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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

As cidades do Campo das Vertentes

(Por Arnaldo Silva) A Região do Campo das Vertentes é formada por 36 municípios, onde vivem atualmente cerca de 600 mil habitantes, divididos em três microrregiões: Lavras, Barbacena e São João Del Rei. (na foto acima, de Fabrício Cândido, a cidade de Coronel Xavier Chaves).
          A região é montanhosa, fazendo parte da Serra da Mantiqueira. Dos declives das serras da região, que mais lembram mares de morros, escorrem águas de nascentes, riachos e córregos. (na foto acima da Marselha Rufino, os campos vertentes entre Itutinga e Carrancas) Suas águas desaguam em rios, que contribuem para a formação das bacias hidrográficas do Paraíba do Sul, do São Francisco e da Bacia do Paraná. Seus campos nativos são formados por terem como características, vegetações rasteiras, formada nos declives vertentes das serras. Por isso o nome Campo das Vertentes.
As microrregiões do Campo das Vertentes
01 - Microrregião de Lavras
          A cidade de Lavras (na foto acima de Rogério Salgado) tem sua origem no início do século XVIII, surgindo da formação de um povoado e arraial, entre 1720 e 1729, elevado a freguesia em 1813, à Vila em 13 de outubro de 1831, data comemorada de sua fundação e em 20 de julho de 1868, quando foi emancipada por Lei. Conta atualmente com cerca de 105 mil habitantes e é uma das melhores cidades de Minas Gerais para se viver,. Conta com uma excelente estrutura urbana, um parque industrial com empresas de pequeno, médio e grande porte, além de um comércio variado e prestação de serviços eficientes, bons hotéis, pousadas, bares, pizzarias e restaurantes. Tem ainda um ótimo nível educacional, tendo no município um campus da Universidade Federal, a UFLA.
          Está numa região geograficamente estratégica, tem acesso para as principais capitais do sudeste por linha férrea e rodoviária, como Belo Horizonte e São Paulo através da BR-381 e Rio de Janeiro, pela BR-265, seguindo pela BR- 040. Está distante 241 de Belo Horizonte, 425 do Rio de Janeiro e a 380 km de São Paulo.
          Dos tempos do Brasil Colonial, Lavras guarda relíquias arquitetônicas presentes na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída entre 1751 e 1765, casarões e sobrados coloniais no perímetro urbano e em fazendas centenárias do município. (foto acima de Rogério Salgado) A arquitetura eclética e neoclássica do início do século XX está presente na cidade através da Matriz de Sant´Ana, datada de 1917, a principal igreja da cidade, além de outras construções presentes na região central da cidade, bem como o complexo do Campus da UFLA, com vários atrativos arquitetônicos e paisagísticos. 
          O município conta ainda com o Parque Florestal Quedas do Rio Bonito; Serra da Bocaina, com uma linda vista de toda a região;  (foto acima de Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta)Lago da usina Hidrelétrica do Funil; a Feira de Artesanato e Gastronomia, aos domingos;  A Maria-Fumaça da Praça Dr. José Esteve, dentre outros vários atrativos.  
          A microrregião de Lavras é formada ainda pelos municípios de Carrancas, Ijaci, Ingaí, Itumirim, Itutinga, Luminárias, Nepomuceno e  Ribeirão Vermelho
O município de Itumirim
          Com cerca de 6.638 habitantes, segundo o IBGE em 2022, Itumirim, é uma pequena, tranquila, aconchegante e acolhedora cidade, distante 248 km de Belo Horizonte. Seu nome tem origem no tupi que significa "Itu (cachoeira) e "Mirim (pequeno). Cachoeira pequena. A cidade originou-se de um povoado denominado de Rosário, criado em 1708, elevado a distrito subordinado a Lavras em 1870. Em 1924, o nome foi alterado para Itumirim. Em 31 de dezembro de 1943, o então distrito é elevado a cidade emancipada. (foto acima de Ézio Donizete)
          É cortado pela BR 265 e está apenas 33 km da BR-381. Conta ainda com um ramal ferroviário de cargas, cujos trens serpenteiam pelas belas paisagens serranas do município, até o Rio de Janeiro. (foto abaixo de Marselha Rufino)
          Além do charme da cidade e da hospitalidade de seu povo, a cidade tem um ótimo potencial para o turismo ecológico e práticas de esportes, com lagos, córregos, rios, serras, o cânion Pirambeira e outras paisagens naturais, que simplesmente impressionam.
 
          Entre as principais belezas naturais de Itumirim, estão suas cachoeiras, como a Cachoeira das Aranhas, Cachoeira do Engenho, Cachoeira Paraíso, Cachoeira das Cruzes e a Cachoeira das Andorinhas (na foto acima de Ézio Donizete). 
O município de Ribeirão Vermelho
          Ribeirão Vermelho é uma pequena, atraente e acolhedora cidade com 4 mil habitantes, distante 270 km de Belo Horizonte. É atualmente o menor município mineiro em extensão territorial, com apenas 40.210 km² de território. (na foto acima de Robson Rodarte, linha de trem e o casario típico dos ferroviários dos séculos 19 e 20) Essa pequena cidade possui fortes ligações com o trem, quando foi implantada na região a Estrada de Ferro Oeste de Minas, no final do século XIX, bem como a construção da estação de Ferro Ribeirão Vermelho, em 1888. Com a chegada da linha férrea, o pequeno povoado chamado de Porto Alegre, passou a se chamar Ribeirão Vermelho, tendo sido elevado à distrito em 1901 e cidade emancipada em 1948.
          Dos áureos tempos das ferrovias, a cidade guarda uma extensa malha ferroviária, construções no estilo ferroviário dos séculos XIX e XX, além da maior rotunda da América Latina (na foto acima de autoria de Robson Rodarte). As rotundas foram usadas desde a origem das ferrovias. É simplesmente uma construção em forma circular, em torno de um girador, usada para fazer conversões das locomotivas e na manutenção e armazenamentos dos trens.
O município de Nepomuceno
          A cidade de Nepomuceno (na foto acima de Marcelo Melo), está a 238 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 25 mil habitantes. Sua origem é do século XIX, tendo sido elevada à município independente em 30 de agosto de 1911. Muita gente confunde Nepomuceno com São João Nepomuceno, na Zona da Mata. São cidades diferentes, em regiões diferentes de Minas. 
          Nepomuceno conta com uma boa estrutura urbana, boas escolas de ensino médio e fundamental, tendo ainda na cidade um campus do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, com curso superior de Engenharia Elétrica. Seu comércio é variado, conta com boas pousadas e hotéis, além de restaurantes com comida mineira. Conta ainda com charmosos distritos como Nazaré de Minas, Santo Antônio do Cruzeiro e Porto dos Mendes, além de ser banhado pelos rios Cervo e Rio Grande.
02 - A microrregião de Barbacena
          Distante 169 km de Belo Horizonte, Barbacena (na foto acima do Januário Basílio), conta hoje com cerca de 125 mil habitantes. É uma das mais tradicionais cidades mineiras, presente nas principais decisões políticas de Minas Gerais e do Brasil, desde os tempos do Império. É ainda um dos grandes produtores de frutas do Estado e de flores, em especial, de rosas. Seu comércio é variado, a cidade é muito bem estruturada, com excelentes hotéis, restaurantes, pizzarias e bares sofisticados, com ótimas opções de lazer, diversão, esportes e turismo. Além disso, possuir um alto nível educacional, destaque nessa área em Minas Gerais e Brasil pela qualidade, tanto nos ensinos fundamental, médio, quanto no superior. (na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar)
          Barbacena tem sua origem no início do século XVIII, surgindo da formação de um arraial, elevado a freguesia e por vim a vila, em 14 de agosto de 1791, data que é comemorada sua fundação. Dos tempos do Brasil Colônia, a cidade guarda em sua arquitetura colonial e barroca, museus, templos e praças, além de rica história. Destaque para as igrejas de Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Boa Morte, datada de 1850, tendo em seu cemitério, belas obras de arte, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Carmo, a Capela de Santo Antônio e a Basílica de São José Operário (na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade)
          Outras construções são destaques na cidade, como o Solar dos Andradas, o Sobrado dos Vidigal, Sobrado Paolucci, o Sobrado de Olinto de Magalhães,  o Solar Bias Fortes, Solar dos Canedos, Grupo Escolar Bias Fortes, a Fundação Porphíria de José Máximo de Magalhães, Escola Estadual Adelaide Bias Fortes, o Pontilhão Ferroviário, a Escola Preparatória de Cadetes-do-Ar, Escola Agrotécnica Federal "Diaulas Abreu", o edifício da antiga Sericicultura e o leito da antiga Estrada de Ferro do Oeste de Minas,o Fórum Mendes Pimentel, o prédio da Santa Casa de Misericórdia,  a Farmácia Santa Terezinha, Estação Ferroviária, o Colégio Imaculada Conceição, Antiga Casa de Saúde, a Cadeia Velha, a Câmara Municipal a Casa-museu de Georges Bernanos, o Manicômio Judiciário, Museu da Loucura (no antigo Hospital Colônia) e o Museu Municipal.
          A microrregião de Barbacena é formada ainda pelos municípios de Alfredo Vasconcelos, Antônio Carlos, Barroso, Capela Nova, Caranaíba, Carandaí, Desterro do Melo, Ibertioga, Ressaquinha, Santa Bárbara do Tugúrio e Senhora dos Remédios
O município de Barroso
          Distante 197 km da Capital, Barroso (na foto acima do Wanderson Nascimento) conta hoje com cerca de 20 mil habitantes. Cidade bem tranquila e acolhedora, com casario charmoso, belas praças, lindas igrejas, ótima gastronomia e um povo muito bom e hospitaleiro. Barroso se destaca na região por suas belezas naturais,como cânions, trilhas, rios, lagos e a vista ao amanhecer no alto do Morro da Telha, onde estão as torres de TV. 
             Destaca-se ainda por suas festas tradicionais como o Festival de Inverno e a Semana de Sant´Ana, padroeira da cidade, que acontece sempre em julho, se encerrando no dia da padroeira, 26 de julho. Durante os dias de festa, acontece procissões, missas, shows, leilões e barracas com comidas típicas, destacando seu prato típico, o caldo Chico Paio, que leva feijão branco, frango, bacon e linguiça. 
O município de Antônio Carlos
          Na Serra da Mantiqueira, está a charmosa e aconchegante cidade de Antônio Carlos (na foto acima do Marcelo Melo, a Praça da Matriz de Sant´Anna). Com cerca de 11 mil habitantes, a cidade está a 200 km de Belo Horizonte. Seu nome é em homenagem a Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, nascido na vizinha Barbacena, em 5/09/1870, falecendo no Rio de Janeiro em 1/01/1946. Antônio Carlos foi um influente político brasileiro, tendo sido presidente (Governador) de Minas Gerais, prefeito de Belo Horizonte, senador da República, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil e presidente da Assembléia Nacional Constituinte de 1932/33.
          O município se destaca no turismo ecológico já que conta com belas paisagens de Mata Atlântica e cachoeiras paradisíacas como as cachoeiras da Copasa, da Fazenda dos Gerais, da Dona Mariana Afonso, do Buraco do Bicho, além de belas paisagens e matas nativas. (foto acima e abaixo de Marcelo Melo)
          Em Antônio Carlos, fazendas coloniais, do século XVIII, que marcam a origem da povoação da região, estão presentes com seus belíssimos casarões históricos, destacando a Fazenda Borda do Campo, uma das primeiras da região, formada no final do Século XVII e ainda as fazendas formadas no século XVIII, como a Fazenda Gerais de Barros,  a Fazenda Passa-Três; a Fazenda Jacutinga; a Fazenda Cimodócia, além das Fazendas Olhos D água (hoje Hotel-Fazenda Caminho Novo); Fazenda Picumã; Fazenda Azul; Fazenda das Rosas. 
03 - A microrregião de São João Del Rei
          Distante 193 km de Belo Horizonte, contado hoje com cerca de 90 mil habitantes, São João Del Rei (na foto acima do Matheus Freitas/@m.ffotografia) foi fundada em 8 de dezembro de 1713. A tri-centenária cidade, eleita recentemente como a mais hospitaleira do Brasil, pela plataforma Airbnb, guarda relíquias preservadíssimas do barroco mineiro, sendo uma das mais antigas e mais importantes cidades setecentistas mineiras. 
          Além do Barroco, em sua arquitetura encontra-se traços dos estilos eclético e neoclássico do final do século XIX e início do século XX (na foto acima de Kiko Neto), bem como seu rico artesanato, em especial, para as obras feitas com estanho e a sua estação de trem, de onde parte a famosa Maria-Fumaça, com destino a Tiradentes. (na foto abaixo do César Reis)
          Nos arredores de São João Del Rei, se destacam seus distritos São Gonçalo do Amarante, Emboabas, São Sebastião da Vitória e Rio das Mortes, onde nasceu a Beata Nhá Chica.
          São João Del Rei é ainda um dos principais polos educacionais da região, contando com o campus da Universidade Federal de São João Del Rei, do IPTAN e IF- Sudeste, tendo ainda um dos maiores polos industriais e econômicos do Campo das Vertentes. O município conta com uma boa malha rodoviária e ferroviária, além de um aeroporto e uma ampla e excelente rede hoteleira e gastronômica. (foto acima de Deividson Costa/@deividsonsoncosta)
          A microrregião de São João Del Rei é formada ainda pelos municípios Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, Santana do Garambéu, São Tiago e  Tiradentes
O município de Piedade do Rio Grande
          Piedade do Rio Grande (na foto acima de Marcelo Melo), está distante 250 km e Belo Horizonte e conta hoje com 4.600 habitantes, segundo o IBGE. Sua origem começa em meados do século XVIII, com a construção de uma singela ermida na região, dedicada a Nossa Senhora da Piedade, pelo casal Salvador Lourenço de Oliveira e Inácia Leme de Godói, por volta de 1748. Em torno da ermida, formou-se um povoado que cresceu, tendo sido elevado à distrito em 1891 e à município em 12 de dezembro de 1953. Sua nome é a junção do Rio Grande que corta a cidade e a fé em Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade, que conta hoje com um novo templo, no topo de uma colina, podendo ser vista e admirada em vários ângulos da cidade.
          A cidade é aconchegante, tranquila e seus moradores hospitaleiros. A bela e atraente Matriz de Nossa Senhora da Piedade é o seu maior atrativo, além do município preservar sua história, presente em construções do período colonial, como a Fazenda Porto Real, lugar onde Dom Pedro I se hospedou, quando veio do Rio de Janeiro para São João Del Rei, a antiga Igreja de Nossa Senhora da Piedade (na foto acima do Marcelo Melo), com seu campanário, dentro outros patrimônios históricos do município.
O município de Ritápolis
          Ritápolis (na foto acima do André Saliya), tem hoje cerca de 5.000 habitantes. Sua origem é do início do século XVIII, surgindo com a formação de um pequeno povoado em torno de uma capela dedicado a Santa Rita, no ano de 1713. Foi distrito de São João Del Rei até sua emancipação politico-administrativa, em 1963. A cidade está a 14 km de São João Del Rei e a 200 km de Belo Horizonte, com acesso rodoviário fácil, estando a 70 km da Rodovia Fernão Dias (BR-381) e a 120 km da BR-040.
          Cidade pacata, tranquila, aconchegante, com povo acolhedor, se destaca pelo charme de seu casario em estilo colonial, pela Matriz de Santa Rita, padroeira da cidade, a Igreja do Rosário, a bela arquitetura da  sede da Prefeitura Municipal, a Casa Grande, fazenda centenárias,  Cine Teatro Pio XII, um rico artesanato, eventos religiosos e folclóricos durante o ano, pelas praças, boas pousadas, aconchegantes restaurantes com comidas típicas, com destaque para o Restaurante Saliya, bem no centro da cidade. (foto acima de André Saliya) 
          Além do seu charme arquitetônico, as belezas naturais de Ritápolis são atrativos como cachoeiras, paisagens montanhosas com matas nativas, reservas ambientais, o balneário do Jaburu, o hotel fazenda Cachoeira e fazendas centenárias, em destaque para a Fazenda do Pombal, do século XVIII (na foto acima de André Saliya), local que nasceu Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, que foi homenageado com uma estátua em frente à Matriz da cidade. Tem ainda suas belezas naturais que inclui rios, cachoeiras, montanhas e reservas florestais.
Madre de Deus de Minas 
          Madre de Deus de Minas (na foto acima de Sérgio Mourão) tem sua origem no século XVIII, tendo sido elevada à cidade em 12 de dezembro de 1953. Conta hoje com pouco mais de 5 mil moradores. A cidade é charmosa e tranquila, com pousadas aconchegantes, belas praças, como a Praça do Cruzeiro do Rosário, bares e restaurantes pitorescos. Seu casario colonial é bem atraente, bem como seu povo, muito acolhedor. As belezas naturais do município ficam evidentes no Morro Dois Irmãos, nas Represas do Rio Grande e Camargos, além de matas nativas, fazendas belíssimas, além da beleza do rios, córregos e ribeirões que banham o município. Fica apenas 50 km de São João del Rei e a 233 km da Capital. 
          Seu povo é muito religioso, se destacando na cidade a Festa da Padroeira Nossa Senhora Mãe de Deus, as comemorações da Semana Santa, a Festa de São Sebastião, além do carnaval, festas juninas, Exposição Agropecuária, Festa dos Produtores e Trabalhadores de Madre de Deus de Minas, as festas de fim de ano, dentre outras festas, no decorrer do ano. 
O Município de Coronel Xavier Chaves
          Coronel Xavier Chaves, (na foto acima do Fabrício Cândido), está a 173 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 3500 habitantes. Seu nome tem como origem na Fazenda Mosquito, de propriedade do Coronel Francisco Rodrigues Xavier Chaves, no século XIX. Foi o pioneiro na formação do município. Era bisneto de Antônia Rita de Jesus, irmã caçula de José da Silva Xavier, o Tiradentes. 
          O mártir da Inconfidência Mineira nasceu na Fazenda Pombal, na vizinha Ritápolis, a 8 km km do município. Na fazenda Mosquito, foram construídas casas para os parentes do proprietário e também, para seus funcionários, dando origem assim à formação do que é hoje a cidade de Coronel Xavier Chaves. O pequeno arraial foi elevado à distrito e por fim a cidade emancipada em 30 de dezembro de 1962.
          A cidade é pequena, charmosa, atraente, aconchegante. Destaca na cidade a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, erguida em pedras típicas da região (na foto acima do Marcelo Melo), sua banda de música, os trabalhos de seus artesãos e artistas plásticos, a Trilha do Carteiro  e um frondoso Jequitibá-branco (Cariniana Lecythidaceae Estrellensis), espécie de rara beleza, conhecida como "Rei da Floresta". A árvore tem vida longa, em torno de 1 mil anos. (na foto abaixo do Marcelo Melo, pontilhão ferroviário no município)
          Em Coronel Xavier Chaves, existe um rico e valioso artesanato em tecidos, como bordados, em madeira e principalmente, em pedras. Seu comércio é variado e conta ainda com pitorescas pousadas e hotéis aconchegantes, além de restaurantes com nossa típica culinária. Se destaca na região por seus alambiques, totalmente artesanais, desde o corte da cana, moenda e preparo da cachaça, em vários engenhos do município, em destaque para o Engenho Boa Vista. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Conheça Carrancas - a 4ª maravilha de Minas

(Por Arnaldo Silva) Carrancas é uma pacata, charmosa e atraente cidade com pouco mais de 4 mil habitantes. Está situada na região intermediária entre o Campo das Vertentes e o Sul de Minas. Faz divisa com os municípios de Itutinga, São Vicente de Minas, Minduri, Cruzília, Luminárias, Nazareno, São João del Rei. (foto acima da Serra de Carrancas, de autoria de Marselha Rufino)
A igreja de quartzito
          A historia de Carrancas começa a partir de 1718, com a chegada de bandeirantes vindos de Taubaté/SP, formando um arraial às margens do Rio Grande, com o nome de Nossa Senhora do Rio Grande.
          Por volta de 1721, começa a construção de uma igreja no povoado, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Foi construída pelos escravos, em pedras de quartzito, abundante na região, algumas pesando até 1 tonelada, (como podem ver na foto acima, do Gilson Nogueira a fachada da igreja na pedra em sua cor natural, sem reboco). 
          A igreja possui duas torres, o que é normal para as igrejas da época, só que as torres desse igreja não são iguais. Tem dimensões e detalhes diferentes, sendo uma mais alongada e a outra mais  larga e em formatos diferentes. Ainda não se sabe o porque dessa diferença e nem exatamente quando aconteceu, existindo explicações orais, sem de fato existir confirmação histórica do porque dessa diferença nesse detalhe arquitetônico.
          A cor natural do quartzito nas paredes externas da igreja são visíveis, por dentro, as paredes tem reboco, pinturas na nave, altar-mor emoldurados por entalhes em dourado.
 
Obras do Mestre Natividade na Matriz
          A pintura do forro e do altar-mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Carrancas tem assinatura de sanjoanense Joaquim José da Natividade, o Mestre Natividade, um dos grandes pintores da arte sacra que deixou seus trabalhos em várias igrejas de Minas Gerais, entre os anos de 1785 e 1824, nos séculos XVIII e XIX. (fotografia acima de Gilson Nogueira)
          As pinturas do Mestre Natividade são comparadas às do maior mestre da pintura barroca brasileira, o Mestre Ataíde e do pintor e decorador João Nepomuceno Correia e Castro, que, segundo historiadores, foi quem ensinou o ofício à Natividade. 
          A pintura na Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Carrancas foi um trabalho marcante e considerado especial pelo Mestre Natividade, por ter sido seu primeiro trabalho. Na obra, Nossa Senhora da Conceição está ladeada por João, Lucas, Marcos e Mateus, os quatro evangelistas. Emoldurando a pintura, talhas douradas completam a ornamentação do altar-mor.
         Com a construção da Igreja, o arraial foi crescendo, tendo sido elevado à freguesia em 1749 e a cidade emancipada em 1948.
Paisagem idílica e cenário de novelas
          Desde sua origem, Carrancas sempre foi destaque e atrativos para viajantes e tropeiros. (foto acima de Marcelo Santos) Ainda hoje é. Suas belezas naturais e o charme da cidade, impressionam e atraem cada dia mais visitantes, principalmente amantes da natureza.
          São lagos, cachoeiras, serras, paisagens com matas nativas de Mata Atlântica e Cerrado. Suas belezas naturais, a simplicidade da cidade e a hospitalidade de seus moradores, fazem de carrancas um verdadeiro cenário de filmes. Não só de filmes, de novelas e minisséries também. 
          Carrancas é um dos cenários naturais preferidos pela Rede Globo para gravar suas novelas. Quem acompanhou as novelas  O Fim do Mundo, de Dias Gomes (1996);  Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco (2006);  America, de Glória Perez (2005);  A Favorita (2008);  Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa (2009); Amor Eterno Amor, de Elizabeth Jhin (2012);  Império (2014);  Orgulho e Paixão (2018) e Espelho da Vida (2018), puderam conhecer as belezas naturais da cidade na telinha. Filmes, documentários, clips musicais tem sempre Carrancas como seus cenários.
A quarta maravilha de Minas 
          São belezas incríveis que deram à Carrancas o título de a 4ª (quarta) Maravilha de Minas Gerais, eleita em 2008 em votação organizada pela Revista Encontro de Belo Horizonte, elegendo as sete maravilhas de Minas. (foto acima de Marselha Rufino) Não é por menos, Carrancas é única, com belezas indescritíveis e impressionantes com destaque para grutas, serras e cachoeiras que mais lembram paraísos.  
          Uma dessas cachoeiras é esta acima (na foto do PauloZaca), a Cachoeira das Esmeraldas. Suas águas geladas são limpas, calmas e rodeada por mata nativa. Um convite ao descanso e sossego.  Em todo o município encontra-se cerca de 70 cachoeiras, formando deliciosos poços de água.
          Para organizar e facilitar o turismo rural, as cachoeiras de Carrancas foram divididas em complexos formados por rios, poços, cachoeiras e quedas d´águas ao longo dos complexos com destaque para o complexo da Fumaça, (na foto acima da Giseli Jorge) e o Complexo da Zilda, com um dos seus atrativos, que é o escorregador (na foto abaixo do Marcelo Santos).
Tem ainda o Complexo da Ponte, o Complexo da Tira Prosa, o Complexo da Vargem Grande, o Complexo do Índio, o Complexo da Toca (na foto abaixo do PauloZaca), dentre outras belezas naturais.
             Cenário de novelas, lugar paradisíaco, cada dia mais sendo descoberto pelos mineiros e brasileiros. Lugar que vale a pena conhecer, visitar e relaxar totalmente.
          De Belo Horizonte até Carrancas são 300 km, pela BR-381. De São Paulo até Carrancas são 445 km, também pela BR-381. Do Rio de Janeiro até Carrancas são 411 km. Da vizinha São João Del Rei e Tiradentes até Carrancas são 80 km e 90 km, respectivamente.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Conheça a Festa do Café com Biscoito de São Tiago!

(Por Arnaldo Silva) A festa do "Café com Biscoito" acontece sempre no segundo final de semana do mês de setembro na Praça Ministro Gabriel Passos. A festa atrai visitantes de várias partes de Minas e do Brasil, se consolidando como um dos mais importantes eventos gastronômicos de Minas Gerais.
          Tradicionalmente, sempre no segundo final de setembro, a festa começa na sexta-feira com espetáculos musicais, se prolonga pelo sábado com degustações de produtos nos stands, oficinas e atividades culturais, e termina no domingo, com teatros, apresentações artísticas e musicais. (foto acima do @deividson Costa)
          Não se sabe ao certo quando começou a tradição biscoiteira de São Tiago, mas desde 1750 a região tinha a fama de ser a Terra do Café com Biscoito, já que era parada de viajantes e tropeiros e os biscoitos eram os preferidos, dai a fama cresceu desde aqueles tempos. (foto acima de Deividson Costa/@deividsoncosta, a cidade durante a Festa do Café com Biscoito)          
          Desde essa época as receitas foram mantidas, preservadas e muito bem guardadas pelas famílias. A tradição vem de geração em geração. (foto acima do Zezé Barbara, barraca de biscoito)        
          Hoje, essa tradição tem como aliada a tecnologia, mas preservam sua originalidade. Muitos ainda fazem os biscoitos nos fornos de barro, mantendo a tradição. Mas também tem as fábricas, industrializadas, que produzem os biscoitos em série. Mesmo assim, preservam as receitas de família, principalmente a qualidade e o sabor.
          Por isso que desde o século 18, São Tiago se destaca na produção de biscoitos, que é hoje a maior fonte de renda e emprego no município que tem pouco mais de 12 mil habitantes. Fica a 190 km de Belo Horizonte, na região do Campo das Vertentes. São Tiago faz divisa com Oliveira, Bom Sucesso, Resende Costa, Ritápolis, Conceição da Barra de Minas e Nazareno. (foto acima de Deividson Costa, barraca de biscoitos no dia da festa)
          Os produtores de biscoitos de São Tiago, consideram seus biscoitos os tesouros de Minas. A produção não fica só na cidade e região não. Algumas empresas locais vendem seus produtos para várias cidades de Minas e de outros estados do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, dentro outros.
          De uma economia familiar, a riqueza, sabor e diversidade que a arte de fazer biscoitos oferece, faz com que a cada dia as empresas locais cresçam e surjam outras. De 3 décadas para cá pôde-se perceber esse crescimento. No início dos anos 1990, a cidade contava com 3 empresas formais, um salão de beleza, um mercado e uma loja de eletrodomésticos.           
           Hoje são dezenas de empresas formais, vários salões de belezas, tem mais mercados e mais lojas de eletrodomésticos. Percebe-se então o rápido crescimento econômico e social do município. O carro-chefe desse crescimento são os biscoitos. Todos os meses são produzidos em São Tiago, toneladas de diferentes tipos de biscoitos, que abastecem os mercados de Minas e de vários outros estados brasileiros. (na foto acima do Deividson Costa, o Forno na Praça)
          Esse crescimento, vale ressaltar, é fruto da preservação da tradição, não se trata de política governamental, vem de gerações passadas, faz parte da vocação da cidade, por isso deu certo. São Tiago é considera hoje um polo produtor de Minas e a Capital do Biscoito no Brasil.          
          Como a economia da cidade gira em torno do biscoito, foi criada a Festa do Café com Biscoito, que é uma das mais importantes festas gastronômicas de Minas Gerais, fazendo parte do Calendário Gastronômico do Estado.
          Vale lembrar que o evento acontece sempre no segundo final de semana do mês de setembro, na Praça Ministro Gabriel Passos com mostras de todos os biscoitos produzidos na cidade, forno de barro, degustação e comidas típicas de Minas, além da cachaça mineira. A festa é imperdível e tem shows também com bandas locais e regionais. (na foto acima do Deividson Costa, uma cozinha em São Tiago MG)
          A cidade é pequena para receber o grande número de visitantes que comparecem à festa, mas tem as cidades vizinhas com boas hospedagens e São João Del Rei, que também fica próximo, na divisa com Ritápolis.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Barbacena: a cidade das rosas

(Por Arnaldo Silva) Distante 170 km de Belo Horizonte, com cerca de 140 mil habitantes, tradicional da política e história de Minas, com mais de dois séculos de existência, fundada em 1791, Barbacena, no Campo das Vertentes, se destaca por sua beleza arquitetônica, pelo alto nível educacional tanto em nível médio e superior e ainda, se destaca no cenário nacional pela produção de rosas e flores diversas. (foto abaixo de Igor Messias)
          Seu clima ameno, em média 17ºC, possibilita o cultivo de roseiras, sendo a cidade hoje um dos grandes produtores de rosas de qualidade do mundo, exportando suas flores para os estados brasileiros, para os Estados Unidos e países da Europa. 
         A produção e tradição no plantio de rosas teve início em meados do século XX. Em 1968 os produtores perceberam a necessidade da união, já que a produção de rosas vinha crescendo, bem como a demanda. Fundaram a Uniflor, associação que foi de grande importância para dar suporte aos produtores para aprimoramento do cultivo e melhorando cada vez mais a qualidade das rosas cultivadas no município. A entidade, em parceria com a Prefeitura, criou a Festa das Rosas, com o objetivo de divulgar as rosas de Barbacena, tornando-a mais conhecida entre os mineiros e brasileiros. 
          A Festa das Rosas hoje é um dos mais importantes eventos de Barbacena, bem como de Minas Gerais. Atrai turistas de todo o estado, do país e até do exterior, para conhecer as belezas de uma das mais lindas flores do mundo, bem como a festa em si.
          Na festa, durante o baile de gala, acontece a eleição da Rainha das Rosas, com desfile das candidatas. Após a eleição da Rainha e princesas, são escolhidos ainda o Broto das Rosas e os Brotinhos.
          
Durante os dias de festas, Rainhas, Princesas, Brotos e Brotinhos desfilam pela cidade em carros e tratores enfeitados com rosas. Durante a festa há apresentações de grupos musicais, estandes florais na Praça dos Andradas, missa, apresentação de provas esportivas com Mangalarga Marchador no Parque de Exposições Bias Fortes, Coroação da Rainha, Princesas, Brotos e Brotinhos, com desfile em carros e tratores ornamentados, mostras do artesanato local e barracas com comidas típicas. O evento geralmente acontece no início de outubro de cada ano, sendo realizado na Praça dos Andradas e no Parque de Exposições Bias Fortes. (foto abaixo de Igor Messias)
          Além da Festa das Rosas e Flores, outras festas são destaques em Barbacena como o Jubileu de São José Operário, Exposição Agropecuária, Festa do Morango, a Semana Santa, dentro outras. 
          Durante essas festas, o turista pode conhecer os principais pontos turísticos e arquitetônicos da cidade como a Matriz Santuário, Nossa Senhora de Assunção, Nossa Senhora do Rosário, a Basílica de São José Operário, a Estação Ferroviária, o Jardim do Globo, monumentos, praças atraentes e outras belezas. A cidade possui uma boa rede hoteleira, bem como restaurantes com comidas típicas de Minas, de outras regiões e outros países. 
Barbacena (na foto acima de Igor Messias), a Cidade das Rosas é uma das mais belas cidades de Minas Gerais. O visitante terá prazer em conhecê-la.

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