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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Conheça Santa Bárbara

(Por Arnaldo Silva) É uma das mais belas e mais preservadas cidades históricas de Minas Gerais. Distante 110 km de Belo Horizonte, bem no centro da Estrada Real, com acesso pela BR-381/262 e a MG-436, chega-se a Santa Bárbara, uma charmosa, aconchegante e atraente cidade com apenas 35 mil habitantes. Cidade privilegiada pela natureza, aos pés da imponente e majestosa Serra do Caraça, com um casario em estilo colonial do século XVIII e alguns com traços do etilo neoclássico do século XIX e eclético, do início do século XX (na foto acima de Thelmo Lins, traços do estilo Eclético na cidade, presente na Estação Ferroviária, inaugurada em 1911).
          Foi uma das primeiras povoações de Minas, tendo sua origem no início do século XVIII, com a descoberta de pedras preciosas na região. Com a chegada da bandeira chefiada por Antônio Silva Bueno, este funda um arraial no dia 3 de dezembro de 1703, o arraial de Brumal, atual distrito de Santa Bárbara. No dia seguinte, 4 de dezembro de 1704, o mesmo bandeirante funda outro arraial, com o nome de Santo Antônio do Ribeirão de Santa Bárbara, povoado este que deu origem à cidade de Santa Bárbara. Nesta data, 4/12/1704, comemora-se oficialmente a fundação da cidade.
          Em 1713 tem início da construção da Matriz de Santo Antônio, considerada a mais bela igreja setecentista de Minas Gerais. Construída em estilo Barroco mineiro a igreja conta ainda com pinturas do Mestre Ataíde. (acima o interior da Matriz de Santo Antônio e abaixo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Fotos de Thelmo Lins)
          Por sua localização privilegiada, no meio da Estrada Real, foi ponto de ligação e passagem da Corte, no Rio de Janeiro e o Caminho do Ouro e dos Diamantes, nas regiões Central e Norte de Minas. Elevada a Vila em 16 de março de 1839 e a cidade em 1858, adotando o nome de Santa Bárbara do Mato Dentro e  por fim, apenas Santa Bárbara, a partir de 1878, quando passou a ser sede da Comarca. (na foto abaixo de Thelmo Lins, a Matriz de Santo Antônio)
          A economia de Santa Bárbara tem como base a extração mineral de ferro e ouro por grandes empresas sediadas na cidade. A agricultura é outra importante atividade econômica do município, com destaque para produção de mel, atividades agropecuárias e na silvicultura com a produção de carvão vegetal. O turismo é outro setor que movimenta a economia de Santa Bárbara, com foco no turismo ecológico, rural, para prática de esportes radicais, além do turismo cultural e histórico.
          Santa Bárbara tem quatro distritos. O mais importante da cidade é Brumal, sendo ainda um dos mais importantes distritos para o patrimônio histórico mineiro, destacando sua igreja, de Santo Amaro (na foto acima de Elvira Nascimento), o chafariz e seu casario, em  estilo colonial. Brumal fica a 5 km da sede, por via asfaltada. 
          Os outros três distritos são: Barra Feliz, com acesso pela MG-436, por 5 km de estrada asfaltada, Florália a 10 km de distância por estrada de terra e Conceição do Rio Acima, um pouco mais longe, 23 km de estrada de terra. 
          Destaca na cidade como atrativo, André do Mato Dentro, um subdistrito bem pacato e atraente, muito movimento nos dias de Festa de São Geraldo e Santo Antônio, realizada sempre em outubro de cada ano com missas, procissões, barraquinhas, apresentação da Corporação Musical Santo Antônio e da Cavalhada Feminina, uma das mais importantes cavalhadas da região.
          O turista que vêm à Santa Bárbara se encanta com a cidade, principalmente com sua Matriz e seu Centro Histórico, com seu casario preservado como o Hotel Quadrado (o casarão à esquerda da foto da Elvira Nascimento), o prédio da Prefeitura, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário do século XVIII – Tombada pelo IEPHA e Conselho Municipal, o Chalé Barroco, a Casa da Cultura, a Pharmácia Sant´Anna, hoje Museu do Judiciário Municipal, a antiga Cadeia Municipal, Capela da Arquiconfraria do Cordão de São Francisco, a Capela de Nosso Senhor do Bonfim, a Casa do Mel, o casarão Afonso Pena ou Casa Grande, a Estação Ferroviária, dentre outras construções e igrejas, igualmente charmosas e atraentes.
          Belezas naturais circundam a cidade  como a Serra do Caraça (na foto acima de Vinícius Barnabé), a 24 km do município, localizado em Catas Altas. Um dos mais belos e atraentes destinos do Brasil, por sua história, religiosidade e belezas naturais impressionantes, em seus 1700 metros de altitude, que atraem amantes da natureza,  estudiosos que vão ao santuário para conhecer uma região singular, única no Brasil, com sua fauna e flora riquíssimas. 
           Além disso, estar no Santuário do Caraça (na foto acima da Luciana Silva) é estar em completo convívio com a natureza e história, podendo o visitante curtir suas cachoeiras, trilhas, picos ou mesmo, rezar na igreja do Santuário, construída em estilo neogótico, se hospedar na hospedaria do Caraça, apreciar a culinária típica da região, seus queijos e doces diversos, além de poder conhecer a biblioteca e o museu, que retrata o estilo de vida nos séculos XIX e XX. (foto abaixo de Thelmo Lins)
          Durante o ano acontecem eventos nos distritos e povoados, bem como na cidade, como o Torneio Leiteiro, a Exposição Agropecuária, em julho, festividades religiosas e as comemorações do aniversário da cidade, em 4 de dezembro, com uma variada programação cultural.(foto abaixo de Thelmo Lins)
          Santa Bárbara é uma cidade bonita, tranquila, com um povo bom, hospitaleiro, além de oferecer a seus visitantes uma ótima rede hoteleira, ótimos restaurantes com comidas caseiras e típicas, artesanato, produtos artesanais feitos nos quintais coloniais da cidade. É uma cidade ótima para se conhecer e visitar. 

Pedra Azul: a princesinha do sertão

(Por Arnaldo Silva) A histórica cidade de Pedra Azul, conta atualmente com cerca de 25 mil habitantes. É uma das mais importantes cidades do Vale do Jequitinhonha e de Minas Gerais, por sua história, cultura, tradição e arquitetura. Faz limites com os municípios de Medina, Almenara, Jequitinhonha, Divisa Alegre, Águas Vermelhas, Cachoeira do Pajeú e Divisópolis. Está a 720 km distante de Belo Horizonte.
          Conhecida como a Princesinha do Sertão, Pedra Azul teve sua origem no século XIX, com a criação de um pequeno povoado, denominado Fortaleza. Em 1911 foi elevado à vila, pertencente a Salinas, sendo emancipada em 1925, com o nome de Fortaleza. Por existir uma lei à época que proibia cidades com nomes idênticos, Fortaleza, a capital do Ceará, teve que mudar. Foi Nelson de Faria, imortal da Academia Mineira de Letras sugeriu o nome Pedra Azul. (na foto acima de Leôncio Lima/@oruamamil, com imagem editada por Andrea Lima/@andrealima_fotografa)
          Na década de 1920, águas-marinhas começaram a ser encontradas no município. As pedras preciosas tinham a cor azul. Por isso a sugestão, Pedra Azul, sendo aprovado o nome pela população em plebiscito em 1943, quando Fortaleza, passou a se chamar oficialmente Pedra Azul. (na foto acima de Thelmo Lins, vista parcial da cidade)
          O patrimônio histórico de Pedra Azul é valioso e diferente das demais cidades históricas mineiras, de arquitetura colonial e barroca. A arquitetura de Pedra Azul foi formada no início do século XX, caracterizada como eclética. (na foto acima e abaixo do Thelmo Lins, percebe-se os casarões coloniais e sobrados em estilo eclético de Pedra Azul)
          A expressão eclética é referente ao estilo adotado pelos arquitetos do fim do século XIX para o início do século XX. Seria a mistura de traços arquitetônicos do passado com estilos modernos, do século 20. Essa mistura de estilos deu a Pedra Azul, casarões com arquitetura magnífica, que chama a atenção pela riqueza nos detalhes.
          A cultura pedra-azulense vai além dos traços arquitetônicos do século 20. Andando pela cidade, podemos ver o requinte dos casarões e seus mobiliários de época bem preservados, bem como casinhas mais simples, quase todas com fogão a lenha. (na foto acima da Andréa Lima, vista noturna da cidade, com destaque em tom verde para a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e abaixo, paisagem rural da cidade, de autoria de André Lima)
          Logo pela manhã, é possível ver a fumaça dos fogões saindo pelas chaminés. Tem café, tem broa, tem biscoito, tem a comida mineira e outras típicas do Vale do Jequitinhonha, saindo dos fogões. 
          Em termos de culinária, a gastronomia de Pedra Azul é tão rica quanto seu patrimônio histórico. O mel, o requeijão, a manteiga caipira, o óleo de pequi, as farinhas de mandioca, beiju, tapioca, o biscoito espremido, o mingau de milho, doces de frutas, pimentas e outros produtos são famosos na região. Destaque também para a produção de cachaça, considerada uma das melhores do Brasil e para o Queijo Cabacinha.
          O Queijo Cabacinha tem sua origem no Vale do Jequitinhonha. Produzido na região desde o século XVIII, é a maior expressão gastronômica de Pedra Azul e uma das identidades do Jequitinhonha. Embora seja um queijo genuinamente mineiro, o Cabacinha tem origem no Caccio Cavalo italiano, um queijo de massa filada, com consistência bem firme e sabor que lembra o provolone. 
          Seu nome tem origem na forma de sua cura, quando são amarrados com barbantes e pendurados em pares, dando a impressão de estarem sobre uma cela de um cavalo.
           Em Minas Gerais, o estilo do queijo foi adaptado ao nosso clima, tradição e feito de modo totalmente artesanal, com leite cru, de vaca mas com a diferença que em Minas, o formato do queijo lembra uma cabacinha e não a sela de um cavalo. (fotografia acima de Andrea Lima/@andrealima_fotografa)
          Depois que o queijo passa pelo processo artesanal de produção, desde a ordenha, ao preparo da massa, que é moldada a mão, em forma de cabaça. Em seguida, vai para a salmora. Por fim, é amarrado com barbante e pendurado em grades.
          Com o passar das horas, vai adquirindo firmeza e ficando no formato, que lembra uma cabaça. Por isso o nome, Cabacinha. (na foto acima de Sila Moura)
          Segundo a Emater, em Pedra Azul são mais de 150 produtores do Queijo Cabacinha. Além de Pedra Azul, as cidades de Medina, Cachoeira do Pageú, Comercinho e Itaobim, formam uma região queijeira, produtora do queijo Cabacinha, reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima), através da Portaria de número 1403, de 10 de maio de 2014. Além dessas cidades, reconhecidas pelo Ima como produtoras deste tipo de queijo mineiro, outras tantas cidades na região e Norte de Minas, também produzem o Queijo Cabacinha.
 
          
O povo de Pedra Azul é bem simples e humilde, com as características cativantes de todo povo mineiro. Orgulham-se de sua cidade, de serem do Vale e de suas manifestações culturais, entre elas o Boi de Janeiro ou Maria Tereza (na foto acima de Thelmo Lins), manifestação cultural que acontece nos primeiros dias de janeiro.
          Nesse festejo, os moradores montam uma enorme boneca chamada de Maria Tereza e um enorme boi e saem pelas ruas da cidade cantando e tocando músicas regionais, com tambores e flautas. O povo segue o boi e a Maria Tereza até a Praça do Vandaral. É um dos mais importantes espetáculos da cultura popular mineira.(na foto abaixo de Thelmo Lins) e a Maria Tereza até a Praça do Vandaral. É um dos mais importantes espetáculos da cultura popular mineira.
          Em junho o destaque na cidade são os festejos juninos. Uma tradição fortíssima, não só em Pedra Azul, mas em todo o Vale do Jequitinhonha.
          Todos os anos acontece na região o Festivale, cada ano em uma cidade diferente, com apresentações de grupos folclóricos, feira de artesanato, festivais de música e shows com artistas locais. O talento do povo do Vale é revelado durante o Festivale.
          Pedra Azul, como todo o Vale do Jequitinhonha, se destaca na arte. Artesãos, artistas plásticos, filhos ilustres e grandes artistas como Murilo Antunes, Saulo Laranjeiras e Paulinho Pedra Azul, se destacam no cenário nacional.
          Acontece ainda na cidade eventos esportivos como corrida de Mountaim Bike e eventos agropecuários no Parque de Exposições Getúlio Vargas.
          Em termos de turismo, o município é um dos destaques em Minas Gerais, não apenas pelo seu conjunto arquitetônico, tombado em sua totalidade, mas pelas espetaculares formações rochosas (na foto acima de Thelmo Lins) como a Pedra Cabeça Torta, mesmo distante 10 km da cidade, pode ser vista já que é o ponto mais alto do município.
          A Pedra da Conceição oferece uma ampla vista do entorno. Uma escadaria com 523 degraus foi construída para facilitar a subida até o topo (foto acima de Thelmo Lins). A Pedra da Montanha é outro atrativo, já que permite uma ampla vista da cidade e até de outras em redor. Tem ainda as, Pedra da Rocinha e Toca dos Caboclos com acesso mais fácil e com o privilégio de poder apreciar pinturas rupestres.
          Pedra Azul de espera para uma visita. Venha conhecer!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

As cidades da Região Noroeste de Minas

(Por Arnaldo Silva) A Região Noroeste de Minas Gerais começou a ser povoada no final do século XVII, com a chegada de bandeirantes e fazendeiros à região. Hoje é formada por 19 municípios, sendo a região menos populosa do Estado, mas com grande extensão territorial, ocupando uma área de 62.381 km². 
          É uma região desenvolvida, com grande presença industrial e grande número de atrativos naturais e arquitetônicos, além de ser uma das principais regiões agrícolas do país, se destacando na produção de mandioca, milho, gado e feijão, sendo o município de Unaí, o maior produtor de feijão do Brasil. A região começou a ser povoado no final do século XVII.
Paracatu
          A região conta com belíssimas paisagens, com córregos e rios afluentes do Rio São Francisco, como os rios Paracatu, Urucuia e Pardo, além de impressionantes cachoeiras e cidades charmosas e atraentes, como Paracatu, distante 200 km de Brasília e 483 km de Belo Horizonte, com cerca de 95 mil habitantes. A cidade surgiu no início do século XVIII com a formação de um povoado, elevado a freguesia e a Vila em 20 de outubro de 1798, data em que o município comemora sua fundação oficial. (foto acima de Marcos Pieroni o centro da cidade)
           É uma cidade histórica, que guarda relíquias arquitetônicas dos tempos do Brasil Colônia, presentes em suas igrejas, casarões, chafarizes e em sua história, ao longo dos séculos de sua fundação, com seu Centro Histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Hoje a cidade é uma mistura da arquitetura antiga, com a moderna e com valorização e preservação de suas origens, arquitetônicas, culturais, gastronômicas e religiosas com grande fluxo de turistas que visitam a cidade, principalmente nos períodos de festas tradicionais como Carnaval; a Encenação da Semana Santa; a Hallel; a Feira da Cachaça; a ExpoParacatu; as comemoração do Aniversário da cidade e as festas de fim de ano. 
          Paracatu é uma cidade desenvolvida, polo educacional, sediando uma das unidades do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, do SENAI, tendo ainda um ótimo nível educacional no ensino fundamental e médio. (na foto acima do Vicente Oliveira, um dos imponentes casarões coloniais da cidade)
          A cidade se destaca também na agropecuária, além de contar com várias universidades, uma ótima rede hoteleira, bons restaurantes, bares, pizzarias agradáveis, uma variada rede de prestação de serviços e comércio variado. (foto abaixo do Thelmo Lins, o antigo chafariz, um dos mais importantes pontos turístico de Paracatu)
          O município tem ainda a agricultura, bastante forte no município e a pecuária leiteira e de corte, com alguns produtores comercializando e produzindo selas, botinas e calçados feitos com couro. Outros produtores se dedicam a fabricação de doces de leite e de frutas, na produção de cachaças, além da cidade ter um rico artesanato, como os bordados e o artesanato em pedras preciosas. Outro segmento importante em Paracatu é a mineração, estando instalada na cidade a Gold Corporation, empresa canadense que explora ouro no município.
Unaí 
          Um dos destaques da região é a cidade de Unaí, grande produtora de grãos, principalmente feijão, está distante 590 km de Belo Horizonte e tem cerca de 85 mil habitantes. (Na foto acima de Raul Moura) 
          A cidade possui um prestação de serviços e comércio variados, pequenas e médias indústrias, além de ser um dos maiores produtores de grãos do Brasil, se destacando a produção de soja, arroz, sorgo, trigo, milho e feijão, contando ainda com produção de hortaliças, frutas e várias granjas, além da pecuária leiteira e de corte.
          Unaí conta com uma ótima estrutura urbana, com bons hotéis, pousadas, restaurantes, ótimos bares, choperias, pizzarias, realizando ainda eventos sociais e religiosos durante o ano. Na área rural, o destaque é para o turismo ecológico, possuindo vários atrativos naturais, como as cachoeiras do Rosário, do Zico Esteves, do Bebedouro, de São Miguel, da Jiboia, na divisa de Uruana de Minas (na foto acima do Gilberto Valadares), além das grutas do Curral, do Gentio, do Bart Cave, da Moeda, do Tamboril, da Ritinha, do Mamoeira, além das lapas do Sapezal, da Foice, da Pedra do Canto e Trilha do Zé Pauzinho. São lugares ótimos para contato com a natureza e prática de esportes radicais.  
Presidente Olegário
          Outro destaque no Noroeste Mineiro é a bela cidade de Presidente Olegário (na foto acima do Sérgio Mourão), distante a 433 km de Belo Horizonte. O município tem aproximadamente 22 mil habitantes, tendo ainda os distritos de Galena, Santiago de Minas e Ponte Firme, além de um povo bom e hospitaleiro, conta com um comércio variado, bons restaurantes com comidas típicas da região, artesanato local e produção artesanal de doces e queijos.
          As festas religiosas estão presentes na tradição da cidade como a Folia de Reis, a Festa de São Sebastião e de Nossa Senhora da Abadia, que acontece no povoado de Andréquicé.  Seu relevo é formado por imensos chapadões, encontrando-se em seu território, centenas de cavernas calcárias e também ocorrência de arenito. Na agricultura, Presidente Olegário, se destaca na agropecuária e principalmente na produção de grãos, sendo uma das maiores produtoras de grãos do Brasil. 
Buritis 
           O Noroeste de de Minas presenteia o Estado com uma das mais belas cidades mineiras, que conta com várias cachoeiras simplesmente impactantes, além da beleza do Rio Urucuia, de suas veredas e chapadões. Essa cidade é Buritis, cujo nome é ligado ao coco buritis (foto acima de Paulo Ryan/enviada por Gilberto Valadares) cidade com cerca de 25 mil moradores, conhecida como a "cidade das belas paisagens".
          Buritis é uma cidade charmosa e muito atraente, tendo como destaque, as cachoeiras da Barriguda, dos Mangues, do Confins, do Passa Três, do Retiro, além, do Rio Urucuia e várias trilhas pelo município. (na foto abaixo do Gilberto Valadares, a veredinha e o buriti, que deu nome à cidade)
          Em sua área urbana, se destaca a Praça Dom Elizeu, com um centenário pé de Jatobá, a Igreja de Nossa Senhora da Pena com destaque para as folias de Reis, a Festa do Carro de Boi e a Festa de Setembro, que acontece todos os anos na cidade, desde 1805, em dedicação à Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade.
Dom Bosco
          Distante 543 km de Belo Horizonte e com pouco mais de 4 mil habitantes, está acidade de Dom Bosco (na foto acima do Maurício Soares). A cidade é charmosa, aconchegante e pacata, com um povo muito hospitaleiro e bem jovem. Foi fundada em 21 de dezembro de 1995.
Arinos
          Arinos é outro município de destaque na região e em Minas Gerais. Distante 727 km de Belo Horizonte, o município conta com cerca de 20 mil habitantes. Seu nome tem origem no maior expoente da influente família Melo Franco, o jornalista, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras e jurista brasileiro, Afonso Arinos de Melo Franco (Paracatu, 1º de maio de 1868 - Barcelona - 19 de fevereiro de 1916), tendo adotado o nome de Arinos, em sua homenagem, quando de sua criação em 1º de março de 1963. (fotografia acima de Thelmo Lins do Parque Nacional Grande Sertão Veredas)
          Destaca no município o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, preservando a mais brasileira das palmeiras, os buritis, descrita no livro o Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Além do Parque, em Arinos encontra-se várias cachoeiras, como Boi Preto, da Ilha do Rio Claro, do São Miguel e do Bebedouro. Além da Cachoeira da Jiboia, na vizinha Uruana de Minas.
          A culinária da cidade é um destaque à parte pela riqueza e cores e sabores do cerrado mineiro, além dos pratos típicos da cozinha mineira. 
          São vários pratos que aguçam o apetite, como  a carne de sol, pão de queijo, quiabo com angu, paçoca, feijão tropeiro, beiju, rapadura, panelada, picado de arroz, dourado assado, pratos com o surubim, peixe muito comum nos rios da região e claro, as deliciosas frutas do Cerrado mineiro como como tamarindo, umbu, pinha, o araticum, coquinho, cagaita, maxixe, buriti, jenipapo, banana-caturra, dentre outras frutas, utilizados na fabricação artesanal de sucos, licores e doces. 
         Isso sem contar os pratos feitos com o ouro do Cerrado, o pequi, que origina pratos diversos como o arroz com pequi, a farofa, pequi com carne de sol, com mandioca ou mesmo cozido com sal ou açúcar, além de sucos e licores que são feitos com o fruto.
João Pinheiro 
          Outra cidade de destaque no Noroeste de Minas é João Pinheiro, (na foto acima de Duva Brunelli, a Matriz de Santana) a 380 km de Belo Horizonte. Com cerca de 50 mil habitantes, o município surgiu no século XIX, com a formação de um pequeno arraial, mais tarde elevado a freguesia e a vila, tendo sido fundado em agosto de 1911, sendo instalado em 10 de setembro, data do aniversário da cidade. 
          É atualmente o maior município em extensão territorial de Minas Gerais, com área total de 10.716,960 km². Sua sua economia se baseia na prestação de serviços, comércio variado, indústrias de confecção, atividades agroflorestal e sucroalcooleiro, além de ser destaque no agronegócio na região. 
          Em João Pinheiro, um atraente e charmoso casario, em estilo colonial, eclético e contemporâneo, chama a atenção pelo zelo de seus moradores. Durante o ano, a cidade promove eventos que atraem visitantes à cidade, como seu carnaval, Festa do Peão de Boiadeiro, em abril, a festa de Nossa Senhora de Sant´Ana, padroeira da cidade, realizada em 26 de julho, a festa de comemoração do aniversário da cidade em setembro, além dos tradicionais festejos de fim de ano.
Vazante 
          Vazante é outra charmosa cidade do Noroeste Mineiro. Foi fundada em 12 de dezembro de 1953. Está a 520 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 21 mil moradores. Seu nome tem origem nas cheias dos rios da região, que transbordavam. (foto acima e abaixo de Marcos Pieroni)
          Um dos grandes destaques na economia do município é a extração mineral de zinco e ainda de calcário, já que é no município que está uma maiores reservas de calcário da região. Além da mineração, na cidade existe pequenas indústrias de confecção de roupas, granjas, beneficiamento de calcário, produção de carvão vegetal, produção de queijos e leite, no cultivo de arroz, milho, feijão e soja e pecuária de corte.
           É em Vazante que está a Gruta da Lapa Nova, uma das maiores do Brasil, com 4.550 metros de extensão, com grande quantidade de cavernas (foto acima de Duva Brunelli). Já no perímetro urbano, a cidade se destaca pelo charme de seu casario e cuidado de seus moradores para com sua cidade, bem como por sua religiosidade. Durante os dias de sua principal festa, em louvor à Nossa Senhora da Lapa, em 1, 2 e 3 de maio, a cidade mais que dobra de tamanho, chegando a 50 mil pessoas. Tem ainda a Exposição Agropecuária, a Festa do Carro de Boi em julho, as festividade de aniversário da cidade e de fim de ano.
Outras cidades da região
          Além de Paracatu, Unaí, Presidente Olegário, Dom Bosco, Buritis, Arinos, João Pinheiro e Vazante, citadas acima, fazem parte da Região Noroeste de Minas as cidades de Brasilândia de Minas, Guarda-Mor (na foto acima do Marcos Pieroni), Lagamar, São Gonçalo do Abaeté, Varjão de Minas, Bonfinópolis de Minas, Cabeceira Grande, Formoso, Natalândia, Uruana de Minas e Lagoa Grande (na foto abaixo de Duva Brunelli)

Resende Costa: a cidade do artesanato em tecido

(Por Arnaldo Silva) O artesanato mineiro é destaque no cenário mundial, mas em Resende Costa MG, na Região do Campo das Vertentes, cidade, com aproximadamente 15 mil habitantes, o artesanato é vocação e tradição passada de geração a geração e presente em todos os cantos da cidade, principalmente o artesanato em tecido, sendo a principal fonte de renda e emprego da cidade. (foto acima de Deivdson Costa/@deividsoncosta) 
          O município faz divisa com São Tiago, Ritápolis, Lagoa Dourada, Entre Rios de Minas, Desterro de Entre Rios, Oliveira, Passa Tempo, Coronel Xavier Chaves e está a 194 km de Belo Horizonte. (foto acima de André Saliya)
          O artesanato feito com tear mecânico é a principal atividade econômica do município, fortalecendo a economia e fomentando o turismo no município.  O artesanato de Resende Costa está presente na vida de quase todas famílias do município, quer tecendo verdadeiras obras artesanais, quer preparando a matéria prima para os diversos produtos. Não tem com falar de Resende Costa hoje, sem mencionar o artesanato.
          A cidade é conhecida nacionalmente, como "a cidade do artesanato". O turista, que vem à cidade,se depara com uma infinidade de lojas espalhadas pela cidade. Boa parte dessas lojas estão concentradas na Avenida Alfredo Penido. (foto acima de Eduardo Henrique)
          Mesmo com maquinários modernos, a tradição do tear que remete ao século 18, é preservada por diversas famílias até hoje na cidade. Além do artesanato têxtil, em Resende Costa é produzido colchas e ainda tapetes feitos com as sobras das malhas das indústrias. (foto acima de Marcelo Melo e abaixo de André Saliya)
          A cidade foi erguida sobre uma rocha, o que dá uma visão panorâmica de todo o seu entorno, um dos atrativos para quem visita Resende Costa. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Ladeira do Amendoim em São Tomé das Letras

 (Por Arnaldo Silva) A Ladeira do Amendoim é uma das grandes atrações de São Tomé das Letras, no Sul de Minas. Cidade famosa pelo misticismo e por suas construções em pedras, tem nesta ladeira um de seus mais visitados pontos turísticos, desde a década de 1980. 
          É que ao parar um veículo nesta ladeira e deixá-lo em ponto morto, ele sobe sozinho. Magnetismo? Ilusão de ótica macroscópica? Seja qual for a explicação para o fenômeno, esta ladeira atrai a curiosidades dos turistas que vão a São Tomé das Letras todos os dias do ano, para confirmar, conhecer e tentar explicar o fenômeno. 
          Na cidade, guias de turismo levam os visitantes para conhecerem a Ladeira do Amendoim. Alguns acompanham grupos de pessoas ou mesmo, levam os turistas em seus próprios carros. Conhecem o fenômeno como a palma de suas mãos e tem as explicações na ponta da língua. Fazem questão de descerem de seus carros, fazendo questão de mostrar que o carro não está ligado e nem engatado. Para espanto, até dos céticos, os carros sobem a ladeira, sozinhos mesmo, desligados. Tem ainda os turistas que levam seus próprios carros e testam o fenômeno. Ficam perplexos ao verem seus carros andando sozinhos, desligados e sem ninguém nos veículos.    
           O fenômeno não acontece apenas com carros, não. Com pessoas também. Basta descer a ladeira de costas e depois subir de costas, como orientam os guias. O turista sente o corpo sendo puxado, durante a subida. Repetem a prática várias vezes, para confirmarem o que sentem, mostrando espanto ao sentir o corpo sendo literalmente, puxado.
          Os guias mais antigos. dizem que na região. existe um campo magnético, com o ponto culminante. exatamente onde está a Ladeira do Amendoim. A ladeira está sobre uma gruta, que para os místicos, é a porta de entrada para o caminho leva até Machu Pichu, no Peru. A gruta está numa propriedade particular e não é permitida a entrada. Mas, segundo a crença esotérica, na Ladeira do Amendoim e entorno, está o ponto de encontro da energia dos chacras da terra, dai a explicação mística para esse impressionante fenômeno.
          Outra curiosidade da Ladeira do Amendoim, são duas pedras descobertas por um turista, que visitou o local e identificou um fenômeno enérgico muito interessante. Subindo em uma das pedras, a pessoa recebe uma carga de energia muito grande, fazendo com que se sinta mais leve e bem revigorado. Já a outra  pedra, ao contrário, suga toda a energia que a pessoa tenha, fazendo-a se sentir pesada e fraca.  
          Todos que vão à ladeira, não ficam apenas ouvindo teorias. Tem a prática. No caso das pedras, os turistas são convidados a subirem na pedra da energia positiva e abrirem os braços. As pessoas que sobem nessa pedra, tem muitas dificuldades para abaixarem os braços, mesmo fazendo força e mesmo com outra pessoa, ajudando a baixá-los. Já na pedra da energia negativa, os braços são abaixados facilmente, e a pessoa se sente mais fraca, sem energia.
          Quem faz essa experiência sente isso mesmo. Numa pedra o corpo está mais leve, na outra, a pessoa sente o corpo pesado. A energia dessas pedras são tão fortes, tanto a positiva, quanto a negativa, que tem gente que deixa o celular sobre as pedras e percebe sua ação energética, com os celulares carregando ou descarregando. 
          Sejam quais forem as explicações que os místicos ou cientistas possam ter para esses fenômenos, o certo é que a cada dia, a Ladeira do Amendoim, impressiona os turistas. Se vier à São Tomé das Letras, não deixe de visitar a Ladeira do Amendoim e presenciar o fenômeno.
(As fotografias desta edição são de autoria de Jorge Nelson)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Não é apenas uma igreja! É uma obra de arte!

(Por Arnaldo Silva) À rua da Bahia, no número 1596, no bairro de Lourdes, na capital mineira, encontra-se um dos mais belos templos religiosos do Brasil. A Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, ou simplesmente Igreja de Lourdes. Construída em estilo neogótico, no início do século XX, a igreja impressiona pela riqueza de seus detalhes exteriores, o que faz do templo, mais que uma igreja, uma verdadeira obra de arte. (fotos acima e abaixo do @arnaldosilva_oficial)
          Tanto em seu interior, quanto em seu exterior, é impossível não ficar impressionado com cada detalhe de sua arte, seus vitrais, o órgão de tubos instalado na igreja em 1950, os sinos, as cores vivas. Enfim, a imponência da Basílica de Lourdes impressiona.
Estilo Neogótico
          O estilo neogótico é um conjunto de estilos arquitetônicos que tinha como objetivo recuperar e recriar a arquitetura gótica predominante na era Medieval, em contraste com os estilos clássicos que começaram a surgir na Europa, que relegava a arquitetura antiga, principalmente a gótica. (foto acima e abaixo do Clésio Moreira)
          O movimento surgiu no século 18, na Inglaterra, se estendeu por toda a Europa e pelo continente Latino Americano, prevalecendo até meados do século 20. Este estilo é percebido principalmente na arquitetura de igrejas por todo o mundo, inclusive no Brasil. Um dos mais belos templos neogóticos do Brasil, é exatamente a Igreja de Lourdes em Belo Horizonte. 
Era para ser construida na Argentina
          O projeto original da Igreja de Lourdes é do missionário Claretino Echarri, de Córdoba, na Argentina, cuja planta original foi adaptada por Manuel Ferreira Tunis com alguns pequenos acréscimos. A Igreja tem 47 metros de comprimento e 17 metros de largura, com 20 metros de altura e torre principal com altura de 54 metros. Sua capacidade é de 350 pessoas sentadas.
Ornamentos interior
          Em seu interior há uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes em madeira, que é usada em procissões e coroações. Outra em gesso, com mais de um século, que fica na Gruta de Lourdes e outra que fica no altar-mor, que veio do Rio de Janeiro para marcar a elevação da Igreja à Basílica.(na foto acima de Clésio Moreira e abaixo de @arnaldosilva_oficial)
Arte em seu exterior
          A parte lateral da basílica com suas torres góticas são fascinantes, bem como a parte frontal que chama a atenção pelas sete imagens que são os pilares da parte superior, que sustenta a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. São detalhes riquíssimos, feitos em cimento, cuja arte impressiona.
Início da construção
          Sua pedra fundamental foi lançada em 1916 e obra executada pelo construtor Antônio Gonçalves Gravatá. Em 25 de dezembro foi celebrada a primeira missa, com a obra ainda inacabada, antes mesmo de sua inauguração oficial, em 19 de março de 1923, ano em que foi elevada a categoria de Paróquia que é delimitação territorial
de uma diocese sobre a qual prevalece a jurisdição espiritual de um pároco, que no caso da Igreja de Lourdes, teve como seu primeiro pároco, o padre Sebastião Pujol.
O que é basílica?
          A palavra basílica vem do grego basileus que significa reis, sendo muito usada pelos Reis Persas para receber seus súditos. Quando eram muitos, eram recebidos em salas maiores, chamadas de basílicas ou salas do rei. Com o crescimento do Cristianismo a partir do século V, as pequenas capelas não eram suficientes para receber todos os fiéis e nas comunidades onde havia muitos cristãos, começaram a construir igrejas maiores, com o nome de basílicas. 
          Hoje quem dá título de basílica é o Vaticano através de documento oficial assinado pelo Papa, sagração, coroação de imagem, etc. Além disso, é necessário que o local tenha valor histórico e arquitetônico, além de ser um grande centro de concentração religiosa. A Igreja de Lourdes preencheu todos esses requisitos e foi elevada a basílica em 1958 pelo Papa Pio XII, com sua imagem principal, que fica no altar-mor, sido consagrada nessa ocasião. (fotos acima e abaixo de @arnaldosilva_oficial)
          A Basílica de Lourdes é tão fantástica que seus detalhes têm que ser vistos e contemplados bem de perto, a centímetro por centímetro.

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