Além de políticos influentes tanto no Império, quanto na República, em Pitangui se destacou duas das mais importantes matriarcas mineiras do século XVIII e XIX. Dona Maria Felisberta da Silva, a Maria Tangará e Dona Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco, a Dona Joaquina do Pompéu.
Duas mulheres de grande notoriedade, riqueza e poder que deixaram um pouco de suas histórias na cidade. Dotadas de personalidades fortes, liderança e enorme poder econômico, influenciaram em muito a sociedade mineira naquela época, principalmente Dona Joaquina, que teve sua vida e fama enraizada em Nossa Senhora da Conceição de Pompéu, distrito de Pitangui na época, hoje cidade de Pompéu.
O casarão de Tangará
Um dos patrimônios de Pitangui é o casarão onde Maria Tangará viveu, construído nos primeiros anos do século XIX. (foto acima de Nicodemos Rosa) Um imponente e luxuoso sobrado com três andares. Construído por seu marido, Inácio Joaquim da Cunha para ser o Paço Governamental da Província de Minas Gerais, acabou virando residência do casal.
O casarão foi sede do Fórum, do Externado Municipal, do Colégio Padre João Porto, da Casa da Intendência e em 1930 transformado em Grupo Escolar Benedito Valadares. Atualmente funciona no casarão a Escola Estadual José Valadares. Uma volta aos tempos do Brasil antigo
Conhecer Pitangui é fazer uma volta ao tempo e na história do Brasil Colônia, do Império e da República. Em Pitangui, pode-se conhecer os traços arquitetônicos que marcaram a arquitetura brasileira nos três últimos séculos, como construções do século 18, dos primórdios da chegada dos bandeirantes no século XVIII, com os suntuosos sobrados do século 19, na época do Império e as construções ecléticas do início do século 20, nos tempos da República. (fotografia acima de Nicodemos Rosa)
Esses traços podem ser percebidos em capelas, igrejas, destacando a Igreja de São Francisco de Assis, datada de 1850 em estilo Barroco e de Nossa Senhora do Pilar, em estilo neogótico, datada de 1920, além de fazendas centenárias e construções dos séculos XVIII e XIX, presentes no município, como pode ver na foto abaixo do Nicodemos Rosa.
Destaca-se nessas construções e merece vista a quem visitar Pitangui, o Instituto Histórico de Pitangui, prédio histórico, com mobília dos tempos coloniais, guardando peças sacras dos séculos 18, 19 e 20, livros e arquivos judiciais da sede e de outras 42 cidades do Centro Oeste Mineiro, antes distritos de Pitangui, fotografias dos séculos 19 e 20, relíquias indígenas, peças dos tempos da Escravidão, máquinas tipográficas, dentre outras peças. O local é uma verdadeira sala de aula sobre nossa história.
No município, encontra um pequeno trecho da Estrada Real, aberta no século 18, que ligava a Vila até Paracatu, seguindo até Goiás Velho.
Outros atrativos
Além de sua história, sua arquitetura colonial e eclética, Pitangui tem outros atrativos turísticos urbanos e rurais como por exemplo o Cristo Redentor, junto à capela da Serra da Cruz do Monte que proporciona uma vista muito bonita das redondezas. Atrativos naturais como a mina d´água da Gameleira, as Matas do Céu, da Rocinha e da Pedreira, o Rio São João e o Rio Pará (na foto acima de Nicodemos Rosa), afluente do Rio São Francisco, são atrativos além de sua arquitetura histórica.
Pitangui oferece bons restaurantes, lanchonetes e bares a seus visitantes, bem como hotéis e pousadas que cabem em todos os bolsos, incluindo hotéis fazendas, com casarões históricos como a Fazenda Ponte Alta, na foto acima do Nicodemos Rosa.