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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

13 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar – Parte VI

(Por Arnaldo Silva) Esta é a quinta parte com 13 pacatos e charmosos distritos de Minas Gerais. Já foram feitas as partes 1, 2, 3, 4, 5, e essa é a sexta parte. Em Minas Gerais, segundo dados da Fundação João Pinheiro, são atualmente 1.816 distritos e 853 cidades, além de mais centenas de vilas e pequenos povoados. Não dá para postar tantos distritos de uma vez só, por isso optamos por dividir a matéria em partes. Conheça 13 acolhedores, pacatos, charmosos e apaixonantes distritos mineiros.
01 - Itatiaia
          Itatiaia é distrito da cidade de Ouro Branco, na Região Central, distante 100 km de Belo Horizonte e 25 km de Ouro Preto, cidade que faz divisa Ouro Branco bem como as cidades de Conselheiro Lafaiete, Itaverava e Congonhas. Das rodoviárias de Ouro Preto e de Belo Horizonte, saem ônibus diário. (Fotografia acima de Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe)
          Além de atraente, pacata e charmosa, Itatiaia possui um rico acervo histórico preservadíssimo. Fundado em 1664, Itatiaia foi a segunda mais antiga povoação a ser formada em Minas Gerais, tendo com um dos marcos de sua fundação, a Igreja de Santo Antônio, erguida nos primeiros anos do século XVIII. 
          O primeiro batismo registrado na igreja ainda em construção, data de 20/08/1714. Foi construída em conjunto pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, de São Benedito e do Santíssimo Sacramento, em estilo Joanino, a primeira fase do barroco mineiro. Em 1717 já eram realizadas cerimônias normais na igreja. Durante o final do século XVIII e XIX, a igreja foi ampliada e ganhou novos altares e ornamentos. (Fotografia acima de Robson Gondin)
          Lugar de rara beleza, com paisagens e cachoeiras de tirar o fôlego, é também daqueles lugares que o dia passa devagar e a vida é calma, tranquila e sossegada. É uma pequena vila, com poucas ruas, um charmoso casario colonial e um povo simples, acolhedor e hospitaleiro. (fotos acima e abaixo de Robson Gondin)
          Um dos destaques de Itatiaia, além de sua beleza natural e sua história colonial, é seu artesanato, sua culinária típica e original mineira, no mais tradicional fogão a lenha e os grafites nas paredes das casas. 
02 - São José do Almeida
          São José do Almeida tem origens no século passado e tem São José como o seu santo padroeiro. A origem da fé no santo começou na fazenda pertencente a José Almeida, mais conhecido por Almeida. Devoto de São José, Almeida promovia na sala da sede de sua fazenda, rezas para o santo de sua devoção. Com o passar do tempo, trabalhadores de sua fazenda, de outras propriedades e do vilarejo, começaram a participar também das rezas. (fotografia acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva)
          Com o aumento de devotos e pouco espaço em sua sala, Almeida decidiu construir uma capela dedicada a São José na parte mais alta do vilarejo, que ficava próximo a sua propriedade, para que todos pudessem participar das rezas e festejos religiosos.
          A capela era conhecida como Capela de São José do Senhor Almeida. Com o passar do tempo, o vilarejo foi crescendo e se desenvolvendo até ser elevado a distrito de Jaboticatubas MG, cidade histórica mineira fundada em 1790, distante 66 km de BH, na Serra do Cipó. O município de Jaboticatubas faz limites territoriais com Itabira, Itambé do Mato Dentro, Santana do Riacho, Baldim, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Lagoa Santa, Santa Luzia, Taquaraçu de Minas e Nova União.
          Como a capela de São José do Senhor Almeida era muito visitada, tendo até romarias vindas de localidades mais distantes, o vilarejo passou a se chamar São José do Almeida, em referência à capela construída pelo senhor Almeida e assim é o seu nome até hoje.
          De um pequeno vilarejo, São José do Almeida se tornou um dos mais desenvolvidos, maiores e bem estruturados distritos mineiros. A vila conta com escolas, comércio variado, linhas de ônibus, serviços públicos urbanos, pequenas e médias empresas, restaurantes e pequenos hotéis e pousadas. 
          São cerca de 6500 moradores no distrito que tem como destaque a Matriz de São José e sua charmosa praça, bem como as belezas da Serra do Cipó, além da simpatia, hospitalidade e carisma de seu povo, que é muito acolhedor e trata muito bem os visitantes. (fotografia acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva)
03 – Sobral Pinto
          Sobral Pinto é distrito histórico da cidade de Astolfo Dutra MG, Zona da Mata. O distrito surgiu a partir de 1860, no século XIX, com o nome de Pomba. Nessa época, o povo de Pompa era subordinado ao município de Rio Pomba MG.
          Seu crescimento ampliou-se a partir de 1879 com a chegada Estrada de Ferro Leopoldina, para trens de carga e passageiros. Com isso, novos moradores foram chegando, novas residências foram sendo construídas, operários da rede ferroviária se instalando no povoado, novas casas comercias, fazendo com que o povoado de Pomba crescesse e se desenvolvesse rapidamente. (fotografias acima e abaixo de Robson Gondin)
          A ferrovia passava dentro do povoado que tinha ainda uma pequena estação com o nome de Estação Pomba, construída em madeira, inaugurada por Dom Pedro II em 1881. Em 1892, o nome da estação recebe o nome de Sobral Pinto, bem como o povoado, que passou a se chamar também, Sobral Pinto. O nome homenageia Luiz Cavalcante Sobral Pinto, engenheiro da Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1919 é inaugurado o novo prédio da Estação Ferroviária, dessa vez em alvenaria.
          No início do século XX, é erguida pelo português Manoel Póvoa, a capela de Nossa Senhora dos Anjos, mais tarde consagrada à Nossa Senhora Auxiliadora, a atual padroeira do distrito.
          Hoje o trem não transporta mais gente, mas a ferrovia deixou um legado de história, preservada na memória dos mais antigos moradores, bem como nas construções do século XIX e XX presentes na vila, bem conservadas e preservadas.
          Além disso, o distrito é pacato, muito bem cuidado, bem estruturado para receber visitantes que são bem recebidos por seus moradores, muito acolhedores e hospitaleiros. Sobral Pinto é ainda um exemplo de boa qualidade de vida, conservação, preservação e cuidado com a história, a natureza e as tradições religiosas, culturais e gastronômicas mineiras.
04 - Santo Antônio do Rio Grande
          Santo Antônio do Rio Grande é um paraíso escondido a 1200 metros de altitude nas montanhas sul mineiras da Serra da Mantiqueira, cercada por várias nascentes que formam córregos, cascadas, cachoeiras e poços de águas limpas, gelada e cristalinas que deságuam no Rio Grande. (fotografias acima de @miguelhobbydrones)
          Santo Antônio do Rio Grande está a 14 km distante de Bocaina de Minas, próximo da Via Dutra e apenas 21 km de Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, a 390 km de Belo Horizonte, 190 km de Juiz de Fora MG, 43 km de Resende/RJ e 208 km de São Pulo.
O visitante encontra ainda em Santo Antônio do Rio Grande, charmosas e pitorescas pousadas, restaurantes de comida caseira típica e lanchonete. Tudo simples, aconchegante, acolhedor e tradicional.
          Um lugar bucólico, simples, bem acolhedor, pacato, tranquilo, com um casario simples, bem cuidado, ruas calçadas em pedra e com um povo se orgulha de sua terra e adoram uma boa prosa com os visitantes. São pessoas acolhedoras, simples, ordeiras, hospitaleiras e que guardam suas tradições religiosas e festejos tradicionais.
Como exemplo as festas juninas, em especial a Festa de Santo Antônio, com destaque para a fogueira de 25 metros, construída pau sobre pau, pelos próprios moradores. É um espetáculo que atrai turistas da região para acompanhar os festejos, saborear as comidas típicas, acompanhar as celebrações religiosas na Matriz e assistir a queima da fogueira. 
          Outro destaque de Santo Antônio do Rio Grande é seu belíssimo artesanato e sua culinária típica, como seus biscoitos, bolos e doces caseiros, além dos saborosos queijos produzidos nas fazendas da Vila, com destaque para os queijos da Fazenda Paiol.
          É um lugar que podemos chamar de paraíso, refúgio ideal para quem quer fugir da correria do dia a dia das cidades, buscar a paz e o sossego em meio a simplicidade, beleza natural e paisagens montanhosas com belíssimas cachoeiras de tirar o fôlego como a Cachoeira do Paiol com 120 metros de queda, do Brumado com 90 metros. (nas fotos acima do @miguelhobbydrones, a vista da Pedra Negra e a cachoeira do Vale das Flores)
          Tem ainda a cachoeira 5 Estrelas com 3 quedas seguidas, no total de 200 metros de altura, que formam lindos poços de água gelada e cristalina. Essa cachoeira está apenas 6 km distante da vila. Além disso tem o Mirante Zé Manuela a 1800 metros de altitude, com uma espetacular vista de 360° graus das belezas da Serra da Mantiqueira e do Parque Nacional do Itatiaia.
05 - Florália
          Distrito de Santa Bárbara, cidade histórica mineira distante 120 km de Belo Horizonte, Florália é uma charmosa, atraente e tradicional vila colonial mineira. Sua origem é século XVIII, quando a vila se chamava Rio São Francisco. (fotografia acima de Jane Bicalho)
          Rio São Francisco foi elevado a distrito pela Lei provincial nº 2001, 14-11-1873, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado a Santa Bárbara. Em 1923, Rio São Francisco teve seu nome alterado para Florália.
          Rodeada por belíssimas paisagens nativas, montanhas, tem como seu principal atrativo seu charmoso casario colonial e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória. Em sua origem, era dedicada a Nossa Senhora da Boa Morte. A construção da antiga igreja teve início no ano de 1745, no século XVIII, pelo padre Antônio Araújo. (fotografia acima de Jane Bicalho)
          Ao longo de sua existência, o templo passou por reformas e mesmo assim, continua sendo uma das relíquias históricas mineiras e um dos principais atrativos da região, bem como da Vila de Florália, um lugar acolhedor, de gente simples e hospitaleiro. Florária é tão singela e linda que é conhecida como “pedacinho do céu" de Minas Gerais.
06 – Tabuleiro do Mato Dentro
          É distrito da cidade histórica de Conceição do Mato Dentro MG, a 167 km de Belo Horizonte, na Serra do Espinhaço. O distrito está distante 20 km da sede.
          Tabuleiro é uma joia colonial do Espinhaço. É uma típica vila mineira, casario colonial charmoso, uma igreja típica do Barroco Mineiro, erguida no alto de uma colina, campo de futebol, tradicionais vendas, botecos e mercearias. Na pitoresca vila colonial vivem mais de 1250 pessoas. É um povo simples, acolhedor, hospitaleiro e muito bom de prosa. (foto acima de Marselha Rufino)
          Pra quem não sabe, o distrito recebeu no século XIX algumas famílias de imigrantes alemães que vieram para a trabalhar na siderurgia, já que a região contava com várias de minério de ferro. Uma dessas famílias era a Utsch, especialistas sem siderurgia. Trabalhavam numa siderúrgica fundada em 1822, na região onde é hoje o distrito de Cubas, que tem esse nome devida a medida, “cuba”, usada para pedir o ferro e o aço. 
          O porque Tabuleiro tem esse nome é incerto, apenas história oral, contada pelo povo. Segundo uma dessas histórias, o nome é em alusão a aparência das serras que lembram um tabuleiro. Outros dizem ser referência ao tabuleiro utilizados no século XIX e XX usados pelos moradores da região no transporte de mercadorias até a cidade de Conceição do Mato Dentro. Há ainda a versão que tabuleiro surgiu com os canteiros de plantações da época de sua origem, que tinham o formato de um tabuleiro. (fotografia acima do @gustavosimoes.art)
          A base econômica do distrito é a agricultura familiar, mas devido a Cachoeira do Tabuleiro e os parques ambientais, é o turismo que movimenta a economia do distrito, principalmente nas lojinhas de artesanato, botecos, restaurantes e pousadas locais que atendem todos os gostos e bolsos. Toda a comunidade do distrito, seja na área urbana da vila ou rural, estão inseridas no contexto do turismo.
          Tabuleiro é o distrito mais conhecido e visitado de Conceição do Mato Dentro devido a Cachoeira do Tabuleiro, a maior cachoeira de Minas, com 273 metros de queda, o equivalente a um prédio de 91 andares. É a terceira maior cachoeira do Brasil. O poço formado por suas águas tem cerca de 20 metros de profundidade, rodeado por blocos de pedras e também, com muitas pedras submersos. Pra completa toda essa beleza no entorno da cachoeira existem belíssimos jardins naturais com orquídeas, sempre-vivas e bromélias gigantes.
          A cachoeira está na área do Parque Natural Municipal do Tabuleiro e no Parque Estadual da Serra do Intendente, ambos pertencentes ao distrito de Tabuleiro. (fotos acima de Nacip Gômez)
          É tão impactante e linda que foi eleita com 40 mil votos em concurso realizado pelo Instituto Estrada Real, órgão ligado à Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), como uma das 7 maravilhas da Estrada Real.
07 - Porto dos Mendes
          Porto dos Mendes é distrito de Campo Belo, município da região Oeste de Minas, distante 226 km de Belo Horizonte. O distrito, está na divisa de Campo Belo com Nepomuceno e por isso conta com dois portos, um em cada cidade. Isso porque Porto dos Mendes é banhado pelo Lago de Furnas e a travessia é feita e barcos e balsas. 
          São dois portos. O porto “De Cá” como chamam o porto do lado de Campo Belo e o porto “De Lá”, como é mais chamado o porto de Nepomuceno, embora seu nome antigo seja Porto Sapecado. Mas é mais fácil falar “porto de lá” e “porto de cá”. (na foto acima do Daniel Souto)
          Além dos dois portos, as atividades de pesca e náutica, as balsas transportam carros, ônibus e tudo que puder sobre as águas do Lago. Porto dos Mendes é um dos mais importantes atrativos distritos de Campo Belo, não apenas pelo Lago de Furnas, mas por sua história e origem.
          Porto dos Mendes surgiu de um povoado formado no século XVIII, com o nome de Vila São Sebastião de Porto dos Mendes. Em 9 de agosto de 1864 foi elevado a distrito, passando a ser apenas chamado de Porto dos Mendes.
          É uma charmosa, pacata e atraente vila mineira, formada por pessoas igualmente pacatas, acolhedores e hospitaleiros. Tem ainda como destaque a Igreja de São Sebastião, construída em meados do século XVIII, o Cruzeiro no alto da serra, matas nativas, trilhas ecológicas e belas cachoeiras. (foto acima de Daniel Souto)
          Lugar com boa estrutura para receber turistas, conta com bons restaurantes, bares e pousadas, tanto em Campo Belo e Nepomuceno, quanto na própria vila. Lugar ideal para passeios em família, pesca esportiva, passeios de barcos e ainda para quem gosta de viajar pelos encantos da simplicidade das vilas coloniais mineiras.
08 - Chacrinha dos Pretos
          É distrito de Belo Vale, no Vale do Paraopeba, distante 82 km de BH.
          A comunidade da Chacrinha dos Pretos tem origem no século XVIII, há mais de 180 anos. Foi formada entre as fazendas Chácara e Santa Cecília, que pertenceu ao Coronel José de Paula Peixoto, influente fazendeiro que tinha o apelido do valor sua fortuna, “Milhão e Meio”. (fotos acima de Mauro Euzébio/@mauroart)
          Por influência de sua esposa, a qual amava muito, não seguia os padrões no trato com os escravizados na época. Tratava-os bem. Após sua morte, sua esposa alforriou todos os escravos da fazenda. Além isso, como herdou toda a propriedade de seu falecido esposo, colocou em testamento os escravos que alforriou como seus herdeiros diretos. Após a morte da viúva do coronel “Milhão e Meio”, os escravos alforriados assumiram a posse legal da fazenda, de acordo com a vontade da viúva do coronel “Milhão e Meio”.
          A área da antiga fazenda e onde foi formado o quilombo da Chacrinha dos Pretos, formam um sítio arqueológico de grande valor histórico para a cidade e região por ter sido o início da formação do Quilombo. É um bem tombado como Patrimônio Cultural e Material de Belo Vale MG, através do Decreto N° 1240/2011, devido sua grande importância para a história da comunidade quilombola da região. (fotos acima de Mauro Euzébio/@mauroart)
          Além disso, Chacrinha dos Pretos é uma comunidade quilombola certificada pela Fundação Cultural Palmares. Isso garante que os moradores de Chacrinha dos Pretos tem origem em comum e tem como base a preservação dos valores de seus antepassados, bem como a preservação de suas práticas culturais, além de preservarem a identidade cultural e histórica da comunidade.
          Os moradores atuais, descendentes os quilombolas que formaram a comunidade, realizam manifestações culturais, religiosas e folclóricas no sítio arqueológico, onde começou o quilombo. Isso por ser um lugar de uma riqueza histórica e cultural impressionante, bem como a história da formação do quilombo que se formou na fazenda, totalmente diferente da origem dos quilombos na época.
09 - Padre Pinto (Caxambu)
          É distrito do município de Rio Piracicaba, no Médio Piracicaba, distante 127 km de Belo Horizonte. O distrito conta com cerca de 1500 moradores e está a 5 km da BR-381, a 14 km do centro de Rio Piracicaba e possui uma boa estrutura urbana.
          É um lugar simples, pacato, sossegado, com povo acolhedor e bastante hospitaleiro, que se orgulha de sua comunidade, de preservar suas festas tradicionais, principalmente religiosas e ainda, valorizam e respeitam a memória de seus antepassados, principalmente os de origem africana. O distrito tem raízes históricas no tempo da Mineração e Escravidão. (fotografia acima do Duva Brunelli)
          Durante o ano ocorrem eventos populares, folclóricos e religiosos em Padre Pinto, com destaque para a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a tradicional Congada. Além disso, no mês de maio, acontece a tradicional Festa do Boi Fogueira, uma tradicional festa folclórica com danças e cantigas de roda.
          Seu nome de origem era Caxambu, passando a se chamar Padre pinto, em homenagem ao padre Manoel Fernandes Pinto Coelho, a partir de 8 de agosto de 1927. Mesmo alterando o nome, Caxambu é o nome mais popular, devido existir no distrito a Comunidade Quilombola Caxambu.
          Uma charmosa vila, com um casario antigo em estilo colonial, eclético e moderno, povo simples, acolhedor e de fé. Além de igreja católica, construída em 1911, em Padre Pinto existem duas igrejas evangélicas. Seus moradores vivem da agricultura familiar. (foto acima de Duva Brunelli)
          Sua antiga usina elétrica, é hoje patrimônio tombado de Rio Piracicaba. Além disso, Padre Pinto é um dos distritos de grande importância cultural para a cidade por sua história e tradições populares, oriundas do tempo da Escravidão.
          Por sua origem africana, a comunidade Caxambu, em Padre Pinto é área reconhecida pela Fundação Palmares como comunidade Quilombola. O Quilombo de Caxambu, que significa, na língua africana que para alguns historiadores a junção dos vocábulos cacha (tambor) e mumbu (música). Mas há outros historiadores que afirmaram que seu significado seria a junção dos vocábulos de caa (mato), xa (ver), umbu riacho, sendo então mato que vê o riacho.
A família Alcântara de Caxambu
          É em Caxambu (Padre Pinto) que vive a Família Alcântara, que forma o coral Família Alcântara. Fundado há mais de meio século, o coral já está na quarta geração da família.
          A Família Alcântara, bem como todos que vivem no Quilombo, é formada por descendentes de escravos trazidos de Angola, por volta de 1760 para trabalharem nas fazendas da região.
          A história da Família Alcântara, bem como o coral é conhecida e reconhecida em Minas, no Brasil e também no mundo. O coral tem discos gravados, já fizeram várias apresentações em várias cidades e festivais e também em programas de TVs, entre eles do programa de Jô Soares, na Rede Globo, além de terem sido tema de documentário produzido e exibido pela TV Rede Minas.
10 - Bom Jesus do Vermelho
          Bom Jesus do Vermelho é distrito subordinado a Santa Rita do Ibitipoca, município distante 70 km de Barbacena e a 241 km de Belo Horizonte, nos limites territoriais com Ibertioga, Piedade do Rio Grande, Santana do Garambéu, Lima Duarte, Bias Fortes e Antônio Carlos, no Campo das Vertentes com a Zona da Mata. O acesso é pela MG-135 E MG-338. (foto acima de André Duarte)
          Bom Jesus do Vermelho é uma pequena vila típica do interior mineiro, com uma singela igreja, praça, um casario colonial bem cuidado, destacando as velhas e antigas vendas, como a Venda Salles, como podem ver nas fotos acima do André Duarte, a Venda, a Igreja e o casario visto da entrada da vila.
          Seu povo é simples, hospitaleiro, valorizam suas tradições folclóricas, religiosas e a tradição mineira dos tempos dos tropeiros e boiadeiros, presente nas cantorias da tradicional música caipira mineira, além da culinária mineira, principalmente as quitandas, sempre presente nas cozinhas mineiras e nas rodas de viola e sanfona, que sempre acontece nas casas e quintais da Vila.
          Lugar calmo e tranquilo, onde todos se conhecem. Na charmosa e pequena vila, vivem pouco mais de 1000 pessoas. Sua economia se baseia em pequenos comércios, na agricultura familiar e no turismo, já que a Santa Rita do Ibitipoca e seus distritos estão na área do Parque Estadual do Ibitipoca. Por esse motivo, restaurantes, bares e pousadas se encontra com facilidade no distrito, em Santa Rita e redondezas.
          Além disso, Bom Jesus do Vermelho oferece a seus moradores e visitantes um convívio pelo com a natureza, com trilhas diversas, cachoeiras, montanhas e as belíssimas paisagens paisagens do Parque do Ibitipoca, como por exemplo a Janela do Céu, principal atração do Parque, situado nas terras do município de Santa Rita, no qual faz parte Bom Jesus do Vermelho.
          Uma época boa para visitar Bom Jesus do Vermelho é julho, quando acontece a tradicional festa do Bom Jesus, com shows com bandas e artistas locais e regionais, barracas com comidas típicas, celebrações religiosas, dentre outras atrações.
11 - Coco
          Coco é uma típica e tradicional Vila Colonial Mineira, distrito de Moeda MG, no Vale do Paraopeba, distante 60 km de Belo Horizonte.
           O casario colonial, típico do período barroco é um dos atrativos do distrito, suas belezas naturais nativas como matas nativas, trilhas, cachoeiras, bem como a Igreja do Sagrada Coração de Jesus. É uma igreja simples, mas com talhas, entalhes, forros e ornamentos requintados, típicos da arte sacra da século XIX e XX. (fotografia acima de Evaldo Itor Fernandes, o casario e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus)
          Tanto a Igreja, quando a formação do povoado, tem origens no século, segundos os moradores mais antigos. Seu povo tem orgulho de sua comunidade, de sua igreja e recebem muito bem os visitantes, como todo bom mineiro. A principal atividade econômica de Coco é agricultura familiar, turismo e pequenos comércios. 
12 – Betânia
          É distrito da de Pedra do Indaiá, no Oeste de Minas, distante 174 km de BH. Em Betânia vivem cerca de 700 pessoas. Está situado no KM 145 a MG-050, entre Divinópolis e Formiga MG.
          É uma pequena vila, que tem como base econômica a extração de pedras que são trabalhadas para serem usadas em calçamento, mistura em concreto e outros usos. Por esse motivo, a vila é pavimentada e conta com uma boa estrutura, poluição zero e um povo muito hospitaleiro e gentil. (fotografia de Maurício Soares)
13 - Porto Alegre 
          Porto Alegre é distrito de Moeda MG, Vale do Paraopeba, distante 60 km de BH. Tem origem no início do século XVIII, quando chegou à região, as bandeiras lideradas por Fernão Dias Paes Leme. Aportaram em um pequeno arraial onde viviam algumas poucas pessoas que trabalhavam na agricultura, já que em sua origem, desde o final do século XVII, o Vale do Paraopeba era uma região de produção de alimentos, devido à qualidade de suas terras. Eram pessoas simples, muito alegres e receptivas.
          O pequeno vilarejo ficava no encontro das águas do Ribeirão da Barra com o Rio Paraopeba. Esse encontro de águas formava um porto era usado ancorar embarcações que fazia a travessia do rio, levando e trazendo alimentos, além de pessoas. Por isso o nome dado ao lugar, Porto Alegre.
          Seu crescimento foi devagar, em torno da igreja do seu padroeiro, o Senhor Bom Jesus. Inclusive, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Porto Alegre é um dos seus principais atrativos, bem como a beleza e o charme do seu casario colonial, suas belezas naturais e belas cachoeiras, além claro, da alegria de seu povo, que faz jus ao nome do lugar. (fotos acima de Evaldo Itor Fernandes)

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