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sábado, 22 de junho de 2019

8 sugestões de passeios por Capitólio e arredores

(Por Arnaldo Silva) Seus cânions, cachoeiras, lagos e rios de águas esverdeadas e transparentes, vêm chamando atenção de turistas de todo o Brasil para Capitólio, uma pequena e charmosa cidade no Oeste Minas com menos de 10 mil habitantes, as margens da MG 050, distante 267 km de Belo Horizonte. Faz divisa com os municípios de Guapé, Piumhi, Pimenta, São José da Barra, Vargem e São João Batista do Glória. (foto acima de Douglas Arouca, a Ponte do Rio Turvo e o cais, onde saem as embarcações que navegam no Lago de Furnas)
          Pra facilitar a vida de quem quer conhecer esse lugar incrível de Minas Gerais, listamos 10 dicas de passeios espetaculares. (na foto acima de Lucélia Miranda, noturna de Capitólio MG)
01 - Passeio de lancha pelos Cânions 
          Os cânions são enormes fendas abertas a milhões de anos, ás margens da MG 050, em São José da Barra, na divisa com Capitólio. (fotografia acima de @julio_defreitas) As águas da Usina de Furnas inundaram a região, proporcionando uma das mais belas paisagens do Brasil. Lanchas e escunas estão à disposição dos turistas para um passeio pelos cânions e suas águas esverdeadas cristalinas. É um passeio de tirar o fôlego, pela emoção e pela beleza das paisagens. O passeio de lancha tem um custo por pessoa.
02 - Paraíso Perdido 
          O Paraíso Perdido (na foto acima de Leonardo Bueno) Fica na vizinha São João Batista do Glória. Só pelo nome dá para perceber que o lugar é lindo. Está numa propriedade particular e cobra-se por pessoa, mas vale a pena. A paisagem é um espetáculo de beleza natural. 
03 - Mirante dos Cânions
          A visão do alto dos cânions é surreal, magnífica e impressionante! (foto acima de Douglas Arouca) O local é natural, sem parapeitos ou grades, por isso, o visitante deve tomar cuidado ao ficar no topo do mirante. Ficam também as margens da MG 050. Pelas trilhas de acesso ao mirante podem-se ver belíssimas cachoeiras.
04 - Pedreira Água Azul 
          É uma das mais belas paisagens de São João Batista do Gloria Pela proximidade de Capitólio, é um lugar imperdível. (foto acima de Pedro Beraldo) Tem que ir. No local funcionava uma pedreira, desativada há anos. No local das escavações começou a brotar água, dando origem a uma belíssima lagoa azul. Já foi até cenário de filme e constantemente é procurado por noivos e noivas para fazerem fotos para seus books de casamentos. Mas para chegar não é fácil, é caminho é bem difícil sendo recomendado um bom 4x4 ou moto, mas no fim compensa.
05 - Cachoeira Diquadinha
          Lugar tranquilo, com três quedas d´água e rodeado por paredões, é um dos atrativos de Capitólio para quem curte um bom banho já que suas águas limpas e cristalinas formam poços adequados para um bom e relaxante banho. (foto acima de Marcelo Santos)
06 - Cascata Eco Parque 
          Próximo a MG 050 encontramos também a Cascata Eco Parque, lugar esplêndido! O passeio por essa área é pago, mas compensa pelas belas cachoeiras, trilhas e deliciosas piscinas naturais ao longo do caminho. (foto acima de @percio_passeioscapitolio)
06 - Escarpas do Lago
          Muita gente pensa que Escarpas do Lago é um condomínio fechado em Capitólio. (foto acima de Deocleciano Mundim) Não é, trata-se de um charmoso e elegante bairro de Capitólio, com ótima estrutura, com excelentes restaurantes e uma marina que é um verdadeiro show de beleza. Vale a pena visitar o lugar.
07 - Trilha do Sol 
          Só o visual da Cachoeira do Grito já vale a pena. De fácil acesso, e uma das mais belas paisagens da região. (foto acima de Pedro Beraldo) É imperdível caminhar pela Trilha do Sol. Lugar de beleza única, com pequenos cânions e quedas d´águas que forma pequenos poços, propício para um relaxante banho. As águas são tão limpas e transparentes que os peixinhos.
08 - Cantinho de Minas 
          Ai vocês pergunta: como fazer para conhecer esse lugar? Onde ficar, onde comer, onde hospedar e quem leva? A dica é o Cantinho de Minas. Fica em São João Batista do Glória. Dirigido pela Márcia e Aline Marques, o local conta com pousada com chalés confortáveis e ainda bar e restaurante com culinária mineira. Tudo num só lugar. E ainda tem o serviço de passeio em veículo 4x4 com guia pelos lugares citados na matéria. O contato é com a Aline pelo telefone 35 98416 1613 ou pelo E-mail alinefmarques@yahoo.com.br 

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O primeiro educandário para meninas órfãs em Minas

(Por Arnaldo Silva) Três de abril de 1849 marca o início de um dos mais importantes acontecimentos para a educação em Minas Gerais. Após três meses navegando pelo Oceano Atlântico, chega ao porto do Rio de Janeiro um grupo de 12 freiras francesas da congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, convidadas por Dom Antônio Ferreira Viçoso (1787-1875) bispo da Arquidiocese de Mariana na época, para desenvolverem trabalhos educacionais no Brasil.
          Elas aceitaram o convite e embarcaram da França para o porto do Rio de Janeiro, chegando à Mariana, na Região Central de Minas, a cavalo. O objetivo era erguer na cidade um dos pilares da educação no Estado. (fotografia acima de Sônia Fraga) Vieram com um propósito, mesmo sabendo das dificuldades que teriam, principalmente com a falta de recursos financeiros já que o auge do Ciclo do Ouro tinha se encerrado e as dificuldades de se obter recursos eram grandes. Acreditavam na providência divina para conseguir os recursos necessários para a obra para qual foram designadas. O propósito era fundar a primeira escola feminina do Estado, com prioridade para meninas órfãs, isso porque na época não existia instituição que cuidasse das meninas órfãs em Minas Gerais.
          Com a coragem e determinação das freiras, mesmo com a falta de recursos, no dia 10 de março de 1850, numa casa simples e bem modesta na Rua Barão de Camargos, no mesmo quarteirão onde hoje está a escola, era inaugurado a Casa da Providência, hoje Colégio Providência, o primeiro educandário no Estado somente para meninas, em vivia em regime de internato.
          Com o passar dos anos a modesta construção foi ganhando melhorias. Em 1930, a modesta construção foi ampliada para atender a demanda de alunas que crescia a cada ano, se transformando num imponente casarão, com traços arquitetônicos coloniais do século 19 e ecléticos, do século 20. Hoje, o colégio ocupa um quarteirão inteiro. São 12 mil metros de área construída, preservando as características originais do imóvel. Em 1999 foi todo reformado, ganhou um museu temático e passou a ter também um centro de convenções e atividades culturais.
          O museu temático foi criado com o objetivo de contar a da vida das missionárias pioneiras e do próprio Colégio. O Museu Casa da Providência fica anexo à Capela de Nossa Senhora da Encarnação e guarda relíquias do século 19, como produtos que as freiras faziam para arrecadar dinheiro para manter a escola, tapetes, livros, baús, documentos, paramentos, diário de bordo da primeira diretora do Providência, a irmã Du Bost. Tem ainda um quarto de dormir com o mobiliário do século 19, as celas dos cavalos em que as freiras usaram para virem do Rio de Janeiro até Minas, dentro outros objetos. 
           Em 1902 o Colégio Providência se tornava Escola Normal, formando professoras. Em 1946 passa a ter o curso Ginasial, que na época era os quatro últimos anos do ensino fundamental hoje, da 5ª a 8ª séries. No ano seguinte, 1947, passa a ter também o Segundo Grau, hoje Ensino Médio. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          1972 é um ano de uma significativa mudança na visão do Providência. Antes era escola somente para meninas em regime de internato. A partir daquele ano passou a ter turmas mistas, deixando de ser internato. Nesse mesmo ano foi criado um pensionato, originando o que é hoje o Hotel Providência.
          Vinculado hoje à Província da Associação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Belo Horizonte, o Colégio Providência oferece ensinos Fundamental, Médio e Educação Infantil (Creche, 1º e 2º períodos). (fotografia acima de Elvira Nascimento)
     Quem visita Mariana se encanta com a beleza das cores azul e branco do Colégio Providência e o charme de sua arquitetura. É um das mais belas construções de Minas Gerais. 

sábado, 15 de junho de 2019

Jacutinga: a Capital das Malhas no Brasil

(Por Arnaldo Silva) Jacutinga é uma encantadora cidade do Sul de Sul de Minas a 839 metros de altitude. É uma estância hidromineral de Minas Gerais, possui praças e jardins pitorescos, um povo bom e hospitaleiro e uma natureza em redor espetacular. 
          É reconhecida nacionalmente como a Capital Nacional das Malhas (foto acima de André Daniel). A cidade sozinha, é responsável pela produção de 27% das malhas no Brasil. Segundo o IBGE, o município contava com 25.684 em 2018. Faz divisa com os municípios de Albertina e Andradas a norte; Ouro Fino a leste; Monte Sião a sul e os paulistas Itapira e Espírito Santo do Pinhal a oeste. Fica distante 480 km de Belo Horizonte e 200 km de São Paulo pela BR 381 e 590 km do Rio de Janeiro, pela BR 040.
          O nome do município é porque na região é comum a espécie de ave jacutinga,  da ordem dos Galiformes, da família Cracidae. (foto acima de Thelmo Lins) O povoamento da região começou em 1835, quando foi construída a primeira capela, no então povoado de Ribeirão de Jacutinga, posteriormente chamado de Santo Antônio do Jacutinga. Por fim, Jacutinga, a partir de sua emancipação em 16 de setembro de 1901. A partir de então, o município alçou um  desenvolvimento rápido graças ao cultivo do café, em seu grande período de expansão, até 1930.
          No início do século 20, a cidade começou a receber imigrantes italianos, para o cultivo do café e para trabalhos nas indústrias do município, atividade que estava crescendo no Brasil. (foto acima de Thelmo Lins)
          Os italianos dominavam muito bem a técnica de tecer e bordar, sendo os responsáveis pelo incremento da qualidade e solidificação da vocação para a tecelagem em Jacutinga tornando o município hoje em  referência nacional na fabricação de malhas e tricô. A maioria dos moradores do município carregam sobrenomes italianos. 
Hoje Jacutinga é um dos maiores potenciais econômicos do Brasil com mais de mil pequenas empresas, popularmente chamadas de malharias.
          Esse potencial favorece o turismo de negócios que recebe a cada ano, milhares de visitantes de todo o Brasil. (foto acima de André Daniel) São cerca de 500 lojas a varejo na cidade que comercializam a produção local, em média dois milhões de peças por mês, gerando milhares de empregos, principalmente na alta temporada, de março a julho. 
Feira da Malhas
          Na cidade acontece anualmente a tradicional no mês de junho a Feira das Malhas, que em 2021 estará em sua 43ª edição (foto acima de André Daniel no local da feira). É o maior evento de moda e malha retilínea do Brasil com variadas opções de modelos de malhas e tricôs expostos em dezenas de estandes. Na feira acontece desfile de modas, shows musicais e culturais, além de espaço para entretenimentos de crianças. 

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Montes Claros e a Catedral Metropolitana

(Por Arnaldo Silva) Carinhosamente chamada de "Princesa do Norte", Montes Claros é um dos maiores e mais importantes municípios do interior mineiro. Sua população em 2022, segundo o IBGE, era de 414.240 habitantes. A indústria e comércio tem atividade marcante no município, sendo a cidade um polo industrial na região Norte de Minas. (na foto acima do Márcio Pereira/@dronemoc, a Catedral de Nossa Senhora Aparecida e abaixo, a torre da Catedral)
       Montes Claros possui excelente estrutura viária com acesso fácil às principais rodovias do país, malha ferroviária cortando o município e o Aeroporto Mário Ribeiro, em ativa na cidade desde 1939 com pista de 45 metros de largura com 2.100 metros de extensão, com capacidade para 70 mil passageiros por ano.
          Com ótima estrutura, a cidade oferece boas condições de lazer, cultura e prática de esportes como, praças, poliesportivos, o Parque Municipal Milton Prates, uma extensa área verde, contando ainda com um zoológico em suas dependências; o Parque Sapucaia, ideal para a prática de esportes, inclusive radicais e o Parque Guimarães Rosa. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          Montes Claros é uma região importante para a arqueologia por contar em seu município com 164 sítios arqueológicos catalogados, com destaque para a Lapa Encantada, a Gruta do Engenho e o Complexo Lapa Grande, de grande importância arqueológica, com uma rara ocorrência da formação do vulcão espeleotema e sua principal gruta com 3 km de extensão, uma das maiores de Minas Gerais (na foto acima de Eduardo Gomes, formações de estalactites na Lapa Grande), possuindo ainda detalhes e sedimentos pré-históricos
          A cidade se destaca ainda pelo seu excelente artesanato e produtos agropecuários como queijos, doces, licores, cachaça, carne de sol, etc, encontrados no Mercado Municipal da cidade, (na foto acima de Eduardo Gomes).           
          Montes Claros foi fundada em 3 de julho de 1857 e mesmo sendo uma cidade industrial e desenvolvida hoje, guarda relíquias do estilo Barroco mineiro do final do século XIX, como o casarão da Fafil, datado de 1886, hoje Museu Regional, mantido pela Unimontes,  a Casa da Cultura e outros sobrados encontrados no Centro Histórico da cidade.
          O estilo Eclético do início do século XX também está presente em traços arquitetônicos montes-clarense. (na fotografia acima do Sérgio Mourão, o Centro Histórico da cidade)
          Em Montes Claros a religiosidade é uma das marcas de seu povo. Festividades religiosas estão presentes na cidade, se destacando ainda belos templos, com destaque maior para a Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, uma das mais belas igrejas de Minas Gerais.  (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          O projeto da igreja foi feito nos primeiros anos do século XX, com obra iniciada em 1926 e concluída em 1950, ano que  foi criada a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida. 
          É um dos orgulhos da arquitetura montes-clarense por sua beleza arquitetônica e importância religiosa para  cidade. Fica na Praça Pio XII, no centro da cidade e é um bem tombado pelo Patrimônio Histórico da cidade desde setembro de 1999. É um dos maiores templos mineiros, podendo comportar até 3 mil fiéis em seu interior. (fotografia acima de Lucas Vieira e abaixo, de Márcio Pereira/@dronemoc, o Centro da cidade, com a igreja em Catedral em destaque)
         Inspirada na arquitetura das igrejas da Bélgica do final do século XIX, une os estilos Romântico e Neogótico, predominantes no início do século XIX, até meados do século XX.  Sua arquitetura é singular e única em Minas. São três torres na fachada, com a torre central medindo 65,08 metros de altura, com detalhes arquitetônicos muito bem trabalhados pelos construtores da época. É um dos principais cartões postais da cidade.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Desvende as belezas da Serra dos Alves

(Por Arnaldo Silva) Um pequeno vilarejo no limite do Parque Nacional da Serra do Cipó, a leste da Serra do Espinhaço, vem atraindo a atenção por sua beleza, simplicidade e natureza exuberante. É a Serra dos Alves, distrito de Itabira, na Região Central de Minas, apenas 110 km de Belo Horizonte. O  acesso fica é próximo ao trevo de Ipoema, outro charmoso distrito Itabirano.  (foto acima do PauloZaca)
     A pequena vila é de um charme e beleza impressionante.Sua arquitetura é simples e ao mesmo tempo elegante, principalmente a Capela de São José, construída por volta de 1860, com traços coloniais com sua estrutura em madeira.      
     A vida social e religiosa dos moradores da vila gira em torno dos eventos culturais e religiosos em torno da charmosa capela como por exemplo a Festa de Nossa Senhor do Rosário e do Divino Espírito Santo.(fotografia ao lado de Sérgio Mourão)
     Como a maioria das vilas no interior de Minas, Serra dos Alves também tem seu conjunto histórico com os trações característicos de Minas Gerais. Uma pequena capela, em seu redor, o casario em estilo colonial, Em destaque, na Serra dos Alves a simples, porém elegante Capela de São José (na foto acima de Elvira Nascimento). Construída por volta de 1860, a capela carrega traços coloniais, com suas bases construídas em madeira maciça a pequena capela abriga diversos eventos festivos na cidade, como a festa de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário, Divino Espírito Santo entre outras.
     As belezas naturais da Serra dos Alves (foto acima de Sérgio Mourão) como cânions como Boca da Serra com paredões de 100 metros de altura, pequenas quedas d´água, sendo uma com 15 metros de altura, formando em sua base um ótimo poço para banhos. Ao longo do cânions, pode se encontrar piscinas naturais. Além dos cânions, em redor do distrito o visitante encontrará várias cachoeiras como a Cachoeira da Lucy, que é espetacular. A cachoeira do Bongue, com cerca de 50 metros de queda, cujas águas escorrem de um paredão. A Cachoeira dos Cristais ou da Esmeralda, cujas águas cristalinas e geladas despencam formando grandes poços para banhos é um dos atrativos a mais para quem ama cachoeiras. 
     Outra cachoeira, conhecida por Cânion dos Marques é formada pelo Rio Tanque e afluentes. Ao longo do percurso do Rio Tanque, pequenas quedas d´água, com poços de águas cristalinas, surgem pelo caminho, ideal para um relaxante banho (na foto acima de Sérgio Mourão). A região é muito procurada também para práticas de esportes radicais como rapel, canyoning, escalada, rafting, trekking, moutain bike e passeios a cavalo. Por ser bem montanhosa, na Serra dos Alves o visitante encontrará mirantes com vistas espetaculares. (na foto abaixo, de Andréia Gomes, vista parcial do povoado)
      Para chegar a esses locais, recomenda-se contratar um Guia de Turismo, pois o acesso a determinados lugares é bem difícil. Em Itabira o turista encontrará bons hotéis e aconchegantes pousadas.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Conheça Bocaina de Minas

(Por Arnaldo Silva) Com pouco mais de 5 mil habitantes, Bocaina de Minas, no Sul do Estado, é uma das mais belas cidades mineiras. (foto acima de Jerez Costa) Seu povoamento começou por volta de 1790, tendo sido emancipada em 12 de dezembro de 1953.  
          O município faz divisa com Aiuruoca, Alagoa, Carvalho, Itamonte, Liberdade, Passa Vinte em Minas Gerais e Itatiaia e Resende, no Rio de Janeiro. 
          Suas belas naturais atraem cada vez mais turistas em busca de um contato maior com a natureza.  O município é rodeado por montanhas, matas nativas e com várias cachoeiras como a de Santa Clara, Barra das Antas, da Prata, Toca da Raposa, Parque ecológico Cachoeiras do Santuário, Alcantilado, Paiol (na foto ao lado de Jerez Costa), Rio Grande. Conta ainda com várias nascentes, entre elas, as que formam o Rio Grande, um dos formadores da bacia do Rio Paraná e do Rio Preto, que divide Minas Gerais do Rio de Janeiro. 
          Além de suas belas cachoeiras, um dos maiores atrativos de Bocaina de Minas é o Parque Nacional do Itatiaia (foto acima de Paulo Santos). 60% do Parque estão em território Mineiro, em Itamonte e Bocaina de Minas, os outros 40% em Resende e Itatiaia, no Rio de Janeiro. Do lado mineiro está o Pico das Agulhas Negras, com sede em Bocaina de Minas, na divisa com Resende RJ e parte da Pedra do Sino de Itatiaia, já na divisa com Itamonte MG.
          A Matriz de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1862, possui traços arquitetônicos interessantes. (foto acima de Jerez Costa) Suas torres lembram as torres de um castelo medieval, diferente da torres das igrejas construídas no século 19, normalmente em estilo barroco. 
          Além do turismo ecológico, Bocaina de Minas se destaca por sua gastronomia e artesanato, presente principalmente no distrito de  Maringá de Minas (na foto acima do Fabrício Cândido), um dos mais charmosos, românticos e pitorescos distritos mineiros, com o charme das pequenas vilas italianas. 

domingo, 9 de junho de 2019

Conheça a cidade de Ingaí

(Por Arnaldo Silva) Seu nome origina-se do Ingá, uma árvore frutífera, comum na região, encontrada atualmente próximas a rios e riachos. Ingaí é uma pequena e charmosa cidade do Sul de Minas, distante 230 km de de Belo Horizonte, fazendo divisa com Lavras, Itumirim, Carmo da Cachoeira, Luminárias e Itutinga.
          Sua origem data da formação de um pequeno arraial em 1775, tendo sido elevado a freguesia, a distrito subordinado a Lavras em 1846 e por fim, emancipada em 1962. Ingaí hoje conta com menos de 3 mil habitantes e oferece uma ótima qualidade de vida a seus moradores, bem como boa estrutura para receber turistas e visitantes. 
          O município é dotado de natureza exuberante com belas paisagens, serras, cânions, grutas, poços, lagos, trilhas, cachoeiras paradisíacas como a da foto acima, a Cachoeira do Engenho e fazendas centenárias e belíssimas.
          Pelo município passam três rios. O mais importante é o Rio Ingaí (foto acima) que nasce em Aiuruoca, Sul de Minas. Em Ingaí este rio divide o município e deságua no Rio Capivari, outro importante rio na cidade, delimitando a divisa de Ingaí com Itumirim e Itutinga. O Rio Cervo é outro importante rio nas terras de Ingaí, delimitando o município com Carmo da Cachoeira. 
          A tranquilidade, as belezas naturais e o aconchego da cidade, proporcionam ao seus moradores descanso e um dia dia tranquilo, bem como agrada aos turistas, que vem à cidade desfrutar de suas belezas naturais e praticar esportes  como rapel, rafting, trekking, pesca, entre outros.
          Seus moradores vivem de pequenos comércios, na produção de produtos artesanais como queijos, doces e quitandas e da agropecuária, em destaque para as plantações de soja e trigo.
          Além das belezas naturais, do charme de seu casario e da hospitalidade de seu povo, Ingai se destaca por sua Festa de São João. É uma das mais tradicionais festa junina do Brasil e como atração maior a fogueira de São João que tem cerca de 40 metros de altura. Um espetáculo para o turista! Vale a pena conhecer a festa!
Vale a pena conhecer Ingaí! 
As fotografias desta edição são de autoria de Gilson Nogueira

O que fazer em Ouro Preto em dois dias?

(Por Arnaldo Silva) A cidade fica a 100 km de Belo Horizonte, com fácil acesso e estrada em bola qualidade. Por sua importância histórica e arquitetônica, é Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido pela UNESCO, desde 1980. Fundada em 1711, Ouro Preto foi a cidade mais populosa de toda América no século XVIII, no auge da extração do ouro em Minas, chegando a 80 mil habitantes, superior a Nova York, na mesma época.
          Quem vem a Ouro Preto sente algo diferente, uma sensação de volta ao passado. Não é por menos. Cada canto, cada esquina, cada ladeira, cada pedra em suas ruas, tem uma história para contar. É um museu a céu aberto. São mais de 300 anos de história, arte e cultura pura. Os primórdios da extração de minério, da identidade da arquitetura barroca mineira, em especial as obras de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e do Mestre Ataíde, presentes principalmente nas igrejas barrocas ouro-pretanas e guardadas também nos museus da cidade, podem ser vistas e contempladas por todos.
O que visitar em Ouro Preto?
          Chegando a Ouro Preto, de carro ou de ônibus, a primeira vista que terá será a Igreja de São Francisco de Paula, descendo mais um pouco, tem a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia. Ambas proporcionam linda vista de todo o casario histórico ouro-pretano.
          O ouro-pretano valoriza a sua culinária. Em todos os restaurantes da cidade você encontra a autêntica e genuína cozinha mineira, feita em panela de pedra sabão e em alguns restaurantes, no fogão a lenha. As dezenas de pousadas da cidade, seja a mais simples a mais requintada, oferecem aos hóspedes um café tipicamente mineiro. 
          Aproveite a noite ouro-pretana. Os bares centrais oferecem cardápios variados como tira gostos, pizzas e claro, a deliciosa culinária mineira. Não falta também, cervejas, licores e diversos drinks preparados no capricho. As cervejas artesanais mineiras são de alta qualidade e as de Ouro Preto não fogem à regra. Experimente as cervejas artesanais de Ouro Preto. 
                O Museu da Inconfidência é uma verdadeira aula de história. Pertinho do Museu tem a Casa do Inconfidente Tomaz Gonzaga, em frente à Igreja de São Francisco de Assis. Em frente a essa igreja tem a feira de artesanato em pedra sabão. São milhares de obras de arte mostrando o mais genuíno artesanato mineiro. 
          As igrejas são pontos de visita obrigatórios, pela história e beleza arquitetônica. São espetaculares! As igrejas de Nossa Senhora da Conceição, São Francisco de Assis e Nossa Senhora das Mercês e Perdões, que tem obras do Mestre Aleijadinho, são as mais procuradas pelos visitantes. Essas três igrejas compõem o Museu Aleijadinho, criado em 1968. As três igrejas guardam 250 peças da arte sacra e documentos gráficos, com história do período colonial e imperial Brasileiro. A Matriz de Nossa Senhora da Conceição guarda os restos mortais do Mestre Aleijadinho. 
          Se você gosta de uma boa caminhada, uma boa dica é subir a ladeira para a Igreja de Santa Efigênia. A vista de Ouro Preto do alto é impressionante.
          Ao lado do Museu da Inconfidência está à belíssima Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Descendo a escadaria, numa pequena ruela, encontra-se a Casa da Ópera de Ouro Preto. Foi o primeiro teatro das Américas. Nos palcos da Casa da Ópera, nos 300 anos de sua existência, artistas famosos de todas as épocas se apresentaram. Diferente da arquitetura barroca, o teatrinho, como é chamado, tem em sua arquitetura a influência italiana. É um espetáculo! 
          O casarão da Casa dos Contos é um dos mais importantes monumentos do barro mineiro. Impressiona pela construção imponente e por sua importância histórica para Minas Gerais. Quem quer conhecer a história do ciclo do ouro em Minas, as moedas de cada período brasileiro, bem como uma senzala e os instrumentos usados para castigos dos escravos, esse é o lugar. Estar na Casa dos Contos é estar em uma verdadeira sala de aula de história. 
          Seguindo a rua de acesso a Casa dos Contos, passará pela Rua São José onde estão os bancos, restaurantes finos e lojas diversas. A rua é plana e o casario é lindo. É a rua mais fotografada em Ouro Preto. Ao fim da rua, estará próximo das Igrejas do Pilar e de Nossa Senhora do Rosário. 
          A Igreja de Nossa Senhora do Pilar é outra igreja que não pode deixar de ser visitada. Seu altar é ornado com belíssimas obras de arte do período barroco, talhados em ouro. Foram usados 400 quilos de ouro puro.
          No subsolo da igreja tem o Museu de Arte Sacra, com valiosas peças do século XVIII. Um balcão em madeira bruta com gavetas, montado sem usar um prego sequer, chama muita a atenção dos visitantes pela qualidade do trabalho e imponência do móvel.
          Próximo a Igreja do Pilar está a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. O visitante não deve deixar de conhecer esse impressionante templo e vislumbrar o casario em torno da igreja.
          No perímetro urbano de Ouro Preto o visitante tem a oportunidade de entrar dentro de minas de extração de ouro desativadas, que são abertas ao público. Uma oportunidade única de conhecer por dentro como eram as técnicas rudimentares de extração de ouro. As mais visitadas são: Mina do Jeje (foto acima) Mina Chico Rei, Mina Du Veloso, Mina Felipe dos Santos e Mina Santa Rita. É cobrada taxa de entrada.
Passeio de trem
          O trem que faz o percurso de 18 km de Ouro Preto até a vizinha Mariana é um das melhores opções de passeios para turistas e moradores. Até Mariana, são cerca de 30 minutos de viagem passando por belas paisagens. O trem é confortável e circula nas sextas, sábados, domingos e feriados. A passagem pode ser comprada nas bilheterias da Estação. Tem vagão convencional e panorâmico.
Festivais
          Além do privilégio de estar em Ouro Preto, conhecer sua arquitetura, museus, igrejas, seus belos e preservados casarios, Ouro Preto é uma cidade que respira cultura e arte por toda parte. 
          Além dos festejos religiosos, preservados desde os tempos do Brasil Colônia, Ouro Preto oferece a seus moradores e visitantes um diversificado calendário cultural com grandes festivais de música, cinema, eventos artísticos, gastronômicos e culturais, praticamente o ano todo.
          Durante o ano, algumas festividades se destacam na vida ouro-pretana. Uma é sem dúvida o Carnaval, considerado um dos melhores do Brasil. Outra festividade é o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, que acontece em julho. Outro evento é a Festa do 12, criada para marcar a fundação da Escola de Minas, em 12 de outubro de 1876. A festividade se caracteriza pela presença de ex-alunos da universidade às suas repúblicas de origem. Nesse período a cidade fica repleta de turistas num clima quase que carnavalesco. 
Outra festividade é a Mostra de Cinema de Ouro Preto que atrai milhares de amantes da bela arte, no mês de junho. 
          Pra quem gosta de música de qualidade quem vier à Ouro Preto em setembro poderá conhecer o Festival Ouro-pretano de Bandas. Para quem gosta de jazz, no fim do ano acontece o Festival Tudo é Jazz.
Dicas importantes
          Um passeio pelo Centro Histórico de Ouro Preto, para ser completo leva no mínimo dois dias. 
          A melhor forma de conhecer Ouro Preto é andando a pé pela cidade e claro, ter em mãos um mapa ou com acompanhamento de um guia credenciado pela Prefeitura. 
          Todas as igrejas do período barroco em Ouro Preto são verdadeiros museus, sendo abertas à visitação. As igrejas e museus em Ouro Preto não abrem às segundas-feiras. Também não é permitido fotografias no interior das principais igrejas e museus, além de ser cobrada uma taxa de manutenção por visitante. 
          Ouro Preto tem muita ladeira. Poucas ruas da cidade são retas. Tem ainda o calçamento em pedra. Mulheres devem evitar salto alto e usar calçados confortáveis. Tanto para homens, quanto para mulheres, o mais indicado são sapatos ou tênis com solado antiderrapante. 

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