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quinta-feira, 25 de maio de 2023

10 castelos em estilos medievais em Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Os castelos impressionam pela beleza, arquitetura, luxo, demonstração de poderio econômico, além da segurança, já que são verdadeiras fortalezas. Era esse o sentido original dos castelos. Segurança.
          Castelos povoam nossa mente, são cenários de filmes épicos, românticos da Idade Média período da história da Europa entre os séculos V e XV, quando os castelos passaram a ser construídos em números escalonados na Europa, a partir dos séculos 9 e 10, com o objetivo de proteger as construções e propriedades da invasão dos povos nórdicos.
          Eram construções rústicas em seus exteriores, com muradas altíssimas, em pedra sobre pedra, torres frontais e laterais, onde ficaram os sentinelas e arqueiros de prontidão para ataques, além de entradas com portões gigantes de ferro, fosso em torno do castelo, masmorras, enfim, toda estrutura de segurança para ataque e principalmente, defesa. (na foto acima, o Castelo Indaiá em Dores do Indaiá MG/Divulgação)
          O objetivo era proteger a morada do senhor feudal, bem como os trabalhadores e moradores do feudo, de invasores. Quando surgiam eles, o refúgio seguro eram os castelos, até os dias atuais.
          Sua origem antecede a Idade Média. O primeiro castelo construído no mundo foi há 3000 a.C. em Aleppo, na Síria. Mas os castelos se popularizaram mesmo foi na Europa, Medieval.
          Ao longo dos séculos, impressionantes castelos foram construídos para abrigos, proteção dos senhores feudais e moradia das realezas. São construções imponentes, gigantes, impactantes. São mostras claras da riqueza e poderio econômico, principalmente de reis, rainhas, príncipes, princesas, duques, duquesas, senhores feudais e todos os ricos desse período e até dos dias de hoje também.
          Hoje, esses castelos da Idade Média continuam nas mãos de monarcas ou foram adquiridos por particulares ou mesmo, se transformaram em museus e hotéis de luxo.
Castelos no Brasil e em Minas Gerais
          No Brasil e em Minas Gerais, especificamente, existem castelos em vários estilos, inspirados nos castelos europeus da Idade Média, mas com objetivos diferentes. Castelos foram construídos no Brasil desde o Brasil Colônia mas não com o objetivo de proteção contra invasores, mas por poderio econômico mesmo. Muitos foram construídos no século passado quando os cassinos eram legalizados no Brasil ou foram construídos na crença que o jogo seria um dia liberado no país.
          Com a proibição dos cassinos e jogos no Brasil pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1946, os imponentes e enormes palacetes e castelos construídos, foram dando lugar a hotéis, resorts, pousadas ou mesmo, espaços para eventos e até museus. E ainda estão surgindo construções inspiradas nos castelos para serem pousadas ou hotéis, já que o estilo medieval dos castelos inspira romantismo, requinte e nostalgia. (na foto acima da Jane Bicalho/@sob_meu_olhar_janebicalho, o interior do Castelo do Café em Manhuaçu, Leste de Minas)
          Em Minas Gerais temos vários castelos e palacetes construídos em estilos diferentes inspirados nos castelos medievais. Durante a Idade Média, os castelos passaram por três estilos: bizantino, românico e gótico. Nas construções novas seguem um desses estilos ou os 3 deles em um só castelo. Vamos conhecer 10 castelos em Minas Gerais.
01 - Castelo do café em Manhuaçu
          A 290 km de Belo Horizonte, na região do Coqueiro Rural, em Manhuaçu MG, Leste de Minas, um imponente castelo foi construído em homenagem ao café. Sim, ao café.
          A bebida reina em nossos lares, só perde para água, principalmente em Minas, que é o maior produtor de café do Brasil. Por isso, nada mais justo que um castelo para homenagear a bebida tradicional dos mineiros e do brasileiro. (foto acima de Brunno Estevão)
          O castelo foi idealizado pela família Charbel, formada pelo casal Charbel e Rosely e seus filhos Davi e Salomão, proprietários das marcas Café Rei Davi e Café Salomão. (fotografia acima e abaixo da Jane Bicalho/@sob_meu_olhar_janebicalho, o interior do Castelo)
          Audaciosos, empreendedores e criativos, contaram com a experiência do arquiteto João Previero para transformar um galpão já existente no local em um castelo. Para fazer o projeto, o arquiteto se inspirou nos castelos medievais da Itália e da Baviera, na Alemanha.
          Surgiu assim construção única, com uma arquitetura ímpar, singular, impactante e majestosa em Minas. Em torno do castelo cafezais, jardins belíssimos e uma bela cachoeira, completam a beleza cênica do lugar.
          É um espaço temático dedicado ao café, bem como todas as transformações desde o cultivo, colheita, secagem, torrefação, envasamento e preparo da bebida. (nas fotos acima da Jane Bicalho/@sob_meu_olhar_janebicalho, detalhes do interior do Castelo)
          O espaço conta com dois andares e três blocos grandes com armazém, escritório, torrefação, laboratório de classificação e claro, cafeteria, onde o visitante poderá apreciar o sabor dos cafés de alta qualidade produzidos pela família. Com certeza será uma experiência única, digno da mais sofisticada realeza e do café.
02 - Castelo de pedras
          Construído em Sobradinho, na zona rural de Itamonte MG, no sopé de uma montanha na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas.
           É uma construção em pedra sobre pedra, sem reboco em seu exterior, com torre, portas e janelas em estilo medieval , além de outros detalhes arquitetônicos que nos remonta aos tempos medievais. (Foto acima e abaixo cedidas pela fanpage Itamonte MG)
          O visual imponente do castelo e paisagem da Mantiqueira impressionam. Há poucas informações de quem construiu, quando foi e porque foi construído, mas sem dúvidas, é uma das mais belas construções do estilo em Minas Gerais e no Brasil.
          Em seu redor, uma imensa área verde nativa, muralha em pedras e um pequeno lago abastecido por nascente. É muito procurado para visitas e fotos, principalmente para books de casamentos, pelo romantismo e áreas medievais da construção em pedras e toda a natureza em redor.
          A cidade está a 430 km de Belo Horizonte, a 200 km do Rio de Janeiro e 270 km de São Paulo com acesso pela BR-381 e BR-354. Pode aproveitar ainda para visitar as estâncias hidrominerais de São Lourenço a 40 km e Caxambu a 50 km.
          Para chegar ao castelo, a estrada é asfaltada e o caminho da entrada até o castelo é uma subida calçada em pedras. O local hoje é uma propriedade particular e precisa de autorização.
03 - Grande Hotel e Termas do Barreiro
          Fica em Araxá MG, no Alto Paranaíba, cidade distante 367 km de Belo Horizonte. Iniciada em 1938, na época de auge dos cassinos no Brasil, a imponente construção com 9 pisos e cerca de 27,34 metros de altura, foi inaugurada em 1944 pelo então presidente Getúlio Vargas e Benedito Valadares, então governador de Minas na época.
          A propriedade é de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). Desde 2010, é administrado pelo Grupo hoteleiro Tauá, vencendo concorrência pública. Desde essa época o local é chamado comercialmente de Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá.
          Rodeado por fontes de águas termais, sulfurosas e radioativas e uma imensa área verde e jardins projetados pelo pintor e paisagista Roberto Burle Marx, a majestosa construção foi projetada pelo arquiteto Luiz Signorelli. (foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          A inspiração do arquiteto veio das construções coloniais da América espanhola, como exemplo na Venezuela e Colômbia. Seu exterior é revestido de barro avermelhado, que nas construções coloniais espanholas simbolizam a simplicidade. Além do estilo colonial espanhol, o arquiteto usou os estilos eclético e neoclássico predominantes na Europa nos séculos XIX e início do século XX.
        Em contraste com seu exterior, o interior do Grande Hotel é requinte puro, um luxo que impressiona desde a entrada, passando pelos enormes corredores, salões, estruturas em estilo Greco-romano, quartos e suíte presidencial, além do mobiliário de época, digno de cenário de novelas. Estar no Grande Hotel nos dá uma sensação de volta ao glamour do início do século XX.
          É um lugar dos sonhos pra qualquer um se hospedar e visitar, tanto pelos jardins, o Parque das Águas e principalmente pela beleza, luxo, requinte e glamour do Grande Hotel.
04 - Castelo Indaiá
          No Km 41 da rodovia MG-176, em Dores do Indaiá, cidade histórica com origens no século XVIII, no Centro-Oeste de Minas, a 255 km de Belo Horizonte, o Castelo Indaiá é um dos maiores atrativos da cidade e região.
          Imponente, majestoso e suntuoso, em cor branca com detalhes azuis nas torres, está situado em uma fazenda próximo ao perímetro urbano da cidade e atrai turistas de Minas e o Brasil para Dores do Indaiá. Foi construído pelo empresário dorense Alberto Ferreira de Faria, após retornar à sua cidade natal, em 1994. Antes, o empresário viveu em Belo Horizonte e Estados Unidos. 
          Nos anos 1990, discutia-se no país a volta dos cassinos e o empresário, como tantos outros, acreditava que o projeto que liberava os cassinos no Brasil seria aprovado. Baseado nessa expectativa, decidiu construir um castelo para jogos em sua cidade natal, Dores do Indaiá MG.
          A inspiração para a construção do castelo não veio do estilo medieval dos castelos europeus, como é comum, e sim, com um castelo que conheceu nos Estado Unidos, quando vivia nesse país. 
          O castelo começou a ser construído em 1994 e, mesmo com a não legalização do jogo no Brasil, o empreendimento foi concluído em 2002. Mas quando tudo estava pronto, Alberto Ferreira de Faria faleceu ao 66 anos, vítima de infarto.
          Após seu falecimento o Castelo Indaiá passou a ser administrado pelo casal Wesley e sua esposa, sobrinha do Alberto Ferreira.
          O complexo do Castelo Indaiá possui uma área de 30 mil m², com 5 mil m² de área construída. São dois castelos, um maior e outro menor. Um para eventos e outros para suítes. O principal, o maior, (na foto acima) possui 4 andares, amplo salão para festas e casamentos, além de ornamentação requintada e suítes.
         No castelo menor, sãos 6 suítes que comportam até 25 pessoas, alugadas apenas para pessoas do evento, sendo um casamento para os parentes, mas nunca para um casal só, somente, grupos. Em sua maior parte, as suítes são usadas durante o ano pela família dos proprietários. 
          É usado somente para eventos sociais, como festas de aniversários, Réveillon, casamentos, debutantes, jantares, almoços de confraternização de fim de ano e almoços de batizados, além de receber grupos para fins de semana e feriados.
          Além disso, no entorno dos castelos está um belíssimo lago, uma ótima estrutura para diversão, construções menores em estilo colonial e enxaimel como podem ver na foto acima e abaixo, além de área verde muito bem cuidada.
          É um lugar para momentos românticos, festivos e realização de sonhos como por exemplo, festas de aniversário ou casamento, revivendo assim sonhos de um evento único em um castelo, digno de reis e rainhas, príncipes e princesas. (As fotos do Castelo Indaiá são arquivos do Castelo Indaiá e cedidas pelo Wesley - Administrador)
05 - O Castelinho de Almenara
          Na cidade de Almenara, no Vale do Jequitinhonha, distante 744 km de Belo Horizonte, uma construção inspirada em castelos medievais, representa a beleza e o romantismo que o requinte dos castelos simbolizam em todo o mundo.
          É o Castelinho de Almenara, um dos principais atrativos da cidade e um de seus maiores bens culturais históricos. (na foto acima do João Avelar)
          Sua construção tem início no século passado, fruto de uma promessa de Olindo de Miranda à Eunice, por quem se enamorara.
          Se apaixonar, enamora-se por uma moça, sonhar em casar é normal, mas tem certas situações que impedem ou tentam impedir e por fim a esse sentimento. No caso de Olindo, sua paixão era a filha de Sabino Silva, na época Juiz de Direito da Comarca de Araçuaí, também no Vale do Jequitinhonha.
          O pai da moça era totalmente contra o namoro, mas Olindo, apaixonado por Eunice, não desistiu e lutou por seu amor e foi além, prometeu que se casasse com ela, construiria um castelo para os dois viverem.
          Determinado a casar-se com Eunice e aproveitando uma viagem a trabalho do juiz a Belo Horizonte, às escondidas, casou-se com Eunice na cidade de Itinga MG, também no Vale do Jequitinhonha.
          Já casados, em meados do século passado, cumpriu sua promessa. Aproveitou uma construção antiga que existia em sua propriedade, em forma de chalé e fez modificações para transformá-la em castelo, duas torre, dando à construção antiga, aparência de um castelo.
          Na torre central do castelo, está gravado o nome do casal Eunice e Olindo, preservando para a posteridade a história de um amor verdadeiro.
06 – Castelo do Bispo de Sá
          Localizado em Bueno Brandão, no Sul de Minas, a 471 km de Belo Horizonte, o Castelo Bispo de Sá entre as belezas naturais e arquitetônicas da charmosa, acolhedora e atraente cidade de Bueno Brandão.
          Cidade com tradições na gastronomia, na produção de cachaças, licores, fermentados e cafés, chocolates, vinhos e queijos finos de qualidade, além de belíssimas cachoeiras. (Foto acima e abaixo de Douglas Coltri)
          O Castelo Bispo de Sá é um dos atrativos da cidade e lugares mais visitados na região. Construção inspirada nos épicos castelos medievais, com estátuas de leões, armaduras de soldados medievais, mobiliário rústico e as tradicionais torres de vigia, características dos castelos europeus.
          É um tradicional espaço para eventos diversos como festas de casamentos, aniversários ou eventos sociais. Um lugar para quem sonha com um casamento, aniversário de 15 anos em um castelo que remonta os contos de fadas.
          Muito bem estruturado com ótima infraestrutura para eventos, com salão de festas com fonte de água, cozinha muito bem equipada, área externa com gramados, conforto, requinte e beleza cênica. Ótimo também para fotos e books.
07 - Castelo Líder
           Quem passa pela rodovia MG-050, próximo do trevo da BR-262, em Mateus Leme, a 60 km de Belo Horizonte, se depara com uma imponente construção com fachada inspirada nos castelos medievais, torres frontais e laterais. Para, admira e fotografa.
          É o Castelo da Mobiliadora Líder. Construído no final da década de 1970 pelo empresário João da Mata, proprietário da fábrica de móveis Líder, na cidade de Carmo do Cajuru, no Oeste de Minas, a 112 km de Belo Horizonte. O Castelo Líder de Mateus Leme é uma das lojas de móveis de fábrica da empresa que conta com outras lojas em Minas e também em outros estados. (foto acima do @arnaldosilva_oficial)
08 - Palácio da Liberdade
          Na Capital Mineira, uma imponente construção ladeada por uma bela praça e construções do início do século XX, inspiradas na arquitetura francesa, se destaca como uma das mais belas construções de Minas Gerais. É o Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo de Minas, hoje espaço público aberto a visitação.
          Inaugurado em 1898, um ano depois da instalação da capital, foi projetado pelo engenheiro e arquiteto pernambucano José de Magalhães. Foi construído para ser a sede do Governo de Minas Gerais. (foto acima do Wilson Paulo Braz a fachada do Palácio e abaixo do Nacip Gômez, a sala de reuniões)
          À época, os arquitetos se inspiravam na arquitetura de um determinado país para fazerem seus projetos, mas com o Palácio da Liberdade foi diferente. Isso porque o arquiteto colocou um pouco da arquitetura estilos de vários países num só projeto, tanto na parte externa quanto na ornamentação de seu interior, fazendo uma mescla de traços e estilos da época de vários países europeus, em três pavimentos.
          O luxuoso palácio, teve inspirações nas construções dos castelos medievais europeus, mesclando estilos variados predominantes no século XIX como o estilo neoclássico, eclético e estilo Luís XVI, usando ainda traços do estilo mourisco, comuns em Portugal e Espanha, naquela época.
          Os belos jardins, monumentos, estátuas, chafarizes e ornamentações externas, foram inspirados nos jardins dos palácios da Alemanha e Bélgica. Além disso, para confirmar todo o estilo europeu do Palácio da Liberdade, a maioria do material usado na construção, mobiliário e ornamentações, foram importados da Europa, entre o fim do século XIX e início do século XX.
09 - Castelo Monalisa
          Imponente e majestoso, o Castelo Monalisa foi construído pelo ex deputado Federal Edmar Moreira, falecido em 17 de março de 2023. Após seu falecimento, o imóvel foi herdado por seus filhos.
          Construído em Carlos Alves, distrito de São João Nepomuceno MG, Zona da Mata, distante 314 km da capital, cidade natal do ex deputado, foi erguido em uma gigantesca área de 192 hectares de extensão, equivalente a 268 campos de futebol.(na fotografia acima e abaixo do Jair Barreiros, o Castelo Monalisa) 
           A área construída do castelo é também de proporções gigantescas. São 7.911,17 m² com 12 torres, 37 suítes com closet, cozinha industrial com capacidade para preparar refeições para até 200 pessoas, hall de circulação, vestiários para funcionários, ducha escocesa, bar, salão para churrasqueira, casa das máquinas, adega subterrânea para 8 mil garrafas, garagem coberta, capela, ar condicionado central e ainda parque aquático chafarizes, área verde e floresta de eucaliptos nos fundos do castelo.
10 - Pousadas em estilos medievais
          Para viver um conto de fadas no interior de um castelo não precisa ter um, basta se hospedar em um.
Em Monte Verde
 
          É o caso da Pousada do Castelo na charmosa Monte Verde, distrito de Camanducaia MG, no Sul de Minas, distante 473 km de Belo Horizonte. (na foto acima do Wellington Diniz)
          Construído no estilo dos castelos europeus, a Pousada do Castelo, como é chamada, é uma das mais atraentes da charmosa arquitetura europeia da vila mineira.
          Construção com torres, cômodos revestidos em pedras, mobiliário rústico, quartos com lareira, área verde, excelente café da manhã, enfim, estar no local é uma volta ao romantismo e glamour da época medieval, com a beleza da altitude da Serra da Mantiqueira, uma harmonia perfeita!
Em Pocinhos do Rio Verde
          Nesta mesma região, Sul de Minas, tem um lugar que lembra a rusticidade e o charme dos castelos europeus, embora a construção não seja propriamente um castelo mas o subsolo, como podem ver na foto acima fornecida pelo Gran Hotel/Summit Concept Pocinhos/Divulgação. Lugar ideal para noites românticas à luz de velas. Pocinhos é distrito de Caldas.
          É uma das mais famosas estâncias hidrominerais de Minas e estar no Grand Hotel, em seus salões enormes, construído e mobiliado nos estilos do início do século XX, é uma volta ao passado, ao glamour e romantismo puro.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Receita tradicional de broinha airosa

INGREDIENTES
. 500 gramas de fubá mimoso
. 250 gramas de farinha de trigo
. 750 ml de leite integral
. 250 gramas de manteiga em temperatura ambiente
. 1 colheres (chá) de sementes de erva-doce
. 8 ovos grandes.
. 1 1/2 xícara (chá) de açúcar
. 1 pitada de sal
MODO DE PREPARO
Preparando o angu
- Despeje 500 ml do leite em uma panela, acrescente a manteiga e o açúcar e deixe no fogo até ferver.
- Pegue o fubá e a farinha de trigo e dissolva nos 250 ml de leite restante, coloque a erva-doce e acrescente à panela, passe para o fogo brando e mexa sem parar por 5 minutos.

Finalizando
- Após esse tempo, retire do fogo, transfira tudo para uma batedeira.
- Ligue a batedeira e coloque os ovos, um a um, e deixe batendo até que fique uma massa homogênea. (se a massa ficar muito dura, coloque um pouco de leite morno, ou se muito mole, mais fubá)
- Coloque a massa em um saco com um furo na ponta e faça os moldes em bolinhas sobre uma fôrma já untada com manteiga e polvilhada com fubá.
- Espalhe também fubá sobre as broinhas.
- Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC e deixe assando por cerca de 35 minutos ou até que fiquem douradas. (Por Arnaldo Silva)

terça-feira, 23 de maio de 2023

Receita do biscoitão caipira tradicional

(Por Arnaldo Silva) Crocante e tradicional em Minas Gerais, é fácil de fazer e não tem lactose, glúten e nem açúcar.
INGREDIENTES:
. 1 quilo de polvilho azedo
. 1 copo (americano) de banha de porco
. 1 copo (americano) de água 
. 4 ovos caipira
. 1 colher (sopa) de sal ou a seu gosto
MODO DE PREPARO
- Ferva a água com a banha do porco.
- Coloque o polvilho e o sal numa bacia e vá despejando a água com a banha sobre o polvilho. 
- Mexa com uma colher.
- Acrescente os ovos um a um e comece a sovar com as mãos até ficar uma massa firme, lisa e não muito seca. Caso esteja seca, coloque mais um pouco de água quente.
- Coloque a massa em um saco plástico com um furo de 2 cm e espalhe os moldes em uma fôrma untada com banha de porco, dando distância de 1 centímetro de cada.
- Leve para assar a 180°C graus por 30 minutos ou até começar a dourar, mas não deixe dourar, tem que ficar firme, crocante e branquinho, como nos fotos.
- Por fim, sirva com café ou chá!
Fotografia e receita fornecida pela Marilene Rodrigues de Felício dos Santos MG

domingo, 21 de maio de 2023

Receita de biscoito caipira de farinha de milho

INGREDIENTES
. 2 copos (requeijão) de farinha de milho
. 1 1/2 vidro de leite de coco
. 500 gramas de polvilho doce + ou -
. 5 ovos caipira
. 1/2 copo (americano) de óleo
. 1 colher (sopa) de sal
MODO DE PREPARO
- Coloque no liquidificador os ovos, leite de coco, farinha de milho, óleo, o sal e bata bem até ficar uma mistura homogênea. 
- Despeje a mistura numa vasilha e acrescente aos poucos o polvilho e vá misturando com as mãos até a massa desgrudar das mãos, quando terá boa consistência para enrolar. Se a massa ficar dura, acrescente água fria até dar o ponto certo.
- Pegue um punhado da massa e faça moldes em forma de palito grosso, como na primeira imagem ou em forma de anel, como na segunda imagem.
- Coloque em uma fôrma já untada com manteiga.
- Leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC até que fiquem dourados. (fotos de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)

As cidades da Região do Médio Piracicaba

(Por Arnaldo Silva) As cidades do Médio Piracicaba formam o berço histórico do início da mineração no Estado de Minas Gerais. Fundadas a partir do final do século XVII, durante o século XVIII e XIX, a região é formada por 9 municípios. Em ordem alfabética: Alvinópolis, Bela Vista de Minas, Itabira, João Monlevade, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, São Domingos do Prata e São Gonçalo do Rio Abaixo.
          São cidades tradicionais, históricas, cheias de belezas naturais e arquitetônicas, com forte predominância econômica, até os dias de hoje, da mineração e em menor proporção a agricultura, pecuária, prestação de serviços, outras atividades industriais, além do turismo já que são cidades de origem secular com grande patrimônio cultural, artísticos e arquitetônico, dotadas ainda de belezas. Naturais.
          Juntos, esses nove municípios somam 320.156 habitantes (dados do IBGE/2021), além de responderem por 2,5% do PIB de Minas Gerais.
          Além disso, preservam em sua maioria, as tradições genuínas de Minas Gerais, desde suas origens, no século XVIII, preservando o Montanhês, que é o sotaque tradicional mineiro, a culinária típica, o folclore, tradições religiosas, bem como suas características arquitetônicas, barrocas e coloniais.
As 9 cidades do Médio Piracicaba
- Itabira          
          A conhecida cidade onde nasceu o poeta Carlos Dumont de Andrade, está a 111 km de Belo Horizonte e conta hoje com cerca de 114 mil habitantes. Itabira é um município de grande extensão territorial, ocupando uma área de 1.253,704 km². Faz divisa com Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Nova União, Bom Jesus do Amparo, João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Nova Era e Santa Maria de Itabira. (na foto acima de Arnaldo Quintão, o Centro Histórico de Itabira e a abaixo a Mata do Intelecto com vista parcial da cidade.)
          Sua origem data do final do século XVII, sendo povoada a partir do século XVIII, graças a exploração mineral, principalmente de minério de ferro, estando instaladas no município mineradoras, como a Vale S.A, por exemplo.
          Além da beleza do casario do Centro Histórico da cidade com casarões e sobrados do século XVIII e XIX, a Praça do Centenário, a Catedral de Nossa Senhora do Rosário, o Museu de Território Caminhos Drummondianos, o Parque Municipal da Água Santa, onde estão as águas térmicas que brotam das profundezas da terra.
          Conta ainda com atrativos naturais como a Mata do Limoeiro, a Pedra da Igreja, a Serra do Bicudo e a Serra dos Alves, bem como diversas cachoeiras em destaque as cachoeiras dos Cristais, do Campo, da Boa Vista, do Limoeiro e do Meio.
          Além disso, em Itabira está a Serra dos Alves, uma charmosa e atraente vila colonial e Ipoema, um dos mais tradicionais distritos de Minas Gerais, onde está o Museu do Tropeiro e o Morro Redondo. (na foto acima do Nacip Gômez)
- Alvinópolis
          Distante 162 km de Belo Horizonte, o município conta com um pouco mais de 15 mil habitantes. Faz divisas com Barra Longa, Catas Altas, Dom Silvério, Mariana, Rio Piracicaba, Santa Bárbara e São Domingos do Prata. (fotografia acima do Elpídio Justino de Andrade)
          O povoamento de Alvinópolis começou no final do século XVII, quando foi encontrado ouro no Rio Gualaxo Norte, pelo sertanista Paulo Moreira da Silva. A partir da descoberta, fixou moradia às margens do Rio do Peixe, devido a ótima fertilidade das terras no local, iniciando assim um povoamento que cresceu, foi elevado a freguesia, vila, distrito e à cidade em fevereiro de 1891. A cidade passou a adotar o nome Alvinópolis em homenagem ao ex governador mineiro, Cesário Alvin.
          Já no século XX, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos, vindos do norte da Itália. Por esse motivo, nomes e sobrenomes italianos são bastante comuns na cidade. Além disso, a centenária Companhia Fabril Mascarenhas atua na cidade desde o início do século XX, e ainda na ativa até os dias de hoje, produzindo para todo o Brasil, tecidos de chita e chitão, gerando centenas de empregos diretos e indiretos no município. Alvinópolis é a Capital da Chita no Brasil.
          Por suas terras férteis, foi durante o Ciclo do Ouro um importante centro de produção de alimentos para as cidades de grande fluxo de mineração. Além disso, o município foi uma importante rota de tropeiros, estando ainda inserido na Estrada Real.
          Cidade de boa estrutura urbana, comércio variado e um bom setor de prestação de serviços, Alvinópolis preserva sua arquitetura colonial, suas igrejas históricas, bem como sua vocação para a agropecuária.
- Bela Vista de Minas
          O município com pouco mais de 10 mil habitantes, está a 120 km de Belo Horizonte e faz divisa com João Monlevade, Nova Era, Itabira, São Domingos do Prata e Rio Piracicaba. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, vista parcial da cidade)
          Até 30 de dezembro de 1962, Bela Vista de Minas era distrito de Nova Era MG, tendo sido elevada à cidade emancipada nesta data.
          Cidade tipicamente mineira, tem boa parte de seu território cortado pela Estrada de Ferro Vitória Minas. Além do trem, tem como destaque a estátua do Cristo, de 4 metros de altura, construída em fibra de vidro. O monumento, um dos atrativos turísticos da cidade, foi doado pela família de Luci de Melo Bastos e está localizado às margens da BR-381.
          Além disso, a Matriz de São Sebastião, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e as festas do Reinado são atrativos religiosos da cidade. Tem ainda a Cachoeira do Taquaril que é um atrativo natural estruturado com acampamento, churrasqueira e banheiros.
          Outro evento atrativo Belo Vista de Minas é a Cavalgada e o Bellafolia, eventos que atraem um grande número de visitantes à cidade.
- João Monlevade
          Com cerca de 81 mil habitantes, João Monlevade, a 110 km de Belo Horizonte, faz divisa com Itabira, Bela Vista de Minas, São Gonçalo do Rio Abaixo e Rio Piracicaba. Cidade desenvolvida, muito bem estruturada, com boa estrutura de prestação de serviços, comércio diversificado, possui acesso fácil pela BR-381, bem como ligação à Belo Horizonte e Vitória, através do Trem Vitória-Minas que passa dentro da cidade. (na foto acima de Marley Mello, vista parcial da cidade)
          A cidade da cidade começou em agosto de 1817 com a chegada à região do francês Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade. Conhecido por Jean Monlevade, o francês era engenheiro e pesquisador. Na região, à época coberta por densa Mata Atlântica, comandou estudos sobre o potencial mineralógico e geológico do local, encontrando vastas jazidas de minério de ferro.
          Com a descoberta das jazidas, Jean Monlevade fixou-se na região, dando origem assim a formação de um povoado, que se tornou freguesia, vila, distrito e finalmente cidade emancipada em 29 de abril de 1964, adotando o nome de João Monlevade, em homenagem ao engenheiro francês Jean Monlevade.
          Nessa época, a cidade era uma das mais desenvolvidas de Minas, graças a mineração e instalação, em 1921, da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, indústria hoje pertencente a Arcelor Mittal Aços Longos.
          Como atrativos, João Monlevade conta com vários atrativos históricos, culturais e naturais.
          Em destaque, a Matriz de São José Operário, construída na década de 1940, única igreja no mundo construída em V, lembrando um cálice (na foto acima da Elvira Nascimento); a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes; a Fazenda Solar, formada no século XIX, por escravos e a Forja Catalã, construída na década de 1910 para abrigar Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade; a Serra do Seara, o ponto mais alto do município, o Floresta Clube Henry Meyers um clube social, que conta ainda com uma imensa área verde com 100 mil m², ótimos para passeios ambientais e prática de esportes.
          Além disso tem o Parque Municipal do Areão, onde são realizados exposições agropecuárias, além de contar ainda com uma pequena reserva ambiental. No decorrer do ano, várias festas populares e religiosas acontece em João Monlevade como o Carnaval, as comemorações do aniversário da cidade em abril, o Dia do Trabalhador, as Festas Juninas, a Cavalgada, Reinado e Folia de Reis, além das festas Natalinas.
- Nova Era
          É uma das mais antigas povoações de Minas Gerais. Nova Era tem origens em 19 de março 1703, com a chegada à região dos bandeirantes Antônio Dias de Oliveira e irmãos Camargos, em busca de pedras preciosas. São José, desde a origem da cidade é seu santo padroeiro, por ter sido no dia do santo, 19 de março, o dia da chegada dos bandeirantes e início da formação do povoado, chamado no início de São José da Lagoa. (fotografia acima de Thiago Andrade)
          Mesmo sendo uma das mais antigas povoações mineiras, foi elevada à cidade apenas em 17 de dezembro de 1938.
          O município está a 137 km de Belo Horizonte e tem ligação com a capital através da BR-381, pela BR-262 já que está a 20 km desta rodovia e por ferrovia, através Trem Vitória Minas. Faz divisa com Santa Maria de Itabira, Itabira, Bela Vista de Minas, São Domingos do Prata e Antônio Dias.
          Cidade tranquila, bem estruturada, com um casario histórico charmoso e bem preservado e com boa estrutura urbana, Nova Era se destaca na mineração, como a maioria das cidades do Médio Piracicaba, mas também no turismo, justamente por sua história e belezas naturais.
          Em destaque a Matriz de São José da Lagoa e o seu casario colonial, a Lagoa São José, a Ponte Benedito Valadares, a Gruta de São José, O Centro de Educação Ambiental, as festas Juninas, a Semana Santa, a Coração de Nossa Senhora em maio, o Desagravo ao Sagrado Coração de Jesus em junho, o tradicional Pastel de São José e o Rio Piracicaba, que banha a cidade. 
- Rio Piracicaba
          Rio Piracicaba, distante 127 km de Belo Horizonte, conta cerca de 15 mil habitantes. O município faz divisa com Bela Vista, João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo, Santa Bárbara, Alvinópolis e São Domingos do Prata. Também banhada pelo Rio Piracicaba de ponta a ponta, a cidade que recebe o nome do rio, foi fundada em 29 de setembro de 1713 e emancipada em 30 de agosto de 1911. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade, a estação ferroviária e a cidade ao fundo)
          Cidade tranquila, charmosa, com boa estrutura urbana e um comércio variado, tem acesso rodoviário fácil pela BR-262 e BR-381, além de acesso por ferrovia, através do trem de passageiros Vitória Minas, que faz parada na cidade.
          A base de sua economia é a agricultura de subsistência, a pecuária leiteira, pequenos comércios e principalmente a extração do minério de ferro.
          Como atrativos, a cidade tem o Rio Piracicaba, a Estação Ferroviária, as igrejas de São Miguel, do Bom Jesus e de Nossa Senhora do Rosário, a Praça Getúlio Vargas, a Gruta de São Judas Tadeu e as cachoeiras do Carvalho, do Ribeirão Caxambu e do Talho Aberto.
- Santa Bárbara
          Fundada em 4 de dezembro de 1704, no início do Ciclo do Ouro, é uma das mais antigas povoações de Minas Gerais e uma das mais belas cidades históricas de Minas Gerais. Santa Bárbara está a 105 km de Belo Horizonte, com acesso pela BR-381, BR-262 e MG-436. O município faz divisa com Alvinópolis, Barão de Cocais, Catas Altas, Caeté, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Rio Acima, Rio Piracicaba e São Gonçalo do Rio Abaixo. (na foto acima da Elvira Nascimento as igrejas de Santo Antônio de Pádua e de Nossa Senhora do Rosário)
          Cidade histórica de beleza única, turística, com paisagens bucólicas, harmoniosas e cênicas, conta com 32 mil habitantes, atualmente. Encontra-se bem no centro da Estrada Real e seu povo é muito acolhedor e hospitaleiro.
          Sua economia tem como base a extração mineral do ouro e principalmente do ferro e ainda na produção de mel e derivados da silvicultura, no plantio de eucalipto para a produção de celulose, na agropecuária e também no turismo, atraídos por sua relevante beleza arquitetônica colonial, cultura, religiosidade, culinária típica, paisagens naturais deslumbrantes, que permitem a prática de esportes radicais e fazendas centenárias.
          Destacam-se no turismo os casarões e sobrados coloniais, o Santuário do Caraça, o Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens, a Matriz de Santo Antônio, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, a Casa do Mirante, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Relógio do Sol, a Capela da Arquiconfraria do Cordão de São Francisco, o Memorial Affonso Penna, a Casa de Cultura, a antiga estação ferroviária e o Parque Recanto Verde, além de cachoeiras, trilhas e paisagens montanhosas belíssimas e a Vila Colonial de Brumal, uma das mais antigas povoações de Minas.
- São Domingos do Prata
          Distante 30 km de João Monlevade e 136 km de Belo Horizonte, São Domingos do Prata conta com cerca de 18 mil habitantes. A base de sua economia é a pequena e média indústria, pequenos comércios e principalmente a agricultura e pecuária. Faz divisa com Antônio Dias, Jaguaraçu, Nova Era, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba, Alvinópolis, Dom Silvério, Sem-Peixe, São José do Goiabal, Dionísio e Marliéria. Cidade bem estruturada e bem organizada, conta com um comércio variado e um setor de prestação de serviços de boa qualidade. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          Sua origem tem início a partir de meados do século XVIII, com a chegada à região de Domingos Marques Afonso, detentor de uma sesmaria de terras férteis na região.
          Região tomada por imensas florestas de Mata Atlântica, habitada pelo povo indígena Botocudo, Domingos adentrou-se no meio da mata, se perdendo de seu ponto de origem. Temia por sua vida, já que podia ser atacado pelos Botocudos ou mesmo, por animais selvagens. Era o ano de 1.758.
          Sem esperanças de sair vivo da mata, deixou gravado no tronco de uma sapoquema a frase: "Aqui passei uma noite às claras, esperando o momento de ser atacado pelos Bugres e pelas onças ou ser picado por uma cobra venenosa". 23 de março de 1758, Domingos Marques Afonso. A árvore com essa inscrição foi encontrada em 1870, confirmando o relato popular da época.
          Como era devoto de São Domingos de Gusmão, prometeu ao santo Católico que se saísse vivo da mata, doaria uma parte de suas terras para a construção de uma igreja em honra ao santo. Por sua fé, conseguiu sair da mata e chegar são e salvo a sua casa. E cumpriu a promessa iniciando a construção da capela em honra a São Domingos de Gusmão em 1760. Em torno da capela formou-se um povoado que cresceu, se tornou freguesia, vila, distrito e cidade emancipada. Três de março de 1891 é oficialmente a data de fundação da cidade.
          Hoje, a primitiva capela deu origem a uma belíssima igreja, a Matriz de São Domingos de Gusmão. A cidade manteve o nome de São Domingos, substituindo “de Gusmão” para “do Prata” em alusão ao Rio da Prata que banha a cidade. (foto acima de Thiago Andrade)
          São Domingos do Prata faz parte do Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas por isso mesmo é dotado de belezas naturais de tirar o fôlego como belíssimas cachoeiras, trilhas, prática de esportes radicais como voo livre, a Pedra da Baleia, mata nativa preservada, além de suas igrejas e construções históricas, seu artesanato variado e seu povo acolhedor e bastante hospitaleiro.
          Além disso, a cidade tem tradição em festas de grande participação regional como por exemplo o Festival Gastronômico com a participação de bares, lanchonetes e restaurantes da cidade e região, o Carnaval do Prata, as cavalgadas, o Encontro Nacional de Motociclistas, o Concerto das Estações, os festejos de aniversário da cidade, além de eventos culturais diversos e festividades religiosas como a Festa de São Domingos.
- São Gonçalo do Rio Abaixo
          Cidade pacata, tradicional, charmosa, com um povo bom e hospitaleiro, São Gonçalo do Rio Abaixo, distante 84 km de Belo Horizonte, conta atualmente com cerca de 12 mil habitantes. Faz divisa com João Monlevade, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo e Itabira. (fotografia acima de Marley Mello)

          O município tem origens no século XVIII, com a mineração, sendo até os dias de hoje sua principal atividade econômica. Do povoado que surgiu em 1720 com o nome de Rio Abaixo, tendo como padroeiro São Gonçalo do Amarante, surgiu a cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, elevado a distrito em 1880 e emancipada em 30 de dezembro de 1962, quando se desmembrou de Santa Bárbara.
          Por existir outro distrito, também de Santa Bárbara, com o nome de São Gonçalo do Rio Acima, optou-se pelo nome São Gonçalo do Rio Abaixo, apenas para diferenciar uma da outra.
          Entre os atrativos turísticos em terras são-gonçalenses, destacam-se uma das principais atrações turísticas da Cemig, a Usina Hidrelétrica e Estação Ambiental do Peti. A usina, além de abastecer o município, abastece com energia elétrica os municípios vizinhos de Catas Altas, Barão de Cocais e Santa Bárbara e promove programas voltados para educação ambiental.
          Além disso, tem a Praça 1º de Março, onde encontra-se um belíssimo exemplar do estilo rococó mineiro, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, o busto do Padre João e um charmoso casario em seu entorno.
          A cidade conta ainda como atrativos o Cruzeiro da Matriz, a Matriz de São Gonçalo, a Igreja de São Sebastião, a Igreja de Santa Efigênia, além da beleza da Serra do Catungui, o Centro Cultural São Gonçalo do Rio Abaixo e das cachoeiras da Cascata, do Seara e de São José.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

12 principais identidades mineiras - Segunda Parte

(Por Arnaldo Silva) Dando sequência ao tema sobre as principais identidades mineiras, essa é segunda parte com mais 12 identidades mineiras. A parte anterior, também com 12 identidades mineiras, somada com a segunda, formam um conjunto de 24 identidades mineiras formada pela cultura, culinária, folclore e religiosidade mineira. 
01- Esmaltados
          Bule, chaleira e principalmente canecas esmaltadas não faltavam nas casas mineiras. Era um luxo só! Estavam presentes nos currais para tomar leite ao pé da vaca, no bule, para tomar aquele cafezinho feito na hora. Mesmo hoje com tanta coisa nova, os esmaltados não saíram de moda e continua sendo sonho de consumo e luxo nas casas mineiras, usadas até como enfeites. É uma identidade mineira que realça a beleza da nossa cozinha. (foto acima de Chico do Vale)
02 - Viola Caipira 
           A viola faz parte da alma mineira, é uma das nossas identidades culturais, presente em Minas desde os tempos do Brasil Colônia. Presente na vida das famílias mineiras seja no campo ou na cidade. Uma cena comum e tradicional são as rodas de viola á beira de uma fogueira, entoando canções que retratam a vida do povo do interior. Na cidade, era instrumento imprescindível nas românticas serestas ao luar. Viola é tão importante para Minas que foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Minas. Viola é a alma musical do mineiro. (na foto acima de @arnaldosilva_oficial, viola caipira feita de bambu pelo luthier Cabral de Bom Despacho MG)
03 - Doce de leite
          Minas sempre foi destaque na produção de leite no Brasil. Atualmente é o maior produtor e claro, produz o melhor doce de leite. Ainda estamos numa briga danada com os argentinos, sobre quem inventou o doce de leite. Nós mineiros ou os Hermanos. Eu tenho certeza que fomos nós, isso faz tempo, desde o século 18 o doce de leite existe em Minas. Mas deixa essa briga pra lá, o importante é que doce de leite é uma das mais antigas e fortes tradições da nossa culinária. Saiu das senzalas das fazendas mineiras para nossa mesa. Doce mineiro é o melhor do Brasil, sem dúvida e combina perfeitamente com o nosso queijo Minas. Mineiro sentado numa mesa com queijo e aquele docindileite, tudo a ver.
04 - Carro de bois
          Antigamente, carro de bois era um trem que servia pra tudo. Era carro funerário, transportava mercadorias, servia de lotação e nas fazendas, era pau pra toda obra. O ouro de Minas ia para o porto de Paraty em carros de bois. Com o surgimento da indústria automobilística, foram com tempo caindo em desuso, se restringindo a poucas atividades nas fazendas. Mas é uma das mais nostálgicas identidades mineiras, tanto é que todos os anos, praticamente em toda Minas, as carreadas de carros de bois estão presentes. (foto acima de Wilson Fortunato)
05 - Queijo com goiabada
          Há mais de 200 anos que queijo com goiabada faz parte da nossa identidade. Nossa mais importante sobremesa. A partir da década de 1960 o Brasil e o mundo passaram a conhecer melhor nossa sobremesa e foi só provarem para coloca-la no cardápio. Hoje está presente em todos os cantos do mundo. Há mais de 200 anos que nós mineiros sabemos disso. O melhor queijo do Brasil com a goiabada mineira é fenomenal. É a cara de Minas! (Foto acima de Lucas Rodrigues/Queijo do Dinho de Piumhi MG)
06 - Tacho de Cobre
           A cena de fazer doces nos tachos de cobres é comum até os dias de hoje nas cozinhas das fazendas e até em casas na cidade mineiras. Sabe por que a preferência do mineiro pelo tacho de cobre? Porque ele preserva a cor original da fruta. Ou seja, o doce de mamão fica verdinho, de laranja da terra, amarelo. O doce de limão fica da cor do limão. O doce de figo fica da mesma cor quando os frutos foram colhidos.
          Por isso que nossos doces são feitos no tacho de cobre, que além de manter a cor original, preserva o sabor original das frutas também. Não são a toa que nossos doces sempre foram considerados os melhores. Pronto, contei nosso segredo.
07 - Mancebo 
          Mancebo é uma armação maior em madeira ou ferro que sustenta o coador. Nesse caso, o bule é grande e o coador também. Isso porque as famílias antigamente eram numerosas. Para as famílias pequenas existe a mariquinha, que é mesma coisa do mancebo, mas só que bem menor, com um pequeno coador e uma caneca esmaltada, no lugar do bule. 
          Seja num mancebo ou numa mariquinha, coar café no coador de pano é identidade de nosso povo do interior, desde os tempos antigos até os dias de hoje. Em minha casa, na cidade, o café é coado num coador de pano sobre esse mancebo que vê ai na foto. Sou mineiro, uai!
08 - Panela de Ferro
             Além da panela em pedra sabão, outra panela é uma de nossas identidades. É a panela de ferro fundido. No final do século 19 e início do século 20, os famosos caldeirões de ferro já dominavam as cozinhas mineiras. Era raro não serem encontradas nas cozinhas das casas na cidade e das fazendas. 
          As panelas são resistentes, duram décadas e muitas delas passam de geração a geração. Em Minas tem famílias que tem essas panelas e caldeirões com mais de 150 anos de uso. Uma cozinha mineira sem panela de pedra sabão e de ferro, não é cozinha mineira. Elas dão mais sabor à nossa rica gastronomia e nos identificam.
09 - Festa do Reinado
            As cores vivas dos estandartes e das roupas coloridas dos reinadeiros revelam a mais pura identidade religiosa mineira, já incorporada à vida do nosso povo (na foto acima em Bom Despacho MG)
           As comemorações em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, que começa em julho e se estende até outubro, por todas as cidades mineiras, teve origem no século 18, com o escravo Chico Rei, em Ouro Preto. Antes uma festa de origem negra, hoje é festa de todo o povo mineiro, expandida para outros estados brasileiros. As congadas com seus cortes são uma das mais belas manifestações folclóricas e religiosas de Minas. Uma das mais fortes identidades mineiras.
10 - Goiabada Cascão
           Uma das mais gostosas identidades mineiras. A receita saiu das senzalas para nossa mesa. Eles faziam o doce cremoso de goiaba normal, com a polpa da, para os senhores. E nas cozinhas das senzalas, eles aproveitavam a casca inteira e a polpa e fazia para si o doce que chamavam de goiabada. Pela grande quantidade de cascas grandes da fruta que ficavam à mostra no doce, acrescentaram a palavra cascão. Assim ficou, goiabada cascão, mais apreciada que o doce comum de goiaba. 
          Quer conhecer a original e única goiabada cascão? Conheça São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto MG (na foto acima, Dona Doquinha, uma das mais antigas doceiras de São Bartolomeu, batendo a goiabada cascão no tacho). Lá é a terra desse doce. Experimenta a Cascão com doce de leite mineiro e queijo Minas. É divino. Mineiro tem bom gosto não é?
11 - Bolo de fubá assado na brasa
           Num tempo em que não existia trigo no Brasil, no início da colonização, o fubá e o polvilho eram o ingredientes para tudo. Do fubá surgiram várias receitas tradicionais mineiras, como as broas e o bolo de fubá na brasa. Além do trigo, não existia fermento, mas existia bicarbonato e fogão a lenha. Não tinha forno de barro ainda não. A criatividade mineira se sobressaiu. A massa era feita, colocada numa panela de ferro e ia para o fogão em brasa. Por cima colocavam uma chapa de ferro e brasa ardente.
          Quem já experimentou bolo assim sabe o quanto é saboroso. E o cheiro exala pela casa toda e fica guardado em nossa memória aquele cheirinho bom. Bolo assado na brasa é uma identidade mineira marcante, pela delícia que é.
12 - Café no coador de pano
           E por fim, termino com café porque é minha bebida café. Minas sozinha lidera a produção de café no Brasil com a qualidade dos grãos reconhecida internacionalmente, com várias premiações nos principais concurso internacionais de café. (foto acima de Chico do Vale) A bebida desde o século 18, quando os primeiros grãos de café foram plantados na Zona da Mata Mineira, virou tradição. É uma bebida imprescindível no dia a dia do mineiro. 
          Mesmo antigamente, indo pra roça trabalhar, o mineiro levava seu cafezinho numa cabaça. Hoje leva na garrafa térmica. Tem uma história que diz que entre paciência e café, o mineiro prefere a paciência porque se der café a ele, com certeza, vai tomar tudo, de tanto que adora café.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Viçosa é oficialmente a capital mineira do doce de leite

(Por Arnaldo Silva) Um dos mais premiados e populares doces de leite do Brasil, o Doce de Leite Viçosa, tem sua origem na cidade de mesmo nome, na Zona da Mata Mineira, distante 225 km de Belo Horizonte. É produzido desde os anos 1980 pelo Laticínio Escola da Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), da Universidade Federal de Viçosa, com o nome de Doce de Leite em Pasta Funarbe, tendo adotado o nome atual a partir de 1992, com a criação da marca Viçosa.
          Inicialmente criado para consumo interno, dos estudantes e funcionários da Universidade, a qualidade e o sabor do doce foi saindo do Campus da UFV, para os paladares regionais, do estado e de todo o Brasil, se tornando o que é hoje em referência nacional em doce de leite de altíssima qualidade. (fotos acima do Chico do Vale)
 
          É o doce de leite mais premiado do Brasil, desde o ano 2000, quando começou a participar do Concurso Nacional de Produtos Lácteos, vencendo o concurso de melhor doce de leite do país por 10 vezes.(fotografia acima do Alexandre Vidigal o lago do Campus da UFViçosa e ao fundo, a cidade)
          O doce é reconhecido desde 2022, como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, pela Lei n° 24.033 e agora, a cidade onde o doce é produzido, Viçosa, se torna oficialmente a capital mineira do doce de leite.
Viçosa: A capital estadual do doce de leite
          O sucesso do Doce de Leite Viçosa é tanto que passou a ser um dos principais símbolos da gastronomia local e identidade do município de Viçosa.
          Por esse motivo, Viçosa foi reconhecida por Lei, como a capital estadual do doce de leite em Minas Gerais. Isso porque foi publicada no Diário Oficial do estado no dia 9/5/2023, a lei de número 24.318, proposta pelo deputado estadual Coronel Henrique que concede. esse título à cidade. A lei entrou em vigor imediatamente após sua publicação oficial. (foto acima do Chico do Vale)
          Segundo o autor do projeto, deputado estadual Coronel Henrique, em seus argumentos para defender o projeto de sua autoria, afirma que o Doce de Leite Viçosa “trata-se de uma iguaria da gastronomia mineira, de qualidade única, reconhecido por dez vezes como o melhor do Brasil no Concurso Nacional de Produtos Lácteos, transformando-se em um símbolo da cidade e, gradativamente, de Minas Gerais. E de fato, o Município de Viçosa acabou se tornando conhecido em razão da notoriedade do Doce de Leite, tanto em Minas Gerais, quanto em todo o país e até no exterior.”

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Rua de Ouro Preto entre as 6 mais inesquecíveis do mundo

(Por Arnaldo Silva) Mais uma vez Minas Gerais é destaque no mundo. A Rua Conde Bobadela, em Ouro Preto MG, foi selecionada pela plataforma de viagens Booking.com entre as ruas mais inesquecíveis do mundo.
          Foram apenas seis ruas indicadas e apenas uma é brasileira, a Conde de Bobadela da cidade histórica, Patrimônio da Humanidade desde 1980. As outras cinco indicadas pela plataforma são: Duval Street, Key West, EUA; Caminito, Buenos Aires, Argentina; Spiegelgracht, Amsterdã, Países Baixos; Via Celio Vibenna, Roma, Itália e Yonge Street, Toronto, Canadá. (na foto acima de Sônia Fraga e abaixo da Ane Souz a Rua Conde de Bobadela, a popular Rua Direita)
          Tendo como critério a opção dos viajantes em visitar lugares “instagramáveis” ou seja, lugares ideais para vídeos e fotos interessantes para postagens em redes sociais.
          Baseado nessa tendência mundial, a maior plataforma de reserva de viagens do mundo, a Booking.com entendeu que lugares assim impactam a opção dos viajantes na hora da escolha de seu destino. É o caso do viajante brasileiro, que, segundo a própria plataforma de viagens, 82% brasileiros optam por destinos “instagramáveis”. Por esse motivo, a opção da plataforma em indicar as seis ruas mais memoráveis e inesquecíveis em todo o mundo.
A Rua Conde de Bobadela
          A rua tem o nome em referência o militar português Gomes Freire de Andrade, governador da Capitania do Rio de Janeiro e o primeiro a receber o título de Conde. (na foto acima da Ane Souz, a rua Conde de Bobadela à noite)
          Repleta de casarões centenários, preservadíssimos e charmosos, lojinhas de artesanato e comércio variado, bares, cafés e restaurantes, além de ser cenário de vários eventos como a icônica Festa do Doze. 
          A via dá acesso à Praça Tiradentes, a praça principal da cidade, próximo ao Museu da Inconfidência, à direita de quem está em frente ao museu. A rua ligava antigamente a Matriz de Ouro Preto, Matriz do Pilar, à Praça Tiradentes, sendo por isso chamada de Rua Direita. (na foto acima da Ane Souz, a Praça Tiradentes dá para ver a entrada da Rua Direita)
          Ao longo do século XIX e XX, o traçado da Rua Direita foi alterado com o tempo, devido o surgimento de novos casarões e novas ruas, deixando de ligar diretamente a Matriz à Praça. Hoje o nome da rua atual é Conde de Bobadela. Mesmo assim, até os dias de hoje, é, para o povo de Ouro Preto, Rua Direita.
          Portanto, façam suas malas, venham para Minas Gerais, venham conhecer nossas cidades, nossas ruas charmosas, nossas tradições e claro, venham conhecer Ouro Preto e todas as suas ruas. (na foto acima da Ane Souz, o casario da Rua Direita)
          Em cada cantinho de Ouro Preto está um pouco da história do Brasil. A cidade é a preciosa joia do barroco brasileiro.

domingo, 7 de maio de 2023

Pão de Queijo assado na folha de bananeira

(Por Arnaldo Silva) Tem o formato de pão, é assado na folha de bananeira, tradição em Esmeraldas, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
INGREDIENTES
. 1 quilo de polvilho doce
. 500 gramas de queijo Minas curado ralado
. 8 ovos caipira
. 1 copo (requeijão) de água
. 1 copo (requeijão) de leite integral
. 1 copo (requeijão) óleo
. 1 colher (sopa) de sal
. Folhas de bananeira
MODO DE PREPARO
- Em uma panela, coloque o leite, a água, o óleo, o sal, mexa e leve ao fogo até ferver
- Assim que ferver despeje todo o polvilho em uma bacia e comece a escaldar o polvilho, despejando todo o líquido na bacia.
- Mexa com uma colher até esfriar.
- Assim que esfriar, mexa com as mãos, espremendo as bolinhas que se formam.
- Comece a colocar os ovos, um a um e sovando com as mãos.
- Quando a massa estiver lisa, coloque o queijo ralado e continue sovando, até encorpar bem à massa.
- A massa não pode ficar nem muito mole e nem muito dura, tem que estar ao ponto de enrolar.
- Com uma colher grande, vá colocando a massa na folha de bananeira, enrole e coloque na fôrma para assar. (não é para fazer molde em bolinhas tradicional, é espalhar em espiral a massa de ponta a ponta da folha).
- Leve para assar a 180 graus por 30 minutos.
- Após esse tempo, retire a folha de bananeira e deixe assando por mais 30 minutos ou até ficarem dourados.
- Por fim, corte em pedaços e sirva acompanhado de um bom café.
Imagens fornecidas pelo Geraldo Leroy de Esmeraldas MG

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Pão de Queijo: 3ª melhor comida de café da manhã do mundo

(Por Arnaldo Silva) Numa eleição com 100 quitutes de café da manhã no mundo, o tradicional Pão de Queijo dos mineiros, iguaria feita com massa de polvilho escaldado, queijo e ovo, ficou na terceira posição com 4,7 de pontuação.
          Ficou atrás apenas do Komplet Lepinja, um pão com creme e ovo, tradicional da Sérvia, país europeu, que ficou na segunda colocação e do Roti Canai, um quitute da Malásia, na Ásia, que lembra muito uma panqueca, feito com massa folheada de farinha, ovos, água e gordura, que levou a primeira colocação atingindo 4,8 pontos. (na foto acima, o Pão de Queijo feito pela Marluce Ferreira de Ipatinga MG)
          A eleição das 100 melhores comidas de café da manhã do mundo foi promovida pela enciclopédia gastronômica Taste Atlas, especializada em avaliação de comidas típicas de todo o mundo. A pontuação máxima era 5, com votação feita por público ligado a gastronomia em todo o mundo, através do site da Taste Atlas (tasteatlas.com). A apuração foi em abril passado, com o resultado divulgado no início de maio de 2023.
Quarto melhor lanche do mundo
          A tradicional receita do Pão de Queijo levou ainda o 4° lugar como o melhor lanche do mundo. Além de muito apreciado no café da manhã, o pão de queijo acompanha recheios com molhos, carnes e frango desfiado, muito apreciados nos lanches da tarde.
O Pão de Queijo
O Pão de Queijo nasceu em Minas Gerais no século XVIII. É uma das mais genuínas comidas do Brasil. Surgiu da necessidade dos portugueses, terem pão, já que na colônia não existia trigo.
          Os índios consumiam a mandioca e com ela faziam farinha. Os negros escravos passaram a fazer o mesmo, ralavam a mandioca, mas também peneiravam os resíduos mais finos da farinha e deixavam secar ao sol. Dessa prática surgiu o polvilho. Ao molhar o polvilho em água quente com gordura, virava uma massa. Essa massa era dividida em punhados, enrolada nas mãos em forma de bola, e assada.
          Era sim que era feito o nosso pão de queijo original, polvilho, água e gordura, em sua origem, no século XVIII. No século XIX, o pão foi ganhando novos ingredientes como os ovos pouco tempo depois, leite e queijo, passando a ser o pão de queijo como conhecemos hoje.
          A tradicional iguaria mineira não se restringe hoje somente à Minas Gerais. Está presente desde o século XX nas mesas de todo o Brasil, popularizada quando Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil.
          Hoje o Pão de Queijo, nascido nas montanhas de Minas, é popular no mundo inteiro, sendo estando agora entre as 3 melhores comidas de café da manhã do planeta.

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