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quarta-feira, 14 de março de 2018

A Vila de Cocais e a Festa da Quitanda e Goiabada

(Por Arnaldo Silva) Barão de Cocais é uma das mais belas cidades históricas de Minas Gerais, distante apenas 90 km de Belo Horizonte na região do Quadrilátero Ferrífero. O município faz divisa com Bom Jesus do Amparo, Caeté, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo e tem como destaque a charmosa e pitoresca Vila Colonial de Cocais, distrito de Barão de Cocais.
          Além de suas belezas naturais e arquitetura colonial, Cocais se destaca na gastronomia mineira, na produção de goiabadas e quitadas diversas. Andando pelas ruas da Vila Colonial, pode-se sentir o suave aroma da goiabada cascão e até ouvir as borbulhas do doce tilintando no tacho de cobre, além de sentir o suave aroma dos biscoitos, roscas, pães, e bolo de fubá assado no forno de barro. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          A culinária de Cocais é um dos destaques do município e uma das rotas gastronômicas mais importantes de Minas Gerais. As delícias culinárias de Cocais são mostradas aos visitantes e turistas na tradicional Festa da Quitanda & Festival da Goiabada. A tradicional festa da culinária local e mineira é realizada anualmente, sempre no final de abril e início do mês de maio, no centro da pitoresca vila histórica. (na foto acima do Judson Nani a entrada da Festa da Quitanda e Festival da Goiabada em Cocais)
          A Praça Central do distrito é o palco da festa, que além da culinária e oficinas gastronômicas, tem apresentações musicais. A festa é muito bem organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais - EMATER-MG e apoio da Associação Comunitária do Distrito de Cocais, Associação dos Agricultores Familiares de Barão de Cocais e Região, e ainda do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barão de Cocais. (na foto acima do Nacip Gômez, a arquitetura colonial de Cocais)
          O evento é um dos mais aguardados na região, fazendo parte do calendário oficial de eventos do município, sendo ainda um grande fomentador de turismo e economia local, já que a festa atrai todos os anos, um grande número de turistas vindos de várias cidades mineiras. (na foto acima a praça onde é realizada a Festa da Quitanda)
          Durante o evento, o visitante conhecerá os produtos típicos da culinária mineira, bem como poderá participar de oficinas gastronômicas ministradas pelo Senac/MG e terá ainda o privilégio de acompanhar de perto, o modo artesanal de fazer goiabada cascão no tacho e quitandas diversas, feitas em fornos de barro. E ainda tem aquele café bem mineirinho feito na hora, no coador de pano, acompanhado de biscoito de polvilho frito no fogão a lenha e outras delícias assadas no forno de barro. (fotografia acima de Judson Nani/2022)
          Percebe-se então que o festival é uma delícia e irresistível. As cores e sabores dos aromas de Cocais são deliciosos! É um convite para os apreciadores da típica culinária mineira e ainda, nos dias da festa, o visitante pode apreciar a Cachoeira de Cocais, (na foto acima da Elvira Nascimento) 
Mais informações sobre a festa podem ser obtidas através do telefone da Prefeitura Municipal: (31) 3837-7619 ou por e-mail:culturaeturismo@baraodecocais.mg.gov.br

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Morro do Pilar: o que fazer e como chegar


(Por Arnaldo Silva) Morro do Pilar é um pacato e encantador município de Minas, de alto valor histórico, cultural e econômico para o Estado de Minas Gerais. Foi em Morro do Pilar que foi fundada a primeira Siderúrgica do Brasil, dando início ao processo de industrialização do Estado. 
          O município conta com cerca 3.200 habitantes. Distante 150 km de Belo Horizonte, Morro do Pilar faz divisa com os municípios de Conceição do Mato dentro, Santo Antônio do Rio Abaixo, Itambé do Mato Dentro e Carmésia. A maior cidade próxima é Itabira, que está apenas 54 km de Morro do Pilar. Até 1842, Morro do Pilar era distrito de Conceição do Mato Dentro. A partir desta data, passou a pertencer ao Serro MG, sendo emancipada em 12 de dezembro de 1953. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
História
          As terras do atual município, começaram a serem exploradas desde 1701, com a descoberta de ouro na região. Com o aumento da exploração mineral, novos exploradores foram chegando e assim surgindo o arraial. Uma pequena capela foi construída em homenagem a Nossa Senhora do Pilar nesse período.
          Em 1789, foi construído um novo templo, maior, que substituiu o anterior. (na foto acima do Nacip Gômez, a atual Matriz de Nossa Senhora do Pilar)
          E o arraial foi crescendo e prosperando, até o início do século XIX quando a exploração mineral entrou em declínio. Esse fato poderia ter significado o fim do vilarejo, mas devido a ação do intendente dos diamantes, Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, em 1809 foi iniciada a construção da primeira fábrica de ferro do Brasil - a Real Fábrica de Ferro.
O início do siderurgia mineira
           Um projeto arrojado e inovador para a época, marcando o início da siderurgia mineira, fazendo com que  pequenas fábricas surgissem ao longo dos anos seguintes e por fim, o surgimento de  grandes empresas em Minas Gerais, começando pela Belgo Mineira, que iniciou suas atividades em 1921. 
          Em 1814 a Real Fábrica de Ferro produziu ferro líquido, fato histórico e marcante para a América Latina na época. 16 anos depois, em 1830, encerrou suas atividades. 
          As ruínas da Real Fábrica de Ferro são atrativos aos visitantes que podem ir ao local conhecer o início da industrialização em Minas.
         Hoje, as atividades econômicas principais do município estão voltadas para a produção agropecuária como produção de leite, milho, mandioca, laranja, banana, cana-de-açúcar e plantações de eucaliptos. 
          Existe também a indústria de transformação e mineração, além de comércio variado e artesanato. Mas sua vocação maior hoje é o turismo já que o município e dotado de belezas naturais que encantam os turistas. Um desses encantos é a Serra do Cachimbo que tem esse nome por lembrar um cachimbo.
Belezas naturais
          Morro do Pilar pode ser descrita como um lugar abençoado pela natureza, sossegado e tranquilo. História, cachoeiras, vida tranquila, simplicidade e o melhor de Minas, a nossa refinada culinária e a hospitalidade do seu povo.
          Por todo o município encontra-se serras, cachoeiras e rios como o Rio Picão e o Rio Preto, ambos com mata ciliar exuberante, água limpa  e cristalina. As cachoeiras mais procuradas são as cachoeiras da Naná  , do Tombo (na foto acima de Marcelo Santos)da Fumaça, do Lajeado, do Pica-pau e a da Santa.
Principais eventos da cidade
          O Forró do Morro, que é um evento tradicional na cidade, acontece todos os anos em julho. A tradição do Reinado de Nossa Senhora do Rosário é marcante no município, bem como a Folia de Reis, entre o Natal e o dia 6 de Janeiro e o carnaval, que é um dos melhores da região. (na foto acima do Marcelo Santos, a Matriz de Morro do Pilar)
Como chegar 
- De ônibus: Não tem ônibus direto para Morro do Pilar. Na rodoviária de Belo Horizonte, você pega o ônibus que vai até Itabira e de lá outro para Morro do Pilar. A empresa que faz o trajeto é a Saritur. Informações de horários e tarifas:(31) 3479-4300 
De carro: Partindo de Belo Horizonte, pegue a MG 10 até Lagoa Santa. De lá siga até a Serra do Cipó. Quando chegar no entroncamento entre Conceição do Mato Dentro e Morro do Pilar, vire a direta, pegando a MG 232. 
(na imagem acima do Marcelo, a Cachoeira da Naná, uma das mais belas cachoeiras do município)

sábado, 20 de janeiro de 2018

Conheça Catas Altas da Noruega

(Por Arnaldo Silva) Catas Altas da Noruega é uma pequena cidade com cerca de 3650 habitantes. Seu povo é simples, de uma hospitalidade incrível. Quem nasce em Catas Altas da Noruega é Catas-altenses. Faz divisa com os municípios de Itaverava, Piranga, Lamim, Ouro Preto.
          A pequena cidade possui belos casarões, igrejas centenárias e paisagens lindas como os altos da Lagarta, do Barreiro, do Cruzeiro, cachoeiras da Água Limpa, do Jequitibá e do Morro Redondo, o Rio Piranga  Pirapetinga, dentre outros. Para conhecer a história do município, tem o Museu e Arquivo Histórico, o Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro localizado em um casarão centenário em estrutura de madeira com vedação em pau-a-pique. (na foto acima e abaixo do Thelmo Lins, a Igreja de São Gonçalo do Amarante, totalmente restaurada, por dentro e por fora).
 Catas Altas da Noruega e Catas Altas
         Apesar da proximidade geográfica com Catas Altas, famosa cidade histórica onde está a Serra do Caraça, não tem nada a ver com Catas Altas da Noruega. São duas cidades diferentes, apenas com nomes parecidos. A origem do município é Lusitana e nada a ver com o país Noruega. Mas porque Catas Altas da Noruega? Para entendermos o porque, vamos contar um pouco da historia da formação do município. 
          A história da cidade começa a partir de 1690, com a chegada de bandeirantes paulistas e portugueses em busca de ouro. A origem então do município é a mesma de todo o restante do estado durante o período do ouro: lusitana.
Por que Catas Altas da Noruega?
           Quando da exploração do ouro na região, existia, no que é o hoje o município de Catas Altas da Noruega, duas Minas importantes: a de Catas Altas e da Noruega. A mina de Catas (catas=lavras) Altas tem esse nome devido a necessidade de fazer escavações mais profundas para catar o ouro nas profundezas da mina, por isso o nome. (na imagem acima de Thelmo Lins, casarões coloniais em Catas Altas da Noruega)
          A palavra "Noruega" significa "terra úmida e sombria na encosta sul de montanha que recebe pouco sol". O nome foi dado pelos bandeirantes justamente por terem encontrado uma mina de ouro, próxima a mina de Catas Altas, num morro frio, úmido, onde os raios solares não penetravam. Por isso deram o nome da mina de Noruega. 
          Com a decadência do ouro fim do século XVIII e início do século XIX, as minas foram abandonadas, gerando como consequência, desemprego e miséria nos povoados mineiros. Para combater a situação, o Governador da Capitania de Minas Gerais na época, Conde de Bobadella, decidiu incentivar novas descobertas de garimpos, bem como reativar minas abandonadas. (na imagem acima de Thelmo Lins, a Igreja de Nossa Senhora das Graças e abaixo a Matriz de São Gonçalo do Amarante)
          No caso, os garimpos de Catas Altas e o da Noruega foram reativados com nome único, originando o atual nome do município: Catas Altas da Noruega.
          Portanto, o nome da cidade não tem nada a ver com o país Noruega ou algum imigrante norueguês que tenha vivido no local. 
          Catas Altas da Noruega (na foto acima de Sérgio Mourão) é uma cidade charmosa, pacata, que guarda relíquias de nossa história colonial como casarões e igrejas seculares.

domingo, 19 de novembro de 2017

Devoção a Padre Libério, transformou Leandro Ferreira MG

(Por Arnaldo Silva) Rodeada por montanhas e belas paisagens, está Leandro Ferreira, uma pequena cidade com apenas 3.199 habitantes, segundo o IBGE/2022. A pequena cidade fica na região Centro Oeste de Minas, na divisa com Bom Despacho, Pitangui, Conceição do Pará e Martinho Campos. O acesso mais fácil para a cidade é pela BR-262, entrando no trevo entre Nova Serrana e Bom Despacho. A cidade é bem organizada, com bom traçado urbano.
          Por ser uma cidade pequena, onde quase todos os moradores se conhecem e seu povo vive uma vida simples, com sua economia voltada para pequenos comércios, agricultura e pecuária e como é vizinha à cidade de Nova Serrana, famosa por ser um polo calçadista, uma parte de seus moradores trabalham nas indústrias de calçados dessa cidade. (na foto acima do @newdronens, vista parcial da cidade)
          Cidade típica do interior mineiro, charmosa, com restaurantes pitorescos, pequenas e aconchegantes pousadas, praças e casario bem cuidado, um povo acolhedor e muito hospitaleiro. (na foto acima do Arnaldo Silva, um pitoresco e nostálgico restaurante e pequena pousada, na Praça da Matriz, dirigido pela família do simpático "Seu" Antônio). 
          A rotina tranquila da cidade é quebrada pela grande quantidade de visitantes que a cidade recebe todos os dias, principalmente nas missas de domingo e nos meses de junho e julho. É que esses meses, marcam as festividades em honra ao Padre Libério. No dia do aniversário de seu nascimento, 30 de junho, a cidade recebe milhares de romeiros, vindos da região e de várias outras localidades de Minas Gerais e do Brasil. Chegam em grupos de caminhada, em cavalgadas, de ônibus, de carro e ainda, os que vêm à pé, individualmente, para pagar promessa. Nos dias de festejos religiosos, a presença de tantos fieis muda completamente a rotina da cidade, além de movimentar a economia do pequeno município.
           A fé no Padre Libério, considerado pelos católicos, como o Santo do Centro Oeste Mineiro, consolida Leandro Ferreira como um dos mais importantes caminhos religiosos de Minas Gerais. A cidade é rodeada por belas paisagens do Cerrado Mineiro, em meio a belas serras. (foto acima de @newdronens)
          Padre Libério (na foto/arquivo de memórias/Divulgação), é considerado Santo pelo povo da região. Seu nome completo é, Libério Rodrigues Moreira, nasceu em Lagoa Santa, em 30 de junho de 1884 e faleceu em Divinópolis, em 21 de dezembro de 1980, aos 96 anos. Um homem cativante, de fala mansa e de vida bem simples. Exerceu seu sacerdócio em Pitangui, São José da Varginha, Nova Serrana, Pará de Minas, mas boa parte de sua vida sacerdotal foi dedicada a Leandro Ferreira, cidade em que pediu para que fosse sepultado.
          Boa parte de sua vida como sacerdote, foi em Leandro Ferreira. Em vida, Padre Libério fazia milagres, garante quem o conheceu. A fama do Padre Libério, atraia sempre fieis da região, que iam a Leandro Ferreira em busca das bênçãos e curas de enfermidades. Mesmo depois de morto, milagres atribuídos ao padre são relatados por fieis, que vão à cidade pedir graças, fazer promessas e agradecer as graças alcançadas. 
          Um dos milagres mais famosos atribuídos ao Padre Libério foi de um rapaz de Pará de Minas, Walace de Souza, que sofreu um atropelamento quando participava de uma romaria. Nesse acidente, sofreu fratura na bacia e hemorragia interna e por isso foi desenganado pelos médicos. Sua avó orou ao Padre Libério para que curasse seu neto. De desenganado pelos médicos, um mês depois, já estava são, andando normalmente, sem precisar sequer de fisioterapia. A prova do milagre, segundo a família, está na radiografia feita no quadril do rapaz, onde claramente pode ser ver a imagem do rosto do Padre Libério. (na foto acima/arquivo de memórias/Divulgação)
          Para a igreja, o milagre apresentado pela família não foi levado para consideração do Vaticano, porque segundo afirmam os especialistas da área, é normal surgirem formas diferentes em exames de raios X.
          A Igreja encaminhou ao Vaticano relato de três milagres atribuídos a Padre Libério, bem como a história de sua vida. (na foto acima do Arnaldo Silva, missa em intenção da Beatificação do Padre Libério em 2016) O sacerdote mineiro foi declarado pelo Vaticano como “servo de Deus”. Um dos quesitos para canonização é a comprovação de pelos menos dois milagres. 
          Se o Vaticano o reconheceu como “servo de Deus”, significa que está em andamento pela Santa Sé, estudos de sua vida, visando sua beatificação e posterior santificação. Esse processo é longo, podendo levar décadas para conclusão. Mesmo assim, os fiéis não desanimam e acreditam que o Vaticano irá reconhecer o sacerdote mineiro como beato e santo posteriormente. Indiferentemente disso, para o povo, Padre Libério é santo e quem a ele recorre, é atendido em seus pedidos.
          Se o Vaticano canonizar Padre Libério, isso significa que além de Minas Gerais ter um santo, oficialmente pode-se fazer imagens, santinhos, orações etc. Sendo Santo, Padre Libério poderia então ser venerado. Mas isso já é feito na cidade desde sua morte, em 1980, por iniciativa popular. Imagens, orações, pedidos ao Padre Libério e veneração de fiéis são feitos pelos devotos, movidos pela fé e pelo coração.
          Tudo em Leandro Ferreira lembra Padre Libério. São várias barracas que vendem variados souvenires com a foto do padre ou com o nome dele. A cidade vive e respira sobre a figura do sacerdote, que doou sua vida ao ao amor ao próximo e ao Evangelho de Jesus Cristo, vivendo de forma bem simples, somente com o necessário.
          Em 1958, padre Libério inaugurou a Igreja de São Sebastião,  o templo era muito grande para a pequena cidade de Leandro Ferreira, que na época, mas a visão do Padre Libério era bem adiante, vislumbrou que a cidade cresceria e carecia de uma igreja maior que comportasse muita gente. Quem conheceu o sacerdote, sente que a igreja reflete o que foi o padre Libério em vida: leve, acolhedora, singela, ornamentação simples e com uma aura de paz e tranquilidade que transmite, que emociona. (na foto acima de Arnaldo Silva, a estátua do Padre Libério em frente a Igreja que mandou construir e abaixo de @newdrone, vista aérea do entorno da praça. Na esquerda, local de estacionamento de ônibus dos romeiros)
          Hoje a cidade tem um pouco mais de três mil habitantes. Naquela época, era bem menos que isso, mas mesmo assim o sacerdote fez uma igreja para 500 pessoas, com recursos de esmolas e doações. Esse templo hoje abriga os fiéis que vêm à cidade orar e pedir bênçãos ao Padre Libério. Seus restos mortais foram colocados dentro da igreja que construiu. Todos os domingos tem a Missa dos Romeiros, onde a cidade recebe caravanas de devotos de toda a região de Minas Gerais e também de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades brasileiras. 
          Ao lado do museu, dedicado ao Padre Libério, existe a Sala dos Milagres, onde pessoas que pediram e conseguiram graças, por intercessão de Padre Libério, relatam os milagres alcançados e deixam fixados na parede. Não só cartas, mas roupas, sapatos, fotos, objetos. São milhares! 
          Muitos nem relatam, fazem promessas e pagam até hoje. É o caso da Caminhada da Fé, organizada pelo comerciante José Antônio, desde 1985. Começou com ele e mais duas pessoas. No ano seguinte aumentou, bem como nos anos posteriores, chegando hoje a uma média de 20 mil pessoas. A Caminhada da Fé acontece sempre no primeiro domingo de julho. (na foto abaixo do Arnaldo Silva, o interior da Igreja de São Sebastião)
          Início parecido foi com a Cavalgada da Fé, evento organizado pelo produtor rural Antônio Ferreira, de Bom Despacho desde o início dos anos 80. Acontece sempre no dia do aniversário da morte do Padre Libério, 30 de junho. Por ter sido atendido em uma graça pelo Padre Libério, Antônio Ferreira prometeu ir de Bom Despacho até Leandro Ferreira a cavalo. Começou com ele, Bené Pião e mais uns poucos. Com o passar dos anos, a cavalgada foi ganhando novos adeptos, chegando hoje a milhares de cavalheiros. A cidade, principalmente o centro, onde está a matriz, fica lotada de cavaleiros sobre seus cavalos, para assistirem a missa. 
          São incontáveis relatos de milagres atribuídos ao Padre Libério expostos na Casa dos Milagres. (na foto acima do Arnaldo Silva, túmulo onde estão os restos mortais do Padre Libério, no interior da igreja de São Sebastião e na foto abaixo, o antigo túmulo, onde o padre foi sepultado) Gente simples ou com posses. De pouco estudo ou gente formada. Fazendeiros ou trabalhadores rurais. Empresários ou operários. São relatos de fé, que vem do coração das pessoas que acreditam na cura e no milagre, independentemente da condição social ou do problema de cada um. Quem vem a Leandro Ferreira, vem com o coração aberto e cheio de fé para pedir ou para agradecer. 
          Padre Libério em vida era perguntado se curava. Ele respondia com a serenidade e sinceridade que lhe era peculiar: “Eu apenas abençoo. Eu não curo, quem cura é Deus e a sua fé”.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Formiga, o Portal do Mar de Minas

(Por Thadeu Alencar) Situada a aproximadamente 200 km de Belo Horizonte no centro-oeste do estado, a cidade de Formiga possui quase 70 mil habitantes e é conhecida como o “Portal do Mar de Minas” pelo fato de ser a primeira cidade banhada pelo Lago de Furnas na rota de MG 050 para quem vem da capital mineira. Também é conhecida como a “Cidade das Areias Brancas”.(foto abaixo de Kelvin Marden)
          O município possui o Distrito Turístico de Pontevila, que sedia o Festival do Peixe e que é banhado pelo Lago de Furnas e que possui diversos loteamentos e condomínios com casas de veraneio, como o Balneário Furnastur que foi o primeiro empreendimento turístico do Lago, além de clubes e meios de hospedagem conhecidos em todo o estado como o Clube Náutico Formiguense e o Furnas Náutico Clube e de um resort que conta inclusive com pista de pouso, o Furnaspark Resort. 
          No Lago de Furnas podem-se destacar locais de beleza ímpar como as Ilhas das Pedras, o Triângulo do Sol e o Farol da Boa Esperança, criado e idealizado para ajudar os navegantes e que funciona todos os dias desde sua criação.(Fotografia acima de Paulo Pacheco)
          Na área urbana destacam-se a parte histórica da cidade, em especial o conjunto arquitetônico da Matriz de São Vicente Férrer, igreja erguida em 1765 e reconhecida em 1873, que conta com arquitetura que encanta todos os visitantes e que possui o segundo maior órgão do país em quesito de potência. Além disso a cidade possui duas lagoas e um Parque Municipal e o “Mirante do Cristo” dentro da cidade e que estão em fase de revitalização. (Fotografia acima de Evaristo Gomes Guerra Neto) Outro destaque a ser dado é na gastronomia da cidade, representadas por uma boa variedade de bares e restaurantes para se frequentar nos finais de semana e por pratos típicos e de produção local como a famosa linguiça de formiga, que possui até um evento que é o Festival da Linguiça.
          Na área rural destaca-se não só pela produção de queijos e doces, mas também pelas cachoeiras e pelos belos mirantes, como por exemplo a Cachoeira da Usina e o Morro da Melancia.
Formiga é uma cidade que merece ser visitada por quem quer conhecer seus mais variados encantos e ser acolhido por um povo hospitaleiro.
Texto e fotos enviados por Thadeu Alencar/furnas.com.br

quarta-feira, 19 de abril de 2017

As cidades da Região Oeste de Minas

(Por Arnaldo Silva) A região do Oeste de Minas é formada por 44 municípios, divididos em cinco microrregiões com sedes nas cidades de Piumhi, Divinópolis, Formiga, Campo Belo e Oliveira, contando atualmente com cerca de 1.100.000 habitantes.
          É uma das regiões mais desenvolvidas e industrializadas de Minas Gerais e de grande potencial turístico, com IDH-M, (Índice de Desenvolvimento Humano) bem alto, com bom padrão de renda e setor de serviços de boa qualidade. 
          A região tem sua origem no século XVII, durante a busca de ouro pelas bandeiras, e conta com cidades históricas e de grande importância para Minas Gerais.          
          Pela tradição queijeira, além de serem portas de entrada o Parque Nacional da Serra da Canastra, Vargem Bonita e São Roque de Minas, se destacam. Vargem Bonita (na foto acima da Nilza Leonel) conta com cerca de 2.200 habitantes. É a primeira cidade banhada pelo Rio São Francisco e está aos pés da Serra da Canastra. O município dá acesso à portaria de entrada para a Cachoeira da Cascadanta.
          Já São Roque de Minas, cidade com pouco mais de 7 mil habitantes é a portaria principal do Parque Nacional da Canastra, com acesso direto para a nascente do Rio São Francisco. (São Roque de Minas, na foto acima do Arnaldo Silva, do alto da portaria da Canastra) 
          Cidade pacata, tranquila, aconchegante e acolhedora, conta com uma ampla rede hoteleira, com pousadas rurais charmosas, além de excelentes restaurantes com comidas típicas. 
Conheça um pouco de cada microrregião do Oeste Mineiro.
01 - A microrregião de Oliveira
          Conhecida como "Princesa do Oeste, Oliveira (na foto acima do Saulo Guglielmelli), conta hoje com cerca de 42 mil habitantes e está a 150 km de Belo Horizonte. Sua história começa nas primeiras décadas do  século XVIII, com a chegada de viajantes portugueses, que pousavam nas terras onde é hoje é cidade, vindos pelo Caminho de Goiás. Alguns ficaram, foi formando um arraial, que prosperou, foi elevado à freguesia, vila e por fim, cidade emancipada em 19 de setembro de 1861. Oliveira guarda relíquias arquitetônicas dos tempos do Brasil Colônia, e também da arquitetura eclética e neo-clássica dos séculos XIX e XX, além de algumas construções, com traços germânicos em sua arquitetura, já que na cidade está instalada a Kromberg & Schubert, uma multinacional alemã, que desenvolve produz sistemas complexo de fiação para a indústria automotiva.
          Destaque na cidade, além de seus belos casarões, praças e monumentos atraentes, a Catedral de Nossa Senhora de Oliveira, construída em estilo gótico e traços romanos e a antiga matriz do século XVIII. (Fotografia acima de André Saliya) E ainda  tem como atração seu carnaval, a Semana Santa, o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, uma festa muito bonita e tradicional na cidade, a estátua do Cristo Redentor a Casa da Cultura Carlos Chagas e outra belezas arquitetônicas e naturais do município.
         Conta uma ótima estrutura urbana, um variado comércio, indústrias de pequeno, médio e grande porte, e uma rede de prestação de serviços excelente, destacando seu pronto socorro, o maior da região. Além disso está numa região privilegiada, cortada pela BR-494, BR-369 e BR-381, cortada ainda pela ferrovia Barra do Paraopeba, antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, hoje sobre concessão da Ferrovia Centro Atlântica. A cidade conta também com um aeroporto, com terminal para embarque e desembarque, com pista de 1.180 metros de comprimento por 20 de largura, para aviões de pequeno e médio porte.
          Além de Oliveira, a microrregião é formada pelos municípios de Bom Sucesso, Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Ibituruna, Passa Tempo, Piracema, Santo Antônio do Amparo e São Francisco de Paula.
- Ibituruna  
           Ibituruna (na foto acima do Marcelo Melo), município hoje com 3 mil habitantes, distante 220 km de Belo Horizonte. A cidade é conhecida como "Berço da Pátria Mineira" por ter sido o primeiro povoado que Fernão Dias, o mais importante dos bandeirantes, fundou em nosso território. Ibituruna foi fundada por Fernão Dias em março de 1674, sendo essa data, considerada como da fundação da cidade. Antes de Ibituruna, foram fundadas, por outras bandeiras, os povoados que deram origem às cidades de: Matias Cardoso, no Norte de Minas, fundado em 1660, Ouro Branco, na Região Central, em 1664, Sabará, em 1665, São Romão, em 1668 e Ibituruna, em 1674, sendo o quinto povoamento a surgir em Minas Gerais e o primeiro que o bandeirante Fernão Dias fundou em nosso território. 
          Ibituruna é de grande importância para Minas por ter sido o berço da formação do Oeste Mineiro e um dos berços da formação do Estado de Minas Gerais, bem como uma das mais antigas povoações do Estado. 
          De Fernão Dias, a cidade guarda o marco da fundação do arraial, uma pedra que demarcava a sesmaria, muito visitada por quem vem à cidade, conhecer sua história, arquitetura e belezas que ainda tem como atrativos a Matriz de São Gonçalo do Amarante, datada de 1769; Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja de São Sebastião; a Praça Fernão Dias; a antiga Estação Ferroviária,  construída em 1887, dentro outros. Seu povo é hospitaleiro e muito acolhedor. 
- Passa Tempo
          Passa Tempo é uma charmosa joia histórica do Oeste Mineiro, (na foto acima de Saulo Guglielmelli), distante 145 km de Belo Horizonte, contando hoje com pouco mais de 8 mil habitantes. Sua origem é do século XIX, tendo sido elevado à cidade em 30 de Agosto de 1911. Cidade tipicamente mineira, guarda em sua rotina, o estilo mineiro de viver, bem como valoriza e preserva sua religiosidade e a típica culinária mineira.
          A cidade é calma, tranquila, pacata, seu povo muito acolhedor, além de ser uma cidade charmosa e atraente. (foto acima de Saulo Guglielmelli) Seu moradores vivem do pequeno comércio, da agricultura, pecuária de corte e leiteira, de indústrias familiares e do artesanato, destacando a confecção de tapetes arraiolos, que são vendidos para todo o Brasil e exportado, devido a qualidade e bom acabamento dos tapetes.  
          A cidade tem fortes ligações com os cavalos, desde o século XIX, com destaque para a fazenda colonial Campo Grande, do Coronel Gabriel Andrade, benfeitor da cidade. A fazenda é hoje uma das relíquias da arquitetura barroca mineira e um dos lugares mais visitados na região. (foto acima de Saulo Guiglielmelli)
          Além da Fazenda Campo Grande, Passa Tempo, tem como atrativos a Casa da Cultura, o Observatório Ufológico, o primeiro na América Latina, construída pelo Ufólogo Antônio Faleiro, seu carnaval, seu casario em estilo colonial, a Matriz da cidade com seu charmoso coreto e seu bem conservado casario, em seu entorno, bem como belas paisagens rurais, fazendas centenárias charmosas, cachoeiras e outras belezas. 
- São Francisco de Paula
          Cidade pacata, tranquila, charmosa, povo hospitaleiro, com cerca de 6.5007 mil habitantes, São Francisco de Paula (na foto acima do Aender Mendes) é uma das maiores produtoras de café do Brasil. São várias fazendas no município, cuja economia tem como base, principalmente a indústria cafeeira, destaque pela qualidade de seu café. A cidade organiza anualmente uma das mais importantes festas da região, a Festa do Café, com a presença de milhares de turistas e pessoas ligadas ao ramo do café, no Brasil. São Francisco de Paula se destaca ainda por suas tradições e vida típica das pequenas cidades mineiras, valorizando suas tradições culturais, religiosas e a gastronomia típica de Minas Gerais em seus restaurantes e pousadas pitorescas, além do município contar com belas paisagens, cachoeiras e montanhas, propícias para os amantes de esportes radicais.
02 - A microrregião de Campo Belo           
          Cidade bem cuidada, origem histórica, do século XIX, tendo sido emancipada em 28 de setembro de 1879, Campo Belo (na foto acima do Fernando Protásio) é uma das mais belas, charmosas e atraentes cidades da região. Suas igrejas são belas, seu casario charmoso e bem cuidado, praças arborizadas, como a Praça Cônego Ulisses, uma das mais belas de Minas Gerais, além do município contar com belas paisagens naturais. É a quinta maior cidade do Oeste de Minas, com uma população de 55 mil habitantes, atualmente Está situada no entroncamento entre duas rodovias federais (BR-354 e BR-369), estando a 30 km da Rodovia Fernão Dias e a 226 km de Belo Horizonte. 
          Campo Belo (na foto acima de Fernando Protásio) é uma cidade com ótima estrutura urbana, uma boa malha viária, possui um aeroporto, com pista de pouso asfaltada, com 1420 metros de comprimento, além de um excelente comércio, com lojas diversas, colégios, faculdades, bares, hotéis, pousadas, pizzarias, supermercados, etc., além de um ótimo setor de serviços, atividade agrícola, com destaque o cultivo de café, feijão e arroz, a pecuária e derivados do gado, como laticínio, carne, couro, além de um parque industrial variado, com a mineração de granitos, argilas e calcário, indústria cerâmica, de base e destaque para as indústrias têxteis, sendo a cidade um polo nesse ramo.
          Além de Campo Belo, a microrregião é formada pelos municípios de Aguanil, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Cristais, Perdões e Santana do Jacaré.
- Cristais
          Uma charmosa, atraente e aconchegante cidade, com origem no século XIX e ainda guardando, em sua arquitetura e paisagens, traços dos tempos do Brasil Colônia. Seu nome é tão atraente quanto a cidade, hoje com cerca de 13 mil habitantes. Estamos falando de Cristais, distante 255 km de Belo Horizonte. A origem do nome vem de um cristal de rocha (quartzo hialino), um mineral abundante na região, por isso o nome da cidade, Cristais. A cidade é bem estruturada, com um bom comércio, prestação de serviços de qualidade, além do charme de sua arquitetura e beleza de sua Matriz, dedicada à Nossa Senhora da Ajuda (na foto acima de Maurício Soares). 
          Na cidade, o cruzeiro do Morro da Boa Vista é um ótimo ponto para visitas, bem como as Montanhas dos Cristais, a Serra do Garimpo, a Pedra Misteriosa, caminhos reluzentes com restos da exploração de cristais, quando do auge na mineração, remanescentes do Quilombo do Ambrósio I e o Porto dos Mendes, que faz a travessia nas águas do Lago de Furnas até o município vizinho de Guapé.
- Perdões
          Cidade histórica, com origens no inicio século XVIII, um casario colonial, eclético e neoclássico, bem preservado e elegante, cidade charmosa, às margens da BR 381. Essa é Perdões, cidade com cerca de 22 mil habitantes, distante 211 km de Belo Horizonte. Além de seu belíssimo casario, bem preservado, destaque para sua Igreja Matriz (na foto acima de Rogério Salgado) e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada  de meados do século XVIII, seu comércio variado, sua cultura, pitorescas e charmosas pousadas e restaurantes, a Represa do Funil, praças e monumentos, dentre outras atrações. 
03 - A microrregião de Piumhi
          Piumhi, (na foto acima de Nilza Leonel) tem suas origens no século XVII, tendo origem em um pequeno arraial, que prosperou, foi elevado à Vila em 1841 e emancipada em 20 de julho de 1868. Conta hoje com cerca de 35.000 habitantes e está distante 300 km de Belo Horizonte. Conhecida popularmente como a "cidade carinho", é a porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Canastra, estando apenas 80 km da Serra da Canastra, berço da nascente do Rio São Francisco e a 25 km do município de Pimenta e do distrito de Santo Hilário (na foto abaixo da Nilza Leonel), cidade e distritos banhados pelo Lago de Furnas, uma das opções de lazer na região. Piumhi conta ainda com igrejas, um charmoso casario com traços coloniais, eclético e moderno, mirantes, a Serra da Pimenta, do Andaime e do Cromo, bem como as manifestações religiosas e folclóricas preservadas.
          A cidade é charmosa, atraente, seu povo acolhedor e hospitaleiro, tanto é que foi eleita, em 2017, uma das 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil, ficando em quinto lugar, segundo votação feita com os usuário da plataforma Airbnb. A base de sua economia é a pecuária de corte, de leite e agricultura, com destaque para o cultivo de milho, feijão, gado de corte e café, sendo o município, o quinto maior produtor de café do Estado, além de grande exportador de café.  Seu comércio é variado, contando a cidade com uma boa infraestrutura urbana e prestação de serviços eficientes. 
           O município faz parte da região queijeira da Canastra e vem vem se destacando nos últimos anos pela pela qualidade de seus queijos, com destaque para o Queijo Dinho (na foto acima, enviada pelo Igor Messias, a queijaria do Queijos Dinho em Piumhi), premiado no Brasil e recentemente com medalha de bronze no último Mondial du Fromage, concurso internacional de queijos, que acontece a cada 2 anos em Paris - França, o último foi em 2019.      
          A microrregião de Piumhi é formada pelos municípios de Bambuí, Córrego Danta, Doresópolis, Iguatama, Medeiros,  São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita.
- Iguatama
          Iguatama (na foto acima de Maurício Soares) conta hoje com cerca de 8 mil habitantes e está a 258 km de Belo Horizonte. Cidade tranquila, pacata, seu povo muito acolhedor e bem organizada. O município é rico em lagoas, nascentes e tem o privilégio de ser cortado pelo Rio São Francisco, por isso a origem indígena do nome da cidade, Iguatama, sugerido pelo farmacêutico Albertino Ferreira de Oliveira. Iguatama significa "lugar onde o rio se abre em curvas", ou "enseada de minha terra" ou ainda "lugar onde o rio se abre em lagamar", em alusão às curvas do Rio São Francisco, que serpenteia as terras iguatamenses.
          Além do Rio São Francisco, suas belezas naturais e paisagens de Cerrado, em Iguatama, chama atenção a Igreja de Nossa Senhora da Abadia, a Estação Ferroviária, no bairro de Garças de Minas (foto acima do Aender Mendes) e seu belo casario urbano e rural, em estilo colonial e eclético.
- Bambui
Bambuí, (na foto do Dener Ribeiro), tem sua origem no século XVIII, tendo sido emancipada em 10 de julho de 1886. Ainda guarda traços da arquitetura colonial do século XIX  e eclética do século XX, em seu casario e construções. Conta com cerca de 25 mil habitantes e está distante 270 km da Capital. Em seu território, está um dos principais acessos para o Parque Nacional da Serra da Canastra, estando Bambuí, inserida também na Região da Queijeira da Canastra. O acesso à cidade se dá pela MG-050, BR-354 e BR-262. 
          Bambuí possui uma boa estrutura urbana, um comércio variado e prestação de serviços de boa qualidade como escolas, tanto de ensino médio, fundamental e superior, tendo na cidade um campus do Instituto Federal de Minas Gerais, com vários cursos. Festas religiosas e folclóricas, como as Congadas e Folias de Reis estão presentes na cidade, bem como o carnaval, os festejos de aniversário da cidade em 10 de julho, e sua rica culinária, com destaque para as quitandas e queijo Canastra. 
04 - A microrregião Divinópolis:
          Distante 120 km de Belo Horizonte, cortada pelo Rio Pará e Rio Itapecerica, Divinópolis (na foto acima de Jad Vilela) é uma das maiores e mais ricas cidades do interior de  Minas Gerais. Conta com um comércio bem variado, com lojas de pequeno, médio e grande porte, shoppings, bares, pizzarias, museu, teatro, cinema, hotéis e pousadas de qualidade, uma variada rede gastronômica, além de ter uma excelente estrutura urbana, com aeroporto, linhas rodoviárias para várias cidades do país, linha férrea e acesso fácil para BR-381, BR 354 e BR-262. Conta hoje com cerca de 241 mil habitantes, sendo atualmente a cidade mais populosa da região. A cidade conta com escolas públicas e particulares em todos os níveis com ótima qualidade de ensino, bem como um parque industrial variado, com destaque para siderurgia, metalurgia, indústria alimentícia, da confecção, dentre outros ramos. 
          Além de Divinópolis, a microrregião é formada pelos municípios de Carmo do Cajuru, Cláudio, Conceição do Pará, Igaratinga, Itaúna, Nova Serrana, Perdigão, Santo Antônio do Monte, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste.
- Nova Serrana 
          Desde a década de 1990, Nova Serrana (na foto acima de @newdronens) vem crescendo de forma meteórica e fenomenal. Nos anos 1970, era uma das menores cidades da região, hoje, 2020, segundo o IBGE, tem 105.520 habitantes, sendo uma das mais populosas do Estado, com tendências, a crescimento alto e constante. Esse crescimento é devido ao seu parque industrial, em especial, a indústria de calçados, que atrai mão de obra de todo o Estado e do Brasil, para o município. A cidade é atualmente o terceiro maior polo calçadista do Brasil, considerada a Capital do Calçado Esportivo. É uma cidade tipicamente industrial, inovadora e com bom desenvolvimento tecnológico. 
          Contando com uma ótima estrutura urbana, cortada pela BR-262, com excelentes condições para o turismo de negócios, a cidade conta também com uma variada rede de bares, boates, lanchonetes, pizzaria, churrascaria, shopping e uma boa rede hoteleira e gastronômica, além de atrativos, como a Serra da Capelinha (na foto acima de @newdronens), a Igreja Matriz e sua bela praça, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Praça Jardins do Lago, além de eventos religiosos, como a Festa do padroeiro São Sebastião e a Festa do Reinado. Conta também com outros eventos, como o aniversário da cidade, a Feira do Calçado e da Moda, a Festa do Peão, a Festa do Migrante, a Febrac - Feira de Máquinas e Componentes para Calçados, dentre outros. 
- Itaúna
          Além de fazer parte do Oeste de Minas, Itaúna (na foto acima do Clésio Moreira), compõe o chamado colar metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte, estando ainda inserida no quadrado minerador de Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero. Está apenas 76 km da capital e conta hoje com cerca de 93 mil habitantes. Sua origem é do século XVIII e antes de se emancipar, foi distrito de Sabará: 1711, Pitangui: 1715, Pará de Minas: 1848, de Pitangui novamente: 1850, mais uma vez de Pará de Minas: 1858, outra vez de Pitangui: 1872, novamente de Pará de Minas: 1874, até sua emancipação, em 6 de setembro de 1901. 
          Sua economia é alicerçada na indústria metalúrgica, siderúrgica, mineração, fundição, tecelagem, dentre outros ramos, além do setor de serviços e comércio, variados e eficientes. A cidade se destaca ainda por sua excelente estrutura urbana e qualidade de vida, bem como seu ensino público e privado de alto nível e qualidade, principalmente o ensino superior.  
05 - A microrregião de Formiga 
          Considerada o "Portal do Mar de Minas, com parte da Represa de Furnas a 20 km do Centro da cidade, Formiga (na foto acima do Jefferson Souza) conta atualmente com cerca de 68 mil habitantes e está a 196 km de Belo Horizonte. Sua origem é das primeiras décadas do século XVII, sendo 16 de março de 1839, a data em que o arraial, surgido no século anterior, foi elevado à Vila e cidade, sendo esta a data oficial de sua fundação. 
          A cidade guarda ainda em sua arquitetura, traços do período colonial brasileiro, principalmente na Praça da Matriz (na foto acima do Arnaldo Silva), com seus belíssimos e bem preservados casarões. Sua Igreja, dedicada a São Vicente Ferrer, foi recentemente eleita entre as 20 mais belas de Minas, pelo Portal Conheça Minas, ficando na sexta posição. 
           Formiga conta com uma ótima estrutura urbana, um comércio muito bom, além de setor de serviços excelentes, sendo a cidade polo regional de saúde, além de uma ótima rede hoteleira, gastronômica e turística. Além da Matriz, datada do século XVIII, conta como atração o órgão de tubos da Igreja de São Vicente Ferrer (na foto acima do Arnaldo Silva), do início do século XX, o Museu Municipal, a Cristo Redentor, o Parque Municipal Dr. Leopoldo Corrêa, o Horto Florestal, o Centro de Artesanato, o Rio Formiga, cachoeiras, lagoas, dentre outras atrações. 
          Além de Formiga, a microrregião é formada pelos municípios de Arcos, Camacho, Córrego Fundo, Itapecerica, Pains, Pedra do Indaiá e Pimenta.
- Itapecerica
          Cidade histórica mineira, com origem no início do século XVIII com a chegada de bandeirantes em busca de ouro na região. Formaram um arraial, chamado de Arraial de São Bento, que cresceu e foi elevado à vila em 20 de novembro de 1789, data que se comemora o aniversário de Itapecerica (na foto acima, a Matriz de São Bento, de autoria de Maurício Soares). A cidade conta hoje com cerca de 22 mil moradores e está a 180 km distante de Belo Horizonte. Sua economia tem como base a agricultura, a pecuária leiteira e de corte, a indústria de calçados, extração mineral de grafite, o comércio variado, o setor de serviços e o turismo. Cidade tranquila, charmosa, que preserva construções da época do período colonial e com grande potencial turístico. 
          Como atrações arquitetônicas, além da Matriz de São Bento, datada de 1912, destaque para a Igreja de São Francisco, datada de 1801(na foto acima do Jad Vilela), a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1819, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, datada por volta de 1862, além de várias praças e vários casarões do período colonial e do início do século XX, construídos no estilo eclético. (foto abaixo de Wilson Fortunato)
          Além do Carnaval, que é uma festa muito popular na cidade, dois eventos atraem milhares de turistas à Itapecerica. Um em junho e outro em julho. O primeiro evento é o Festival Gastronômico, em junho, que reúne os mais deliciosos pratos da culinária mineira e local. Já o segundo, é o Festival de Inverno, que acontece em julho, em frente a Igreja Matriz, com apresentação de diversos eventos culturais e artísticos. Destaca ainda na cidade as tradições religiosas mineiras, manifestadas por seu povo nas celebrações da Semana Santa, na encenação das sete dores de Maria, que é o Setenário de Nossa Senhora das Dores e a Festa de Nossa Senhora do Rosário, presente na cidade desde 1818.  
- Pimenta 
          Cidade turística, banhada pelo Lago de Furnas, Pimenta (na foto acima de Aender Mendes) conta com cerca de 9 mil habitantes, distante 218 km de Belo Horizonte. Cidade pequena, atraente, acolhedora e muito bem organizada e estruturada, com sua economia baseada em pequenos comércios, empresas familiares, setor de serviços, agricultura e pecuária. O município conta com hotéis e pousadas aconchegantes, bons restaurantes, tranquilidade e belezas naturais e pitorescas, como no distrito de Santo Hilário.
          Santo Hilário, (na foto acima do Pedro Beraldo) é uma pequena vila, com cerca de 150 moradores, margeada pelo Lago de Furnas. É um dos lugares mais visitados em Minas por amantes da natureza, do sossego, das trilhas, cachoeiras ou simplesmente pelo que querem curtir o charme do casario, a simplicidade do povo da vila, o aconchego das pousadas locais, fazer passeios de barcos pela represa ou mesmo, experimentar a culinária mineira e local, com destaque para pratos feitos com peixes de água doce. 

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