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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Pedra Azul: a princesinha do sertão

(Por Arnaldo Silva) A histórica cidade de Pedra Azul, conta atualmente com cerca de 25 mil habitantes. É uma das mais importantes cidades do Vale do Jequitinhonha e de Minas Gerais, por sua história, cultura, tradição e arquitetura. Faz limites com os municípios de Medina, Almenara, Jequitinhonha, Divisa Alegre, Águas Vermelhas, Cachoeira do Pajeú e Divisópolis. Está a 720 km distante de Belo Horizonte.
          Conhecida como a Princesinha do Sertão, Pedra Azul teve sua origem no século XIX, com a criação de um pequeno povoado, denominado Fortaleza. Em 1911 foi elevado à vila, pertencente a Salinas, sendo emancipada em 1925, com o nome de Fortaleza. Por existir uma lei à época que proibia cidades com nomes idênticos, Fortaleza, a capital do Ceará, teve que mudar. Foi Nelson de Faria, imortal da Academia Mineira de Letras sugeriu o nome Pedra Azul. (na foto acima de Leôncio Lima/@oruamamil, com imagem editada por Andrea Lima/@andrealima_fotografa)
          Na década de 1920, águas-marinhas começaram a ser encontradas no município. As pedras preciosas tinham a cor azul. Por isso a sugestão, Pedra Azul, sendo aprovado o nome pela população em plebiscito em 1943, quando Fortaleza, passou a se chamar oficialmente Pedra Azul. (na foto acima de Thelmo Lins, vista parcial da cidade)
          O patrimônio histórico de Pedra Azul é valioso e diferente das demais cidades históricas mineiras, de arquitetura colonial e barroca. A arquitetura de Pedra Azul foi formada no início do século XX, caracterizada como eclética. (na foto acima e abaixo do Thelmo Lins, percebe-se os casarões coloniais e sobrados em estilo eclético de Pedra Azul)
          A expressão eclética é referente ao estilo adotado pelos arquitetos do fim do século XIX para o início do século XX. Seria a mistura de traços arquitetônicos do passado com estilos modernos, do século 20. Essa mistura de estilos deu a Pedra Azul, casarões com arquitetura magnífica, que chama a atenção pela riqueza nos detalhes.
          A cultura pedra-azulense vai além dos traços arquitetônicos do século 20. Andando pela cidade, podemos ver o requinte dos casarões e seus mobiliários de época bem preservados, bem como casinhas mais simples, quase todas com fogão a lenha. (na foto acima da Andréa Lima, vista noturna da cidade, com destaque em tom verde para a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e abaixo, paisagem rural da cidade, de autoria de André Lima)
          Logo pela manhã, é possível ver a fumaça dos fogões saindo pelas chaminés. Tem café, tem broa, tem biscoito, tem a comida mineira e outras típicas do Vale do Jequitinhonha, saindo dos fogões. 
          Em termos de culinária, a gastronomia de Pedra Azul é tão rica quanto seu patrimônio histórico. O mel, o requeijão, a manteiga caipira, o óleo de pequi, as farinhas de mandioca, beiju, tapioca, o biscoito espremido, o mingau de milho, doces de frutas, pimentas e outros produtos são famosos na região. Destaque também para a produção de cachaça, considerada uma das melhores do Brasil e para o Queijo Cabacinha.
          O Queijo Cabacinha tem sua origem no Vale do Jequitinhonha. Produzido na região desde o século XVIII, é a maior expressão gastronômica de Pedra Azul e uma das identidades do Jequitinhonha. Embora seja um queijo genuinamente mineiro, o Cabacinha tem origem no Caccio Cavalo italiano, um queijo de massa filada, com consistência bem firme e sabor que lembra o provolone. 
          Seu nome tem origem na forma de sua cura, quando são amarrados com barbantes e pendurados em pares, dando a impressão de estarem sobre uma cela de um cavalo.
           Em Minas Gerais, o estilo do queijo foi adaptado ao nosso clima, tradição e feito de modo totalmente artesanal, com leite cru, de vaca mas com a diferença que em Minas, o formato do queijo lembra uma cabacinha e não a sela de um cavalo. (fotografia acima de Andrea Lima/@andrealima_fotografa)
          Depois que o queijo passa pelo processo artesanal de produção, desde a ordenha, ao preparo da massa, que é moldada a mão, em forma de cabaça. Em seguida, vai para a salmora. Por fim, é amarrado com barbante e pendurado em grades.
          Com o passar das horas, vai adquirindo firmeza e ficando no formato, que lembra uma cabaça. Por isso o nome, Cabacinha. (na foto acima de Sila Moura)
          Segundo a Emater, em Pedra Azul são mais de 150 produtores do Queijo Cabacinha. Além de Pedra Azul, as cidades de Medina, Cachoeira do Pageú, Comercinho e Itaobim, formam uma região queijeira, produtora do queijo Cabacinha, reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima), através da Portaria de número 1403, de 10 de maio de 2014. Além dessas cidades, reconhecidas pelo Ima como produtoras deste tipo de queijo mineiro, outras tantas cidades na região e Norte de Minas, também produzem o Queijo Cabacinha.
 
          
O povo de Pedra Azul é bem simples e humilde, com as características cativantes de todo povo mineiro. Orgulham-se de sua cidade, de serem do Vale e de suas manifestações culturais, entre elas o Boi de Janeiro ou Maria Tereza (na foto acima de Thelmo Lins), manifestação cultural que acontece nos primeiros dias de janeiro.
          Nesse festejo, os moradores montam uma enorme boneca chamada de Maria Tereza e um enorme boi e saem pelas ruas da cidade cantando e tocando músicas regionais, com tambores e flautas. O povo segue o boi e a Maria Tereza até a Praça do Vandaral. É um dos mais importantes espetáculos da cultura popular mineira.(na foto abaixo de Thelmo Lins) e a Maria Tereza até a Praça do Vandaral. É um dos mais importantes espetáculos da cultura popular mineira.
          Em junho o destaque na cidade são os festejos juninos. Uma tradição fortíssima, não só em Pedra Azul, mas em todo o Vale do Jequitinhonha.
          Todos os anos acontece na região o Festivale, cada ano em uma cidade diferente, com apresentações de grupos folclóricos, feira de artesanato, festivais de música e shows com artistas locais. O talento do povo do Vale é revelado durante o Festivale.
          Pedra Azul, como todo o Vale do Jequitinhonha, se destaca na arte. Artesãos, artistas plásticos, filhos ilustres e grandes artistas como Murilo Antunes, Saulo Laranjeiras e Paulinho Pedra Azul, se destacam no cenário nacional.
          Acontece ainda na cidade eventos esportivos como corrida de Mountaim Bike e eventos agropecuários no Parque de Exposições Getúlio Vargas.
          Em termos de turismo, o município é um dos destaques em Minas Gerais, não apenas pelo seu conjunto arquitetônico, tombado em sua totalidade, mas pelas espetaculares formações rochosas (na foto acima de Thelmo Lins) como a Pedra Cabeça Torta, mesmo distante 10 km da cidade, pode ser vista já que é o ponto mais alto do município.
          A Pedra da Conceição oferece uma ampla vista do entorno. Uma escadaria com 523 degraus foi construída para facilitar a subida até o topo (foto acima de Thelmo Lins). A Pedra da Montanha é outro atrativo, já que permite uma ampla vista da cidade e até de outras em redor. Tem ainda as, Pedra da Rocinha e Toca dos Caboclos com acesso mais fácil e com o privilégio de poder apreciar pinturas rupestres.
          Pedra Azul de espera para uma visita. Venha conhecer!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

As cidades da Região Noroeste de Minas

(Por Arnaldo Silva) A Região Noroeste de Minas Gerais começou a ser povoada no final do século XVII, com a chegada de bandeirantes e fazendeiros à região. Hoje é formada por 19 municípios, sendo a região menos populosa do Estado, mas com grande extensão territorial, ocupando uma área de 62.381 km². 
          É uma região desenvolvida, com grande presença industrial e grande número de atrativos naturais e arquitetônicos, além de ser uma das principais regiões agrícolas do país, se destacando na produção de mandioca, milho, gado e feijão, sendo o município de Unaí, o maior produtor de feijão do Brasil. A região começou a ser povoado no final do século XVII.
Paracatu
          A região conta com belíssimas paisagens, com córregos e rios afluentes do Rio São Francisco, como os rios Paracatu, Urucuia e Pardo, além de impressionantes cachoeiras e cidades charmosas e atraentes, como Paracatu, distante 200 km de Brasília e 483 km de Belo Horizonte, com cerca de 95 mil habitantes. A cidade surgiu no início do século XVIII com a formação de um povoado, elevado a freguesia e a Vila em 20 de outubro de 1798, data em que o município comemora sua fundação oficial. (foto acima de Marcos Pieroni o centro da cidade)
           É uma cidade histórica, que guarda relíquias arquitetônicas dos tempos do Brasil Colônia, presentes em suas igrejas, casarões, chafarizes e em sua história, ao longo dos séculos de sua fundação, com seu Centro Histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Hoje a cidade é uma mistura da arquitetura antiga, com a moderna e com valorização e preservação de suas origens, arquitetônicas, culturais, gastronômicas e religiosas com grande fluxo de turistas que visitam a cidade, principalmente nos períodos de festas tradicionais como Carnaval; a Encenação da Semana Santa; a Hallel; a Feira da Cachaça; a ExpoParacatu; as comemoração do Aniversário da cidade e as festas de fim de ano. 
          Paracatu é uma cidade desenvolvida, polo educacional, sediando uma das unidades do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, do SENAI, tendo ainda um ótimo nível educacional no ensino fundamental e médio. (na foto acima do Vicente Oliveira, um dos imponentes casarões coloniais da cidade)
          A cidade se destaca também na agropecuária, além de contar com várias universidades, uma ótima rede hoteleira, bons restaurantes, bares, pizzarias agradáveis, uma variada rede de prestação de serviços e comércio variado. (foto abaixo do Thelmo Lins, o antigo chafariz, um dos mais importantes pontos turístico de Paracatu)
          O município tem ainda a agricultura, bastante forte no município e a pecuária leiteira e de corte, com alguns produtores comercializando e produzindo selas, botinas e calçados feitos com couro. Outros produtores se dedicam a fabricação de doces de leite e de frutas, na produção de cachaças, além da cidade ter um rico artesanato, como os bordados e o artesanato em pedras preciosas. Outro segmento importante em Paracatu é a mineração, estando instalada na cidade a Gold Corporation, empresa canadense que explora ouro no município.
Unaí 
          Um dos destaques da região é a cidade de Unaí, grande produtora de grãos, principalmente feijão, está distante 590 km de Belo Horizonte e tem cerca de 85 mil habitantes. (Na foto acima de Raul Moura) 
          A cidade possui um prestação de serviços e comércio variados, pequenas e médias indústrias, além de ser um dos maiores produtores de grãos do Brasil, se destacando a produção de soja, arroz, sorgo, trigo, milho e feijão, contando ainda com produção de hortaliças, frutas e várias granjas, além da pecuária leiteira e de corte.
          Unaí conta com uma ótima estrutura urbana, com bons hotéis, pousadas, restaurantes, ótimos bares, choperias, pizzarias, realizando ainda eventos sociais e religiosos durante o ano. Na área rural, o destaque é para o turismo ecológico, possuindo vários atrativos naturais, como as cachoeiras do Rosário, do Zico Esteves, do Bebedouro, de São Miguel, da Jiboia, na divisa de Uruana de Minas (na foto acima do Gilberto Valadares), além das grutas do Curral, do Gentio, do Bart Cave, da Moeda, do Tamboril, da Ritinha, do Mamoeira, além das lapas do Sapezal, da Foice, da Pedra do Canto e Trilha do Zé Pauzinho. São lugares ótimos para contato com a natureza e prática de esportes radicais.  
Presidente Olegário
          Outro destaque no Noroeste Mineiro é a bela cidade de Presidente Olegário (na foto acima do Sérgio Mourão), distante a 433 km de Belo Horizonte. O município tem aproximadamente 22 mil habitantes, tendo ainda os distritos de Galena, Santiago de Minas e Ponte Firme, além de um povo bom e hospitaleiro, conta com um comércio variado, bons restaurantes com comidas típicas da região, artesanato local e produção artesanal de doces e queijos.
          As festas religiosas estão presentes na tradição da cidade como a Folia de Reis, a Festa de São Sebastião e de Nossa Senhora da Abadia, que acontece no povoado de Andréquicé.  Seu relevo é formado por imensos chapadões, encontrando-se em seu território, centenas de cavernas calcárias e também ocorrência de arenito. Na agricultura, Presidente Olegário, se destaca na agropecuária e principalmente na produção de grãos, sendo uma das maiores produtoras de grãos do Brasil. 
Buritis 
           O Noroeste de de Minas presenteia o Estado com uma das mais belas cidades mineiras, que conta com várias cachoeiras simplesmente impactantes, além da beleza do Rio Urucuia, de suas veredas e chapadões. Essa cidade é Buritis, cujo nome é ligado ao coco buritis (foto acima de Paulo Ryan/enviada por Gilberto Valadares) cidade com cerca de 25 mil moradores, conhecida como a "cidade das belas paisagens".
          Buritis é uma cidade charmosa e muito atraente, tendo como destaque, as cachoeiras da Barriguda, dos Mangues, do Confins, do Passa Três, do Retiro, além, do Rio Urucuia e várias trilhas pelo município. (na foto abaixo do Gilberto Valadares, a veredinha e o buriti, que deu nome à cidade)
          Em sua área urbana, se destaca a Praça Dom Elizeu, com um centenário pé de Jatobá, a Igreja de Nossa Senhora da Pena com destaque para as folias de Reis, a Festa do Carro de Boi e a Festa de Setembro, que acontece todos os anos na cidade, desde 1805, em dedicação à Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade.
Dom Bosco
          Distante 543 km de Belo Horizonte e com pouco mais de 4 mil habitantes, está acidade de Dom Bosco (na foto acima do Maurício Soares). A cidade é charmosa, aconchegante e pacata, com um povo muito hospitaleiro e bem jovem. Foi fundada em 21 de dezembro de 1995.
Arinos
          Arinos é outro município de destaque na região e em Minas Gerais. Distante 727 km de Belo Horizonte, o município conta com cerca de 20 mil habitantes. Seu nome tem origem no maior expoente da influente família Melo Franco, o jornalista, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras e jurista brasileiro, Afonso Arinos de Melo Franco (Paracatu, 1º de maio de 1868 - Barcelona - 19 de fevereiro de 1916), tendo adotado o nome de Arinos, em sua homenagem, quando de sua criação em 1º de março de 1963. (fotografia acima de Thelmo Lins do Parque Nacional Grande Sertão Veredas)
          Destaca no município o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, preservando a mais brasileira das palmeiras, os buritis, descrita no livro o Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Além do Parque, em Arinos encontra-se várias cachoeiras, como Boi Preto, da Ilha do Rio Claro, do São Miguel e do Bebedouro. Além da Cachoeira da Jiboia, na vizinha Uruana de Minas.
          A culinária da cidade é um destaque à parte pela riqueza e cores e sabores do cerrado mineiro, além dos pratos típicos da cozinha mineira. 
          São vários pratos que aguçam o apetite, como  a carne de sol, pão de queijo, quiabo com angu, paçoca, feijão tropeiro, beiju, rapadura, panelada, picado de arroz, dourado assado, pratos com o surubim, peixe muito comum nos rios da região e claro, as deliciosas frutas do Cerrado mineiro como como tamarindo, umbu, pinha, o araticum, coquinho, cagaita, maxixe, buriti, jenipapo, banana-caturra, dentre outras frutas, utilizados na fabricação artesanal de sucos, licores e doces. 
         Isso sem contar os pratos feitos com o ouro do Cerrado, o pequi, que origina pratos diversos como o arroz com pequi, a farofa, pequi com carne de sol, com mandioca ou mesmo cozido com sal ou açúcar, além de sucos e licores que são feitos com o fruto.
João Pinheiro 
          Outra cidade de destaque no Noroeste de Minas é João Pinheiro, (na foto acima de Duva Brunelli, a Matriz de Santana) a 380 km de Belo Horizonte. Com cerca de 50 mil habitantes, o município surgiu no século XIX, com a formação de um pequeno arraial, mais tarde elevado a freguesia e a vila, tendo sido fundado em agosto de 1911, sendo instalado em 10 de setembro, data do aniversário da cidade. 
          É atualmente o maior município em extensão territorial de Minas Gerais, com área total de 10.716,960 km². Sua sua economia se baseia na prestação de serviços, comércio variado, indústrias de confecção, atividades agroflorestal e sucroalcooleiro, além de ser destaque no agronegócio na região. 
          Em João Pinheiro, um atraente e charmoso casario, em estilo colonial, eclético e contemporâneo, chama a atenção pelo zelo de seus moradores. Durante o ano, a cidade promove eventos que atraem visitantes à cidade, como seu carnaval, Festa do Peão de Boiadeiro, em abril, a festa de Nossa Senhora de Sant´Ana, padroeira da cidade, realizada em 26 de julho, a festa de comemoração do aniversário da cidade em setembro, além dos tradicionais festejos de fim de ano.
Vazante 
          Vazante é outra charmosa cidade do Noroeste Mineiro. Foi fundada em 12 de dezembro de 1953. Está a 520 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 21 mil moradores. Seu nome tem origem nas cheias dos rios da região, que transbordavam. (foto acima e abaixo de Marcos Pieroni)
          Um dos grandes destaques na economia do município é a extração mineral de zinco e ainda de calcário, já que é no município que está uma maiores reservas de calcário da região. Além da mineração, na cidade existe pequenas indústrias de confecção de roupas, granjas, beneficiamento de calcário, produção de carvão vegetal, produção de queijos e leite, no cultivo de arroz, milho, feijão e soja e pecuária de corte.
           É em Vazante que está a Gruta da Lapa Nova, uma das maiores do Brasil, com 4.550 metros de extensão, com grande quantidade de cavernas (foto acima de Duva Brunelli). Já no perímetro urbano, a cidade se destaca pelo charme de seu casario e cuidado de seus moradores para com sua cidade, bem como por sua religiosidade. Durante os dias de sua principal festa, em louvor à Nossa Senhora da Lapa, em 1, 2 e 3 de maio, a cidade mais que dobra de tamanho, chegando a 50 mil pessoas. Tem ainda a Exposição Agropecuária, a Festa do Carro de Boi em julho, as festividade de aniversário da cidade e de fim de ano.
Outras cidades da região
          Além de Paracatu, Unaí, Presidente Olegário, Dom Bosco, Buritis, Arinos, João Pinheiro e Vazante, citadas acima, fazem parte da Região Noroeste de Minas as cidades de Brasilândia de Minas, Guarda-Mor (na foto acima do Marcos Pieroni), Lagamar, São Gonçalo do Abaeté, Varjão de Minas, Bonfinópolis de Minas, Cabeceira Grande, Formoso, Natalândia, Uruana de Minas e Lagoa Grande (na foto abaixo de Duva Brunelli)

Resende Costa: a cidade do artesanato em tecido

(Por Arnaldo Silva) O artesanato mineiro é destaque no cenário mundial, mas em Resende Costa MG, na Região do Campo das Vertentes, cidade, com aproximadamente 15 mil habitantes, o artesanato é vocação e tradição passada de geração a geração e presente em todos os cantos da cidade, principalmente o artesanato em tecido, sendo a principal fonte de renda e emprego da cidade. (foto acima de Deivdson Costa/@deividsoncosta) 
          O município faz divisa com São Tiago, Ritápolis, Lagoa Dourada, Entre Rios de Minas, Desterro de Entre Rios, Oliveira, Passa Tempo, Coronel Xavier Chaves e está a 194 km de Belo Horizonte. (foto acima de André Saliya)
          O artesanato feito com tear mecânico é a principal atividade econômica do município, fortalecendo a economia e fomentando o turismo no município.  O artesanato de Resende Costa está presente na vida de quase todas famílias do município, quer tecendo verdadeiras obras artesanais, quer preparando a matéria prima para os diversos produtos. Não tem com falar de Resende Costa hoje, sem mencionar o artesanato.
          A cidade é conhecida nacionalmente, como "a cidade do artesanato". O turista, que vem à cidade,se depara com uma infinidade de lojas espalhadas pela cidade. Boa parte dessas lojas estão concentradas na Avenida Alfredo Penido. (foto acima de Eduardo Henrique)
          Mesmo com maquinários modernos, a tradição do tear que remete ao século 18, é preservada por diversas famílias até hoje na cidade. Além do artesanato têxtil, em Resende Costa é produzido colchas e ainda tapetes feitos com as sobras das malhas das indústrias. (foto acima de Marcelo Melo e abaixo de André Saliya)
          A cidade foi erguida sobre uma rocha, o que dá uma visão panorâmica de todo o seu entorno, um dos atrativos para quem visita Resende Costa. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Ladeira do Amendoim em São Tomé das Letras

 (Por Arnaldo Silva) A Ladeira do Amendoim é uma das grandes atrações de São Tomé das Letras, no Sul de Minas. Cidade famosa pelo misticismo e por suas construções em pedras, tem nesta ladeira um de seus mais visitados pontos turísticos, desde a década de 1980. 
          É que ao parar um veículo nesta ladeira e deixá-lo em ponto morto, ele sobe sozinho. Magnetismo? Ilusão de ótica macroscópica? Seja qual for a explicação para o fenômeno, esta ladeira atrai a curiosidades dos turistas que vão a São Tomé das Letras todos os dias do ano, para confirmar, conhecer e tentar explicar o fenômeno. 
          Na cidade, guias de turismo levam os visitantes para conhecerem a Ladeira do Amendoim. Alguns acompanham grupos de pessoas ou mesmo, levam os turistas em seus próprios carros. Conhecem o fenômeno como a palma de suas mãos e tem as explicações na ponta da língua. Fazem questão de descerem de seus carros, fazendo questão de mostrar que o carro não está ligado e nem engatado. Para espanto, até dos céticos, os carros sobem a ladeira, sozinhos mesmo, desligados. Tem ainda os turistas que levam seus próprios carros e testam o fenômeno. Ficam perplexos ao verem seus carros andando sozinhos, desligados e sem ninguém nos veículos.    
           O fenômeno não acontece apenas com carros, não. Com pessoas também. Basta descer a ladeira de costas e depois subir de costas, como orientam os guias. O turista sente o corpo sendo puxado, durante a subida. Repetem a prática várias vezes, para confirmarem o que sentem, mostrando espanto ao sentir o corpo sendo literalmente, puxado.
          Os guias mais antigos. dizem que na região. existe um campo magnético, com o ponto culminante. exatamente onde está a Ladeira do Amendoim. A ladeira está sobre uma gruta, que para os místicos, é a porta de entrada para o caminho leva até Machu Pichu, no Peru. A gruta está numa propriedade particular e não é permitida a entrada. Mas, segundo a crença esotérica, na Ladeira do Amendoim e entorno, está o ponto de encontro da energia dos chacras da terra, dai a explicação mística para esse impressionante fenômeno.
          Outra curiosidade da Ladeira do Amendoim, são duas pedras descobertas por um turista, que visitou o local e identificou um fenômeno enérgico muito interessante. Subindo em uma das pedras, a pessoa recebe uma carga de energia muito grande, fazendo com que se sinta mais leve e bem revigorado. Já a outra  pedra, ao contrário, suga toda a energia que a pessoa tenha, fazendo-a se sentir pesada e fraca.  
          Todos que vão à ladeira, não ficam apenas ouvindo teorias. Tem a prática. No caso das pedras, os turistas são convidados a subirem na pedra da energia positiva e abrirem os braços. As pessoas que sobem nessa pedra, tem muitas dificuldades para abaixarem os braços, mesmo fazendo força e mesmo com outra pessoa, ajudando a baixá-los. Já na pedra da energia negativa, os braços são abaixados facilmente, e a pessoa se sente mais fraca, sem energia.
          Quem faz essa experiência sente isso mesmo. Numa pedra o corpo está mais leve, na outra, a pessoa sente o corpo pesado. A energia dessas pedras são tão fortes, tanto a positiva, quanto a negativa, que tem gente que deixa o celular sobre as pedras e percebe sua ação energética, com os celulares carregando ou descarregando. 
          Sejam quais forem as explicações que os místicos ou cientistas possam ter para esses fenômenos, o certo é que a cada dia, a Ladeira do Amendoim, impressiona os turistas. Se vier à São Tomé das Letras, não deixe de visitar a Ladeira do Amendoim e presenciar o fenômeno.
(As fotografias desta edição são de autoria de Jorge Nelson)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Não é apenas uma igreja! É uma obra de arte!

(Por Arnaldo Silva) À rua da Bahia, no número 1596, no bairro de Lourdes, na capital mineira, encontra-se um dos mais belos templos religiosos do Brasil. A Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, ou simplesmente Igreja de Lourdes. Construída em estilo neogótico, no início do século XX, a igreja impressiona pela riqueza de seus detalhes exteriores, o que faz do templo, mais que uma igreja, uma verdadeira obra de arte. (fotos acima e abaixo do @arnaldosilva_oficial)
          Tanto em seu interior, quanto em seu exterior, é impossível não ficar impressionado com cada detalhe de sua arte, seus vitrais, o órgão de tubos instalado na igreja em 1950, os sinos, as cores vivas. Enfim, a imponência da Basílica de Lourdes impressiona.
Estilo Neogótico
          O estilo neogótico é um conjunto de estilos arquitetônicos que tinha como objetivo recuperar e recriar a arquitetura gótica predominante na era Medieval, em contraste com os estilos clássicos que começaram a surgir na Europa, que relegava a arquitetura antiga, principalmente a gótica. (foto acima e abaixo do Clésio Moreira)
          O movimento surgiu no século 18, na Inglaterra, se estendeu por toda a Europa e pelo continente Latino Americano, prevalecendo até meados do século 20. Este estilo é percebido principalmente na arquitetura de igrejas por todo o mundo, inclusive no Brasil. Um dos mais belos templos neogóticos do Brasil, é exatamente a Igreja de Lourdes em Belo Horizonte. 
Era para ser construida na Argentina
          O projeto original da Igreja de Lourdes é do missionário Claretino Echarri, de Córdoba, na Argentina, cuja planta original foi adaptada por Manuel Ferreira Tunis com alguns pequenos acréscimos. A Igreja tem 47 metros de comprimento e 17 metros de largura, com 20 metros de altura e torre principal com altura de 54 metros. Sua capacidade é de 350 pessoas sentadas.
Ornamentos interior
          Em seu interior há uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes em madeira, que é usada em procissões e coroações. Outra em gesso, com mais de um século, que fica na Gruta de Lourdes e outra que fica no altar-mor, que veio do Rio de Janeiro para marcar a elevação da Igreja à Basílica.(na foto acima de Clésio Moreira e abaixo de @arnaldosilva_oficial)
Arte em seu exterior
          A parte lateral da basílica com suas torres góticas são fascinantes, bem como a parte frontal que chama a atenção pelas sete imagens que são os pilares da parte superior, que sustenta a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. São detalhes riquíssimos, feitos em cimento, cuja arte impressiona.
Início da construção
          Sua pedra fundamental foi lançada em 1916 e obra executada pelo construtor Antônio Gonçalves Gravatá. Em 25 de dezembro foi celebrada a primeira missa, com a obra ainda inacabada, antes mesmo de sua inauguração oficial, em 19 de março de 1923, ano em que foi elevada a categoria de Paróquia que é delimitação territorial
de uma diocese sobre a qual prevalece a jurisdição espiritual de um pároco, que no caso da Igreja de Lourdes, teve como seu primeiro pároco, o padre Sebastião Pujol.
O que é basílica?
          A palavra basílica vem do grego basileus que significa reis, sendo muito usada pelos Reis Persas para receber seus súditos. Quando eram muitos, eram recebidos em salas maiores, chamadas de basílicas ou salas do rei. Com o crescimento do Cristianismo a partir do século V, as pequenas capelas não eram suficientes para receber todos os fiéis e nas comunidades onde havia muitos cristãos, começaram a construir igrejas maiores, com o nome de basílicas. 
          Hoje quem dá título de basílica é o Vaticano através de documento oficial assinado pelo Papa, sagração, coroação de imagem, etc. Além disso, é necessário que o local tenha valor histórico e arquitetônico, além de ser um grande centro de concentração religiosa. A Igreja de Lourdes preencheu todos esses requisitos e foi elevada a basílica em 1958 pelo Papa Pio XII, com sua imagem principal, que fica no altar-mor, sido consagrada nessa ocasião. (fotos acima e abaixo de @arnaldosilva_oficial)
          A Basílica de Lourdes é tão fantástica que seus detalhes têm que ser vistos e contemplados bem de perto, a centímetro por centímetro.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

As cidades do Campo das Vertentes

(Por Arnaldo Silva) A Região do Campo das Vertentes é formada por 36 municípios, onde vivem atualmente cerca de 600 mil habitantes, divididos em três microrregiões: Lavras, Barbacena e São João Del Rei. (na foto acima, de Fabrício Cândido, a cidade de Coronel Xavier Chaves).
          A região é montanhosa, fazendo parte da Serra da Mantiqueira. Dos declives das serras da região, que mais lembram mares de morros, escorrem águas de nascentes, riachos e córregos. (na foto acima da Marselha Rufino, os campos vertentes entre Itutinga e Carrancas) Suas águas desaguam em rios, que contribuem para a formação das bacias hidrográficas do Paraíba do Sul, do São Francisco e da Bacia do Paraná. Seus campos nativos são formados por terem como características, vegetações rasteiras, formada nos declives vertentes das serras. Por isso o nome Campo das Vertentes.
As microrregiões do Campo das Vertentes
01 - Microrregião de Lavras
          A cidade de Lavras (na foto acima de Rogério Salgado) tem sua origem no início do século XVIII, surgindo da formação de um povoado e arraial, entre 1720 e 1729, elevado a freguesia em 1813, à Vila em 13 de outubro de 1831, data comemorada de sua fundação e em 20 de julho de 1868, quando foi emancipada por Lei. Conta atualmente com cerca de 105 mil habitantes e é uma das melhores cidades de Minas Gerais para se viver,. Conta com uma excelente estrutura urbana, um parque industrial com empresas de pequeno, médio e grande porte, além de um comércio variado e prestação de serviços eficientes, bons hotéis, pousadas, bares, pizzarias e restaurantes. Tem ainda um ótimo nível educacional, tendo no município um campus da Universidade Federal, a UFLA.
          Está numa região geograficamente estratégica, tem acesso para as principais capitais do sudeste por linha férrea e rodoviária, como Belo Horizonte e São Paulo através da BR-381 e Rio de Janeiro, pela BR-265, seguindo pela BR- 040. Está distante 241 de Belo Horizonte, 425 do Rio de Janeiro e a 380 km de São Paulo.
          Dos tempos do Brasil Colonial, Lavras guarda relíquias arquitetônicas presentes na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída entre 1751 e 1765, casarões e sobrados coloniais no perímetro urbano e em fazendas centenárias do município. (foto acima de Rogério Salgado) A arquitetura eclética e neoclássica do início do século XX está presente na cidade através da Matriz de Sant´Ana, datada de 1917, a principal igreja da cidade, além de outras construções presentes na região central da cidade, bem como o complexo do Campus da UFLA, com vários atrativos arquitetônicos e paisagísticos. 
          O município conta ainda com o Parque Florestal Quedas do Rio Bonito; Serra da Bocaina, com uma linda vista de toda a região;  (foto acima de Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta)Lago da usina Hidrelétrica do Funil; a Feira de Artesanato e Gastronomia, aos domingos;  A Maria-Fumaça da Praça Dr. José Esteve, dentre outros vários atrativos.  
          A microrregião de Lavras é formada ainda pelos municípios de Carrancas, Ijaci, Ingaí, Itumirim, Itutinga, Luminárias, Nepomuceno e  Ribeirão Vermelho
O município de Itumirim
          Com cerca de 6.638 habitantes, segundo o IBGE em 2022, Itumirim, é uma pequena, tranquila, aconchegante e acolhedora cidade, distante 248 km de Belo Horizonte. Seu nome tem origem no tupi que significa "Itu (cachoeira) e "Mirim (pequeno). Cachoeira pequena. A cidade originou-se de um povoado denominado de Rosário, criado em 1708, elevado a distrito subordinado a Lavras em 1870. Em 1924, o nome foi alterado para Itumirim. Em 31 de dezembro de 1943, o então distrito é elevado a cidade emancipada. (foto acima de Ézio Donizete)
          É cortado pela BR 265 e está apenas 33 km da BR-381. Conta ainda com um ramal ferroviário de cargas, cujos trens serpenteiam pelas belas paisagens serranas do município, até o Rio de Janeiro. (foto abaixo de Marselha Rufino)
          Além do charme da cidade e da hospitalidade de seu povo, a cidade tem um ótimo potencial para o turismo ecológico e práticas de esportes, com lagos, córregos, rios, serras, o cânion Pirambeira e outras paisagens naturais, que simplesmente impressionam.
 
          Entre as principais belezas naturais de Itumirim, estão suas cachoeiras, como a Cachoeira das Aranhas, Cachoeira do Engenho, Cachoeira Paraíso, Cachoeira das Cruzes e a Cachoeira das Andorinhas (na foto acima de Ézio Donizete). 
O município de Ribeirão Vermelho
          Ribeirão Vermelho é uma pequena, atraente e acolhedora cidade com 4 mil habitantes, distante 270 km de Belo Horizonte. É atualmente o menor município mineiro em extensão territorial, com apenas 40.210 km² de território. (na foto acima de Robson Rodarte, linha de trem e o casario típico dos ferroviários dos séculos 19 e 20) Essa pequena cidade possui fortes ligações com o trem, quando foi implantada na região a Estrada de Ferro Oeste de Minas, no final do século XIX, bem como a construção da estação de Ferro Ribeirão Vermelho, em 1888. Com a chegada da linha férrea, o pequeno povoado chamado de Porto Alegre, passou a se chamar Ribeirão Vermelho, tendo sido elevado à distrito em 1901 e cidade emancipada em 1948.
          Dos áureos tempos das ferrovias, a cidade guarda uma extensa malha ferroviária, construções no estilo ferroviário dos séculos XIX e XX, além da maior rotunda da América Latina (na foto acima de autoria de Robson Rodarte). As rotundas foram usadas desde a origem das ferrovias. É simplesmente uma construção em forma circular, em torno de um girador, usada para fazer conversões das locomotivas e na manutenção e armazenamentos dos trens.
O município de Nepomuceno
          A cidade de Nepomuceno (na foto acima de Marcelo Melo), está a 238 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 25 mil habitantes. Sua origem é do século XIX, tendo sido elevada à município independente em 30 de agosto de 1911. Muita gente confunde Nepomuceno com São João Nepomuceno, na Zona da Mata. São cidades diferentes, em regiões diferentes de Minas. 
          Nepomuceno conta com uma boa estrutura urbana, boas escolas de ensino médio e fundamental, tendo ainda na cidade um campus do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, com curso superior de Engenharia Elétrica. Seu comércio é variado, conta com boas pousadas e hotéis, além de restaurantes com comida mineira. Conta ainda com charmosos distritos como Nazaré de Minas, Santo Antônio do Cruzeiro e Porto dos Mendes, além de ser banhado pelos rios Cervo e Rio Grande.
02 - A microrregião de Barbacena
          Distante 169 km de Belo Horizonte, Barbacena (na foto acima do Januário Basílio), conta hoje com cerca de 125 mil habitantes. É uma das mais tradicionais cidades mineiras, presente nas principais decisões políticas de Minas Gerais e do Brasil, desde os tempos do Império. É ainda um dos grandes produtores de frutas do Estado e de flores, em especial, de rosas. Seu comércio é variado, a cidade é muito bem estruturada, com excelentes hotéis, restaurantes, pizzarias e bares sofisticados, com ótimas opções de lazer, diversão, esportes e turismo. Além disso, possuir um alto nível educacional, destaque nessa área em Minas Gerais e Brasil pela qualidade, tanto nos ensinos fundamental, médio, quanto no superior. (na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar)
          Barbacena tem sua origem no início do século XVIII, surgindo da formação de um arraial, elevado a freguesia e por vim a vila, em 14 de agosto de 1791, data que é comemorada sua fundação. Dos tempos do Brasil Colônia, a cidade guarda em sua arquitetura colonial e barroca, museus, templos e praças, além de rica história. Destaque para as igrejas de Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Boa Morte, datada de 1850, tendo em seu cemitério, belas obras de arte, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Carmo, a Capela de Santo Antônio e a Basílica de São José Operário (na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade)
          Outras construções são destaques na cidade, como o Solar dos Andradas, o Sobrado dos Vidigal, Sobrado Paolucci, o Sobrado de Olinto de Magalhães,  o Solar Bias Fortes, Solar dos Canedos, Grupo Escolar Bias Fortes, a Fundação Porphíria de José Máximo de Magalhães, Escola Estadual Adelaide Bias Fortes, o Pontilhão Ferroviário, a Escola Preparatória de Cadetes-do-Ar, Escola Agrotécnica Federal "Diaulas Abreu", o edifício da antiga Sericicultura e o leito da antiga Estrada de Ferro do Oeste de Minas,o Fórum Mendes Pimentel, o prédio da Santa Casa de Misericórdia,  a Farmácia Santa Terezinha, Estação Ferroviária, o Colégio Imaculada Conceição, Antiga Casa de Saúde, a Cadeia Velha, a Câmara Municipal a Casa-museu de Georges Bernanos, o Manicômio Judiciário, Museu da Loucura (no antigo Hospital Colônia) e o Museu Municipal.
          A microrregião de Barbacena é formada ainda pelos municípios de Alfredo Vasconcelos, Antônio Carlos, Barroso, Capela Nova, Caranaíba, Carandaí, Desterro do Melo, Ibertioga, Ressaquinha, Santa Bárbara do Tugúrio e Senhora dos Remédios
O município de Barroso
          Distante 197 km da Capital, Barroso (na foto acima do Wanderson Nascimento) conta hoje com cerca de 20 mil habitantes. Cidade bem tranquila e acolhedora, com casario charmoso, belas praças, lindas igrejas, ótima gastronomia e um povo muito bom e hospitaleiro. Barroso se destaca na região por suas belezas naturais,como cânions, trilhas, rios, lagos e a vista ao amanhecer no alto do Morro da Telha, onde estão as torres de TV. 
             Destaca-se ainda por suas festas tradicionais como o Festival de Inverno e a Semana de Sant´Ana, padroeira da cidade, que acontece sempre em julho, se encerrando no dia da padroeira, 26 de julho. Durante os dias de festa, acontece procissões, missas, shows, leilões e barracas com comidas típicas, destacando seu prato típico, o caldo Chico Paio, que leva feijão branco, frango, bacon e linguiça. 
O município de Antônio Carlos
          Na Serra da Mantiqueira, está a charmosa e aconchegante cidade de Antônio Carlos (na foto acima do Marcelo Melo, a Praça da Matriz de Sant´Anna). Com cerca de 11 mil habitantes, a cidade está a 200 km de Belo Horizonte. Seu nome é em homenagem a Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, nascido na vizinha Barbacena, em 5/09/1870, falecendo no Rio de Janeiro em 1/01/1946. Antônio Carlos foi um influente político brasileiro, tendo sido presidente (Governador) de Minas Gerais, prefeito de Belo Horizonte, senador da República, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil e presidente da Assembléia Nacional Constituinte de 1932/33.
          O município se destaca no turismo ecológico já que conta com belas paisagens de Mata Atlântica e cachoeiras paradisíacas como as cachoeiras da Copasa, da Fazenda dos Gerais, da Dona Mariana Afonso, do Buraco do Bicho, além de belas paisagens e matas nativas. (foto acima e abaixo de Marcelo Melo)
          Em Antônio Carlos, fazendas coloniais, do século XVIII, que marcam a origem da povoação da região, estão presentes com seus belíssimos casarões históricos, destacando a Fazenda Borda do Campo, uma das primeiras da região, formada no final do Século XVII e ainda as fazendas formadas no século XVIII, como a Fazenda Gerais de Barros,  a Fazenda Passa-Três; a Fazenda Jacutinga; a Fazenda Cimodócia, além das Fazendas Olhos D água (hoje Hotel-Fazenda Caminho Novo); Fazenda Picumã; Fazenda Azul; Fazenda das Rosas. 
03 - A microrregião de São João Del Rei
          Distante 193 km de Belo Horizonte, contado hoje com cerca de 90 mil habitantes, São João Del Rei (na foto acima do Matheus Freitas/@m.ffotografia) foi fundada em 8 de dezembro de 1713. A tri-centenária cidade, eleita recentemente como a mais hospitaleira do Brasil, pela plataforma Airbnb, guarda relíquias preservadíssimas do barroco mineiro, sendo uma das mais antigas e mais importantes cidades setecentistas mineiras. 
          Além do Barroco, em sua arquitetura encontra-se traços dos estilos eclético e neoclássico do final do século XIX e início do século XX (na foto acima de Kiko Neto), bem como seu rico artesanato, em especial, para as obras feitas com estanho e a sua estação de trem, de onde parte a famosa Maria-Fumaça, com destino a Tiradentes. (na foto abaixo do César Reis)
          Nos arredores de São João Del Rei, se destacam seus distritos São Gonçalo do Amarante, Emboabas, São Sebastião da Vitória e Rio das Mortes, onde nasceu a Beata Nhá Chica.
          São João Del Rei é ainda um dos principais polos educacionais da região, contando com o campus da Universidade Federal de São João Del Rei, do IPTAN e IF- Sudeste, tendo ainda um dos maiores polos industriais e econômicos do Campo das Vertentes. O município conta com uma boa malha rodoviária e ferroviária, além de um aeroporto e uma ampla e excelente rede hoteleira e gastronômica. (foto acima de Deividson Costa/@deividsonsoncosta)
          A microrregião de São João Del Rei é formada ainda pelos municípios Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, Santana do Garambéu, São Tiago e  Tiradentes
O município de Piedade do Rio Grande
          Piedade do Rio Grande (na foto acima de Marcelo Melo), está distante 250 km e Belo Horizonte e conta hoje com 4.600 habitantes, segundo o IBGE. Sua origem começa em meados do século XVIII, com a construção de uma singela ermida na região, dedicada a Nossa Senhora da Piedade, pelo casal Salvador Lourenço de Oliveira e Inácia Leme de Godói, por volta de 1748. Em torno da ermida, formou-se um povoado que cresceu, tendo sido elevado à distrito em 1891 e à município em 12 de dezembro de 1953. Sua nome é a junção do Rio Grande que corta a cidade e a fé em Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade, que conta hoje com um novo templo, no topo de uma colina, podendo ser vista e admirada em vários ângulos da cidade.
          A cidade é aconchegante, tranquila e seus moradores hospitaleiros. A bela e atraente Matriz de Nossa Senhora da Piedade é o seu maior atrativo, além do município preservar sua história, presente em construções do período colonial, como a Fazenda Porto Real, lugar onde Dom Pedro I se hospedou, quando veio do Rio de Janeiro para São João Del Rei, a antiga Igreja de Nossa Senhora da Piedade (na foto acima do Marcelo Melo), com seu campanário, dentro outros patrimônios históricos do município.
O município de Ritápolis
          Ritápolis (na foto acima do André Saliya), tem hoje cerca de 5.000 habitantes. Sua origem é do início do século XVIII, surgindo com a formação de um pequeno povoado em torno de uma capela dedicado a Santa Rita, no ano de 1713. Foi distrito de São João Del Rei até sua emancipação politico-administrativa, em 1963. A cidade está a 14 km de São João Del Rei e a 200 km de Belo Horizonte, com acesso rodoviário fácil, estando a 70 km da Rodovia Fernão Dias (BR-381) e a 120 km da BR-040.
          Cidade pacata, tranquila, aconchegante, com povo acolhedor, se destaca pelo charme de seu casario em estilo colonial, pela Matriz de Santa Rita, padroeira da cidade, a Igreja do Rosário, a bela arquitetura da  sede da Prefeitura Municipal, a Casa Grande, fazenda centenárias,  Cine Teatro Pio XII, um rico artesanato, eventos religiosos e folclóricos durante o ano, pelas praças, boas pousadas, aconchegantes restaurantes com comidas típicas, com destaque para o Restaurante Saliya, bem no centro da cidade. (foto acima de André Saliya) 
          Além do seu charme arquitetônico, as belezas naturais de Ritápolis são atrativos como cachoeiras, paisagens montanhosas com matas nativas, reservas ambientais, o balneário do Jaburu, o hotel fazenda Cachoeira e fazendas centenárias, em destaque para a Fazenda do Pombal, do século XVIII (na foto acima de André Saliya), local que nasceu Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, que foi homenageado com uma estátua em frente à Matriz da cidade. Tem ainda suas belezas naturais que inclui rios, cachoeiras, montanhas e reservas florestais.
Madre de Deus de Minas 
          Madre de Deus de Minas (na foto acima de Sérgio Mourão) tem sua origem no século XVIII, tendo sido elevada à cidade em 12 de dezembro de 1953. Conta hoje com pouco mais de 5 mil moradores. A cidade é charmosa e tranquila, com pousadas aconchegantes, belas praças, como a Praça do Cruzeiro do Rosário, bares e restaurantes pitorescos. Seu casario colonial é bem atraente, bem como seu povo, muito acolhedor. As belezas naturais do município ficam evidentes no Morro Dois Irmãos, nas Represas do Rio Grande e Camargos, além de matas nativas, fazendas belíssimas, além da beleza do rios, córregos e ribeirões que banham o município. Fica apenas 50 km de São João del Rei e a 233 km da Capital. 
          Seu povo é muito religioso, se destacando na cidade a Festa da Padroeira Nossa Senhora Mãe de Deus, as comemorações da Semana Santa, a Festa de São Sebastião, além do carnaval, festas juninas, Exposição Agropecuária, Festa dos Produtores e Trabalhadores de Madre de Deus de Minas, as festas de fim de ano, dentre outras festas, no decorrer do ano. 
O Município de Coronel Xavier Chaves
          Coronel Xavier Chaves, (na foto acima do Fabrício Cândido), está a 173 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 3500 habitantes. Seu nome tem como origem na Fazenda Mosquito, de propriedade do Coronel Francisco Rodrigues Xavier Chaves, no século XIX. Foi o pioneiro na formação do município. Era bisneto de Antônia Rita de Jesus, irmã caçula de José da Silva Xavier, o Tiradentes. 
          O mártir da Inconfidência Mineira nasceu na Fazenda Pombal, na vizinha Ritápolis, a 8 km km do município. Na fazenda Mosquito, foram construídas casas para os parentes do proprietário e também, para seus funcionários, dando origem assim à formação do que é hoje a cidade de Coronel Xavier Chaves. O pequeno arraial foi elevado à distrito e por fim a cidade emancipada em 30 de dezembro de 1962.
          A cidade é pequena, charmosa, atraente, aconchegante. Destaca na cidade a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, erguida em pedras típicas da região (na foto acima do Marcelo Melo), sua banda de música, os trabalhos de seus artesãos e artistas plásticos, a Trilha do Carteiro  e um frondoso Jequitibá-branco (Cariniana Lecythidaceae Estrellensis), espécie de rara beleza, conhecida como "Rei da Floresta". A árvore tem vida longa, em torno de 1 mil anos. (na foto abaixo do Marcelo Melo, pontilhão ferroviário no município)
          Em Coronel Xavier Chaves, existe um rico e valioso artesanato em tecidos, como bordados, em madeira e principalmente, em pedras. Seu comércio é variado e conta ainda com pitorescas pousadas e hotéis aconchegantes, além de restaurantes com nossa típica culinária. Se destaca na região por seus alambiques, totalmente artesanais, desde o corte da cana, moenda e preparo da cachaça, em vários engenhos do município, em destaque para o Engenho Boa Vista. 

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