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quinta-feira, 28 de abril de 2022

A região queijeira Serra do Salitre

(Por Arnaldo Silva) Serra do Salitre é um município do Alto Paranaíba, com cerca de 12 mil habitantes, atualmente. Faz divisa com Patos de Minas, Cruzeiro da Fortaleza, Patrocínio, Ibiá, Rio Paranaíba, Carmo do Paranaíba e Perdizes. Está a 368 km distante da capital, Belo Horizonte, na Região do Alto Paranaíba.
          Em Serra do Salitre se produz queijo desde o início do século XIX, tradição há mais de 200 anos. Queijo especial, feito até os dias de hoje, como há mais de 2 séculos. É totalmente artesanal.
Cidade região queijeira
          No dia 29 de agosto de 2014, Serra do Salitre foi reconhecida pelo Governo de Minas e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), como região queijeira produtora de Queijo Minas Artesanal. Antes, Serra do Salitre fazia parte da região queijeira Cerrado, deixando de fazer parte dessa região queijeira, para ser uma região própria.
          A pequena cidade é uma das mais tradicionais regiões queijeiras mineiras e o único município que sozinho, forma uma região queijeira. Ao contrário da região queijeira do Serro, formada por 10 municípios e Araxá, por 11 municípios, por exemplos. (na fotografia acima de Emílio Mendes/@pe.emiliomendes, a Paróquia de São Sebastião em Serra do Salitre)
          Nessas duas cidades, as características de seus queijos são similares às cidades que compõem a região, por isso os queijos carregam o nome da cidade que deu origem ao tipo de queijo, receita e modo de preparo artesanal.
          No caso, Araxá é um tipo de queijo, Serro, também, como o queijo de Serra do Salitre, é um tipo de queijo, que carrega no rótulo o nome da cidade, que caracteriza sua origem. 
           Na região e cidades vizinhas, não há nenhuma que produza queijos com as mesmas características de Serra do Salitre. Aliás, em lugar alguém do mundo. 
Clima, salitre e a flora bacteriana
          Uma região queijeira formada por um único um único município por produzir um queijo único, com características totalmente diferentes dos queijos brasileiros atuais. (na foto acima o queijo Imperial da Fazenda Pavão/Divulgação)
          Isso devido as condições climáticas, altitude e solo favoráveis, além da alta concentração de nitrato de potássio, conhecido como Salitre no solo. É justamente esse mineral que brota nas serras da região que deu nome à cidade. Esse mineral é usado como matéria-prima pela indústria de fertilizantes e pólvora.
          Essas condições climáticas peculiares, faz com que a flora bacteriana lácteas presentes em Serra do Salitre, seja única e bastante diversificada. Em nenhum outro lugar do planeta, encontra-se uma flora bacteriana igual à encontrada em Serra do Salitre.
          Cada bactéria láctea presente no leite se forma e age de acordo com a pastagem, capim, água, altitude e condições de proliferação. O solo mineiro facilita o surgimento e proliferação de uma imensa flora bacteriana, fungos e ácaros benéficos aos queijos. Por esse motivo os queijos artesanais de Minas Gerais estão entre os melhores queijos do mundo.
          São as bactérias lácteas que dão cor, sabor, textura, sabor e característica de um queijo, além dos fungos e ácaros naturais. Esses microrganismos vivos tornam os queijos de Serra do Salitre únicos no mundo, e seus queijos, exclusivos. Por esse motivo, o município de Serra do Salitre, por si só, é uma região queijeira caracterizada.
Características
          O queijo produzido nas queijarias de Serra do Salitre é cremoso e de sabor suave, quando fresco. Com a maturação, tanto o sabor, quanto sua cremosidade, se intensificam ao longo do processo. Isso ocorre com os queijos meia-cura e curado. Quanto mais tempo de maturação, mais intenso é o sabor desse queijo, além de surgirem as famosas olhaduras, como na foto acima, de queijo da Fazenda Pavão.
Fazenda Pavão
          Outro tipo de queijo produzido em Serra do Salitre é o Imperial, destaque da centenária Fazenda Pavão, do produtor João Melo. O produtor herdou a tradição de fazer queijos de seus antepassados, presente na família há quatro gerações.
          Mesmo oriundo de uma família queijeira, João Melo buscou aperfeiçoar seus conhecimentos e também os transmitir, viajando pelo Brasil e por países de tradição queijeira, como Itália. (foto acima, queijos da Fazenda Pavão/Divulgação)
          Os queijos da Fazenda Pavão têm sua casca envolvida em resina comestível, na cor amarela, preta e vermelha. Na fazenda é produzido, além dos queijos com resina e o Imperial, queijos com temperos e ervas.
          Conheça Serra do Salitre, suas tradições, sua cultura, sua arquitetura e claro, seus queijos únicos e sua gastronomia típica riquíssima.

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