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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Os 10 distritos mais altos de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais tem 1816 charmosos e atraentes distritos. São verdadeiros presépios, onde no cotidiano do dia a dia, a vida é um sossego e passa bem devagar. Se caracterizam pela simplicidade, mineiridade, hospitalidade de seus moradores, belezas naturais, história, casario simples, artesanato, sua culinária típica e tradições religiosas. 
          Alguns se destacam pelos dias quentes de verão, com suas cachoeiras, trilhas e praias fluviais. Outros, o contrário, se destacam pelo frio intenso e altitudes, acima do nível do mar, elevadíssimas. Isso porque, Minas Gerais é um estado montanhoso e por isso, os distritos e cidades de maiores altitudes no Brasil, estão em nosso território. (na foto acima de Romilda de Souza Lima, Monte Verde, distrito de Camanducaia MG, Sul de Minas)
          Você vai conhecer 10 desses pitorescos distritos, com altitudes acima de 1000 metros. Altitude medida pelo IBGE com base na parte central do distrito e não em picos de serras ou morros. São mais distritos, além desses, claro, mas listamos apenas 10.
01 – Costas - 1.600 metros de altitude
           A 1600 metros de altitude, está Costas, distrito de Paraisópolis, no Sul de Minas Gerais, distante 420 km da Capital. Paraisópolis está a 1090 metros de altitude. (fotografia acima de Fernando Campanella)
          Costas está na parte mais alta da Serra da Mantiqueira, onde está o Pico da Pedra de São Domingos, com 2050 metros de altitude. A charmosa vila está a 32 km da sede, Paraisópolis, a 9 km de Gonçalves/MG e 30 km de São Bento do Sapucaí/SP.
          Lugar de rara beleza, cercado por montanhas, matas nativas de araucárias, rios e cachoeiras, Costas é um dos mais belos lugares do Sul de Minas e muito procurado por turistas. Isso porque a vila, além de toda sua beleza natural, possui condições propícias para a prática de esportes, como escaladas, hiking, trilhas, etc., além de contar com uma ótima estrutura urbana, muito bem cuidada e seu povo muito acolhedor e hospitaleiro.
02 – Monte Verde - 1.555 metros de altitude
          A 1555 metros de altitude, está Monte Verde, no Sul de Minas, hoje, com cerca de 6 mil habitantes. É um dos maiores distritos mineiros, em número de habitantes, muito maior até que dezenas de cidades mineiras. Por isso, muitas das vezes, Monte Verde é chamada de cidade, mas é distrito, pertencente a Camanducaia, distante 473 km de Belo Horizonte. A sede está a 1015 metros de altitude. (foto acima de Ricardo Cozzo)
          A vila foi fundada na década de 1930 por imigrantes letões, que viram na região, semelhanças com a Letônia, país do Leste Europeu. Hoje, Monte Verde é um dos mais badalados e famosos pontos de turismo no Brasil, além de ser reconhecida internacionalmente como um dos lugares mais acolhedores do mundo. (fotografia abaixo da Mônica Milev/Chocolate Montanhês)
          Quem vem à charmosa vila, se apaixona por sua arquitetura singular, tipicamente letã, pelos chocolates, cervejas artesanais, vinhos, fondues, pela gastronomia diversificada, pelo frio intenso, além do romantismo que a charmosa vila oferece. Por isso é conhecida como a “cidade dos namorados”, “cidade do chocolate” e por sua origem e arquitetura letã, por, “Letônia mineira”.
03 - Morangal - 1515 metros de altitude
          Com cerca de 800 habitantes, o distrito de Virgínia, no Sul de Minas, situado às margens do Rio São Lourenço Velho, na divisa com Delfim Moreira e Marmelópolis MG, é o maior bairro rural do município. Boa parte dos municípios do Sul de Minas, usa bairro para definir as vilas rurais e não distrito, como nas outras regiões do Estado.
          Morangal está a 1515 metros de altitude acima do nível do mar. A charmosa e atraente vila rural tem boa estrutura. Conta com ruas iluminadas e calçadas, além de internet, telefonia celular, escola de ensino fundamental, posto médico, igrejas católicas, campo de futebol e fácil acesso. Morangal está a 16 km do centro de Virgínia, via MG-350.
          Morangal é um sugestivo nome que lembra morango, mas o nome não tem nada a ver com plantação de morangos e sim com o apelido do Zé Morangá, um dos mais antigos moradores da localidade. O local passou a ser chamado de Morangá e com tempo, morangal. A Vila tem forte vocação para agricultura, com destaque para o cultivo de frutas e legumes, destacando a produção de mexerica ponkan, goiaba, laranja, figo, pera, ameixa, pêssego, batata, tomate e couve-flor. Mas antes, era grande produtor de marmelo.
          Sua origem é de 1840, no século XIX, ainda no tempo da Escravidão no Brasil. O marmelo começou a ser cultivado em Morangal a partir de 1880. Foi em Morangal que foi fundada a primeira indústria alimentícia do Sul de Minas, a Sul Minas Conservas. Em 1923 a empresa foi vendida para o grupo Colombo, que posteriormente, em 1992, passou para o controle da Arisco, que fechou a fábrica de Morangal no ano seguinte, 1993, encerrando assim 101 anos de atividade.
          Morangal tem grande potencial turístico, graças às suas belezas naturais. Está localizado na região das Terras Altas da Mantiqueira, no Circuito das Águas Mineiras, além de fazer parte da Estrada Real. Essa região da Mantiqueira possui imensas matas nativas, rios com belíssimas e paradisíacas cachoeiras, além de paisagens naturais de tirar o fôlego. (infelizmente não temos, até o momento, fotos de Morangal para exibir)
04 - Ponte Segura - 1.490 metros de altitude
          A 1490 metros de altitude, está Ponte Segura, distrito de Senador Amaral, no Sul de Minas, na parte alta da Serra da Mantiqueira. Distante 447 km de Belo Horizonte, o município de Senador Amaral é uma das cidades mais frias de Minas Gerais. Está a 1505 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Minas Gerais e a segunda mais alta do Brasil, atrás apenas de Campos do Jordão/SP.
          Seu principal distrito, Ponte Segura, é muito atraente, pacato, muito bem cuidado e seu povo muito gentil e acolhedor. Além disso, o distrito, bem como todo o município, é dotado de belezas naturais de tirar o fôlego. Em Ponte Segura, a vida social, religiosa e cultural, gira em torno de sua bela matriz, dedicada a São Sebastião. (na foto acima do Duva Brunelli, vista parcial de Ponte Segura, do adro da Matriz) 
          Por suas belezas naturais, sua ótima estrutura urbana e por seu inverno rigoroso, com temperaturas abaixo de zero grau, Senador Amaral é uma das cidades mineiras, de grande potencial turístico.
05 - Quatis - 1.467 metros de altitude
          A 1467 metros de altitude, está Quatis, uma pequena vila pertencente ao município de Marmelópolis, no Sul de Minas, distante 427 km de Belo Horizonte. A famosa “Terra do Marmelo”, está a 1277 metros de altitude, situado na parte alta da Serra da Mantiqueira, nas maiores elevações do Pico dos Marins a 2422 metros de altitude e o Pico do Marinzinho, com 2393 metros de altitude. (na foto acima de Jair Antônio Oliveira, a chegada ao vilarejo de Quatis)
          Por seu relevo e altitude, Marmelópolis, é uma das cidades mais frias do Brasil, com temperaturas negativas e geadas constantes, no inverno. Quatis é mais fria ainda. 
          Rodeada por intensa mata, a pequena vila conta com cerca de 100 moradores, que vivem da pecuária leiteira, cultivo do morango, além de ser um lugar com grande potencial turístico, por suas belezas naturais, montanhas, rios e cachoeiras. O nome Quatis é porque a vila é rodeada por mata nativa, habitadas por grande quantidade de quatis. A Matriz de Nossa Senhora do Rosário (na foto acima do Jair Antônio Oliveira), se destaca por sua beleza, simplicidade e demonstração de fé de seu povo, acolhedor, hospitaleiro, simples e que dão muito valor às suas tradições gastronômicas, culturais e religiosas.
06 - São João da Chapada - 1.450 m de altitude
          A 1450 metros de altitude, está São João da Chapada, distrito da cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. A cidade histórica mineira, Patrimônio da Humanidade desde 1999, está a 1280 metros de altitude e distante 292 km de Belo Horizonte. (fotografia acima da Giselle Oliveira)
          A vila colonial de São João da Chapada, tem origem no final do século XIX e tem cerca de 1500 habitantes. Está a 30 km do Centro de Diamantina e tem como destaque, sua atraente igreja, dedicada a Santo Antônio, datada de 1873, seu casario singelo e simples, seu povo hospitaleiro e acolhedor, além claro, do frio, muito intenso no inverno. A temperatura média no distrito, fora da estação do inverno, varia entre 19º e 27ºC, já no inverno, se aproxima de zero grau.
07 - Augusto Pestana – 1.320 metros de altitude
          Distrito da cidade de Liberdade no Sul de Minas, Augusto Pestana está a 1.320 metros de altitude, acima do nível do mar e a 10 km do centro de Liberdade. A pequena Igreja construída em 1946 e a charmosa Estação Ferroviária, inaugurada em 1915, são dois bens históricos e importantes atrativos turísticos do bairro rural, que chegou a ter mais de mil moradores na década de 1940, no auge do seu desenvolvimento. A Estação de Trem foi desativada na década de 1990.
          Em 1915, a Vila recebeu o nome de Augusto Pestana, em homenagem ao engenheiro fluminense, diretor da Estrada de Ferro Oeste de Minas, entre 1913 e 1914 e fundador da Viação Férrea do Rio Grande do Sul. (fotografia acima da Estação de Augusto Pestana, registrada por Duva Brunelli)
          Região montanhosa com altitudes no topo das montanhas acima de 1500 metros, de rara beleza e uma rica e diversificada flora e fauna, atrai turistas amantes da natureza e da vida nas montanhas da Mantiqueira mineira. 
08 - Lavras Novas - 1.300 metros de altitude
          A 1300 metros, chegando a 1510 metros de altitude em seu pico mais alto, está Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, cidade histórica, Patrimônio da Humanidade desde 1980. Ouro Preto está a 100 km de Belo Horizonte e a 1179 metros de altitude, acima do nível do mar. (fotografia acima de John Brandão - In Memoriam)
          Lavras Novas é uma tradicional e histórica vila, com origem nas primeiras décadas do século XVIII e tem atualmente, cerca de 1500 moradores. Rica em história, cultura e artesanato, a charmosa vila é um sonho de beleza, charme, requinte e simplicidade. Suas paisagens e belezas naturais são deslumbrantes e impactantes. É um mar de montanhas, com vistas de impressionar. Tem como seu ponto mais alto, a Serrinha, a 1510 metros de altitude, onde está a mais alta tirolesa do Brasil.
09 - Rodrigo Silva - 1.278 metros de altitude
          Ainda em Ouro Preto, a 1278 metros de altitude, está o distrito de Rodrigo Silva. Surgido no século XVIII, o distrito conta com cerca de 1000 moradores e se destaca, desde suas origens, na cultura, tradição religiosa, a agricultura e na mineração de ouro, e atualmente, na mineração de topázio imperial e minério de ferro. Distante apenas 18 km da sede, fica às margens da Rodovia dos Inconfidentes. Sua altitude permite avistar toda sua beleza natural em volta e também os Picos do Itacolomi e do Itabirito. (na foto acima de Ane Souz, a antiga estação de trem de Rodrigo Silva)
          É um dos mais desenvolvidos distritos ouro-pretanos, tendo tido um crescimento impressionante com a chegada da ferrovia à região, a partir de 1880, com a vila se desenvolvendo em torno da Estação Ferroviária, inaugurada em 1888, com o nome de Rodrigo Silva, em homenagem ao ministro do Império, Rodrigo Augusto Silva, daí a origem do nome do distrito.
10 - São Gonçalo do Rio das Pedras, 1.150 metros
          A 1150 metros de altitude, está São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito da cidade histórica do Serro MG, a 325 km de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha. Região montanhosa, no Serro, as altitudes variam muito, de 835 a 2002 metros. O município é formado pelos distritos de Três Barras da Estrada Real, Vila Deputado Augusto Clementino (Mato Grosso), Pedro Lessa, Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras. (fotografia acima de Tiago Geisler)
 
          O distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, tem suas origens no início do século XVIII, com o surgimento da exploração do ouro em Minas Gerais. A pequena vila, com pouco mais de 1500 moradores, guarda com carinho relíquias arquitetônicas e suas tradições culturais e religiosas, desde os tempos coloniais. (fotografia acima de Marcelo Melo Fotografias)
          Entre essas relíquias destaque para seu casario colonial muito bem conservado, seu rico e valioso artesanato, sua gastronomia tipicamente mineira, com receitas preservadas desde os tempos coloniais, as muradas de pedras, construídas no tempo da Escravidão, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Matriz de São Gonçalo, uma das mais fascinantes e bem preservadas igrejas do século XVIII em Minas Gerais. (fotografia acima de Tiago Geisler)
          Segundo consta em placa na igreja, foi construída em 1787, ampliada em 1864 e totalmente reformada em 1934. Por sua riqueza singular e importância, foi tombada pelo IEPHA/MG, em 1980, como patrimônio histórico de Minas Gerais. (fotografia abaixo de Rita Peixoto)
          Escondida entre os imensos paredões rochosos da Serra do Espinhaço, cheia de belezas naturais como várias cachoeiras, picos e serras com vistas paradisíacas, a charmosa Vila Colonial é tão pitoresca que mais lembra um presépio. Ruas de terra e algumas calçadas com pedras, casas sem muros, botecos tradicionais, pousadas atraentes e uma charmosa pracinha com árvores frondosas. Lugar de sossego, onde a vida passa devagar. Seu povo é carismático e de uma simplicidade e hospitalidade, que emociona.

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