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sábado, 3 de março de 2018

Queijo Dinho: a história de um queijo na Canastra

(Por Igor Messias*) Que a gente tenha lembrança é a partir do Dinho, nosso pai. Era uma vida simples na fazenda Água Limpa. Energia só não tínhamos a elétrica e vivíamos bem felizes! Pegar vaga-lume, aprender a nadar no Ribeirão das Minhocas com boia de cabaça e vigiar cada pé de fruta no mato pra saber quando madurava. 
          O Allan não desgrudava do pai. Quando tinha oito anos arrumou um balde velho e umas cordas roídas e falou: - Vou ajudar o senhor a tirar leite! 
          No começo o Dinho tentou desanimar ele, pois era muito novo ainda, mas não adiantou nadinha! Em pouco tempo ele estava no meio da vacada,ordenhando aquelas da tirada melhor, que desciam o leite mais fácil. 
          O queijo era como um irmão, pois assim como em quase toda a Serra da Canastra, havia na nossa casa o quartinho do queijo, onde nossa mãe Ângela os espremia nas fôrmas e ali descansavam até serem vendidos na feira de domingo. 
          Mas os pastos minguavam muito ao avançar da seca e o Dinho tangia boiada e família para a fazenda da Serra. Um lugar mais rústico ainda! Lá tinha até onça, daquelas pardas. 
          Nesse lugar tínhamos conosco nosso saudoso avô Antonio Boiadeiro, dono da genética Gir do rebanho e de um galo tão veiaco que só arriscava cantar quando percebia que o fogão à lenha ardia cavacos na escura madrugada.
Avô Antonio Boiadeiro e nosso pai Dinho no alto do chapadão da Fazenda da Serra. Foto: Igor Messias
          Tomar banho no ribeirão da Cachoeira do Lobo, espremer queijo e fazer tijolo de adobe para reformar a tapera. As caminhadas do vovô na boca da noite e avelha Brasília branca jogando lama pro alto nos atoleiros. Quantas boas lembranças!
Velha tapera de adobe na Fazenda da Serra . Foto: Igor Messias
          Mas assim como o Velho Chico, que nasce pequeno na Canastra e se torna grande no sertão, nós também crescemos e tocamos nossas vidas. Fui pra longe estudar e trabalhar e o Allan voltou para a Água Limpa onde nascemos: reformou pasto, apurou a raça do gado e fez curral novo.
          Nessas alturas já contava com sua esposa Valéria na lida diária e um dia colocaram na cabeça que era hora do irmão queijo também crescer e construir sua própria história. Ele então saiu do seu quarto e foi morar numa casa só dele pouco acima do curral, uma tal de queijaria, feita no capricho bem no pé da serra para absorver todo o terruá do lugar.
A casa nova do irmão queijo: uma queijaria ao pé da serra. Foto: Igor Messias
          Ele ainda não achou a goiabada certa pra se casar, mas assim como nós, também tratou de se registrar pra virar gente.Acreditou que a união faz a força e se juntou à Associação de Produtores de Queijo Canastra – APROCAN, à SerTãoBras, arrumou a papelada e foi ao Instituo Mineiro de Agropecuária – IMA atestar que o seu leite vem de vacas sadias e que é produzido com todo cuidado e higiene necessárias. 
          Vestiu roupa nova, ganhou prêmios, apareceu na TV, ficou famoso e agora convida todo mundo pra ir lá na sua casa conhecê-lo e experimentá-lo em seus diversos pontos de maturação.
Na foto, o Queijo Dinho, com a medalha de bronze no Mondial du Fromage, maior concurso de queijos do mundo, realizado na França.
          Valendo-se da máxima de que família não é sangue, família é sintonia, o irmão queijo não tem uma só mãe, mas várias delas, que são as vacas de onde virá o leite cru para sua composição, pois sua qualidade começa na comida que é servida a elas, que se alimentam na maior parte do tempo de pastos verdes, tem a companhia de seus bezerrinhos durante todo o período de lactação e para o seu bem estar são ordenhadas somente uma vez ao dia, sempre bem cedinho, junto do raiar do dia.
Ordenha ao raiar do dia na Fazenda Água Limpa, em Piumhi/MG . Foto: Igor Messias
          Logo terminada a ordenha o leite é levado até a queijaria, onde será adicionado o coalho, para que ocorra a coagulação, e o pingo, o grande segredo do nosso irmão queijo. O pingo é o líquido que escorreu dos queijos feitos no dia anterior e contém um exército de boas bactérias que vão ajudar o queijo do dia seguinte a ter uma maturação tranquila no futuro, pois nisso ele também é igualzinho a nós: é um ser vivo! Isso mesmo, o seu leite não passa pelo processo de pasteurização que tudo mata e conserva as bactérias locais que dão identidade a ele, como se fosse uma impressão digital sob a forma de textura, aroma e sabor que o torna único, diferente de todos os outros!
          Uma vez que o leite coagulou, a massa é colocada em panos finos e fôrmas, espremido e finalmente adquire o formato que lhe acompanhará para o resto da vida.
Queijos frescos logo após o nascimento.  Foto: Lucas Rodrigues / Arte: Roberto Betcke 
          Após dois dias o queijo é desenformado e levado para prateleiras de madeira, onde receberá cuidados diários até que esteja maturado, ou como se diz na roça, curado. É nesta fase que ele adquire as características que o tornarão único e que nos faz observar outra semelhança muito grande do irmão queijo conosco:ele às vezes se cansa da própria imagem e resolve mudar seu visual. Antenado na moda que só, ele veste uma roupa nova a cada estação. Nas cores vai do amarelo ouro ao branco neve. Na textura vai do liso sabão ao enrugado casquinha, tudo isso dependendo das condições climáticas de cada época do ano. 
O queijo e suas muitas formas de se apresentar.Fotos: Lucas Rodrigues / Valéria de Oliveira / Daniel Martins
          Mas todo esse trabalho com a aparência não seria nada não fosse o mais importante: o sabor! E chegamos então na parte final e mais gostosa dessa nossa prosa. A hora de preparar apresentações, pratos e combinações com o Queijo Dinho e servir aos amigos, familiares, clientes ou comer sozinho escondido, tanto faz.
Na hora do café, em sua versão meia cura ou maturado fica delicioso acompanhado de um doce de leite ou uma goiabada cascão.
Romeu e Julieta, a mais perfeita e mineira combinação entre doce e salgado. Foto: Lucas Rodrigues
          Na hora de receber os amigos para descontrair, sua versão extra maturada harmoniza muito bem com cervejas artesanais e vinhos especiais.
          E para compor aquela mesa e impressionar em jantares e recepções, fica lindo fatiado desse jeito:
          Mas o Queijo Dinho não tem ataques de estrelismo e vai muito bem como coadjuvante, sendo excelente ingrediente culinário na preparação de diversas outras delícias, como massas, caldos quentes, grelhados e o famoso pão de queijo. 
          Esta então é nossa família e este que vos conta a história é um sujeito meio sangue letrado, meio sangue caipira, que saiu da roça mas a roça não saiu dele. Que tendo o umbigo enterrado na Água Limpa não terá outro destino se não o retorno. Enquanto isso, alivia os corcoveios da saudade contando essa e outras histórias onde houver ouvidos interessados, nesse mundo véio desaporteirado!
Igor Messias  do Queijos Dinho
          Mas e o tal do Queijo Dinho? Onde encontrá-lo? É muito fácil, pois ele é antenado com esse mundo internético. Basta digitar Queijo Dinho no Google Maps ou no Waze para chegar até a casa dele. Mas se você não for moderno como ele, saiba que fica entre Piumhi e Capitólio, bem pertinho do Lago de Furnas. Distante só 1,7 km da rodovia MG 050. A entrada é perto do pedágio, bastando ficar atento às placas ou então perguntar na região, pois ali todos o conhecem. Ele estará de 08:00 às 17:00h te esperando tranquilão na banca de fabricar queijos em Jacarandá entalhada pelo nosso bisavô Quinca.
Dinho com sua roupa nova sobre a banca de jacarandá do bisavô Quinca. Foto: Valéria de Oliveira
          Mas se você não sabe quando virá até a fazenda Água Limpa para experimentá-lo, pode pedir pela internet, WhatsApp ou encontrá-lo em diversos locais desse Brasil.
         O Queijo Dinho está presente em todas as redes sociais e também no whatsApp: (37) 99832 2380 / (37) 99969 9220 
Atualmente à venda nos seguintes locais:
Belo Horizonte-MG: Omilía Restaurante (31) 3643 1743
Rio de Janeiro-RJ: Queijo com Prosa (21) 99754 2407, Jeito Mineiro (21) 96455 6283 e Dariquim (21) 98992 0520
Ribeirão Preto-SP: Pedacinho da Canastra (16) 98186 1714
Brasília-DF: Café Canoa (61) 21915055
Curitiba-PR: Bioalere – Cozinha Afetiva (41) 99967 4409
Piumhi-MG: Celeiro da Canastra (37) 99995 5129
Capitólio-MG: Loja da Cachaça Sossegada (37)99948 0013
*Igor Messias é Engenheiro Ambiental, professor universitário e titular do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais – COPAM (2008 a 2016). Filho do Dinho da Serra da Canastra, onde desde 1972 produz com sua família o legítimo Queijo Canastra em Piumhi – MG

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Encomendação ou Folia das Almas

(Por Maria Mineira) Hoje em dia, esses costumes estão praticamente desaparecidos. No entanto, em meados do século passado, na região da Serra da Canastra, as tradições da Quaresma, eram seguidas com profundo respeito. O ritual acontecia em algumas localidades rurais como Guiné, Serrinha, Buracas, Beira da Serra... (foto acima de André Dib)
     Não se podia cantar alto, ouvir rádio, comer carne dia de sexta-feira, cortar cabelo, fazer pagodes ou mutirões. Era tempo de jejum, abstinência, penitência e rezas. Os santos eram cobertos com um pano roxo.
     Dizia-se que o “coisa ruim” ficava solto. Tempo perigoso de aparecer assombração, lobisomem e almas penadas, nas estradinhas e encruzilhadas que davam acesso às fazendas. Tais imagens povoavam o imaginário popular.(foto acima de André Dib)
     Um costume daquele tempo era a “Recomendação das almas Folia de almas, Tirar para as Almas”. São muitas variantes, mas o objetivo era encomendar as almas do purgatório aos cuidados de Deus, por meio de orações, a fim de aliviar-lhes as penas, para que alcançassem o descanso eterno.
     A encomendação era realizada as segundas e sextas-feiras da Quaresma, quando a escuridão se estendia pela encosta e o choro do velho monjolo se misturava ao canto do curiango a noite inteira. Os lobos uivavam no morro, a onça pisava sorrateira nas folhas da copaíba, farejando um bezerro desavisado no pasto.
     Homens e mulheres podiam participar. Todos reunidos ao redor do cruzeiro ao pé da serra. Envoltos em lençóis brancos, saíam às 10 horas da noite. O ritual consistia em visitar nove ou dez casas. Se a noite estivesse muito escura, podiam levar candeias ou lamparinas.
     Vovô Joãozinho e seu compadre Pedro, guardavam de cor as rezas e regras a serem observadas. Minha mãe, avó e as vizinhas sabiam os cânticos de cor e os entoavam emprestando ao ato um tom triste e piedoso. Com as matracas e os berra-bois, saíam de casa em casa; os encomendadores de almas, até a madrugada, com cantos fúnebres e arrepiantes.(fotografia de André Dib)
     O Capitão do grupo anunciava a chegada diante de uma residência, jogando um punhado pedras no telhado. A família não podia abrir a porta e nem acender as lamparinas. Jamais olhar pelas frestas, sob pena de ver seres do outro mundo. Quando alguém mais incrédulo se atrevia, levava pedradas. 
     Os moradores costumavam deixar uma gamela com quitandas numa mesa posta no terreiro. Dentro da casa, as crianças apavoradas, choravam de medo com o barulho das matracas. Até os adultos tremiam.(foto abaixo de André Dib)
     Meu avô Joãozinho, era o capitão e cantava:
—Acorda, acorda pecador!
     Lá dentro alguém respondia:
—Pecador num tá dormino!
—Assim como Deus num dorme,
—nóistamém num durmiremo.

     Todos ficavam quietos e rezavam em silencio enquanto lá fora a turma dos encomendadores dizia:
—Nessa casa mora gente
—Que vai ficá cum Deus!
     Sem jamais olhar para trás, lentamente caminhavam noite adentro cantando:
—Da vara nasceu a rama
—Da rama nasceu Maria
—Reza pras benditas almas
—Padre nosso, Ave-Maria!

     Acreditava-se que se alguém da procissão olhasse para trás, veria as almas, pois, estas seguiam o grupo até o final do percurso, aguardando a sua hora de ganhar salvação.
     Outra coisa interessante é que ninguém podia abrir porteiras ou colchetes. Era preciso passar por cima ou por baixo dos mesmos. 

     Quando uma pessoa mais idosa ia junto, precisava de ajuda para subir nas porteiras. Isso tudo fazia parte da penitência.
Minha mãe conta que acompanhou muitas procissões e não raras vezes, acontecia muita coisa inesperada aos caminhantes noturnos. 

     Em algumas ocasiões eram atacados pelos cães de guarda das fazendas. Nessa hora não havia como não quebrar as regras. O dono da casa tinha que sair e prender os animais. Era uma correria de gente gritando e subindo nas tábuas do curral, se embaraçando nos lençóis, fugindo da cachorrada.
     Assim seguia a romaria noturna, sem nunca voltar pelos mesmos caminhos. Quando os galos ensaiavam os primeiros cantos e as árvores ficavam cheias de canarinhos anunciando a aurora, chegavam à última casa. Nessa hora podiam ser recebidos com uma farta mesa de café e quitandas.
     O ritual só terminava na sexta-feira da Paixão, à meia noite, ao pé da cruz das almas. (foto acima de André Dib)Então, todos ajoelhados, cantavam uma música antiga, os mistérios do terço, finalizando com esses versos:
—Santa Maria Imaculada,
—Mãe de Nosso Senhor Jesus
—Por Ela, nos abençoa e guarda.
—Em nome da Santa Cruz!

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Morro do Pilar: o que fazer e como chegar


(Por Arnaldo Silva) Morro do Pilar é um pacato e encantador município de Minas, de alto valor histórico, cultural e econômico para o Estado de Minas Gerais. Foi em Morro do Pilar que foi fundada a primeira Siderúrgica do Brasil, dando início ao processo de industrialização do Estado. 
          O município conta com cerca 3.200 habitantes. Distante 150 km de Belo Horizonte, Morro do Pilar faz divisa com os municípios de Conceição do Mato dentro, Santo Antônio do Rio Abaixo, Itambé do Mato Dentro e Carmésia. A maior cidade próxima é Itabira, que está apenas 54 km de Morro do Pilar. Até 1842, Morro do Pilar era distrito de Conceição do Mato Dentro. A partir desta data, passou a pertencer ao Serro MG, sendo emancipada em 12 de dezembro de 1953. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
História
          As terras do atual município, começaram a serem exploradas desde 1701, com a descoberta de ouro na região. Com o aumento da exploração mineral, novos exploradores foram chegando e assim surgindo o arraial. Uma pequena capela foi construída em homenagem a Nossa Senhora do Pilar nesse período.
          Em 1789, foi construído um novo templo, maior, que substituiu o anterior. (na foto acima do Nacip Gômez, a atual Matriz de Nossa Senhora do Pilar)
          E o arraial foi crescendo e prosperando, até o início do século XIX quando a exploração mineral entrou em declínio. Esse fato poderia ter significado o fim do vilarejo, mas devido a ação do intendente dos diamantes, Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, em 1809 foi iniciada a construção da primeira fábrica de ferro do Brasil - a Real Fábrica de Ferro.
O início do siderurgia mineira
           Um projeto arrojado e inovador para a época, marcando o início da siderurgia mineira, fazendo com que  pequenas fábricas surgissem ao longo dos anos seguintes e por fim, o surgimento de  grandes empresas em Minas Gerais, começando pela Belgo Mineira, que iniciou suas atividades em 1921. 
          Em 1814 a Real Fábrica de Ferro produziu ferro líquido, fato histórico e marcante para a América Latina na época. 16 anos depois, em 1830, encerrou suas atividades. 
          As ruínas da Real Fábrica de Ferro são atrativos aos visitantes que podem ir ao local conhecer o início da industrialização em Minas.
         Hoje, as atividades econômicas principais do município estão voltadas para a produção agropecuária como produção de leite, milho, mandioca, laranja, banana, cana-de-açúcar e plantações de eucaliptos. 
          Existe também a indústria de transformação e mineração, além de comércio variado e artesanato. Mas sua vocação maior hoje é o turismo já que o município e dotado de belezas naturais que encantam os turistas. Um desses encantos é a Serra do Cachimbo que tem esse nome por lembrar um cachimbo.
Belezas naturais
          Morro do Pilar pode ser descrita como um lugar abençoado pela natureza, sossegado e tranquilo. História, cachoeiras, vida tranquila, simplicidade e o melhor de Minas, a nossa refinada culinária e a hospitalidade do seu povo.
          Por todo o município encontra-se serras, cachoeiras e rios como o Rio Picão e o Rio Preto, ambos com mata ciliar exuberante, água limpa  e cristalina. As cachoeiras mais procuradas são as cachoeiras da Naná  , do Tombo (na foto acima de Marcelo Santos)da Fumaça, do Lajeado, do Pica-pau e a da Santa.
Principais eventos da cidade
          O Forró do Morro, que é um evento tradicional na cidade, acontece todos os anos em julho. A tradição do Reinado de Nossa Senhora do Rosário é marcante no município, bem como a Folia de Reis, entre o Natal e o dia 6 de Janeiro e o carnaval, que é um dos melhores da região. (na foto acima do Marcelo Santos, a Matriz de Morro do Pilar)
Como chegar 
- De ônibus: Não tem ônibus direto para Morro do Pilar. Na rodoviária de Belo Horizonte, você pega o ônibus que vai até Itabira e de lá outro para Morro do Pilar. A empresa que faz o trajeto é a Saritur. Informações de horários e tarifas:(31) 3479-4300 
De carro: Partindo de Belo Horizonte, pegue a MG 10 até Lagoa Santa. De lá siga até a Serra do Cipó. Quando chegar no entroncamento entre Conceição do Mato Dentro e Morro do Pilar, vire a direta, pegando a MG 232. 
(na imagem acima do Marcelo, a Cachoeira da Naná, uma das mais belas cachoeiras do município)

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Refogado com umbigo de bananeira

(Por Maria Mineira) Minhas avós me deixaram inúmeras memórias afetivas ligadas à cozinha. Ainda hoje ao preparar pratos simples, sinto o sabor da infância. Me recordo de raspar a tacha de doce, “roubar” bolinhos de chuva enquanto ela fritava. Tudo isso se eternizou em meu coração.
          A receita que trouxe hoje, era da Vó Benvinda. Sempre foi uma das minhas preferidas, faço sempre que posso!
Ingredientes
. 2 umbigos de bananeira
. 2 dentes de alho
. 1 cebola grande cortada em rodelas xícara finas
. Óleo e sal a gosto
. Limão
. Caldo de carne
. Pimenta bode e cheiro verde à vontade
Modo de fazer
- Retire as primeiras folhas, pois são duras. 
- Corte o umbigo em rodelas bem finas. 
- Coloque tudo que cortou em uma panela com água e o caldo de um limão no fogo para ferver. 
- Troque a água para tirar o amargo e escorra. 
- Depois pegue uma panela coloque o óleo, o alho amassado e quando fritar coloque o umbigo escorrido, acrescente a cebola para cozinhar junto no final. 
- Mexa e coloque o caldo de carne e o sal. 
- Tampe a panela e deixe cozinhar por uns 15 minutos e está pronto para ser servido com arroz branco, carne ou frango.
- Espalhe sobre o prato cheiro verde a seu gosto.
• O limão serve para que as folhas não fiquem escuras. Vinagre substitui bem.
          O umbigo da bananeira é rico em fibras, proteínas e vitaminas, ajuda no funcionamento intestinal, previne a prisão de ventre, a osteoporose e a anemia, além de aumentar a imunidade, e ajuda na redução dos sintomas do estresse e ansiedade. (Receita e fotos de Maria Mineira - São Roque de Minas)

Santana dos Montes: a preciosidade histórica de Minas

(Por Arnaldo Silva) A 120 km de Belo Horizonte, com acesso pela BR-040, Santana dos Montes é uma das mais belas cidades históricas de Minas. Carinhosamente chamada de "Cidade Natureza", está na junção entre o Cerrado e a Mata Atlântica, o que possibilita uma beleza diferenciada em sua natureza
          Por isso que o município possui várias cachoeiras, córregos, uma fauna e flora diversificada e paisagens exuberantes, sendo a mais impactante, a Serra do Espinhaço. Santana dos Montes faz divisa com Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Rio Espera, Lamim, Capela Nova, Caranaíba e Cristiano Otoni, na Região Central Mineira. (fotografia acima de César Reis)
          As paisagens de Santana dos Montes (foto acima de Sérgio Mourão/Encantos de Minas) encantam os turistas que tem a opção de conhecer essas belezas através de trilhas a cavalo e charretes. É uma das melhores opções em Minas Gerais para quem quer sossego e paz em meio a natureza. A cidade é pequena, pacata, charmosa, onde vivem cerca de 3.469 pessoas, segundo Censo Demográfico do IBGE.
          Originou-se de um pequeno povoado, chamado Morro do Chapéu, no século XVIII, sendo reconhecido como distrito em 1840, pertencendo a Conselheiro Lafaiete até 30 de dezembro de 1962, quando foi emancipado. (na foto acima do César Reis, o Centro da cidade visto do adro da Igreja)
          Tanto na zona urbana, como na zona rural, os imponentes casarões, muitos deles do período Colonial e Escravocrata, guardam relíquias e histórias do nosso Brasil. (fotografia acima de Sérgio Mourão/Encantos de Minas) São belíssimos e muito bem preservados, sendo que alguns desses casarões, na zona rural, viraram hotéis-fazenda. A maioria dos casarões são tombados pelo IEPHA (Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico), fazendo parte do patrimônio de Minas, o que fez com que a cidade se integrasse ao Circuito Turístico Villas e Fazendas de Minas Gerais.
          Em Santana dos Montes as tradicionais festas mineiras se fazem presentes. Nos fins de semana do mês de julho, no Largo da Matriz, acontece a Festa da Padroeira com shows musicais que tem músicas barrocas, serestas e da atualidade, além de barracas, quadrilhas e festividades religiosas.
Uma outra festa importante no município que envolve todos os moradores e atrai visitantes de outras cidades é a Festa de Nossa Senhora do Rosário, com apresentação dos cortes de Reinado. A Semana Santa é um evento religioso que envolve toda a comunidade em torno da representação da Paixão de Cristo. (fotografia acima de Sônia Fraga)
          Em dezembro, entre o natal e o dia 6 de janeiro, a Folia de Reis se faz presente, tradicionalmente. O carnaval também é uma festa popular no município, diferente de outras localidades porque na cidade essa festa tem ares familiares e tradicionais, com o objetivo de preservar a qualidade de vida dos santanenses.
Principais atrativos da cidade
Praça da Matriz de Santana
          Construída em 1749, ao longo dos séculos passou por inúmeras modificações, existindo apenas as portas e janelas, do tempo de sua inauguração. Mesmo assim, é uma belíssima igreja e um patrimônio histórico. (foto acima de Sônia Fraga)
Museu Latino Americano de Tecnologia Rural
          Esse museu guarda cerca de 250 peças do trabalho rural no século XIX e XX em Minas e também algumas peças vindas de países latinos como Honduras, El Salvador, Bolívia, Guatemala e outros. Por isso o nome.(cobra-se para entrar)
Cachoeira do Santinho
          O acesso não é fácil, um pouco distante da zona urbana e das tradicionais fazendas locais, mas é uma das mais procuradas devido sua beleza e por  estar no local ruínas de uma antiga usina hidrelétrica
Cervejaria e Vinícola artesanal.
          Em Santana você pode apreciar a famosa Cerveja Loba e o Vinho dos Montes. Para os apreciadores de cachaça, tem a Cachaça Itaveravense, produção tradicional, envelhecida em tonéis de amburana. Esses produtos você encontra na Fazenda Guarará.
           A fazenda é aberta a visitação e você pode conhecer o processo de produção da cerveja que tem os rótulos lager, pale ale e weis. 
Da mesma forma o vinho. O visitante pode conhecer a adega, bem como os parrerais que ficam na fazenda. As uvas plantadas são das espécies merlot, shiraz, cabernet franc e tempranillo. O vinho dos Montes é de ótima qualidade.
Onde ficar?
          Boa parte das fazendas coloniais de Santana dos Montes são hoje hotéis-fazenda e alguns casarões também viraram pousadas. (foto acima da Fazenda Fonte Limpa por Sérgio Mourão) Oferecem ao visitante conforto, qualidade nos serviços e permite ao visitante, a sensação de voltar ao tempo. 
          Está tudo como era no século XVIII e XIX. Além de viver a história, essas fazendas tem belezas naturais onde o visitante pode conhecer a pé ou a cavalo. 
          Estar em Santana dos Montes é vivenciar a calma e tranquila vida no interior mineiro. Cidade idílica, pacata, aconchegante e seu povo, acolhedor, recebe a todos de braços abertos. 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Plantar e Colher

(Por Marina Alves) Cresci numa família de agricultores e vem daí minha paixão por plantar. Meu pai se dava bem com a terra, e dela tirava todos os alimentos que abasteciam nossa mesa. Desde criança acompanhei as oscilações da Natureza, no movimento naturalmente cíclico das estações, na alternância entre enchentes e estiagens: janeiros ao rigor da chuvarada ou temporadas de sol causticante rachando a terra.
          Meu pai plantava lavouras de arroz, feijão, milho, batata e mandioca que sustentavam a família durante o ano inteiro. Também cultivava jiló, quiabo, tomate e abóbora que serviam à vizinhança e supriam mercadinhos na cidade. Mas o que eu gostava mesmo era do cercado construído ao lado da casa, com suas hortaliças saudáveis e viçosas: pés de couves enormes, tenras alfaces, almeirões, mostardas, chicórias, alho e ervas de temperos. A cebola e o alho, depois de colhidos e secos, eram trançados em réstias, normalmente, dependuradas a um canto da despensa, para o uso da casa.
          Minha memória olfativa selecionou entre os melhores cheiros, aqueles que rescendiam dos canteiros aguados ao fim das tardes, quando o ar era terra molhada, cebolinha, salsa, hortelã e manjericão, se misturando numa profusão de odores exóticos a penetrar pelas narinas. Como esquecer a sensação daqueles aromas trazendo paz e aconchego, acalmando cansaços e fadigas de mais um dia?
          Não tínhamos luxo, mas vivíamos numa comunhão bonita com a Natureza. Era bom seguir a faina dos tempos de plantar, colher e beneficiar os víveres que iriam para nossa mesa. Arados revolvendo a terra, enxadas na capina, foices nos roçados, o feijão secando em grandes bandeiras nos terreiros, à espera de ser batido com longas e finas varas de bambu, a fim de que os grãos se desprendessem das vagens e pudessem ser armazenados nas sacas.
          Arrancar a mandioca, descascar, lavar, ralar, prensar, até vê-la em farinha morena torrada em tachas, sobre fornalhas, à sombra de uma antiga mangueira, à porta da cozinha, era outra alegria. Dos extensos mandiocais a sumir de vista, vinha também o polvilho, branco e sequinho que durante muito tempo proveria as quitandas da casa, nas delícias do pão de queijo caseiro ou o biscoito frito em gordura de porco, coisas de Minas, do povo da roça.
          Do milho ainda verde era feito o mingau, a pamonha, broas e bolos. Uma vez maduras, as espigas eram colhidas, debulhadas, moídas no moinho d’água movido por um ribeirão ao fundo da casa, e nos abastecia com o fubá, usado para o feitio de tantos outros pratos deliciosos. Tudo tão puro, tão organicamente saudável, sem quaisquer aditivos ou processos de industrialização.
          A vida não era fácil. Mas poucas coisas são tão gratificantes como colher o próprio alimento cultivado com trabalho e suor. Penso no privilégio que tive em poder usufruir de tudo isso, sinto uma saudade imensa de tudo e sou grata pela oportunidade de poder ter vivenciado experiências tão ricas.
          Hoje, passando por um determinado bairro da cidade, me deparei com alguns canteiros plantados rentes à rua. Não sei quem é o dono daquela hortinha que convive corajosamente com o asfalto, mas tenho pra mim, que deve ser alguém que nasceu para plantar: mãos que nascem para a terra sempre acham um cantinho para conversar com ela, ainda que seja num canteirinho em meio à selva do cimento e do concreto.
Marina Alves é escritora e morada de Lagoa da Prata MG

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Soledade de Minas e o passeio no Trem das Águas

(Por Arnaldo Silva) Soledade de Minas é uma pequena, charmosa, atraente e hospitaleira cidade do Sul de Minas, com pouco mais de 6 mil moradores. Faz parte dos circuitos turísticos das Águas e Estrada Real. Distante 391 km de Belo Horizonte, 291 km do Rio de Janeiro, 332 km de São Paulo e apenas. A cidade está apenas 6 km de São Lourenço e a 18 km de Caxambu, duas das mais famosas estâncias hidrominerais do Sul de Minas. 
          Aos longo dos anos, a cidade vem se desenvolvendo, se transformando numa das mais interessantes cidades turísticas da região, principalmente pela Maria Fumaça, que sai de São Lourenço, num trajeto de 12 km até Soledade de Minas. 
          Já na Estação Ferroviária da cidade, o visitante tem como atração os artesanatos locais, muito variado, além da culinária artesanal, tipicamente mineira. Gostoso também é dar umas voltas pelas calmas ruas da cidade, visitar sua matriz, experimentar a gastronomia mineira nos restaurantes da cidade e curtir um pouco a vida em uma típica cidade do interior mineiro. 
Como chegar e o passeio de trem
          Para chegar a Soledade de Minas, o acesso é pela MGC-383, a mesma rodovia que leva às vizinhas São Lourenço (ao Sul - 6 km) e Caxambu (ao Norte - 18 km).
          Nos tempos do auge da ferrovia em Minas Gerais, Soledade de Minas estava na centro de várias linhas férreas, tendo sido um dos principais entroncamentos ferroviários do Sul de Minas, o que fez da cidade ser um centro de grande movimentação de pessoas que usavam os ramais ferroviários que passavam pela cidade. 
          Com o fim do transporte de passageiros, ocorreu uma drástica redução na movimentação da cidade, tendo sido restabelecida no início do ano 2000, com a volta da Ferrovia à cidade, fazendo a ligação de Soledade de Minas com São Lourenço. Mesmo sendo viagens nos fins de semana e feriados, o retorno do trem significou melhoras significativas na economia da cidade.
O trem das águas 
          É o famoso Trem das Águas, numa viagem emocionante, por 12 km, cortando as paisagens da Serra da Mantiqueira e cruzando o Rio Verde, levando o turista a uma nostálgica volta ao passado.
Chegando na Estação, além do artesanato, da culinária mineira, dos produtos artesanais feitos na cidade, barraquinhas com lembranças da cidade, encontra-se ainda na Estação o Museu Ferroviário, que leva o visitante a conhecer a história da ferrovia na cidade e região composto por várias peças.  
Potencial turístico
          Soledade de Minas possui um grande potencial turístico e aos poucos, o poder público e seus moradores vem percebendo esse potencial e investimento no setor, cuidando bem de sua cidade, que está crescendo com qualidade, oferecendo aos turistas momentos e lembranças inesquecíveis.
Uma típica cidade do interior mineiro 
          Soledade é uma cidade simples, pequena, mas muito bem cuidada, com ruas limpas, povo tranquilo, educado. É uma cidade confortável, pacata. Além do turismo, a economia local é a agricultura é um dos mais importantes setores da economia local com destaque para a cafeicultura. Os cafés de Soledade são ótimos, bem como seus doces, queijos e quitandas diversas. 
Opinião de visitante
          As fotos que ilustram a matéria são de autoria de Cássia Almeida, (na foto), de Maria da Fé MG e resumiu assim sua passagem e impressões sobre a cidade: "Tem sido procurada como cidade dormitório por muitos que trabalham em São Lourenço, que fica a menos de dez minutos de carro. O Trem das Águas, que funciona nos finais de semana e feriados, é o que movimenta a pacata cidade. Artesãos e comércio local esperam pela vinda do trem para verem seus pontos com movimento. Ficam todos a esperar pelo trem. A paisagem é muito bonita, de qualquer ponto que se olha. O entardecer é sempre divino."

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Monte Verde: um cantinho da Europa em Minas

(Por Arnaldo Silva) Monte Verde é distrito de Camanducaia MG, no Sul de Minas. A cidade fica a 451 km de Belo Horizonte e a 136 km de São Paulo. Seu mais importante distrito, Monte Verde, vem a cada ano atraindo a atenção de turistas de tudo o Brasil, devido sua arquitetura, seu clima bem frio e por sua altitude. Se fosse cidade, Monte Verde seria a de maior altitude em Minas Gerais e a segunda maior do Brasil com 1554 metros de altitude. (fotografia acima da @fabi_ffernandes)
          O inverno em Monte Verde é rigoroso, lembra muito o clima europeu. Normalmente as temperaturas no inverno ficam próximas do zero grau e as vezes abaixo bem abaixo disso, com geadas fortíssimas, como podem ver na foto acima do Ricardo Cozzo. 
           É o lugar ideal para casais e famílias que buscam tranquilidade e momentos românticos a dois, se aquecendo nas chamas de uma lareira, acompanhados de um bom vinho e chocolates quentes deliciosos. Quem vem à Monte Verde percebe uma saudável mistura da cultura Europeia, com Cultura Mineira, principalmente na gastronomia, mas com um toque especial que só os mineiros tem, a hospitalidade. (fotografia acima de WDiniz e abaixo de Anthony Cardoso - @anthonyckn)
          Monte Verde tem uma ótima estrutura para receber os turistas. São vários hotéis e pousadas, desde as mais simples, até as mais luxuosas, que oferecem conforto, tranquilidade e sossego.
          O turismo em Monte Verde é muito diversificado, com opções tanto para crianças, adolescentes, para jovens, casais enamorados e para a terceira idade, com lojas atraentes e aconchegantes, praças elegantes, ruas pitorescas e charmosas, com calçadas largas, arborizadas e com jardins. 
Arquitetura europeia
          Muitos pensam que a arquitetura de Monte Verde é alemã ou Suíça. Não é.  Os fundadores do distrito vieram da Letônia, no Leste Europeu. Por considerar a paisagem local semelhante ao seu país de origem, que fica na divisa com a Rússia. Antes, o país era uma das  repúblicas ex União Soviética, fato que fez muitos letões se refugiarem em outros países, entre eles o Brasil, depois da Primeira Guerra Mundial, se intensificando após a Segunda Guerra Mundial. (fotografia acima de Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta)
          Em Morte Verde chegaram em 1950, adquirindo uma fazenda, que virou povoado e hoje é  Monte Verde. Além da cultura, deixaram a arquitetura que lembra muito os chalés e casas em madeira, com detalhes das construções europeias do século XX. 
Gastronomia, chocolateria e cervejaria
          Para os amantes do chocolate, Monte Verde é um paraíso. São várias chocolaterias espalhadas pelas ruas do distrito oferecendo dezenas e dezenas de sabores diversos. É uma verdadeira tentação! (fotos acima e abaixo da Mônica Milev do Chocolate Montanhês)
          A chocolateria mais famosa do distrito, que produz chocolates de primeira e inclusive com receitas próprias é a Chocolate Montanhês, com chocolates no melhor estilo europeu.
          Além da culinária mineira, presente nos restaurantes, hotéis e pousadas de Monte Verde, o turista pode apreciar pratos alemães como o chucrute e o “Schlachtplatte” que nada mais é que joelho de porco com 5 tipos de salsichas diferentes e três tipos de mostardas, além de outros pratos da culinária do Velho Continente. (foto acima do Ricardo Cozzo)
Cervejaria Fritz
          
Em Monte Verde o turista pode conhecer a tradicional cervejaria Fritz, fazendo um tour pela fábrica, para acompanhar o processo de produção da cerveja. (fotografia acima via @fritz.monteverde)
          A opção por montar uma cervejaria no local se deve a semelhança da água disponível no distrito ter propriedades similares a água da República Tcheca, onde são produzidas cerveja de altíssima qualidade. Água de qualidade é um dos fatores essenciais para que se tenha uma cerveja e shop de qualidade.
Esportes radicais
          Pra quem curte esportes radicais e aventuras, Monte Verde encontra diversão na terra, na água e nas alturas com opções que vão de tirolesa a trilhas pelas montanhas da Mantiqueira, passeios de quadriciclo, paint ball, mega tirolesa, descida de boia-cross pelas corredeiras do Rio Jaguari ou mesmo curtir a beleza das paisagens montanhosas e paisagens enigmáticas da Serra da Mantiqueira. 
Mais sobre Monte Verde
          Quem se interessar por mais informações sobre Monte Verde, sua cultura, artesanato, história, arquitetura, belezas naturais, bem como dicas de hotéis, pousadas, restaurantes, e eventos que acontecem no distrito durante o ano pode entrar em contato com a Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde pelo telefone (35) 3438-1839 ou também acessar o site monteverde.org.br.

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