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sábado, 17 de setembro de 2016

Pampulha: patrimônio de Minas e do mundo

(Por Arnaldo Silva) Um dos mais belos cartões postais de Belo Horizonte e de Minas Gerais, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi construído entre 1942 e 1944, encomendado pelo então prefeito da capital, Juscelino Kubitschek, ao arquiteto Oscar Niemeyer, considerada uma das obras de maior expressão do grande arquiteto brasileiro.
          À época, a região norte da capital não era muito desenvolvida e na visão de Juscelino, era importante a cidade crescer para essa região, tendo como centro uma área conhecida próxima ao ribeirão Pampulha. Idealizou um projeto audacioso que oferecesse à região uma estrutura de lazer, cultura, esporte, artes e religiosidade, com cassino, igreja, casa de baile, clube social e hotel. Assim, Oscar Niemeyer projetou o complexo em torno de uma lagoa criada no governo do prefeito Otacílio Negrão de Lima em 1936. (fotografia acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc)
         A lagoa foi formada com o represamento do ribeirão Pampulha com o objetivo de amenizar os efeitos das enchentes na região e melhorar o abastecimento de água da capital. Em 1943, a lagoa foi concluída, já no governo de Juscelino, passando a se chamar, Lagoa da Pampulha.
          Em 16 de maio de 1943, o complexo arquitetônico, projetado por Niemeyer, com exceção do hotel, foi inaugurado com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas, do governador do Estado, Benedito Valadares e da população belo-horizontina. Assim, surgiu o Complexo da Lagoa da Pampulha, hoje um das regiões mais nobres da capital mineira. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          Um dos destaques do projeto é a Igreja de São Francisco de Assis, totalmente diferente para os padrões de igrejas da época, singela, simples e delicada, se destaca no cenário criado por Niemeyer, sendo hoje uma das igrejas mais visitadas da capital mineira. 
          Com a proibição dos cassinos no Brasil em 1946, o cassino construído no complexo da Pampulha foi fechado e em 1957, transformado em Museu de Arte Moderna, contando hoje com um acervo de 1600 obras com mostras da Arte Contemporânea brasileira e suas variadas tendências. (fotografia acima de Arnaldo Silva)
          Com o fechamento do Cassino, a Casa do Baile com seu espaçoso salão com 255 m², acabou sendo fechada em 1948, funcionando hoje no local o Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e do Design, ligado a Secretaria de Cultura de Belo Horizonte. (fotografia acima de Lucas Vieira)
          Projetado em forma de um barco que se lança nas águas da Pampulha, com jardins de Burle Marx, o Iate Golfe Clube (na foto acima do Thelmo Lins), construído em 1942, é um dos patrimônios da capital mineira tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e de grande importância arquitetônica e cultural da Pampulha.
          Em 1965 era inaugurado o estádio Magalhães Pinto, o Mineirão e na década de 1980, o ginásio do Mineirinho. , valorizando ainda mais a região, formando um dos mais completos complexos paisagísticos e arquitetônicos do Brasil, reunindo em numa só área, cultura, religião, esportes, lazer, museu, história, turismo, além de uma completa e sofisticada rede hoteleira e gastronômica. (fotografia acima de Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe)
          Em 2013, a prefeitura de Belo Horizonte apresenta à UNESCO, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha como candidato ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade.
          A partir desse registro, todo o complexo passou por amplas reformas. Em 17 de julho de 2016, em Istambul, na Turquia, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi anunciado e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como Patrimônio Cultural da Humanidade.

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