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terça-feira, 12 de abril de 2016

O mineiro e o trem

(Por Arnaldo Silva) Mineiro tem mania de falar trem. O trem está presente em tudo na vida do mineiro. Não sei como começou isso; mas é bem antigo. Para o dicionário Aurélio, trem significa: Bagagem de um viajante; Mobília de uma casa; Comboio ferroviário; Bateria de cozinha; Treco; Diz de pessoa ou coisa imprestável. O comboio ferroviário recebeu o nome de "Trem," justamente porque transportava os “Trens” das pessoas. Por isso que mineiro nunca perde o "Trem", chega uma hora antes para ajeitar os trem direitinho. (foto abaixo de César Reis, a Estação de Trem de Tiradentes MG
Pra tudo os mineiros usam o trem. Faltou uma palavra, fala trem. Quer ver?
- Já arrumou os trem?
- Colocou os trem no lugar?
- Que trem esquisito sô!
- Larga desse trem sô!
- Mete logo esse trem ai!
- Tô cum trem na barriga.
- Nó, vi um trem voando no céu!
- Que trem é esse que ta aqui.
- Não tinha um trem melhor pra você arrumar não?
- Caiu um trem no meu olho!
- Que trem grande sô!
- Que trem danado de bão uai!
- Eu ainda pego esse trem pra mim!
Se o mineiro quiser comer alguma coisa, já vai logo falando: 

- Esse trem que comi é um trem bão sô!
- Nunca comi um trem tão gostoso como esse!
- Tô cum vontade de cumê um trem.
- Hoje eu como esse trem de qualquer jeito. 
E se a comida faz mal, não titubeia e fala logo: 
- Esse trem que eu comi me deu uma caganeira danada.
- Nó, que trem mais ruim sô!
- Num como esse trem nunca mais sô!
Na hora de mudar os móveis de lugar tem trem também
- Arreda esse trem dai!
- Coloca esse trem pra lá.

E se o mineiro ficar bravo com você se prepara que vai levar um monte de trem, ou pelo menos ouvir....
- Vô tacá um trem nocê!
- Agora cocê pulô no gorguim de vez, aguenta os trem!
- A é? Então vou mostrar um trem procê vê o que é bão pra tosse!
          Esse é o nosso trem. Serve pra tudo. 
          Faltou uma palavra, fala trem. Está com vergonha de dizer alguma palavra, fala trem. 
          Quer algo e não sabe o nome, pede um trem. Quer xingar alguém, fala é um monte de trem. 
          E assim termina essa trenheira toda que eu escrevi para vocês lerem.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Rua do Amendoim em Belo Horizonte

(Por Arnaldo Silva) A Rua do Amendoim é um dos pontos mais visitados de Belo Horizonte porque atrai curiosos do mundo inteiro que vem à capital mineira para conhecê-la, sendo considerada um dos pontos turísticos de Belo Horizonte por um estranho fenômeno que acontece nessa rua.
          Na verdade, essa rua chama-se Professor Otávio Coelho Magalhães, e Amendoim, é o nome antigo. 
          O que chama a atenção nessa rua, que atrai tantos olhares é esta ladeira, onde os carros desligados, ao invés de descer, sobem.
          Quando eu morava em Belo Horizonte, no final dos anos 70 ou início dos anos 80, não me lembro a data, quando este fenômeno foi descoberto, foi um comentário geral. Na época, a Prefeitura resolveu pavimentar as ruas do bairro das Mangabeiras. O operários deixaram as máquinas estacionadas nesta rua no horário de almoço. Começaram a perceber que os tratores e veículos se movimentavam sozinhos e na subida. Foi um susto geral e um bafafá enorme na cidade desde então. 
          Quem já viu esse fenômeno estranha. Quem não viu, não acredita até ver de perto. 
          Todo mês, milhares de turistas vão a essa rua para presenciar o fenômeno. A maioria céticos, mas depois que veem com os próprios olhos, ficam buscando explicações para o ocorrido.
          Explicações há, mas não conclusivas. Por exemplo, a de que o local tem alta concentração de minério de ferro, por isso o magnetismo presente no mineral move os carros. Há quem diga que nessa ladeira tem um enorme ímã formado há milhões de anos e pela atração deste ímã, os carros se movimentam. Tem quem garante ser esse fenômeno uma mera ilusão de ótica. O certo é que nenhuma dessas explicações foram comprovadas até hoje.
          E o fenômeno está lá, desafiando o raciocínio e ceticismo de todos e as explicações que cada um dá ao que vê e presencia
          Na prática, eu mesmo, Arnaldo Silva, pude presenciar esse fenômeno. Acompanhado de dois amigos, um deles físico e que até o local só falava que o fenômeno era ilusão de ótica. Chegamos na rua do Amendoim, paramos o carro e descemos. Marquei com um giz na roda dianteira no local que paramos. Alguns segundos depois o carro começou a se movimentar. Quando parou, medimos com uma fita métrica e foram exatos 3, 23 metros. 
          O meu amigo físico começou a coçar a cabeça e desafiei ele a sentar na rua, a alguma metros à frete do carro e ele ficou lá. O carro começou a andar sozinho para cima dele que logo tratou de levar e sair da frente. Começou foi é a dar umas risadas bem sem graça, tentando se justificar, mas diante do que viu, não conseguiu. Se ele que é físico ficou sem reação ao ver o fenômeno e não conseguiu explicar, eu não que vou tentar explicar, apenas relatar o que vi, presenciei e o que ao longo das décadas, milhares de pessoas presenciaram.
          A propósito, quem diz que o fenômeno é ilusão de ótica, com certeza nunca foi ao local e nunca presenciou o fenômeno, fala pelo achismo mesmo. O certo é que não há ainda uma explicação convincente e oficial sobre o fenômeno, que existe e acontece todos os dias no local. Basta ir lá na Rua do Amendoim e conferir de perto. 
          Em São Tomé das Letras MG, tem uma rua com este mesmo nome e com o mesmo fenômeno, bem como em outras parte do Brasil e em alguns países do mundo também.

sábado, 2 de abril de 2016

Alto do Pico do Itambé, o teto do sertão mineiro.

(Por Arnaldo Silva) Entre os municípios do Serro e Santo Antônio do Itambé, a 2044 metros de altitude, no topo da Serra do Espinhaço, está o Pico do Itambé. 
          Na região, é conhecido como o “Teto do sertão mineiro”, (foto acima de Tiago Geisler) Do alto do pico, uma vista paradisíaca por quilômetros, predomina, principalmente ao nascer do sol, transmitindo uma incrível sensação de estar acima das nuvens. Nos tempos da colônia e chegada dos bandeirantes à região, no século XVI, foi o marco de referência geográfica. A região é de grande importância para o Estado de Minas Gerais pelo fato das cadeias de elevações que circundam o pico, ser uma vertente geográfica, fazendo escoamento de água para as bacias hidrográficas do Rio São Francisco, do Jequitinhonha e do Rio Doce.
          Subir os 2044 metros até o pico é relativamente tranquilo. Dependendo do preparo físico do visitante, o percurso pela trilha dura em média 4 horas.(foto acima de Tiago de Gisler) Tanto no Serro e nos seus distritos de Milho Verde, São Gonçalo das Pedras e Capivari, quanto em Itambé do Mato Dentro, encontra-se guias treinados para orientar e acompanhar os visitantes. Dá para ir e voltar no mesmo dia, saindo bem cedo, embora tenha quem prefira pernoitar no topo do pico, em barracas montadas em grutas, ao lado de pedras ou numa casa existente no alto do pico. Passando a noite no pico, tem-se a oportunidade de contemplar o pôr do sol e levantar bem cedinho e admirar a beleza da alvorada. (foto abaixo de Tiago Geisler
          O acesso ao Pico pode ser feito por Capivari, distrito do Serro ou por Santo Antônio do Itambé. Seja por qual dos dois caminhos escolhidos, para os amantes de aventuras e da natureza, é um passeio  e tanto. São belezas naturais como cachoeiras, vegetação rupestre com uma rica flora se destacando as bromélias, plantas carnívoras, orquídeas e sempre-vivas, só encontradas na Serra do Espinhaço. Além, claro, de estar no topo do "teto do sertão mineiro" e contemplar uma das mais belas vistas de Minas Gerais.

Canjiquinha Mineira

Esse é um dos mais apreciados prato pelos mineiros. Inclusive faz parte da merenda escolar, por ser nutritivo. Além disso, é muito saboroso. Vamos aprender a fazer?
INGREDIENTES
. 500 g de canjiquinha
. 1,5 kg de costelinha ou carne de porco (pernil por exemplo) picados bem pequenos
. 450 g de lingüiça calabresa picada em cubinhos
. 100 g de bacon com pouca gordura
. 2 cebolas grandes picadas
. 4 dentes de alho
. Sal a gosto

. Água o suficiente para cozinhar a canjiquinha
. 3 tabletes de caldo de carne
. Cheiro verde a gosto
. 3 colheres de óleo de soja
. 2 colheres de massa de tomate

MODO DE PREPARO
- Em uma panela frite a carne de porco ou a costelinha já temperados, até ficarem bem dourados (sempre pingando água para não grudar no fundo)
- Em outra panela frite a calabresa picada e o bacon
Reserve
- Em panela coloque a água e a canjiquinha com as 3 colheres de óleo, por cerca de 20 minutos, ou até que esteja bem macia (mexendo enquanto cozinha é o mais indicado para não grudar e não empelotar)
- Misture a costelinha já frita com o bacon, a calabresa, as cebolas picadas, as 2 colheres de massa de tomate e o caldo de carne derretido, e deixe refogar por cerca de 10 minutos
- Adicione a canjiquinha, aos poucos, sempre mexendo bem
Finalize colocando cheiro verde e sirva ainda quente.

Foto e receita por Arnaldo Silva

Tiradentes:a pérola de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Tiradentes é acima de tudo uma cidade encantadora, perfeita para você passear por suas ruas, visitar as lojinhas de artesanato, de doces e de outros produtos caseiros, típicos de Minas. (foto acima e abaixo de Matheus Freitas/@m.ffotografia)
          Rica em história e, ao mesmo tempo, aconchegante, a cidade é perfeita para quem quer passar dias tranquilos. As construções dos sobrados, solares e casas térreas tem a arquitetura de várias épocas do Brasil Colônia, com as ruas calçadas com pedras e paralelepípedos, onde é impossível circular com pressa.
          As igrejas da cidade trazem o requinte da arte barroca, como a Matriz Santo Antônio, um dos mais ricos exemplares do barroco brasileiro, com muito ouro e prata decorando seu altar; ou a Nossa Senhora do Rosário, a igreja mais antiga da cidade, com o altar-mor em estilo rococó, folheado a ouro.(foto acima e abaixo de César Reis)
          A Maria Fumaça, que sai de São João Dei Rei, percorrendo 12 km até chegar a Tiradentes é um espetáculo à parte. Um passeio inesquecível. Funciona nas sextas, sábados, domingos e feriados. (na foto abaixo, de César Reis, a Estação de Tiradentes)
Quadro de horários normal
Sexta
São João Del Rei: 10h, 13h e 15h30
Tiradentes: 11h, 14h e 17h
Sábado
São João Del Rei: 10h, 12h, 14h e 16h
Tiradentes: 11h, 13h, 15h e 17h
Domingo
São João Del Rei: 10h e 13h
Tiradentes: 11h e 14h

Estudantes, crianças de 6 a 12 anos e adultos com mais 60 anos têm direito à meia entrada. Crianças até 05 anos no colo não pagam

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A vila colonial de Lavras Novas e a Mega Tirolesa

(Por Arnaldo Silva) Lugar tranquilo, cheio de charme, com ruas calçadas em pedras, paisagens deslumbrantes, arquitetura colonial, povo simples, artesanato rico. Esse lugar pitoresco é Lavras Novas, um dos mais atraentes distritos de Ouro Preto MG, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, distante 117 km de Belo Horizonte. Lavras Novas fica a 17 km de Ouro Preto. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)
          Lavras Novas é uma vila tipicamente mineira. Seu povo é simples, seu casario charmoso. Lugar calmo, onde os animais andam livres pelas ruas. 
          Não apenas cães e gatos, mas cavalos, bois e vacas. Os animais nas ruas não incomodam, ao contrário, são bem tratados e são típicos de Lavras Novas, atrativos até.
          Dificilmente alguém não para fotografar os animais deitados nas gramas ou andando livremente pelas ruas e pastando, já que as calçadas são quase todas gramadas. (fotografia acima de Vinícius Barnabé/@vinicusbarnabe)
 
          Na Vila, vivem cerca de 1500 pessoas e é comum ver animais como vacas, bois e cavalos, passeando tranquilamente pela ruas da vila, como podem ver na foto acima do César Rocha.
          Em fins de semana e principalmente em dias de festas, eventos religiosos como a Folia de Reis, Semana Santa, Festas Juninas, a Festa de Nossa Senhora dos Prazeres e do Divino em setembro, esse número sextuplica. As belezas e tradições de Lavras Novas atraem turistas de toda Minas Gerais, do Brasil e do mundo também. (na imagem acima do Antônio Carlos/@casaaurelioartes)
A origem de Lavras Novas

          A história da vila começa a partir do início do século XVIII, quando da descoberta de lavras novas de ouro na região, pela família Cubas de Mendonça. A partir do século XIX, o vilarejo começou a crescer, com a chegada de novas famílias, dando forma arquitetônica e cultural à vila. (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro, a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres)
           No século XX, o artesanato se solidifica umas das principais vocações dos moradores da vila. Os primeiros artesãos de Lavras Novas se dedicavam a produzir e vender cestas e balaios de taquara, uma espécie de gramínea com caule oco, típico da região. Hoje o artesanato local é bem variado e riquíssimo. (na foto acima, de César Rocha, loja de artesanato em Lavras Novas)
          Na década de 1970, o distrito passou a ter energia elétrica, o que facilitou a vida dos moradores, bem como investimentos na melhora da infraestrutura da vila, da valorização das riquezas naturais da região na promoção da história e cultura local. A partir da década de 1990 a charmosa vila foi “descoberta” pelos turistas de Minas e de todo o Brasil. (na foto acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, um charmoso restaurante na Vila)
Atrações turísticas de Lavras Novas
          Hoje, Lavras Novas é um dos destinos mineiros mais procurados por turistas. Quem busca aventuras, esportes radicais, cachoeiras, trilhas, passeios e descanso, Lavras Novas é o lugar ideal. (fotografia acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro)
          Os moradores antigos, desde o século 19, deixaram um rico patrimônio histórico, cultural, vocação para o artesanato e na preservação de suas belezas naturais como formações rochosas, serras, matas, nascentes, mirantes, nascentes, represa como a do Custódio e belíssimas cachoeiras com destaque para as cachoeiras do Falcão, que fica no subdistrito da Chapada, do Pocinho, dos Três Pingos, do Cibrão, dos Namorados 
e a Cachoeira do Rapel, com suas três quedas d´água (na foto acima do Antônio Carlos/@casaaurelioartes e na foto abaixo a Casa Aurélio Artes/@casaaurelioartes. É um charmoso ateliê, com artesanato local e ainda, um café, onde os visitantes podem saborear as quitandas locais e tomar aquele cafezinho feito na hora).
          Belezas essas muito procuradas para prática de esportes radicais ou mesmo contato pleno com a natureza. O visitante encontra em Lavras Novas uma boa estrutura de hospedagem e gastronomia, além de guias e veículos próprios para esportes de aventuras ou mesmo acompanhamento a pé ou a cavalo, para que possa aproveitar com segurança suas belezas naturais.
A estrada para Lavras Novas
          O acesso à Lavras Novas, até proximidades do subdistrito de Chapada de Ouro Preto, é asfaltado (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro). Pela na estrada, o visitante tem o privilégio de poder desfrutar de belíssimas paisagens naturais pelo caminho.
          A partir do subdistrito da Chapada, a estrada é de terra revestida com calçamento intertravado (pequenos bloquetes espaçados). A foto acima, de minha autoria, mostra o lugar conhecido como 'Pedra do Equilíbrio', em das mais belas partes do trecho. A estrada hoje encontra-se em bom estado, conservada, calçada e segura para uso.
          Por ser uma área de preservação ambiental, com nascentes, matas nativas e formações rochosas em seu percurso, essa parte não pode receber asfalto.
          De Lavras Novas à Ouro Preto tem ônibus de segunda à sexta-feira, exceto sábado, domingo e feriado. Sai às 6 da manhã de Lavras Novas e retorna de Ouro Preto às 17hs. (na fotografia acima de autoria de Antônio Carlos/@casaaurelioartes)
          A linha era operada pela Transcotta, atualmente é operada pela empresa Rota Real. Devido a fatores adversos, como reformas na via ou outras situações, os horários e dias de circulação da linha podem sofrer alterações. Informações sobre horários de saída e retorno, devem ser obtidas na Rodoviária de Ouro Preto.
Uma volta ao passado
          A sensação de estar em Lavras Novas é de estar voltando aos tempos antigos, da simplicidade, da comida em fogão a lenha, da harmonia e alegria do povo, da cultura, do artesanato. Uma gostosa sensação de volta ao passado. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)
A tirolesa mais alta do Brasil 
          A 1500 metros de altitude, acima do nível do mar, na Serrinha de Lavras Novas, está a mais alta tirolesa do Brasil. Inaugurada em 2020, vem atraindo cada dia mais, amantes de esportes radicais e pessoas de de todas as idades, que curtem a liberdade e a alegria de estar em contato mais próximo à natureza. (foto acima do Antônio Carlos/@casaaurelioartes)      
           A velocidade da descida é tanta, que além de todos os equipamentos de segurança necessários como mosquetões, roldanas, capacete e cadeirinha, um paraquedas é usado para reduzir a velocidade. (na foto acima enviada pela @megatirolesalavrasnovas)
          A tirolesa foi construída e é administrada pela Agência Céu Turismo. Suporta até 120 kg e para seu uso, é cobrada uma taxa. Menores de 18 anos tem que ter a permissão dos pais ou responsável para usar a tirolesa. Já gestantes, pessoas cardíacas e com problemas relacionados à altura e velocidade, não devem usar a tirolesa.

Moeda, a Serra e as ruínas de São Caetano

(Por Arnaldo Silva) Moeda é uma acolhedora, charmosa, pequena e pacata cidade na região do Vale do Paraopeba, o Vale do Charme Mineiro. A cidade está apenas 60 km de Belo Horizonte. Conta atualmente com menos de 5 mil habitantes e faz divisa com Brumadinho, Belo Vale, Ouro Preto e Itabirito. O município tem origens históricas, no século XVIII, fazendo parte da Estrada Real. Tanto na sua área urbana, quando na zona rural, a cidade guarda relíquias setecentistas em sua arquitetura colonial, bem como, traços arquitetônicos dos estilos eclético e neoclássico, do século XX.
          A estação de trem de Moeda (na foto acima de César Reis), com traços tradicionais das construções do início do século XX, é uma das mais charmosas de Minas e um dos mais visitados pontos turísticos da cidade. Durante décadas, o trem de passageiros da Estrada de Ferro Central do Brasil, cortava o Vale do Paraopeba, levando e trazendo gente. 
          A Estação de Trem de Moeda foi uma das estações mais movimentadas da região, até a desativação do ramal de passageiros, em 1996. O trem ainda passa pelos trilhos de Moeda, mas somente para o transporte de carga. O acesso à cidade é por rodovia, pela BR-040 e MG-825. (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Sua área rural conta com povoações pitorescas e charmosas, além da riqueza e belezas históricas de suas construções rurais. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, a Vila Coco) Duas dessas relíquias merecem destaque. A primeira é o trecho do caminho para a antiga fundição, todo calçado em pedras, por escravos, há mais de 300 anos. Chamado de Calçadão, fica em Moeda Velha, hoje, distrito de São Caetano.
          A segunda, é a Fazenda dos Martins, construída no século XVIII. Todo o conjunto no entorno da fazenda, foram tombados em 1977, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG) (fotografia acima de César Rocha)
          Hoje a riqueza de Moeda não é mais o ouro, embora a mineração continue, com as minas de minério de ferro da região sendo exploradas, a riqueza agora em Moeda é o turismo. Por estar perto de Belo Horizonte, vem sendo um dos destinos mais procurados pelos amantes da natureza e adeptos de esportes radicais, quem vem ao município em busca de contato com a natureza e aventuras, pelas trilhas, a Serra da Moeda, paisagens lindíssimas e por suas cachoeiras paradisíacas, como a Cachoeira do Paiolino e o Poço do Limoeiro, distante apenas 15 km do Centro, ficam em uma propriedade particular, com acesso pago. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes)
          Um dos lugares mais visitados no município é Moeda Velha, povoado de Moeda (na foto acima do César Rocha, a Igreja de São Caetano, no povoado) Por volta de 1720, mesmo com o rígido controle da Coroa Portuguesa sobre nossas riquezas, existia na região da Serra a Fábrica do Paraopeba. Era uma fábrica clandestina de moeda, tendo sido a primeira do gênero no Brasil. Fundiam ouro sem arrecadar o quinto, que deveria ser pago à Coroa Portuguesa. Por isso a região, que antes se chamava Serra do Paraopeba, passou a ser conhecida como a Serra da Moeda, justamente pela fundição de moedas instalada na serra.
          Na tradição popular, o lugar sempre foi conhecido por moeda, pela existência da antiga fundição, hoje em ruínas, sendo um dos lugares mais interessantes para serem visitados na região. (na foto acima do Evaldo Itor Fernandes, as ruínas da fundição no povoado de Moeda Velha, que fica próximo a Igreja de São Caetano) 
          Moeda, adotou esse nome em 1923. Antes seu nome era São Caetano da Moeda e era distrito de Ouro Preto. Em 1938 o nome foi alterado para Coco, passando a ser distrito de Itabirito. Finalmente, em 1953, foi emancipada, voltando a se chamar Moeda, em definitivo.
          No charmoso povoado, rodeado pelas belezas da Serra da Moeda, acontece todos os anos, no segundo final de semana de agosto, a Festa de São Caetano, que atrai gente de vários lugares das redondezas, para participar da festa, bem como conhecer as ruínas da antiga fundição e sua história.
          O município de Moeda tem o privilégio fazer parte da Serra da Moeda, uma das mais belas e deslumbrantes montanhas mineiras, pertinho de Belo Horizonte, a cerca de 35 km. (na fotografia acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, o Topo do Mundo) Com picos que variam de 1140 a 1500 metros de altitude, a cordilheira possui 70 km de extensão, abrangendo, os municípios de Moeda, Brumadinho, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto, cidades que compõem ainda o Vale do Charme.
          As cidades que fazem parte da Serra da Moeda tem ótima estrutura para receber os turistas, com excelentes pousadas, restaurantes típicos, com a melhor da culinária mineira. São opções que cabem para todo o bolso, desde o viajante estilo mochileiro ao que prefere o luxo e conforto. (fotografia acima e abaixo de Andréia Gomes)
          A vista é incrível, impressionante e um dos locais preferidos dos trilheiros, praticantes balonismo, voo livre e asa-delta que vem de todos os lugares, inclusive de outros países, atraídos pela beleza da cordilheira. (foto acima de Andréia Gomes) Na Serra, uma rampa natural, a 1500 metros de altitude, é o maior atrativo, tanto para os esportistas, tanto para quem procura apenas relaxar, com a belíssima vista, com as opções de subir a Serra de bike, a pé ou mesmo a cavalo. Conhecer a Serra da Moeda é conhecer um pouco magia singular das montanhas mineiras.

segunda-feira, 28 de março de 2016

O trem de Ouro Preto a Mariana

Conheça histórias e belas paisagens das cidades de Ouro Preto e Mariana através de um empolgante passeio a bordo da nossa locomotiva.
          De 2004 a 2006, a Vale revitalizou a antiga ferrovia construída em 1883 com 18 quilômetros de extensão, entre as cidades de Ouro Preto e Mariana, e também foi responsável pela restauração das quatro estações do percurso – Ouro Preto, Vitorino Dias, Passagem de Mariana e Mariana. Os vagões e a locomotiva foram artesanalmente reformados, conservando suas características originais. As estações de Ouro Preto e Mariana completam em 2015, respectivamente, 127 e 101 anos.
          Para que a ferrovia chegasse a Ouro Preto (estação acima) e Mariana (estação abaixo), foram necessários anos de espera e prodigiosas obras de engenharia, tamanhas eram as barreiras impostas pelas condições dos terrenos e da topografia da região.A história da construção da ferrovia de Ouro Preto, iniciada em 1883, e depois do seu prolongamento até Mariana, concluído somente em 1914, assim como a história de todo o século XIX, é capítulo importante na trajetória das duas cidades.         
          Foi ainda, no final do século XIX, com o advento da ferrovia, que se delineou o novo rumo do desenvolvimento econômico da região, tanto em relação à industrialização quanto ao aproveitamento das suas riquezas minerais, velho sonho dos mineiros que já não podiam contar mais com o ouro.
          O Trem é composto por 6 carros de passageiros, sendo 5 convencionais (240 Lugares) e 1 Panorâmico (52 Lugares) totalizando 292 lugares.
          Entre esses vagões – que mantêm o mesmo desenho dos antigos trens, com interiores em madeira –, destaca-se o panorâmico, que permite, por meio da sua estrutura transparente, a visualização completa das belas paisagens e da cachoeira.
Embarque - 
Ouro Preto 
Sexta-feira, sábado, domingo e feriados nacionais, das 9h às 17h. Tel: (31) 3551-7705. Praça Cesário Alvim, s/n. – Barra
Vendas de bilhetes de quarta-feira a domingo
Embarque - Mariana
Sexta-feira a domingo e feriados nacionais, das 9h às 17h. Tel: (31) 3557-3844. Praça Juscelino Kubitschek, s/n. – Centro
Vendas de bilhetes de quarta-feira a domingo (na foto abaixo de Fabinho Augusto, o trem chegando em Ouro Preto)
- Os passeios são realizados sextas, sábados, domingos e feriados nacionais.
- O pagamento das passagens do Trem da Vale pode ser feito por meio de cartão de crédito ou débito na Estação.
- Descontos para embarcar no Trem Turístico Ouro Preto-Mariana
Crianças até 5 anos, no colo, não pagam. Crianças de 6 a 12 anos, adultos a partir de 60 anos e estudantes (mediante apresentação de RG e carteira de estudante dentro do prazo de validade) pagam meia-entrada. A documentação deve ser apresentada no momento da compra do bilhete.
-  Os naturais de Ouro Preto e Mariana, que apresentarem comprovante de residência em nome da pessoa que está solicitando o bilhete e documento de identificação com foto tem desconto.
Fonte das informações acima:Site da Vale

sexta-feira, 25 de março de 2016

Ipatinga: a capital do Vale do Aço

(Por Arnaldo Silva) Distante 200 km de Belo Horizonte, pela BR 381, Ipatinga é uma cidade industrial, tendo no município, dezenas de indústrias de ponta, como a Usiminas (na foto acima e abaixo de Elvira Nascimento).
          Uma cidade desenvolvida, que oferece uma ótima qualidade de vida a seus cerca de 270 mil moradores. Ipatinga é o 10º município mais populoso de Minas Gerais. É considerada a capital do Vale do Aço, região industrial formada por Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e pelo colar metropolitano formado por mais 24 cidades. 
          Mesmo desenvolvida e industrial, Ipatinga preserva as origens e tradições mineiras em sua culinária destacando queijos e doces, no artesanato, nas festividades religiosas e folclóricas como os congados, presente nas comunidades rurais do município como em Ipaneminha, como podemos ver na foto de Elvira Nascimento
          Na cultura Ipatinga se destaca como um dos polos culturais de Minas Gerais, com diversas atividades culturas e teatrais pelo município, tendo como ponto principal dessas atividades, o Centro Cultural Usiminas, onde são realizados os grandes espetáculos culturais da Região. (foto acima de Elvira Nascimento, vista parcial de Ipatinga)
          Como opção de lazer, os ipatiguenses tem o Shopping do Vale do Aço e o da Usipa, além do Parque Ipanema (na foto acima de Elvira Nascimento), um dos mais belos e maiores parques urbanos de Minas Gerais com cerca de um milhão de m² com muita área verde e jardins projetados por Burle Marx, lago, quadras esportivas, pistas para caminhada e passeios de bicicletas.
          Compõe ainda a área do Parque Ipanema o Estácio Ipatingão e o Cartódromo Emerson Fittipaldi (foto acima de Elvira Nascimento). O município tem ainda o Parque Samambaias, Parque Ecológico das Águas e o Parque das Montanhas, além de belas praças com jardins e ruas arborizadas. 

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