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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Moeda, a Serra e as ruínas de São Caetano

(Por Arnaldo Silva) Moeda é uma acolhedora, charmosa, pequena e pacata cidade na região do Vale do Paraopeba, o Vale do Charme Mineiro. A cidade está apenas 60 km de Belo Horizonte. Conta atualmente com menos de 5 mil habitantes e faz divisa com Brumadinho, Belo Vale, Ouro Preto e Itabirito. O município tem origens históricas, no século XVIII, fazendo parte da Estrada Real. Tanto na sua área urbana, quando na zona rural, a cidade guarda relíquias setecentistas em sua arquitetura colonial, bem como, traços arquitetônicos dos estilos eclético e neoclássico, do século XX.
          A estação de trem de Moeda (na foto acima de César Reis), com traços tradicionais das construções do início do século XX, é uma das mais charmosas de Minas e um dos mais visitados pontos turísticos da cidade. Durante décadas, o trem de passageiros da Estrada de Ferro Central do Brasil, cortava o Vale do Paraopeba, levando e trazendo gente. 
          A Estação de Trem de Moeda foi uma das estações mais movimentadas da região, até a desativação do ramal de passageiros, em 1996. O trem ainda passa pelos trilhos de Moeda, mas somente para o transporte de carga. O acesso à cidade é por rodovia, pela BR-040 e MG-825. (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Sua área rural conta com povoações pitorescas e charmosas, além da riqueza e belezas históricas de suas construções rurais. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, a Vila Coco) Duas dessas relíquias merecem destaque. A primeira é o trecho do caminho para a antiga fundição, todo calçado em pedras, por escravos, há mais de 300 anos. Chamado de Calçadão, fica em Moeda Velha, hoje, distrito de São Caetano.
          A segunda, é a Fazenda dos Martins, construída no século XVIII. Todo o conjunto no entorno da fazenda, foram tombados em 1977, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG) (fotografia acima de César Rocha)
          Hoje a riqueza de Moeda não é mais o ouro, embora a mineração continue, com as minas de minério de ferro da região sendo exploradas, a riqueza agora em Moeda é o turismo. Por estar perto de Belo Horizonte, vem sendo um dos destinos mais procurados pelos amantes da natureza e adeptos de esportes radicais, quem vem ao município em busca de contato com a natureza e aventuras, pelas trilhas, a Serra da Moeda, paisagens lindíssimas e por suas cachoeiras paradisíacas, como a Cachoeira do Paiolino e o Poço do Limoeiro, distante apenas 15 km do Centro, ficam em uma propriedade particular, com acesso pago. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes)
          Um dos lugares mais visitados no município é Moeda Velha, povoado de Moeda (na foto acima do César Rocha, a Igreja de São Caetano, no povoado) Por volta de 1720, mesmo com o rígido controle da Coroa Portuguesa sobre nossas riquezas, existia na região da Serra a Fábrica do Paraopeba. Era uma fábrica clandestina de moeda, tendo sido a primeira do gênero no Brasil. Fundiam ouro sem arrecadar o quinto, que deveria ser pago à Coroa Portuguesa. Por isso a região, que antes se chamava Serra do Paraopeba, passou a ser conhecida como a Serra da Moeda, justamente pela fundição de moedas instalada na serra.
          Na tradição popular, o lugar sempre foi conhecido por moeda, pela existência da antiga fundição, hoje em ruínas, sendo um dos lugares mais interessantes para serem visitados na região. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, as ruínas da fundição no povoado de Moeda Velha, que fica próximo a Igreja de São Caetano) 
          Moeda, adotou esse nome em 1923. Antes seu nome era São Caetano da Moeda e era distrito de Ouro Preto. Em 1938 o nome foi alterado para Coco, passando a ser distrito de Itabirito. Finalmente, em 1953, foi emancipada, voltando a se chamar Moeda, em definitivo.
          No charmoso povoado, rodeado pelas belezas da Serra da Moeda, acontece todos os anos, no segundo final de semana de agosto, a Festa de São Caetano, que atrai gente de vários lugares das redondezas, para participar da festa, bem como conhecer as ruínas da antiga fundição e sua história.
          O município de Moeda tem o privilégio fazer parte da Serra da Moeda, uma das mais belas e deslumbrantes montanhas mineiras, pertinho de Belo Horizonte, a cerca de 35 km. (na fotografia acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, o Topo do Mundo) Com picos que variam de 1140 a 1500 metros de altitude, a cordilheira possui 70 km de extensão, abrangendo, os municípios de Moeda, Brumadinho, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto, cidades que compõem ainda o Vale do Charme.
          As cidades que fazem parte da Serra da Moeda tem ótima estrutura para receber os turistas, com excelentes pousadas, restaurantes típicos, com a melhor da culinária mineira. São opções que cabem para todo o bolso, desde o viajante estilo mochileiro ao que prefere o luxo e conforto. (fotografia acima e abaixo de Andréia Gomes)
          A vista é incrível, impressionante e um dos locais preferidos dos trilheiros, praticantes balonismo, voo livre e asa-delta que vem de todos os lugares, inclusive de outros países, atraídos pela beleza da cordilheira. (foto acima de Andréia Gomes) Na Serra, uma rampa natural, a 1500 metros de altitude, é o maior atrativo, tanto para os esportistas, tanto para quem procura apenas relaxar, com a belíssima vista, com as opções de subir a Serra de bike, a pé ou mesmo a cavalo. Conhecer a Serra da Moeda é conhecer um pouco magia singular das montanhas mineiras.

segunda-feira, 28 de março de 2016

O trem de Ouro Preto a Mariana

Conheça histórias e belas paisagens das cidades de Ouro Preto e Mariana através de um empolgante passeio a bordo da nossa locomotiva.
          De 2004 a 2006, a Vale revitalizou a antiga ferrovia construída em 1883 com 18 quilômetros de extensão, entre as cidades de Ouro Preto e Mariana, e também foi responsável pela restauração das quatro estações do percurso – Ouro Preto, Vitorino Dias, Passagem de Mariana e Mariana. Os vagões e a locomotiva foram artesanalmente reformados, conservando suas características originais. As estações de Ouro Preto e Mariana completam em 2015, respectivamente, 127 e 101 anos.
          Para que a ferrovia chegasse a Ouro Preto (estação acima) e Mariana (estação abaixo), foram necessários anos de espera e prodigiosas obras de engenharia, tamanhas eram as barreiras impostas pelas condições dos terrenos e da topografia da região.A história da construção da ferrovia de Ouro Preto, iniciada em 1883, e depois do seu prolongamento até Mariana, concluído somente em 1914, assim como a história de todo o século XIX, é capítulo importante na trajetória das duas cidades.         
          Foi ainda, no final do século XIX, com o advento da ferrovia, que se delineou o novo rumo do desenvolvimento econômico da região, tanto em relação à industrialização quanto ao aproveitamento das suas riquezas minerais, velho sonho dos mineiros que já não podiam contar mais com o ouro.
          O Trem é composto por 6 carros de passageiros, sendo 5 convencionais (240 Lugares) e 1 Panorâmico (52 Lugares) totalizando 292 lugares.
          Entre esses vagões – que mantêm o mesmo desenho dos antigos trens, com interiores em madeira –, destaca-se o panorâmico, que permite, por meio da sua estrutura transparente, a visualização completa das belas paisagens e da cachoeira.
Embarque - 
Ouro Preto 
Sexta-feira, sábado, domingo e feriados nacionais, das 9h às 17h. Tel: (31) 3551-7705. Praça Cesário Alvim, s/n. – Barra
Vendas de bilhetes de quarta-feira a domingo
Embarque - Mariana
Sexta-feira a domingo e feriados nacionais, das 9h às 17h. Tel: (31) 3557-3844. Praça Juscelino Kubitschek, s/n. – Centro
Vendas de bilhetes de quarta-feira a domingo (na foto abaixo de Fabinho Augusto, o trem chegando em Ouro Preto)
- Os passeios são realizados sextas, sábados, domingos e feriados nacionais.
- O pagamento das passagens do Trem da Vale pode ser feito por meio de cartão de crédito ou débito na Estação.
- Descontos para embarcar no Trem Turístico Ouro Preto-Mariana
Crianças até 5 anos, no colo, não pagam. Crianças de 6 a 12 anos, adultos a partir de 60 anos e estudantes (mediante apresentação de RG e carteira de estudante dentro do prazo de validade) pagam meia-entrada. A documentação deve ser apresentada no momento da compra do bilhete.
-  Os naturais de Ouro Preto e Mariana, que apresentarem comprovante de residência em nome da pessoa que está solicitando o bilhete e documento de identificação com foto tem desconto.
Fonte das informações acima:Site da Vale

sexta-feira, 25 de março de 2016

Ipatinga: a capital do Vale do Aço

(Por Arnaldo Silva) Distante 200 km de Belo Horizonte, pela BR 381, Ipatinga é uma cidade industrial, tendo no município, dezenas de indústrias de ponta, como a Usiminas (na foto acima e abaixo de Elvira Nascimento).
          Uma cidade desenvolvida, que oferece uma ótima qualidade de vida a seus cerca de 270 mil moradores. Ipatinga é o 10º município mais populoso de Minas Gerais. É considerada a capital do Vale do Aço, região industrial formada por Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e pelo colar metropolitano formado por mais 24 cidades. 
          Mesmo desenvolvida e industrial, Ipatinga preserva as origens e tradições mineiras em sua culinária destacando queijos e doces, no artesanato, nas festividades religiosas e folclóricas como os congados, presente nas comunidades rurais do município como em Ipaneminha, como podemos ver na foto de Elvira Nascimento
          Na cultura Ipatinga se destaca como um dos polos culturais de Minas Gerais, com diversas atividades culturas e teatrais pelo município, tendo como ponto principal dessas atividades, o Centro Cultural Usiminas, onde são realizados os grandes espetáculos culturais da Região. (foto acima de Elvira Nascimento, vista parcial de Ipatinga)
          Como opção de lazer, os ipatiguenses tem o Shopping do Vale do Aço e o da Usipa, além do Parque Ipanema (na foto acima de Elvira Nascimento), um dos mais belos maiores parques urbanos de Minas Gerais e também o maior, com cerca de um milhão de m² com muita área verde e jardins projetados por Burle Marx, lago, quadras esportivas, pistas para caminhada e passeios de bicicletas.
          Compõe ainda a área do Parque Ipanema o Estácio Ipatingão e o Cartódromo Emerson Fittipaldi (foto acima de Elvira Nascimento). O município tem ainda o Parque Samambaias, Parque Ecológico das Águas e o Parque das Montanhas, além de belas praças com jardins e ruas arborizadas. 

quarta-feira, 23 de março de 2016

A história da rapadura e o modo tradicional de preparo

(Por Arnaldo Silva) Muito popular em Minas Gerais e no Nordeste brasileiro, a rapadura é um doce genuinamente nacional, feito a partir da cana-de-açúcar, em forma de tijolos. Está presente hoje em todos os estados brasileiros e em países da América Latina, embora com outros nomes como, panela (Colômbia, Venezuela, México, Equador e Guatemala), piloncillo(México), papelón (Venezuela e Colômbia), chancaca (Bolívia e Peru), empanizao (Bolívia) ou tapa de dulce (Costa Rica). 
          O doce é encontrado também na Argentina, Guatemala, no Panamá e na Índia, país de origem da cana-de-açúcar. O processo de fabricação da rapadura consiste em moer a cana num engenho, ferver o caldo num tacho de cobre, mexendo até engrossar e por fim, despejar o doce em fôrmas de madeira e deixar secar. Ficará bem dura, lembrando um tijolo.
          Por etapas, é basicamente assim: a cana é cortada, passando por um processo de queima e moída num engenho, para retirar o caldo que cai numa enorme vasilha durante a moeda onde ficará descansando, para que as impurezas como pedaços do bagaço, sejam separadas, pelo processo natural decantação, por fim, é coado.
          O próximo passo é a fervura, onde o caldo da cana é colocado num enorme tacho, onde o doceiro mexe sem parar, até que comece a ter consistência, para bater o doce e colocá-lo nas fôrmas. A rapadura pode ficar num tom marrom bem escuro ou num tom marrom mais claro, dependendo do tempo de fervura e também da espécie da cana usada.
          Com a ajuda de uma concha o doce é despejado em fôrmas de madeira, ficando até esfriar, quando a rapadura estará pronta para ser desenformada, embalada e comercializada. 
A origem da rapadura
          Surgiu no Brasil por volta de 1532, no século XVI, com a introdução do plantio da cana-de-açúcar na Colônia. Durante a produção do açúcar, na hora de limpar o tacho, os escravos tinham que raspar as sobras que ficavam grudadas nas bordas dos tachos. Percebiam que essas sobras ficavam muito duras e passaram a comer essas raspas e adoçar alguns alimentos. Como não podiam usar o açúcar que pertenciam aos senhores do engenho, usavam as sobras, as raspas. 
          Percebendo que os escravos gostavam das raspas, que ficavam duras e não derretiam facilmente, além de durar muito tempo, fez com que os portugueses se lembrassem de um doce tradicional nos Açores e Ilhas Canarias, em Portugal, feito em barras, como se fossem tijolos. Resolveram adaptar a técnica nos engenhos da Colônia, criando as fôrmas de madeira, em formato retangular e colocando o caldo de cana, fervido, já grosso. Ficava uma barra dura, precisando ser quebrada ou raspada. Assim surgiu a nossa rapadura, inicialmente, raspadura, mas acabou ficando rapadura, na forma popular de falar. 
          Como toda comida naquela época, num país recém descoberto e sem nenhuma estrutura alimentar, surgiu por necessidade. Isso porque as viagens eram feitas em carros de bois ou em burros e as comidas pereciam rapidamente, como o açúcar, umedecia e melava em poucos dias. Daí a necessidade de se fazer um produto mais durável para adoçar os alimentos. Assim surgiu a rapadura, largamente usada por bandeirantes e tropeiros em suas viagens pelo sertão, pela fácil acomodação, pelo uso prático para adoçar alimentos.
          O alimento que surgiu para suprir uma necessidade na época, hoje é um alimento necessário por seu alto valor nutricional, bem melhor que o açúcar comum, já que a rapadura contém bem mais substâncias nutritivas em sua composição e é um açúcar mais saudável. 
As propriedades da rapadura
          A rapadura contém proteínas, ferro, zinco, potássio, sódio, carboidratos, gordura, fósforo, magnésio, cobre, flúor, vitaminas, A, B1, B2, B5, B6, C, D2, e PP. Por seu alto poder nutritivo, é consumida em maior escala no Norte e Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e no Nordeste como complemento alimentar, fazendo parte da merenda escolar de alguns estados como Ceará, Paraíba e Pernambuco, distribuídas em forma de pastilhas.           
          Na culinária, substitui o açúcar em bolos, sucos, doces e usada ainda como adoçante natural.
(As fotos do Edson Borges, mostra o dia de fazeção de rapadura na roça da Marilene Rodrigues em Felício dos Santos MG, no Vale do Jequitinhonha)

Queijo Cabacinha: origem e receita original

(Por Arnaldo Silva) O Queijo Cabacinha, é tradicional em Minas Gerais, historicamente fabricado na Região do Vale do Jequitinhonha. Reconhecido pelo IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), através da Portaria nº 1403 em 10 de maio de 2014, é um dos queijos muito apreciados na região pelo seu sabor único, sabor este que vem conquistando o paladar de centenas de milhares de pessoas de outras regiões de Minas e do Brasil. Quanto mais maturado, melhor o sabor.
     As cidades mineiras que produzem o queijo Cabacinha (foto acima de Sila Moura) são  oficialmente, segundo o IMA são: Pedra Azul, Medina, Cachoeira do Pajeú, Comercinho e Itaobim. Mas, dezenas de outras cidades do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas produzem o Queijo Cabacinha. Alguns estados do Nordeste passaram a produzir esse queijo e no Espírito Santo também. O IMA reconhece as cidades citadas acima como legítimas produtoras desse tipo de queijo.
          Em Pedra Azul, segundo a Emater, já tem cerca de 150 produtores do queijo cabacinha.
          Esse queijo é mineiro mas sua origem é italiana. Conhecido como Caccio Cavalo, chegou à Itália pelas mãos de nômades, que faziam esse tipo de queijo usando leite de jumenta. 
          O modo de fazer desse queijo foi incorporado à tradição italiana, mas usando leite de vaca cru. O sabor do Caccio Cavalo lembra um meio termo entre a mozzarella e o provolone, porém, mais suave que ambos 
          Tem esse nome devido seu processo de secagem. Depois de pronto, são amarrados em barbantes e pendurados em pares, como se estivesse sobre a cela de um cavalo.
          Em Minas Gerais esse tipo de queijo teve a receita adaptada aos costumes e cultura de sua região predominante, o Vale do Jequitinhonha, bem como o formato, que é em forma da tradicional cabaça. 
          O Cabacinha é feito com leite cru de vaca, sua cura é natural quando são amarrados em barbantes e pendurados. O formato é adquirido no processo final, da massa já pronta, usando apenas as mãos para fazer o molde de uma cabaça. (foto abaixo de Silva Moura)
Saiba como se faz esse delicioso queijo.
Ingredientes:
. 10 litros de leite cru
. 1 colher (sopa) de coalho líquido 
. 1 xícara de sal
Modo de Preparo
- Leve o leite ao fogo e deixe até que aqueça, mas sem pegar fervura.
- Coloque o coalho dissolvido em um pouco de água filtrada e mexa bem
- Cubra a vasilha com um pano e deixe descansando por 1 hora.
- Após esse tempo enfie uma faca no leite. Se sair limpo, é porque está já coalhado. Caso o contrário, coloque mais um pouco de coalho, misture e deixe descansando mais 1 hora.
- Quando estiver coalhado, faça cortes verticais e depois horizontais, formando um xadrez.
- Deixe repousando assim por uns 5 minutos.
- Após esse tempo, com uma colher de pau, mexa a massa em movimentos em forma de 8, durante 5 minutos. Pare por 3 minutos e volte novamente a mexer por mais 5 minutos, parando por 3. Faça isso durante 30 minutos.
- Deixe dessorar por 20 minutos
- Coloque um pano branco e limpo num balde grande e despeje a massa junto e jogue 1 litro de água fervida, mexendo espremendo até que saia todo o soro.
- Deixe a massa descansando um pouco e volte a espremer novamente até sair todo o soro.
- Quando estiver bem espremido retire a massa e coloque-a numa peneira ou escorredor de macarrão e deixe repousando sobre uma vasilha, para que o excesso de soro saia. Sem o soro, a massa irá ficar homogênea e lisa.
- Coloque a massa numa vasilha e cubra em seguida com água bem fervente.
- Quando esfriar, retire a água da vasilha e comece a moldar a massa com as mãos, fazendo um molde, semelhante uma cabaça, com a parte inferior arredondada, seguida a superior de um "pescoço" e fazendo um "bico na ponta. Da mesma forma que vê na primeira foto, acima.
- Feito isso, coloque novamente água fervente na cabacinha, até cobri-la e acrescente a xícara de sal.
- Deixe na salga por cerca de 1:30h.
- Após esse tempo, retire a cabacinha da salga, enxugue-a, amarre um barbante no "pescocinho" e pendure para secar, num ambiente protegido por telas.
- Está pronto o Queijo Cabacinha.

sábado, 19 de março de 2016

Santuário de Nossa Senhora das Graças em Bom Repouso

(Por Arnaldo Silva) Bom Repouso é uma típica cidade mineira, que preserva suas tradições, principalmente religiosas. Com pouco mais de 15 mil habitantes, o município do Sul de Minas está a 1410 metros de altitude, ambiente propício para a produção de morangos. O município é um dos maiores produtores dessa fruta no Brasil. Faz divisa com os municípios de Bueno Brandão, Inconfidentes, Senador Amaral, Cambuí, Estiva e Tocos do Moji. Está distante 456 km de Belo Horizonte, via BR 381. A 185 km de São Paulo, via BR 381 e a 431 km do Rio de Janeiro, via BR 116. (foto acima de Leonardo Souza - @jleonardo_souza_srs)
          Bom Repouso possui a segunda maior imagem de Nossa Senhora das Graças do Brasil, com 20 metros de altura. A imagem foi inteiramente construída em argamassa, equivale a um prédio de seis andares e se encontra a 1410 metros de altitude.
A principal rodovia é a LMG-884 com uma extensão de 19 quilômetros, ligando Bom Repouso à BR 381 em seu KM 887.
Aos pés da gigantesca imagem há um mirante onde pode-se contemplar toda a cidade e a bela paisagem montanhosa que a circunda. (na foto de Jussan Lima, peregrinos rumo ao Santuário)
          Segundo informações da Prefeitura Municipal de Bom Repouso MG, a imagem de Nossa Senhora das Graças tem 17 metros de altura mais 3 metros do alicerce da santa. Ela foi construída em 2001 e é uma das maiores imagens da santa no Brasil (em Irati, no Paraná, há uma imagem de 22 metros de altura de Nossa Senhora das Graças).
         A iniciativa veio de uma moradora da cidade, muito devota de Nossa Senhora das Graças, e a construção foi com a ajuda de toda a população e da Prefeitura Municipal com o intuito de atrair turistas para a cidade. (foto acima e abaixo de Jussan Lima)
          Ainda segundo a prefeitura, o santuário recebe em média 40.000 visitas por ano. No alicerce da imagem há uma lojinha, onde os visitantes encontram orações de Nossa Senhora das Graças com folders, santinhos, adesivos religiosos, chaveiros religiosos em geral e um pequeno espaço de fotos de pessoas que fizeram seus pedidos e promessas e foram abençoados recebendo graças da santa. Os visitantes também podem visitar a capela ao lado e deixar seus pedidos e ofertas à Nossa Senhora das Graças. 

quinta-feira, 17 de março de 2016

Parque Nova Baden em Lambari MG

O Parque Estadual de Nova Baden (Cachoeira das Sete Quedas. Imagem enviada pela Secretaria de Turismo de Lambari MG) é um local cuja beleza destaca-se na região. A área foi protegida em 1974, com a criação da Reserva Biológica de Nova Baden, sendo alterada sua categoria de manejo para Parque em 27 de setembro de 1994, através do Decreto nº 36.069. Está localizado no município de Lambari, na região sul do Estado, conhecida como Circuito das Águas, numa porção do relevo brasileiro conhecido como Planalto Atlântico, na Serra da Mantiqueira. Encontra-se inserido na sub-bacia do Ribeirão do Melo, na bacia hidrográfica do Rio Grande.
Patrimônio Natural
     Nova Baden (foto acima de Joseane Astério) possui uma área de 214,47 hectares, nos quais os recursos hídricos destacam-se. Várias nascentes existem no interior da mata, sendo a mais importante a cachoeira Sete Quedas.
      A unidade de conservação abriga valiosos exemplares da fauna e a flora da Mata Atlântica. Entre as diversas espécies da flora estão o jequitibá, o cedro, a peroba, palmito, o jacarandá, o pinheiro brasileiro e o cedro. O clima úmido propicia a formação de um ecossistema rico em musgos, liquens, bromélias e orquídeas.
     O Parque é uma importante reserva de diversas espécies de anfíbios, mamíferos e aves. Dentre as espécies, destacam-se os primatas barbado, sauá, mico e macaco-prego, além da jaguatirica, quatis, tatu e tamanduá-mirim.

História pra contar
     O nome do Parque (foto acima do Parque enviada pela Secretaria de Turismo de Lambari) é uma referência ao alemão Américo Werneck, da cidade de Baden-Baden que, no século 19, instalou-se na região. Pioneiro em questões ambientais, o dr. Werneck era fruticultor e desenvolveu vários projetos de aproveitamento racional das estâncias hidro-minerais. Foi o autor do projeto do Cassino de Lambari.
     Mais tarde, desgostoso com a política local, partiu e não retornou para reaver suas terras, o que levou o Estado a se apropriar da Fazenda, transformando-a em uma área de proteção ambiental em 1974. O Parque Estadual de Nova Baden foi aberto à visitação em 1995.

Infra-estrutura
     O Parque Estadual Nova Baden (foto acima de Joseane Astério) possui uma excelente infra-estrutura para atendimento ao visitante com destaque para o Centro de Visitantes que possui auditório para 90 pessoas, salas para reuniões e posto para a Polícia de Meio Ambiente. O Centro ocupa o casarão que era a sede da Fazenda de Américo Werneck, construído no século 19. (na foto abaixo, o Parque das Águas de Lambari. Foto de Joseane Astério)
Visitação:
O Parque não possui área de camping ou abrigos para a hospedagem de visitantes. No entanto, a cidade de Lambari, destino tradicional no turismo mineiro, mantém excelente infra-estrutura.
Horário de funcionamento: 7 às 17h
Telefone de contato: (35) 3271-1338
Como chegar:
Saindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 381 (Rodovia Fernão Dias) no sentido São Paulo até o trevo para Cambuquira. A partir daí, prosseguir pela MG 267 até o município Lambari
.
Fonte das informações Setur/Prefeitura Municipal de Lambari MG

domingo, 13 de março de 2016

Se vem a Minas, tem que vir a Tiradentes

(Por Arnaldo Silva) Andar pelas ruas de pedra de Tiradentes é como voltar ao passado. Cada canto, cada casarão, cada esquina tem uma rica história para contar. 
          A cidade é pequena com menos de oito mil habitantes. Em poucas horas pode-se percorrer todas as ruas, mas levará dias para conhecer a história presente nos museus, casarões, nas ruas calçadas com pedras de pé-de-moleque, becos, chafarizes, igrejas, capelas, bares e lojas de artesanato, principalmente em madeira. (fotografia acima de Matheus Freitas/@m.ffotografia)
          Vindo a Tiradentes, não tenha pressa, fique dias. É uma descoberta em cada canto, ainda mais que Tiradentes está na divisa com São João Del Rei e Prados, duas cidades históricas mineiras e Bichinho, distrito que pertence a Prados. Quem vem a Tiradentes se apaixona, se emociona e volta! (foto abaixo de Eliane Torino)
Vir à Minas e não vir a Tiradentes é como ir a Roma 
e não ver o Papa ou ir ao litoral e não ver o mar. 
          Tiradentes é a cidade histórica brasileira mais bem conservada. De longe lembra um presépio de tão linda e charmosa que é. A cidade chama atenção pela beleza de seu casario bem conservado, pela arte barroca presente, por sua Igreja Matriz, a de Santo Antônio, com a fachada esculpida pelo Mestre Aleijadinho e seu interior, com mais de meia tonelada de ouro em obras de arte, sendo a segunda igreja mais rica em ouro no Brasil.
          Constantemente Tiradentes é cenário para filmes, novelas como Espelho da Vida e minisséries como Os Maias, Hilda Furacão, da Rede Globo. É uma das cidades preferidas de turistas que procuram história, passeio de trem, arquitetura colonial, museus, cinema, teatro, música, paisagens exuberantes e uma ótima gastronomia, juntamente com bons restaurantes e pousadas aconchegantes. Tiradentes tem tudo isso e mais um pouco. (foto acima de César Reis)
          Tiradentes é uma cidade vida, cheia de cores e sabores, principalmente da nossa culinária. É uma referência em culinária de qualidade no Brasil. Quer conhecer bem a cozinha mineira? O lugar é Tiradentes. Todos os anos a cidade organiza o Festival de Gastronomia. É um dos mais importantes eventos culinários do Brasil, atraindo chef´s de Minas Gerais, do país e até do exterior. É um dos mais gostosos e concorridos eventos gastronômicos do Brasil. (na foto acima de Matheus Freitas/@m.ffotografia, a Serra de São José)
          Em Tiradentes perguntar onde ficar e onde comer é quase que desnecessário. Isso porque a cidade tem uma vocação e um talento para a culinária impressionante. São dezenas de restaurantes com fogão a lenha, com destaque para a cozinha mineira, mas também encontrará restaurantes que servem pratos de outras regiões e de outros países. (foto acima e abaixo de César Reis)
          Pousadas em Tiradentes encontrará em dezenas, desde as mais simples até as mais sofisticadas, todas bem decoradas, no estilo colonial mineiro, com preços para todos os gostos e bolsos. O café da manhã nas pousadas é tipicamente mineiro, colonial e delicioso, com quitandas, café, leite e queijos, genuinamente mineiros feitos na cidade.
          Um dos destaques dos restaurantes e pousadas em Tiradentes é a valorização das tradições mineiras, principalmente na decoração interior, com foco para o estilo rústico e colonial mineiro, decorados com telas e obras de artes mineiras. (foto acima e abaixo de César Reis)
          Vindo a Tiradentes, além de conhecer um pouco da historia do Brasil, experimentar a nossa culinária, conhecer charmosas e aconchegantes pousadas, se prepare para fazer compras. São dezenas de lojas repletas da mais pura arte mineira, em destaque para o artesanato em madeira. O artesanato de Tiradentes e das vizinha Santa Cruz de Minas, Prados e seu distrito, Bichinho, são um dos mais valorizados e requisitados no país, pela beleza, riqueza em detalhes e qualidade.
          E claro, ninguém, pode deixar de passear de Maria Fumaça. Inaugurada por Dom Pedro II em 1881, o trecho inicialmente era de 600 km, hoje apenas 12 km, ligando Tiradentes vizinha São João Del Rei. Mas mesmo assim, são 50 minutos de um passeio emocionante. O trem serpenteia pelos trilhos, desvendando as paisagens mineiras, cortando as montanhas e ligando história e emoção. (foto acima e abaixo de César Reis)
          Venha a Minas e aqui em Minas, venha conhecer Tiradentes!

sexta-feira, 11 de março de 2016

Requeijão caseiro da roça

Veja como fazer requeijão do eito que é feito na roça. Uma das delícias mineiras. 
Ingredientes
. 5 litros de leite integral + uns dois litros de reserva
. 5 colheres de sopa de Manteiga
. Sal a gosto
Modo de preparo
- Coloque o leite cru em um tacho ou panela grande, tampe com um pano e deixe o leite em repouso por um ou dois dias ou até virar coalhada.
- Após esse tempo, retire a gordura (que é a nata), coloque-a em uma vasilha e reserve.
- Com um pano limpo, escorra o soro do leite e coloque a massa na panela e leve ao fogo, despeje um pouco de leite, e mexa sem parar, até esquentar bem.
- Na medida que for aquecendo, se surgir soro, retire com uma concha e acrescente aos poucos mais leite e continue cozinhando até que a massa fique firme, a ponto de esticar ao levantar a colher e sem o sabor azedo.

- Retire a massa da panela e coloque em uma vasilha com furos ou peneira para escorrer excesso de soro e reserve.

 Em outra panela coloque a manteiga, a nata que reservou e o sal a gosto, deixe fritar e vá acrescentando a massa aos poucos, refogando e mexendo sem parar. (se quiser um requeijão mais branco, apenas esquente a nata e coloque a massa. Caso queira um requeijão mais escuro, deixe fritando até começar a ficar moreno)
- Para a massa ficar menos densa e cremosa, coloque mais um pouco de leite e mexa bem com uma colher de pau, até que fique bem homogênea.
- O requeijão estará no ponto ideal quando levantar a colher e ele escorrer.
Prontinho. Agora é esperar esfriar e servir o requeijão. Fica ótimo com café!
(fotografia acima gentilmente enviada por Cida Ferrer)

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