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segunda-feira, 2 de junho de 2025

As 12 mais belas cachoeiras de Minas Gerais - Parte II

(Por Arnaldo Silva) Cachoeiras em Minas Gerais é o que não falta. São milhares espalhadas pelos 853 municípios mineiros e 1842 distritos. Todas são lindas e impactantes. Selecionamos 24 cachoeiras divididas em 12 partes. Consideradas as mais lindas de Minas Gerais, algumas dessas cachoeiras são verdadeiros cartões postais de várias cidades e do estado como a Cachoeira da Cascadanta em São Roque
de Minas.
Conheça as 12 cachoeiras da segunda parte da série:
01 - Cachoeira da Estiva em Carvalhos MG
 
 Fotografia: Jerez Costa
          A Cachoeira da Estiva fica no povoado de Franceses, em Carvalho, no Sul de Minas. Cidade famosa por suas trilhas e cachoeiras como a do Funil, dos Franceses e a da Prainha, mas a mais famosa e visitada é a da Estiva com uma queda de 70 metros, formando um poço de água fria e cristalina. Lugar ideal para um piquenique, descanso em família e relaxar, em meio a uma vasta e linda paisagem natural.
02 - Cachoeira do Caldeirão em Baependi MG
Fotografia: Jerez Costa
        A Cachoeira do Caldeirão é umas das mais belas cachoeiras de Baependi e região Sul de Minas. Sua queda é bem pequena mas volumosa. Suas águas formam uma enorme piscina natural, muito procurada por banhistas nos dias quentes. O local não é muito difícil de chegar, são 28 km de estrada de terra mas sem sinalização. Para quem não é da região, melhor contratar serviços de guias, disponíveis na cidade.
03 - Cachoeira do Sucupira em Uberlândia
Fotografia: Eudes Cerrado
        A Cachoeira de Sucupira (na foto acima de Eudes Cerrado) se localiza a 17 km do centro da cidade, na zona rural, sentido Leste, entre as rodovias BR- 050 e BR- 452. Possui queda d´água de 15,00 m. e com um paredão de 25 a 30 m de largura. Suas águas são claras e sem poluição, servindo como ponto turístico e local de lazer para a população de Uberlândia.
04 - Cachoeira de Carlos Euler
Foto: Rildo Silveira
        Carlos Euler é distrito de Passa Vinte, no Sul de Minas, com origem no início do século XX, com a chegada da ferrovia na região. Com linha do trem, foi criada uma estação, um povoado com um charmoso casario em estilo colonial e eclético, hoje um dos patrimônios ferroviários de Minas. Além da beleza de Carlos Euler, sua exuberante natural se destaca, principalmente por uma das mais belas cachoeiras do Sul de Minas, a Cachoeira de Carlos Euler 
        Fica apenas 5 km da pequena e pacata cidade de Passa Vinte, com cerca de 2 mil habitantes. Do distrito até a cachoeira são 800 metros de trilha e suas águas são limpas, cristalinas e geladas, um convite ao descanso nos dias quentes de verão ou mesmo, relaxamento em dias frios, em torno de uma vasta paisagem Mata Atlântica que circunda a cachoeira.
05 - Cachoeira Alta em Ipoema
Fotografia: Sérgio Mourão
        A Cachoeira Alta fica em Ipoema, distrito de Itabira a 98 km de Belo Horizonte. Da praça do distrito até a cachoeira, são 12 km. É uma propriedade particular, com acesso não muito difícil e muito procurada por praticantes de canyoning, banhistas e por quem ama a natureza. Cobram taxa de entrada. São 97 metros de queda de uma das mais belas cachoeiras não só de Minas, mas do Brasil. Fica perto do Povoado São José do Macuco e por isso é chamada também de Cachoeira do Macuco.

06 - Cachoeira dos Cocais em Fabriciano
Fotografia: Elvira Nascimento
        A Cachoeira dos Cocais fica na Serra de Cocais, em Coronel Fabriciano no Vale do Aço, uma das áreas mais preservadas e lindas de Mata Atlântica em Minas Gerais. Apesar da vegetação densa a área onde está a cachoeira é aberta com muito espaço para banhos. Ao longo do percurso das águas da cachoeira, existem vários poços e pontos onde a correnteza é bem forte, requerendo cuidado com as pedras escorregadias. O local também é procurado para práticas de esportes radicais e fica na zona rural, distante 18 km do Centro de Coronel Fabriciano. 
07 - Cachoeira das Maçãs em Cabeça de Boi
Fotografia: Sérgio Mourão
        A Cachoeira das Maçãs fica em Cabeça de Boi, distrito de Itambé do Mato Dentro a 120 km de Belo Horizonte. Está situado a 20 minutos do balneário do Intancado. Tem fácil acesso, embora a pessoa terá que caminhar descalça no leito do Rio do Rio Preto e enfrentar algumas pedras pelo caminho. Mas nada que seja empecilho. A cachoeira é muito linda, com paredões ao redor e um poço raso. 
        Diz a lenda, que um grupo de jovens foi para o local e como estava frio e a água bem gelada, jogaram um saco de maçãs no poço para encorajá-los a entrar na água. A partir dai o nome se popularizou, sendo hoje a cachoeira, um dos lugares mais procurados na região.
08 - Cachoeira dos Garcias em Aiuruoca MG

Fotografia: Marlon Arantes
        A Cachoeira dos Garcias  fica em Aiuruoca, no Sul de Minas. É uma das mais belas e mais procuradas da região. São 30 metros de quedas e suas águas formam uma linda piscina natural, perfeita para banhos. O acesso é pela BR 267, a partir do km 5. Até certo ponto o acesso é a pé, mais ou menos 20 minutos. Por ser um acesso difícil, recomenda-se o acompanhamento de guia.
09 - Cachoeira da Jibóia em Uruana de Minas
Fotografia: Eclésio Rodrigues - Enviada por Gilberto Valadares
        A Cachoeira da Jiboia (na foto acima de Eclésio Rodrigues, enviada pelo Gilberto Valadares) é uma queda-d'água situada na divisa dos municípios Unaí e Uruana de Minas no Noroeste de Minas Gerais. Sua queda, com cerca de 144 metros de altura (que atrai praticantes de rapel), termina em um poço com diâmetro de 30 metros que, no inverno, exibe tonalidades esverdeadas. Suas paredes, de vegetação espessa, abrigam centenas de andorinhões.
10 - Cachoeira do Tempo Perdido em Capivari
Fotografia: Rodrigo Firmo/@praondevou
        A Cachoeira do Tempo Perdido fica em Capivari, distrito da cidade do Serro, no Alto Jequitinhonha. É uma das mais belas e mais procuradas da região. Está a 39 km de distância do centro do Serro e apenas 21 km de Milho Verde, o mais famoso distrito do Serro. O caminho é meio difícil mas compensa pela beleza do local, pela água limpa e cristalina e um poço de águas tranquilas, delicioso para um bom banho e suas areias brancas em volta do poço, são um convite para o relaxamento. A cachoeira fica numa propriedade particular e cobram uma taxa de manutenção. 
11 - Cachoeira do Paredão em Guapé

Fotografia: @studioquinaas
Guapé é uma cidade turísticas mineira, no Sul de Minas, banhada pelo Lago de Furnas. Além das belezas do lago, em Guapé está o Parque Ecológico do Paredão, formado por uma enorme fenda entre serras, paredões de pedras, mata nativa, trilhas e três belíssimas cachoeiras, a Cachoeira do Paredão. Distante apenas 15 km do centro da cidade, na cachoeira o visitante encontra uma boa estrutura, com restaurante, área para camping, banheiro, e churrasqueira.
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01 - Cachoeira do Filó
Fotografia: Guia Amauri Lima
        Localizada em São João Batista do Glória, na Parnacanastra, próximo a Capitólio MG, a Cachoeira do Filó é uma das mais visitadas por quem vai à Capitólio MG e região, devido sua beleza, tranquilidade e fácil acesso. São apenas 15 metros de queda d´água que formam um poço de 12 metros de profundidade. Por ser de fácil acesso, a cachoeira é muito procurada por famílias com crianças e pessoas de mais idade. Fica apenas 100 metros da MG-050, próximo ao Mirante dos Cânions de Capitólio MG. 
Fotografia: Amauri Lima
        Na alta temporada e principalmente nos fins de semana e feriados, a cachoeira costuma ficar bem cheia, mas fora da alta temporada, é bem tranquila e praticamente vazia nos dias úteis.
NOTA: A maioria dessas cachoeiras estão em Parques Ambientais ou em propriedades particulares. Em algumas, a entrada é gratuita, em outras, são cobradas taxas por visitante. Pesquise antes os preços cobrados e verifique as regras de permanência nos locais.

A Cachoeira da Usina em Conceição das Pedras

Fotografia: José Valmei
(Por Arnaldo Silva) Casinhas charmosas aos pés da uma imensa cachoeira, mata nativa em redor. É a Cachoeira da Usina, em Conceição das Pedras, no Sul de Minas, a 450 km da capital, cidade com limites territoriais com Natércia, Pedralva, Cristina, Olímpio Noronha e Jesuânia. Tem esse devido a construção de uma hidrelétrica em meados do século XX, que gerava energia elétrica para Conceição das Pedras, Santa Rita do Sapucaí, Natércia e outras cidades das redondezas.
Fotografia: José Valmei
        As águas que despencam a 50 metros de altura, numa largura de 4 metros, em 5 quedas, formam um poço de 20 metros de diâmetro e apenas 30 cm de profundidade. As águas da cachoeira é formada pelo Rio das Pedras e afluentes. No centro do poço, uma pedra enorme permite aos visitantes sentar e ficar admirando a beleza do lugar e ouvir o barulho da queda das águas.
Fotografia: José Valmei
        Foi desativada no final do século passado, restando atualmente um pouco de sua estrutura que conta um pouco de sua história e importância para a região. Como por exemplo as casas dos colonos, as casas de máquina, a casa do diretor da usina e algumas marcas das tubulações das comportas. Com o tempo, algumas construções da época foram demolidas devido a má conservação.
Fotografia: José Valmei
        O que restou foi o que a vista veem nas fotos acima. Uma linda vista da estrada com charmosas casinhas brancas ao pé da serra. Essa estrada hoje faz parte do Caminho de Nhá Chica, indo para Natércia. Das casinhas, tem-se uma linda vista da cachoeira e sua beleza em redor. No local, há um espaço gramado muito usado por ciclistas e visitantes que param para descansar e contemplar a beleza do lugar.

terça-feira, 27 de maio de 2025

3 cidades mineiras indicadas a Melhores Vilas Turísticas do Mundo

(Por Arnaldo Silva) Mais uma vez cidades e vilas mineiras de Minas Gerais se destacam no Brasil. É o caso de três cidades mineiras, escolhidas entre várias vilas e cidades, indicadas para concorrer ao prêmio de “Melhores Vilas Turísticas do mundo” pela ONU Turismo. Criado em 2021, a premiação é anual. Em novembro de 2025 a ONU anunciará, em sua Assembleia Geral as cidades e vilas vencedoras.
Grão Mogol MG - Fotografia: Bruno Lages
Quem indica?
        As vilas e cidades são indicadas pelos estados de cada país. A seleção e indicação das vilas e cidades é feita pelo Ministério do Turismo dos países. Cada país pode indicar oito vilas e cidades. Das oito vilas e cidades indicadas, a ONU seleciona duas de cada país que avançarão para a etapa final, concorrendo com cidades e vilas de todo o mundo.
Delfinópolis MG - Fotografia: Luís Leite
Objetivos da premiação
        O objetivo da Organização das Nações Unidas (ONU) com o prêmio é o de reconhecer cidades e vilas turísticas que adotam práticas sustentáveis, além de contribuírem para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, dando destaque aos destinos turísticos que combinam cultura, história e sustentabilidade.
Importância da premiação
Vila de Conceição do Ibitipoca MG - Fotografia: John Brandão (In Memoriam)
        A premiação da ONU é de grande importância para as cidades indicadas e principalmente para as escolhidas, por aumentar o fluxo de visitantes, fortalecer o turismo e economia local, além de contribuir a valorização dos destinos turísticos do Brasil e incentivo às outras vilas e cidades a investirem no seu desenvolvimento sustentável e ambiental.
As oito cidades brasileiras indicadas pelo MTUR
- Grão Mogol - Minas Gerais
- Delfinópolis - Minas Gerais
- Conceição do Ibitipoca - Minas Gerais
- Antônio Prado -  Rio Grande do Sul
- Linha Bonita - Rio Grande do Sul
- Leoberto Leal- Santa Catarina
- Piraí - Santa Catarina
- Cocanha - São Paulo

Conheça as cidades mineiras indicadas
Conceição do Ibitipoca 
Fotografias: Raul Moura/@raulzito_moura
        A vila colonial de Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte MG, Zona da Mata, tem origens no final do século XVIII. Na pequena e charmosa vila, vivem pouco mais de 1000 pessoas.
        Anteriormente habitada por povos indígenas, o arraial foi formado numa região chamada pelos indígenas de “Ibitipoca”, que significa “montanha estourada” ou “serra que estoura”. Em torno da fé em Nossa Senhora da Conceição, o povoado que deu origem à vila foi se formando, sendo como Vila de Conceição do Ibitipoca. Lugar de clima ameno, gente simples, acolhedora e hospitaleira.
        Lugar tranquilo, aconchegante, pacato e tradicional, ruas de pedra, casario colonial preservado, simples e bem cuidado, restaurantes com comidas típicas, hotéis, pousadas, botecos e mercearias tradicionais, a vila oferece uma ótima estrutura para receber turistas que tem no vilarejo, a principal porta de entrada para o Parque Estadual do Ibitipoca com trilhas, cachoeiras e paisagens paradisíacas impressionantes como a Cachoeira dos Macacos e a famosa Janela do Céu, um dos lugares mais fotografados em Minas Gerais.
Delfinópolis
Paisagens de Delfinópolis MG - Fotografias: Walace Melo
        Com 8.500 habitantes, a cidade, que tem origens no século XIX, está na região da Parnacanastra, no Sudoeste de Minas. É um dos principais destinos ecológicos de Minas Gerais, além de ser uma das portas de entrada para o Parque Estadual da Serra da Canastra.
        O turismo rural e ecológico é destaque da cidade devido suas cachoeiras paradisíacas, matas nativas que abrigam várias espécies em extinção e cachoeiras, com destaque para a Cachoeira do Zé Carlinhos, do Claro e do Luquinha. Somente em uma fazenda, a Fazenda Paraíso, são oito cachoeiras. Ao todo, Delfinópolis conta com mais de 150 cachoeiras catalogadas.
Grão Mogol 
Grão Mogol MG - Fotografias: Thelmo Lins
        Com 14 mil habitantes, a cidade fica no Norte de Minas e é uma das mais belas cidades históricas mineiras. Em seu centro histórico, predominam as construções seculares em pedras encontradas na região da Serra do Espinhaço como o granito, a pedra-sabão, a pedra-moledo, a pedra madeira e outras rochas do Espinhaço.
        No século XVIII, Grão Mogol se tornou destino de garimpeiros vindos de várias regiões do Brasil e também do mundo para exploraram as minas de ouro da região. Com o fim escassez das minas, a cidade se desenvolveu graças a agropecuária, agricultura familiar e a vinicultura e vitivinicultura, isso porque a cidade uma das mais tradicionais produtores de uvas e vinhos de Minas Gerais.
        O turismo rural é outro destaque na economia da cidade, com destaque para a Serra Geral, o Parque Estadual de Grão Mogol, a Trilha do Barão, da Cachoeira do Inferno, Cachoeira do Mirante, o Lago de Irapé, a Praia do Vau, o presépio Mão de Deus, o Balneário do Córrego e a Gruta Lapa da Água Fria.
        Ao longo de sua existência, a cidade preservou suas construções seculares concentradas principalmente na área central da cidade, principalmente na Avenida Beira-Rio, Rua Cristiano Belo e na Rua Juca Batista, além de manterem vivas suas tradições folclóricas e religiosas. O centro histórico de Grão Mogol foi tombado em 2016 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG).
        Grão Mogol conta com uma ótima estrutura urbana para receber visitantes e turísticas com restaurantes com comidas, pousadas, hotéis, bares, comércio variado, bom setor de serviços e visitas à Vinícola Vale do Gongo, com rótulos premiados em competições nacionais. A vinícola possui um espaço na cidade, a Casa Velha, um casarão do século XVIII com comidas típicas e vinhos produzidos pela vinícola.

sábado, 17 de maio de 2025

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte IX

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais conta atualmente com 1.842 distritos, sem contar subdistritos, vilarejos e pequenos povoados, espalhados por todos os 853 municípios do Estado. Cada um mais charmoso, atraente e aconchegante que outro. Preparamos uma série com 10 reportagens com 10 distritos mineiros em cada uma, divididos em partes com 10 distritos em cada. Essa é a nona parte das 10 reportagens sobre distritos. Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos e acolhedores distritos mineiros, da nona parte, que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 – Venâncios
 Fotografia: Rodrigo Firmo/@praondevou
       Esse charmoso vilarejo entre serras e araucárias, é um bairro rural de Gonçalves MG, no Sul de Minas. Sua origem tem fortes ligações com famílias tradicionais da região, principalmente com a família de Luiz Venâncio de Souza, que nasceu no lugar em 1915. Seus descendentes permanecem até os dias de hoje na região, por gerações.
        Seus moradores vivem da agricultura e pecuária e pequenos comércios, além do turismo rural, já que a região é dotada de belezas naturais, destacando matas nativas, cursos d´água e cachoeiras como do Cruzeiro, das Sete Quedas e do Simão, além das trilhas Pedro do Forno e Pedra Chanfrada, ar puro da Serra da Mantiqueira.
Foto acima: Fernando Campanella
        O casarão da família dos Venâncios, é um dos lugares mais fotografados da região pela imponência, simplicidade, arquitetura colonial e beleza bucólica da construção e do cenário em seu redor.   
 Fotografia acima: Rodrigo Firmo/@praondevou
      Nas proximidades da sede desta fazenda se formou o vilarejo dos Venâncios com charmosas e bucólicas casas em torno da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso e São Bene. O vilarejo é um dos lugares mais visitados e fotografados de Gonçalves.
        Para chegar ao vilarejo a partir do centro de Gonçalves, pegue a saída em frente ao Posto BR e siga a sinalização para o Bairro dos Venâncios. Siga por essa estrada rural até chegar à Cachoeira do Simão e a outras atrações do bairro.        
02 - Itira
Fotografia: Christian Silva
        Itira é distrito de Araçuaí MG, no Vale do Jequitinhonha. No vilarejo, vivem cerca de 2 mil pessoas, a maioria na parte rural do distrito. Seus moradores vivem de pequenos comércios, agricultura de subsistência e pesca. É um local tranquilo, com casario e povo simples e muito acolhedores. A igreja do Senhora da Boa Vida é o elo fé de seus moradores, sendo um de seus principais atrativos, além e ser o local exato do encontro dos rios Araçuaí e Jequitinhonha. É um espetáculo!
        Em sua origem, o nome do lugar era Aldeia do Pontal, devido o local ser habitado por indígenas, canoeiros e mulheres que se prostituíam e estar justamente na confluência dos rios Araçuaí e Jequitinhonha.
Fotografia: Christian Silva
        No final do século XVIII e início do século XIX, chega à Aldeia do Pontal o padre Carlos Pereira de Moura. Com a chegada do padre, a história do lugarejo começou a mudar. Igreja foi construída, novos moradores chegando, mas o padre se incomodava com a presença de prostitutas e canoeiros. O incômodo do padre gerou conflitos religiosos e sociais na vila. A crise chegou a tal ponto de canoeiros e prostitutas serem expulsos do lugarejo pelo padre.
        Ao serem expulsos de suas moradias e da vila, foram viver na Fazenda Boa Vista da Barra do Calhau, de propriedade de Luciana Teixeira, que os acolheu.
        Não só isso, dona Luciana Teixeira acolheu em sua propriedade outros canoeiros da região, resultando na formação de um povoado, que foi crescendo até que em 1830, passou a se chamar Barra do Calhau. Em 1957, Barra do Calhau foi elevado à distrito e à cidade emancipada em 1871 com o nome de Araçuaí. O pequeno povoado que surgiu nas terras de dona Luciana Teixeira, cresceu tanto a ponto de se transformar em uma cidade. Hoje Araçuaí MG conta com 35 mil habitantes e uma das mais importantes do Vale do Jequitinhonha.
Fotografia: Bruno Lages
        A Aldeia do Pontal, onde se estabeleceu o padre, teve um crescimento bem lento, tendo sido elevado a distrito em 7 de setembro de 1923, com o nome de Pontal e a partir de 1943, adotou o nome de Itira.
03 - Pedra Grande
Fotografia: Luís Leite
        O Vilarejo de Pedra Grande é distrito de Campestre MG, Sul de Minas. Surgiu a partir da Fazenda da Pedra, formada no final da década de 1930, de propriedade do Coronel José Custódio, cafeicultor e politico, conhecido como Zeca da Pedra. É atualmente um ponto de destaque na história de Campestre e região.
Fotografia: Luís Leite
        O casario foi construído para abrigar os trabalhadores da fazenda e se tornou um pequeno e charmoso vilarejo ao longo do tempo. Com um singelo e simples casario onde vivem poucas famílias, além do casarão sede e uma pequena ermida, que em conjunto com a beleza da Pedra Grande, proporciona um cenário de rara beleza natural.
        A região é conhecida por lendas e histórias, além de rara beleza, por isso bastante visitada, principalmente pelos amantes de esportes radicais que veem ao lugar para escalar a Pedra Grande. São 260 metros de altura e do seu topo, a vista é espetacular. Está localizada às margens da rodovia Vital Brazil (BR 267), a 13.2 km da cidade de Campestre.
04 – Santo Hilário
Fotografia: Jefferson Souza
        Santo Hilário é distrito de Pimenta MG, na região Oeste de Minas. Seu primeiro nome era Capetinga. Devido a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, na década de 1960, a aldeia de Capetinga foi inundada, bem como toda a região, para dar lugar à Represa de Furnas. Outra vila e novas casas foram construídas em um ponto mais alto, mas com outro nome. De Capetinga, passou a se chamar Santo Hilário, em homenagem a August de Saint-Hilaire, botânico e naturalista francês que esteve na região no século XIX.
Fotografia: Jefferson Souza
        Hoje, Santo Hilário é uma pequena vila com cerca de 200 moradores, mas com uma boa estrutura para receber turistas com pousadas e restaurantes. A vila é um dos lugares mais procurados por turistas que vão ao lago de Furnas.
        Com a construção da ponte que liga o distrito à cidade de Guapé, incrementou o turismo na região ao ponto de ser um dos lugares mais fotografados e visitados do Lago de Furnas. A ponte, bem como a vila, situada em uma península do lago, proporciona uma visão deslumbrante e um cenário de beleza rara no Brasil.
05 – Barrocão
Fotografias: Duva Brunelli
        Barrocão é distrito de Grão Mogol, no Norte de Minas. Vila charmosa, bem cuidada e seu povo, muito acolhedor e gentil. São pouco mais de 630 moradores que vivem no distrito.
        Não há definição exata para a origem do nome do distrito. O que se sabe é que o nome pode ter se popularizado graças as características geográficas do local que tem muitos morros e blocos de pedra, que possa ter sido “batizado” com este nome antes do surgimento do povoado, dando origem assim ao nome. Do distrito.
        Lugar bem tranquilo, com casario, ruas e praças muito bem cuidadas, é um vilarejo bem pacato, no estilo das pequenas vilas mineiras. Lugar ótimo de se viver, Barrocão surgiu de um povoado formado no início do século XX, sendo subordinado a Itacambira, foi elevado a distrito em 1948, quando passou a pertencer a Grão Mogol. Desde sua origem, a vila era um importante centro de desenvolvimento agropecuário da região, sendo até hoje de vital importância econômica.
06 – Malaquias
Fotos: Fernanda Cristina/@fecrisfotos
        Distrito de Araújos MG, na região Centro-Oeste de Minas, Malaquias tem origens junto com a região, entre os anos 1750 e 1800, com a chegada de garimpeiros e bandeirantes. Ao longo dos anos, mais famílias que viviam na região foram se instalando nas proximidades do Rio Lambari, em busca de terras férteis e água, já que a região é cortada por riachos, ribeirões e o Rio Lambari, afluente do Rio Pará.
        Uma das primeiras famílias a chegar foi a família Alves de Araújo, vindos de Santo Antônio do Monte. A família era muito querida por tropeiros por serem muito hospitaleiros. Os Alves de Araújo deram grande contribuição para a formação do povoado originalmente teve o nome de Mata dos Araújo. Por esse motivo e pela importância da família Alves de Araújo, o povo mudou o nome de Mata dos Araújo para Araújos que posteriormente se transformou em cidade.
        O nome da cidade de Araújos em Minas Gerais tem origem na família Alves de Araújo, que se estabeleceu na região e contribuiu para a formação do povoado. A família era conhecida como “Os Alves de Araújo”, vindo de Santo Antônio do Monte, e eram considerados hospitaleiros pelos tropeiros que passavam pela região. O topônimo "Araújos" é, portanto, uma homenagem à família que desbravou a região e deu início à formação do arraial, que posteriormente se tornou a cidade de Araújos.
        Seu principal distrito é Malaquias que conta hoje conta com cerca de 1000 moradores, a maioria vivendo na área rural. A sede, Araújos, tem 9.200 habitantes. A vida na vila passa devagar e seus moradores são hospitaleiros. As festas populares e religiosas como por exemplo a Festa do Rosário, que acontece entre o final de agosto e início de setembro, são destaques em Malaquias e na região.
Fotografia: Wilson Fortunato
        A vida social e festiva do vilarejo, gira em torno da igreja de São Sebastião, construída em 1942. Sua arquitetura foi inspirada na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho, na vizinha cidade de Bom Despacho. Isso porque, nessa época, Araújos era distrito de Bom Despacho. Em 1° de janeiro de 1954, Araújos deixou de ser subordinada à Bom Despacho, se tornando cidade emancipada.
        Em 1938, Araújos foi elevado a distrito, integrado ao município de Bom Despacho e em 12 de dezembro de 1953, pela Lei 1039/53, o povoado emancipou-se e passou a se chamar Araújos, em homenagem à família Alves de Araújo.
07 - Barra Feliz
Fotografia: Rodrigo Firmo/@praondevou
        Anteriormente conhecido por São Bento e Itaeté, Barra Feliz tem origens no século XVIII, passando a ser distrito da cidade histórica de Santa Bárbara MG, a partir de 7 de setembro de 1923. Em 1927, seu nome foi mudado para Barra Feliz. A vila faz divisa a cidade de Barão de Cocais e com Brumal, uma das mais antigas povoações de Minas Gerais, também distrito de Santa Bárbara MG.
        Além disso, Barra Feliz faz parte do Quadrilátero Ferrífero e do Circuito do Ouro, sendo o centro da rota da Estrada Real e a Sul do Caminho dos Diamantes. Tem como destaque a Gruta de São Bento e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída 8 de dezembro de 1787, que ao longo de mais de 2 séculos, passou por várias restaurações e modificações em sua fachada.
08 - Mogol
Fotos: Robson Gondin
        Mogol é um vilarejo formado no final do século XVIII, com a exploração do ouro e chegada de posseiros e garimpeiros, atraídos pela areia branca do lugar. Com a presença de garimpeiros e posseiros, deu-se origem a um arraial que recebeu o nome de Mogol, mas não há referência do porque do nome. Em 1780, o povoado de Mogol foi citado por José Delgado Motta, Cabo de Esquadra, enviado para fazer um relatório sobre a região, a mando da Coroa Portuguesa.
        A pequena vila é subdistrito de Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte MG na Zona da Mata Mineira. Entre serras e montanhas, o arraial de Mogol possui um charmoso casario, igreja e a tranquilidade das pequenas vilas do interior mineiro. Na vila 15 moradias, uma igreja, um boteco e uma escola. Das casas, apenas 9 são habitadas. A igreja está aberta, o bar também, mas a escola não, fechou. As paredes das casas guardam históricas seculares da região, lendas e crendices vidas em mais de 200 anos de existência do vilarejo.
        A beleza arquitetônica colonial do vilarejo e as belezas naturais da região do Ibitipoca como o Lago Negro, Pamonã, Cachoeira do Palmito, Cachoeira da Serrinha, Cachoeira do Cipó, Praia do Mogol, Oca, Cinema, Venda e Gaia Café, atraem um grande número de turistas, tornando o vilarejo um dos pontos turísticos mais visitados do Ibitipoca.
09 – Cruzeiro dos Peixotos
Fotografia; Eudes Silva
        É distrito de Uberlândia MG, no Triângulo Mineiro. É uma das poucas vilas que conserva as típicas características das pequenas vilas do interior mineiro. Como a maioria das vilas mineiras, a vila surgiu em torno de um cruzeiro e uma pequena capela. Em sua origem, a capela erguida foi dedicada a Santo Antônio, construída em uma colina, em terras da família Peixoto, por volta de 1900. O terreno para a construção da capela foi doado por José Camim, para pagar uma promessa.
Fotografia: Eudes Silva
        Com o tempo, a capela e a comunidade que se formara em seu entorno, se tornou ponto de pouso e passagem de carreiros. Com o crescimento da comunidade, um novo templo foi erguido, se tornando a Igreja de Santo Antônio. O local da primeira capela e o cruzeiro se tornaram um dos pontos atrativos do distrito, devido ser o marco origem do vilarejo. Em 31 de dezembro de 1943, devido seu crescimento e por ser um dos marcos histórico da região, Cruzeiro dos Peixotos foi elevado a distrito.
10 – Barra
O casarão da Fazenda da Barra, que deu origem ao distrito. Foto: Matheus Ribeiro
        É distrito de Delfim Moreira no Sul de Minas. A vila se formou a partir da Fazenda Barra, formado em 1700, construída no estilo tradicional colonial, por escravos, a mando de um português que vivia no Rio de Janeiro para tomar posse de suas terras que havia adquirido e atuar no ramo agrícola.
        Encravada na Serra da Mantiqueira, a Fazenda da Barra é uma das mais antigas de Minas Gerais e ainda preserva suas características originas de seu casarão, tanto na parte externa e interna.
        A partir da segunda metade do século XIX, a fazenda foi vendida para Getúlio Fortes que mandou demolir as senzalas e parte dos paióis. Em 1910, a propriedade foi adquirida por Luiz Francisco Ribeiro, vindo a morar no casarão com a família, a partir de 1918.
        O proprietário da fazenda permitiu que nos porões do casarão funcionasse uma escola, a primeira da vila. Hoje em prédio próprio no distrito, a escola tem o nome de seu patrono, Luiz Francisco Ribeiro.
        O distrito tem sua história ligada a própria história da cidade, com origens no século XVIII, com o início da mineração. O secular nome “barra” está ligado a presença dos rios Loureço Velho, Claro e Pisas Negreiro, esses dois deságuam no rio Lourenço Velho. Por estar na barra desses rios onde a fazenda começou a ser formado, recebeu o nome de Barra.
        Com o passar dos anos, foram chegando famílias à região e uma importante comunidade começou a ser formada nos arredores da fazenda, se tornando hoje, distrito de Delfim Moreira. Barra conta hoje com cerca de 1200 moradores. O vilarejo foi elevado a distrito em 19/12/2019 e conserva sua história, religiosidade e tradições, manifestadas através das festas populares, religiosas como a festa do padroeiro Santo Antônio e festas folclóricas e populares como as festas juninas, além da tradicional cozinha típica mineira.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

As 10 cidades mais desenvolvidas de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Levantamento realizado em 2008, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado em maio de 2025, analisou o desenvolvimento social e econômico de 5.550 municípios do Brasil. Esse número representa 99,56% da população brasileira. Em Minas Gerais, a pesquisa da instituição foi feita em 838 municípios. O Brasil conta com 5.569 municípios, mais o Distrito Federal, segundo o IBGE. O estudo teve como base a pontuação de cada município nas áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação.
Nas fotos Poços de Caldas (Luís Leite); Formiga (Jefferson Souza); Divinópolis (Elpidio Justino)
        A pontuação de cada indicador varia de 0 a 1 ponto, classificados em quatro conceitos: de 0 a 0,4 (desenvolvimento crítico); de 0,4 a 0,6 (desenvolvimento baixo); de 06 a 0,8 (desenvolvimento moderado; e de 0,8 a 1 (desenvolvimento alto). Quanto mais próximo de 1, maior desenvolvimento social e econômico da cidade.
Uberlândia MG - Fotografia: @dronemoc
        Com base nesses conceitos, segundo a Firjan, 61% dos municípios de Minas Gerais obtiveram pontuações entre desenvolvimento moderado ou alto. Inclusive, maior que a média nacional que foi de 52,7%.
Alfenas MG. Fotografia: Luís Leite
        Segundo levantamentos da instituição, entre 2013 e 2023, os municípios de Minas Gerais avançaram 23,4% em relação aos dados de 2008. O quesito que mais pesou no aumento desse percentual foi a educação que teve avanço de 40,5% entre 2013 e 2023. Outro destaque do levantamento desse período é que houve crescimento acima da média nacional em Minas Gerais em relação aos conceitos de Emprego e Renda, Saúde e Educação, em relação à avaliação feita em 2008.
Ipatinga MG - Fotografia: Elvira Nascimento
        Com base nesse levantamento, a entidade divulgou o ranking das 10 cidades mineiras mais bem pontuadas no estado. O destaque foi para Poços de Caldas, a primeira no ranking e a única cidade mineira a figurar na lista das 100 mais desenvolvidas cidades do Brasil. Com alto desempenho no ranking, Poços de Caldas obteve a pontuação de 0,8457.
Veja o ranking geral das cidades
1º - Poços de Caldas – 0.8457
2º - Alfenas - 0.8300
3º - Pará de Minas - 0.8287
4º - Uberlândia - 0.8267
5º - Santa Rita do Sapucaí - 0.8248
6º - Pouso Alegre - 0.8186
7º - Ipatinga - 0.8164
8º - Formiga - 0.8109
9º - Divinópolis - 0.8095
10º - Patos de Minas – 0.8077
        O resultado completo do levantamento da Firjan pode ser consultado através do site https://www.firjan.com.br/ifdm/consulta-ao-indice/ (basta copiar o endereço e colar)

sábado, 10 de maio de 2025

Minas é um mini-Brasil e um mini-mundo

(Por Arnaldo Silva) Desde o Ciclo do Ouro, no século XVIII, Minas Gerais se transformou no retrato do Brasil. A formação da característica cultural, folclórica, histórica, social, religioso, no jeito de ser e falar do povo mineiro, é resultado da mistura entre portugueses, com origens no Minho (norte de Portugal), de africanos escravizados, de origens sudanesas e banta, de indígenas locais.
        Nesse processo, vieram para Minas, povos de outros países, de todas as regiões e capitanias brasileiras, durante o Brasil Colônia, como tropeiros, mascates, viajantes e aventureiros.
Primeira foto de César Reis em Tiradentes MG e segunda, de Vinícius Montgomery em Itajubá MG
        Vieram em busca da riqueza mineral e aqui ficaram, deixando um pouco de cada região do país e continentes, na formação da identidade mineira. As origens desses povos estão presentes em todas as atuais 12 regiões mineiras graças à sua diversidade geográfica, de acordo com a cultura, história, arquitetura, folclore, tradições e gastronomia, que cada um desses povos deixaram em cada região mineira.
Estado estratégico 
Coronel Fabriciano, Vale do Aço - Fotografia: Elvira Nascimento
        O Estado de Minas é estratégico para o Brasil, devido a sua diversidade geográfica, além de sua localização estratégica. Minas faz divisas com 6 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul) e com o Distrito Federal. Por esse motivo, conta com uma grande infraestrutura ferroviária e principalmente, viária. Com aproximadamente 272.062,90 km de rodovias federais, estaduais e municipais.
        Minas Gerais tem maior malha viária do Brasil. O estado mineiro é de vital importância para a integração regional e para o próprio desenvolvimento econômico do estado. A economia dos grandes centros produtores e exportadores do Brasil, passa por Minas.
Minas é o DNA do Brasil
Criação e arte: Ernani Calazans/Araçuaí MG
        O estado mineiro absorveu ao longo de mais de três séculos, as características típicas de cada estado e região do país e também de outros continentes como Europa, América do Sul, Ásia, Oceania, Oriente Médio e África. Minas Gerais é um retrato da miniatura do Brasil. A identidade mineira foi moldada ao longo dos séculos com a absorção das características culturais, gastronômicas, religiosas, folclóricas, vestimentas, sotaques e características regionais e físicas de todos esses povos.
        A diversidade cultural mineira faz do Estado único e sem igual no país. Minas é o reflexo da diversidade geográfica, étnica, cultural e social brasileira. Em Minas está o DNA do Brasil.
        Não apenas isso. Com a presença de imigrantes de vários países e descendentes de imigrantes que já viviam em outras regiões brasileiras, como alemães, árabes, franceses, ingleses, espanhóis, italianos, dentre outros povos, Minas se tornou ainda mais abrangente em suas características arquitetônicas, culturais, religiosas e folclóricas. 
Monte Verde no Sul de Minas. Fotos: Kelvin Borges/MOVE
        Como por exemplo, a Região Sul de Minas, que recebeu um grande número de imigrantes italianos, alemães, dinamarqueses e letões. Imigrantes da Letônia, por exemplo, fundaram Monte Verde, chamado “cantinho da Europa em Minas”. Minas Gerais é um mini-mundo.
        Todos esses povos deram grande contribuição para a gastronomia mineira, reconhecida como uma das melhores e mais diversificadas do mundo. A riqueza gastronômica mineira, com cerca de 627 pratos típicos tradicionais, recebeu influências de todas as regiões do país e de outros continentes como a Europa e África, que vieram no século XVII, XVIII, XIX e século XX, dando contribuição à formação da identidade gastronômica de Minas.
Minas é a história do Brasil
        Minas é a história do Brasil. É um museu a céu aberto. As alterosas mineiras sozinha, guarda 62% de todo o Patrimônio Histórico do Brasil, concentrados nas dezenas cidades históricas e centenas de cidades mineiras que preservaram riquezas arquitetônicas dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX.
Três falares mineiros
Criação de Ernani Calazans/Araçuaí MG
        Além disso, o falar mineiro reflete claramente a diversidade étnica dos mineiros. Em Minas Gerais não tem um falar. Tem três: Montanhês Caipira e o Geraizeiro.
Montanhês: É o dialeto falado em 50% do território mineiro, é o dialeto original de Minas Gerais, falado pelos povos que viviam entre as montanhas do que é hoje o Quadrilátero Ferrífero, onde estão as principais cidades formadas no século XVIII, durante o Ciclo do Ouro.
Caipira: É um dialeto falado em 33% do território mineiro. Falado no Triângulo Mineiro, Noroeste, Oeste, Sul e Sudeste de Minas. Tem influência no dialeto caipira paulista, com influência do dialeto Montanhês.
Geraizeiro: É um dialeto falado em 17% do território mineiro. Tem origens no final do século XVII, sendo falado pelos povos do Cerrado Mineiro, do Norte de Minas, que se formaram em comunidades surgidas às margens do Rio São Francisco e se expandiu para boa parte do Noroeste Mineiro e Vale do Jequitinhonha, nas áreas de transição do Cerrado para a Caatinga, na divisa com a Bahia.
Minas é o mundo!
Fotos: César Reis em Tiradentes MG
        Essa frase tem tudo a ver com o que é Minas Gerais. Seja em qual contexto for, Minas é realmente o mundo! Autoria específica da frase ninguém sabe exatamente, mas é o reflexo claro da importância de Minas Gerais para o país. Diversidade cultural, politica, social, histórica, da hospitalidade, das cores e sabores de sua culinária, da conexão mineira com a terra.
        Minas é o mundo são os modos de falar do povo mineiro, é a essência de suas 12 regiões geográficas que tem com origens e tradições diferentes e variadas. São as paisagens, rios, lagos, cachoeiras, montanhas, cordilheira. Minas é um estado único!
        Minas é a cara do povo brasileiro. O reflexo do retrato do Brasil. Minas é o mundo é nada mais que reflexo a grandiosidade de Minas Gerais. É a essência da mineiridade e da abrangente riqueza do Estado.
Minas é um elefante dentro da sala do Brasil
        Imagina um elefante dentro de uma sala. Essa alegoria pode ser aplicada à Minas Gerais.
        Por sua diversidade geográfica, arquitetônica, cultural, folclórica, religiosa e natural, fazem de Minas um estado gigante. Em tamanho, seria um elefante, um animal grandioso, imponente, resistente, inteligente, forte e destemido, dentro de uma sala. A sala é o Brasil.
        Minas é o pilar da história do Brasil. É impossível contar a história do Brasil sem citar Minas Gerais.

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