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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A história da Fazenda Santa Clara

 (Por Arnaldo Silva) A Fazenda Santa Clara fica em Santa Rita de Jacutinga, charmosa cidade da Zona da Mata, com cerca de 5 mil habitantes que faz divisa com os municípios de Rio Preto, Bom Jardim de Minas, Passa Vinte. É a maior atração turística do município que fica apenas 140 km de Juiz de Fora,190 km do Rio de Janeiro e 380 km de Belo Horizonte.
História da Fazenda Santa Clara
          A história da fazenda começou no final do final do século XVIII, quando o fazendeiro e minerador, Luiz Fortes de Bustamante e Sá, natural de São João Del Rei, foi agraciado com o cargo de guarda-mor do registro de Rio Preto. Um guarda-mor era um oficial nomeado pela Coroa Portuguesa, tendo como função proteger o Rei, comandar sua guarda pessoal e cuidar de seus bens em sua ausência. Mas Luiz desistiu do cargo, sendo substituído pelo seu irmão, Francisco Dionísio Fortes de Bustamante, que mudou com a esposa e filhos para a região, por volta de 1800.
          Em 1824, Francisco Tereziano Fortes de Bustamante, filho de Dionísio Francisco, recebeu do governo imperial uma sesmaria de terras e nestas terras, ergueu a Fazenda Santa Clara. 
          A construção teve início em 1805, levou 15 anos para ser construída e totalmente concluída, com decoração, entalhes e detalhes em 1856. Após sua morte, sua esposa, a viscondessa de Monte Verde, dona Maria Tereza de Souza Fortes, assumiu a fazenda, que depois de falecida, deixou a fazenda para seu irmão, Carlos Teodoro de Souza Fortes, já que a viscondessa não teve filhos. 
          Com o fim da escravidão, pela enorme estrutura da fazenda, bem como a manutenção do casarão, as dificuldades para pagar mão de obra e manter toda a estrutura da propriedade eram grandes. As dívidas aumentavam, até a fazenda ser hipotecada, estando em posse de um banco por 20 anos até ir a leilão, tendo sido arrematada pelo Comendador Modesto Leal e vendida em 1924 para o Coronel João Honório, sendo a Santa Clara, hoje, propriedade de seus descendentes.  
Uma das maiores construções rurais da América Latina 
          Ao todo, a Fazenda Santa Clara tem 6 mil m² de área construída, com 365 janelas, uma para cada dia do ano, 54 quartos, 12 salões, 3 cozinhas, 2 terreiros de café, uma capela, um mirante, senzala, masmorra, etc. 
          É considerada uma das maiores construções rurais da América Latina. Trabalho de construção feito por escravos, erguida em vigas de madeira e pau-a-pique, com decoração e ornamentação interna, totalmente com mobiliário, requintado, luxuoso, trabalhado em madeira bruta, feitos pelos melhores marceneiros e artistas da época.
          No entorno da fazenda um enorme terreiro de café, chama a atenção por sua dimensão, além da masmorra, construída de forma que impedisse qualquer tipo de fuga de escravos. 
          Mesmo assim, foi construído um mirante, que permitia ver toda a movimentação no entorno da fazenda, num ângulo de 360º graus, permitindo uma vigilância melhor da fazenda. Um detalhe interessante que neste mirante, construído no topo do casarão, foi instalado um relógio alemão, datado de 1840, em perfeito funcionamento até hoje. 
          É tradição no Brasil criar-se lendas e superstições, em torno de casarões antigos, com estórias que envolvem fantasmas arrastando correntes, tesouros escondidos, assombração, etc. Evidentemente, que a Fazenda Santa Clara não escapa dessas lendas, ainda mais por sua história, que envolve luxo, riqueza,  escravidão e sofrimento. Na tradição popular, tem muita estória. 
Castigos e masmorra
          Não se sabe ao certo quantos escravos trabalhavam na fazenda Santa Clara. Acredita-se que desde sua fundação, até o fim da escravidão, tenha sido usado na fazenda a mão de obra de cerca de  3 mil seres humanos escravizados. Esse grande número de seres humanos forçados a trabalhar como escravos, se explica pela enorme produção cafeeira da fazenda, exigindo muita mão de obra e com cercas de 14 horas de trabalho por dia. 
          Além de usar mão de obra escravizada, outro negócio paralelo ao café, aumentava em muito a riqueza dos proprietários. Era a comercialização de escravos para outros fazendeiros da região. 
          Seres humanos eram comprados e revendidos, ou mesmo, os filhos e filhas dos escravizados, eram vendidos, movimentando um comércio lucrativo na fazenda. (Nas fotos acima, a senzala e masmorra, onde os escravos dormiam e alguns dos instrumentos usados para castigar os escravos).
A Fazenda ontem e hoje
          A fazenda Santa Clara, guarda mais de 200 anos de história e tradição, tendo sua fachada tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórica e Artístico Nacional (IPHAN), bem com está em análise pelo órgão, o tombamento de sua parte interna. Para manter a conservação e preservar a história da fazenda, o local é aberto a visitação, com visitas acompanhadas por guias, com cobrança de uma taxa por pessoa. Esse valor é usado para a manutenção e preservação de um dos patrimônios de Minas Gerais e do Brasil.   
          Além de toda sua história, um detalhe curioso, são as telhas que cobrem o teto. Percebe-se que os tamanhos e formatos não são padronizados, se diferem uns dos outros. Isso porque, foram usados como moldes, as coxas dos escravos. Alguns tinham as coxas mais grossas, outros mais finas e por isso aconteciam essas variações nos formatos. Não eram telhas padronizadas, como vemos hoje. Assim surgiu a famosa expressão popular " feito pelas coxas". 
          Todos os meses turistas de várias partes do Brasil e até do exterior, vem à Fazenda Santa Clara para conhecer o casarão e toda sua história, percorrendo todos os cômodos possíveis, os salões, a senzala, a masmorra, os mobiliários da época, ouvindo com atenção as histórias contadas pelos guias.
          No casarão, o visitante tem a oportunidade entrar dentro da senzala e masmorra e conhecer em detalhes como era a vida dos centenas de escravos da fazenda, bem como os instrumentos usados para castigos e o mirante, construído para vigiar os escravos e a fazenda. 
         No interior do casarão, o mobiliário chama a atenção pelo luxo e arte muito bem feitas. Um tapete persa de mais de 20 metros quadrados é um dos atrativos, numa sala luxuosíssima, rodeada por mobiliário requintado de época. Outro atrativo é um espelho todo coberto em ouro e vários móveis como cristaleiras, cadeiras, lustres e outros objetos de grande valor histórico e cultural, pela beleza e requinte como foram trabalhados. 
          Por essa rica história e construção exuberante, a fazenda Santa Clara foi cenário da novela "Terra  Nostra"em 1999 e também da minissérie "Abolição", ambas da Rede Globo. 
     Na Região da Zona da Mata, existiam dezenas de fazendas de café com um rico patrimônio arquitetônico e cultural. Muitas delas ainda preservadas, mas de boa parte dessas fazendas, sobraram poucas peças para contar sua história. Ao contrário da Fazenda Santa Clara, foram conservadas boa parte da história da fazenda, bem como sua arquitetura e mobiliário. Por isso sua importância para Minas Gerais, um patrimônio que deve ser preservado. 
          A conservação da Fazenda Santa Clara até os dias de hoje é de grande importância para entendermos a história e o estilo de vida das oligarquias da época, bem como sua visão cultural, politica, religiosa e social, além, claro, de como viviam os escravos, o comércio de seres humanos e a forma como eram tratados. 
          Estar na fazenda, entrar nos suntuosos aposentos da imponente construção, descer à senzala e masmorra, é uma aula de história viva. 
          Isso porque a fazenda foi umas das mais ativas na produção cafeeira na época, no auge do Ciclo do Café. São histórias de riqueza, luxo, poder, também por simbolizar os horrores praticados durante os tempos da escravidão. 
          Impressiona por sua beleza, ao mesmo tempo, causa calafrios pela dor e sofrimento causados aos escravos, somente em ver os instrumentos usados para castigos e pela forma com que viviam na senzala, já arrepia e comove. 
          A Fazenda Santa Clara é a face da história da riqueza e escravidão no Brasil e conhecê-la é aprofundar-se de corpo e alma na nossa história, em especial, do século  XIX, durante o período da riqueza e poder, gerados pelo café, cuja a fazenda é o reflexo de tudo isso.
COMO VISITAR A FAZENDA SANTA CLARA
Endereço: Estrada Santa Rita - Rio Preto Povoado João Honório, Santa Rita de Jacutinga MG
Horário visitas: Todos os dias de 8 às 17 horas com guia. Cobra-se para entrar. Verifique os valores
Telefones: (32) 3291-1400 - (24) 2442-5703

(Todas as fotos desta edição são de autoria de Rildo Silveira)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A história e tradição do Carro de Bois

(Por Arnaldo Silva) Durante séculos o Carro de Bois (no plural mesmo porque é puxado por juntas e não por um boi), foi o único veículo usado. Servia de lotação, de carro funerário, de ambulância, de transporte diverso na cidade e para serviços nas fazendas. Nos carros de bois as riquezas de Minas e do Brasil eram levadas para os portos e de lá embarcados para Portugal, a época do Brasil Colônia. Levavam e traziam mercadorias da Europa e de vários lugares do Brasil. (foto abaixo de Luis Leite em Desemboque, distrito de Sacramento)
          Mas era bem desajeitado e barulhento para as cidades. Com o tempo, surgiram às carroças e carruagens e o carro de bois foi saindo das cidades, ficando restrito a trabalhos nas fazendas e transportes pesados em longas distâncias. Foi no carro de bois que o ouro de Minas foi transportado até Paraty e de lá para Portugal. O Carro de Bois impulsionou a economia do Brasil desde quando foi introduzido no país pelos portugueses. Não tem lugar que o carro de bois não vá. Forte e resistente, o carro de bois transportava nossas riquezas.
          Com a ampliação das linhas férreas a atividade de longa distância dos carros de bois praticamente se encerrou, sendo usado basicamente em trabalhos rurais ou para buscar as mercadorias nas estações de trens. Por fim vieram os tratores agrícolas, ônibus, caminhões e carros com carrocerias como picapes e as facilidades para adquiri-los. Com isso, os velhos carros de bois ficaram no abandono e esquecimento, passando a ser somente objeto de enfeites em fazendas. (foto acima de Arnaldo Silva no Engenho do Ribeiro MG e abaixo de Saulo Guglielmelli, desfile de Carro de Bois em São Tiago MG)
          Quem conhece o carro de bois lembra com saudades daqueles tempos e do seu choro que lembra uma cantiga de lamentos. Seu som é inesquecível. Faz parte da história e cultura brasileira e mineira. É parte da história e vida de muita gente. A música interiorana, a autêntica música caipira, retrata sempre em seus versos o carro de bois e suas histórias.
Festivais do carro de bois
          Por seu valor cultural, o carro de bois é homenageado em diversos festivais e encontros, onde se reúnem os últimos usuários e colecionadores desse meio de transporte rústico e simbólico do meio rural brasileiro. (Na foto acima de Wilson Fortunato, encontro de Carreiros em Formiga MG e abaixo de Saulo Guglielmelli, desfile de Carro de Bois em Morro do Ferro, distrito de Oliveira)
          Em Minas Gerais, são conhecidos os festivais de carro de boi de Ibertioga, Engenho do Ribeiro, Formiga, Desterro de Entre Riso, Vazante, Congonhal, Matutina, Bueno Brandão, Resende Costa, Pará de Minas, São Pedro da União, Macuco de Minas e outras dezenas de cidades que organizam todos os anos as festas dos carros de bois, com carreatas pelas estradas rurais e nas cidades.
Na arte
Fotografia acima e abaixo de Wilson Fortunato em Formiga MG
            Os compositores e cantores sertanejos sempre retratam o Carro de bois e o cotidiano do carreiro em suas composições. Tonico e Tinoco foram os pioneiros e seguidos por uma infinidades de outros artista que cantam e retratam o carro de bois. As canções mais populares e cantadas são Boi de Carro de Anacleto Rosas Jr e Poeira, composição de Luiz Bonan/Serafim C. Gomes, que é um dos clássicos sertanejos mais gravados até hoje. 
          Os Carro de bois voltaram a serem fabricados nas marcenarias ou mesmo nas fazendas do interior mineiro da mesma forma que antigamente, mas em sua maioria, para participarem de carreadas ou decorações de fazendas. Um carro de bois completo, é formado por  roda (na foto acima de Luis Leite) Canga, Brocha, Cocão, Fueiro, Mesa, Canzil, Palmatoria, Arreia, Cabeçalho, Cantadeira, Cheda, Recavém, ou requevém e Tambueiro. O acabamento depende da madeira usada e do talento e criatividade dos marceneiros.

O Trem das Águas de São Lourenço a Soledade

(Por Arnaldo Silva) O Trem das Águas, liga Estância Hidromineral de São Lourenço à pacata cidade de Soledade de Minas, no Sul do Estado. Um dos mais atraentes e charmosos passeios de trem em Minas Gerais. São 40 minutos com a viagem animada por guias e violeiros, com músicas típicas do interior mineiro. Além claro, beleza e riqueza das paisagens da Serra da Mantiqueira, vistas durante o percurso.
          Com um percurso de 10 km, o trem é operado pela Onscip ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), Regional Sul de Minas. Os vagões, todo são conduzidos por uma locomotiva a vapor, tradicional, da antiga Estrada de Ferro Leopoldina. (fotografia acima de Paulo Santos 
A cidade de Soledade de Minas         
          Na chegada em Soledade de Minas o trem para por 40 minutos para manobra de retorno. Enquanto isso, os passageiros descem e tem a oportunidade de conhecerem um pouco a cidade, do artesanato e das quitandas locais. Soledade de Minas é uma cidade com cerca de 6.200 habitantes. É uma pequena, pacata e típica cidade do interior mineiro. Além de isso seu povo muito acolhedor. (na imagem acima de Cássia Almeida, o Trem das Águas chegando em Soledade)
A cidade de São Lourenço
          São Lourenço é uma das mais belas, tradicionais, charmosas e famosas estâncias hidrominerais mineiras. Cidade com uma ótima estrutura urbana, arquitetura e artesanato riquíssimos, tem como seu maior destaque o Parque das Águas e suas diversas fontes de águas medicinais, procuradas por turistas de todo o Brasil e do mundo.(foto acima de Cássia Almeida a Estação de São Lourenço)
A melhor maneira de conhecer São Lourenço é a pé. A maioria dos hotéis, lojas de artesanatos, bares e restaurantes estão próximos ao Parque das Águas. Além do passeio de trem, você pode um passeio de sobrevoo de balão e relaxar na tranquilidade do Parque das Águas. (na foto acima da Cássia Almeida).
Como chegar a São Lourenço:
- De avião: O aeroporto mais próximo é o de Juiz de Fora, a 240 quilômetros. A partir de Juiz de Fora, pegue a BR-040, seguindo até a BR-267
- De Belo Horizonte: São 392 km com acesso pela BR-381 e a partir de Três Corações, entrando na BR-267 e pegando a MG-383.
- Do Rio de Janeiro
Vindo do Rio de Janeiro:  São 276 km de distância. O acesso é pela BR-040 e BR-267.
De ônibus: Das Rodoviárias de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro saem ônibus da Viação Cometa e Gardênia, direto para São Lourenço. (na foto abaixo de Duva Brunelli, a Estação de Trem de Soledade de Minas)
Informações sobre o Trem das Águas
- Reservas e informações sobre fretamento para grupos, escolas, excursões, preços e horários podem ser feitas pelo e-mail: Email: tremdasaguas@abpf.com.br ou direto na Estação situada na Praça Ismael de Souza, 9, Bairro Estação em, São Lourenço MG
Funcionamento: Domingos: 10:00hs. Aos Sábados as 10hs e 14:30hs com trens extras em dias festivos e feriados. (consulte antes os dias e horários)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Passeio de Maria Fumaça

(Por Arnaldo Silva) 28 de agosto de 1881 data que a Maria Fumaça, que hoje liga as cidades de São João Del Rei a Tiradentes MG, no Campo das Vertentes foi inaugurada pelo Imperador Dom Pedro II, percorrendo 12 km entre as duas cidades. (foto acima de César Reis) A Maria Fumaça foi fabricada na Filadélfia, Estado Unidos em 1880.
          Já a linha férrea foi construída pela Estrada de Ferro Oeste de Minas. A construção da ferrovia teve como o objetivo de ajudar no desenvolvimento e povoamento do oeste mineiro. O trajeto inicial da ferrovia era de 600 km, hoje resumidos apenas 12 km, em passeios turísticos apenas. (foto abaixo de César Reis)
          O passeio na Maria Fumaça é um dos mais emocionantes, nostálgicos e românticos que existem no Estado. A velha Maria Fumaça percorre vales, corta montanhas, cruza rios, passa por povoados e estações com arquiteturas do século XIX. (foto abaixo de César Reis)
          São 50 minutos percorrendo os 12 km da ferrovia, saindo de da bela estação ferroviária de São João Del Rei, que abriga o Museu Ferroviário da cidade, inaugurado em 1981 com raridades e história da ferrovia mineira, com destino final em Tiradentes, uma das mais importantes e belas cidades históricas brasileiras. A capacidade total de transporte é de 280 passageiros. (foto abaixo de César Reis)
Quadro de horários normal
Sexta
São João del-Rei: 10h, 13h e 15h30
Tiradentes: 11h, 14h e 17h
Sábado
São João del-Rei: 10h, 12h, 14h e 16h
Tiradentes: 11h, 13h, 15h e 17h
Domingo
São João del-Rei: 10h e 13h
Tiradentes: 11h e 14h

(os horários acima podem sofrer alterações. Consulte antes)
Foto acima de César Reis
Endereço e informações
Estação São João Del-Rei
Rua Hermília Alves, 366, Centro
São João Del-Rei/MG, Brasil
T. +55 (32) 3371-8485 (Atendimento de 4ª a sábado)
Horário de bilheteria
4ª a 6ª – 9:00 às 11:00 e 13:00 às 16:00
Sábado – 9:00 às 13:00 e 14:00 às 16:00
Domingo – 9:00 às 13:00
Estação Tiradentes
Praça da Estação s/nº - Tiradentes/MG, Brasil
Horário de bilheteria
5ª – 9:00 às 11:00 e 13:00 às 16:00
6ª – 9:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00
Sábado e Domingo – 9:00 às 12:00 e 13:00 às 17:00
Museu Ferroviário de São João del-Rei
Funcionamento de 4ª a 6ª - de 9:00 às 11:00 e 13:00 às 16:00. Sábado: de 09:00 às 11:00 e de 14:00 às 16:00, aos domingos de 09:00 às 13:00.
(os horários acima podem sofrer alterações. Verifique antes)
 Maria Fumaça a caminho de Tiradentes. Fotografia de César Reis 
Como chegar a São João Del Rei de ônibus e carro vindo de SP, RJ e BH.
De Carro
Vindo de Belo Horizonte, acesso pela BR-040 (sentido Rio de Janeiro até  Joaquim Murtinho) e BR-383
Vindo do Rio de Janeiro, acesso pela BR-040 (sentido Belo Horizonte até Barbacena) e BR-265
Vindo de São Paulo, acesso pela BR-381 (até Lavras) e BR-265
De ônibus: 
 As empresas Expresso Gardênia (0800-30-2000), Paraibuna (32-2101-3333) e Sandra (31-3201-2512) têm ônibus para São João del Rei partindo  de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, respectivamente

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Pico da Bandeira: o ponto mais alto de Minas

(Por Arnaldo Silva) Exatos 2.891,98 metros de altitude marcam o ponto mais alto de Minas Gerais e da Região Sudeste. É Pico da Bandeira em Alto Caparaó MG, no Leste de Minas. É o terceiro mais alto pico do Brasil, atrás apenas do Pico 31 de Março, com 2974 metros e do Pico da Neblina com 2996 metros de altitude, ambos no Estado do Amazonas. (foto acima de Anderson Sá)
          O ponto mais alto do Estado de Minas Gerais está localizado no Parque Nacional do Caparaó, na Serra do Caparaó (na foto acima de Sairo C. Guedes, Guia de Turismo), na divisa com o Estado do Espírito Santo, abrangendo 4 cidades mineiras e 7 cidades capixabas. A maior parte da área do Parque Nacional do Caparaó, de 31.800 hectares, está concentrada em território capixaba. No mesmo parque, encontra-se ainda o Pico do Cristal com 2.769 metros, já totalmente em território mineiro.

          Chegar até o topo do Pico da Bandeira é uma grande aventura, embora o acesso não seja muito difícil, já que as trilhas são bem sinalizadas e ainda tem a disponibilidade de guias na região. Mesmo assim é uma subida considerável, principalmente nos dias de inverno, época ideal para avistar o nascer do sol e a nevoa aos pés do pico (como podem ver na foto abaixo de Sairo C. Guedes, Guia de Turismo)
          Exige-se muita disposição, preparo físico e estar bem agasalhado, porque as subidas ao topo, para apreciar o nascer do sol começa geralmente por volta das 3 da manhã. Tem ainda o frio do inverno rigoroso da região, ainda mais no topo, quando as temperaturas despencam para abaixo de 0 grau. (foto acima do @shakalcarlos)
          O acesso ao pico pode ser feito pelo lado capixaba pela portaria na comunidade de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto ou pelo lado de Minas Gerais, na portaria de Alto Caparaó MG, a preferida, pelo acesso ser mais fácil. Embora as trilhas sejam bem sinalizadas, é aconselhável contratar os serviços de um guia especializado, já que são treinados e conhecem muito bem o caminho, proporcionando assim mais segurança aos visitantes. 
          Vale lembrar que dentro do parque não tem restaurante, nem lanchonete, apenas fontes de água. Portanto, o visitante tem que levar comida e bebida, além de roupa seca, caso a pessoa transpire muito na subida. Estando bem equipado, bem agasalhado e com comida e bebida, resta vivenciar a beleza que a natureza do Parque do Caparaó proporciona, como seus vários poços de águas limpas e cristalinas, como esse acima, da foto da Naiara Cler, o poço formado pela Cachoeira da Hidrolândia. Tem ainda o frio congelante no topo do pico, como podem ver na foto abaixo com Naiara Cler, em junho de 2016, quando os termômetros, no topo do pico, registraram 14 graus negativos.
          Estar no Pico da Bandeira é um sentimento indescritível, tanto pela beleza e principalmente por estar num lugar preservado. Além disso, tem o charme da pequena e charmosa cidade de Alto Caparaó, com dezenas de pousadas, restaurantes servindo comidas e bebidas típicas da região, principalmente café, considerado o melhor do Brasil atualmente. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Monte Sião: a capital das porcelanas

(Por Arnaldo Silva) Conhecida como a Cidade Nacional do Tricô e da moda, Monte Sião no Sul de Minas, destaca-se também pela produção artesanal de porcelanas, famosas no Brasil inteiro e com características únicas. Nas cores azul e branca, são totalmente artesanais, bem trabalhadas e finíssimas, como podem ver na foto acima do  Marcos Pieroni. 
          A cidade é pioneira na produção da porcelana azul e branca, onde funciona desde 1959 uma fábrica que produzia inicialmente bibelôs, tendo iniciada a produção de porcelanas, inspirada nos azulejos e cerâmicas portuguesas, com o toque e criatividade mineira. (foto acima de Marcos Pieroni) 
          A iniciativa foi tão grande e beleza e qualidade das peças produzidas agradaram os clientes, tornando a cidade a Capital das Porcelanas no Brasil.
          É a única no país que faz porcelana com essas características no Brasil. A matéria prima, a argila, ao chegar à fábrica, é moída, tratada, moldada, por fim pintada, totalmente a mão e colocada num forno a lenha que dá à porcelana extrema rigidez, durabilidade e qualidade. (fotografia acima e abaixo de Deividson Costa)
          Os visitantes tem acesso a fábrica, podendo conhecer o processo da produção e ver como é a arte de fazer porcelanas. 
          A empresa está sediada à rua Sete de Setembro, 436, no Centro de Monte Sião. Aberta de segunda à sexta-feira de 8:00 hs-17:30 hs. Aos sábados de 8:00-18:00 hs e nos domingos de 8:00 hs -15 hs.
          Não é produção mecânica ou industrial. É produção artesanal, usando ainda o velho forno a lenha, originando porcelanas únicas, de altíssima qualidade e beleza, sem igual. Todas as peças são pintadas a mão, como podem ver nas fotos acima e abaixo, do Deividson Costa.
          Da arte de fazer porcelanas, de Monte Sião, saem xícaras, pires, travessas, canecas, jarras, copos, bules, pratos, queijeiras, etc, trabalhos de altíssima qualidade.
          As porcelanas de Monte Sião são comercializadas em todo o Brasil e também, no exterior, como podem ver na foto acima do Marcos Pieroni, as porcelanas já prontas para exportação. Produto genuinamente brasileiro, feito em Minas. 
A cidade de Monte Sião
          Localizada a 497 km de Belo Horizonte, Monte Sião faz divisa com os municípios de Jacutinga, Ouro Fino, Bueno Brandão e com as cidades paulistas de Socorro e Águas de Lindóia. (foto acima de Marcos Pieroni)
          A temperatura média anual é de 21°C chegando a 0° durante o inverno, onde a cidade atrai milhares de turistas de todo o Brasil para compra de vestuários com a oportunidade de conhecer as belezas da cidade, sua gastronomia, artesanato e a fábrica de porcelanas azuis finíssimas.
          Além das porcelanas, do tricô e das malhas, Monte Sião possui uma boa estrutura turística, hoteleira e gastronômica. A cidade é charmosa, aconchegante e seu povo muito hospitaleiro e receptivo. Vale a pena conhecer Monte Sião.

Barbacena: a cidade das rosas

(Por Arnaldo Silva) Distante 170 km de Belo Horizonte, com cerca de 140 mil habitantes, tradicional da política e história de Minas, com mais de dois séculos de existência, fundada em 1791, Barbacena, no Campo das Vertentes, se destaca por sua beleza arquitetônica, pelo alto nível educacional tanto em nível médio e superior e ainda, se destaca no cenário nacional pela produção de rosas e flores diversas. (foto abaixo de Igor Messias)
          Seu clima ameno, em média 17ºC, possibilita o cultivo de roseiras, sendo a cidade hoje um dos grandes produtores de rosas de qualidade do mundo, exportando suas flores para os estados brasileiros, para os Estados Unidos e países da Europa. 
         A produção e tradição no plantio de rosas teve início em meados do século XX. Em 1968 os produtores perceberam a necessidade da união, já que a produção de rosas vinha crescendo, bem como a demanda. Fundaram a Uniflor, associação que foi de grande importância para dar suporte aos produtores para aprimoramento do cultivo e melhorando cada vez mais a qualidade das rosas cultivadas no município. A entidade, em parceria com a Prefeitura, criou a Festa das Rosas, com o objetivo de divulgar as rosas de Barbacena, tornando-a mais conhecida entre os mineiros e brasileiros. 
          A Festa das Rosas hoje é um dos mais importantes eventos de Barbacena, bem como de Minas Gerais. Atrai turistas de todo o estado, do país e até do exterior, para conhecer as belezas de uma das mais lindas flores do mundo, bem como a festa em si.
          Na festa, durante o baile de gala, acontece a eleição da Rainha das Rosas, com desfile das candidatas. Após a eleição da Rainha e princesas, são escolhidos ainda o Broto das Rosas e os Brotinhos.
          
Durante os dias de festas, Rainhas, Princesas, Brotos e Brotinhos desfilam pela cidade em carros e tratores enfeitados com rosas. Durante a festa há apresentações de grupos musicais, estandes florais na Praça dos Andradas, missa, apresentação de provas esportivas com Mangalarga Marchador no Parque de Exposições Bias Fortes, Coroação da Rainha, Princesas, Brotos e Brotinhos, com desfile em carros e tratores ornamentados, mostras do artesanato local e barracas com comidas típicas. O evento geralmente acontece no início de outubro de cada ano, sendo realizado na Praça dos Andradas e no Parque de Exposições Bias Fortes. (foto abaixo de Igor Messias)
          Além da Festa das Rosas e Flores, outras festas são destaques em Barbacena como o Jubileu de São José Operário, Exposição Agropecuária, Festa do Morango, a Semana Santa, dentro outras. 
          Durante essas festas, o turista pode conhecer os principais pontos turísticos e arquitetônicos da cidade como a Matriz Santuário, Nossa Senhora de Assunção, Nossa Senhora do Rosário, a Basílica de São José Operário, a Estação Ferroviária, o Jardim do Globo, monumentos, praças atraentes e outras belezas. A cidade possui uma boa rede hoteleira, bem como restaurantes com comidas típicas de Minas, de outras regiões e outros países. 
Barbacena (na foto acima de Igor Messias), a Cidade das Rosas é uma das mais belas cidades de Minas Gerais. O visitante terá prazer em conhecê-la.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Carne na lata: receita da iguaria tradicional em Minas

(Por Arnaldo Silva) Da necessidade de ter comida e conservá-la por muito tempo originou-se técnicas rústicas de armazenamento. Uma dessas técnicas é a carne na lata. Por volta de 1650, começaram a chegar Bandeirantes Paulistas no que é hoje o território mineiro em busca de ouro. Comida naqueles tempos era bem difícil de encontrar, numa terra ainda recém explorada. 
          A partir dessa época sentiram a necessidade de ter alimentos que durassem por muito tempo sempre disponíveis. A única gordura que usavam naqueles tempos era a de porco e já era de conhecimento que a banha do porco não perecia rapidamente e ainda conservava o que era misturado a ela. Foi até por acidente que descobriram isso.
            Fritaram muita carne de porco num enorme caldeirão. Como não comeram toda carne, tamparam e deixaram. Perceberam que a gordura tinha ficado grossa e a carne no seu interior ficava normal, sem perecer. Assim surgiu essa técnica. Durava em média dois meses no caldeirão. 
            Numa terra recém descoberta, sendo desbravada, não existia utensílios para o cozimento. Tudo vinha de Portugal, como os caldeirões e talheres, quando não se encontrava talheres, usavam colheres feitas com cavacos de madeira, cabaça e cuité. As tropas, em suas viagens, levavam a carne no caldeirão mesmo. 
          Essa técnica se difundiu pelo restante do país pelos próprios bandeirantes e tropeiros que saiam pelos rincões de nossas terras desbravando nossos sertões. A forma de armazenar comida e prepará-las foram introduzidas por eles em outras regiões, hoje, outros estados.   
          No século XIX começou a se desenvolver a siderurgia e assim começaram a fazer vasilhames e latas de metal. Por serem leves, já que os caldeirões eram pesados, as latas começaram a ser usada no armazenamento das carnes. Como a carne era colocada dentro da lata, virou "carne de lata". Na verdade era carne armazenada na lata ou carne na lata. Falamos carne de lata mas o correto mesmo é carne na lata, já que a carne é de porco, não de lata.
          A carne na lata era tão popular que é considerada uma das identidades de Minas Gerais. Uma iguaria do interior mineiro..
          Essa técnica durou até o surgimento da energia elétrica e com a invenção e popularização das geladeiras, que com o passar do tempo, passou a estar presente em todas as casas. Até a década de 1980 ainda era muito popular no interior de Minas. 
          Mas hoje está acontecendo algo diferente. As tradições antigas estão sendo mais valorizadas e receitas quase que esquecidas como bolo de fubá assado na brasa, requeijão da roça, a carne na lata, dentre outras receitas tradicionais de Minas, estão ressurgindo, ganhando vida nas mãos das nossas cozinheiras. Cada dia mais a carne na lata vem sendo procurada. Quer fazer?
Mas como é preparada a carne na lata?
 
          A forma tradicional é mais demorada. Leva uns 10 dias. Primeiro tem a matança do porco, depois tem que limpar e desossar a carne, separando a carne de osso, o lombo, o pernil, etc.
          A gordura do animal é retirada e levada ao fogo até derreter toda. A partir de então já, é a banha propriamente dita. 
Depois de picada e temperada, a carne é frita por 3 horas na banha, em fogão à lenha. Esse é o tempo para retirar toda a água que fica na carne. Ela ficará sequinha. Depois é só esperar esfriar e colocar a carne num caldeirão ou numa lata de preferência. Armazene num local fresco. Sempre quando quiser comer carne, só retirar e colocar numa panela e aquecer. 
          Quem já experimentou a carne na lata sabe que o sabor é outro, sem igual, totalmente diferente, gostoso e único.
Como fazer carne na lata morando na cidade?
- Você que mora na cidade e gosta da carne na lata, pode fazer em casa também. Não precisa matar um porco, pode comprar 1 kg de carne de porco no açougue e 1 kg de barriga de porco. 
- Frite a barriga de porco e retire o torresmo. Reserve a banha.
- Corte a carne e tempere a seu gosto. 
- Deixe essa carne descansando por umas 3 horas. 
- Depois desse tempo, coloque a banha no fogo, em seguida a carne e frite até que fique bem cozida mesmo. 
- Espere esfriar e coloque numa lata e armazene num local seco e arejado, com a carne totalmente submersa na banha. 
Está prontinha sua carne na lata e conservada na banha, dura por mais ou menos 2 meses. 
As fotos que ilustram a matéria são de autoria de Arnaldo Quintão de Itabira MG

Mineiro com orgulho

(Por Arnaldo Silva) Sou mineiro com muito orgulho. Sei escrever e falar corretamente o Português, mas sou mineiro e falo como meu povo, com meu sotaque. Falo Uai sim senhor e não tenho vergonha do meu Uai, do meu sô, do meu trem bão. Temos sotaque e sotaque é identidade de um povo, de uma região. Adquire-se com o passar do tempo. 
          Falo por prazer de ser o que sou, mineiro com orgulho sim senhor. Sou tão mineiro, mas tão mineiro que quando nasci, já fui logo falando pro médico: “bate não sô!”
          Gosto de Pão de Queijo, de Tutu, de Frango com Quiabo, de Feijão Tropeiro, de doce de leite com queijo e também, claro, queijo com goiabada.

          Comemos palavras, falamos errado para uns, mas sotaque é tradição e mantenho a tradição, falando meu mineirês.
Estudo nós temos, falamos errado porque queremos e gostamos.
Não tem jantar aqui em Minas, tem janta. Comemos o “r”. Almoçar é simples, é só falar “murçá” que todos entendem. Venha almoçar! Mineiro não fala isso nunca, tem dó, pra que complicar sô, facilita uai, diminui o trem sô!

          Senhora e senhor? Falamos isso não. Sá e sô. Vai lá sô (pra ele), vai lá sá (pra ela) e por ai vai. Quando se referir a um senhor ou moço é sô e a uma senhora ou moça é sá, viu?
E se estivermos com muita preguiça de falar muito, falamos trem. Pra tudo falamos trem.
Mineiro não namora, dá uma coisada no trem. Não vai comer algo, vai ali comer um trem. E se não gostar, fala logo “ que trem ruim sô”

          Mineiro não ri da cara de ninguém, só caçoa.
          Como todo bom mineiro, não falo uma frase completa, tenho que comer alguma letra.
          Ocê ou cê, tanto faz, entende? A distância pode ser até longa, mas pra nós é “logo ali ó!”. Ver é só “V”. Nossa é apenas “nó”.
Mineiro não aumenta, diminui o português. É pra tudo ficar bem bunitim, facim e arrumadim pra todo mundo entender direitim.
Viu só, falando certim, todo mineiro entendi bem direitim e a prosa fica boa dimais da conta sô!

          É só falar e amar porque Minas é um trem que corre em minhas veias e a estação é o meu coração. Amo Minas porque sou mineiro com muito orgulho e muito amor e ser mineiro é um prazer que só quem é mineiro sabe e entende. Ser mineiro não é apenas Texto, arte e fotografia de Arnaldo Silva

Conheça a cachoeira do Sucupira

(Por Arnaldo Silva) Distante 535 km da Capital Belo Horizonte, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a segunda maior cidade de Minas Gerais. É uma cidade desenvolvida, industrial e um dos grandes produtores de grãos de Minas. Se destaca também por suas belezas naturais.
          Uma dessas belezas é a Cachoeira de Sucupira (na foto acima de Eudes Silva) a 17 km do centro da cidade, na zona rural, sentido Leste, entre as rodovias BR- 050 e BR- 452. Suas águas, claras e sem poluição despencam por 15 metros em um paredão de 25 a 30 metros de largura. 
          É um dos principais locais de lazer do uberlandense e também de moradores de cidades vizinhas. (foto acima de Eudes Silva) A cachoeira é muito bonita, com poço e praia natural, de pedras e cascalhos. Nos fins de semanas e feriados, famílias frequentam o local, fazendo piqueniques. Uberlândia é uma cidade grande, com ares e detalhes típicos do interior. Vale a pena conhecê-la.

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