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terça-feira, 22 de março de 2022

16 monumentos e estátuas em Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Toda cidade brasileira tem seus monumentos e estátuas. São personalidades que fizeram parte da história local ou fatos históricos que se tornaram monumentos, imortalizando uma parte da história de cada cidade e de um estado. Selecionamos imagens 18 de monumentos e estátuas em Minas Gerais. São milhares espalhados pelos 853 municípios mineiros. Não dá para colocar todos, por isso selecionamos apenas 16.
01 – Estátua de Nossa Senhora das Graças
          Em Bom Repouso, no Sul de Minas, está uma das mais imponentes e impressionantes estátuas em Minas Gerais, local de peregrinação e fé já tradicional no Estado. Construída em argamassa no ano de 2001, no topo de uma serra, a 1410 metros de altitude, a estátua dedicada à Nossa Senhora das Graças tem 17 metros de altura e mais 3 metros de base. No total são 20 metros de altura. (na fotografia acima de Jussan Lima, dá para perceber a imponência da estátua, em relação ao santuário)
02 - Monumento ao Canário-da-terra
          O grandioso monumento está localizado no trevo de Reduto MG, na Zona da Mata Mineira, no KM 29 no trevo da BR 262 com a MG 111, na entrada da cidade. Quem vai para o Espírito Santo ou quem vem desse estado para Minas, passa nesse trevo. (na foto acima do Jair Barreiros)
          A obra de arte, instalada em abril de 2022, foi executada pelo artista plástico e escultor Marko Santana, de Caratinga MG. É o maior monumento dedicado ao canário-da-terra de Minas e um dos maiores monumentos do Brasil.
          A ave é símbolo da cidade, fruto da iniciativa da população, no passado, de libertar, cuidar da espécie e não mais aprisioná-los. A atitude popular atraiu a atenção da imprensa e ambientalistas para a iniciativa, um exemplo para todo o Brasil. Além de ser seu símbolo, o canário-da-terra é um dos orgulhos da cidade. Vivem livres e são bem tratados pela população.
03 – Menino Maluquinho
          Caratinga é a terra do escritor e cartunista Ziraldo Alves Moreira Pinto. Seu mais famoso personagem é o Menino Maluquinho. O autor da obra e seu personagem principal, o Menino Maluquinho, foram homenageados pela cidade em 2003, com uma estátua, na entrada da cidade do Vale do Rio Doce. A obra foi criada pelo artista plástico João Rosendo Alvim Soares, de Manhumirim MG. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          O monumento, de 10 metros de altura a partir de sua base de concreto, tem seu corpo feito em resina de fibra e revestido em massa sintética enrijecida, além de ter sido pintado com tinta automotiva e verniz vitrificado.
04 - O Cristo de Elói Mendes 
          Uma grandiosa obra do escultor cearense Genésio Gomes de Moura, o Cristo de Elói Mendes, no Sul de Minas, possui 31,5 metros de altura, sustado por um pedestal de 8 metros e envergadura de 29 metros. É uma das maiores esculturas de “cristos” no Brasil. Ao todo são 41,5 metros de altura. (Foto acima de Carias Frascoli em 2012)
          Instalado em 2011, no alto de um morro, às margens da BR-491, o Cristo pode ser visto de braços abertos, em toda sua magnitude, de várias parte da cidade e rodovia, dando a impressão de estar abraçando a cidade. Do alto, a vista da cidade e região é espetacular.
05 – Obelisco da Praça Sete
          Conhecido como Pirulito da Praça Sete, está instalado bem no centro de Belo Horizonte. Foi doada em 1922 pelos moradores da vizinha cidade de Capela Nova do Betim, hoje, Betim, aos belo-horizontinos, por ocasião das comemorações do centenário da Independência do Brasil. (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Projetado pelo arquiteto Antônio Rego, simboliza a espada de Dom Pedro I. A construção do obelisco ficou a cargo do proprietário de uma pedreira em Betim, o engenheiro Antônio Gonçalves Gravatá. Foi de sua pedreira, que foram extraídas as pedras de granito para construção da base e do obelisco de 7 metros de altura.
06 - Imagem de Nossa Senhora Aparecida
          Na cidade de Campos Altos, no Alto Paranaíba, a fé e devoção leva milhares de fiéis santuário dedicado à Nossa Senhora Aparecida, o segundo maior santuário do Brasil dedicado à santa Católica.
          É no santuário que foi instalado uma das maiores imagens de Nossa Senhora Aparecida no Brasil. Inaugurada em 23 de janeiro de 2010, a grandiosa imagem tem 17,1 metros de altura. (na foto acima de Carias Frascoli)
          Foi construída por um escultor goiano a pedido do senhor Francisco Sebastião Ferreira, o Chico Raimundo, na época com 92 anos, que doou a obra de arte ao Santuário como forma de agradecimento à santa por graças alcançadas. 
07 - Estátua de Tiradentes em Ouro Preto
          Altiva e imponente, bem no coração da antiga Vila Rica, a estátua de Tiradentes é um dos mais antigos e principais monumentos de Minas Gerais. Construída pelo artista plástico italiano, Virgílio Cestari, no final do século XIX, o monumento é sustentado por uma base feita de granito, vindo do Rio de Janeiro. Já a estátua do Tiradentes foi feita em bronze, importado da Argentina. (fotografia acima de Ane Souz) 
          Instalado no dia 21 de abril de 1984, a estátua de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi instalada no local onde o Mártir da Inconfidência, teve sua cabeça exposta num poste, quando de sua decapitação no Rio de Janeiro.
          Está de frente para o Museu da Inconfidência e de costas para antigo Palácio dos Governadores (hoje Museu da Mineralogia), onde as autoridades da época despachavam e eram os responsáveis pela repressão e condenação dos acusados de crimes contra a Coroa Portuguesa. Tiradentes foi um desses acusados, bem como todos os Inconfidentes. Por isso posição da estátua, de costas para o antigo Palácio dos Governadores.
08 – Nave do ET de Varginha
          Varginha entrou para o cenário mundial a partir de 20 de janeiro de 1996, com o suposto pouso de OVNI na cidade. A partir dessa época, a cidade incorporou a suposta aparição de Extraterrestres, criando monumentos que relembra o fato. Pela cidade, imagens de Et´s r naves espaciais são vistas na cidade. (foto acima e abaixo do Carias Frascoli)
          Um dos monumentos mais famosos, alusivos ao episódio de 1996, é a Nave do ET, construída em 2001. Trata-se de uma torre tendo no topo um reservatório de água em forma de disco. Literalmente, é uma caixa d´água. Aos pés do monumento, uma charmosa estátua de um ET em verde, segurando o mapa de Minas, em vermelho, completa o monumento.
09 - Presépio Mão de Deus
          Instalado em Grão Mogol, no Norte de Minas, em 2011, é uma obra fascinante e única. É o maior presépio a céu aberto do mundo. Com o nome de Mão de Deus, o presépio atrai a cada dia, um grande número de visitantes à Grão Mogol, principalmente em épocas festivas, como o Natal, dia de Santos Reis e outras datas religiosas. (fotografia acima de Anderson Sá)
          A história bíblica do nascimento de Jesus é simbolizada em estátuas e cenas de tamanho natural, pesando cada uma, em média 700 quilos. O presépio ocupa uma área de 3,6 mil metros quadrados. A área é toda ornamentada e decorada com pedras e materiais naturais da própria região.
          Os personagens bíblicos que retratam a Sagrada Família, José, Maria e Jesus, o boi, o carneiro, o burrinho e o galo, foram esculpidos pelo escultor Antônio Silva Reis, de Contagem MG, usando cimento e ferragens. Já os três reis magos e a estátua de São Francisco de Assis, santo que criou o primeiro presépio, no mundo, em 1223, foram esculpidos plástico Edson Novais, de Ouro Preto MG.
10 – A Casa do Elefante
          Na entrada da cidade de Cordisburgo, a 110 km de Belo Horizonte, na Região Central, uma imponente obra, de 8,5 metros de altura e 12 metros de largura, em ferro, tijolo e cimento, chama a atenção. Construída para ser literalmente uma casa, é atualmente um ponto de visitação turística. (fotografia acima de Anderson Sá)
            A enorme escultura chama a atenção por ser a réplica da deusa hindu Lakshmin, que na crença indiana, é uma elefanta. A deusa indiana representada por uma elefanta, simboliza a vitória e o sucesso.
          O autor da obra é escultor Stamar, que fez a “casa” com recursos próprios. A obra retrata com fidelidade a elefanta Lakshim, bem como todos os seus ornamentos. As unhas são pintadas em brnaco, os cílios foram feitos com arame, os olhos de acrílico, os dentes de ferro, gesso, fibra e papelão. A tromba jorra água que rega um pequeno jardim com flores de lótus, planta que para os hindus e budistas, significa a pureza espiritual
          Mesmo retratando uma elefanta, com ornamentos femininos, é popularmente chamada de Casa do Elefante, no masculino. Com o tempo, virou atração na cidade e um dos atrativos para os visitantes, já que Cordisburgo é a terra natal do escritor Guimarães Rosa. É na cidade que encontra-se a Gruta de Maquiné, uma das mais impressionantes cavernas mineiras.
11 –  Monumento à Mãe Mineira
          No Parque Municipal Renê Gianetti, em Belo Horizonte, encontra-se uma das mais belas esculturas mineiras. O monumento simboliza e homenageia todas as Mães de Minas Gerais. Com o nome Mãe Mineira, a estátua foi esculpida pelo escultor italiano Lélio Coluccini e instalada no Parque Municipal em 1958. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)
12 – Juquinha da Serra do Cipó
          José Patrício, o popular Juquinha, foi um personagem folclórico e muito querido da Serra do Cipó, em Santana do Riacho MG, Região Central. Com flores que coletava na serra e um sorriso no rosto, cativava todos. Era considerado o guardião da Serra do Cipó. (fotografia acima de Raul Moura/@raulzito_moura)
          Seu carisma, simplicidade e sua enigmática história de vida, o tornou tão popular a ponto de ser imortalizado em uma estátua de 3 metros de altura, esculpida em argila, pela artista plástica Virgínia Ferreira.
          Inaugurada em 1987, 3 anos após a morte de Juquinha, a estátua está sobre um platô que permite uma ampla vista da Serra do Cipó. Era o local que o popular ermitão gostava de ficar, para colher flores.
          Em pouco tempo, a estátua se transformou num ponto turístico e de intensa visitação, se tornando um dos símbolos de Santana do Riacho MG. Ao longo dos anos, várias outras estátuas do Juquinha foram colocadas em vários pontos de Santana do Riacho e na Vila Serra Cipó, distrito da cidade.
13 – Dominguinhos da pedra, o Homem de Itambé
          Por incrível que possa parecer, tem quem opte por viver como troglodita, ou seja, uma pessoa que vive ou habita em cavernas, mesmo em plena era moderna. Foi o caso de domingos Albino Ferreira, o popular Dominguinhos da Pedra. Natural de Dom Joaquim MG, Dominguinhos viveu isolado em uma caverna por 42 anos, na Serra do Cipó, em Itambé do Mato Dentro MG, Região Central. (na foto acima do Vinicius Barnabé/@viniciusbarnabe, a estátua de Dominguinhos da Pedra)          
          Roupas surradas, descalços, magro, cabelos e barbas longas, era visto sempre acompanhado de um velho violão. Dominguinhos se transformou em uma lenda. Foi considerado o último eremita a viver em caverna no mundo. Era conhecido como o Homem de Itambé. Inclusive, foi tema de documentários, filmes e reportagens de revistas, jornais nacionais e TV´s nacionais e até de outros países, como a BBC de Londres.
          A cidade de Itambé do Mato Dentro o homenageou com uma estátua em tamanho natural, feita pela escultora Rosilândia Patrícia, instalada no local próximo à caverna em que Dominguinhos da Pedra vivia. O lugar é hoje um dos atrativos do município, bem como a história de Dominguinhos da Pedra. 
14 – Portal Grande Sertão
          Idealizado pelo artista plástico Léo Santana, o Portal Grande Sertão Veredas é uma homenagem de Cordisburgo MG, cidade a 110 km de Belo Horizonte ao escritor João Guimarães Rosa, natural da cidade. (fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial)
          O portal, instalado em 2010, simboliza a travessia de Guimarães Rosa, conduzindo uma boiada, juntamente com outros vaqueiros, entre Três Marias MG até a Fazenda São Francisco, em Araçaí MG, cidade vizinha a Cordisburgo MG. Foi a partir dessa travessia que Guimarães Rosa se inspirou para escrever Grande Sertão -Veredas, um dos maiores clássicos da literatura brasileira do século XX.
          Formado por 8 peças em bronze, em tamanho natural e um pórtico de ferro, o portal está instalado na Praça Miguelim. Retrata a comitiva que fez a travessia com Guimarães Rosa. O escritor está em pé, próximo a um cachorro, que faz parte da história do livro Grande Sertão - Veredas, além de 6 vaqueiros montados em cavalos.
15 - Monumento a Lamartine Babo
          Lamartine Babo, um dos maiores compositores da MPB, nasceu e morreu no Rio de Janeiro, mas tornou uma cidade mineira conhecida em todo o Brasil. É Boa Esperança, no Sul de Minas, cidade visitada pelo escritor em 1937. (fotografia acima de Carias Frascoli)
          Lamartine Babo se apaixonou pela cidade, gostou tanto que compôs um samba-canção que se tornou um clássico: “Serra da Boa Esperança”, interpretada até os dias de hoje, por vários artistas brasileiros.
          Em homenagem ao compositor e a sua famosa composição, alusiva à principal serra da cidade, um monumento foi instalado na Praça Marechal Floriano Peixoto, no centro de Boa Esperança.
          O monumento, sustentado por uma base de concreto, foi feito em fiberglass. A obra é formada por um violão com cordas e o busto em bronze de Lamartine Babo, ao centro.
16 – Os monumentos de Ouro Fino
          Famosa por ter sido a fonte de inspiração para a música O Menino da Porteira, do compositor Teddy Vieira, Ouro Fino, no Sul de Minas, incorporou em sua história este clássico da música sertaneja. (monumento ao Menino da Porteira com fotografia de Anderson Sá)
          Na cidade encontra-se 3 monumentos que simbolizam a canção: O Menino da Porteira com 20 metros de altura, o Berrante de Ouro (na foto acima de Douglas Coltri) e o Boi sem Coração (na foto abaixo de Anderson Sá).
          Os três monumentos foram feitos pelo artista plástico Genésio Gomes de Moura, natural de Fortaleza/CE. O artista tem grandiosas obras em várias cidades brasileiras, como a estátua do Buda em Ibiraçu/ES de 38 metros de altura, a Estátua de Pelé em Três Corações MG, a estátua do Cristo Redentor, em Elói Mendes MG, uma das maiores estátua do mundo, com mais de 40 metros de altura, dentre outras tantas espalhadas por cidades brasileiras.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Machado: café especial, imigração italiana e tradição

(Por Arnaldo Silva) Machado é uma das mais atraentes cidades do Sul de Minas. É referência em tradição e modernidade, desde suas origens, quando seu nome era Santo Antônio do Machado, no século XIX, até sua elevação à cidade, em 13 de setembro de 1881, quando a cidade passou a chamar-se apenas, Machado.
          Já no século XIX, Machado já predominava na região no cultivo de café, quando a cidade recebeu investimentos de cafeeiros, dando origem a gigantescas fazendas, com seus imponentes casarões, existentes até os dias de hoje na cidade. (na imagem acima e abaixo/Arquivo Público de Machado, vista parcial de Machado)
          Contando com cerca de 43 mil habitantes, Machado está a 431 km de Belo Horizonte. Faz divisa com os municípios de Alfenas, Carvalhópolis, Poço Fundo, Serrania, Campestre, Turvolândia, Paraguaçu e Cordislândia.
Economia
          Atualmente, Machado é uma das maiores produtoras de café do Sul de Minas, sendo o café, juntamente com a produção de frutas vermelhas e o agronegócio, a base principal de sua economia. (vista parcial/Foto do Arquivo Público de Machado)
          Em Machado estão instaladas empresas de segmentos diversos, como lojas, supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, pequenas empresas familiares, empresas de médio e grande porte do setor alimentício e do Agronegócio, como a Santa Amália, a Coopama, Giro Agro, Reserva de Minas, Mavi Alimentos, a EISA Interagrícola, multinacional espanhola.
          Além disso, milhares de estudantes passaram e passam por Machado, já que a cidade é um dos destaques em educação no Sul de Minas, sediando a Fundação Educacional, atual CESEP, Fumesc e Instituto Federal, antiga Escola Agrotécnica Federal da cidade. A presença de estudantes fomenta a econômica e turismo no município.
Imigração italiana
          Machado é um dos destaques na região por sua cultura, arquitetura e história, vinculada ao café e a grande presença de descendentes de italianos na cidade. A chegada de imigrantes italianos em Machado teve início a partir de meados do século XIX. 
          Vieram para trabalhar nas fazendas de café do município e se estabeleceram na cidade.
          Os italianos deram grande contribuição para a formação da identidade religiosa, cultural, arquitetônica, histórica, econômica e gastronômica de Machado.
Eventos de Machado e tradições
          O café especial de Machado é uma das referências no Brasil pela alta qualidade. Tem ainda o Biscoito de Pernil e o famoso Pastel de Fubá, tradição gastronômica, desenvolvida pelos italianos, no século XIX, hoje um dos patrimônios da cidade. (na foto acima/Arquivo Público de Machado)
          Cidade de forte tradição cultural e esportiva, com eventos diversos durante o ano, com destaque para o Food Truck, o Fest Areia, às margens do lago da Prainha (na foto acima/Arquivo Público de Machado).
          Além disso, tem a tradicional e centenária Festa de São Benedito, o santo mais popular da cidade, embora o padroeiro de Machado seja Santo Antônio. A festa acontece em agosto e conta com a participação de grupos de Congadas da cidade e barraquinhas com comidas típicas. (fotografia acima/Arquivo Público de Machado)
Monumentos e construções
          Do alto de sua serra, avista-se mares de morros, com uma bela estátua do Cristo Redentor, abençoando a cidade (na foto acima/Arquivo Público de Machado).
          Um dos prédios mais tradicionais de Machado, é o casarão do antigo hospital da cidade, fundado em 1920. Considerado uma das mais belas construções ecléticas do Sul de Minas Gerais, abriga atualmente a Casa da Cultura de Machado, sediando a secretaria de Cultura e Turismo, o Museu Municipal e o Arquivo Público da cidade. (na fotografia acima/Arquivo Público de Machado)
Figuras ilustres
          Ao longo de sua existência, figuras famosas e tradicionais da cidade se tornaram verdadeiros patrimônios de Machado. Com destaque para a humorista Nany People, da cantora e atriz Rosa Marya Colin, da dupla sertaneja Moreno e Moreninho, do ator Chico Martins, do jogador de futebol, Elzo, ex meio campista do Atlético Mineiro e titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México, além do Padre Zezinho, religioso famoso no Brasil por suas canções e composições religiosas.
          Tem ainda Maria do Cemitério, figura folclórica da cidade. Trabalhava no cemitério de zeladora e coveira, além de morar, no próprio cemitério.
          Sem contar políticos como Astolfo Pio, deputado federal Constitucionalista, Dr. Jorge Eduardo, que exerceu o mandato de deputado estadual, além de Leão de Faria, fundador da Universidade Federal de Alfenas e também, foi deputado estadual.
          Machado é administrada atualmente por Maycon Willian, de 31 anos, ex-vereador e com forte atuação nas camadas mais populares da cidade, a sua origem.
Venha conhecer Machado
          Suas belezas naturais, os mares de morro, seu café especial, o tradicional pastel de fubá e o biscoito de pernil, além da excelente cachaça produzida na cidade, são atrações à mais para visitar a Machado. (foto acima e abaixo: Arquivo Público de Machado)
          Seu povo é hospitaleiro e acolhedor e a cidade um charme. Vale a pena conhecer Machado, no Sul de Minas Gerais.

sábado, 12 de março de 2022

Doresópolis e os Cânions do Alto São Francisco

(Por Arnaldo Silva) Doresópolis é cidade com boa estrutura urbana. Pequena, pacata e charmosa, a cidade faz parte do Alto São Francisco, no Centro Oeste Mineiro com origens no século XVIII. Sua emancipação política e administrativa ocorreu em 30 de dezembro de 1962, quando foi elevada de distrito de Perobas, à cidade chamada, com o nome de Doresópolis, por ser Nossa Senhora das Dores, a padroeira do município.
          O acesso ao município se dá pela BR-354 e MG-050. Atualmente, vivem no município cerca de 1600 habitantes. Está a 249 km distante de Belo Horizonte, 545 km de São Paulo, 625 km do Rio de Janeiro e a 805 km de Vitória. Doresópolis faz divisa com os municípios de Piumhi, Pains, Iguatama e Bambuí. (na foto acima de Marcelo Bastos, o Rio São Franscisco em Doresópolis MG, com sua margem ladeada por cânions e abaixo de Eduardo Valente, a Praça da Matriz da cidade)
Solo de alta qualidade e rico em calcário
          Em Doresópolis e região a vegetação de Cerrado predomina, além de contar em suas terras planas, vários mananciais de água, como o Ribeirão dos Patos e o Córregos Perobas. A cidade faz parte da Bacia do São Francisco, sendo o Rio São Francisco, o principal que banha a cidade.
          Além disso, a região no entorno de Doresópolis, é formada por solo plano e turfoso (camada de terra escura formada devido a decomposição vegetal). São solos com sistema de aluvião, de baixadas, composto ainda por uma textura argilosa e calcário. A argila presente no solo da região faz com que o solo retenha água, e decomponha com mais rapidez a flora vegetal, enriquecendo o solo, formando as turfas. Como consequência imediata, torna o solo de alta qualidade e fertilidade, excelente para agricultura e pecuária, outra base da economia do município.
          A vegetação presente em Doresópolis é conhecido como Mata de Pains, riquíssimo em calcário, argila e água. Os municípios que compõem a Mata de Pains são Doresópois, Iguatama, Arcos, Formiga, Córrego Fundo, Pimenta, Piumhi e Pains, de onde originou-se o nome, Mata de Pains. (imagem acima de Eduardo Valente na região de Doresópolis MG)
          Somente esses municípios tem esse tipo de solo, predominante em Doresópolis, Iguatama e Pains. A Mata de Pains, embora esteja numa onde predomina o bioma Cerrado, se difere das demais regiões mineiras de Cerrado, devido as rochas, argila e calcário presente no subsolo. É uma das regiões de maior concentração de calcário do mundo, principalmente em Arcos, considerada a Capital Mundial do Calcário.
          Além da riqueza desse tipo de mata, é uma região de rara beleza e formações rochosas que impressionam, além de contar sítios arqueológicos de grande valor científico.
Museu Pré-histórico
          Na Mata de Pains, já nas terras do município de Pains, encontra-se o Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco com vários objetos e materiais coletados na região, pertencentes a antigas povoações indígenas pré-históricas, datas de 11 mil a 500 anos atrás. (na foto acima de Marcelo Bastos, paisagem do Carste do Alto São Francisco)
          Além disso, em Pains, como na região formada pelas Matas de Pains, são encontradas várias grutas, formações rochosas impressionantes, como a Pedra do Cálice, dentre outros atrativos naturais e mais de 300 sítios arqueológicos pré-históricos, presentes em uma área de cerca de 1.500 km², na região.
Os Paredões em Doresópolis
           Em Doresópolis, a beleza da Mata de Pains pode ser notada em suas formações rochosas e cânions. São enormes paredões que impressionam e até assustam, além de várias furnas (fendas abertas naturalmente, entre rochas) e cavernas. (na imagem acima enviada por Lucas do Rampa, as formações rochosas às margens do Rio São Francisco entre Piumhi e Doresópolis MG)
Povoação da região
          Com a descoberta de minas de ouro em Minas Gerais, no início do século XVIII, ocorreu uma intensa onda migratória de bandeirantes para encontrar ouro, diamantes e esmeraldas nesta região. 
          A região do Alto São Francisco começou a ser povoada por volta de 1732, quando se instala na margem direita do Rio São Francisco, na Piraquara, hoje município de Bom Despacho, o bandeirante paulista João Batista Maciel,  acompanhado dos filhos, e um bom número de agregados e escravos. (na imagem acima, enviada por Lucas Du Rampa, balsa e barcos de pescadores próximo a Ponte São Leão. A única forma de ver os paredões de perto é por barco)
          A bandeira de João Batista Maciel, subiu o Rio São Francisco, vasculhando tudo que podia em suas margens, em busca de ouro. Esse é o marco da povoação da região.
A Trans Canastra
          A rica história, cultura, música, tradições, gastronomia, belezas naturais, festas e feiras do Centro Oeste de Minas foi transformada na rota turística Trans Canastra é um trecho de leste para oeste da Picada de Goiáz e está inserido no projeto de revitalização, recuperação de todo o percurso da Picada de Goiáz, tanto o Caminho Velho, que tem início em Sabará MG, quando do Caminho Novo, que tem início em São João Del Rei MG. O destino final da Picada de Goiáz é a cidade de Vila Boa, em Goiás.
          A Trans Canastra é uma rota pelo mais genuíno sertão mineiro, na parte alta do Vale do São Francisco, que há séculos desperta o interesse de aventureiros, estudantes, espeleólogos e arqueólogos. (na imagem acima enviada por Lucas Du Rampa, barco de pescador no Rio São Francisco em Piumhi MG)
          A rota, formada pelos municípios de Formiga, Córrego Fundo, Pains, Doresópolis, São Roque de Minas e Desemboque, distrito de Sacramento MG, foi idealizada por Eduardo Valente, ex-secretário e Cultura e Turismo de Dores do Indaiá MG, além de ser o idealizador e coordenador da restauração de todo o Caminho do Sertão, a Picada de Goiáz. 
          Com apoio do fotógrafo Marcelo Bastos, Eduardo Valente criou o mapa da Rota da Trans Canastra (acima), além de registro em vídeos e fotos de todo o caminho. O objetivo é detalhar e planejar o uso turístico da rota, bem como fomentar o aquecimento da economia dos municípios que formam a Rota Trans Canastra, com o aumento do fluxo de turistas.
          É um caminho incrível, do início ao fim, com aventuras, farras, suor, novos amigos, muita comida e bebida típica mineira, belas cidades, história. Tudo isso e muito mais numa rota que tem história, tradição, cultura e a hospitalidade marcante de um povo único, forjado nas mais fortes matrizes antropológicas da nossa brasilidade.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Charco: frio e charme nas montanhas mineiras

(Por Arnaldo Silva) O Charco faz parte da área territorial do município de Delfim Moreira MG, distante 35 km da sede, com acesso pela BR-459 e MG-350. Curiosamente está apenas 6 km de Campos do Jordão/SP e a 15 km da cidade de Wenceslau Braz/MG.
          Pela distância do Charco à sede, essas duas cidades são referência dos moradores da vila para o uso dos serviços normais como supermercados, farmácias, escolas, etc. (na foto acima do Fernando Maia, vista parcial do Charco)
A cidade de Delfim Moreira
          Delfim Moreira está a 475 km de Belo Horizonte, com acesso pela BR-381 e a 235 km de São Paulo, com acesso pela BR-116. A cidade conta com pouco mais de 8 mil habitantes. Está na divisa com os municípios mineiros de Maria da Fé, Virgínia, Wenceslau Braz, Itajubá e Marmelópolis, além de fazer divisa com as cidades paulistas de Guaratinguetá, Cruzeiro, Piquete e Campos do Jordão.
          Cidade charmosa e acolhedora, Delfim Moreira está aos pés das montanhas da Mantiqueira, a 1200 metros de altitude, no Sul de Minas Gerais. Cidade com inverno rigoroso, abaixo de zero, se destaca por sua culinária e cervejaria artesanal, o cultivo do marmelo, arquitetura austríaca e colonial e belezas naturais espetaculares. (na foto acima de Eder Paulo Dias, o centro de Delfim Moreira MG)
          Além de sua beleza natural, arquitetônica e história, em Delfim Moreira se destaca o distrito do Charco, a oeste da sede. No sul de Minas, distritos são chamados de bairros rurais.
O bairro do Charco
          O povoado é um dos marcos da povoação do Sul de Minas. Sua povoação teve início nos primeiros anos nas últimas décadas do século XIX. As terras onde está o vilarejo tem origem na família Faria, permanecendo em propriedade dessa família por gerações.
          Durante o período da escravidão no Brasil, escravos foram trazidos para a região Sul de Minas, para trabalharem na mineração e agricultura. No Charco, segundo a tradição oral existiu, um cemitério onde os escravos eram sepultados, na parte alta das montanhas que cercam a vila. (fotografia acima do Mateus Ribeiro)
          Além disso, próximo à pequena Vila, encontra-se pequenos povoados no sopé da Serra dos Marins e ainda a Fazenda da Onça, área pertencente ao 4° BECMB, usada para treinamentos de militares do Exército Brasileiro.
O estilo groelandês na arquitetura
          Uma rua poética, tranquila é a entrada para o Charco, ladeada por chalés muito bem cuidados. Mais à frente, uma pequena igreja, sem torre, uma serraria e várias casas, no estilo das pequenas vilas da Groelândia.
          Das chaminés do casario do Charco, uma leve fumaça mostra o fogão a lenha ativo ou mesmo, a lareira aquecendo a casa. (fotografia acima e abaixo do Mateus Ribeiro)
          A charmosa vila é um conjunto de beleza que lembra as belas paisagens e arquitetura das vilas da Groelândia, a maior ilha do mundo, embora com poucos moradores, apenas 57 mil habitantes. Embora a ilha esteja na América do Norte, à leste das ilhas do Canadá, a Groelândia é território subordinado a Dinamarca, embora seja um território com autonomia e governo próprio, desde 1814.  Localizasse entre o Oceano Atlântico e o Oceano Glacial Ártico.
          A arquitetura da Groelândia segue o estilo nórdico, tradicional na Dinamarca e suas ilhas, como as Faroé.
          Guardadas as devidas proporções, a arquitetura do Charco tem muita semelhança com os vilarejos da Groelândia, principalmente nas casas de madeira coloridas. 
          O Charco é um recanto, um descanso e um encanto. Para os amantes do frio e comidas típicas de inverno, é o lugar ideal. (fotografia acima de Célia Xavier)
O casario em madeira do Charco
          As casas de madeira são singelas, simples, coloridas e charmosas. As construções em madeira vão além dos projetos arquitetônicos, são projetos artísticos. O casario do Charco é pura arte e requinte, seja no povoado e nas fazendas em seu entorno.
           As construções antigas e tradicionais mineiras são em pau-a-pique, com tijolos de adobe e barreada, segundo o estilo do barroco colonial mineiro. As recentes, em alvenaria. No Charco, as mais antigas são todas em madeira, tanto na Vila, quanto nas propriedades rurais. Mesmo as construções mais novas, misturam alvenaria com madeira da região. (na foto acima de Geraldo Gomes, a entrada da Vila e o casario em madeira)
Chalés da Suze
          Um dos destaques do casario do Charco são os Chalés da Suze, vistos logo na entrada da vila, numa rua de terra, o colorido casario é um misto de nostalgia, charme, simplicidade e beleza arquitetônica dinamarquesa. 
          É uma vila com construções em estilo único em Minas Gerais. Não tem semelhante no Estado. Casas de madeiras em várias localidades mineiras existem sim, mas como vila, bairro rural, não existe. O Charco é único nesse estilo. (na foto acima do Vinícius, a rua principal da Vila e alguns chalés da Suze)
          Entre os Chalés da Suze, passam turistas e peregrinos, já que o Charco está no Caminho de Aparecida. Inclusive, um galpão construído no vilarejo, serve de pouso e descanso dos romeiros. (fotografia acima de Mateus Ribeiro)
          Por isso que o bairro vem se transformando num refúgio de famílias de São Paulo e Rio de Janeiro, que vem à região em busca do sossego, paz e tranquilidade que o bairro oferece, construindo moradias, no estilo arquitetônico local para passarem fins de semana, feriados ou férias. (fotografia acima de Geraldo Gomes)
Beleza cênica e idílica
          Entre montanhas, matas nativas de araucárias, o Charco mostra seu charme em suas construções em estilo dinamarquês. O casario da Vila é praticamente todo em madeira. (fotografia acima de Matheus Freitas)
A Serraria Serra Negra 
          Isso devido ser fácil encontrar madeira na região, além do bairro contar com a Serra Negra, uma das mais antigas serrarias da Mantiqueira. Hoje, toda reformada e modernizada, é responsável pela geração de empregos e um dos pilares da existência da Vila. (Fotografia acima de Matheus Ribeiro)
          A qualidade da madeira na região e a instalação da serraria no Charco, explica a predominância de madeiras nas construções da vila.
          A Serraria Serra Negra faz parte da história do Charco e da Serra da Mantiqueira. Pertence até os dias de hoje a geração da família Faria, em especial, Zico Faria, um dos primeiros moradores da região, cuja família deu origem à vila, no século XIX.
Inverno congelante
          Sua principal caraterística é o frio, podendo chegar nos dias mais rigorosos de inverno, a temperaturas extremas, como em julho de 2021, quando os termômetros marcaram - 10°C. Se a vizinha Campos do Jordão é gelada no inverno, no Charco, pode ter certeza, é mais ainda.
          O inverno muda toda a paisagem, congela tudo, literalmente. Raro é a temperatura não ficar abaixo do zero grau no Charco, principalmente no mês de julho, o mais frio do inverno.
          O Charco possui uma pequena estação meteorológica particular, instalada em uma fazenda. O responsável pela instalação foi um estudante de geografia da Universidade de Pelotas/RS que escolheu o Charco por considerar o local o ponto mais frio da Serra da Mantiqueira.
          O lugar onde está instalada a estação, no Charco está a 1712 metros de altitude, acima do nível do mar. Em 2021 foram registradas as menores temperaturas na região. Em 23/07/207 os termômetros marcaram -10°C, superando os -9.1°C de 21 de junho, do mesmo ano.
          Porém, as temperaturas registradas nesta estação não são oficiais, devido a mesma não ser reconhecida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Potencial turístico
          O Charco tem potencial para ser um dos mais interessantes pontos turísticos de Minas Gerais, principalmente por sua arquitetura, belezas naturais e seu inverno rigoroso, que faz com que a vila lembre as charmosas vilas dinamarquesas. (fotografia acima e abaixo de Geraldo Gomes)
          Explorar esse potencial, investindo em melhorias na infraestrutura do vilarejo é um passo importante para tornar o Charco uma das referências do turismo na Serra da Mantiqueira.

sexta-feira, 4 de março de 2022

Caviar de quiabo

(Por Arnaldo Silva) O quiabo é de origem africana. Chegou à Minas no início século XVIII por meio dos escravos, que cultivavam as sementes trazidas da África. Em pouco tempo, se tornou um dos primeiros ingredientes que formam a rica e variada gastronomia mineira. O quiabo dá sabor e se destaca em vários pratos como o frango e o angu, além de ser um alimento muito nutritivo. É ainda usado ainda na indústria de cosméticos, na produção de xampus e produtos para a pele.
          O quiabo é um vegetal de baixa caloria, rico em fibras, vitaminas A, C e B1, B6, cálcio, ferro, magnésio, sódio, fósforo e potássio, além de conter muita água, presente nas sementes e na parte interna branca. Essa água se desprende no cozimento. (na imagem acima de Arnaldo Silva, o caviar de quiabo)
          Não é uma água qualquer, é uma água grossa e gosmenta, por isso é popularmente chamada de baba. Muita gente evita o quiabo por causa de sua baba ou mesmo, usa várias técnicas de como tirar a baba do quiabo. O que é errado.
          Isso porque a maior concentração dos nutrientes do quiabo, estão presentes em sua baba e sementes. Retirando a baba, empobrece o quiabo como alimento, além de reduzir seu sabor. Quiabo sem baba, não é quiabo. Sem as sementes, passa a ser um alimento pobre em termos de nutrientes.
          Isso mesmo, as sementes do quiabo possuem alto valor nutricional. São nutrientes e minerais importantíssimos para nossa saúde, nos auxiliando ainda no combate e prevenção de várias doenças. As sementes do quiabo são ricas em fibras, ácido fólico, potássio, cálcio, vitamina B, C além de ser riquíssima em vitamina K.
          O quiabo, sua baba e suas sementes devem estar presente sempre em nossa mesa.
          Além de pratos saborosos, como o tradicional frango com quiabo e angu, tradicional da cozinha mineira, pode-se aproveitar as sementes para acompanhar sopas e carnes.
          As sementes podem ser usadas ainda como chá. Basta moer as sementes em moedor de café comum e colocar as sementes moídas em água fervente, esperar esfriar um pouco e tomar.
          Uma outra forma saborosa de aproveitar todos os nutrientes das sementes do quiabo é preparando o caviar de quiabo.
O Caviar de Quiabo
          O caviar de quiabo é uma receita criada pela Chef de Cozinha carioca Roberta Sudbrack e repassada a mim pelo Chef paulista, Rogério Silva. A receita é bem simples e o resultado final é fantástico. É muito saboroso.
Para preparar o Caviar de Quiabo você vai precisar de:
. 1 quilo de quiabo, firmes e vistosos
. Suco de 2 ou 3 limões sicilianos
. Água gelada e gelo
. Sal a gosto
Pra fazer o Caviar de Quiabo
- Lave e seque os quiabos
- Corte as pontas
- Espalhe óleo ou azeite numa frigideira, de preferência de ferro.
- Coloque os quiabos inteiros e aqueça.
- Vire os quiabos com uma colher ou mesmo, gire a frigideira, para que os quiabos aqueçam por igual.
- Com o aquecimento, perceberá que as sementes começarão a saltitar. Elas começam a se desprender e a inchar um pouco no aquecimento.
- Vire sempre os quiabos. Perceberá que a casca verde, ficará escura.
- Quando estiver toda escura, desligue e dê um choque térmico, despejando água fria e gelo na frigideira.
- Espere uns minutos, retire os quiabos com as mãos, sem apertar, para não estourar as sementes.
- Abra ou descasque os quiabos, com as mãos, bem devagar, não apertando as sementes. Vá colocando as sementes num prato.
- Feito isso, coloque as sementes num recipiente, despeje o suco de limão, tampe e deixe por 6 horas em temperatura ambiente.
- Após esse tempo, coe, coloque num pote ou pratinho e coloque o sal a seu gosto.
          Está pronto o caviar de quiabo. As sementes ficarão vistosas, bonitas, brilhantes, um pouco maiores e crocantes.
          O Caviar de Quiabo harmoniza muito bem com ovo quente, peixes e carnes ao molho, além de saladas e maionese. Uma forma simples, gostosa e bem saudável de aproveitar toda a riqueza dos nutrientes presentes na semente do quiabo.

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