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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Montezuma das águas quentes e termais

(Por Arnaldo Silva) Montezuma conta atualmente com cerca de 8.500 habitantes. O município está a 910 metros de altitude, a 748 km distante de Belo Horizonte e a 285 km de Montes Claros MG. O acesso à cidade se dá pelas BR-122 e BR-135.
          Montezuma está na Região Norte de Minas, com parte de seu bioma, de Mata Atlântica e outra parte, de Cerrado. Faz divisa com os municípios de São João do Paraíso, Vargem Grande do Rio Pardo, Santo Antônio do Retiro, Rio Pardo de Minas, Espinosa, em Minas Gerais e Mortugaba, na Bahia. (na fotografia acima de autoria de Renan Bastos/Horus, o Balneário de Águas Termais de Montezuma MG)
ORIGEM
          A cidade tem origens na Fazenda da Tábua, no século XIX. Seu primeiro nome, ainda como arraial, era Água Quente, devido a descoberta de água quente e medicinal, nesta fazenda.
A descoberta de fontes de águas termais, bem como os benefícios que estas águas trazem para a saúde, atraiu pessoas de toda a região. Com o tempo, novas fontes foram sendo descobertas, novas pessoas chegando.
          O pequeno arraial começou a crescer e suas águas quentes, famosas. Em 1890, o arraial foi elevado a distrito, com o nome de Santana da Água Quente, subordinado a Rio Pardo de Minas. Em 1938, o nome volta a ser Água Quente e por fim, em 1943, Água Quente passa a se chamar, Montezuma.
ORIGEM DO NOME
          O nome Montezuma é em homenagem a Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, o Visconde de Jequitinhonha. Nasceu em Salvador, em 23/03/1794 e faleceu no Rio de Janeiro em 15/02/1870.
O nome de batismo do Visconde era, Francisco José Gomes Brandão. Era filho de Narcisa de Jesus Barreto, mestiça e de Manuel Gomes Barreto, comerciante português.
          Homem culto, formou-se em direito pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Foi o primeiro presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, além de ter sido um dos pioneiros da maçonaria no país. Era também diplomata, jornalista e atuante na luta contra o domínio português.
          Após a independência do Brasil, o Visconde de Jequitinhonha, por nacionalismo, substituiu por conta própria, seu sobrenome português, José Gomes Brandão, para Gê Acaiaba de Montezuma. A escolha foi uma mistura de símbolos que formavam a nação brasileira.
          O Gê, representava as tribos do Brasil Central, do tronco linguístico não-tupi-guarani. O Acaiaba, palavra de origem tupi-guarani, era o nome dado a uma árvore nativa, conhecida como cajazeira. Montezuma, era o nome de um dos imperadores astecas.
Assim, o Visconde de Jequitinhonha, ficou: Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, ou simplesmente, Montezuma, como passou a ser conhecido, bem como a cidade mineira, Montezuma, que o homenageou, adotando seu nome.
          Mesmo com a mudança de nome, a cidade é chamada carinhosamente de “Água Quente”, em referência às suas águas termais e medicinais. Em 1993, Montezuma deixa de ser distrito, subordinado a Rio Pardo de Minas, para ser cidade emancipada.
A CIDADE DE MONTEZUMA
          Cidade pequena, tranquila, charmosa e pacata, seu povo é acolhedor e muito trabalhador. Recebem bem os visitantes e são bastante hospitaleiros. (na foto acima de Renan Bastos/Horus, vista aérea de Montezuma)
          A cidade possui uma boa estrutura urbana, com pousadas e hotéis para todos os gostos e bolsos, um comércio e setor de serviços variados.
          A culinária de Montezuma é ótima. Nos restaurantes, os visitantes podem saborear os pratos feitos com os frutos típicos do Cerrado, como o pequi, bem como o tradicional, frango caipira.
          A cidade é uma grande produtora de cachaça e rapaduras artesanais. A iguaria está presente no dia a dia de várias famílias.
          Outro destaque da culinária da região é o Doce Tijolo. É um doce típico do Norte de Minas, feito com caldo de cana, mandioca e coco.
          Muito apreciado na região e altamente nutritivo, o Tijolo, é um doce presente no dia-a-dia nos quintais, comércios, feiras e mercados municipais do Norte de Minas.
          Em Montezuma, encontra-se o doce Tijolo com muita facilidade, na Feira Livre, que acontece todos os sábados, na cidade.
          O turismo é uma das maiores fontes de renda do município, juntamente com a agropecuária, extração de carvão vegetal e agricultura familiar, que tem foco na produção de frutas, verduras, feijão, milho, mandioca, polvilho, rapadura, queijos, doces, etc.
ATRATIVOS NATURAIS
          Montezuma faz parte do Circuito Turístico Serra Geral do Norte de Minas e tem como atrativos naturais, belezas impactantes e de grande relevância ecológica, como o Parque Estadual de Montezuma, dotado de beleza natural exuberante com grutas, paredões rochosos, várias nascentes e uma trilha que leva à mina de ametista. O Parque é gerenciado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG).
          Em Montezuma está ainda a nascente do Rio Pardo, além imensos paredões rochosos e sítios arqueológicos como o da Serra do Pau d´Arco e as pinturas rupestres na Serra de Macaúba (na foto acima de Joaquim Pereira de Amorim/Quimba)
O MAIOR PEQUIZEIRO DO MUNDO
          Outro atrativo natural do município é o maior pé de pequi (Caryocar brasiliense) do mundo. Localizado na comunidade rural da Roça do Mato, o pequizeiro impressiona pelo tamanho e longevidade! São 16 metros de altura, 24,5 metros de copa e 3,5 metros de circunferência. (fotografia acima e abaixo de Joaquim Pereira de Amorim/Quimba)
          O pequizeirão, como é chamado, é um dos símbolos naturais do município, além de um de seus maiores atrativos naturais.
ATRATIVOS URBANOS
          Em seu perímetro Urbano, Montezuma tem como destaque o Mercado Municipal e a Igreja de Sant´Ana e São Joaquim, padroeiros da cidade (fotografia acima de Jonathan de Natan).
          O principal destaque de Montezuma, que faz da cidade ser conhecida desde o final do século XIX, são suas águas termais e o Balneário de Águas Termais de Montezuma. É um dos mais sofisticados e bem estruturados balneários do Brasil.
ÁGUAS TERMAIS
          Águas termais estão presentes em vários países do mundo. Tem características químicas e ações medicinais similares, já que são águas formadas há milhões de anos e aquecidas pela ação de vulcões ativos ou extintos, como as fontes de águas minerais formadas na região Sul de Minas e Araxá, no Alto Paranaíba. (na fotografia acima de Renan Bastos/Horus, piscinas do Balneário de Montezuma, que recebem as águas quentes, direto das fontes naturais)
          No caso da maioria das águas termais existentes no Brasil, são aquecidas pelo calor da própria terra, através do fenômeno geológico conhecido como, geotermia.
          Esse fenômeno ocorre quando as águas das chuvas penetram em solos rochosos, atingindo grandes profundidades, consequentemente, recebendo o calor natural das rochas subterrâneas.
          Com isso, as águas absorvem, os minerais presentes nessas rochas, mineralizando, adquirindo propriedades medicinais medicinais e terapêuticas. Quanto mais tempo essas águas permanecem nas profundezas da terra, mais absorvem o calor e ação dos minerais, liberados pelas rochas.
          Essa ação da natureza é frequente e se dá, há milhões anos. As chuvas que caem, entram no solo e continuam a descer, absorvendo os minerais liberados pelas rochas.
          Com o acúmulo de água, são devolvidas à superfície, pela pressão natural, em forma de águas termais e medicinais. É um ciclo natural, que se repete há milhões de anos.
          As águas vão se armazenando no subsolo. Quando não tem mais onde descer, começam a subir, saindo por uma ou várias frestas abertas no solo, surgindo assim as nascentes, que formam as fontes de águas termais.
          
Com isso, saem da terra com alta concentração de minerais, como ferro, magnésio, sulfato, cobre, potássio, cloreto, selênio, zinco e cálcio. A quantidade de sais minerais liberadas pelas rochas, podem variar, de acordo com a formação rochosa e o calor do solo do lugar, onde estão as fontes, mas com poucas diferenças.
          As águas termais já saem do solo quentes, em temperaturas que variam de 37°C a 50°C. Por essa diferença de temperara, são divididas em categorias: águas Hipertermais (acima de 45°C); Mesotermais ( entre 30°C e 45°C); Hiportermais (entre 20°C e 30°C) e Frias (menos de 20°C).
          Essa variação se dá, devido à profundidade das águas no subsolo. Quanto mais profunda estiver as águas e mais rochas tiverem no solo, mais rica em sais minerais e mais quentes serão essas águas.
          As altas temperaturas dessas águas, nas profundezas da terra, dificultada a sobrevivência e proliferação de agentes contaminantes e bactérias. São águas limpíssimas, puras, de alta qualidade e benéficas à saúde humana, sendo de grande ajuda no tratamento de várias doenças.
          Possuem efeitos terapêuticos, graças aos minerais presentes em sua composição, relaxando a musculatura e aliviando dores reumáticas, musculares e nas articulações, como artrite e nevralgias. Auxiliam ainda no tratamento de várias enfermidades, como alergias, asma, bronquite e problemas de pele como eczemas, fungos, acnes e psoríase.
          Além disso, ajudam a hidratar e repor sais minerais, perdidos durante a transpiração, amenizam problemas respiratórios, contribuem para rejuvenescimento da pele, já que águas termais renovam as células da pele, auxiliam na cicatrização de feridas.
          Aas águas termais ajudam no combate a inflamações e ainda no combate a doenças reumáticas, a fibromialgias, lombalgia e doenças da coluna vertebral. 
          A ação das águas termais no organismo tem efeito sedativo e facilitam a liberação de endorfinas. Com isso, essas águas ajudam a aliviar os sintomas do cansaço físico e mental, além de contribuir para o controle da pressão arterial.
          O tratamento auxiliar com águas termais, são reconhecidos e validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1986. Embora existam vários balneários pelo Brasil, é bom, antes de fazer uso de águas termais, procurar orientação médica. Isso porque cada corpo reage de forma diferente, de acordo com o tempo de uso dessas águas. Os benefícios auxiliares que as águas minerais proporcionam, são obtidos pelo uso constante e mais prolongados. 
          Geralmente, os balneários possuem especialistas nestas questões, que fazem análise individual, além de procurar saber do histórico de doenças de cada pessoa. Isso serve para orientar quanto ao consumo e tempo de uso em banhos nas águas termais. 
          Como exemplo, as águas termais de Montezuma tem alta concentração de magnésio. Esse mineral tem função diurética, estimulando a ação dos aparelhos de excreção. Isso contribui para a liberação de substâncias químicas e tóxicas, presentes no nosso organismo, liberadas através da urina. Além disso, a ação do magnésio, ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares. . 
O BALNEÁRIO DE ÁGUAS TERMAIS DE MONTEZUMA
          Em Montezuma, a temperatura média, de suas águas termais, que brotam direto da bica da fonte, tem cerca de 47°C. Quando chegam às piscinas do Balneário de Águas Termais de Montezuma, a temperatura cai para 41°C. Isso porque, ao sair da fonte, percorre alguns metros, até chegar às piscinas, estando com isso em contato com a temperatura ambiente. (na fotografia acima e abaixo, de autoria de Renan Bastos/Horus, o Balneário de Águas Termais de Montezuma MG)
          O balneário conta com toda estrutura e conforto para receber os turistas, como um excelente hotel, restaurante com comidas típicas mineiras, lanchonete e bar, além de duas piscinas de água quente, vindas das fontes naturais, outra de água fria, banheiros privativos, com piscinas, salão de eventos, play ground, quadras, vestiários, loja de conveniência e área verde com área de camping.
          O Balneário funciona diariamente, inclusive nos sábados, domingos e feriados. O contato pode ser feito pelos telefones (38) 3825-1198 / (38) 999563839 ou pelas redes sociais do Balneário: @balneariomontezuma
          No Brasil está maior bacia de águas minerais, radioativas, medicinais, sulfurosas e termais do mundo, em sua maioria, concentradas em Minas Gerais. São águas com propriedades similares, seja em qualquer lugar do mundo que estiver, já que são obtidas pela ação natural da ação de vulcões ativos ou extintos ou por armazenamentos de águas das chuvas no solo, com absorção de minerais presentes em rochas ao longo dos anos.
          Por isso, nada melhor que conhecer nossos balneários, viajando por Minas e conhecer o Balneário de Águas Termais de Montezuma. Além de valorizar as águas mineiras, você conhece um pouco mais de Minas Gerais, o Cerrado do Norte de Minas, bem como sua cultura e gastronomia. (na fotografia abaixo de Jonatham de Natan, o portal de entrada da cidade)
          Conheça as águas termais de Montezuma, a cidade, seu povo e suas belezas naturais.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

São João do Paraiso: a capital do doce de marmelo

(Por Arnaldo Silva) Cidade do Norte de Minas, São João do Paraíso está a 1073 metros de altitude e a 785 km, distante de Belo Horizonte, a 328 de Montes Claros MG e a 220 km de Vitória da Conquista/BA. São 24 mil habitantes no município, vivendo na sede e nos distritos de Mandacarú, Barrinha e Boa Sorte.
          São João do Paraíso faz parte da microrregião do Alto Rio Pardo, fazendo divisa com os municípios de Taiobeiras, Ninheira, Montezuma, Vargem Grande do Rio Pardo, Indaiabira, Berizal, Rio Pardo de Minas e Águas Vermelhas, em Minas Gerais e com Cordeiros, na Bahia. (na foto acima de @dronemoc, a Matriz de São João Batista, já reformada)
Origens de São João do Paraíso
          A cidade tem origem numa fazenda pertencente ao Conde da Ponte, formada no século XVIII, nas terras que anteriormente, eram habitadas por índios da etnia Tapuias.
          Com o passar do tempo, um pequeno vilarejo começou se formar, nesta fazenda, nas proximidades do Rio São João. O pequeno povoado cresceu e em 1833, o vilarejo foi elevado a distrito, com o nome de São João da Raposa, devido à grande presença dessa espécie de mamífero na fazenda. (fotografia acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc)
          As terras férteis da região, atraiam sempre retirantes, vindos de várias regiões de Minas Gerais e principalmente da Bahia, fugindo da seca que assolava a região, na última década, do século XIX. As belas paisagens, rios, nascentes e a fertilidade das terras, contrastavam com a dura seca que assolava a região na divisa do Norte de Minas Gerais e Bahia, naquela época. A impressão que os retirantes tinham, era de que estavam chegando a um paraíso.
          Com o crescimento do distrito e a qualidade de suas terras, a Vila torna-se, na época, um importante centro comercial da região. Seu nome foi alterado, ainda nessa época, no final do século XIX. No lugar de raposa, ficou, paraíso, permanecendo o nome São João do Paraíso, até os dias de hoje. Em 1943, o distrito de São João do Paraíso foi elevado à cidade emancipada, com o município sendo instituído em 1.º de janeiro de 1944, data em que se comemora o aniversário da cidade.
Cultura, economia e tradições
          São João do Paraíso é uma típica cidade mineira. Pacata, com casario singelo, cidade limpa e charmosa, com um povo bom, acolhedor, simples e hospitaleiro.
          Como toda cidade do interior de Minas, a Matriz e os eventos religiosos, como Semana Santa, Corpus Christi, Natal, festa do padroeiro, São João Batista, Folia de Reis, dentre outros, são grandes atrativos, movimentando a cidade e atraindo visitantes. Em São João do Paraíso, destaca-se a bela Igreja de São João Batista, ponto de encontro e fé do povo paraisense e um dos mais belos cartões postais da cidade (fotografia acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc). 
          Outro destaque da cidade é a preservação tradições culturais e folclóricas, como a fanfarra, a Folia de Reis, as festas juninas, em especial, a feste de São João, padroeiro da cidade, bem como as comemorações do aniversário de emancipação, no dia 1.º de janeiro, com desfiles, shows com bandas regionais, culinária típica e muita alegria.
          Além disso, se destaca pelo talento de seus artesãos e a beleza do artesanato que fazem, suas ruas bem cuidadas, com largos canteiros centrais (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc). E ainda, a Praça Artur Trancoso, uma das mais belas da região. Arborizada, com jardins bem cuidados e uma bela fonte luminosa, é uma das referências sociais e comercial da cidade, e um dos principais pontos de encontros dos paraisenses. 
          A economia da cidade tem como base o setor de serviços, na agricultura de subsistência e na pecuária. Conta com um comércio variado, com lojas, mercados, hotéis, bares e restaurantes com comida caseira.(fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc da Praça Arthur Trancoso)
          A extração vegetal, é uma das principais atividades econômicas do município, com destaque para o cultivo do eucalipto, principalmente, carvão vegetal, que abastece várias siderúrgicas mineiras. A cidade é ainda uma grande produtora e exportadora de óleo de eucalipto, matéria para a indústria de medicamentos e cosméticos. São João do Paraíso é considerada a Capital do Óleo de Eucalipto no Brasil.
O marmelo
          O maior destaque da economia de São João do Paraíso, atualmente, é uma planta com origens na Ásia Menor e Sudeste da Europa. É o marmeleiro (Cydonia oblonga), conhecido ainda como Pereira-do-japão, Marmeleiro-da-europa e marmelo, em referência ao seu fruto. Segundo historiadores, a espécie foi introduzida no Brasil pelo português, Martin Afonso de Souza, em 1530, no século XVI. (na foto acima de Renato Ribeiro, os pés do marmeleiro e abaixo, o seu fruto, o marmelo) 
          Seu fruto, o marmelo, é consumido no Brasil cru, em forma de sucos, em sopas e principalmente, em forma de doce, a popular, marmelada. As sementes do marmelo são usadas ainda na medicina popular, por ajudar a combater a diarreia. Vara de galhos de marmelo, era muito popular antigamente, usada como corretivos.
          Plantada inicialmente em São Paulo, no século XVI, se expandiu para a Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, onde a planta passou a ser cultivada em larga escala, a partir do início do século passado.
          Nas cidades de Delfim Moreira e Marmelópolis, no Sul de Minas, principalmente, concentrava-se as maiores plantações de marmeleiro do país, tendo ainda, várias fábricas, nessas duas cidades, como por exemplo, da Cica, em Delfim Moreira, que produziam a famosa marmelada, doce mais consumido no Brasil, no século XX.
          A produção da marmelada nessas cidades e região, começou a entrar em declínio, a partir da década de 1970, limitando hoje, em Marmelópolis, a uma única fábrica de que produz a famosa marmelada.
          Marmelópolis, vem buscando recuperar sua tradição na produção da marmelada, recuperando as antigas plantações de marmeleiros e plantando novas. Mesmo assim, o posto de capital do doce de marmelo, pertence atualmente, à cidade do semiárido mineiro do norte mineiro, São João do Paraíso.
          Segundo dados recentes do IBGE, sobre a Produção Agrícola Municipal (PAN), de cada setor das economias dos municípios brasileiros, São João do Paraíso é o maior produtor do doce de marmelo de Minas Gerais, seguido, por Marmelópolis, no Sul de Minas, em segundo, Itacambira, no Norte de Minas, em terceiro, Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, em quarto, Serro, no Vale do Jequitinhonha, em quinto, Cachoeira do Pajeú, no Vale do Jequitinhonha, em sexto e Delfim Moreira, no Sul de Minas, em sétimo.
          O marmeleiro e seu fruto, gera emprego e renda às famílias paraisenses. É a principal fonte de renda de cerca de 70 famílias do município, que vivem do plantio, colheita e produção de doce de marmelo.
          Em algumas propriedades, a produção anual é pequena, caseira (na foto acima do Manoel Freitas, a produção caseira do doce de marmelo em São João do Paraíso). Já em outras, a produção é maior, em toneladas. Por ano, são produzidos em média 350 toneladas do doce de marmelo em São João do Paraíso, com cada barra pesando em média 1,7 quilo.
          O doce de marmelo é considerado um doce nobre. É fabricado em São João do Paraíso, basicamente em sua forma artesanal, sem adição de conservantes, com os marmelos, cuidadosamente selecionados, garantindo assim um doce 100% natural. Os doces são vendidos embalados à vácuo e alguns, em palhas de bananeiras, o que garante maior durabilidade e preservação de seu sabor por mais tempo. (fotografia ilustrativa acima de Renato Ribeiro, o doce de marmelo)
          Com a abertura de novos mercados e a volta da popularização doce no Brasil, a tendência é o aumento das áreas plantadas e consequentemente, o aumento gradativo da produção.
          O doce de marmelo é de grande importância para a economia da cidade, que motivou os produtores da iguaria a organizarem-se para criar a Cooperativa dos Produtores de Marmelo de São João do Paraíso (Coopemar). O objetivo, com a fundação da cooperativa, é unir os produtores na busca por melhores rendimentos na produção, bem como melhorar mais ainda a qualidade do produto, buscando melhor qualificação dos produtores de doce de marmelo, dentre outros objetivos.
          Com essa iniciativa, organização e tradição, que a cidade adquiriu na produção do doce de marmelo, São João do Paraíso, vem se destacando no Brasil. A cidade é hoje a principal referência nacional na produção de um dos mais nobres e mais apreciados doces do mundo, o doce de marmelo.

terça-feira, 20 de julho de 2021

São Francisco: a cidade do pôr-do-sol

(Por Arnaldo Silva) São Francisco é uma tradicional cidade mineira, às margens de um dos mais importantes rios brasileiros, o Rio São Francisco, no Norte de Minas. A cidade que herdou o nome do rio e do santo, é uma das mais atraentes e charmosas cidades turísticas de Minas Gerais.
          O Rio São Francisco, além de dar nome à cidade, movimenta o turismo local, bem como, a economia, já que boa parte do sustento das famílias ribeirinhas, vem da pesca, do artesanato e do turismo, que as águas do Velho Chico, propicia. (na foto acima Márcio Pereira/@dronemoc, o Rio São Francisco e a cidade)
Breve história
           A cidade de São Francisco, tem origens na primeira metade do século XIX, com a formação de um povoado na Fazenda Pedras de Cima, de propriedade de Domingos do Prado e Oliveira. (fotografia acima de @dronemoc, o por do sol na cidade)
          O povoado se chamava Pedras de Cima, anos depois, mudou o nome para Pedras dos Angicos, depois para São José das Pedras dos Angicos, mais tarde para São Francisco das Pedras e por fim, em homenagem ao Rio São Francisco, passou a se chamar, em definitivo, São Francisco.
          Em de 5 de novembro de 1877, São Francisco foi elevada à cidade emancipada, sendo hoje, uma das mais importantes cidades ribeirinhas.
A cidade banhada pelo Velho Chico
          São Francisco conta atualmente com cerca de 52.762l habitantes, segundo Censo do IBGE em 2022. É a 4ª maior população do Norte de Minas. O município está a 589 km de Belo Horizonte e faz divisa com Januária, Chapada Gaúcha, Pintópolis, Icaraí de Minas, Luislândia, Brasília de Minas, Japonvar e Pedras de Maria da Cruz. (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc, o Rio São Francisco, os pescadores e a cidade ao fundo)
          A cidade oferece uma boa qualidade de vida a seus moradores. Sua topografia é plana, e suas ruas, arborizadas, largas e espaçosas. Na cidade podem ser encontradas belas praças, em destaque para a Praça do Centenário, arborizada e com belos jardins e um variado comércio em seu entorno. (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc) A economia de São Francisco tem como base o turismo, a piscicultura, a agropecuária e reservas naturais, como de gás natural.
          São Francisco oferece com uma boa rede hoteleira e vários restaurantes, que oferecem pratos típicos da culinária mineira, do Cerrado Mineiro e também, pratos feitos com peixes de água doce. (na fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc, a Rodoviária da cidade)
          Conta ainda com uma boa rede de prestação de serviços, um comércio variado, bons índices de segurança pública, nível educacional muito bom, contando inclusive com cursos superiores e técnicos, além de uma boa estrutura urbana. (na foto acima do @dronemoc, vista parcial da cidade)
          O grande destaque da cidade é o turismo, devido a posição estratégica de São Francisco, às margens do rio São Francisco com o privilégio de contar com as praias que se formam na margem esquerda do rio. (na foto acima, de Márcio Pereira/@dronemoc, o rio e a cidade, em sua margem) Nessa margem, próximo as praias naturais, encontra-se diversos bares, com bebidas e comidas típicas, com diversos pratos e tira gostos, feitos com peixes do Rio São Francisco.
          A cidade guarda ainda relíquias do século XIX, presentes em sua arquitetura, como vários casarões, coloniais como a Casa dos Cassi, construída por escravos e igrejas seculares, com destaque para a Igreja de São Félix, erguida na segunda metade do século XIX. Essa igreja guarda imagens de São Félix e de Santo Antônio, vindas de Portugal. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          Com São José como padroeiro, São Francisco tem na Igreja de São José, datada de 1890, um de seus maiores destaques. Imponente e majestosa, com torre principal de frente para o Rio São Francisco, a Igreja compõe um cenário perfeito, com o Velho Chico. (foto acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc)
          A arquitetura da Igreja, o Rio São Francisco e o pôr do sol, formam um triângulo de rara beleza, principalmente na parte da tarde, quando os raios do sol estão mais fortes, refletindo com mais intensidade na torre da Igreja, tornando-a mais atraente e reluzente. Uma espetacular união do símbolo da fé são-franciscano, com as águas do rio e a beleza dourada do fim da tarde e pôr-do-sol.
          São Francisco é conhecida como a cidade do pôr-do-sol. O fim da tarde em São Francisco é considerado um dos maiores espetáculos naturais de Minas Gerais. (fotografia acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc)
          “E a famosa cidade de São Francisco, a quem o rio olha com tanto amor”, já dizia Guimarães Rosa, ao admirar a beleza do pôr do sol na cidade. É incrível e um dos pores-do-sol mais fotografados e impressionantes espetáculos naturais de Minas Gerais. E a cidade valoriza esse show da natureza, com pontos de observação. Um desses pontos, é o cruzeiro da Matriz de São José.
          A balsa que faz a travessia diária de uma margem a outra do Rio São Francisco e barcos de pescadores, são atrativos para moradores e turistas, além de restaurantes com comidas típicas, bares pela cidade e clubes de pescas. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc e abaixo de Gilberto Coimbra, a praia pluvial de São Francisco)
          Durante o ano, acontecem vários eventos culturais, folclóricos, agropecuários e religiosos, com destaque para a Semana Santa, Natal, Folia de Reis, a Festa de Santo Antônio, Festa de São Gonçalo e a celebração da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, dedicado a Padroeira do Brasil. O dia de Nossa Senhora Aparecida, é, atualmente, um dos maiores eventos religiosos da cidade.
          Tem ainda o Carnaval, as micaretas, as festas Juninas e outros eventos populares. Em São Francisco, os principais eventos da cidade são realizados no Parque de Exposições e no “Cimentão”, um enorme espaço aberto, na área central da cidade. (fotografia acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc)
          O artesanato é uma das mais antigas tradições da cidade. Feito de forma primitiva, usando apenas matéria prima extraída da natureza, as peças artesanais retratam as crenças e o folclore local.
          O artesanato de São Francisco é uma mescla da arte indígena, africana e portuguesa, preservada em sua origem, com destaque para o artesanato feito na comunidade quilombola Buriti do Meio e as famosas “carrancas”, feitas pelos artesãos que vivem nas comunidades ribeirinhas. 
          São Francisco, carinhosamente chamada de São Chico (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc) é uma cidade tranquila, seu povo é acolhedor e hospitaleiro. O visitante é bem-vindo. Conheça São Francisco, a cidade te espera de braços abertos!

sábado, 29 de maio de 2021

Salinas: terra da cachaça e do requeijão moreno

(Por Arnaldo Silva) Salinas conta com cerca de 45 mil habitantes. Está na microrregião do Alto Rio Pardo, no Norte de Minas. Faz divisa com Rio Pardo de Minas, Taiobeiras, Santa Cruz de Salinas, Comercinho, Rubelita, Fruta de Leite e Novorizonte. 
          De Belo Horizonte à Salinas, são 640 km. O aeroporto mais próximo de Salinas, fica em Montes Claros, a 220 km de distância. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          A povoação da região onde está o município, data do século do século XVII e início do século XVIII, quando foram descobertas jazidas de sal nessa região. Era um produto raro e de grande valor na época. (fotografia acima do Gil Santos, panorâmica de Salinas)
          Para explorar o mineral, fazendas foram sendo formadas às margens do Rio Pardo e Rio Salinas. Em uma dessas fazendas, foi erguida uma capela, dedicada à Santo Antônio. Em torno da capela foi se formando um pequeno povoado, denominado Santo Antônio de Salinas, devido as jazidas de sal. (fotografia acima de Gil Santos)
          O povoado cresceu, foi elevado à distrito, pertencente a Rio Pardo de Minas, em 1833. Em 18 de dezembro de 1880, a vila foi elevada a município, através de Lei Provincial. E finalmente, elevada à cidade emancipada, em 4 de outubro de 1887. Em 1923, o nome da cidade deixou de ser Santo Antônio de Salinas, para ser somente, Salinas. A data de 18 de dezembro de 1880, é comemorada como a data de fundação de Salinas. (fotografia acima de Gil Santos, a sede da Prefeitura Municipal, e abaixo, uma das várias praças da cidade)
          O clima em Salinas é predominantemente quente, com a temperatura mínima, no inverno, chegando a 18,0°, em média, nos dias mais frios e a 33,0°, em média, no verão. Está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha, que forma a Sub-Bacia do Rio Salinas, com os rios Caraíbas, Bananal, Matrona e Salinas.
          O município está numa região de transição entre o Cerrado e a Caatinga, tendo ainda, a presença de matas caducifólias, vegetações típicas do semiárido mineiro, onde está inserido, Salinas. É uma região com chuvas escassas e irregulares, além de clima quente, durante quase todos os meses do ano. Para amenizar os efeitos da seca, as barragens são comuns nas cidades do semiárido mineiro. (fotografia acima e abaixo enviadas pelo Gil Santos/Arquivo da Fundação de Cultura)
          A barragem de Salinas, além de amenizar a falta de água durante a seca, é um dos pontos turísticos da cidade. Um lugar de rara beleza, que atrai turistas e visitantes, diariamente ao local, para simplesmente, relaxar e curtir momentos agradáveis junto à natureza. A quem prefira ainda a prática de esportes náuticos.
          Salinas é uma das mais importantes cidades mineiras, sendo conhecida mundialmente por sua cachaça, inclusive, a bebida faz de Salinas ser oficialmente, a Capital Nacional da Cachaça. O título foi outorgado em 19 de dezembro de 2018, através da Lei Federal 13.773, aprovado pelos deputados federais e promulga pelo Presidente da República, nesta época. 
          A bebida faz parte da vida e economia do município, deste o século XIX, com a chegada de fazendeiros à região. Além de criarem gado, investiam no plantio de cana-de-açúcar, produzindo cachaças e rapaduras, tornando a cachaça, popular na cidade e região, pela qualidade e sabor. (foto acima e abaixo, de Gil Santos, do Museu da Cachaça de Salinas)
          Entre todas as cachaças produzidas no mundo, a bebida de Salinas tem o diferencial, por ter sabor e aroma, únicos e incomparáveis, que agrada ao mais fino e exigente paladar. Totalmente artesanal e seguindo os mais rígidos processos de produção e qualidade, as cachaças que saem dos alambiques de Salinas, são reconhecidas e premiadas, tanto em nível nacional, quanto, internacional. É patrimônio imaterial do município de Salinas.
          Pela importância da cachaça para a cidade e Minas Gerais, foi criado o Museu da Cachaça, na Avenida Antônio Carlos, 1250, bairro Casa Blanca. A origem, história, produção artesanal, peças, maquinários dos antigos alambiques, livros, fotografias e rótulos antigos, enfim, todas as etapas de produção da bebida, fazem parte do acervo do Museu da Cachaça, que conta ainda com um vasto acervo digital, acessível pela web. 
          O museu conta com ótima estrutura para receber os visitantes com segurança e conforto. Está aberto visitação na terça, quarta e sexta-feira, de 13h30min às 19h e no sábado, de 12h30min às 18h.
          Além da riqueza do Museu da Cachaça, uma outra oportunidade para quem aprecia a bebida, sua história e modo de fazer, é participar do Festival Mundial da Cachaça. Trata-se de um dos mais importantes eventos do Brasil, que atrai gente de todo o país e do mundo. Durante os dias de festa, que acontece sempre em julho de cada ano, a cidade de Salinas, recebe uma média de 15 mil visitantes. (na foto acima do Gil Santos, peças do Museu da Cachaça)
          Além da cachaça, Salinas é também conhecida pela qualidade e sabor inigualável do requeijão moreno. A iguaria é tradicional no interior de Minas Gerais, principalmente nas cidades de sua região de origem, o Norte do Estado. (foto acima de Gil Santos, do requeijão moreno, no Mercado Municipal)
          Feito totalmente de forma artesanal, com leite cru, a famosa iguaria leva dois dias para ficar pronta. Se difere do tradicional requeijão branco e cremoso do Sul de Minas e o de raspas de tacho, do Centro Oeste Mineiro, pelo modo de fazer. Tem como características principais um sabor intenso, massa menos cremosa e a cor escura, adquirida durante o cozimento do creme que fica na camada superior do leite coalhado. Esse creme é cozido até adquirir a cor mais escura, sendo a base para a conclusão do modo de fazer do requeijão. É o chamado requeijão de corte, o popular, Requeijão do Norte de Minas, ou simplesmente, Requeijão do Norte.
          O requeijão moreno é uma das identidades gastronômicas de Salinas, além da carne de sol, produzidos nas fazendas e sítios do município. (na foto abaixo do Gil Santos, as tradicionais quitandas mineiras, feitas em Salinas MG)
          Além disso, por sua história, Salinas preserva as tradições antigas de Minas Gerais, como as festas religiosas e folclóricas mineiras, com a Folia de Reis entre dezembro e janeiro, as festas juninas, preservadas em sua originalidade, com concurso de quadrilhas, comidas típicas e shows musicais.
          Tem ainda uma das mais originais e genuínas festas de Minas Gerais, famosa em todo o Brasil, pelo resgate da tradição original, além de destacar e valorizar a cultura, culinária e artesanato regional.
          É a Festa dos Amigos de Ferreirópolis, distrito de Salinas, tradicional no artesanato em argila e na produção de requeijão. A festividade conta com fogueira de 15 metros de altura, queima de fogos, danças tradicionais das festas juninas, barracas com comidas típicas, mostra de artesanato e shows musicais. (na foto acima da artesã Cláudia Miranda, artesanato em argila de Ferreirópolis)
          Outro lugar interessante para conhecer em Salinas é o Mercado Municipal. Inaugurado em 1972, localizado no Centro da cidade. Abre de segunda a sábado, de 6h às 18 horas, não abrindo aos domingos e nem em feriados. É um dos maiores e melhores mercados do interior mineiro. Como em todo mercado público, encontra-se de tudo, principalmente, os amigos. (foto acima e abaixo de Gil Santos)
          Os mercados, além de reunir o que melhor tem na agricultura familiar das cidades, como queijos, doces, frutas, requeijão, verduras, conservas, carnes, bebidas, artesanatos, etc, reúne também os antigos amigos. Esses espaços, têm como suas características principais, a sociabilidade, por serem espaços democrático, onde todas as classes sociais estão presentes. É um lugar de compras, mas também convício social, informação e cultura. Um ponto de encontro de amigos, que se encontram para conversar e apreciar os tira gostos e bebidas locais.
          Salinas valoriza sua gastronomia, sua religiosidade, suas tradições e também, sua cultura. Na Praça Floriano Peixoto, num prédio em estilo eclético, erguido em 1922, está instalada a Fundação de Cultura (na foto acima do Gil Santos). A fundação foi criada para fomentar a vocação dos salinenses, seja na música, na literatura ou artes cênicas. No local, ainda há um pequeno espaço para apresentações artísticas. A fundação, que fica aberta de 7h às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
          Tem ainda em Salinas, as jazidas de sal, sua gastronomia e seu rico e variado artesanato, o Centro de Convenções, seu casario charmoso, belas praças, o Terminal Turístico Rodoviário, como destaques. (na foto acima do Gil Santo, a Rodoviária e abaixo, o Centro de Convenções)
          Salinas é uma cidade charmosa, atraente e seu povo muito acolhedor e hospitaleiro. Conta com uma boa estrutura urbana, um comércio variado, prestação de serviços de boa qualidade, além de pousadas, hotéis e restaurantes, que permitem ao turista e visitante, aproveitar melhor e conhecer a culinária local, as belezas da região  e as tradições de Salinas. Uma cidade que recebe todos os visitantes de braços abertos.
A reportagem teve a colaboração em fotos e informações do Gil Santos, presidente da Fundação de Cultura de Salinas)

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