(Por Arnaldo Silva) Com cerca de 7 mil habitantes, Lassance, no Norte de Minas, se destaca pela hospitalidade e charme da cidade, bem como sua história, ligada ao médico sanitarista, cientista e bacteriologista brasileiro, Carlos Chagas.
A doença de Chagas
Lassance, está distante 270 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Várzea da Palma, Corinto, Três Marias, Buritizeiro, Buenópolis, Augusto de Lima, Joaquim Felício, Francisco Dumont. (na foto acima de Sérgio Mourão, centro da cidade)
A economia do município gira em torno de pequenos comércios, prestação de serviços, da extração mineral de quartzo, extração de flores de sempre-vivas, além da agricultura com destaque para o cultivo de café, mandioca, milho, fumo e arroz, além da pecuária de corte e produção de carvão vegetal.A doença de Chagas
Em Lassance trabalhou o famoso cientista brasileiro Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas nascido em Oliveira MG em 9 de julho de 1878 e falecendo no Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1934.
A ferrovia chegou à Lassance no início do século XX. Antes, o lugar era um pequeno povoado, sendo caminho de tropeiros que vinham ao sertão norte mineiro, no final do século XIX.
A região começou a se desenvolver com a instalação da ferrovia e estação de trem, chefiada pelo engenheiro Ernesto Antônio Lassance Cunha, com o povoado adotando o nome de Lassance, em 1908, em sua homenagem.
A chegada da ferrovia trouxe para a região centenas de trabalhadores, bem como, outras tantas pessoas que vieram de vários lugares, atraídos pelo desenvolvimento que as ferrovias proporcionavam naquela época. Esses fatores fizeram com que o povoado crescesse, fosse elevado a distrito e finalmente à cidade emancipada em 12 de dezembro de 1953.
A Serra do Cabral e a pré-história
Carlos Chagas foi biólogo, médico sanitarista, infectologista, cientista, pesquisador e bacteriologista brasileiro. Foi em Lassance, em 1909, que o cientista identificou o protozoário causador da infecção que mais vitimava em sua época, a doença causada pelo Tripanossoma cruzi, o barbeiro, mais tarde nomeada por Doença de Chagas, em sua homenagem. (foto acima de Tâmara Rosa)
Carlos Chagas, foi enviado para a região com a missão de cuidar dos trabalhadores da Ferrovia Central do Brasil, para combater a malária e outras doenças, que estavam vitimando vários trabalhadores. Na obra da ferrovia, montou pequeno laboratório em um vagão de trem.
Foi no vagão de um trem que Chagas descobriu que o protozoário causador da doença, abrigava-se no intestino do barbeiro (inseto da família Reduviidae), que transmitia a doença através de picada. Identificou ainda que morada preferida desses insetos, era as frestas das casas de pau-a-pique, comuns nos sertões do Brasil naquela época.
Atrativos urbanos
Carlos Chagas, foi enviado para a região com a missão de cuidar dos trabalhadores da Ferrovia Central do Brasil, para combater a malária e outras doenças, que estavam vitimando vários trabalhadores. Na obra da ferrovia, montou pequeno laboratório em um vagão de trem.
Foi no vagão de um trem que Chagas descobriu que o protozoário causador da doença, abrigava-se no intestino do barbeiro (inseto da família Reduviidae), que transmitia a doença através de picada. Identificou ainda que morada preferida desses insetos, era as frestas das casas de pau-a-pique, comuns nos sertões do Brasil naquela época.
Atrativos urbanos
Um dos grandes destaques da cidade, além do seu casario singelo e atraente, suas belas igrejas e belezas naturais, tem como excelente atrativo para os amantes da história e ciência, o Memorial Carlos Chagas. O Memorial foi construído no lugar onde ficava o antigo laboratório do cientista, onde o visitante tem o privilégio de conhecer o cenário de atuação do Dr. Carlos Chagas, responsável por uma das maiores descobertas da ciência brasileira, de grande importância para o mundo. (na foto acima da Tâmara Rosa)
Lassance é uma cidade tranquila, com uma boa estrutura urbana, em destaque para a Matriz de Nossa Senhora do Carmo e a Estação Ferroviária de 1909, hoje, Centro de Artesanato e Cultural da cidade, com mostras da cultura típica da cidade e do seu artesanato. (na foto acima de Leandro Leal, a Matriz de Nossa Senhora do Carmo)
A ferroviaA ferrovia chegou à Lassance no início do século XX. Antes, o lugar era um pequeno povoado, sendo caminho de tropeiros que vinham ao sertão norte mineiro, no final do século XIX.
A região começou a se desenvolver com a instalação da ferrovia e estação de trem, chefiada pelo engenheiro Ernesto Antônio Lassance Cunha, com o povoado adotando o nome de Lassance, em 1908, em sua homenagem.
A chegada da ferrovia trouxe para a região centenas de trabalhadores, bem como, outras tantas pessoas que vieram de vários lugares, atraídos pelo desenvolvimento que as ferrovias proporcionavam naquela época. Esses fatores fizeram com que o povoado crescesse, fosse elevado a distrito e finalmente à cidade emancipada em 12 de dezembro de 1953.
A Serra do Cabral e a pré-história
Outro importante destaque em Lassance é a Área de Proteção Ambiental Serra do Cabral, criada em 2002 para preservar as riquezas naturais do cerrado, como nascentes e riachos que desaguam no Rio das Velhas e Rio Jequitaí, ambos afluentes do Rio São Francisco, bem como proteger cachoeiras, como a das Palmeiras e sua rica fauna como como exemplo, várias espécies de pássaros, onças, suçuaranas, jaguatiricas, lobo-guará, além de sua flora riquíssima, como os campos de sempre-vivas. (na foto acima e abaixo do Marcelo Santos, o Boqueirão, na Serra Geral)
Por ser uma região de grande concentração de calcário, cavernas e lapinhas são comuns na Serra do Cabral, habitat de milhares de povos indígenas, presentes no Brasil a milhares de anos, antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.
Os povos que existiam antes da chegada de Cabral, eram conhecidos como cabralinos, por isso o nome da Serra e dos povos que viviam no Brasil e da chamada “era pré-cabralina”. (na foto acima de Marcelo Santos a Cachoeira do João Correia)
Hoje, o termo “era pré-cabralina” ou “cabralino” não é usado para definir os povos pré-históricos brasileiros. Antes de Cabral e depois de Cabral não é um termo aceito pelos cientistas e sim período quaternário
Esse período foi dividido em pleistoceno, (povos caçadores e coletores que aqui habitavam há mais de 12 mil anos) e o holoceo (entre 12 mil e 9 mil anos, chamado de arcaico antigo e entre 9 mil e 4.500 anos, chamado de arcaico recente).
Estes povos deixaram nas paredes das grutas e lapas na Serra do Cabral em Lassance, seus estilos de vida, sobrevivência e crenças, registradas em pinturas rupestres, fazendo da região, com seus vários sítios arqueológicos como Boqueirão do Cara Fechada, Boqueirão do Inferno, Cabeceira do Guará I, II, III, Cabeceira do Manda-Puça, Lapa da Onça, Lapa de Santo Antônio, Lapa do Chapéu, Lapa do Marimbondo, uma das mais importantes regiões paleontológicas de Minas Gerais.
Hoje, o termo “era pré-cabralina” ou “cabralino” não é usado para definir os povos pré-históricos brasileiros. Antes de Cabral e depois de Cabral não é um termo aceito pelos cientistas e sim período quaternário
Esse período foi dividido em pleistoceno, (povos caçadores e coletores que aqui habitavam há mais de 12 mil anos) e o holoceo (entre 12 mil e 9 mil anos, chamado de arcaico antigo e entre 9 mil e 4.500 anos, chamado de arcaico recente).
Estes povos deixaram nas paredes das grutas e lapas na Serra do Cabral em Lassance, seus estilos de vida, sobrevivência e crenças, registradas em pinturas rupestres, fazendo da região, com seus vários sítios arqueológicos como Boqueirão do Cara Fechada, Boqueirão do Inferno, Cabeceira do Guará I, II, III, Cabeceira do Manda-Puça, Lapa da Onça, Lapa de Santo Antônio, Lapa do Chapéu, Lapa do Marimbondo, uma das mais importantes regiões paleontológicas de Minas Gerais.




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