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quarta-feira, 13 de abril de 2022

São José do Barreiro: a vila da Canastra

(Por Arnaldo Silva) Pequena, pacata, tradicional, atraente e charmosa, a vila de São José do Barreiro é distrito de São Roque de Minas, na região Oeste do Estado, na Região da Serra da Canastra.
          Distante 320 km de Belo Horizonte, à acesso principal à região é pela MG-050. Essa rodovia tem ligações com a BR-262 e BR-381. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          Em São José do Barreiro vivem cerca de 600 pessoas. São pessoas simples, além de hospitaleiros e muito acolhedores.
          Em uma localização privilegiada, fica na parte baixa da Serra da Canastra, na estrada que se inicia em Vargem Bonita MG, que leva à Cachoeira da Cascadanta. 
          São José do Barreiro está apenas 9k km da portaria de acesso à primeira queda do Rio São Francisco.
          A pequena vila é tranquila e seu dia a dia bem pacato. Lugar ótimo para quem busca sossego, tranquilidade e contato puro com a natureza.
          São José do Barreiro tem uma boa estrutura para receber turistas e visitantes com pousadas, restaurantes com comidas típicas, posto de combustível. (fotografia acima e abaixo de Pedro Beraldo/@ecotrilhasdacanastra)
          Além disso, encontra-se na vila vendas e armazéns tradicionais, pitorescos botecos, lojas de artesanatos e claro, toda beleza em seu redor, de uma das mais belas paisagens do mundo, a Serra da Canastra.
          De São José do Barreiro, tem-se uma incrível vista do paredão, que chamou atenção dos primeiros bandeirantes a pisarem na região, no início do século XVIII. Por lembrar uma canastra, uma maleta de madeira tipo baú, deram esse nome ao maciço rochoso. (fotografia acima de Pedro Beraldo/@ecotrilhasdacanastra)
          Se antes era um ponto de referência geográfica para bandeirantes, hoje, o Paredão da Canastra é uma das maiores referências em turismo em Minas Gerais. Em seu ponto mais alto, o paredão atinge até 400 metros de altura.
          Além disso, em São José do Barreiro o turista tem ainda as praias fluviais formadas pelas águas do Rio São Francisco, as cachoeiras da Lavra e Lavrinha, os mirantes da Serra da Babilônia, trilhas e ainda, fazendas centenárias e tradicionais na produção do Queijo Canastra. 
          Tanto na vila, quanto nas fazendas em seu redor, pode-se sentir o mais autêntico sabor da culinária mineira como, a carne na lata, a galinhada e doces diversos, como o tradicional doce de queijo e claro, o legítimo Queijo Canastra (na foto acima, queijos da Queijaria Mergulhão).
          Nas andanças pela vila e zona rural, sente-se o mais puro jeito mineiro de ser e o doce sabor de nossas tradições, seja na religiosidade e folclore, em sua cultura e sotaque, no estilo de vida simples, no seu casario colonial, enfim, vive-se na vila, a mais autêntica mineiridade. (fotografia acima de Luís Leite)
          Ir à Serra da Canastra, São José do Barreiro é um destino imperdível.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

O arraial de São João Batista da Canastra

(Por Arnaldo Silva) São João Batista da Canastra é um pequeno arraial, localizado na parte alta do Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, a 1200 metros de altitude. O acesso ao arraial pode ser feito pelas portarias 1, 2 e 3 do parque. São Roque de Minas está a 320 km distante de Belo Horizonte, com acesso pela MG-050.
          Um vilarejo tipicamente mineiro, conta com pouco mais de 50, casas onde vivem cerca de 200 pessoas. No singelo arraial tem uma praça gramada, igreja, um tradicional boteco, pousadas, um pequeno restaurante, uma rua principal e pequenas ruas laterais, de terra batida. Um lugar pitoresco, charmoso, de gente bem simples, desapegada, hospitaleira e acolhedora. (fotografia acima de Luís Leite)
          Uma rusticidade e simplicidade poética. Lugar que transmite uma paz e tranquilidade incrível! (fotografia acima de Felipe Brazão/@fbimagensarea)
          Os moradores, principalmente os mais antigos, adoram uma boa e autêntica prosa mineira. Conhecem bem a história do arraial, suas lendas, causos e suas belezas e gostam de contar as histórias do arraial.
          Em torno da simplicidade da igreja e praça, acontece os principais eventos religiosos, folclórico e culturais de São João Batista da Canastra. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade e abaixo da Maria Mineira, a singela igreja do vilarejo)
          A culinária de São João Batista da Canastra é famosa na região. Tradicional e tipicamente mineira, com os pratos típicos da nossa culinária, nossas quitandas, doces saborosos, como o doce de leite e o de queijo, além claro, do Queijo Canastra.
          Sem contar as belezas naturais em torno do arraial com uma vista de tirar o fôlego da Serra da Canastra, além das belas cachoeiras do Jota, da Gurita e a do Lava-pés, bem pertinho do arraial, tem ainda nas proximidades, as cachoeiras do Fundão, da Parida, da Boa Vista e de Rolinhos. (na foto acima da Maria Mineira a Cachoeira do Jota e abaixo, a Cachoeira do Fundão)
          Além disso, o pacato vilarejo tem o privilégio de estar entre as divisas das nascentes do Rio Araguari, que faz parte da bacia do Rio Paraná e também de nascentes, rios e riachos que formam a bacia do Rio São Francisco.
          Em São João Batista da Canastra a vida passa devagar, é tão sossegada e tranquila que é um convite imperdível para quem visita o Parque Nacional da Serra da Canastra. (fotografia acima de Luís Leite)
          Clima ameno, ares e sossego de fazenda, é um lugar ideal para sentir e conhecer de perto o jeito mais simples e autêntico do povo mineiro.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Charco: frio e charme nas montanhas mineiras

(Por Arnaldo Silva) O Charco faz parte da área territorial do município de Delfim Moreira MG, distante 35 km da sede, com acesso pela BR-459 e MG-350. Curiosamente está apenas 6 km de Campos do Jordão/SP e a 15 km da cidade de Wenceslau Braz/MG.
          Pela distância do Charco à sede, essas duas cidades são referência dos moradores da vila para o uso dos serviços normais como supermercados, farmácias, escolas, etc. (na foto acima do Fernando Maia, vista parcial do Charco)
A cidade de Delfim Moreira
          Delfim Moreira está a 475 km de Belo Horizonte, com acesso pela BR-381 e a 235 km de São Paulo, com acesso pela BR-116. A cidade conta com pouco mais de 8 mil habitantes. Está na divisa com os municípios mineiros de Maria da Fé, Virgínia, Wenceslau Braz, Itajubá e Marmelópolis, além de fazer divisa com as cidades paulistas de Guaratinguetá, Cruzeiro, Piquete e Campos do Jordão.
          Cidade charmosa e acolhedora, Delfim Moreira está aos pés das montanhas da Mantiqueira, a 1200 metros de altitude, no Sul de Minas Gerais. Cidade com inverno rigoroso, abaixo de zero, se destaca por sua culinária e cervejaria artesanal, o cultivo do marmelo, arquitetura austríaca e colonial e belezas naturais espetaculares. (na foto acima de Eder Paulo Dias, o centro de Delfim Moreira MG)
          Além de sua beleza natural, arquitetônica e história, em Delfim Moreira se destaca o distrito do Charco, a oeste da sede. No sul de Minas, distritos são chamados de bairros rurais.
O bairro do Charco
          O povoado é um dos marcos da povoação do Sul de Minas. Sua povoação teve início nos primeiros anos nas últimas décadas do século XIX. As terras onde está o vilarejo tem origem na família Faria, permanecendo em propriedade dessa família por gerações.
          Durante o período da escravidão no Brasil, escravos foram trazidos para a região Sul de Minas, para trabalharem na mineração e agricultura. No Charco, segundo a tradição oral existiu, um cemitério onde os escravos eram sepultados, na parte alta das montanhas que cercam a vila. (fotografia acima do Mateus Ribeiro)
          Além disso, próximo à pequena Vila, encontra-se pequenos povoados no sopé da Serra dos Marins e ainda a Fazenda da Onça, área pertencente ao 4° BECMB, usada para treinamentos de militares do Exército Brasileiro.
O estilo groelandês na arquitetura
          Uma rua poética, tranquila é a entrada para o Charco, ladeada por chalés muito bem cuidados. Mais à frente, uma pequena igreja, sem torre, uma serraria e várias casas, no estilo das pequenas vilas da Groelândia.
          Das chaminés do casario do Charco, uma leve fumaça mostra o fogão a lenha ativo ou mesmo, a lareira aquecendo a casa. (fotografia acima e abaixo do Mateus Ribeiro)
          A charmosa vila é um conjunto de beleza que lembra as belas paisagens e arquitetura das vilas da Groelândia, a maior ilha do mundo, embora com poucos moradores, apenas 57 mil habitantes. Embora a ilha esteja na América do Norte, à leste das ilhas do Canadá, a Groelândia é território subordinado a Dinamarca, embora seja um território com autonomia e governo próprio, desde 1814.  Localizasse entre o Oceano Atlântico e o Oceano Glacial Ártico.
          A arquitetura da Groelândia segue o estilo nórdico, tradicional na Dinamarca e suas ilhas, como as Faroé.
          Guardadas as devidas proporções, a arquitetura do Charco tem muita semelhança com os vilarejos da Groelândia, principalmente nas casas de madeira coloridas. 
          O Charco é um recanto, um descanso e um encanto. Para os amantes do frio e comidas típicas de inverno, é o lugar ideal. (fotografia acima de Célia Xavier)
O casario em madeira do Charco
          As casas de madeira são singelas, simples, coloridas e charmosas. As construções em madeira vão além dos projetos arquitetônicos, são projetos artísticos. O casario do Charco é pura arte e requinte, seja no povoado e nas fazendas em seu entorno.
           As construções antigas e tradicionais mineiras são em pau-a-pique, com tijolos de adobe e barreada, segundo o estilo do barroco colonial mineiro. As recentes, em alvenaria. No Charco, as mais antigas são todas em madeira, tanto na Vila, quanto nas propriedades rurais. Mesmo as construções mais novas, misturam alvenaria com madeira da região. (na foto acima de Geraldo Gomes, a entrada da Vila e o casario em madeira)
Chalés da Suze
          Um dos destaques do casario do Charco são os Chalés da Suze, vistos logo na entrada da vila, numa rua de terra, o colorido casario é um misto de nostalgia, charme, simplicidade e beleza arquitetônica dinamarquesa. 
          É uma vila com construções em estilo único em Minas Gerais. Não tem semelhante no Estado. Casas de madeiras em várias localidades mineiras existem sim, mas como vila, bairro rural, não existe. O Charco é único nesse estilo. (na foto acima do Vinícius, a rua principal da Vila e alguns chalés da Suze)
          Entre os Chalés da Suze, passam turistas e peregrinos, já que o Charco está no Caminho de Aparecida. Inclusive, um galpão construído no vilarejo, serve de pouso e descanso dos romeiros. (fotografia acima de Mateus Ribeiro)
          Por isso que o bairro vem se transformando num refúgio de famílias de São Paulo e Rio de Janeiro, que vem à região em busca do sossego, paz e tranquilidade que o bairro oferece, construindo moradias, no estilo arquitetônico local para passarem fins de semana, feriados ou férias. (fotografia acima de Geraldo Gomes)
Beleza cênica e idílica
          Entre montanhas, matas nativas de araucárias, o Charco mostra seu charme em suas construções em estilo dinamarquês. O casario da Vila é praticamente todo em madeira. (fotografia acima de Matheus Freitas)
A Serraria Serra Negra 
          Isso devido ser fácil encontrar madeira na região, além do bairro contar com a Serra Negra, uma das mais antigas serrarias da Mantiqueira. Hoje, toda reformada e modernizada, é responsável pela geração de empregos e um dos pilares da existência da Vila. (Fotografia acima de Matheus Ribeiro)
          A qualidade da madeira na região e a instalação da serraria no Charco, explica a predominância de madeiras nas construções da vila.
          A Serraria Serra Negra faz parte da história do Charco e da Serra da Mantiqueira. Pertence até os dias de hoje a geração da família Faria, em especial, Zico Faria, um dos primeiros moradores da região, cuja família deu origem à vila, no século XIX.
Inverno congelante
          Sua principal caraterística é o frio, podendo chegar nos dias mais rigorosos de inverno, a temperaturas extremas, como em julho de 2021, quando os termômetros marcaram - 10°C. Se a vizinha Campos do Jordão é gelada no inverno, no Charco, pode ter certeza, é mais ainda.
          O inverno muda toda a paisagem, congela tudo, literalmente. Raro é a temperatura não ficar abaixo do zero grau no Charco, principalmente no mês de julho, o mais frio do inverno.
          O Charco possui uma pequena estação meteorológica particular, instalada em uma fazenda. O responsável pela instalação foi um estudante de geografia da Universidade de Pelotas/RS que escolheu o Charco por considerar o local o ponto mais frio da Serra da Mantiqueira.
          O lugar onde está instalada a estação, no Charco está a 1712 metros de altitude, acima do nível do mar. Em 2021 foram registradas as menores temperaturas na região. Em 23/07/207 os termômetros marcaram -10°C, superando os -9.1°C de 21 de junho, do mesmo ano.
          Porém, as temperaturas registradas nesta estação não são oficiais, devido a mesma não ser reconhecida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Potencial turístico
          O Charco tem potencial para ser um dos mais interessantes pontos turísticos de Minas Gerais, principalmente por sua arquitetura, belezas naturais e seu inverno rigoroso, que faz com que a vila lembre as charmosas vilas dinamarquesas. (fotografia acima e abaixo de Geraldo Gomes)
          Explorar esse potencial, investindo em melhorias na infraestrutura do vilarejo é um passo importante para tornar o Charco uma das referências do turismo na Serra da Mantiqueira.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Cachoeira do Campo: o embrião do nascimento de Minas

(Por Arnaldo Silva) Quem vai a Ouro Preto passa, necessariamente, pela BR-356 – a Rodovia dos Inconfidentes. Em todo seu trecho, até a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, desde 1980, montanhas, matas nativas, lagoas e rios, enchem os olhos dos viajantes.
          Mais que isso, a estrada margeia cidades e distritos, onde à vista, um pouco de sua arquitetura e artesanato em cerâmica, pedra sabão e em madeira, imagens sacras, além frutas nativas, queijos, cervejas artesanais, cachaças, doces e até museus, como o Jeca Tatu, em Itabirito e o Museu das Reduções às margens da Rodovia, em Cachoeira do Campo, a 22 km antes de chegar a Ouro Preto. (fotografia acima de Ane Souz)
Passam e geralmente, não param. Mas deviam.
          Além de ser um dos mais antigos distritos de Ouro Preto, Cachoeira do Campo tem história na origem de Minas Gerais. Não é apenas mais um povoado a beira de estrada. É uma parte da história do nascimento de Minas Gerais.
          Cachoeira do Campo tem cerca de 8.500 habitantes. Conhecida por seu clima ameno e saudável, considerado um dos melhores climas do Brasil, oferece uma boa qualidade de vida, segurança e tranquilidade aos seus moradores. (na foto acima de Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe, a Rodovia dos Inconfidentes, no Funil)
          
Seu comércio rico e variado, além do distrito contar com indústrias diversas como a moveleira e mineradoras. Conta ainda com uma boa estrutura urbana e prestação de serviços de qualidade, ótimas opções de hospedagem e gastronômica, com restaurantes, padarias e lanchonetes encontradas com facilidades.
Origem
          O povoado do que é hoje Cachoeira do Campo, tem origem nas últimas décadas do século XVII, com a chegada à região das bandeiras chefiadas por Fernão Dias, por volta de 1674/75. As tropas pararam próxima a uma cachoeira de águas limpas, em volta a um campo rupestre, na parte alta de uma serra, conhecida hoje por Serra do Trino, onde exatamente está o Colégio Dom Bosco.
          Daí a origem do nome. Inicialmente, Cachoeira, passando a se chamar, Cachoeira o Campo desde o século XVIII. (na fotografia acima do Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe, a Cachoeira Cascaa Dom Bosco)
          Fernão Dias e suas bandeiras não fixaram residência na região, partindo pouco tempo depois. Segundo a história, seu primeiro morador foi Manuel de Mello, que chegou à região por volta de 1680.
Além da das margens da rodovia
          Por sua origem e histórica, Cachoeira do Campo guarda verdadeiras joias de nossa história, pouco conhecida pelos turistas que vão à Ouro Preto.
          Passam pela Rodovia dos Inconfidentes rumo a Ouro Preto e apenas passam, não entram no distrito. Deixam de conhecer os encantos e a história de uma das mais antigas e importantes povoações mineiras.
          Além disso, como verão no decorrer da matéria, Cachoeira do Campo foi o embrião do nascimento de Minas Gerais. (na foto acima do Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe, o curso d´água da Cachoeira da Cascata, passando por debaixo da Ponte de Pedras)
O que ver e o que fazer em Cachoeira da Campo?
A Matriz de Nossa Senhora de Nazaré
          Os portugueses trouxeram a devoção à Nossa Senhora de Nazaré, quando de sua chegada à Cachoeira do Campo, ainda no final do século XVII. Pela fé, ergueram uma pequena ermida, dedicada à santa de devoção no povoado em formação. (fotografia acima de Leandro Leal)
          Um cruzeiro todo em pedras de cantaria, muito bem encaixada, construído em 1799 é marco da fé do povo de Cachoeira do Campo, instalado na Praça da Matriz da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré.
          A matriz tem cinco imponentes e impressionantes altares, muito bem trabalhados, em finíssimas talhas e com riquíssimos elementos artísticos, talhados em madeira e ouro puro. (na foto acima e abaixo de Ane Souz, altar-mor e o forro da Matriz)
          Iniciada nos primeiros anos do século XVIII e concluída antes de 1730, substituindo a pequena ermida. Tem em sua arquitetura, riscos e traços do estilo predominante da primeira fazer do Barroco Mineiro, o Nacional-português. 
          Sua arquitetura singular, reflete as características que definiram o estilo das igrejas mineiras: simplicidade por fora e uma estupenda riqueza por dentro como podem ver na foto acima da Ane Souz.
          A Igreja de Nossa Senhora de Nazaré teve grande importância na história da formação de Minas Gerais por ter sido palco de batalhas da Guerra dos Emboabas (1707-1709) e da Sedição de Vila Rica ou Revolta de Filipe dos Santos (29/06 a 19/07 de 1720).
          Além disso, a Matriz tem enorme valor arquitetônico e cultural para Minas Gerais e para o Brasil. Por esse motivo, foi reconhecida em 1950, pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como patrimônio brasileiro.
Governadores e o Imperador na Matriz
          Sua importância era tanta que os governadores da Capitania de Minas Gerais, faziam questão de assistirem as missas na Matriz de Nazaré. Naquela época, Vila Rica (hoje, Ouro Preto), era a Capital da Capitania de Minas Gerais.
          O Imperador Dom Pedro II (1825-1891), foi também um dos visitantes ilustres da Matriz de Nazaré, estando presente em Cachoeira do Campo e na Matriz, em 1881.
          Dom Pedro II veio à Minas Gerais para uma série de visitas às cidades mineiras, entre elas, Vila Rica. A comitiva imperial saiu do Rio de Janeiro em 26 de março de 1881. Vieram de trem até Barbacena e desta cidade, seguiram em carruagens e em cavalos, para Vila Rica.
          Chegaram em Cachoeira do Campo em 2 de abril de 1881, causando um grande alvoroço na população local, que esperava comitiva no adro da Matriz.
          Dom Pedro II e sua esposa, D. Teresa Cristina, ficaram deslumbrados com o altar da Matriz de Senhora de Nazaré. Visitaram o Palácio da Cachoeira e o Colégio Dom Bosco.
          A área do Colégio impressionou o Imperador, que demonstrou a intenção de transformar o local numa escola agrícola.
          No almoço servido à comitiva imperial, Dom Pedro II fez questão de sentar-se na cadeira em que seu pai, o Imperador Dom Pedro I, sentou, quando também visitou o distrito, em uma de suas viagens à Minas Gerais. A cadeira, encontra-se hoje guardada no Centro Dom Bosco.
Outros atrativos de Cachoeira do Campo
Igrejas históricas
          
Além da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, outras igrejas de grande valor histórico são atrativos no distrito como a a primeira Igreja no Brasil dedicada à Nossa Senhora das Dores (na foto acima de Arnaldo Silva), construída em 1767.
          Tem ainda a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, construída em 1908 e a Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, construída em meados do XVIII (na foto acima de Ane Souz)
          Essas três igrejas não estão abertas à visitação, em seu interior, apenas a Matriz de Nazaré, abre para visitação pública de terça-feira a sábado, entre 14h e 18h.
O chafariz
          Imponentes casarões, estâncias e construções suntuosas, para a época, marcam a arquitetura de Cachoeira do Campo como por exemplo o Chafariz de Dom Rodrigo na Serra do Ouro Preto, construído no século XVIII para levar água potável ao distrito. Construção tão bem feita que está ativo até os dias de hoje.
O Palácio da Cachoeira
          Para se ter ideia da importância e a tradicional qualidade de vida oferecida no distrito, em Cachoeira do Campo, foi construído em 1773, a mando de D. Rodrigo de Menezes, um imponente e luxuoso casarão, para ser residência oficial dos governadores da Capitania de Minas Gerais. É o Palácio da Cachoeira, no popular, Palácio dos Governadores.
          Na capital, Vila Rica, os governadores despachavam do Palácio do Governo, mas para residir, optavam pelo Palácio da Cachoeira, longe da agitação da mineração e clima bem úmido de Vila Rica, na época, uma das maiores cidades das Américas.
A ponte de pedras
          O acesso ao palácio era feito por uma ponte de 30 metros de comprimento, em pedra bruta assentada com argamassa e sangue de boi, como aglomerante. Foi construída na mesma época do palácio, no século XVIII. (fotografia acima de Arnaldo Silva)

O refúgio da aristocracia
           Com a presença da pompa e luxo da governança, poderosos ricaços da época, fizeram o mesmo, construíram moradias do distrito.
          Por suas características climáticas e belezas naturais, além da presença da governança no distrito, poderosos ricaços aristocratas da época, fizeram o mesmo, começaram a construir moradias em Cachoeira do Campo. Com isso, o distrito tornou-se, no século XVIII, um dos refúgios dessa nova classe, que se formava, graças à riqueza proporcionada pelo Ouro.
           Infelizmente, boa parte desses casarões não estão mais em pé. Os que restaram, contam a história da imponência da aristocracia mineira, durante o Ciclo do Ouro. A antiga morada dos governadores resiste ao tempo.
          A partir de 1811 o antigo palácio passou a ser um internato para meninas, sobre a direção das Irmãs Salesianas. Hoje, funciona no local o colégio Nossa Senhora Auxiliadora e o Retiro das Rosas, usado como um pequeno centro de convenções, muito procurado para retiros espirituais e congressos.
O Colégio Dom Bosco
          Outro atrativo é o antigo Quartel do Regimento Regular de Cavalaria de Minas Gerais, a célula-mãe da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. Instalado em 9 de junho de 1775, a mando do Governador Dom Antônio de Noronha, tinha como missão principal, guardar as recém descobertas minas de ouro de Vila Rica. (fotografia acima de Arnaldo Silva)

          Antes da instalação do regimento, no local funcionava o Quartel dos Dragões Del´Rey, guarnição que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, era lotado, na patente de alferes, nos dias de hoje, um tenente.
          Em 1816, o local foi adaptado para receber a Coudelaria Imperial, instalada em 29 de julho de 1819, transformando-se no maior centro de treinamento, criação, seleção e aperfeiçoamento de cavalos de raças, da província mineira.
          Em 1834, já no fim do Ciclo do Ouro, o Regimento Regular de Cavalaria de Minas Gerais foi deslocado para o Rio de Janeiro e transformado no Primeiro Corpo de Cavalaria do Exército.
          Com isso, o espaço foi adaptado para ser um internato para meninos de todo o país, funcionando do século XIX, até a década de 1980, para este fim.
          O Colégio Dom Bosco, foi por décadas um dos mais tradicionais internatos para meninos do Brasil. Hoje, as instalações são usadas para congressos, encontros, simpósios e reuniões.
Educação e bandas musicais
          Cachoeira do Campo tem tradição na educação de qualidade. O primeiro grupo escolar no distrito foi fundado em 1907, em homenagem ao Padre Afonso de Lemos. Hoje, é uma escola estadual de ensino fundamental e médio.
          Desde o século XIX, as tradicionais bandas musicais compõem o cenário cultural do distrito e permanecem ainda na ativa. Como destaque a Banda Euterpe Cachoeirense, criada em 1856 e a Sociedade Musical União Cachoeirense, hoje, Sociedade Musical União Social, fundada em 1864. Inclusive, as duas bandas de Cachoeira do Campo estão entre as mais antigas bandas civis de Minas Gerais.
Festas populares
          Cachoeira do Campo se destaca em Minas por realizar um dos mais importantes festivais gastronômicos da Região, a Festa da Jabuticaba A festa acontece na época da temporada da fruta, entre novembro e dezembro.
          Destaque ainda para as festas de Nossa Senhora de Nazaré e a Festa do Cavalo, em julho.
O embrião do nascimento de Minas Gerais
A Guerra dos Emboabas

          Foi na Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, em 1708, antes mesmo da conclusão das obras, que o português Manuel Nunes Viana, aclamado pelo povo, assumiu o cargo de primeiro Governador de Minas Gerais.
          Nessa época a Matriz de Nazaré era o centro do povoado e foi justamente em Cachoeira do Campo, que foi desencadeado um dos mais violentos confrontos da Guerra dos Emboabas (1708 – 1709), conflito entre portugueses e bandeirantes paulistas que queriam exclusividade na exploração das minas de ouro no território mineiro, bem como o monopólio no comércio de gêneros de primeira necessidade.
          Com esse objetivo, a Capitania de São Paulo estendeu seu domínio para a maior parte do território mineiro, adotando o nome de Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, bem como a Capitania do Rio de Janeiro, que anexou parte do território de seu território mineiro aos seus domínios.
          Mesmo tendo durado pouco mais de um ano, durante a Guerra dos emboabas, ocorrerem batalhas sangrentas, principalmente em Cachoeira do Campo.
          Com derrota dos bandeirantes paulistas, a Coroa Portuguesa passou a controlar de forma mais enérgica as atividades mineradoras e o comércio, bem como, taxar impostos e exercer uma constante e repressiva fiscalização na cobrança.
A Sedição de Vila Rica
          Evento histórico, ocorrido entre 29 de junho e 19 de julho de 1720, considerado o embrião para o nascimento de Minas Gerais. Teve seu ápice final no adro da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré com a prisão de Filipe dos Santos (Portugal 1680 – Vila Rica, 1720).
          Filipe dos Santos veio para o Brasil, radicando-se em Vila Rica, no início do século XVIII, atuando como tropeiro, comerciante e político.
          Em Vila Rica, se destacou na liderança das camadas mais populares, encarnando a revolta da população contra os abusos cometidos pela Coroa Portuguesa, como por exemplo, as casas de fundição, criadas pela Coroa para fundir o ouro e controlar a extração mineral em Minas Gerais.
          Nessas casas, os mineradores tinham que levar o ouro extraído, que era fundido na casa e transformado em barras, cunhadas com o selo do Reino português. Essas barras eram enviadas para o porto de Paraty e de lá, para Portugal.
          Dos mineradores era cobrado uma quinta parte do ouro extraído, como imposto, chamado de Quinto. Isso equivaleria hoje a uma taxa de 20% do valor do bem.
          Para o povo e mineradores, uma taxa altíssima, diante de todas as dificuldades na extração e transporte do ouro, além do envio das riquezas para Portugal.
          Filipe dos Santos se revoltou contra o quinto e queria o fechamento das casas de fundição e formar um novo governo em Minas. Com este objetivo, liderou uma revolta popular conhecida como Sedição de Vila Rica e A Revolta de Felipe dos Santos.
          O movimento em si foi derrotado e Felipe dos Santos preso condenado à forca, por ordem de Pedro de almeida Portugal, o Conde de Assumar, então Governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.
          Mesmo não tendo jurisdição para essa ordem, Assumar não era juiz e nem fazia parte do judiciário à época, mesmo assim, sua ordem foi cumprida.
          Filipe dos Santos foi executado, retirado em seguida da forca e seu corpo amarrado pelas mãos e pés a quatro cavalos, sendo todo destroçado.
          Partes de seu corpo, foram penduradas em pedaços de madeira e espalhados pela cidade. Prática comum da Coroa Portuguesa na época, para intimidar e servir de exemplo a quem se atrevesse a ir contra as leis impostas pelos colonizadores, a seus colonos.
          Toda liderança do movimento foi presa, mas apenas o líder principal, Filipe dos Santos, foi condenado. Os outros líderes e revoltosos presos, foram perdoados.
          Embora a povoação de Minas Gerais tenha se iniciado a partir de meados do século XVII, o movimento liderado por Filipe dos santos, tornou-se o marco do nascimento oficial do Estado de Minas Gerais.
          A insatisfação popular com a presença cada vez mais crescente em Mina Gerais e ainda, ser extensão da Capitania de São Paulo, gerava cada vez mais revolta nos mineiros. 
          Alguns meses depois do fim da Sedição de Vila Rica, em 12 de dezembro de 1720, Minas Gerais tornou-se uma Capitania independente, separando-se de São Paulo, passando a ter domínio administrativo próprio, sobre seu território. Essa data é comemorada como a data da fundação do Estado de Minas Geais e fim da influência paulista em Minas Gerais.
          Nas origens de Minas Gerais, Cachoeira do Campo, foi um dos atores protagonistas do nascimento do estado mineiro.
A Praça Filipe dos Santos
          Em frente ao adro da Matriz, onde ocorreu a prisão de Filipe dos Santos, é uma praça hoje, com o nome de Filipe dos Santos. (fotografia acima de Arnaldo Silva)

          Além do adro, da Matriz e praça, o conjunto é formado por uma murada, coreto e casarões coloniais completando o cenário colonial.
Pare e entre em Cachoeira do Campo
          Quando vier à Ouro Preto, pare em Cachoeira do Campo e entre. Na rodovia, tem lojas diversas de artesanato em pedra sabão, como panelas, na foto acima do Arnaldo Silva e em madeira, como na foto abaixo, do mesmo autor.
          Entre no distrito, conheça as igrejas, o Colégio Dom Bosco, os casarões, a Ponte de Pedra. Almoce ou faça um lanche nos vários bares, lanchonetes e restaurantes do distrito.
          Conheça e vivencie um pouco de um lugar que gerou Minas Gerais, como Capitania autônoma e um estado dotado de uma imensa riqueza cultural, arquitetônica, cultural, natural e único no Brasil.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Cantos e encantos da Vila Cipó na Serra do Cipó

(Por Arnaldo Silva) Um fim de semana na Serra do Cipó é algo indescritível. É uma das mais belas paisagens do Brasil. Subir a serra e conhecer todas as suas belezas, é uma experiência única. 
          Quando se fala em Serra do Cipó, vem logo à mente a estátua do Juquinha, a Cachoeira Véu da Noiva, Lapinha da Serra e Cachoeira Grande. Lugares maravilhosos, mas a Serra do Cipó não se resume apenas a esses lugares.(na foto acima e abaixo de Alexa Silva/@alexa.r.silva, o charmoso casario da Vila Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho MG)
          A Serra do Cipó, na Região Sul da Serra do Espinhaço, logo após Lagoa Santa MG, fica no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Rio Doce. Abrange os municípios de Jaboticatubas, Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Itambé do Mato Dentro, Itabira, Nova União e Santana do Riacho. Esta última, considerada a “porta” de entrada para a Serra do Cipó. Esses municípios estão dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó. 
          Na década de 1970, a Serra do Cipó era um parque estadual, tendo sido transferido posteriormente para o Governo Federal, oficializada em 25 de setembro de 1984, passando a ser um parque nacional. O objetivo era para proteger toda a riqueza da fauna, já que na Serra do Cipó, concentra uma das maiores biodiversidades do mundo. São cerca de 1700 espécies já registradas.
          Na Serra do Cipó encontra-se uma variedade espécies de nossa fauna, muitas em extinção, além de riquíssima flora, com algumas espécies, somente encontradas ali. A riqueza da flora da Serra do Cipó, formada pelos biomas Cerrado e Mata Atlântica, é tão impressionante, que a Serra é conhecida como o Jardim do Brasil. São cerca de 34 mil hectares em 154 km2 de área. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia)
          Uma das belezas naturais da Serra do Cipó é o Rio Cipó, que nasce na região. Seu traçado é todo em curvas, lembrando um cipó. Por isso o rio passou a ter esse nome e por fim, a serra passou a se chamar Serra do Cipó. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia)
A vila colonial do Cipó
          Além de sua beleza cênica, na Serra do Cipó encontra-se povoados e vilas coloniais que compõem o charme e beleza da serra. Vilas com história e históricas. Ricas em cultura, tradições e gastronomia típica mineira. Uma dessas vilas, em destaque, é Cardeal Mota, hoje com o nome de Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho. (na foto acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia, a beleza da Serra do Cipó e ao fundo, um pouco do casario da vila homônima)
          Com pouco mais de 2 mil habitantes, a pitoresca e charmosa Vila de Cardeal Mota, foi elevada a distrito, subordinada a Santana do Riacho em 30 de dezembro de 1962. Em 12 de maio de 2003, Cardeal Mota tem o nome mudado para Serra do Cipó. É popularmente chamada de Vila Cipó.
          A vila é pacata, com um casario charmoso e seu povo muito acolhedor. No distrito, as tradições folclóricas e religiosas mineiras, são preservadas. (na foto acima e abaixo de Alexa Silva/@alexa.r.silva, a capela da Vila, principal ponto de referência cultural e religiosa dos moradores de Serra do Cipó.)
          A MG-010, liga o distrito de Serra do Cipó à Região Metropolitana de Belo Horizonte e Conceição do Mato Dentro. O acesso é fácil. De Belo Horizonte à Serra do Cipó são cerca de 100 km. De Conceição do Mato Dentro, são 67 km de distância.
          Carregando o nome de um dos mais importantes parques nacionais do Brasil, o distrito de Serra do Cipó é um dos principais atrativos culturais, gastronômicos e ecológicos da região. São trilhas, cânions, cachoeiras que formam paradisíacas piscinas naturais, de águas cristalinas, além de morros e montanhas, muito usadas por trilheiros, mochileiros e praticantes de esportes de aventuras para escaladas. (na foto acima do Robson Gondim, a vida noturna na Vila Cipó)
          Na área da Vila Serra do Cipó, o turista encontra áreas para camping muito bem estruturadas e ótimos hotéis, pousadas e restaurantes com comidas típicas, além de belíssimas paisagens rurais.
          Quem vai ao distrito, se interessa logo em conhecer e fotografar a estátua do “guardião da Serra do Cipó”, o lendário Juquinha. Seu nome de batismo era José Patrício. Juquinha, como era chamado pelo povo era um ermitão que convivia com as flores e planas da região. Sempre com um sorriso no rosto, muito gentil para com os visitantes, coletava flores e as vendia aos visitantes. Ou mesmo, dava as flores que colhia, em troca de carona para subir a serra ou mesmo por comida ou alguma ajuda. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia)
          Cativava todos com sua simplicidade e sorriso singelo. Morreu em 1983, tendo sido imortalizado em estátua na Serra do Cipó, por sua importância para a região, sua história de vida, cercada por lendas e por seu carisma. 
          A estátua do Juquinha, foi feita pela artista plástica Virgínia Ferreira, em 1987, instalada no local onde Juquinha viveu, as margens da MG-010. Uma imagem icônica, inusitada, retrata com maestria um dos personagens, considerado patrimônio de Minas. Segundo consta, apenas uma imagem com as características similares à do Juquinha, existe no mundo. Fica na Espanha.
          Ao longo dos anos, Juquinha recebeu novas homenagens, sendo imortalizado em outras estátuas, na Vila de Serra do Cipó (na foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva)
          Em Serra do Cipó, a Venda do Zeca é um dos pontos quase que obrigatórios para visita. Fundada no início do século XX, a Venda do Zeca preserva toda sua originalidade. Estar na venda, é uma volta ao tempo. É uma das mais antigas vendas do Brasil. É armazém, mercearia e boteco, ao mesmo tempo. (fotografia acima  de Tom Alves/@tomalvesfotografia)
          Na venda do Zeca encontrará de tudo. Miudezas, mantimentos, brinquedos, aviamentos, doces, balas. Tudo que precisar, da mesma forma de antigamente. Tem ainda os deliciosos petiscos, que o freguês pode saborear na área em frente à venda, ao ar livre (na fotografia acima de Nacip Gômez e abaixo da  Alexa Silva/@alexa.r.silva o portal de entrada da Vila)
          Além dos sabores da boa mesa mineira, presente no distrito de Serra do Cipó, a cultura, belezas naturais, o turista encontrará na pequena vila, um pouco do cotidiano, jeito de ser, viver e falar do povo mineiro e claro, conhecerá de perto uma das maiores identidades de Minas Gerais, a nossa hospitalidade.

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