinha é feito com leite cru de vaca, sua cura é natural quando são amarrados em barbantes e pendurados. O formato é adquirido no processo final, da massa já pronta, usando apenas as mãos para fazer o molde de uma cabaça. (foto abaixo de Silva Moura)
Saiba como se faz esse delicioso queijo.
Ingredientes:
. 10 litros de leite cru
. 1 colher (sopa) de coalho líquido 
. 1 xícara de sal
Modo de Preparo
- Leve o leite ao fogo e deixe até que aqueça, mas sem pegar fervura.
- Coloque o coalho dissolvido em um pouco de água filtrada e mexa bem
- Cubra a vasilha com um pano e deixe descansando por 1 hora.
- Após esse tempo enfie uma faca no leite. Se sair limpo, é porque está já coalhado. Caso o contrário, coloque mais um pouco de coalho, misture e deixe descansando mais 1 hora.
- Quando estiver coalhado, faça cortes verticais e depois horizontais, formando um xadrez.
- Deixe repousando assim por uns 5 minutos.
- Após esse tempo, com uma colher de pau, mexa a massa em movimentos em forma de 8, durante 5 minutos. Pare por 3 minutos e volte novamente a mexer por mais 5 minutos, parando por 3. Faça isso durante 30 minutos.
- Deixe dessorar por 20 minutos
- Coloque um pano branco e limpo num balde grande e despeje a massa junto e jogue 1 litro de água fervida, mexendo espremendo até que saia todo o soro.
- Deixe a massa descansando um pouco e volte a espremer novamente até sair todo o soro.
- Quando estiver bem espremido retire a massa e coloque-a numa peneira ou escorredor de macarrão e deixe repousando sobre uma vasilha, para que o excesso de soro saia. Sem o soro, a massa irá ficar homogênea e lisa.
- Coloque a massa numa vasilha e cubra em seguida com água bem fervente.
- Quando esfriar, retire a água da vasilha e comece a moldar a massa com as mãos, fazendo um molde, semelhante uma cabaça, com a parte inferior arredondada, seguida a superior de um "pescoço" e fazendo um "bico na ponta. Da mesma forma que vê na primeira foto, acima.
- Feito isso, coloque novamente água fervente na cabacinha, até cobri-la e acrescente a xícara de sal.
- Deixe na salga por cerca de 1:30h.
- Após esse tempo, retire a cabacinha da salga, enxugue-a, amarre um barbante no "pescocinho" e pendure para secar, num ambiente protegido por telas.
- Está pronto o Queijo Cabacinha.

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