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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Tiradentes no ranking dos melhores roteiros turísticos do mundo

(Por Arnaldo Silva) Cidade mineira conhecida internacionalmente, com mais de 300 anos, fundada em 1718, preservada e riquíssima em sua cultura, gastronomia, tradições e arquitetura e história colonial.
          Recentemente entrou para o ranking dos melhores roteiros turísticos do mundo, entre 25 escolhidas pela plataforma TripAdivsor. Foi a única cidade brasileira a entrar para essa seletíssima lista. (fotografia acima de César Reis)
          São mais de 3 séculos de história e ao longo desse tempo todo, personagens anônimos e famosos circularam por suas ruas, becos e ruelas com calçamentos em pés de moleque, viveram em seus casarões coloniais, frequentaram suas igrejas históricas, suas tabernas, trilhas tropeiras e participaram de eventos de relevância histórica para o Brasil como a Inconfidência mineira.
          Essa cidade é Tiradentes, hoje com cerca de 7.774 habitantes, segundo Censo do IBGE, situada no Campo das Vertentes, distante 190 km de Belo Horizonte.
          Cidade com ótima estrutura urbana, excelentes pousadas e hotéis, artesanato variado e requintado, festas e festivais gastronômicos e culturais em seu calendário anual.
          A cidade conta com vários bens históricos tombados e bens imateriais reconhecidos, além de belezas naturais espetaculares e a própria beleza da cidade. Todo ano, a cidade recebe entre 250 mil a 300 mil turistas, vindos de todo o Brasil e do mundo.
O roteiro Walkin Tour Becos de Tiradentes
          Conhecida como “Pérola de Minas, a cidade entrou para o seleto ranking dos melhores roteiros do mundo da TripAdvisor, com o roteiro Walking Tour Becos de Tiradentes, classificado como excelente por mais de 600 usuários da plataforma e por isso, qualificado como 5 estrelas. (fotografia acima de César Reis)
          Por sua alta qualificação e pontuação entre os usuários da plataforma, Tiradentes ficou entre os 25 melhores roteiros turísticos do mundo no quesito Traveller´s Choice Best of the Best 2023. Traduzindo para o português: “Melhor dos melhores na escolha do viajante”.
          Ou seja, entre os milhares de usuários TripAdvisor que participaram da votação e escolha, a cidade de Tiradentes está entre as melhores das melhores, através do seu roteiro Walking Tour Becos de Tiradentes que ficou em 1° lugar na categoria “Melhores experiências gerais” no Brasil e em 4° da América do Sul.
           O Walking Tour Becos de Tiradentes é um passeio histórico-cultural-ecológico de 2h30 a pé pelas paisagens, ruas e becos urbanos de Tiradentes. Em 2h30 minutos de caminhada, o turista andará pelos becos e ruas da cidade, conhecerá bosques, igrejas, casarões e a história da cidade. (na foto acima do César Reis, canal no Bosque Mãe D´Água, construído por escravos. A água cai no Chafariz São José e serviu para abastecer a cidade)
Roteiros de peso no ranking
          O roteiro tiradentino premiado entre os melhores roteiros turísticos do mundo foi o único do Brasil entre os 25 escolhidos pela plataforma, que contou com roteiros internacionais de peso entre os 25 eleitos, como a excursão ao Taj Mahal, em Nova Déli, na Índia, o Walking Tour em Florença, na Itália, a excursão ao subterrâneo do Coliseu, em Roma e a visita guiada do museu do Louvre, em Paris, na França. (foto acima de César Reis)
Outros roteiros
          Esse não é o único roteiro turístico de Tiradentes. Tem o “Minas Gerais do Ouro e Barroco”, para os turistas que desejam conhecer os patrimônios históricos da cidade. Tem ainda o roteiro “Desvendando os segredos e riquezas da Estrada Real” e “Mineiridade – Nossa história”. (foto acima de Matheus Freitas/@m.ffotografia)
          Pra quem quer conhecer a riqueza da culinária mineira, Tiradentes é a cidade ideal. Na cidade o turista pode desfrutar da típica cozinha mineira, bem como conhecer as delícias da culinária de Tiradentes. O roteiro ideal para quem quer conhecer a culinária local é a Rota do Queijo. 
          Para quem ama a natureza, tem roteiro também. É a Rota das Águas Verdes, tendo do Rio Elvas, córregos, lagos, poços e cachoeiras. Pra quem gosta de esportes mais radicais, o roteiro é a Rota das Estações com trilhas de bike em grupos pelas belezas naturais da cidade, como por exemplo, a Serra de São José.
          Seja bem-vindo a Tiradentes!

quinta-feira, 29 de junho de 2023

As 10 maiores cidades do Sul de Minas

(Por Arnaldo Silva) O Sul de Minas Gerais é uma região formada por 162 municípios onde vivem 2.897.745 habitantes, segundo dados do Censo Demográfico do IBGE, divulgados em junho de 2023.
          Além do número de habitantes, são cidades que se destacam pelo desenvolvimento de suas economias, tecnologia agroindustrial de ponta, além de boa qualidade de vida e melhor infraestrutura urbana.
          A região em si é um dos maiores PIB´s do Estado de Minas, com altos índices de IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios), por oferecer melhores condições de saúde, saneamento básico, educação em nível fundamental, médio e superior de qualidade e geração de empregos e renda a seus moradores. (na foto acima de Vinícius Montgomery, a cidade de Itajubá MG)
          São cidades com com grande presença industrial de indústrias locais, nacionais e multinacionais, em diversos segmentos comerciais, de prestação de serviços e industriais como metalurgia, siderurgia, mineração, laticínios, eletrodomésticos, indústrias químicas, moveis, calçados, de tecnologia industrial de ponta, etc.
          Além disso, o Sul de Minas é uma região tradicional na produção agrícola, com destaque para o cultivo do café, da batata, do morango, da uva para produção de vinhos e sucos, da pecuária leiteira e corte, dentre outras culturas diversas. (na foto acima de Luís Leite, dia de colheita de batatas)
          Outro fator importante que gera emprego e renda nas cidades sulistas é o turismo. Isso porque as cidades do Sul de Minas tem por natureza própria, forte vocação para o turismo, seja religioso, de aventuras, gastronômico, ecológico, cultural, de passeios ou de negócios.
          Isso devido a Mata Atlântica, a Serra da Mantiqueira, centenas de cachoeiras, represas e estâncias climáticas e minerais diversas, que desde o século XIX, atraem turistas de todo o mundo que vem à região em busca das propriedades medicinais de suas fontes de águas minerais, sulfurosas, termais e radioativas. (na foto acima de Luís Leite, Poços de Caldas MG)
          Sem contar a história da região, que começou no século XVII com a chegada das Bandeiras Paulistas e dos imigrantes italianos, alemães, letões, franceses, dinamarqueses, poloneses, japoneses e outros povos que vieram para a região no final do século XIX e início do século XX. Esses povos deixaram um grande legado na história, arquitetura e desenvolvimento agroindustrial da região.
Extrema: cidade diferenciada
          Nos últimos anos, a cidade de Extrema vem experimentando um crescimento e desenvolvimento econômico e industrial , visível aos olhos de todos. Tanto é que o censo demográfico do IBGE de 2022 confirmou o que era notório. 
          Extrema é a cidade que mais cresce e mais se desenvolve, não só em Minas Gerais, mas no Brasil. O município ficou na 12° posição no ranking nacional das cidades que mais crescem no país.
            Segundo o Censo 2022 do IBGE, Extrema saltou da 19ª posição entre as maiores cidades do Sul de Minas, no último Censo, em 2010 para a 11° posição. Nessa época a cidade contava com 28.599 moradores. Hoje está na 11° posição, com 53.482 habitantes. Ou seja, um crescimento de 87% de 2010 até 2022. São 24.883 novos habitantes a mais, em relação ao Censo anterior. (na foto acima do Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta, vista parcial de Extrema MG)
          Não apenas isso, Extrema é atualmente a cidade com o maior PIB do Sul de Minas e é a campeã em geração de empregos e investimentos industriais em Minas Gerais.
          Seguindo essa tendência, a 11° posição atual de Extrema é por pouco tempo. Em breve estará entre as maiores do Sul de Minas e entre as maiores cidades de Minas Gerais.
Lista dos 10 maiores municípios do Sul de Minas
1° Poços de Caldas – 163.742 habitantes
          Estância hidromineral, turística e polo industrial, a cidade de Poços de Caldas é o maior município do Sul de Minas. É ainda o 15° município mais populoso do Estado. (foto acima de Luís Leite)
          Poços de Caldas está a 461 km distante de Belo Horizonte e faz limite territorial com Águas da Prata; Andradas; Bandeira do Sul; Botelhos; Caconde; Caldas; Campestre; Divinolândia, São Sebastião da Grama e Águas da Prata em São Paulo.
2° Pouso Alegre – 152.212 habitantes
          Polo industrial desenvolvido e destaque no cultivo do morango, a cidade de Pouso Alegre está a 373 km distante de Belo Horizonte e faz limites com Congonhal, São Sebastião da Bela Vista, Silvianópolis, Espírito Santo do Dourado, Borda da Mata, Estiva, Cachoeira de Minas e Santa Rita do Sapucaí. (foto acima de Fernando Campanella)
3° Varginha – 136.467 habitantes
          Cidade polo industrial e turística, se destaca ainda na agricultura, em especial no cultivo de café. A cidade de Varginha faz está a 320 km de Belo Horizonte e faz limites com Três Corações, Elói Mendes, Monsenhor Paulo, Três Pontas, Carmo da Cachoeira. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
4° Passos – 111.939 habitantes
          Polo econômico industrial, a cidade de Passos está a 352 km distante de Belo Horizonte. Faz limites com Delfinópolis, Cássia, São João Batista do Glória, Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, Jacuí, Itaú de Minas, Fortaleza de Minas. (na foto acima de William Cândido, noturna de Passos MG)
5° Lavras – 104.761 habitantes
          Polo industrial e universitário, a cidade de Lavras está a 237 km da capital e faz limite com Carmo da Cachoeira, Perdões, Nepomuceno, Ribeirão Vermelho, Ijaci, Itumirim e Ingaí. (foto acima do Rogério Salgado)
6° Itajubá MG – 93.073 habitantes
          Cidade Universitária e polo industrial, Itajubá está distante 445 km da capital e faz limites com São José do Alegre, Maria da Fé, Wenceslau Braz, Piranguçu, Piranguinho e Delfim Moreira. (na foto acima de Vinícius Montegomery, vista noturna parcial de Itajubá MG)
7° Alfenas – 78.970 habitantes
          Cidade Universitária, Alfenas está a 335 km da capital e faz limites com Serrania, Divisa Nova, Machado, Areado, Paraguaçu, Campos Gerais, Fama, Carmo do Rio Claro, Alterosa, Campo do Meio. (na foto acima do Bosco Azevedo, noturna de Alfenas)
8° Três Corações – 75.485 habitantes
          Cidade com grande participação na economia mineira, grande produtora de leite e gado de corte, se destaca ainda no cultivo de milho, café e produção de vinhos finos. Três Corações está a 287 km de Belo Horizonte e faz limites com Carmo da Cachoeira, Varginha, Conceição do Rio Verde, Cambuquira, São Bento Abade, São Tomé das Letras, Campanha e Monsenhor Paulo. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
9° São Sebastião do Paraíso – 71.796 habitantes
          Polo industrial com destaque para os setores de material cirúrgico, calçadista, confecções e industrialização de azeite e cosméticos de abacate, dentre outros segmentos, São Sebastião do Paraíso está a 400 km distante da capital e faz limites territoriais com São Tomás de Aquino, Capetinga, Pratápolis, Fortaleza de Minas, Jacuí, Monte Santo de Minas, Itamogi, Santo Antônio da Alegria (SP), Altinópolis (SP) e Patrocínio Paulista (SP) (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, a Matriz da cidade)
10° Três Pontas – 55.259 habitantes
          A décima maior cidade do Sul de Minas é também uma das 10 maiores produtoras de renda agrícola no Estado de Minas Gerais graças ao cultivo do café, sua principal riqueza, além da agricultura em geral e pequenas e médias indústrias locais. (na foto acima da Cristina Pimenta Krauss, fim de tarde em Três Pontas MG)
          Três Pontas está a 297 km de Belo Horizonte e faz limites com Santana da Vargem, Varginha, Carmo da Cachoeira, Campos Gerais, Nepomuceno, Elói Mendes e Paraguaçu.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Queijo Cabacinha é patrimônio cultural e imaterial de Minas

(Por Arnaldo Silva) Com origem no Vale do Jequitinhonha, o Queijo Cabacinha é um tipo de queijo mineiro feito a partir do leite cru, coalho, sal e fermento lácteo, por fim, amarrado e pendurado em varal para secar, naturalmente. 
          Tem esse nome devido o molde em formato do fruto da cabaceira, a popular cabaça. Esse molde é feito com as mãos na massa, literalmente, moldando a massa com as mãos até ficar com formato de cabaça. (Fotografia acima de Sila Moura)
          Minas Gerais tem tradição queijeira desde suas origens, o Queijo Cabacinha está presente na tradição queijeira mineira. O Cabacinha é uma principais identidades gastronômicas do Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mineiras de maior representatividade gastronômica e cultural em Minas Gerais.
          O Queijo Cabacinha é tradicionalmente produzido por pequenos agricultores nos municípios de Pedra Azul, Medina, Itaobim, Comercinho, Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma, Ponto dos Volantes e Cachoeira do Pajeú.
          Esses municípios do Vale do Jequitinhonha, formam a região queijeira produtora do Queijo Cabacinha, reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com base na caracterização feita em 2014 pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
Reconhecimento oficial
          Por ser um produto regional, tradicional e secular, os saberes e sabores seculares do Queijo Cabacinha, tornou-se Patrimônio Cultural e Imaterial de Minas Gerais, através de Projeto de Lei 2573/21, de autoria do deputado Dr. Jean Freire. (na foto acima do Sávio Ferraz, queijos do produtor Leonídio Grapiuna de Joaíma MG)
          O Projeto de Lei foi aprovado em dois turnos pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em junho de 2023. O próximo passo é a formalização da Lei, através de sanção do governador do Estado.
          O reconhecimento do Queijo Cabacinha como patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais, popularizará o queijo em todas as regiões mineiras. Com isso os produtores do Vale do Jequitinhonha poderão aumentar a produção do queijo que consequentemente, gerará mais empregos e renda. Com isso os mineiros terão mais uma opção de queijos na mesa, já que até então, a venda do Queijo Cabacinha é mais restrita ao Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas e Vale do Mucuri, principalmente na beira de estradas.
           Como patrimônio cultural e imaterial do estado, poderá se popularizar e chegar às outras regiões mineiras e inclusive para outros estados, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico dos municípios da região queijeira.
          Além disso contribuirá para melhorar ainda mais a qualidade na produção do queijo pelos laticínios locais e ainda preservará a tradição secular dos sabores e saberes do Queijo Cabacinha do Vale do Jequitinhonha.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Itapecerica: cidade histórica e berço do Centro-Oeste Mineiro

(Por Arnaldo Silva) Itapecerica é uma acolhedora e charmosa cidade histórica mineira. Situado na Região Oeste de Minas, o município conta com cerca de 22 mil habitantes está a 180 km de Belo Horizonte, nos limites entre os municípios de Camacho, Carmo da Mata, Cláudio, Formiga, Pedra do Indaiá, São Francisco de Paula e São Sebastião do Oeste. O acesso para o município é pela MG-164 e MG-260.
          Cidade tranquila, povo hospitaleiro e trabalhador, conta com uma boa estrutura urbana, um bom setor de prestação de serviços, comércio variado, inclusive com lojas de artesanato, pousadas e hotéis aconchegantes e restaurantes com pratos típicos. (fotos acima de Jad Vilela)
          
Sua economia tem como base a pequena e média indústria, em especial, a calçadista, seguindo pela setor, o segundo setor que mais gera empregos na cidade, a agropecuária, o comércio local e o turismo.
Origem
          A história de Itapecerica começa a partir de 1696, no século XVII, quando chega à região do Vale do Itapecerica o bandeirante Lourenço Castanho de Taques, em busca de metais preciosos. Várias bandeiras e garimpeiros começaram a chegar ao território mineiro de ponta a ponta no final do século XVII. (foto acima de Wilson Fortunato)
          A bandeira de Lourenço Castanho de Taques, deixou a região da Vila de São José, atual Tiradentes MG, rumo a Capitania de Goiás, com o mesmo objetivo. Entre caminhos abertos por indígenas, chamados de picadas ou abrindo outras picadas na mata e muita caminhada, paravam no que é hoje o Centro-Oeste mineiro, para descanso. 
          Em um desses lugares de parada de bandeirantes e garimpeiros, originou-se Itapecerica, quando outro bandeirante, Feliciano Cardoso de Camargo, resolveu fixar-se nesta região, já que encontraram minas de ouro nas redondezas de Tiradentes e São João Del Rei.
          De ponto de parada de bandeirantes, tropeiros e garimpeiros no início do século XVIII, tornou-se arraial em 1744 com o nome de São Bento. Em 20 de novembro 1789 o arraial foi elevado a vila pelo Visconde de Barbacena, governador de Minas Gerais nesta época. Essa data é reconhecida como o dia e ano da fundação da cidade.
          Em 4 de outubro de 1862 a vila é elevada a município com o nome de São Bento do Tamanduá, mas no mesmo ano, o nome é mudado para Itapecerica, nome Tupi-guarani que significa “Pedra Lisa e Escorregadia”.
Berço cultural do Centro-Oeste Mineiro
          Itapecerica é uma das mais belas e uma das mais bem preservadas cidades históricas de Minas Gerais.
          Em suas ruas, fazendas centenárias, igrejas e casarões, estão um pouco da história de Minas, bem como a cultura, religiosidade e gastronomia mineira, presentes no Festival de Inverno e Festival da Gastronomia Rural, dois eventos de grande importância na região. (na foto acima de Mardem Mendonça, o Festival de Gastronomia Rural de 2023)
          Tem ainda a Feira de Artesanato João Faísca, realizada aos sábados na Praça do Coreto e as festas religiosas e folclóricas como o Reinado e Folia de Reis, evidenciando o valor que a cidade dá à tradição, religiosidade, cultura e artesanato local. (na foto acima a Praça do Coreto. Arquivo Prefeitura Municipal/@divulgação)
          Além disso, tem as apresentações da Lyra Santa Cecília, fundada em 1908.
          Logo nas duas entradas da cidade, pela MG-260 e MG 164, percebe-se porque Itapecerica é considerada o berço cultural do Centro-Oeste de Minas.
          Na entrada BR-494, antes da entrada para MG-260 está Gonçalves Ferreira. Embora hoje com poucos moradores, o pequeno povoado faz parte da história da cidade. Nesse povoado estão as ruínas da estação ferroviária e a da Capela de Nossa Senhora das Mercês.
A Aldeia Pataxó Muã Mimatxi
          Já entrando na MG-260, no distrito de Lamounier, nas proximidades da cidade está a Aldeia Indígena Pataxó Muã Mimatxi, na Fazenda Modelo, numa área de reserva demarcada em 2006. Vivem na aldeia Pataxó, cerca de 60 indígenas originários do Sul da Bahia.
          
Na comunidade, os Pataxós Muã Mimatxi preservam sua ancestralidade, pintando o corpo com pigmentos que eles próprios fazem, dançam, tocam instrumentos musicais, revivem suas festas típicas e mantêm seus costumes. Vivem da agricultura de subsistência e do artesanato. (na foto acima, ladeado por indígenas Pataxós, o prefeitura de Itapecerica, Wirley Rodrigues Reis)
          Visitar a aldeia é conhecer a cultura e história dos povos indígenas na região, bem como seus usos e costumes, em especial o artesanato que é riquíssimo.
Entrando na cidade
          
Após a Aldeia dos Pataxós Muã Mimatxi, vê-se o letreiro “Eu Amo Itapecerica””. Pronto, já está na cidade, agora é andar pelas ruas históricas e conhecer Itapecerica por dentro bem como a vocação secular de seu povo na arte da cutelaria, marcenaria, além dos mestres cervejeiros, das famosas quitandeiras, artesãos e luthiers que fabricam instrumentos musicais de corda e acordeons. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          Quem vem pela MG-164 tem como primeira opção conhecer a primeira igreja da cidade, a Igreja de São Francisco da Ordem Terceira de Santo Antônio. Iniciada em 1790, no século XVIII, foi concluída em 1801, já no século XIX. (fotografia acima de Jad Vilela)
          A igreja em estilo barroco e ornamentação em estilo rococó, tem como principal atração a imagem do Senhor Morto, esculpida em Portugal, totalmente em madeira. 
Arquitetura colonial urbana
          
É no centro da cidade que estão os principais casarões, chafariz, coreto, igrejas, escolas, hotéis e restaurantes da cidade. Ao andar pelas ruas e praças da cidade, perceberá um zelo enorme de seus moradores para com o seu patrimônio.
          Cidade limpa, casario preservado e muito bem cuidado, praças bem cuidadas, monumentos e prédios públicos belíssimos e muito bem conservados. (fotografia acima de Jad Vilela)
          A Praça do Coreto é o ponto inicial para conhecer um pouco da história de Itapecerica. É nessa praça que acontece os principais eventos sociais, culturais e religiosos da cidade como carnaval, festivais e outras festas tradicionais. (foto acima do Festival de Gastronomia Rural de 2022- Arquivo Prefeitura Municipal)
          É uma praça muito bem cuidada, bem preservada, com jardins bem cuidados, bancos, fontes luminosas e toda a beleza do centro da cidade em seu entorno.
           Saindo da Praça do Coreto, na subida da Rua Cônego Cesário, temos um belíssimo chafariz e belos casarões coloniais muito bem conservados nas proximidades. (fotografia acima de Jad Vilela)
          A imponente e belíssima Matriz de São Bento, iniciada em 1825 e concluída em 1912, é outro ponto obrigatório para se conhecer, principalmente em seu interior com belíssimas talhas e entalhes em estilo rococó em seus altares e pinturas. (fotografia acima Prodlik Imagens - Prefeitura Municipal/Divulgação)
          No altar-mor, está a imagem em madeira de São Bento esculpida em Portugal entre 1750 e 1755. Na praça da Matriz, também chamada de Praça São Bento, arborizada, aprazível e bem cuidada, pode se conhecer a Biblioteca Municipal e outros casarões coloniais.
          Na rua em frente a Matriz, tem a Igreja de Nossa Senhora das Mercês ou Igrejinha das Mercês, como é chamada. Foi construída no século XIX, embora não tenha data precisa de sua construção. Seu estilo segue os padrões do início do século XIX, bem como suas talhas e ornamentações internas. Em seu altar-mor encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Bom Parto. (foto acima arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação)
          Saindo da Praça São Bento, no sentido Praça do Coreto, encontramos a Rua Juscelino Kubitschek. Nesta rua e em suas proximidades, está o belo prédio histórico da Câmara de Vereadores e outros belos sobrados, casarões coloniais. 
          Nas proximidades desta rua encontramos uma pequena e bela praça e à sua frente, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, com seu altar em estilo rococó, com talhas em madeira bem trabalhadas. (fotografia acima de Wilson Fortunato)
          Esta igreja é datada de 1819, mas sofreu drásticas modificações em sua fachada no início do século XX, perdendo com isso seu estilo barroco original, embora seu interior tenha sido preservado de modificações drásticas. As festas do Reinado acontece na praça em frente a igreja.
          Em frente a Câmara Municipal temos a Praça Alexandre Szundy e outras belas construções nas proximidades, como por exemplo o Casarão do Elpídio Couto, conhecido como Casarão da Mita, onde atualmente funciona uma loja. É um imponente casarão em dois pavimentos. Foi construído entre 1910 e 1915. (fotografia acima de Wilson Fortunato)
          Andando pelas ruas da cidade encontrará outras casas, casarões e sobrados coloniais, bem como pequenas capelas, como a Capela do Passo de Santa Rita, próximo a Rua Cônego Domiciano, o Casarão da Cooperativa, construído em 1905, a Praça Melo Vianna, hoje Praça Dom José Medeiros Leite, construída em 1936, dentre outros atrativos históricos como a sede da Prefeitura (na foto acima arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação e na foto abaixo do Elpídio Justino de Andrade, o prédio da Câmara Municipal)
Fazendas centenárias e belezas naturais
          Para os amantes da natureza, em Itapecerica nasce o rio Itapecerica. Nasce no Morro do Calado, com o nome de Rio Vermelho. Descendo o relevo montanhoso do município, recebe as águas dos rios Gama e Santo Antônio. Em seu trecho por Itapecerica, encontramos cascatas e cachoeiras como a Pouso Alegre e Olga que formam poços propícios para banhos.
          
Nas proximidades do Rio Itapecerica encontra-se fazendas coloniais e hotéis fazendas como como a Pousada Caixa D´Água, a Fazenda Capetinga e Fazenda Palestina ( na fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          Além disso, em Itapecerica tem o Mirante da Pedra, com vista de 360 graus para vales e serras da região. Á noite, é possível ver as luzes das cidades vizinhas. Tanto à noite como durante o dia, a vista é maravilhosa.
          Itapecerica faz parte da história, cultura, religiosidade e gastronomia mineira. (foto acima arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação, Festa do Reinado de N. S. do Rosário)
          Vale a pena conhecer, vale a pena visitar Itapecerica.

domingo, 18 de junho de 2023

Sotaque mineiro é o mais charmoso e atraente do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Que o sotaque mineiro é o mais atraente, cativante, charmoso e gostoso de ouvir do Brasil, isso é fato que todo mineiro sabe, mas agora, foi confirmado. Pesquisa realizada pela Preply confirma isso. E mais ainda, coloca o sotaque mineiro entre os mais inconfundíveis e desejado em falar do Brasil.
          A Preply é um aplicativo de aprendizado de idiomas e plataforma de e-learming. São mais de 50 idiomas ensinados com mais de 140 mil instrutores de 203 países. A sede é na capital da Ucrânia, Kiev. A empresa tem ainda escritório em Barcelona, na Espanha. (na foto acima de César Reis, uma casa em Tiradentes MG)
          Para elaborar o ranking a plataforma entrevistou 700 brasileiros de todas as regiões do país.
          Numa pontuação de 1 a 10, a empresa divulgou o ranking dos 8 sotaques mais votados nos 4 quesitos pesquisados: Charme, cativante, inconfundível e o mais desejado.
          Os entrevistados apontaram o sotaque mineiro o mais charmoso e cativante do Brasil, levando nota máxima, dez. Já o sotaque fluminense e mineiro foram apontados pela maioria dos entrevistados na pesquisa como o sotaque mais desejado em falar e o mais inconfundível. (na foto acima de Nacip Gômez, Conceição do Mato Dentro MG)
          Na avaliação da Preply, o jeito cantado de falar do sotaque montanhês (mineiro), bem como a tradição de usar palavras diminutivas contribui para tornar o jeito de falar dos mineiros charmoso, desejado, inconfundível e cativante.
A lista dos sotaques mais charmosos do Brasil:
Posição              Sotaque              Pontuação

                     Mineiro                  10
                     Baiano                    8.6
                     Fluminense            8.3
                     Gaúcho                   7.4
                     Paulista                  6.2
                     Pernambucano      5.2
                      Catarinense            4.8
                     Cearense                4.5
A lista dos sotaques mais cativantes do Brasil:
Posição                Sotaque             Pontuação

                         Mineiro                 10
                         Baiano                   8.5
                         Cearense               5.2
                         Fluminense           5
                         Pernambucano     4.3
                         Gaúcho                  3.8
                         Catarinense           3.4
                         Paulista                 3.1
          Em termos de sotaque inconfundível, o sotaque fluminense foi o mais pontuado, seguido pelo sotaque baiano e mineiro.
A lista dos sotaques mais inconfundíveis do Brasil
Posição                 Sotaque             Pontuação

                          Fluminense         10
                          Baiano                  8.8
                          Mineiro                 7.4
                         Gaúcho                 6.9
                         Paulista                5.8
                         Cearense              4.2
                         Pernambucano    3.4
                         Catarinense          2.6
          No quesito sotaque mais desejado, aquele sotaque que todos sonham em falar um dia, se pudessem escolher, o sotaque fluminense levou a primeira colocação, seguido pelo sotaque mineiro e gaúcho. (foto acima de César Reis em Tiradentes MG)
A lista completa dos sotaques dos sonhos
Posição             Sotaque                     Pontuação

                      Fluminense                 10
                      Mineiro                        9.8
                      Gaúcho                        8
                      Baiano                         7.3
                      Catarinense                5.5
                      Paulista                       5.4
                      Pernambucano           3.3
                      Cearense                     2.2
Fonte das informações: Pesquisa da Preply

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Santo Antônio do Rio Abaixo: cidade turística e histórica

(Por Arnaldo Silva) Santo Antônio do Rio Abaixo é uma é uma típica cidade mineira, charmosa, turística e repleta de belezas naturais. Entre morros e serras, a pequena e acanhada cidade interiorana mineira., guarda um pouco da época do Ciclo do Ouro em sua história. Conta apenas com 1.756 habitantes, segundo o IBGE em 2021. Seu povo é de um coração enorme, caloroso e acolhedor. (na foto abaixo do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, ponte secular sobre o Rio Santo Antônio e a cidade ao fundo.
Onde fica?
          O município faz parte da Bacia do Rio Doce e limita-se com Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar e São Sebastião do Rio Preto e está a 190 km de Belo Horizonte, com acesso pela MG-010, BR-381 e BR-120, na Região Central Mineira. 
          A cidade carrega o nome do Rio Santo Antônio, que banha a cidade. O acréscimo de “rio abaixo” é para diferenciar de Santo Antônio do Rio Acima. (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
Como começou?
          A história de Santo Antônio do Rio Abaixo começa antes do Ciclo do Ouro, em 1695, com a chegada à região das Borba Gato. Encontraram ouro em abundância no Rio Santo Antônio, dando origem assim o povoamento da região por onde passava o rio. Duarte e Alvarenga, duas famílias bandeirantes portugueses, fixaram-se na região, às margens do Rio Santo Antônio, dando origem assim a formação do povoado que é hoje a cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo. 
          Em 1787 o povoado contava com cerca de 400 habitantes. Em 1788 deu-se início a construção da Igreja de Santo Antônio. Foi elevado a vila e distrito subordinado a Conceição do Mato Dentro em 1875 e finalmente emancipado em 30 de dezembro de 1962.
O que fazer em Santo Antônio do Rio Abaixo?
          As águas do Rio Santo Antônio com suas cachoeiras, como do Cristal, Chuvisco e da Bahia, além das praias fluviais formadas pelo rio, são atrativos do município, bem como a matas nativas do Cerrado e de Mata Atlântica, serras e morros, como a Serra do Cristal.
          As águas do Rio Santo Antônio formam poços propícios para banhos como o Poço do Limão, um dos mais frequentados e as praias fluviais do Tabuleiro e dos Vieira, lugares que atraem grande número de moradores e visitantes, principalmente no verão. (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a Praia do Limão)
          Além disso, tem o Balneário Benedito Martins Leite, um dos principais atrativos, não só da cidade, mas da região. É uma praia fluvial com ótima estrutura com área de camping, banheiro, água e luz, além de matas nativas, ciliares e grutas submersas. Um lugar imperdível! (na foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Já no perímetro urbano, a Matriz de Santo Antônio é um dos principais atrativos e por onde iniciou a história da cidade. 
          Em estilo colonial, é um dos mais belos exemplares da arte barroca de Minas Gerais do século XVIII e XIX. (a Matriz, na foto acima e abaixo do Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Outro atrativo de grande impacto e beleza arquitetônica é a ponte sobre o Rio Santo Antônio, construída no início do século XX, um dos cartões-postais da cidade que mostra a beleza da arquitetura eclética e clássica do início do século passado.
          Além disso, o visitante tem ainda como atrativos a Praça Alcino Quintão, Praça Joaquim Coelho de Souza, a beleza do artesanato local e várias fazendas seculares e preservadas (na foto acima, de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, uma das várias fazendas do município).
          Santo Antônio do Rio Abaixo é uma cidade bem estruturada, calma, povo tranquilo, com boa estrutura urbana. Conta com aconchegantes hotéis e pousadas, além de restaurantes com comidas típicas e quitandas tradicionais mineiras e cachaça. Seu pequeno comércio é familiar e variado. (foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, algumas quitandas da cidade)
          É uma típica cidade interiorana mineira do século XVIII que sobreviveu à modernidade, preservando suas tradições religiosas, folclóricas e parte de sua história arquitetônica.

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