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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Refogado com umbigo de bananeira

(Por Maria Mineira) Minhas avós me deixaram inúmeras memórias afetivas ligadas à cozinha. Ainda hoje ao preparar pratos simples, sinto o sabor da infância. Me recordo de raspar a tacha de doce, “roubar” bolinhos de chuva enquanto ela fritava. Tudo isso se eternizou em meu coração.
          A receita que trouxe hoje, era da Vó Benvinda. Sempre foi uma das minhas preferidas, faço sempre que posso!
Ingredientes
. 2 umbigos de bananeira
. 2 dentes de alho
. 1 cebola grande cortada em rodelas xícara finas
. Óleo e sal a gosto
. Limão
. Caldo de carne
. Pimenta bode e cheiro verde à vontade
Modo de fazer
- Retire as primeiras folhas, pois são duras. 
- Corte o umbigo em rodelas bem finas. 
- Coloque tudo que cortou em uma panela com água e o caldo de um limão no fogo para ferver. 
- Troque a água para tirar o amargo e escorra. 
- Depois pegue uma panela coloque o óleo, o alho amassado e quando fritar coloque o umbigo escorrido, acrescente a cebola para cozinhar junto no final. 
- Mexa e coloque o caldo de carne e o sal. 
- Tampe a panela e deixe cozinhar por uns 15 minutos e está pronto para ser servido com arroz branco, carne ou frango.
- Espalhe sobre o prato cheiro verde a seu gosto.
• O limão serve para que as folhas não fiquem escuras. Vinagre substitui bem.
          O umbigo da bananeira é rico em fibras, proteínas e vitaminas, ajuda no funcionamento intestinal, previne a prisão de ventre, a osteoporose e a anemia, além de aumentar a imunidade, e ajuda na redução dos sintomas do estresse e ansiedade. (Receita e fotos de Maria Mineira - São Roque de Minas)

Santana dos Montes: a preciosidade histórica de Minas

(Por Arnaldo Silva) A 120 km de Belo Horizonte, com acesso pela BR-040, Santana dos Montes é uma das mais belas cidades históricas de Minas. Carinhosamente chamada de "Cidade Natureza", está na junção entre o Cerrado e a Mata Atlântica, o que possibilita uma beleza diferenciada em sua natureza
          Por isso que o município possui várias cachoeiras, córregos, uma fauna e flora diversificada e paisagens exuberantes, sendo a mais impactante, a Serra do Espinhaço. Santana dos Montes faz divisa com Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Rio Espera, Lamim, Capela Nova, Caranaíba e Cristiano Otoni, na Região Central Mineira. (fotografia acima de César Reis)
          As paisagens de Santana dos Montes (foto acima de Sérgio Mourão/Encantos de Minas) encantam os turistas que tem a opção de conhecer essas belezas através de trilhas a cavalo e charretes. É uma das melhores opções em Minas Gerais para quem quer sossego e paz em meio a natureza. A cidade é pequena, pacata, charmosa, onde vivem cerca de 3.469 pessoas, segundo Censo Demográfico do IBGE.
          Originou-se de um pequeno povoado, chamado Morro do Chapéu, no século XVIII, sendo reconhecido como distrito em 1840, pertencendo a Conselheiro Lafaiete até 30 de dezembro de 1962, quando foi emancipado. (na foto acima do César Reis, o Centro da cidade visto do adro da Igreja)
          Tanto na zona urbana, como na zona rural, os imponentes casarões, muitos deles do período Colonial e Escravocrata, guardam relíquias e histórias do nosso Brasil. (fotografia acima de Sérgio Mourão/Encantos de Minas) São belíssimos e muito bem preservados, sendo que alguns desses casarões, na zona rural, viraram hotéis-fazenda. A maioria dos casarões são tombados pelo IEPHA (Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico), fazendo parte do patrimônio de Minas, o que fez com que a cidade se integrasse ao Circuito Turístico Villas e Fazendas de Minas Gerais.
          Em Santana dos Montes as tradicionais festas mineiras se fazem presentes. Nos fins de semana do mês de julho, no Largo da Matriz, acontece a Festa da Padroeira com shows musicais que tem músicas barrocas, serestas e da atualidade, além de barracas, quadrilhas e festividades religiosas.
Uma outra festa importante no município que envolve todos os moradores e atrai visitantes de outras cidades é a Festa de Nossa Senhora do Rosário, com apresentação dos cortes de Reinado. A Semana Santa é um evento religioso que envolve toda a comunidade em torno da representação da Paixão de Cristo. (fotografia acima de Sônia Fraga)
          Em dezembro, entre o natal e o dia 6 de janeiro, a Folia de Reis se faz presente, tradicionalmente. O carnaval também é uma festa popular no município, diferente de outras localidades porque na cidade essa festa tem ares familiares e tradicionais, com o objetivo de preservar a qualidade de vida dos santanenses.
Principais atrativos da cidade
Praça da Matriz de Santana
          Construída em 1749, ao longo dos séculos passou por inúmeras modificações, existindo apenas as portas e janelas, do tempo de sua inauguração. Mesmo assim, é uma belíssima igreja e um patrimônio histórico. (foto acima de Sônia Fraga)
Museu Latino Americano de Tecnologia Rural
          Esse museu guarda cerca de 250 peças do trabalho rural no século XIX e XX em Minas e também algumas peças vindas de países latinos como Honduras, El Salvador, Bolívia, Guatemala e outros. Por isso o nome.(cobra-se para entrar)
Cachoeira do Santinho
          O acesso não é fácil, um pouco distante da zona urbana e das tradicionais fazendas locais, mas é uma das mais procuradas devido sua beleza e por  estar no local ruínas de uma antiga usina hidrelétrica
Cervejaria e Vinícola artesanal.
          Em Santana você pode apreciar a famosa Cerveja Loba e o Vinho dos Montes. Para os apreciadores de cachaça, tem a Cachaça Itaveravense, produção tradicional, envelhecida em tonéis de amburana. Esses produtos você encontra na Fazenda Guarará.
           A fazenda é aberta a visitação e você pode conhecer o processo de produção da cerveja que tem os rótulos lager, pale ale e weis. 
Da mesma forma o vinho. O visitante pode conhecer a adega, bem como os parrerais que ficam na fazenda. As uvas plantadas são das espécies merlot, shiraz, cabernet franc e tempranillo. O vinho dos Montes é de ótima qualidade.
Onde ficar?
          Boa parte das fazendas coloniais de Santana dos Montes são hoje hotéis-fazenda e alguns casarões também viraram pousadas. (foto acima da Fazenda Fonte Limpa por Sérgio Mourão) Oferecem ao visitante conforto, qualidade nos serviços e permite ao visitante, a sensação de voltar ao tempo. 
          Está tudo como era no século XVIII e XIX. Além de viver a história, essas fazendas tem belezas naturais onde o visitante pode conhecer a pé ou a cavalo. 
          Estar em Santana dos Montes é vivenciar a calma e tranquila vida no interior mineiro. Cidade idílica, pacata, aconchegante e seu povo, acolhedor, recebe a todos de braços abertos. 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Plantar e Colher

(Por Marina Alves) Cresci numa família de agricultores e vem daí minha paixão por plantar. Meu pai se dava bem com a terra, e dela tirava todos os alimentos que abasteciam nossa mesa. Desde criança acompanhei as oscilações da Natureza, no movimento naturalmente cíclico das estações, na alternância entre enchentes e estiagens: janeiros ao rigor da chuvarada ou temporadas de sol causticante rachando a terra.
          Meu pai plantava lavouras de arroz, feijão, milho, batata e mandioca que sustentavam a família durante o ano inteiro. Também cultivava jiló, quiabo, tomate e abóbora que serviam à vizinhança e supriam mercadinhos na cidade. Mas o que eu gostava mesmo era do cercado construído ao lado da casa, com suas hortaliças saudáveis e viçosas: pés de couves enormes, tenras alfaces, almeirões, mostardas, chicórias, alho e ervas de temperos. A cebola e o alho, depois de colhidos e secos, eram trançados em réstias, normalmente, dependuradas a um canto da despensa, para o uso da casa.
          Minha memória olfativa selecionou entre os melhores cheiros, aqueles que rescendiam dos canteiros aguados ao fim das tardes, quando o ar era terra molhada, cebolinha, salsa, hortelã e manjericão, se misturando numa profusão de odores exóticos a penetrar pelas narinas. Como esquecer a sensação daqueles aromas trazendo paz e aconchego, acalmando cansaços e fadigas de mais um dia?
          Não tínhamos luxo, mas vivíamos numa comunhão bonita com a Natureza. Era bom seguir a faina dos tempos de plantar, colher e beneficiar os víveres que iriam para nossa mesa. Arados revolvendo a terra, enxadas na capina, foices nos roçados, o feijão secando em grandes bandeiras nos terreiros, à espera de ser batido com longas e finas varas de bambu, a fim de que os grãos se desprendessem das vagens e pudessem ser armazenados nas sacas.
          Arrancar a mandioca, descascar, lavar, ralar, prensar, até vê-la em farinha morena torrada em tachas, sobre fornalhas, à sombra de uma antiga mangueira, à porta da cozinha, era outra alegria. Dos extensos mandiocais a sumir de vista, vinha também o polvilho, branco e sequinho que durante muito tempo proveria as quitandas da casa, nas delícias do pão de queijo caseiro ou o biscoito frito em gordura de porco, coisas de Minas, do povo da roça.
          Do milho ainda verde era feito o mingau, a pamonha, broas e bolos. Uma vez maduras, as espigas eram colhidas, debulhadas, moídas no moinho d’água movido por um ribeirão ao fundo da casa, e nos abastecia com o fubá, usado para o feitio de tantos outros pratos deliciosos. Tudo tão puro, tão organicamente saudável, sem quaisquer aditivos ou processos de industrialização.
          A vida não era fácil. Mas poucas coisas são tão gratificantes como colher o próprio alimento cultivado com trabalho e suor. Penso no privilégio que tive em poder usufruir de tudo isso, sinto uma saudade imensa de tudo e sou grata pela oportunidade de poder ter vivenciado experiências tão ricas.
          Hoje, passando por um determinado bairro da cidade, me deparei com alguns canteiros plantados rentes à rua. Não sei quem é o dono daquela hortinha que convive corajosamente com o asfalto, mas tenho pra mim, que deve ser alguém que nasceu para plantar: mãos que nascem para a terra sempre acham um cantinho para conversar com ela, ainda que seja num canteirinho em meio à selva do cimento e do concreto.
Marina Alves é escritora e morada de Lagoa da Prata MG

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Soledade de Minas e o passeio no Trem das Águas

(Por Arnaldo Silva) Soledade de Minas é uma pequena, charmosa, atraente e hospitaleira cidade do Sul de Minas, com pouco mais de 6 mil moradores. Faz parte dos circuitos turísticos das Águas e Estrada Real. Distante 391 km de Belo Horizonte, 291 km do Rio de Janeiro, 332 km de São Paulo e apenas. A cidade está apenas 6 km de São Lourenço e a 18 km de Caxambu, duas das mais famosas estâncias hidrominerais do Sul de Minas. 
          Aos longo dos anos, a cidade vem se desenvolvendo, se transformando numa das mais interessantes cidades turísticas da região, principalmente pela Maria Fumaça, que sai de São Lourenço, num trajeto de 12 km até Soledade de Minas. 
          Já na Estação Ferroviária da cidade, o visitante tem como atração os artesanatos locais, muito variado, além da culinária artesanal, tipicamente mineira. Gostoso também é dar umas voltas pelas calmas ruas da cidade, visitar sua matriz, experimentar a gastronomia mineira nos restaurantes da cidade e curtir um pouco a vida em uma típica cidade do interior mineiro. 
Como chegar e o passeio de trem
          Para chegar a Soledade de Minas, o acesso é pela MGC-383, a mesma rodovia que leva às vizinhas São Lourenço (ao Sul - 6 km) e Caxambu (ao Norte - 18 km).
          Nos tempos do auge da ferrovia em Minas Gerais, Soledade de Minas estava na centro de várias linhas férreas, tendo sido um dos principais entroncamentos ferroviários do Sul de Minas, o que fez da cidade ser um centro de grande movimentação de pessoas que usavam os ramais ferroviários que passavam pela cidade. 
          Com o fim do transporte de passageiros, ocorreu uma drástica redução na movimentação da cidade, tendo sido restabelecida no início do ano 2000, com a volta da Ferrovia à cidade, fazendo a ligação de Soledade de Minas com São Lourenço. Mesmo sendo viagens nos fins de semana e feriados, o retorno do trem significou melhoras significativas na economia da cidade.
O trem das águas 
          É o famoso Trem das Águas, numa viagem emocionante, por 12 km, cortando as paisagens da Serra da Mantiqueira e cruzando o Rio Verde, levando o turista a uma nostálgica volta ao passado.
Chegando na Estação, além do artesanato, da culinária mineira, dos produtos artesanais feitos na cidade, barraquinhas com lembranças da cidade, encontra-se ainda na Estação o Museu Ferroviário, que leva o visitante a conhecer a história da ferrovia na cidade e região composto por várias peças.  
Potencial turístico
          Soledade de Minas possui um grande potencial turístico e aos poucos, o poder público e seus moradores vem percebendo esse potencial e investimento no setor, cuidando bem de sua cidade, que está crescendo com qualidade, oferecendo aos turistas momentos e lembranças inesquecíveis.
Uma típica cidade do interior mineiro 
          Soledade é uma cidade simples, pequena, mas muito bem cuidada, com ruas limpas, povo tranquilo, educado. É uma cidade confortável, pacata. Além do turismo, a economia local é a agricultura é um dos mais importantes setores da economia local com destaque para a cafeicultura. Os cafés de Soledade são ótimos, bem como seus doces, queijos e quitandas diversas. 
Opinião de visitante
          As fotos que ilustram a matéria são de autoria de Cássia Almeida, (na foto), de Maria da Fé MG e resumiu assim sua passagem e impressões sobre a cidade: "Tem sido procurada como cidade dormitório por muitos que trabalham em São Lourenço, que fica a menos de dez minutos de carro. O Trem das Águas, que funciona nos finais de semana e feriados, é o que movimenta a pacata cidade. Artesãos e comércio local esperam pela vinda do trem para verem seus pontos com movimento. Ficam todos a esperar pelo trem. A paisagem é muito bonita, de qualquer ponto que se olha. O entardecer é sempre divino."

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Monte Verde: um cantinho da Europa em Minas

(Por Arnaldo Silva) Monte Verde é distrito de Camanducaia MG, no Sul de Minas. A cidade fica a 451 km de Belo Horizonte e a 136 km de São Paulo. Seu mais importante distrito, Monte Verde, vem a cada ano atraindo a atenção de turistas de tudo o Brasil, devido sua arquitetura, seu clima bem frio e por sua altitude. Se fosse cidade, Monte Verde seria a de maior altitude em Minas Gerais e a segunda maior do Brasil com 1554 metros de altitude. (fotografia acima da @fabi_ffernandes)
          O inverno em Monte Verde é rigoroso, lembra muito o clima europeu. Normalmente as temperaturas no inverno ficam próximas do zero grau e as vezes abaixo bem abaixo disso, com geadas fortíssimas, como podem ver na foto acima do Ricardo Cozzo. 
           É o lugar ideal para casais e famílias que buscam tranquilidade e momentos românticos a dois, se aquecendo nas chamas de uma lareira, acompanhados de um bom vinho e chocolates quentes deliciosos. Quem vem à Monte Verde percebe uma saudável mistura da cultura Europeia, com Cultura Mineira, principalmente na gastronomia, mas com um toque especial que só os mineiros tem, a hospitalidade. (fotografia acima de WDiniz e abaixo de Anthony Cardoso - @anthonyckn)
          Monte Verde tem uma ótima estrutura para receber os turistas. São vários hotéis e pousadas, desde as mais simples, até as mais luxuosas, que oferecem conforto, tranquilidade e sossego.
          O turismo em Monte Verde é muito diversificado, com opções tanto para crianças, adolescentes, para jovens, casais enamorados e para a terceira idade, com lojas atraentes e aconchegantes, praças elegantes, ruas pitorescas e charmosas, com calçadas largas, arborizadas e com jardins. 
Arquitetura europeia
          Muitos pensam que a arquitetura de Monte Verde é alemã ou Suíça. Não é.  Os fundadores do distrito vieram da Letônia, no Leste Europeu. Por considerar a paisagem local semelhante ao seu país de origem, que fica na divisa com a Rússia. Antes, o país era uma das  repúblicas ex União Soviética, fato que fez muitos letões se refugiarem em outros países, entre eles o Brasil, depois da Primeira Guerra Mundial, se intensificando após a Segunda Guerra Mundial. (fotografia acima de Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta)
          Em Morte Verde chegaram em 1950, adquirindo uma fazenda, que virou povoado e hoje é  Monte Verde. Além da cultura, deixaram a arquitetura que lembra muito os chalés e casas em madeira, com detalhes das construções europeias do século XX. 
Gastronomia, chocolateria e cervejaria
          Para os amantes do chocolate, Monte Verde é um paraíso. São várias chocolaterias espalhadas pelas ruas do distrito oferecendo dezenas e dezenas de sabores diversos. É uma verdadeira tentação! (fotos acima e abaixo da Mônica Milev do Chocolate Montanhês)
          A chocolateria mais famosa do distrito, que produz chocolates de primeira e inclusive com receitas próprias é a Chocolate Montanhês, com chocolates no melhor estilo europeu.
          Além da culinária mineira, presente nos restaurantes, hotéis e pousadas de Monte Verde, o turista pode apreciar pratos alemães como o chucrute e o “Schlachtplatte” que nada mais é que joelho de porco com 5 tipos de salsichas diferentes e três tipos de mostardas, além de outros pratos da culinária do Velho Continente. (foto acima do Ricardo Cozzo)
Cervejaria Fritz
          
Em Monte Verde o turista pode conhecer a tradicional cervejaria Fritz, fazendo um tour pela fábrica, para acompanhar o processo de produção da cerveja. (fotografia acima via @fritz.monteverde)
          A opção por montar uma cervejaria no local se deve a semelhança da água disponível no distrito ter propriedades similares a água da República Tcheca, onde são produzidas cerveja de altíssima qualidade. Água de qualidade é um dos fatores essenciais para que se tenha uma cerveja e shop de qualidade.
Esportes radicais
          Pra quem curte esportes radicais e aventuras, Monte Verde encontra diversão na terra, na água e nas alturas com opções que vão de tirolesa a trilhas pelas montanhas da Mantiqueira, passeios de quadriciclo, paint ball, mega tirolesa, descida de boia-cross pelas corredeiras do Rio Jaguari ou mesmo curtir a beleza das paisagens montanhosas e paisagens enigmáticas da Serra da Mantiqueira. 
Mais sobre Monte Verde
          Quem se interessar por mais informações sobre Monte Verde, sua cultura, artesanato, história, arquitetura, belezas naturais, bem como dicas de hotéis, pousadas, restaurantes, e eventos que acontecem no distrito durante o ano pode entrar em contato com a Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde pelo telefone (35) 3438-1839 ou também acessar o site monteverde.org.br.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Rua Direita: entenda o porque muitas ruas tem esse nome

(Por Arnaldo Silva) Quem conhece as cidades históricas mineiras e brasileiras, percebe que nelas há algo em comum: a Rua Direita. Toda cidade antigamente tinha que ter uma rua com esse nome. Diamantina, Ouro Preto, São João Del Rei, Tiradentes, Sabará, Serro, Santa Luzia, etc. 
          Era geralmente a principal rua da cidade e onde moravam as famílias mais ricas. Literalmente, não é direita, é toda sinuosa, poucas ruas com esse nome são em linha reta. Mas por que antigamente toda cidade tinha que ter uma rua com esse nome? (na foto acima de Robson Gondin a Rua Direita em Santa Luzia e abaixo, do Barbosa, a mesma rua, já próxima a Matriz de Santa Luzia MG)
          Nominar de Rua Direita a principal rua da cidade é costume que veio de Portugal, com os colonizadores. Não importa se a rua é reta ou não, sendo a principal rua da cidade, tinha que se chamar Rua Direita e geralmente ficava à direita da principal igreja local. (na foto acima do Barbosa, a Rua Direita em Santa Luzia MG)
Origem em interpretação bíblica
          Ficava sempre à direita da principal igreja devido influência religiosa na vida das pessoas. A crença que Jesus está à direita de Deus, e na visão deles, quem tinha Jesus em sua vida, estaria  à direita de Deus também, depois que morresse. 
          Essa crença foi fortalecida quando, segundo a Bíblia, Saulo de Tarso, a caminho de Damasco, teve um encontro com Jesus, perdeu a visão. Atônito e confuso, com o que lhe acontecera, recebeu a ordem de Jesus para que fosse para a cidade de Damasco e aguardasse, que lhe seria dito o que fazer.
          
Saulo foi levado a casa de um homem chamado Judas. Em Damasco, vivia um discípulo chamado Ananias. A esse discípulo, Jesus chamou em uma visão e ordenou que fosse visitar um homem de Tarso, chamado Saulo, que estava enfermo, ordenando que orasse por ele. 
          E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando. E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. Atos 9, 11-12.
          Fez isso e Saulo recuperou a visão e saúde, tornando-se cheio do Espirito, passando a ser, Paulo, o apóstolo.
          Essa passagem está no capítulo 9 no livro de Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento. A partir desse relato, os povos antigos acreditavam que a cura e bênçãos divinas estavam na rua Direita e vivendo ou estando sempre nesta rua, receberiam o enviado do Senhor Jesus. 
          Por isso que em todas as cidades antigas, tinha uma rua chamada Direita e uma igreja, que ficava à direita dessa rua, simbolizando a casa onde Paulo estava e recebeu a visita de Ananias. Ruas chamadas Direita, eram as preferidas dos mais ricos da época, que construíam seus suntuosos e luxuosos casarões, nessas ruas.
Rua Direita em Minas
          Em Diamantina, a Catedral de Santo Antônio fica na Rua Direita. (na foto acima de Giselle Oliveira) Quem vai à Tiradentes, para ir até a Igreja do Rosário, tem que pegar a Rua Direita. Em Santa Luzia, a Matriz de Santa Luzia fica na Rua Direita. Em Mariana a Rua Direita te deixa em frente à Igreja da Sé. Uma das mais belas igrejas de Minas, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo em São João Del Rei, está na Rua Direita e por ai vai. Muitas cidades históricas mudaram o nome da Rua Direita, como em Grão Mogol, no Norte de Minas, mas mesmo assim, ficou na mente das pessoas mais antigas o nome dessas ruas.
          Por ser uma rua que ficava à direita da principal igreja e onde moravam os ricos, eram bem cuidadas e bem calçadas. Tinha os melhores casarões e o calçamento em pedra sabão ou pedras comuns chamadas de "pé-de-moleque" eram impecáveis, diferente das outras ruas, dos menos ricos, que não tinha um acabamento tão fino. Isso se percebe andando pelas ruas das cidades históricas. (na foto acima da Ane Souz, a Rua Direita de Ouro Preto, que em seu traçado original, do século XVIII, ligava a Matriz do Pilar, a mais rica nos tempos da antiga Vila Rica, à praça principal da cidade, hoje, Praça Tiradentes)
          Quando andar pelas ruas das cidades históricas, com esse nome, saiba que por essas ruas de calçamento liso e bem feitos e casarões suntuosos, milhares de escravos foram usados no trabalho. Centenas de pessoas influentes passaram por essas ruas. Centenas de vidas diferentes em épocas diferentes viveram nesses casarões. Nessas ruas, cada centímetro, cada parede, tem uma rica história para contar, a história de Minas e do Brasil. (na foto acima do César Reis, a antiga Rua Direita de São João Del Rei MG, hoje, rua Getúlio Vargas)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Como colher chuva e plantar água na terra

(Por Igor Messias) Cada vez mais ouvimos dizer que a água no mundo está acabando, mas você já parou para pensar como é que podemos fazer a água desaparecer? Se ela evapora, vira nuvem e cai novamente sob a forma de chuva. Se ela infiltra na terra, fica lá depositada e quando não couber mais água no solo volta à tona formando as nascentes, depois os riachos e rios até alcançar o mar. Se as plantas, os animais ou o homem a ingerem, ela sai através do suor, urina e evapotranspiração.
Ruínas de Moray, área de cultivo do povo Inca sob a forma de terraços. Cusco / Perú. Foto: Igor Messias da Silva
          A água é um mineral indestrutível e a quantidade total de água no planeta Terra é praticamente a mesma desde que ele foi formado. O que está variando é a sua distribuição ao longo do globo terrestre. Lugares onde se tinha abundância deste recurso podem começar a ter quantidades menores, enquanto que o contrário também pode acontecer. São as chamadas mudanças climáticas, onde já é sabido pela ciência que o homem tem capacidade de interferir através principalmente da queima de petróleo que causa o aquecimento global.
          Mas voltando à água, todo esse caminho percorrido por ela através das nuvens, das chuvas, do subsolo, dos rios e oceanos é chamado de Ciclo Hidrológico, e, por ser um ciclo ele sempre se renova.
          Outro sério problema é a perda de qualidade da água. Cidades e indústrias que usam a água e depois lançam nos rios sem fazer o tratamento para despoluí-la, produtores rurais que lançam as fezes de currais e chiqueiros nos riachos fazem com que percamos água em condição de ser utilizada.
          Além de denunciar os poluidores, cobrar dos políticos o saneamento básico e reduzir a quantidade de água que usamos no nosso dia a dia, o que mais podemos fazer?
          Precisamos aprender a colher a chuva e plantar a sua água na terra! Fazer com que infiltre no solo ao invés de formar enxurradas e causar enchentes e alagamentos. E isso não é nada complicado, vamos aprender!
          As áreas rurais são compostas basicamente pelas áreas naturais, que são os campos e florestas, as lavouras e as pastagens. Em áreas naturais, principalmente em florestas, a sábia mãe natureza se encarrega de colher a chuva através da densa vegetação, que impede a formação de enxurradas, dando tempo suficiente para que a água possa infiltrar no solo e assim garantir que as nascentes abaixo tenham água o ano todo.

Atuais áreas de cultivo sob a forma de terraços na ilha de Taquile, no lado peruano do Lago Titicaca. 
Foto: Igor Messias da Silva
          Já nas áreas de pastagens e lavouras é preciso pensar formas de fazer com que haja máxima infiltração da água no solo e a primeira regra é: quanto mais coberto por plantas o solo estiver, estejam elas vivas ou sob a forma de palhada, seja capim ou lavoura, maior será a infiltração da água no solo!
          Porém, devido à própria dinâmica de plantio, crescimento e colheita/pastejo, não será em toda época do ano que o solo estará totalmente coberto por plantas e poderá ocorrer a formação de enxurradas, sendo necessário implantar técnicas mecânicas que retenham a água das chuvas para que tenham maior tempo para infiltrar.
          São técnicas simples e que são usadas há muito tempo pelo homem a partir de suas observações do ambiente natural. O povo Inca, que habitou a Cordilheira dos Andes na América do Sul até a chegada dos colonizadores espanhóis já usava técnicas que evitavam que a água se perdesse de uma só vez montanha abaixo. Eles construíram terraços e horizontalizaram seus terrenos de cultivo, aumentando a eficiência no uso da água. Tanto a que usavam rotineiramente na irrigação quanto a que caía sob a forma de chuva.
          Esta forma de agricultura atravessou o tempo e ainda hoje é utilizada pelos camponeses locais para produzir os mesmos cereais de seus antepassados Incas.
          A declividade da região dos Andes é muito maior que nossas áreas agrícolas no Brasil, portanto, podemos usar técnicas bem mais simples para que consigamos fazer nossa colheita de chuvas.
Barraginha na Fazenda do Queijo Dinho – Canastras Artesanais, em Piumhi/MG. Foto: Lucas Rodrigues
          A primeira técnica consiste em interceptar a água nos locais por onde correm as enxurradas, construindo pequenas barragens de terra, popularmente conhecidas como barraginhas, que irão reter a água para que esta tenha mais tempo para se infiltrar no solo.
          Ao interceptar a água, nossa barraginha vai se enchendo lentamente e, por mais que a infiltração no solo já esteja acontecendo, poderá chegar um momento em que ela ficará completamente cheia e a água excedente precisará sair por algum lugar. Nestes casos, o ideal é que a água não seja devolvida ao mesmo caminho por onde seguiria caso a barraginha não existisse. O melhor a ser feito é conduzi-la de forma que ela “dê um passeio pelo terreno” dentro de uma curva de nível, que nada mais é que um corte no terreno com uma declividade mínima, somente o suficiente para a água escoar até encontrar a próxima barraginha.
          A curva de nível, ao fazer com que a água dê este passeio pelo terreno, aumenta a área em que ela terá contato com o solo e consequentemente a infiltração será maior, pois quanto maior a área de contato entre água e solo, maior será a infiltração. 
Barraginhas interligadas por curvas de nível no município de Caranaíba/MG. Foto: Igor Messias da Silva
          Outro ponto a se considerar é que é mais seguro você construir diversas pequenas barraginhas que tentar armazenar toda a água da chuva em uma única grande barragem, pois caso esta venha a se romper, todo o solo revolvido para sua construção será levado pela enxurrada até o riacho mais próximo, causando assoreamento e fazendo com que sua intenção de ajudar o meio ambiente tenha um resultado completamente contrário.
          As barraginhas e as curvas de nível podem ser construídas por máquinas do tipo retroescavadeira e não precisam ser implantadas todas ao mesmo tempo. Você pode ir adequando seu terreno à medida em que tiver recursos financeiros para isso. Uma boa pedida é começar construindo às margens das estradas para infiltrar a água que escorre pelas suas laterais em dias de chuva. O importante é estar sempre fazendo algo em prol do aumento da taxa de infiltração no terreno que está sob sua responsabilidade.
Barraginhas em série ao longo da estrada na Fazenda do Queijo Dinho – Canastras Artesanais, em Piumhi/MG.
Foto: Rodrigo de Oliveira
          A legislação ambiental mineira, através da Lei Estadual Nº 20.922/2013 dispensa de qualquer tipo de autorização a construção de barraginhas, desde que estas não se destinem à represar qualquer curso d’água, mesmo aqueles que tem água só em alguns períodos do ano.
          Cuidados devem ser tomados em áreas de alta declividade ou que concentrem uma quantidade muito grande de água em suas enxurradas. Lembre-se que caso as barraginhas venham a se romper, o impacto ambiental será negativo e não positivo como você deseja. 
          Para ficar “no capricho” e aumentar a estabilidade das barraginhas pode-se cobrir o solo revolvido com vegetação rasteira, pois as plantas evitam que a força da água arraste este solo para longe.
          Lembre-se também de conservar os locais de nascentes, pois de nada adianta infiltrar água no solo se as suas nascentes estiverem todas assoreadas, cheias de plantas invasoras ou com acesso a animais que irão pisoteá-la.

          Se você tem uma chácara, sítio ou fazenda, tem também uma grande responsabilidade com a disponibilidade hídrica de toda sua região.Se quiser conhecer as barraginhas da Fazenda do Queijo Dinho – Canastras Artesanais que ilustram esta reportagem, basta ir até Piumhi. Visitantes são sempre bem vindos por lá! Faça sua parte e boa colheita!
 *Igor Messias da Silva
Engenheiro Ambiental, professor universitário e titular do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais – COPAM (2008 a 2016). Filho do Dinho da Serra da Canastra, onde desde 1972 produz com sua família o legítimo Queijo Canastra em Piumhi – MG.

Dia da Fazeção de Quitandas lá na roça

(Por Marina Mineira/São Roque de Minas) Na varanda ao lado da casa, o forno de barro era aceso... As chamas crepitavam! Estariam no ponto, assim que as massas estivessem prontas. Vovô Joãozinho, além de carregar a lenha e acender o fogo, esperava com toda a paciência, as ordens de Vó Geralda, avisando a hora retirar as brasas e cinzas. A tampa do forno era escorada com um tronco de madeira pesado e o suspiro se tampava com um tijolo embrulhando em trapos molhados.
          Um feixe de ramos preso na ponta de um bambu era a vassoura usada para varrer o forno, já no ponto. O perfume de alecrim do campo se espalhava pelo terreiro todo. Isso envaidecia as quitandeiras que espremiam com um pano furado, nos tabuleiros bem untados, os biscoitos. Com as mãos, davam forma ao pão de queijo, na cuia do coité, enrolavam as broinhas de fubá de moinho, a caminho de mais uma fornada.
          Folhas de bananeira verde para embrulhar os joãos deitados, feito com mandioca ralada, queijo e rapadura. Bolo de fubá com erva doce. Quebra-quebra de polvilho, broa de fubá de canjica.
Quando as quitandas feitas com polvilho acabavam de assar, era a hora dos pães da Vó Maricota, eu a chamava de “Madrinvó.” Naquele tempo, ali por perto, só ela sabia lidar com a farinha de trigo... Pão sovado, roscas de queijo, ou da rainha, ela deixava brilhantes passando melado em cima.

Enquanto escrevo, ainda sinto aquele aroma que se espalhava pelo quintal afora, tentando a meninada ansiosa. Custávamos a esperar aquelas delícias esfriarem. Os mais velhos diziam que se comesse quente, dava dor de estômago e queimação... Dava nada! Era só assoprar...
          Na casa de meus avós havia um cômodo escuro onde ficavam amoitadas as latas de quarta, daquelas que o povo da roça comprava para guardar biscoitos, manteiga, e carne de lata. As de minha avó, clareadas com areia fininha da serra, brilhavam feito alumínio.
          Inúmeras vezes entramos naquele quarto de mansinho... Os pequenos seguravam e o maior subia em dois tamboretes empilhados para alcançar a prateleira. Sempre foi um verdadeiro teste de equilíbrio não deixar as latas cheias caírem. Não fazer barulho, não entornar tudo no chão.
          Não era fome! Vó Geralda nunca negaria nada aos netos... Era só coisa de criança levada. Era vontade de comer biscoitos escondidos. Bom demais sair aquela cambuia de crianças pela estrada afora com os bolsos cheios de sequilhos e os braços cheios de pulseiras feitos com argolas de biscoito de polvilho...
          Aquelas mulheres de minha infância tinham mãos de fada e esbanjavam esses dons no dia da fazeção de biscoito. Eram artesãs lidando com grandes fornos de barro, esquentados a lenha, detalhe que justificava em parte, a excelência de seus quitutes. Essas construções, até hoje têm lugar de honra em muitas fazendas e sítios, pois confere sabor peculiar às iguarias.
          A modernidade tão cedo irá substituir a alvenaria por algum artefato de última geração.
          Nunca vi caderno de receitas das coisas gostosas que passavam aos tabuleiros em dezenas de formas, redondo, comprido, argolinhas, rosquinhas... Eram segredos guardados naquelas cabecinhas cobertas por lenços brancos, se alternando naquela labuta que findava só depois que o sol entrasse pela porta da serra.
*Imagens de grandes mulheres, herdeiras dos segredos das deliciosas quitandas da Serra da Canastra. 
(Homenagem a todas as quitandeiras da Serra da Canastra) 

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Conheça o artista plástico Atacir Costa

Nascido em 1973 na cidade de Belo Horizonte, Atacir Costa é casado com Rejane, pai do João, faz parte do cenário de grandes artistas mineiros.
          Desde criança sua maior paixão foi a arte. Iniciou-se na pintura ainda jovem, desenvolvendo um estilo próprio com pinceladas ousadas. Impressionista, Atacir Costa, se especializou em retratar figuras humanas. Durante anos retratou paisagens mineiras, sendo o autor da pintura da capa do livro “Doces Momentos” de Arnaldo Silva. (na foto abaixo, Arnaldo Silva, Leonardo Ruggio, dono do Museu Jeca Tatu em Itabirito MG e Atacir Costa, no lançamento do Livro no Museu Jeca Tatu)
          Hoje em especial retrata jogadores de futebol. A sua primeira obra retratando cenas de futebol iniciou-se em 2013 com a defesa do goleiro Victor do Clube Atlético Mineiro na conquista da Libertadores do mesmo ano. 
          A partir daí o seu relacionamento se intensificou com os atletas de vários clubes. Além do Atlético, ele retratou jogadores do Cruzeiro, América MG, Palmeiras, Corinthians, Santos, Ponte Preta, Flamengo, Botafogo, Internacional, Audax, Bordeaux. E entre estes, alguns jogadores das seleções, das confederações de Portugal, Argentina, França, Venezuela e Brasil.
          Atacir Costa já participou de varias exposições em Minas e São Paulo. Tendo uma exposição permanente no Museu Jeca Tatu em Itabirito MG. Além dos jogadores, ele retratou os cantores, Rogério Flausino, Marcio Buzelin do Jota Quest, Vander Lee, Sérgio Pererê, Eduardo Costa, Leandro (irmão do Leonardo), Doug Clifford da banda americana “Creedence” e Jonas Vilar. 

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