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domingo, 19 de março de 2017

As cidades do Norte de Minas

(Por Arnaldo Silva) A Região Norte de Minas é formada por 89 municípios, onde vivem cerca de 1,8 (um milhão e oitocentos mil) mineiros, divididos em 7 microrregiões, com sede nas cidades de Januária, Janaúba, Salinas, Pirapora, Bocaiuva, Grão Mogol e Montes Claros.
          Região que, ao longo das duas últimas décadas vem se desenvolvendo muito, tanto na industrialização, no turismo, no artesanato, cultura, educação, na saúde, na ampliação do comércio, prestação de serviços e qualidade de vida oferecidas aos seus moradores, bem como na energia solar. (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc, vista parcial de Montes Claros MG e na foto abaixo, a cidade de Manga MG às margens do Rio São Francisco)
          O Governo de Minas Gerais irá construir 4 usinas solares no Estado, em parceria com a multinacional espanhola Solatio.  O parque de energia solar será instalado em Arinos no Noroeste do Estado e em Janaúba, no Norte de Minas, com capacidade de produção de 1.300 MWP. Serão as duas maiores usinas do mundo. Além dessas, mais duas serão construídas em  Várzea da Palma, no Norte de Minas que irão gerar 650 MWP. 
          A previsão é para conclusão do parque de energia solar em 2023, o que fará de Minas Gerais, o maior produtor mundial desse tipo de energia. Serão beneficiados na região cerca de 1,2 milhão de pessoas, e ainda gerará empregos e renda. Outras usinas solares serão construídas em parceria com a iniciativa privada em outras regiões de Minas Gerais
          O Norte de Minas se destaca também na agropecuária, principalmente na pecuária leiteira, na produção de mel de aroeira, na indústria extrativista, no cultivo de eucalipto. A região é destaque na produção de frutas em Minas Gerais, com sua produção abastecendo o mercado mineiro, de várias outros estados e ainda, exportadas para vários países. Projetos como o Pirapora Vale do Gorutuba e Jaíba, tem extensas áreas plantadas, com cultivo de grandes variedades de frutas, como uvas em Pirapora e bananas em Jaíba, além da região ser uma das grandes produtoras de mandioca e abóbora. (na foto acima de Sérgio Mourão, a charmosa cidade de São Romão, com cerca de 13 mil habitantes, fundada em 23 de outubro de 1668, uma das primeiras de Minas Gerais)
          Indústrias de pequeno, médio e grande porte, como a Nestlé, Rima, Petrobrás, Novo Nordisk, mineradoras e outras empresas de segmentos diversos, vem se instalando no norte mineiro, gerando renda, empregos e desenvolvimento à região. (na foto acima de Sérgio Mourão, a charmosa cidade de Lassance, com cerca de 7 mil habitantes, destaque no Brasil, por ter sido nesta cidade, que o cientistas Carlos Chagas, descobriu o protozoário causador da doença que passou a ter o seu nome, Doença de Chagas). 
          A cultura e artesanato do Norte de Minas é apreciada e valorizada em todo o Brasil, além de ser famosa no mundo. Os artesão fazem suas criações com os materiais da própria região como fibras vegetais, madeira, como as carrancas, como na foto acima do Manoel Freitas, criaturas em formatos assustadores, para, segundo a crença dos pescadores, afastar os maus espíritos. Outro material da região de grande importância para a identidade do artesanato local é a argila, que dá vida a uma infinidade de peças artesanais, como filtros, potes, moringas, copos, jarras, vasos, panelas, pratos, etc., como na foto abaixo dos trabalhos da artesã Cláudia Miranda, de Ferreirópolis, distrito de Salinas MG.
          Além do artesanato tem o folclore, manifestado de acordo com as origens, tradições e formação de cada município expressadas como por exemplo na Festa do Pequi e do Biscoito de Japonvar, dos Catopês em Montes Claros, das tradicionais Folias de Reis em Cônego Marinho, Miravânia, Chapada Gaúcha, Itacarambi e Bonito de Minas, além das Congadas, festas juninas, o Boi de Reis de Januária, dentre outros eventos. Tem ainda as  famosas lendas que povoam o imaginário popular desde os tempos antigos, principalmente as famosas lendas contadas pelos povos ribeirinhos ao Rio São Francisco, como em Manga, Januária, Pirapora e São Francisco. 
          Além de sua riqueza cultural e folclórica, a culinária é um dos grandes destaques do Norte de Minas. 
          Os pratos típicos da culinária mineira estão presentes, mas a culinária norte mineira tem seus pratos próprios, feitos à base dos peixes do Rio São Francisco, do feijão de Andu, como na foto acima, fotografado pelo Manoel Freitas em Botumirim da carne seca, onde se destaca Mirabela, considerada a Capital da Carne Seca no Brasil e principalmente, dos pratos feitos à base dos frutos do Cerrado, como pequi com arroz, frango com pequi, licores, doces, etc., além da mandioca e seus derivados, como a farinha, muito consumida na região. 
          Sem contar também como os derivados da cana-de-açúcar, como a rapadura e a cachaça, como a de Salinas e Brejo do Amparo, distrito de Januária. Da região sai a melhor cachaça do mundo. 
          Além de sua culinária, seu artesanato e cultura, a região é repleta de belezas naturais impressionantes, com formações rochosas, matas nativas, parques ambientais e rios. Além do Rio São Francisco, o Rio do Peixe em Botumirim, na foto acima de Manoel Freitas, se destaca por suas praias fluviais de areias branquíssimas, água cristalina e formações rochosas impressionantes. Em toda região, encontra-se cachoeiras, riachos, córregos, montanhas, serras, cordilheiras, penhascos, praias fluviais, como em Pirapora e Januária, São Romão, Janaúba, por exemplos, além de grutas e cavernas, como as do Vale do Peruaçu, entre Januária e Itacambira. 
          O Vale do Peruaçu, abriga mais de 140 cavernas, mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres, que evidenciam a presença humana há cerca de 12 mil anos atrás. São cavernas com belezas e formações rochosas, trabalhadas pela natureza há milhões de anos, que simplesmente impressiona, como podem ver na foto acima do Manoel Freitas. 
          Além do Rio São Francisco e Rio do Peixe, destaque na Região do Norte de Minas o Rio Peruaçu, Rio Gorutuba, Rio Carinhanha, Rio Viamão, Rio Verde Grande, o Rio Pandeiros com um belíssimo balneário em Januária, o Rio Catolé, na foto acima do Marcelo Santos em Bonito de Minas com suas belas quedas d´água, dentre outros rios, barragens, lagoas e nascentes por todo o norte-mineiro.
          Uma dos mais atraentes destaques do turismo no Norte de Minas é o Barco a vapor Benjamim Guimarães, na foto acima de Sérgio Mourão.  É o único vapor movido a lenha em atividade no mundo. Durantes décadas foi o meio de transporte daa população ribeirinha. A embarcação saia do porto de Pirapora até a Bahia, navegando nas águas do Velho Chico. Hoje, o barco está em reformas e voltará à ativa, com previsão para ser em meados de 2021, mas apenas para passeios turísticos, entre Pirapora e Barra do Guaicuí. 
Conheça as 7 microrregiões do Norte de Minas
01 - A microrregião de Januária
          Januária (na foto acima do Ricardo Fernandes) está a 630 km de Belo Horizonte e conta com cerca de 70 mil habitantes, tendo a terceira maior população do Norte de Minas e a 54º no Estado. A cidade tem como marco de sua fundação o dia 7 de outubro de 1860, guardando em sua arquitetura e história, construções do período colonial do século XIX, e eclético e neoclássico do século XX. É um município que oferece boa estrutura urbana e educacional a seus moradores, sendo atualmente, um importante polo educacional do Norte de Minas, tendo na cidades campus do IFNMG, Unimontes, Unopar, Unip, FUNAM e Ceiva. 
          Sua economia gira em torno de pequenas indústrias, um comércio variado, prestação de serviços, artesanato, no turismo e na agropecuária, destacando no município, seu distrito, Brejo do Amparo. Foi fundado no final do século XVII, considerado o berço do Norte de Minas e uma das primeiras povoações do Estado.
          Em Brejo do Amparo está a segunda igreja erguida em Minas Gerais, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. O templo foi erguido pelos Jesuítas em 1688. É nesse distrito que sai a melhor cachaça de Januária, onde estão seus principais alambiques, além da Gruta dos Anjos, um dos atrativos do de Januária, junto com o Rio São Francisco e o balneário do Rio Pandeiros. 
          Alem de Januária, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Itacarambi (na foto acima do Sérgio Mourão), Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Cônego Marinho, Icaraí de Minas, Itacarambi, Juvenília, Manga, Matias Cardoso, Miravânia, Montalvânia, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis, São Francisco, São João das Missões e Urucuia.
02 - A microrregião de Janaúba
          Janaúba, distante 540 km da capital, tem cerca de 72 mil habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da região. Tem na agricultura, pecuária, comércio e atividades de prestação de serviços, além do artesanato na produção de produtos caseiros, suas atividades econômicas principais. (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Está em construção no município pelo Governo de Minas e a espanhola Solatio, uma usina solar, com previsão de inauguração para 2023. Será uma das maiores do mundo. 
          O Rio Gorutuba é um dos pontos de turismo do município, bem como o Balneário Bico da Pedra, a Avenida do Comércio, o Mercado Municipal, O Parque de Exposições, belas praças, a Catedral do Sagrado Coração de Jesus, a Estação Ferroviária e pontes ferroviárias sobre o Rio Gorutuba, dentre outras várias opções de lazer, turismo e cultura no município.
          Além de Janaúba, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Catuji, Espinosa, Gameleiras, Jaíba, Mamonas, Monte Verde, Monte Azul, Nova Porteirinha, Pai Pedro, Porteirinha, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas.
03 - A microrregião de Salinas
          Salinas, distante 640 km de Belo Horizonte, conta atualmente com cerca de 42 mil habitantes. Se destaca no Brasil pela qualidade de sua cachaça, por seu requeijão, carne de sol, agropecuária e artesanato em argila, feito no distrito de Ferreirópolis, além de suas jazidas minerais. A cidade preserva ainda suas tradições religiosas e folclóricas, sendo destaque na região, a Festa Junina, promovida na cidade. É em Salinas que está o Museu da Cachaça, bem como é na cidade que é realizado anualmente, em junho, o Festival Mundial da Cachaça. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          Além de Salinas, a microrregião é formada pelos municípios de Águas Vermelhas, Berizal, Curral de Dentro, Divisa Alegre, Fruta de Leite, Indaiabira, Montezuma, Ninheira, Novo Horizonte, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro, São João do Paraíso, Taiobeiras e Vargem do Rio Pardo.
04 - A microrregião de Pirapora
          Pirapora conta hoje com cerca de 57 mil habitantes e está a 340 km de Belo Horizonte. É uma das mais a importantes cidades mineiras, destacando-se no turismo, artesanato, agricultura, no cultivo de uvas, principalmente, no comércio, indústria e prestação de serviços. (na foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a ponte Marechal Hermes sobre o Rio São Francisco)
          O Parque Industrial de Pirapora é o segundo maior polo industrial do norte de Minas Gerais, com destaque por suas indústrias de ferro-silício, silício metálico, ferro-ligas, ligas de alumínio e tecidos, que são os principais produtos exportados pelo município. Pirapora é atualmente o 33ª maior exportador do Estado.
          No turismo se destaca por ser o começo do trecho navegável do Rio São Francisco e ainda pelo Barco a Vapor Benjamim Guimarães, a Ponte Marechal Hermes, seu artesanato, pelas praias fluviais, cachoeiras e belezas naturais variadas, além de sua culinária, com peixes do Rio São Francisco, com frutos do Cerrado e seus vinhos, já que o município é um dos grandes produtores de uvas.   
          Além de Pirapora, a microrregião é formada pelos municípios de Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma. (na foto acima de Sérgio Mourão, os tradicionais orelhões da cidade, em forma de peixes e outros animais)
05 - A microrregião de Bocaiuva
          Bocaiuva, tem sua origem no século XIX, tendo sido fundado em 14 de julho de 1888. Está distante 369 km de Belo Horizonte é a sexta cidade mais populosa do Norte de Minas, contando hoje com cerca de 51 mil habitantes. (fotografia acima de @heidrones)
          O município possui atualmente uma das melhores estruturas urbanas da região, se destacando por seu comércio variado, na agricultura e pecuária, prestação de serviços, dentre outros. 
          Em 20 de maio de 1947, ganhou as manchetes do mundo inteiro, quando recebeu uma expedição composta por renomados  pesquisadores e cientistas renomados na época, como o engenheiro e físico estadunidense Lyman James Briggs, o astrônomo belgo-americano George Van Biesbroeck, responsável por confirmar a Teoria da Relatividade, em 1952. Vieram para observar um eclipse do sol. Segundo os cientistas, Bocaiuva é o melhor lugar do mundo para observar esse fenômeno. Diversas outras expedições internacionais, já estiveram na cidade, para fazer observações e coletar dados para estudos desse fenômeno. 
          Além de Bocaiuva, a microrregião é formada pelos municípios de Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Guariciama e Olhos D´Água
06 - A microrregião de Grão Mogol
          Sua origem data de 1840, no século XIX. É uma cidade histórica mineira, cujo patrimônio arquitetônico de seu Centro Histórico, foi tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural de Minas Gerais (o CONEP), em 2016. Uma parte de seu casario é no tradicional estilo barroco colonial, em pau-a-pique e em sua maioria, em pedra sobre pedra, tradição na região. 
          Suas construções em pedras, diferenciam Grão Mogol das demais cidades históricas mineiras. Destaque para a Matriz de Santo Antônio e a Igreja do Rosário, bem como suas ruas, calçadas em pedras no Centro histórico. A cidade lembra uma vila medievalm como podem perceber na foto acima do Alan Chaves.
          Grão Mogol conta hoje com cerca de 17 mil habitantes e está distante 556 km de Belo Horizonte. (foto acima do Manoel. Freitas, a Matriz de Santo Antônio) 
          Além do seu grande potencial turístico, graças a sua história, arquitetura e boa estrutura urbana, está ainda ainda aos pés da Cordilheira do Espinhaço, chama atenção sua rica flora nativa, com algumas espécies únicas, em especial, o Discocactus horstii, espécie de cactus, somente encontrada em Grão Mogol.
          Suas cachoeiras e paisagens são incríveis, além de ser uma região em desenvolvimento, graças a instalação no município do lago e Usina Hidrelétrica de Irapé, grande alavanca para o desenvolvimento regional, bem como a mineração, atividade que vem se desenvolvendo no município.
          Além de Grão Mogol, a microrregião é formada pelos municípios de Itacambira, na foto acima do Sérgio Mourão.  Botumirim, Cristália, Grão Mogol, Josenópolis e Padre Carvalho.
07 - A microrregião de Montes Claros
          Montes Claros conta hoje com cerca de 415 mil habitantes. É o 6º município mais populoso do Estado e está a 422 km de Belo Horizonte. Sua origem é do final do século XVIII, tendo sido emancipada em 3 de julho de 1857. (foto acima de @dronemoc)
          A cidade ainda guarda relíquias da período colonial, em construções no seu Centro Histórico. 
          É a maior cidade do Norte de Minas, se destacando há tempos na região e Estado por seu desenvolvimento comercial e industrial. A cidade é dotada de ótima estrutura urbana. A cidade tem ligações com outros centros urbanos por ferrovias, rodovias e aeroporto e ampla rede hoteleira e gastronômica. (na foto abaixo do Sérgio Mourão, a Casa da Cultura de Montes Claros)
          Conta ainda com ótimas opções de turismo e lazer em sua área rural, com rios e paisagens nativas do Cerrado, uma boa infraestrutura urbana para a prática de esportes, lazer e cultura. São destaque na cultura, esportes e lazer dos montes-clarenses os Parques Municipais Milton Prates (na foto acima do Sérgio Mourão), Guimarães Rosa e Sapucaia, além de suas charmosas construções coloniais do século XIX e eclética do século XX, se destacando em suas construções a Catedral de Nossa Senhora Aparecida. 
          Além de Montes Claros, a microrregião é formada pelos municípios de Coração de Jesus (na foto acima do Bezete Leite) Brasília de Minas, Campo Azul, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Francisco Sá, Glaucilândia, Ibiracatu, Japonvar, Juramento, Lontra, Luislândia, Mirabela, Patis, Ponto Chique, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João do Pacuí, Ubaí, Varzelândia e Verdelândia.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Minas Gerais e mineiros em 7 frases diferentes

       "Minas Gerais unifica os povos do Leste e Oeste, do Norte e do Sul, através da gastronomia e saber receber! Em Minas, todos se sentem em casa! Unimos os brasileiros! Esquecendo preconceitos de estados contra outros estados! Por isso que Minas está no meio do mapa! Todos vem e se sentem em casa e igual! (Regina Kátia Rodrigues)
          "Até ´tchau` em Minas é personalizado. Ninguém fiz ´tchau` pura e simplesmente. Aqui se diz: "tchau procê", "tchau procês". É útil deixar claro o destinatário do ´tchau`!" (Felipe Peixoto Braga)
          "Praia de mineiro é barzinho, e sua sala de visitas, balcão de armazém e cerca de curral. Ali a língua rola solta na conversa mole, como se o tempo fosse eterno. Certo mesmo é que o momento é terno... 'Minas Gerais é muitas', como disse Guimarães Rosa. Minas é Mantiqueira e Cerrado, Aleijadinho e Amílcar de Castro, Drummond e Milton Nascimento, pão de queijo e broa de fubá... Minas é saborosamente mágica" (Frei Beto)
          "Ser mineiro é fazer da cozinha a melhor parte da casa. Receber os amigos com mesa farta. Mineiro tem mesmo fome seja de letra ou de amor." (Luana Simonini)
          "Em Minas, o Horizonte é Belo, o Juiz é de fora, os Montes são Claros, o Pouso é Alegre, a flor é Viçosa, a Cachoeira é Dourada, o Córrego é Novo, as Lagoas são Sete, o Rio é Manso, o Mar é de Espanha, os Corações são Três, os Poços são de Caldas, a Ponte é Nova, as Dores são de Indaiá, e o Ouro é Preto ou Branco e pode também ser Fino, o Mato é Verde, o Monte é Azul, o Campo é Belo, a Lagoa é Santa, Dourada ou Prata, a Lima é Nova, vive-se Entre Rios, Três são as Marias, São João é do Rei, a Serra é do Cipó, a Pedra é Azul, e as Águas são Formosas! Eita trem bão esse estado sô!" (Autoria desconhecida)
          "Ser mineiro é dizer UAI e ser diferente; é ter marca registrada, é ter história.Ser Mineiro é ter simplicidade e pureza, humildade e modéstia, coragem e bravura, fidalguia e elegância." (José Batista Queiroz)
"Mineiro é o tipo de brasileiro, com um exagero no tempero.
É o tipo de gente, que melhor hospeda parente.
Da-lhe logo um pão de queijo, um abraço e um beijo.
Só o mineiro, tem o charme do "UAI"...
Mineiro é feliz assim por natureza, sua alma transborda grandeza.
E suas terras, ostentam beleza.
Por aqui, tudo é "trem".
Não importa muito, se vai ou se vem.
Mineiro inspira serenidade, no olhar, na simplicidade.
Mineiro faz da dor, uma bonita rima de amor.
Mineiro é assim, quieto, mas no fundo, não resiste a um afeto"
(Gioavani Arantes/@gioarantes_)          
Foto ilustrativa acima de César Reis em Tiradentes com arte de Arnaldo Silva

sábado, 11 de março de 2017

Em Matias Cardoso está a mais antiga igreja de Minas

(Por Arnaldo Silva) A Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de Matias Cardoso, no Norte de Minas, a 683 km de Belo Horizonte, na divisa com as cidades de Manga, Itacarambi, Jaíba e São João das Missões foi a primeira igreja erguida em Minas Gerais. (fotografia acima do João Montalvão)
          Sua arquitetura é bastante simples, bem como sua ornamentação interna. Isso porque foi construída no início da povoação de Minas Gerais, com a chegada dos bandeirantes no território, em busca do ouro, no final do século XVII. Uma parte dessas bandeiras vieram da Bahia e se estabeleceram na região onde é hoje a cidade de Matias Cardoso, iniciando a formação de um povoado por volta de 1600. (na foto acima do Manoel Freitas, a silhueta das torres da igreja)
A construção da Igreja
          Alguns anos depois, com a chegada de mais aventureiros e bandeirantes, o arraial foi crescendo, havendo a necessidade de construção mais casas e de uma igreja, já que sentiam  vontade de manifestarem sua fé e religiosidade. 
          Como muitos devotavam Nossa Senhora da Conceição, decidiram erguer um templo em sua homenagem. Sua construção foi iniciada em 1670 e concluída 3 anos depois, em 1673. Tem 33 metros de comprimento, 20 metros de largura e conta ainda com duas torres. Uma obra singela, rústica e bem simples, erguida no tempo do desbravamento do nosso sertão, tempo que ainda não tinha surgido a riqueza promovida com o Ciclo do Ouro. (na foto acima de Manoel Freitas, detalhes da pintura em madeira no interior da Matriz)  
A vila que surgiu em torno da igreja       
          Os moradores do povoado que cresciam em torno da igreja se dedicavam a agricultura e pecuária e acabaram por se fixarem naquela região, considerada um dos berços da civilização mineira. (na foto acima do Manoel Freitas, o Centro Histórico da cidade e ao fundo o Rio São Francisco)
          O povoado foi construído as margens do Rio São Francisco, o que facilitava o escoamento da produção agrícola para as cidades de Salvador, sendo parte do trajeto pelo Rio São Francisco e seguindo por caminho aberto até a capital baiana.
          Com o comércio, o povoado prosperava, com a produção aumentando a cada dia, principalmente de gado e leite, produtos escassos naquela época.
Patrimônio de Minas e do Brasil
          Por sua história e importância para Minas Gerais, a Matriz de Nossa Senhora Conceição foi tombada em 1954 pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. (as fotos acima, do João Montalvão, mostra toda a beleza do interior da Igreja e ao mesmo tempo, a simplicidade da fé dos primeiros habitantes de nosso território).
          As talhas e ornamentações do interior do Matriz não tem o requinte do tempo do Ciclo do Ouro, mas tem a beleza da simplicidade e da fé demonstrada pelos construções, escultores e artista que trabalharam na construção do templo.
          Com o passar dos anos, a igreja foi passando por pequenas reformas, recebendo decorações e imagens sacras, que deram mais beleza ao templo. 

sexta-feira, 10 de março de 2017

Conheça Curvelo: a Terra de São Geraldo

(Por Arnaldo Silva) Curvelo, cidade da região Central de Minas, distante 170 km de Belo Horizonte se destaca no Estado por sua religiosidade, história e localização privilegiada, já que é servida pela rodovia BR-040, que faz ligação da cidade a Belo Horizonte e Brasília e com a BR-135 e Rio-Bahia e BR-259, dando acesso de Curvelo a Diamantina e Serro, duas importantes cidades históricas mineiras. (na foto abaixo de Giselle Oliveira, a Basílica de São Geraldo)
          Curvelo faz divisas com os municípios de Cordisburgo, Corinto, Felixlândia, Morro do Garça, Papagaios, Paraopeba, Pompéu, Presidente Juscelino, Santana do Pirapama e Santo Hipólito. Tendo sido "Cidade Mãe", que deu origem a diversos municípios da Região Central, anteriormente distritos de Curvelo como Morro da Garça, Inimutaba, Presidente Juscelino e Santana de Pirapama, dentre outros. 
          Segundo o IBGE, em 2012, Curvelo contava com 80.665 habitantes. A cidade é uma das mais bem colocadas no ranking das cidades pequenas do Brasil com melhor desenvolvimento econômico, estando em 14º. (fotografia acima de Sérgio Mourão)
          Fundada em 16 de março de 1720 e emancipada em 13 de outubro de 1831, com o nome de Santo Antônio da Estrada, teve seu nome mudado para Curvelo graças a um de seu mais ilustre morador, o padre Antônio de Ávila Curvelo. 
Hoje, a cidade tem no turismo um dos grandes fomentos de sua economia, por sua arquitetura e o turismo religioso. 
          O solo curvelano guarda reservas minerais de Ardósia, Calcário, Zinco, Cristais e Quartzo. Sua economia é baseada em pequenos comércios e indústrias e principalmente na agropecuária. (fotografia acima de WDiniz)
          Curvelo é uma das cidades mais arborizadas de Minas, com belas praças, jardins, além de sua vegetação ser típica de Cerrado a culinária com os frutos do Cerrado, como o Pequi, araticum, cagaita, bacupari, jatobá, mangaba, etc, estão presente licores, doces, compotas, geleias, em pratos doces e também em garrafadas com folhas e raízes de plantas medicinais do Cerrado. 
          A presença de frutos típicos do cerrado se faz notar na culinária, onde encontra-se com facilidade nas feiras e restaurantes da cidade pratos, doces e salgados, como arroz com pequi, licores, galinhada com pequi, geleia, etc,  feitos com pequi, cagaita, jatobá, araticum , mangaba, etc, além de garrafadas com chás de folhas e raízes dos frutos medicinais do Cerrado.(na foto acima, jatobá e cagaita fotografada por Arnaldo Silva)
         O grande destaque de Curvelo é sua religiosidade é a fé em São Geraldo, quando a cidade recebe uma média de 100 mil romeiros vindos de todo o Brasil para participarem da Oitiva, a Festa de São Geraldo que acontece entre 31 de agosto, se estendendo até 8 de setembro, na única basílica exclusivamente dedicada do santo italiano existente no mundo (na foto acima de de Giselle Oliveira, o interior da Basílica), construído em 1906 por missionários redentoristas holandeses.
          Outro destaque na cidade é o Forró de Curvelo, evento que acontece em julho de cada no que atrai multidões vindas de todo o Brasil para a cidade para acompanhar a festa, que acontece em praça pública, com muita barraquinha, comidas típicas e shows com artistas famosos. Nessa época, a população da cidade de mais de 80 mil habitantes, chega a dobrar. 
          A bela arquitetura da cidade e o charme do casario colonial de Tomaz Gonzaga, seu distrito, a Lapa do Mosquito,  umas das várias grutas da região exploradas pelo dinamarquês Peter Wilhelm Lund,  Curvelo tem ainda como atrativos o Centro Cultural de Curvelo, funcionando no prédio da antiga estação ferroviária; a Matriz de Santo Antônio, do século XIX, com seu alta-mor entalhada pelo escultor Chico Entalhador (na foto acima de Wellington Diniz), O Parque de Exposição Ernesto Salto, palco da tradicional Exposição Agropecuária e Industrial de Curvelo; a Praça Voluntários da Pátria (Praça da Basílica); a Praça Central do Brasil; Praça Benedito Valadares; a Praça Tiradentes; a Feira do Bairro Bela Vista; o Estádio Salvo Filho; o Clube Recreativo Curvelano (Sede Campestre) e a Feira da Estação. 

domingo, 5 de março de 2017

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte III

(Por Arnaldo Silva) 1.816, 853 municípios, centenas de vilas e vilarejos. Essa é Minas Gerais. As cidades são as mais vistas e divulgadas mas Minas tem cada distrito lindos, pitorescos e acolhedores, de encantar que mais parecem presépios. Na série de 8 reportagens sobre distritos mineiros, essa é a terceira. Cada parte tem 10 distritos. Veja, os 10 distritos mineiros que mostramos nessa parte da série. Com certeza te encantarão pela simplicidade e beleza.
01 - Campina
          Esse pitoresco lugar da foto acima do Jerez Costa, é  Campina, distrito de Aiuruoca MG, no Sul de Minas. É uma típica e charmosa vila mineira e ainda com a tradicional vendinha de vila, como antigamente. 
          Lugar calmo, pacato, casario colonial colorido, igreja, vendinha e boteco típicos do interior mineiro, pracinha bem cuida e ruas em bloquetes de concreto e bem limpas, além de seu povo ser acolhedor e muito hospitaleiro. (fotos acima do Jerez Costa)
          Campina é é um dos locais mais agradáveis da região da Mantiqueira de Minas e seus moradores recebem bem os visitantes.
 02 - São João Batista da Canastra
          São João Batista da Canastra ou simplesmente Arraial da Canastra (na foto acima do Felipe Brazão/@fbimagensaerea), está a 50 km de sua sede, São Roque de Minas, na Serra da Canastra. Possui aproximadamente 150 habitantes, algumas ruas, uma igreja, um pequeno comércio, pousadas, restaurante e um povo tranquilo, acolhedor e hospitaleiro. distrito está próximo a uma das portarias do Parque Nacional da Serra da Canastra, além ser rodeado pelas belezas da Serra da Canastra como a Cachoeira do Jota e Cachoeira do Lava Pés, além de estar próxima da Cachoeira da Parida e a do Fundão, duas das mais belas cachoeiras da região. Por isso é um dos lugares preferidos por ciclistas, jeepeiros, motoclistas e trilheiros.
03 – Garças de Minas 
          Pertence a Iguatama, na Região Oeste de Minas. O povoado surgiu com a chegada da linha férrea na região, em 1916 com a construção de casas para os funcionários da Rede Ferroviária, bem como para outros moradores que foram surgindo, atraídos pelo desenvolvimento que a chegada do trem trazia para a localidade. (foto acima de Aender Mendes)
          Com o passar do tempo e crescimento, Garças de Minas, cresceu e acabou virando distrito. Hoje circula no distrito apenas os trens de carga, sobre a responsabilidade da Ferrovia Centro Atlântica. O trem de passageiros se foi, ficou a história, seu bucólico casario e o prédio da antiga estação, tombado como patrimônio histórico do município.
04 – Piacatuba
          Piacatuba é um distrito de Leopoldina na Zona da Mata. Sua origem é do século XIX e guarda relíquias arquitetônicas do período Colonial e tradições religiosas, como a fé em Nossa Senhora da Piedade e relíquias como a Torre Queimada. É no distrito que se realiza um dos mais importantes eventos musicais do Brasil, o Festival da Viola e Gastronomia, sempre no mês de julho de cada ano. Tem ainda como atrativo o lago da Usina Hidrelétrica Maurício construída entre 1906 e 1908. (fotografia acima de Robson Gondim/@robsongondim)
05 – São Bartolomeu
          Uma pitoresca  joia barroca do século 18, rodeada por montanhas e paisagens deslumbrantes, com ruas calmas, exalando o doce sabor das goiabadas, tilintando nos tachos de cobre nas cozinhas da Vila histórica. Esta é São Bartolomeu, surgida nos primeiros anos do século XVII, antes mesmo de Ouro Preto, na qual São Bartolomeu é distrito. Na joia barroca se destaca seu casario colonial bem preservado, a Igreja Matriz de São Bartolomeu e a de Nossa Senhora das Mercês, além da Festa da Goiabada, evento gastronômico que atrai milhares de pessoas durante os dias de festas entre abril e maio. (foto acima de Thelmo Lins)
06 – Ravena
          Ravena (na foto acima de Sérgio Mourão) é um dos mais antigos distritos de Sabará MG, cidade histórica mineira a 20 km da Capital. Sua arquitetura é colonial e barroca, em destaque para  Matriz de Nossa Senhora da Assunção, do século XVIII. A economia no distrito gira em torno de pequenos comércios, do artesanato, da torrefação de café e beneficiamento de leite. 
07 – Sarandira
          Sarandira (foto acima de autoria de Márcia Valle) é um distrito do município de Juiz de Fora na Zona da Mata Mineira, rodeado por belas paisagens, cachoeiras e matas. A charmosa vila é tranquila, sou povo educado e hospitaleiro. Sua origem é do final do século XIX, guardando ainda traços do período colonial com um belo casario, uma bela praça, um coreto e sua igreja, Nossa Senhora do Livramento, como destaque, além de fazendas vistas pelas estradas do distrito.
08 – Piedade do Paraopeba
          Piedade do Paraopeba (foto acima de autoria do Barbosa) é um distrito de Brumadinho. Distando cerca de 55 quilômetros da capital, o acesso é pela BR - 040. É um dos mais antigos povoados de Minas Gerais, com origem no final do século XVII, com a chegada de bandeirantes à região por volta de 1674, dando origem a formação de um arraial tipicamente mineiro. Seu marco principal é a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, erguida nos primeiros anos do século XVIII, em estilo Barroco e talhas interiores em Rococó. A imagem de Nossa Senhora da Piedade, no altar-mor da igreja, veio de Portugal em 1731. É um dos mais belos e imponentes templos do século XVIII.
09 – Morro do Ferro
          Morro do Ferro é distrito da cidade de Oliveira, na Região Oeste de Minas. Entre o distrito e a sede, são 35 km de distância. A vila é atraente, charmosa, pacata, seu povo acolhedor e bem tranquilo. A pitoresca vila tem cerca de 1.200 moradores, que vivem das atividades agropecuárias, produção de queijos e quitandas artesanais e, pequeno comércio. 
          Em Morro do Ferro a vida é tranquila, o casario em estilo colonial é um charme e em suas ruas, a tranquilidade e o sossego, lugar de ótima qualidade de vida  e que preserva suas tradições culturais, religiosas e folclóricas, em destaque para a Festa de São João Batista, padroeiro do distrito, uma das melhores da região. (fotografia acima de Saulo Guglielmelli)
10 - Altamira
          Altamira (foto acima do Barbosa) é distrito da cidade de Nova União, distante 55 km de Belo Horizonte, se destaca em sua economia pequenos comércios e na agricultura, por ser um dos grandes produtores de bananas na região. É um lugar bem tranquilo, pitoresco e muito aconchegante. Sua gente é bem simples e um povo amável e hospitaleiro. Um lugar bonito, rodeado por serras, campos e cachoeiras como a Cachoeira Alta com 140 metros de queda. Próximo a essa cachoeira, tem o Poço dos Presidentes, um local de água limpa e bem cristalina muito procurada para banhos. 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte II

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais possui 1.816 distritos, sendo 853 municípios e centenas de povoados, vilas e subdistritos. Cada um mais charmoso, pitoresco e acolhedor que outro. Para mostrar um pouco da beleza de nossos distritos interioranos. preparamos uma série de 8 reportagens com 10 distritos mineiros em cada. Essa é a segunda parte, das 8 partes com distritos que com certeza, te encantarão demais. Veja então os 10 pitorescos distritos da segunda parte da série de distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais. 
01 - Martins Guimarães
 
          Martins Guimarães é distrito de Lagoa da Prata, no Centro Oeste de Minas, distante 200 km de Belo Horizonte. O povoado foi formado com o surgimento da Rede Ferroviária no início do século XX para trens de passageiros e de carga. A estação e posteriormente o povoado, recebeu o nome de engenheiro de origem holandesa, Martins Guimarães, nome que ele próprio adotou devido seu nome ser difícil de pronunciar na época. Martins Guimarães foi ex diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil. (foto acima de Arnaldo Silva e abaixo de Thelmo Lins)
          Seu casario é pitoresco, em estilo colonial e recentemente, a comunidade decidiu reformar todo o casario da vila, que hoje lembra mais um presépio de tão linda que é. Além do casario, da linha férrea com os trens de carga que cortam a vila, da antiga Estação Ferroviária. (foto acima de Thelmo Lins, a Praça Central do distrito e abaixo de Arnaldo Silva, o casario da vila)
          Em Martins Guimarães há ainda uma indústria de cosméticos, pousada, restaurante e paisagens maravilhosas, principalmente às margens do Rio Jacaré. O lugar é de um sossego e de uma paz incrível e seus quase 400 moradores são amigáveis, gentis e muito hospitaleiros.
02 – Maringá de Minas
         Maringá de Minas é distrito de Bocaina de Minas, no Sul do Estado, na divisa com o Rio de Janeiro (foto acima do Fabrício Cândido). A pequena vila, com traços italianos em sua arquitetura, é separada por uma ponte sobre o Rio Preto, da Maringá do Rio, distrito de Visconde de Mauá. 
          Maringá de Minas é uma vila sofisticada e ao mesmo tempo simples, pacata, romântica, lugar ideal para saborear uma deliciosa comida mineira e também, italiana. 
          Rica em artesanato, as lojas oferecem uma infinidade de produtos feitos pelos artesãos locais, bem como é famosa a produção de chocolates quentes. 
          Para os românticos, nas frias noites de inverno, vinhos finos e especiais, podem ser encontrados nos bares e pousadas da Vila, aquecido pelo fogo das lareiras ou aconchego dos charmosos quartos das várias pousadas encontradas em Maringá de Minas.
03 – Morro Vermelho
       Morro Vermelho é distrito de Caeté MG, cidade histórica mineira, distante 55 km de Belo Horizonte. (Foto acima do Jad Vilela). O distrito é rico em belezas naturais, bem como história. Foi em Morro Vermelho que aconteceu a primeira guerra civil do país, a Guerra dos Emboabas. Seus moradores conhecem bem a história do lugar, através da tradição oral, passada de gerações para gerações.
          São histórias, tradições, hábitos peculiares, religiosas, folclóricas, bem como as receitas de nossa culinária, passadas por gerações como o queijãozinho caseiro, doces diversos e o artesanato, em especial a arte de bordar, o principal produto do artesanato local. São tradições preservadas e valorizadas pelos pouco mais de mil moradores do distrito.
04 – Curimataí
          Entre a Serra de Minas e a Serra do Cabral, está Curimataí (foto acima de Marcelo Santos) é um distrito do município de Buenópolis MG, na Região Central de Minas. O nome é indígena, que traduzindo significa "rio dos curumatãs" um peixe de escamas e carne saborosa encontrado na região. 
          São cerca de 2 mil moradores que vivem no charmoso, atraente e pacato distrito. Sua origem é antiga, foi fundado em 14 de julho de 1832 e ainda guarda relíquias e história desse tempo, além de suas belezas naturais, do Rio Curimataí, um dos maiores afluentes do Rio das Velhas, várias cachoeiras e águas termais. 
          Por Curimataí tem acesso a uma das portarias do Parque Nacional das Sempre Vivas
05 – São Gonçalo do Rio das Pedras
          São Gonçalo do Rio das Pedras é um dos mais belos distritos de Serro, no Vale do Jequitinhonha, rodeado por belas paisagens, cachoeiras e beleza da Serra do Espinhaço. Lugar paradisíaco, com um casario colonial preservadíssimo. É tão pitoresco e tranquilo que lembra um presépio. O acesso é por estradas de terra, com várias opções de hospedagem na região, além de charmosos botecos. (na foto acima de Guido Berkholz)
06 – Jacarandira
          Jacarandira é um pacato, charmoso, aconchegante e atraente distrito de Resende Costa MG. O distrito tem sua origem no início do século XX e está localizado entre a Serra da Galga e a Serra do Segredo, a 40 km da sede. (acima, na foto de Saulo Guglielmelli)
          Tem como tradição e atrativos principais as festas dos Três Santos (Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rosário e o padroeiro São Sebastião) e a Festa da Colheita do Milho, com desfiles de carros de bois e os frutos da terra colhidos pelas ruas da vila, além de outras atrações. 
          Essas duas festas atraem visitantes de toda a região. Além disso, em Jacarandira tem ainda  como atrativos a Banda Lira São Sebastião, a Cachoeira de Jacarandira, a Fazenda Salva Terra, a Igrejas de São Sebastião e a Capela de Nossa Senhora do Rosário.
07 – Santo Hilário
          Situada às margens do lago de Furnas, Santo Hilário é distrito de Pimenta, cidade turística. A beleza de suas paisagens, realçada pelas águas do Lago de Furnas, faz do distrito um ponto turístico obrigatório para quem visita a região. O acesso é feito por uma ponte, que é um dos cartões postais do Oeste Mineiro. (fotografia acima de Pedro Beraldo)
08 – Pocinhos do Rio Verde
          Pocinhos do Rio Verde pertence a cidade de Caldas, no Sul de Minas. A economia é voltada para a agropecuária e para o turismo, já que em Pocinhos encontra fontes de águas minerais medicinais Rio Verde, São José e Samaritana, muito procuradas para quem busca cura para várias enfermidades como por exemplo, digestivas. (foto acima de Rogério Santos Pereira)
          Estão concentradas num charmoso balneário, construído na década de 1940 e conta ainda com o Grande Hotel de Pocinho, um dos mais antigos em funcionamento na região, tendo construído no final do século XIX. 
          É requintado, arquitetura atraente, luxuoso, muito confortável e com infraestrutura necessária para o conforto dos visitantes. No bucólico distrito, outro destaque é a produção de doces caseiros e quitandas diversas e suas belas e montanhosas paisagens, com muitas cachoeiras em seu redor.
09 - Ipaneminha
          Ipaneminha é um pacato distrito de Ipatinga, no Vale do Aço, uma das maiores e mais ricas cidades industrias de Minas Gerais  (foto acima de Elvira Nascimento) A charmosa vila conta com cerca de 800 moradores que vivem de pequenos comércios de produtos artesanais e atividades agropecuárias. 
          O local foi parada de tropeiros no começo do século XX, se desenvolvendo a partir dessa época. Tem como destaque a Igreja de Vicente, construída em madeira em 1959, em estilo colonial, tendo sido tombada como patrimônio cultural de Ipatinga em 1996.
          Na charmosa Vila, acontece a Festa do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, onde os membros dos cortes realizam a Dança das fitas, uma dança folclórica portuguesa e espanhola, introduzida no país pelos portugueses e acrescentadas às festas de Nossa Senhora do Rosário e Folia de Reis durante os tempos do Brasil Colônia. Consiste numa dança dos cortes em forma de ciranda, com um pau ou um cruzeiro de madeira fincado no chão, com fitas coloridas presas à ponta. Cada folião segura uma das fitas, e andam em círculos, entoando cânticos religiosos. As fitas vão sendo trançadas e na medida que vão encurtando, faz-se o movimento em contrário e assim por várias vezes.
10 - Angustura
          Angustura é o único distrito de Além Paraíba, na Zona da Mata. Está localizado no km 800 da Rio-Bahia (BR-116), a 380 km de Belo Horizonte. É terra natal de Nelson Hungria, renomado jurista com reconhecimento nacional e internacional
          Tem origem no final do século XVIII, na época que tropeiros cortavam o sertão mineiro, formando pequenos ranchos de paradas. Um desses ranchos tropeiros deu origem, em 1827, a um pequeno arraial com o nome de Madre de Dios do Rio Angu. Esse arraial é hoje, Angustura. (vista aérea de Angustura. Fotografia de autoria de Ramakrishna Rezende)
          No século XIX, Angustura cresceu durante o Ciclo do Café, graças à qualidade de suas terras, ideais para o plantio de café e outros grãos. Com isso, foram surgindo fazendas com imensos cafezais e casarões imponentes, gerando crescimento e prosperidade na vila.
Por que o nome?
          Angostura é um nome de um forte militar no Paraguai. O Forte de Angostura, localizado à margem direito do rio Piquissinri, afluente do rio Paraguai, próximo a Assunção, capital do Paraguai.
Era uma das várias fortificações construídas no Paraguai no século XIX, para defender a Assunção, durante a Guerra do Paraguai, (1865-1870). Essa guerra foi o maior conflito armado ocorrido na América do Sul, com a união entre Argentina, Uruguai e Império do Brasil, chamada de Tríplice Aliança, contra um único país, o Paraguai.
          Nesse período de guerra, o distrito de Madre de Dios do Rio Angu era subordinado a Leopoldina MG. 29 combatentes do distrito, entre homens livres e escravos em troca de alforria, se juntaram ao Exército Brasileiro travando combates com as tropas paraguaias, no Forte Angostura. Em dezembro de 1868, os paraguaios entrincheirados no Forte de Angustura se renderam. Esse fato passou a ser chamado de “A rendição de Angostura” e também de “Dezembrada”.
          Em homenagem à rendição e aos 29 combatentes do distrito de Madre de Dios do Rio Angu, reconhecidos como heróis, a partir de 1870, o nome do distrito foi alterado para Angustura, que é pronuncia de Angostura em português. Angustura significa uma passagem estreita entre ribanceiras e desfiladeiros.
Angustura hoje
          A agricultura de Angustura hoje é bastante diversificada com produção de café, grãos diversos, criação de gado de leite e a agricultura familiar.
          Uma vila colonial, com casas e casarões imponentes, típicos dos áureos tempos Ciclo do Café, bem preservados e charmosos. Seu povo é simples, bem acolhedor e hospitaleiro.
          A pacata e tranquila vila conta com uma boa estrutura para atender seus moradores.
          Um lugar de belas e montanhosas paisagens com matas nativas e nascentes e uma rica flora e fauna nativa. (na imagem acima fornecida pela Maressa Lamim, paisagem de Angustura)
          A matriz de Madre de Deus é a história viva das origens de Angustura. A vida social de seus moradores e a história do próprio distrito, sempre foi em torno da igreja, da praça e dos casarões coloniais em seu entorno. A igreja inaugurada ainda inacabada em 1876, no final da segunda metade do século XIX. Ao longo do século XIX, foi ampliada.

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