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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Os espetáculos naturais do Vale do Peruaçu

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Peruaçu é uma unidade de conservação com 56.448,32 hectares, criado em 1999 com o objetivo de proteger uma dos maiores tesouros naturais do mundo. Está localizado a aproximadamente 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de de Minas. (foto acima de Eduardo Gomes, estalactites)
          Formado há milhões de anos, quando o Norte de Minas, Noroeste do Estado e parte da Região Central Mineira, estavam submersos por águas de um mar, é considerado um dos mais tesouros naturais do mundo. A ação da natureza privilegiou Minas Gerais com um com um vale formado por imensos paredões, matas nativas, fauna variada e 140 cavernas impressionantes.  A que mais impressiona é a Gruta do Janelão com 4,7 quilômetros de extensão e altura de 100 metros. No Janelão se encontra o maior estalactite do mundo atualmente, com 28 metros de comprimento. 
          Por todo o Vale do Peruaçu existem mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres em paredões, com destaque para o "Santuário", um paredão com mais de 3 mil desenhos rústicos, com aproximadamente 12 mil anos. (fotografia acima de Tom Alves/tomalves.com.br)
         Por sua importância natural para não só para o Brasil, mas para o mundo, o Vale do Peruaçu é um dos candidatos a Patrimônio Natural da Humanidade e visa a obtenção dessa certificação pela Unesco.
          Todo o entorno do Vale é rodeado por uma exuberante vegetação nativa abrigando uma diversidade enorme de nossa fauna como cachorro-vinagre, tamanduá, veado, anta, onça-pintada, diversas espécies de pássaros e outros animais. (foto acima de Eduardo Gomes, mostra as pinturas rupestres nos paredões do Vale) 
VISITAÇÃO PÚBLICA
          Além das pinturas rupestres, no Vale tem mais atrativos como a Trilha do Rezar, Lapa Bonita, Lapa do Rezar e a Dolina dos Macacos. (na fotografia acima de Manoel Freitas)  Esse tesouro natural é aberto à visitação pública e com entrada gratuita. Mas pessoas ou grupos só podem circular por dentro do Vale acompanhadas por um guia especializado e autorizado pela administração. 
          Para fazer esse serviço de acompanhamento, o guia cobra um valor por pessoa ou por grupo de pessoas. O preço varia de acordo com as trilhas a serem percorridas.  Quem quiser visitar o Vale do Peruaçu, terá que agendar a visita entrando em contato com o ICMBio em Januária, pelo telefone (38) 3623-1038, ou pelo e-mail cavernas.peruacu@icmbio.gov.br (fotografia acima de Eduardo Gomes)
          As cidades de Januária e Itacarambi (na foto acima, de Manoel Freitas, pôr do sol no Rio São Francisco visto de Itacarambi), tem ótima estrutura para receber os visitantes, com pousadas e hotéis muito bons que oferecem um atendimento personalizado, já que tem apoio do Sebrae que ministra cursos de capacitação para donos e guias, com o objetivo de facilitar o atendimento dos turistas. 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Azeites mineiros são premiados em concursos mundiais

(Por Arnaldo Silva) Minas é a terra do café, do queijo, do doce e da cachaça Um outro produto também vem crescendo e elevando o nome de Minas Gerais no Brasil e em todo o mundo. São os azeites produzidos na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Epamig/Divulgação)
          Os primeiros olivais começaram a ser plantados em Minas na década de 30 e 40, na cidade de Maria da Fé, no Sul de Minas, pelo engenheiro agrônomo Washington Viglioni que deu início a pesquisas sobre o cultivo do fruto na região. A partir da década de 70, as pesquisas sobre o cultivo de oliveiras foi assumido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). 
          Ao longos dos anos, chegou-se a variedades que se adaptaram ao solo mineiro e seu plantio difundido a partir 2008. Desde essa época, o Estado vem colhendo os frutos dessa iniciativa. Os azeites mineiros, vem sendo, a cada ano, reconhecidos e premiados no Brasil e no mundo todo, por sua qualidade, sendo comparado aos famosos azeites europeus.
          Prova disso, são premiações constantes recebidas pelos azeites da Serra da Mantiqueira, que tem assistência da Epamig, nos concursos International Extra Virgin Olive Oil Competitioon, do Japão, o EVO International Olive Oil Contes, da Itália e o OVIBEJA do Alentijo, de Portugal, os mais recentes.
Azeite da Mantiqueira brilhando em Nova Yourk
          Além disso, recentemente, os azeites mineiros foram premiados no mais importante concurso, o tradicional e respeitado concurso do gênero no mundo. É o Mundial de Azeite, realizado na cidade americana de Nova York, nos Estados, Unidos em maio de 2021. Denominado NYIOOC World Olive Oil Competition, o concurso é considerado a "Copa do Mundo" dos azeites. 
          São concursos de prestígio internacional, com os azeites de todo o mundo, avaliados por especialistas renomados no mundo inteiro. Isso valoriza ainda mais as conquistas dos azeites da Mantiqueira, tanto da parte mineira, quanto paulista, que também tem assistência da Epamig. 
          Os azeites da Mantiqueira, vem se conquistando destaque no Brasil e agradando aos mais finos e exigentes paladares do mundo, graças ao estudo, investimentos e pesquisas, ao longo de duas décadas. Resultado de tanto esforço, são azeites finos, de alta qualidade e competitividade internacional. 
          Pela importância internacional e credibilidade, o NYIOOC World Olive Competition, é o maior e mais importante concurso de avaliação de qualidade de azeites em todo o mundo. O resultado desse concurso, é mais que um guia, é uma referência oficial da qualidade do azeite. Os azeites premiados tem o reconhecimento mundial. Quem ganha medalha nesse concurso em Nova York, pode dizer com certeza que seu azeite, está entre os melhores do mundo. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Ascon/Epamig de Maria da Fé MG)
          No concurso, em Nova York, os azeites da marca Monasto, da produtora Rosana Chiavassa, de Maria da Fé MG, recebeu medalha de ouro. Um detalhe curioso é que a produtora Rosana, cultiva seus olivais, ao som de música clássica. 
          O produtor Carlos Diniz, recebeu medalhas de ouro e prata com os azeites Casa Mantiva, produzidos na cidade de Consolação MG.
          Para escolher os melhores azeites, os jurados observam por exemplo as variedades dos frutos, o frescor, o aroma, o amargor, a picância, a acidez, o frutado, dentro outros quesitos. Foram avaliados azeites de países produtores de todos os continentes que apresentaram seus azeites dos tipos Blend, no inglês ou Assemblage, no francês, que é um tipo de azeite elaborado com diferentes variedades de olivas e também o Monovariental, que é o azeite elaborado com apenas uma variedade de oliva.
          Essas medalhas significam muito para Minas, que a cada ano vem conquistando respeito nacional e internacional, por seus produtos de qualidade, com reconhecimento internacional.
          O plantio de olivais em Minas, como dito acima, foi incrementado a partir de 2008. De lá pra cá a produção e qualidade cresceu muito, competindo de igual para igual com os tradicionais olivais do Sul do pais, que foram os pioneiros na produção de azeites no Brasil. A tendência é a produção crescer mais, bem como melhorando mais ainda a qualidade e competitividade dos azeites mineiros, nos mercados nacionais e internacionais.
          Novos concursos virão em países como Grécia, França e Israel. Os azeites da Mantiqueira, com assistência da Epamig, estarão presentes.

Um paraíso chamado Lapinha da Serra

(Por Arnaldo Silva) O pacato vilarejo Lapinha da Serra está aos pés do Pico da Lapinha a 1687 metros de altitude. Os antigos moradores chamam o local de Lapinha de Belém. Tem cerca de 300 moradores que vivem da subsistência, agricultura e turismo. 
          O distrito que faz parte do Parque Nacional da Serra do Cipó, pertence a Santana do Riacho, cidade distante 143 km de Belo Horizonte, logo depois de Lagoa Santa MG. De Santana do Riacho à Lapinha da Serra são 12 km apenas. (fotografia acima de Thiago Perilo/@thiagop.photo)
          Lapinha da Serra é um dos maiores encantos de Minas Gerais por suas paisagens espetaculares, lagos, rios, grutas, cachoeiras, sítios arqueológicos e trilhas. A região da Serra do Cipó tem o privilégio de ter paisagens de Cerrado e de Mata Atlântica. (fotografia acima de Giseli Jorge)
          Além disso, Santana de Riacho e região, são produtoras de vinho e preservam o sabor autêntico da culinária mineira. Isso torna o passeio mais gostoso, principalmente para quem busca momentos a dois, em meio a natureza exuberante, sem o barulho e agitação da cidade grande. (na fotografia acima do Raul Moura, o casario de Lapinha da Serra)
O que fazer em Lapinha da Serra?
          Na foto acima da Giseli Jorge, a Represa da Lapinha - Represa da Usina Coronel Américo Teixeira, um dos destaque do distrito pela sua beleza. A represa é formada por dois lagos, separados por duas montanhas e que por fim, se unem em um canal. O primeiro lago margeia casas do distritos, com fácil acesso.
          A distância da praça central do distrito para o lago é de 5 minutos a pé. O segundo lago fica mais distante, em direção ao Capão Grosso, um local com poucas construções, com natureza preservada. Os visitantes fazem questão de subir até o Pico do Cruzeiro, de onde se vê toda a represa da Lapinha.
          Os visitantes podem nadar, usar barco à remo ou caiaque e praticar pesca esportiva (foto acima de Arnaldo Quintão). Mas não podem acampar fora das áreas destinadas a camping, nem usar barco a motor. Também não se permite fazer fazer churrasco nas margens da represa. (foto abaixo do lago da Lapinha, de autoria de Nacip Gômez)
Visitar cachoeiras
           A natureza em redor do vilarejo é espetacular. São várias cachoeiras que encantam os visitantes. As mais visitadas são: Cachoeira do Paraíso, Cachoeira do Rapel, Cachoeira Poço da Pedra, Cachoeira da Conversa, Poço do Boqueirão, Pocinho Verde. 
Cachoeira do Bicame         
          É uma das mais belas cachoeiras da Serra do Cipó e uma das mais visitadas por quem vai ao vilarejo. Sua queda é formada pelo Rio de Pedras. Fica a 16 km de Lapinha da Serra mas por estar localizada numa RPPN (Reserva Natural do Patrimônio Natural) a visitação é limitada a 30 pessoas por dia, nem é permitido entrar com animais domésticos. O acesso entre a portaria e a cachoeira é feito à pé ou de bicicleta. (Cachoeira Bicame na foto acima de Giseli Jorge)
Pinturas Rupestres
          Os povos da nossa pré-história deixaram suas marcas e formas de se expressar ainda conservadas e preservadas. Os primeiros artistas da humanidade desenhavam nas rochas usando óleo de sementes e frutos misturados aos pigmentos naturais das próprias rochas e sangue de animais. Desenhavam animais, mulheres grávidas ou dando a luz e outros desenhos, de forma bem rústica. São pinturas rupestres, presentes em Lapinha da Serra. Tem cerca de  mil anos.
          Além de curtir e vivenciar a natureza da Lapinha, bem como experimentar a culinária mineira no vilarejo, o visitante não pode deixar de conhecer essas pinturas rupestres. É de uma beleza e importância histórica sem igual. Para chegar até as pinturas, tem que atravessar a lagoa de canoa. Cobra-se pelo trajeto e visita ao local cuja visitação depende da situação climática no dia. (foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva e abaixo de Giseli Jorge)
          A Lapinha da Serra te receberá te braços abertos, mas lembre-se: respeite a natureza. Não destrua, não danifique, apenas desfrute desse paraíso. Não deixe sujeira por onde passar, leve uma sacolinha em seus pertences e guarde seu lixo na sacolinha, leve-o de volta com você e descarte-o na primeira lixeira que encontrar. Não deixe seu lixo nas matas, nem nos rios e nem nas trilhas. Depois de você, virão outras pessoas para desfrutar do lugar.

Os quatro grandes cânions de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) As redes sociais vem permitindo descobertas antes desconhecidas. Compartilhamento de imagens vem mostrando belezas de cidades brasileiras, paisagens que sequer eram conhecidas do brasileiro. É o caso de Minas Gerais. Aos poucos o Brasil vem descobrindo que além da culinária, das cidades históricas e do queijo, Minas Gerais tem belezas naturais espetaculares. 
          E como tem! Rico em biodiversidade e riquezas naturais diversas espalhadas por todas as regiões mineiras, o Estado que vem atraindo cada vez mais os olhares de todos do Brasil, não só pela história mas também pelas belezas naturais. Em recente pesquisa Datafolha, Minas Gerais foi eleita o melhor destino de turismo no Brasil. 
          São tantas belezas, tantas cachoeiras, tantos campos, que é impossível descrever tudo numa só matéria. Por isso, apresento a vocês os nosso cânions. Sim, em Minas existem cânions, vários.
          Primeiro vamos entender o que são cânions. Cânions são vales profundos com fendas abertas na terra, podendo se estender por quilômetros. É uma ação da natureza, sem interferência do homem. Essa ação não se dá de um dia para outro podendo ser provocadas por terremotos e principalmente pela ação erosiva dos rios. Essas fendas são formadas em milhões de anos, não surgem de repente. (na foto acima do Marcelo Santos, Cânion do Peixe Tolo no Parque Estadual da Serra do Intendente, Conceição do Mato Dentro, MG. À esquerda cachoeira dos Bandeirantes, à direita cachoeira da Bocaina e a primeira ao fundo cachoeira do Vértice)
          Em Minas Gerais não existem terremotos hoje, pelo em grande escala, capaz de abrir fendas na terra e sim, grande quantidade de rios que ao longo de milhões de anos e dependendo da força do curso d´água, entalharam as rochas em seu percurso, originando os enormes paredões.
          Acredita-se que esses dois fenômenos, terremoto e força do curso d´água, abriram as fendas, milhões de anos atrás. O relevo montanhoso de nosso Estado contribuiu também para o surgimento dessas fendas e ainda a grande quantidade de rios que nascem e passam por Minas Gerais.
          São várias fendas abertas na terra mineira, formando cânions espetaculares. Listamos os quatro mais conhecidos.
01 - O Cânion do Peixe Tolo
          É um dos mais belos e espetaculares cânions, não apenas de Minas, mas de todo o Brasil. É formado por um conjunto fendas, mata nativa e cachoeiras, tornando a paisagem dos cânions, deslumbrante, como podem ver na foto acima do Marcelo Santos.
          O cânion fica em Itacolomi, distrito de Conceição do Mato Dentro MG, Região Central, a 170 km de Belo Horizonte, dentro do Parque Estadual da Serra do Intendente. Destaca-se entre os cânions do Peixe Tolo a Cachoeira do Peixe, a segunda maior da região, com 200 metros de queda. 
          Para visitar o lugar, é necessário o acompanhamento de um guia credenciado e autorização da Secretaria de Turismo de Conceição do Mato Dentro MG e do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Informações diretamente com a Prefeitura Municipal e IEF, em Conceição do Mato Dentro MG. 
02 - Cânions de Furnas
          É uma das mais belas paisagens brasileiras. (fotografia acima de Douglas Arouca) Popularmente chamado de "Cânions de Capitólio", cidade da região Oeste de Minas a 280 km de Belo Horizonte, as margens da MG 050, entre os km 312 e 313. Na verdade os cânions ficam no município de São José da Barra, mas todos falam Cânions de Capitólio, por serem cidades vizinhas. 
          Essas fendas abertas pela natureza há milhões de anos são espetaculares. Quando ocorreu a inundação das terras da região para receber as águas de Represa de Furnas, que formam o maior espelho d’água do mundo. São mais de de 1 mil km2 e quatro vezes maior que a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, uma nova atividade surgiu em Capitólio e região: O turismo. As águas de Furnas se juntaram às águas dos rios da região, adentraram nas fendas abertas pela natureza formando umas das mais belas paisagens de Minas Gerais transformando Capitólio, que teve boa parte de suas terras produtivas debaixo d´água, numa das mais belas estâncias turísticas do Brasil. (fotografia acima de Júlio de Freitas/@julio_defreitas)
          É a mais considerada a mais bela de toda as 34 cidades banhadas pelos Lago de Furnas. Carinhosamente chamada de "Rainha dos Lagos".
          As formações rochosas, antes desconhecidas, passaram a chamar atenção de todo mundo. A mistura das águas limpas, na cor verde esmeralda, a beleza da natureza e dos imensos paredões com cerca de 20 metros de altura, impressionam. A pessoa se sente pequena diante das imensas fendas abertas na terra. Os turistas podem contemplar essas belezas com passeios de barcos e escunas pelos caminhos dos cânions, cuja profundidade é de 30 metros em média.
03 - Cânion das Bandeirinhas
          Uma dos mais belos santuários ecológicos de Minas Gerais, a Serra do Cipó, a 96 km de Belo Horizonte, abriga uma rica flora e fauna, vários cursos d´águas, cachoeiras, trilhas e mirantes espetaculares. Entre essas belezas está o Cânion das Bandeirinhas (na foto acima da Alexsandra Almeida), uma formação rochosa, com 4 km de fenda aberta pela natureza ao longo de milhões de anos, formando enormes paredões com 80 metros de altura. Do enorme maciço rochoso escorrem geladas águas cristalinas, formando cachoeiras e piscinas naturais perfeitas para banhos.
04 - Cânion do Funil
          A 61 km de Diamantina e 298 km distante de Belo Horizonte, na divisa com os municípios de Datas, Serro e Conceição do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, está o Presidente Kubistchek. Com 119 metros de altitude, o pequeno município, com cerca de 5 mil habitantes, é riquíssimo em belezas naturais principalmente serras e cachoeiras paradisíacas. (foto acima de Giselle Oliveira)
          Em destaque está o Cânion do Funil , distante apenas 12 km do município.  Com paredões ultrapassando os 30 metros de altura, atrai os amantes de esportes de aventura. Cortado por um riacho, de águas limpa, refrescante, belas paisagens do Cerrado Mineiro com uma fauna e flora riquíssima e protegida, o Cânion do Funil é um dos maiores atrativos da região do Centro Norte Mineiro e Jequitinhonha. É tão lindo que já foi cenário para gravações de minissérie e dois longas metragens. Conhecer o Cânion do Funil é um passeio único e inesquecível. Caminhar entre seus paredões imensos é uma emoção indescritível!
          O local recebe visitas mas não é chegar e entrando não. Tem regras e tem que agendar visita com antecedência. Onde está o Cânion do Funil é uma área particular, muito bem cuidada e bem preservada. É proibida a pesca e a caça de animais. Para visitar o Cânion, tem que entrar em contato com os proprietários e agendar o passeio. O e-mail para contato e demais informações é caniondofunil@gmail.com 

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Minas Gerais é o melhor destino de turismo do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, divulgado em 2019, em São Paulo, capital, avaliou as opções de viagem do paulistano em 50 categorias. Segundo dados da pesquisa, para 24% dos paulistanos, Minas Gerais é o melhor destino de turismo em, por seu legado histórico preservado e por suas belezas naturais. O destaque na pesquisa foi para Ouro Preto (na foto abaixo da Elvira Nascimento), apontado espontaneamente por 18% dos entrevistados como melhor destino histórico no Brasil. 
          Espontaneamente, 3% dos entrevistados apontaram Tiradentes como seu destino preferido no Brasil (na foto abaixo de @viniciusbarnabe, vista parcial de Tiradentes). A pesquisa mostra ainda que 6% dos paulistanos preferem Minas Gerais como destino ecológico por suas belezas naturais. Nesse item, Minas Gerais empatou com Bonito (MS).
          Minas Gerais é referência no Brasil pelo seu artesanato variado e riquíssimo, seu folclore e tradições seculares, no turístico histórico, mas vem se firmando também no turismo ecológico, por suas cachoeiras, montanhas, trilhas e matas nativas, além de sua culinária, que atrai turistas do Brasil e do mundo inteiro para as cidades com referências na gastronomia, principalmente em épocas de festivais.
          Uma grande vantagem de Minas é seu povo, sempre hospitaleiro, acolhedor, receptivo e que sabe tratar muito bem as visitas. Isso faz com que a experiência dos que vem à Minas, seja bastante proveitosa, inesquecível e com aquela vontade de voltar em breve.
  
Os atrativos históricos de Minas Gerais
     Quem vem à Minas Gerais tem como opções centenas de cidades riquíssimas em história, arquitetura, cultura, folclore e artesanato.
          O Estado guarda quatro Patrimônios da Humanidade. Além de Ouro Preto, o Centro Histórico de Diamantina, o Santuário do Bom Jesus do Matosinhos em Congonhas e o Complexo da Pampulha em Belo Horizonte. (na foto acima de Elvira Nascimento)  
          Cidades como Mariana, Sabará, Congonhas, Tiradentes, e São João Del Rei e Prados (na foto acima do César Reis), guardam relíquias de nossa rica história, bem como um rico artesanato em madeira e pedra sabão e receitas bem guardadas da nossa culinária por três séculos. 
          No Alto Jequitinhonha, temos uma das mais antigas e charmosas cidades históricas de Minas. É a cidade do Serro (na foto acima de Alexsandra Almeida), onde é produzido um dos melhores queijos do mundo. Uma tradição no Serro são as Festas de Nossa Senhora do Rosário e da Bolerata, na Praça Central do conjunto histórico. Os pitorescos distritos de Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras, Capivari, dentre outros, fazem parte da cidade Serrana.
          Pertinho do Serro está Diamantina (na foto acima de Elvira Nascimento), a cidade musical de Minas, a terra de Chica da Silva, de JK, da Seresta, da Vesperata, da música, do Carnaval popular, da Guarda Romana da Semana Santa, e da Festa do Divino, Patrimônio da Humanidade.
          No Jequitinhonha a atração é Minas Novas, uma das mais antigas e importantes cidades históricas de Minas Gerais. É na cidade que foi construído em 1821 o primeiro arranha-céu de Minas e do Brasil. Na mesma região tem a cidade Datas, uma charmosa cidade histórica, com um casario colonial preservadíssimo. (foto acima de Sérgio Mourão)
          No Norte de Minas tem Grão Mogol (na foto acima de Thelmo Lins), a cidade histórica, com seu casario erguido sobre pedras. Em outro oposto, no Sul do Estado, também com seu casario erguido em pedras, está a mística São Tomé das Letras (na foto abaixo da Vânia Pereira).
Atrativos naturais de Minas Gerais
          Estado rico em natureza. Tanto as belezas do Cerrado (que ocupa 57% do território mineiro), como a beleza da Mata Atlântica (que ocupa 41% do Estado) e da Caatinga (que ocupa 2% do Estado) oferecem belezas espetaculares. São 94 unidades de conservação ambiental, preservando dois milhões de hectares de natureza nativa nos três biomas presentes em Minas Gerais. 
          As belezas naturais de Minas são impressionantes em tudo e o turista vem e faz planos para voltar novamente.
          Entre essas belezas, podemos destacar os Cânions de Furnas, em Capitólio (na foto acima do Marcelo Santos) e o Paraíso Perdido, na vizinha São João Batista do Glória, hoje os lugares mais procurados pelos turistas que curtem a natureza.
          Em Conceição do Mato Dentro, no Parque Estadual da Serra do Intendente está a Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de queda, a maior de Minas e terceira maior do Brasil, é um dos lugares imperdíveis na viagem a Minas Gerais (na foto acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro). Na Serra do Espinhaço tem o Parque Estadual do Rio Preto em São Gonçalo do Rio Preto, com belíssimas cachoeiras e paisagens deslumbrantes. Fica perto do Serro MG. 
          Belíssimo também é o Parque Estadual do Rio Doce, em Marliéria, no Vale do Aço. Uma reserva intocada de Mata Atlântica no Estado. (na foto acima da Elvira Nascimento)
          Outro destaque é o Caminho da Luz, uma rota de 195 km que inicia em Tombos passando por fazendas antigas da época do ciclo do café, cachoeiras, paisagens lindas, santuários e terminando em Alto Caparaó MG, onde está o Pico da Bandeira, o terceiro maior do Brasil e o maior de Minas, com 2792 metros de altura. (na foto acima do Sairo Guedes)
          Vale a pena visitar também o Parque do Itatiaia. Muita gente pensa que esse parque fica no Rio de Janeiro. Fica também. Apenas 40% estão em terras fluminenses, os outros 60% do Parque Nacional do Itatiaia estão em Minas Gerais, nos municípios de Bocaina de Minas e Itamonte MG. (foto acima do Paulo Santos)
          A Serra da Canastra não pode ficar de fora de nenhum roteiro gastronômico e muito ecológico. A região é o berço do Rio São Francisco e do Queijo Canastra, que dispensa comentários. O Parque da Canastra guarda relíquias históricas como construções em pedras, como os currais feitos por escravos e tesouros naturais da nossa fauna e flora. (foto acima do Luis Leite)
          São cachoeiras como a Cascadanta (na foto acima do Wilson Fortunato), paredões como o que deu origem ao nome canastra, serras, paisagens e mirantes impressionantes. Fazem parte do Circuito da Serra da Canastra as cidades de São Roque de Minas, Delfinópolis, Sacramento, Capitólio, São João Batista do Glória e Vargem Bonita.
          E pertinho de Belo Horizonte, a 98 km, está a Serra do Cipó, considerado um dos maiores jardins botânicos do mundo. O Parque da Serra do Cipó guarda centenas de espécies de nossa flora, bem como várias espécies de nossa fauna. O visitante pode desfrutar das belezas do Cânion das Bandeirinhas e das águas limpas e cristalinas da Cachoeira da Farofa, da Cachoeira Grande (na foto acima de Raul Moura) e outras por toda área. Nas redondezas encontra-se povoados charmosos como Queimados, Lapinha da Serra, a Serra do Alves, e São José das Serra, históricos distrito de Itabira e Jaboticatubas, respectivamente, dentre outros.
          Vem pra Minas. Aqui tem história, tem cultura, tem folclore, tem artesanato, tem religiosidade, tem tradição. Somos Minas Gerais com orgulho e recebemos os visitantes com a tradicional hospitalidade mineira. Venham, sejam paulistanos, cariocas, nordestinos, catarinenses, gaúchos, paranaense, goianos, paraenses, amazonenses, venham todos do Brasil. Sejam bem vindos!

domingo, 23 de junho de 2019

Minas Novas e o primeiro arranha-céu do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Foi construído em 1821, com quatro pavimentos estruturados em madeira e taipa, quatro portas na sua fachada principal, 59 janelas nas laterais, três portas de loja e uma porta principal com acesso aos andares superiores. É uma das mais originais construções do período colonial brasileiro. 
          Uma obra ousada, com arquitetura totalmente incomum para a época. Estamos falando do Sobradão da Vila do Fanado ou simplesmente, Sobradão. Foi construído em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, distante 512 km de Belo Horizonte. É o primeiro arranha-céu construído em Minas Gerais e no Brasil, no tempo do Brasil Colônia. (fotografia acima e abaixo de Marlon Fernandes)
          O objetivo da construção do edifício ainda gera dúvidas, sem uma certeza exata da finalidade de sua construção. Serviu como Fórum da Comarca regional e ao longo dos anos de sua existência, teve várias utilidades. Em 1856 existia um movimento para transformar a região do Jequitinhonha e parte da Bahia numa Província, no caso, um Estado. Se vingasse, Minas Novas seria a capital do novo Estado e o Sobradão, a sede do Governo. O movimento não foi adiante e ao longo dos anos, o prédio foi usado para diversas finalidades dos órgãos públicos locais. 
          Desde o início de sua inauguração, o Sobradão teve grande importância para a história de Minas Gerais e política da região do Jequitinhonha, Norte, Nordeste de Minas e Sul da Bahia. Essa importância foi reconhecida em 1959, quando o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Uma nova restauração do Sobradão foi iniciada pelo Iphan em 2017 e concluída em 2021. 
         Com a reforma completa, visando recuperação estrutural e de seus elementos arquitetônicos, o Sobradão está agora oferecendo melhores condições de uso e segurança. A previsão é de que esteja reaberto ao público e em atividade entre agosto e setembro, após a vistoria e entrega em definitivo da obra, pelo Iphan. Será usado para abrigar museus, uma loja de artesanato, a sede da Academia de Letras, da Secretaria de Cultura e Biblioteca. (fotografia acima de Marlon Fernandes)
          O térreo do edifício será ocupado pela Secretaria Municipal de Cultura, da Biblioteca Municipal e ainda uma loja de artesanato local. No segundo andar, funcionará o Museu de Artes e Ofícios, com mostras de como eram as atividades e ofícios dos tempos antigos, como por exemplo, dos tropeiros, garimpeiros e ferreiros. No terceiro andar, estará o Museu Regional do Artesanato do Vale do Jequitinhonha, além do Museu de Minas-novense de Arte Sacra. No quarto e último andar do Sobradão, será a sede da Academia Fanadeira de Letras e Artes. 
A origem de Minas Novas
          A história de Minas Novas começa a partir 29 de junho de 1727, data em que se comemora a fundação do município. Data que marca a chegada à região das bandeira de Sebastião Leme do Prado. Vieram em busca de ouro e encontraram o mineral em abundância. Foi Leme do Prado, que fundou o arraial, que deu origem à cidade hoje. Seu primeiro nome foi Arraial das Lavras Novas dos Campos de São Pedro do Fanado. (na foto acima de Marlon Fernandes, vista parcial de Minas Novas)
          Em 2 de outubro de 1730, o arraial foi elevado à Vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso das Minas Novas da Contagem. Tempos depois, a Vila foi integrada ao território baiano, sendo reintegrada em definitivo à Minas Gerais, em 28 de setembro de 1760.
          Em 9 de março de 1840, foi elevada à município, com o nome de Minas Novas. Nessa época, era o maior município em extensão territorial de Minas Gerais. Contava com inúmeras vilas e distritos. Aos poucos, esses distritos foram sendo elevados à cidades, emancipadas. Minas Novas conta hoje com cerca de 32 mil habitantes. (na foto abaixo de Sérgio Mourão, vista parcial da cidade)
          Para entender se ter ideia da dimensão territorial de Minas Novas no período colonial, veja alguns municípios, não todos, que surgiram com seu desmembramento: Alto Jequitinhonha: Diamantina, Capelinha, Turmalina, Leme do Prado, Carbonita, Angelândia, Aricanduva; Médio Jequitinhonha: Chapada do Norte, Berilo (Minas Gerais), Virgem da Lapa, Araçuaí, Itinga, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso, Ponto dos Volantes, entre outros; Baixo Jequitinhonha: Almenara, Bandeira, Divisópolis, Felisburgo, Jacinto, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Mata Verde, Monte Formoso, Palmópolis, Rio do Prado, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio do Jacinto, entre outros; Jequitinhonha Semi-Árido: Cachoeira de Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina, Pedra Azul, Salinas, Taiobeiras entre outros; Vale do Mucuri: Teófilo Otoni, Carlos Chagas, Nanuque, Águas Formosas, Machacalis, entre outros.
          A cidade histórica de Minas Novas, é uma das mais importantes cidades do período colonial mineiro. O charme da arquitetura colonial, presente em Minas Novas, encanta o turista, bem com a riqueza de seu artesanato, principalmente, feito com argila, na comunidade rural de Coqueiro Campo (na foto acima de Marlons Fernandes).
          Seu povo é simples, acolhedor, muito hospitaleiro e a cidade, cheia de graça e arte, expressadas em suas belíssimas igrejas, casarões seculares, paisagens naturais e atividades culturais, que acontecem ao longo do ano como o Carnaval, Festas Juninas, Festa do Divino, Semana Santa e as tradicionais Festas de Nossa Senhora do Rosário e a de São Benedito (na foto acima do Sérgio Mourão).
          Pelas ruas abertas no século 18, em Minas Novas, encontramos Igrejas dos séculos XVIII e XIX que chamam atenção por sua riqueza arquitetônica e histórica. Entre essas igrejas, está a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, tombada como Patrimônio Histórico pela Prefeitura Municipal, em 2007, pela sua importância cultural e arquitetônica. (foto acima de Marlon Fernandes).
          Não há registro da data exata do início da construção e conclusão do templo, construído pela Irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pretos. Acredita-se que obra, tenha sido iniciada a partir de meados do século XVIII, devido suas características arquitetônicas, talhas e ornamentações, serem comuns em Minas Gerais, em meados do século XVIII. (na foto acima e abaixo de Sérgio Mourão, a Festa de Nossa Senhora do Rosário)
            A conclusão da obra, também não tem data definida, mas na crença oral, acredita que tenha sido nas primeiras décadas do século XIX. Típica das igrejas mineiras do século XVIII, simples por fora e recheada de riquezas em seu interior, presente em talhas douradas em seus três altares, ornamentações e pinturas, característicos do barroco e rococó, mineiro.
          Destaque na cidade também para a Capela de São José, única no Brasil construída em estilo octogonal, datada de meados do século XVIII, tombada pelo IPHAN, como patrimônio nacional, em 27/04/1967. (fotografia acima de Marlon Fernandes)
          Outra importante igreja de Minas Novas é a Igreja de Nossa Senhora do Amparo dos Homens Pardos, construída no século XIX, tombada pelo IEPHA/MG (na foto acima e abaixo do Marlon Fernandes, o exterior e interior da Igreja do Amparo)
          Além da igreja de Nossa Senhora do Rosário, de Nossa Senhora do Amparo e Capela de São José, em Minas Novas tem ainda a Igreja de São Pedro, Igreja de São Gonçalo e a Igreja de São Francisco, construída a partir da segunda metade do século XVIII, tombada em 13/05/1980 pelo IEPHA/MG (na foto abaixo de Sérgio Mourão)       
           Diversas denominações evangélicas como Batista, Assembleia de Deus, Congregação Cristã, dentre outras, estão presentes também na cidade.
          Pelas ruas de Minas Novas, além do Sobradão, casarões coloniais chamam a atenção, pela requinte e beleza arquitetônica, em destaque para o Casarão da Família Badaró (na foto acima do Marlon Fernandes). Nesse casarão, muito bem conservado em sua originalidade, funciona hoje a Rádio Sucesso. No século XVIII, o casarão, pertenceu ao inconfidente Domingos de Abreu Vieira, que teve a honra de hospedar, nesse casarão, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
          Além de sua riqueza cultura, arquitetônica e seu riquíssimo e famoso artesanato, Minas Novas tem também belezas naturais, formada por paisagens de matas nativas do sertão do Jequitinhonha, além de rios como o Fanado (na foto acima do Sérgio Mourão), Capivari, Araçuaí, Setúbal, Bom Sucesso, nascentes, ribeirões como o Ribeirão dos Santos e dos Índios, além da Barragem da Almas, um ponto de lazer e diversão dos moradores da cidade. 
          Construída em 1951, fazia parte de uma usina hidrelétrica, hoje é um balneário e um dos mais belos pontos turísticos da região. É bem estruturado contando área de lazer com boa infraestrutura, barzinhos, cachoeiras, poços naturais para banhos, duchas. Além disso, eventos são realizados no local, como o Carnaval, animado ao som de bandas regionais. (fotografia acima de Marlon Fernandes)
          Por isso que Minas Novas é conhecida como a “Cidade Mãe do Norte Mineiro”. (na foto acima do Marlon Fernandes, prédio em estilo eclético, onde funcionava a Prefeitura) Minas Novas faz divisa atualmente com os municípios de Capelinha, Chapada do Norte, Leme do Prado, Novo Cruzeiro, Turmalina, Virgem da Lapa e Angelândia.

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