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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O Caxambu, Padre Pinto e a Família Alcântara

(Por Arnaldo Silva) É distrito do município de Rio Piracicaba, no Médio Piracicaba, distante 127 km de Belo Horizonte. O distrito conta com cerca de 1500 moradores e está a 5 km da BR-381, a 14 km do centro de Rio Piracicaba. O distrito conta com uma boa estrutura urbana com um pequeno comércio, escola, Unidade Básica de Saúde e outros benefícios.
          É um lugar simples, pacato, sossegado, com povo acolhedor e bastante hospitaleiro, que se orgulha de sua comunidade, de preservar suas festas e tradições seculares, além de darem muito valor à memória de seus antepassados, principalmente os de origem africana. O distrito tem raízes históricas no tempo da Mineração e Escravidão. (fotografia acima do Duva Brunelli)
          Durante o ano ocorrem eventos populares, folclóricos e religiosos em Padre Pinto, com destaque para a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a tradicional Congada e a escola dos Reis e Rainhas Congo, além da Rainha e o Rei Festeiro. É um das mais fortes e rica tradições mineiras. Tanto reis, rainhas e festeiros são escolhidos pela comunidade a cada ano, preservando com isso tradição tricentenária do Reinado de Nossa Senhora do Rosário em Minas Gerais.
          Além disso, no mês de maio, acontece a tradicional Festa do Boi Fogueira, uma tradicional festa folclórica com danças e cantigas de roda, concursos de marchas, a Cavalgada de Caxambu de Padre Pinto a Piracicaba MG tradicionalmente entre maio e junho, muita música e comidas típicas durante esses eventos.
De Caxambu para Padre Pinto
          Seu nome de origem era Caxambu, passando a se chamar Padre pinto, em homenagem ao padre Manoel Fernandes Pinto Coelho, a partir de 8 de agosto de 1927. Mesmo alterando o nome, Caxambu é o nome mais popular, devido existir no distrito a Comunidade Quilombola Caxambu.
Uma típica vila mineira
          Uma charmosa vila, com um casario antigo em estilo colonial, eclético e moderno, povo simples, acolhedor e de fé. Além de igreja católica, construída em 1911, em Padre Pinto existem duas igrejas evangélicas. Seus moradores vivem da agricultura familiar e pequenos comércios. (foto acima de Duva Brunelli)
          Sua antiga usina elétrica é hoje patrimônio tombado de Rio Piracicaba. Além disso, Padre Pinto é um dos distritos de grande importância cultural para a cidade por sua história e tradições populares, oriundas do tempo da Escravidão no Brasil.
          Por sua origem africana, a comunidade Caxambu, em Padre Pinto é área reconhecida pela Fundação Palmares como comunidade Quilombola. O Quilombo de Caxambu, que significa, na língua africana que para alguns historiadores a junção dos vocábulos cacha (tambor) e mumbu (música). Mas há outros historiadores que afirmaram que seu significado seria a junção dos vocábulos de caa (mato), xa (ver), umbu riacho, sendo então mato que vê o riacho.
A família Alcântara de Caxambu
          É em Caxambu (Padre Pinto) que vive a Família Alcântara, que forma o coral Família Alcântara. Fundado há mais de meio século, o coral já está na quarta geração da família.
          A Família Alcântara, bem como todos que vivem no Quilombo, é formada por descendentes de escravos trazidos de Angola, por volta de 1760 para trabalharem nas fazendas da região.
          A história da Família Alcântara, bem como o coral é conhecida e reconhecida em Minas, no Brasil e também no mundo. O coral tem discos gravados, já fizeram várias apresentações em várias cidades e festivais e também em programas de TVs, entre eles do programa de Jô Soares, na Rede Globo, além de terem sido tema de documentário produzido e exibido pela TV Rede Minas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

A tradicional vila de Lourenço Velho

(Por Arnaldo Silva) Lourenço Velho é distrito de Itajubá MG, Sul de Minas. O povoado com origens no início no século XX foi elevado a essa categoria em 27/11/1948. Tem esse nome devido o rio homônimo que passa por entre o distrito. Faz limite territorial com Maria da Fé ao norte, com o distrito de Pintos Negreiros de Maria da Fé MG ao nordeste e Barra, distrito de Delfim Moreira ao sudeste. De Itajubá a Lourenço Velho são 18 km, por estrada de terra, a partir da MGC-383, rodovia que liga Itajubá a Maria da Fé.
          A sede do distrito é o bairro de Rio Manso. Por esse motivo, Lourenço Velho é mais conhecido por Rio Manso. Além desse bairro, o distrito de Lourenço Velho é formado ainda pelos bairros de Cachoeira Grande, Cachoeirinha, Ambrósios, Sabará, Peões, Goiabal, Peroba e Porto Velho. Ao todo, são cerca de 1250 moradores em todo o distrito de Lourenço Velho. (Fotos acima de Vinícius Montgomery)
           O maior e mais tradicional bairro de Lourenço Velho, ão José do Rio Manso ou simplesmente Rio Manso, tem origens na década de 1930. É formado por um charmoso casario, ruas pavimentadas, igreja, cemitério, pracinha, escola, cartório de registro civil, uma Unidade Básica de Saúde, pousada,
botecos e vendas. (fotografia acima de Vinícius Montgomery)
          No bairro do Rio Manso há ainda um cemitério administrado pela Igreja de São José, um cartório de registro civil e uma Unidade Básica de Saúde. Além disso, a 3 km de Rio Manso está o casarão da Fazenda da Figueira, construído há mais de 250 anos. É a mais antiga construção de Itajubá. A fazenda fica a 3 km de Rio Manso. Nas proximidades da Fazenda da Figueira estão as ruínas de outra fazenda que pertenceu aos avós do cientista Vital Brazil. 
Lugar tranquilo e bem estruturado
          Lugar tranquilo, casario charmoso, rodeado por belezas naturais de Mata Atlântica é também dotado de boa estrutura, atendendo bem aos moradores de todos os bairros do distrito. Conta com escola de ensino fundamental, linha de ônibus até Itajubá, farmácia, posto de saúde, pequeno comércio com bares, mercearias e vendas de necessidades básicas que atende bem aos moradores de todo o distrito. Demais necessidades como hospitais, escolas de ensino médio, os moradores se deslocam até Itajubá. (fotografia acima de Vinícius Montgomery)
          Lourenço Velho é um distrito de grande extensão territorial. A distância entre os bairros da sede, que é o bairro Rio Manso é muito grande. Isso dificulta um pouco o contato entre todos os moradores de Lourenço Velho. (fotografia acima de Vinícius Montgomery)
Por ser um distrito rural, a base de sua economia é a pecuária leiteira, de corte, agricultura familiar e monocultura, como o cultivo da banana.
Grande potencial turístico
          As belezas naturais da Mantiqueira, bem como a simpatia e hospitalidade de seus moradores, vem atraindo cada vez mais visitantes para a região. Lourenço Velho vem se tornando um importante e crescente ponto turístico regional devido sua proximidade com vários córregos, nascentes, ribeirões, rios, corredeiras e cachoeiras. (fotografia acima e abaixo de Vinícius Montgomery)
          Além disso, Lourenço Velho conta com um relevo bastante acidentado que vai de 858 metros a 1893 metros de altitude, acima do nível do mar. 
          Com diferentes altitudes, encontra-se no distrito, picos que oferecem ampla vista para os vales e chapadões da Serra da Mantiqueira, como exemplo a Pedra de Santa Rita, entre os bairros de Rio Manso e Peroba, com altitude de 1893 metros, a maior de Itajubá, além do bairro Rio Manso que está a 930 m de altitude e o bairro Peroba, a 1265 metros de altitude acima do nível do mar. A menor altitude do distrito é na foz do Ribeirão Sabará, com 858 metros.
          Seu grande potencial para o turismo vem sendo descoberto aos poucos. Desde o ano 2000, acontece em Lourenço Velho a Festa da Banana. Em Lourenço Velho, a Usina Hidrelétrica Luiz Dias, fundada em 1914 e mantida pela CEMIG é um dos seus atrativos. A usina abastece com energia elétrica o distrito e conta com uma exuberante área verde em seu redor. (fotografia acima e abaixo de Vinícius Montegomery)
          No bairro Cachoeirinha as águas do Córrego Peroba formam uma piscina natural ideal para banhos. Além disso, corredeiras do Rio Manso e Porto velho, bem como as cachoeiras Grande e Pilões, são outros atrativos naturais de Lourenço Velho.
          Como todo distrito e vilas mineiras, a vida social de seus moradores é em torno de sua fé e religiosidade e suas manifestações de fé, através das festas religiosas. 
Além disso, em Lourenço Velho tem a tradicional Festa da Banana, tem a Festa de São José e a apresentação de Catira do Rio Manso e outras manifestações culturais. 

terça-feira, 27 de agosto de 2024

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte VIII

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais possui 1.816 distritos, sendo 853 cidades, que são as sedes municipais e mais centenas de povoados, vilas e subdistritos. Cada um mais charmoso, pitoresco e lindo que outro. Preparamos uma série com 8 reportagens com distritos 10 distritos mineiros em cada uma. Essa é a quinta parte das 8 reportagens sobre distritos. Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 - Dr. Lund
          É um pequeno e atraente distrito do município de Pedro Leopoldo, distante 46 km de Belo Horizonte. Pedro Leopoldo faz parte dos roteiros turísticos Caminhos da História à Pré-história e Caminhos da Luz, roteiro ligado à história do médium Chico Xavier, natural de Pedro Leopoldo. Para chegar ao distrito basta pegar o trevo no final da LMG 800, próximo ao aeroporto de Confins e seguir por 15 km. Partindo de Pedro Leopoldo, pegue a rua Dr. Rocha, paralela a linha de trem e siga até o distrito. (na foto acima do Robson Gondin, detalhes do casario no estilo colonial e inglês da Vila)
          O distrito de Dr. Lund tem esse nome em homenagem a Peter Wilhelm Lund (Copenhague, 14 de junho de 1801 – Lagoa Santa, 25 de maio de 1880), um dos naturalistas e arqueólogos dinamarqueses mais notáveis do século XIX, e é considerado o pai da paleontologia e arqueologia no Brasil. Foi Lund que descobriu a Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado atualmente nas Américas. Mais precisamente, Luzia foi encontrada na região de Pedro Leopoldo MG, entre a Lapa Vermelha e na gruta do Sumidouro.
          Dr. Lund é uma charmosa, atraente e bem estruturada vila. Suas ruas são limpas e arborizadas. Praças, passeios e canteiros centrais bem cuidados e arborizados. Seu povo é muito hospitaleiro e muito amável. Tem como destaque arquitetônico a Igreja de São João Batista, construída no ano de 1909. O entorno da Igreja é formado por um belo conjunto arquitetônico colonial português e da arquitetura inglesa. (fotos acima do Robson Gondin, a linha férrea e uma pracinha do distrito)
          Além da Igreja, o distrito como atrativos o seu portal, a praça principal, a Estação Ferroviária, tombado como patrimônio de Pedro Leopoldo por sua importância histórica e um casario em estilo colonial, típico das tradicionais vilas mineiras. (na foto acima do Robson Gondin, a charmosa igreja da Vila)
02 - Alto Maranhão
          Alto Maranhão tem sua origem no século XVIII em 1718, ano da concessão da sesmaria que deu origem ao distrito. (foto acima: Instituto Estrada Real/institutoestrareal.com.br - Divulgação)
          É uma atraente e charmosa vila colonial mineira, distrito da cidade histórica de Congonhas MG, distante 88 km de Belo Horizonte. Além de seu charmoso casario e a simpatia do seu povo, em Alto Maranhão se destaca a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, uma construção histórica iniciada em 1718, de grande valor para Minas Gerais. Sua fachada em cores azul e branco, tem acabamento simples, característico da época. Em seu interior, entalhes e pinturas numa riqueza de detalhes que impressiona.
          No forro da capela-mor estão pintados 13 invocações, cada uma formando um capítulo de um grande livro, simbolizando a Rosa Mística, a Porta do Céu, a Estrela da Manhã, o Espelho de Justiça, o Vaso Espiritual, Sede da Sabedoria, Causa de Nossa Alegria, o Vaso Honorífico, o Vaso Insigne de Devoção, a Torre de Davi, a Torre de Marfim e Casa de Ouro. Completando o altar da capela-mor, estão as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores. Alto Maranhão é uma volta ao passado.
          Além da rica história  da Vila Colonial de Alto Maranhão, tem ainda as ruínas do presídio, que ficou na ativa entre os séculos XVIII e XIX. Foi construído no início do século XVII, durante a Guerra dos Emboabas (1707-1709), antes mesmo da criação da sesmaria, do início da construção da igreja e formação do povoado, a partir de 1718. (Fotografia acima de Vinícius Barnabé)
          Distante 6 km de Congonhas, para quem vem de Paraty, a cadeia está situada na Estrada Real e por apresentar todas as características originais das cadeias do século XVIII, é um dos lugares mais procurados por turistas.
03 - Itauninha
          É o único distrito da cidade de Santa Rita de Itabira a 130 km de Belo Horizonte, no Médio Piracicaba. O arraial que deu origem a Itauninha surgiu a partir da segunda metade do século XIX com o nome de Corcunda de baixo. Formado sobre rochedos de pedras, a comunidade era bem pequena e por isso, passou a ser chamada de Itauninha. Itaúna, no tupi significa pedra preta. Como a comunidade era bem pequena, tropeiros, mascates, aventureiros e viajantes passavam pela região, começaram a chamar o arraial de Itauninha, com esse nome passado se popularizar e a ser o oficial do distrito. (fotos acima de Arnaldo Quintão)
          Em 1906, Itauninha era distrito de Ferros MG, passando a integrar-se ao território de Santa Maria de Itabira a partir de 1944, quando Santa Maria de Itabira foi elevada à cidade.
Com tradições, religiosidade e história com origens coloniais, Itauninha chama atenção pela beleza e charme de seu casario, pela beleza de suas paisagens, pelas festas tradicionais de Nossa Senhora do Carmo, a padroeira, com festividades em julho e a tradicional Festa do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, com festividades em setembro e participação de grupos de congadas de Marujos da vila e cidades vizinhas.
          A Igreja de N. Senhora do Carmo, sua principal construção colonial, tem origens no século XIX. Construída em pau-a-pique, seu estilo é o barroco e seu interior, ornada em estilo rococó, com entalhes e talhas em madeira, bem como seus altares e imagens. Conta ainda com torre e sino, característicos das charmosas igrejas interioranas de Minas. Outra característica do distrito é a simplicidade, simpatia e hospitalidade de seus moradores, sempre gentis, afetuosos e educados para com os visitantes. (fotos acima do Arnaldo Quintão)
          Além disso, o lugar é bem tranquilo, aos pés de montanhas e matas nativas e conta com boa estrutura. Seus moradores vivem da agricultura familiar, mineração e comércio de seus produtos. Há ainda no distrito uma pequena mercearia e uma Unidade Básica de Saúde. (como podem ver nas fotos acima do Arnaldo Quintão)
          No século XX e nas primeiras décadas do atual século, a igreja passou por várias reformas, com o objetivo de preservar uma genuína obra colonial mineira, um das poucas igrejas centenárias ainda de pé na região. Concluída a reforma, preservou-se um acerco histórico de grande valor para a cultura, arquitetura e religiosidade regional e mineira.
04 - Acurui
          Acuruí é um belíssimo distrito, cheio de história com construções antigas do período colonial, um artesanato riquíssimo e belezas naturais incríveis. Pertence à cidade de Itabirito, uma das mais antigas e importantes cidades mineiras, destacando hoje pela metalurgia e mineração, distante 60 km de Belo Horizonte. De Itabirito a Acuruí são 25 km. (foto acima e abaixo de Thelmo Lins)
          Sua origem data do final do século XVII, com a chegada na região de bandeirantes, em busca de ouro. Por seus caminhos e ruas do povoado o visitante encontrará construções antigas, do período colonial e relíquias de nossa história. Os moradores do povoado tem vocação muito forte para o artesanato, que é também um dos atrativos do local.
05 - Nova Pedra Negra 
          Ijaci é uma charmosa cidade na Região do Campo das Vertentes, com pouco mais de 6 mil habitantes, distante 310 km de Belo Horizonte. Cidade com boa estrutura urbana, um variado comércio, boa estrutura para receber os turistas que passaram a frequentar a região graças a Represa do Funil e o Rio Grande. Na década de 1990, as águas do Rio Grande inundaram terras, deslocando algumas comunidades para outros locais, como Pedra Negra, um pequeno povoado que ficou submerso. Em outro local, surgiu a Nova Pedra Negra, (na foto acima do Rogério Salgado). Um charmoso e pitoresco vilarejo, com paisagens que lembram muito as paisagens do Oriente. O turismo ecológico é um dos atrativos, bem como a pesca profissional e amadora, um dos atrativos do lugar, além de toda beleza natural do Rio Grande, da Represa do Funil e da própria vila. 
06 - Jerusalém 
          Jerusalém é um distrito de Inhapim, no Vale do Rio Doce. Foi criado pela lei municipal nº 330, de 9 de dezembro de 1994. O povoado tem aproximadamente 600 habitantes, onde seus moradores vivem da agropecuária, pequenos comércios, principalmente dos produtos artesanais locais. No topo do povoado está a igreja, ponto de encontro principal de seus moradores. (fotografia acima de Odilon Euzébio)
07 - Pedrão
          Pedrão é um bucólico e pacato distrito da cidade de Pedralva, no Sul de Minas. Está próximo da famosa Pedra do Pedrão que é um imenso e maciço rochoso com 300 metros de extensão e 1464 metros de altitude, que enfeita a paisagem do Sul de Minas e de Itajubá, São José do Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Maria da Fé, principalmente a de Pedralva. É um local preservado, com predominância de várias espécies da fauna e flora local e por isso muito frequentado por amantes da amantes da natureza e praticantes de voo livre. (foto acima de Rinaldo Santos Almeida)
08 - Lobo Leite
          Lobo Leite é um distrito  de Congonhas, cidade histórica mineira distante 88 km de Belo Horizonte. Um dos seus marcos é a Igreja de Nossa Senhora da Soledade, totalmente restaurada em 2009. Essa igreja tem um grande significado histórico para a comunidade de Lobo Leite. Seu casario é charmoso, estilo colonial e a estrada de ferro dá mais charme e nostalgia ao distrito. (na foto acima e Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe, a antiga estação de passageiros e ao fundo, a Matriz e parte do casario da vila)
09 - Córrego do Ouro 

          Com cerca de 4 mil habitantes, Córrego do Ouro é distrito da cidade de Campos Gerais, no Sul de Minas. Sua origem é do século XVIII, tendo surgido por volta de 1740, com a descoberta de ouro em um córrego na região, daí a origem do nome da Vila. O povoado formou-se em torno da uma capela dedicada à Nossa Senhora do Rosário, chamando-se Arraial de Nossa Senhora do Rosário do Córrego do Ouro, passando a ser apenas Córrego do Ouro a partir de 1923. (fotografia acima de William Cândido)
          Charmosa, bem cuidada, acolhedora e bonita, com um casario eclético e colonial bem preservados, Córrego do Ouro possui uma boa estrutura para seus moradores e visitantes, com ruas, praças e casario muito bem cuidados. Desde suas origens, além da mineração, o distrito se destaca na agropecuária, com destaque para o cultivo do café, cana-de-açúcar, gado leiteiro e de corte e produção artesanal de queijos e doces, além de contar com outras atividades comerciais.
10 - Tebas
          Tebas significa valente e destemido. É o nome de um importante distrito histórico de Minas Gerais, subordinado a Leopoldina MG, Zona da Mata, distante 12 km de Leopoldina, com acesso pela BR-116 e BR-267. A pequena vila colonial conta com pouco mais de 2 mil habitantes. (fotografia acima: GMVR92/Wikimédia Commons)
          A origem do nome do distrito de Tebas não tem nada a ver com antiga Tebas, capital do reino egípcio durante o Império Novo (1500 a. C – 1070 a. C), atual cidade de Luxor e menos ainda com a antiga Tebas, na Grécia antiga, fundada por Cadmo.
          Seu primeiro nome foi Santo Antônio do Monte Alegre. O nome foi mudado para Santo Antônio de Tebas e por fim para apenas, Tebas. Em 11 de novembro de 1880, o povoado formado na primeira metade do século XIX cresceu e prosperou e foi elevado distrito pela Lei Provincial nº 2675 em 30 de novembro de 1880. 
           Em 25 de outubro de 1881, foi criada a paróquia de Santo Antônio de Tebas, pela Lei n° 2.848, elevando o distrito a Freguesia e por fim, o distrito passa-se a chamar Santo Antônio de Tebas .pela lei nº 3113, de 1882 e por fim, teve o nome encurtado para Tebas..
          Ao que tudo indica, o nome do distrito foi em homenagem a um dos desbravadores da região, Manoel Joaquim Thebas, que teria vivido na região na primeira metade do século XIX. Foi Thebas quem doou uma parte de sua fazenda para a construção da igreja e formação do povoado que deu origem ao distrito.
          Hoje, além de ser um dos mais tradicionais e históricos distritos de Leopoldina, Tebas preserva suas tradições culturais, folclóricas e históricas. Conta também com boa estrutura, setor de serviços e comércio, variado e muito bom. Seu povo é trabalhador, simples e hospitaleiro e a vila, charmosa e atraente, com seu casario  no tradicional estilo colonial, é um convite para uma visita, principalmente a Igreja de Santo Antônio de Tebas.
          A região recebeu no início do século XX, dezenas de famílias de imigrantes italianos. Instalados na Colônia Agrícola da Constança em Boa Sorte, próximo a Tebas, os italianos deram enormes contribuições para cultura, folclore, arquitetura, música e gastronomia.
          Descentes dos italianos que vieram para a região ainda vivem em Boa Sorte em Leopoldina. Com o objetivo de divulgar a história da imigração italiana foi criado o “Caminho do Imigrante” com início na Igreja de Santo Antônio de Pádua (Igrejinha do Onça), seguindo a estrada até Boa Sorte, até o distrito de Tebas.
Além disso, tem ainda a Festa do Imigrante Italiano, que acontece na sede, Leopoldina, geralmente no mês de maio de cada ano. A Festa do Imigrante conta com bandas e artistas que cantam e tocam músicas italianas, grupos de danças com trajes típicos, sem contar a culinária típica italiana, vinhos e muita alegria nos dias de festa. Durante a Festa do Imigrante, vários restaurantes da cidade participam com pratos típicos da cozinha italiana.

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte VII

(Por Arnaldo Silva) Mais de 20 milhões de mineiros vivem em 853 cidades, 1816 distritos e centenas de vilas e vilarejos de Minas Gerais. Minas Gerais possui 1.816 distritos, sendo 853 cidades, que são as sedes municipais e mais centenas de povoados, vilas e subdistritos. Cada um mais charmoso, pitoresco e lindo que outro. Preparamos uma série com 8 reportagens com distritos 10 distritos mineiros em cada uma. Essa é a quinta parte das 8 reportagens sobre distritos.  Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 - Água Limpa
          As margens da MG-350, banhado pelas águas de um frondoso rio, em Delfim Moreira, nos limites entre os municípios de Wenceslau Braz e Itajubá, no Sul de Minas, está Água Limpa, um charmoso e pitoresco bairro rural, pertencente ao município de Delfim Moreira. (foto acima de Geraldo Gomes)
          A vida na pacata vila é bem tranquila, silêncio quebrado apenas pelo barulho das águas do Rio Santo Antônio, dos pássaros e de alguns carros que passam pela rodovia. Seus moradores vivem da agricultura e a vida social em Água Limpa gira em torno das festividades religiosas dedicadas ao Divino Espírito Santo e nas festividades juninas em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio.
02 – Engenho do Ribeiro
          O Engenho do Ribeiro é um distrito da cidade de Bom Despacho no Centro Oeste de Minas. O nome tem origem na família Ribeiro, no século XIX, que adquiriu terras onde está hoje o a vila. Na fazenda dos Ribeiros eram produzidos leite, queijo, milho, arroz, feijão, café, doces, rapadura, açúcar e existia um engenho, para a produção de cachaça, muito famosa. Quem quisesse comprar cachaça na região, era só ir no Engenho do Ribeiro A fazenda se tornou famosa na região e com isso, pessoas começaram a chegar para trabalhar na fazenda ou mesmo adquirir seus produtos para serem revendidos. Com o passar do tempo, casas e mais pessoas foram surgindo, dando origem a um povoado e posteriormente, em 1948, foi reconhecido como distrito, com o nome popular com que o local era chamado, Engenho do Ribeiro.
          Hoje, o Engenho do Ribeiro tem cerca de 1.500 habitantes, que vivem de pequenos comércios, do artesanato, da produção de doces caseiros tendo como destaque os doces da Dona Judite, queijos, requeijão feitos pela Dona Esmeralda e cachaça, além da agropecuária, principalmente leiteira. 
          Outro destaque no distrito é a fabricação de moveis em madeira maciça como mesas, cadeiras, janelas e portas em fábricas instaladas no distrito. Destaque ainda para a Festa de Santa Rosa de Lima, que acontece geralmente em setembro, com desfile de carros de bois, uma das mais antigas tradições do Centro Oeste Mineiro.
03 – Pedra Menina
          A 36 km do centro de Rio Vermelho, município a 325 km de Belo Horizonte, na Região Central, está Pedra Menina, um charmoso e atraente povoado. (foto acima de Rodrigo Leal) Lugar acolhedor, de gente hospitaleira, uma rica culinária e belezas naturais incríveis com belas cachoeiras, grutas, poços com águas cristalinas. Além da beleza da Serra do Espinhaço, tem o "Muro dos Escravos". 
          Em Pedra Menina, além das belezas naturais, seu casario charmoso e seu povo maravilhoso, tem a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, lugar de fé, peregrinação e religiosidade do povo. A fé move o coração das pessoas, bem como o turismo no distrito, que é bem estruturado para receber visitantes com hotel, pousadas e restaurantes.
04 – Chapada 
          Chapada é distrito de Moema, na região Centro Oeste de Minas. (na foto acima, de Arnaldo Silva, a Praça da Matriz do Distrito). No distrito vivem cerca de 800 habitantes. A Chapada tem igreja, ruas asfaltadas, pequeno comércio, antigas vendas e botecos pitorescos, com seu casario em estilo colonial, escola e uma história antiga, conhecida por todos os moradores do distrito e região, que é a “A luz da Chapada”. Trata-se, de uma luz que aparece de vez em quando no local, que já assustou muita gente. O fenômeno sobrenatural já assustou muita gente ao longo de décadas e até hoje provoca medo em alguns e intriga a mente do povo. 
05 – Betânia
          É distrito da de Pedra do Indaiá, no Oeste de Minas, distante 174 km de BH. Em Betânia vivem cerca de 700 pessoas. Está situado no KM 145 a MG-050, entre Divinópolis e Formiga MG.
          É uma pequena vila, que tem como base econômica a extração de pedras que são trabalhadas para serem usadas em calçamento, mistura em concreto e outros usos. Por esse motivo, a vila é pavimentada e conta com uma boa estrutura, poluição zero e um povo muito hospitaleiro e gentil. (fotografia de Maurício Soares)
06 - Porto Alegre 
          Porto Alegre é distrito de Moeda MG, Vale do Paraopeba, distante 60 km de BH. Tem origem no início do século XVIII, quando chegou à região, as bandeiras lideradas por Fernão Dias Paes Leme. Aportaram em um pequeno arraial onde viviam algumas poucas pessoas que trabalhavam na agricultura, já que em sua origem, desde o final do século XVII, o Vale do Paraopeba era uma região de produção de alimentos, devido à qualidade de suas terras. Eram pessoas simples, muito alegres e receptivas.          
          O pequeno vilarejo ficava no encontro das águas do Ribeirão da Barra com o Rio Paraopeba. Esse encontro de águas formava um porto era usado ancorar embarcações que fazia a travessia do rio, levando e trazendo alimentos, além de pessoas. Por isso o nome dado ao lugar, Porto Alegre. (fotos acima de Evaldo Itor Fernandes)
          Seu crescimento foi devagar, em torno da igreja do seu padroeiro, o Senhor Bom Jesus. Inclusive, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Porto Alegre é um dos seus principais atrativos, bem como a beleza e o charme do seu casario colonial, suas belezas naturais e belas cachoeiras, além claro, da alegria de seu povo, que faz jus ao nome do lugar.
07 – Serra dos Gonçalves
          Serra dos Gonçalves pertence ao município de Espírito Santo do Dourado, no Sul de Minas. Sua origem é de uma numerosa família, que foi crescendo com com a formação de novas famílias e transformando o local num pitoresco, charmoso e pacato povoado. (foto de Valéria Corrêa)
08 - Azurita
          Distrito da cidade de Mateus Leme MG, o distrito está a 65 km distante de Belo Horizonte e apenas 5 km do centro de Mateus Leme. O povoado surgiu no início no início do século XX, tendo se desenvolvido rapidamente devido a estação ferroviária, instalada no povoado. Foi elevado à distrito em 31 de dezembro de 1943. (foto acima e abaixo de Mateus Leme Recordações)
          Azurita conta com pouco mais de 4 mil moradores e tem como destaque a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Matriz de São Sebastião, o prédio da Estação Ferroviária, datado de 1911, além de fazendas centenárias, festas folclóricas e gastronomia típica.
09 - Capivari
          O pacato e tranquilo distrito de Capivari, pertence ao Serro MG, Região Central  é um dos lugares abençoados pela natureza. O casario é simples, em estilo colonial, a culinária local é excelente e bem mineira. Seu povo muito hospitaleiro, simples, gentis e muito atenciosos para com os visitantes. Pelas estradas de terra do distrito passam turistas a caminho da Cachoeira do Tempo Perdido, uma das atrações da região e para o Parque do Pico do Itambé. (fotos acima do Barbosa)
10 - Vai e Volta e Pega Bem
          
Vai e Volta e Pega Bem são dois tradicionais distritos de Tarumirim, no Vale do Rio Doce que além de Vai e volta, tem os distritos de Dom Carloto, Taruaçu de Minas, Beija Flor, Café-mirim, Vai Volta, Bananal de Baixo, Bananal de Cima, São Vicente, Santa Rita. (na foto acima de Zano Moreira a Praça da Matriz de Vai e Volta)
          O topônimo Tarumirim significa "céu pequeno". Provavelmente o nome seja uma formação híbrida da palavra Krenak taru "céu" e o sufixo diminutivo tupi "pequeno". A palavra céu em tupi é ybáka.

domingo, 7 de julho de 2024

A Vila Colonial de Furquim

(Por Arnaldo Silva) Com origens nos primeiros anos do século XVIII, o distrito foi criado oficialmente em 16 de fevereiro de 1718. É distrito de Mariana, na Região Central, está distante 28 km da sede e a 120 km de Belo Horizonte.
          O distrito de Furquim é formado ainda pelos subdistritos de Goiabeiras, Cuiabá, Constantino, Gurujanga, Curvanca, Margarida Viana, Paraíso, Pedras e Crasto. No distrito e subdistritos, vivem cerca de 2 mil pessoas. (foto acima de Leandro Leal)
          Seus moradores vivem da Agricultura Familiar, com destaque para a produção artesanal de doces caseiros como a goiabada e doce de leite, cachaça de alambique, queijos, quitandas, cultivo de hortaliças diversas e pequenas lavouras, como de milho.
          O artesanato é outra forte atividade em Furquim com destaque para confecção de tapetes de pita; flores e balaios de palha; esteiras e peneiras de taquaras de bambu; chicotes, cabrestos e bolsas de couro; bordados e crochês; pintura em tecidos; artesanato feito com pedra sabão como esculturas, panelas e arte decorativa; e também, artesanato em madeira como móveis rústicos, gamelas, colheres de pau e pilões.
Origem de Furquim
          Seu nome tem origem em Antônio Furquim da Luz, sertanista que fundou o Arraial dos Furquim nos primeiros anos do século XVIII. Foi Antônio Furquim o descobridor de minas de ouro na região, tornando-a um efervescente centro de mineração. (fotos acima de Leandro Leal)
          Como todo arraial do interior mineiro, tinha como centro de fé uma igreja ou capela. Em Furquim, a fé no Bom Jesus do Monte. Uma pequena capela foi erguida 1704, começou a ser ampliada a partir de 1745, tendo sido concluída no século XIX.
          Uma obra setecentista rica em detalhes das ornamentações, talhas pinturas do estilo Joanino. Conta com belíssimos acervos sacros, que contribuíram com a igreja ao longo de sua construção renomados arquitetos, construções e artistas da época como Francisco Xavier Carneiro, Francisco Machado Luz, José Pereira Arouca. Sua importância para a história do Brasil Colônia é tão grande que a Igreja foi tombada em 1949 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
          Em 1745, é instalado nas proximidade da capela o Cruzeiro Patriarcal, hoje um das principais atrações turísticas da Vila Colonial Barroca de Furquim. Além disso, em Furquim a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e os Dozes Passos da Via Sacra, são outros atrativos, juntamente com seu preservado e charmoso casario colonial. 
          Furquim preserva sua história, seu passado e suas características há três séculos. Uma vila colonial, tipicamente mineiro com casario colonial, simplicidade e requinte em suas construções, principalmente nos adornos e talhas de seus casarões e igrejas históricas.
Atrativos de Furquim
          A Matriz e o Cruzeiro do século XVIII são marcos da história de Furquim, bem como sua antiga estação ferroviária, reformada e preservada. Inaugurada em 28/08/1926, a estação fazia parte do ramal Ponte Nova. Ligava Furquim a estação Miguel Burnier em Ouro Preto MG, na época, capital da província de Minas, até Ponte Nova. Reformada, funciona atualmente na antiga estação um Centro Cultural. (fotos acima e abaixo de Leandro Leal)
          Além disso, Furquim tem como atrativos o encontro das águas do Ribeirão do Carmo com o Rio Gualaxo do Sul, a Cachoeira de Rosa, no subdistrito de Pedras, a Cachoeira do Jadir e a Cachoeira do Pedro, no subdistrito de Cuiabá. Tem ainda a Pedra do Urubu, o Rio do Coito e o Rio Gualaxo como atrativos naturais e a Ponte dos Macacos, a Fonte da Gameleira.
Tradição e estrutura
          Furquim conta com boa estrutura urbana para atender os turistas como pousadas, botecos e restaurante com comida típica, pequeno comércio onde o visitante encontra os produtos locais como queijos, doce e artesanato, além de poder acompanhar as tradicionais festas religiosas como Semana Santa, Corpus Christi, o Dia do Padroeiro, a Festa de virada de ano e do Furquiense ausente, em 1° de janeiro, Mês de Maria, Festa da Virgem do Carmelo em 16 de julho, Festas Juninas, dentre outras.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Conheça Cachoeira do Campo

(Por Arnaldo Silva) Não pense que Cachoeira do Campo seja um pequeno e pacato distrito interiorano. Longe disso! São mais de 15 mil habitantes no distrito ouro-pretano, maior até que muitas cidades brasileiras.
          Cachoeira do Campo se desenvolveu graças a indústria, principalmente da mineração. Possui um comercio variado, um setor de serviços eficiente, rodoviária, indústria moveleira, um rico e eclético artesanato, em especial feitos em pedra sabão. (na foto acima de Arnaldo Silva, o Centro Histórico do distrito e abaixo, o tradicional artesanato em pedra sabão)
          Conta ainda com uma gastronomia diversificada com queijaria, alambique, cervejaria, festivais gastronômicos como a Festa da Jabuticaba, diversos bares, restaurantes, hotéis e pousadas de ótima qualidade. Enfim, Cachoeira do Campo conta com boa estrutura urbana e oferece boa qualidade de vida a seus moradores e visitantes.
          Cachoeira do Campo é um dos berços da história da origem de Minas Gerais. Suas ruas e becos contam, um pouco da história de Minas Gerais, preservada em seus casarões, pontes e templos do início do século XVIII e XIX. (na foto acima de Arnaldo Silva, o Centro Histórico do distrito)
         Os principais atrativos históricos de Cachoeira do Campo são: a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré (na foto acima de Peterson Bruschi, a riqueza do interior da Matriz), uma joia da primeira fase do Barroco Mineiro, conhecido por Nacional Português; o antigo Palácio do Governador, antiga residência oficial dos governadores da província de Minas, a tricentenária Ponte do Palácio e o Colégio Dom Bosco, locais que foram palco importantes episódios da História do Brasil, como a Guerra dos Emboabas, a Sedição de Felipe dos Santos, articulações dos inconfidentes, dentre outros.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar – Parte VI

(Por Arnaldo Silva) Esta é a sexta parte da série de 8 reportagens com pacatos e charmosos distritos de Minas Gerais. Em Minas Gerais, segundo dados da Fundação João Pinheiro, são atualmente 1.816 distritos e 853 cidades, além de mais centenas de vilas e pequenos povoados. Como temos centenas de distritos, selecionamos alguns apenas, em 8 séries com 10 distritos em cada. Conheça agora, na sexta parte, mais 10 acolhedores, pacatos, charmosos e apaixonantes distritos mineiros.
01 - Vila de Furnas
          Fica na zona rural de Pedralva, no Sul de Minas. A pequena vila tem origem na centenária Fazenda Furnas. É um pequeno vilarejo, charmoso, acolhedor, de gente trabalhadora, simples e hospitaleira. O lugar é de uma paz e simplicidade e uma beleza singela que encanta. (fotografia acima e abaixo do Fernando Campanella)
          Na Vila de Furnas moram cerca de 95 pessoas que vivem da agricultura, produção caseira de doces e queijos e outras atividades. No povoado uma pequena e charmosa igreja, se sobressai por sua singeleza, em meio a um charmoso casario colonial, formado por cerca de 38 residências, somado ao casario da sede e das propriedades rurais que formam o bairro rural de Furnas.
02 - Itatiaia
          Itatiaia é distrito da cidade de Ouro Branco, na Região Central, distante 100 km de Belo Horizonte e 25 km de Ouro Preto, cidade que faz divisa Ouro Branco bem como as cidades de Conselheiro Lafaiete, Itaverava e Congonhas. Das rodoviárias de Ouro Preto e de Belo Horizonte, saem ônibus diário. (Fotografia acima de Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe)
          Além de atraente, pacata e charmosa, Itatiaia possui um rico acervo histórico preservadíssimo. Fundado em 1664, Itatiaia foi a segunda mais antiga povoação a ser formada em Minas Gerais, tendo com um dos marcos de sua fundação, a Igreja de Santo Antônio, erguida nos primeiros anos do século XVIII. 
          O primeiro batismo registrado na igreja ainda em construção, data de 20/08/1714. Foi construída em conjunto pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, de São Benedito e do Santíssimo Sacramento, em estilo Joanino, a primeira fase do barroco mineiro. Em 1717 já eram realizadas cerimônias normais na igreja. Durante o final do século XVIII e XIX, a igreja foi ampliada e ganhou novos altares e ornamentos. (Fotografia acima de Robson Gondin)
          Lugar de rara beleza, com paisagens e cachoeiras de tirar o fôlego, é também daqueles lugares que o dia passa devagar e a vida é calma, tranquila e sossegada. É uma pequena vila, com poucas ruas, um charmoso casario colonial e um povo simples, acolhedor e hospitaleiro. (fotos acima e abaixo de Robson Gondin)
          Um dos destaques de Itatiaia, além de sua beleza natural e sua história colonial, é seu artesanato, sua culinária típica e original mineira, no mais tradicional fogão a lenha e os grafites nas paredes das casas. 
03 - São José do Almeida
          São José do Almeida tem origens no século passado e tem São José como o seu santo padroeiro. A origem da fé no santo começou na fazenda pertencente a José Almeida, mais conhecido por Almeida. Devoto de São José, Almeida promovia na sala da sede de sua fazenda, rezas para o santo de sua devoção. Com o passar do tempo, trabalhadores de sua fazenda, de outras propriedades e do vilarejo, começaram a participar também das rezas. (fotografia acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva)
          Com o aumento de devotos e pouco espaço em sua sala, Almeida decidiu construir uma capela dedicada a São José na parte mais alta do vilarejo, que ficava próximo a sua propriedade, para que todos pudessem participar das rezas e festejos religiosos.
          A capela era conhecida como Capela de São José do Senhor Almeida. Com o passar do tempo, o vilarejo foi crescendo e se desenvolvendo até ser elevado a distrito de Jaboticatubas MG, cidade histórica mineira fundada em 1790, distante 66 km de BH, na Serra do Cipó. O município de Jaboticatubas faz limites territoriais com Itabira, Itambé do Mato Dentro, Santana do Riacho, Baldim, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Lagoa Santa, Santa Luzia, Taquaraçu de Minas e Nova União.
          Como a capela de São José do Senhor Almeida era muito visitada, tendo até romarias vindas de localidades mais distantes, o vilarejo passou a se chamar São José do Almeida, em referência à capela construída pelo senhor Almeida e assim é o seu nome até hoje.
          De um pequeno vilarejo, São José do Almeida se tornou um dos mais desenvolvidos, maiores e bem estruturados distritos mineiros. A vila conta com escolas, comércio variado, linhas de ônibus, serviços públicos urbanos, pequenas e médias empresas, restaurantes e pequenos hotéis e pousadas. 
          São cerca de 6500 moradores no distrito que tem como destaque a Matriz de São José e sua charmosa praça, bem como as belezas da Serra do Cipó, além da simpatia, hospitalidade e carisma de seu povo, que é muito acolhedor e trata muito bem os visitantes. (fotografia acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva)
04 – Sobral Pinto
          Sobral Pinto é distrito histórico da cidade de Astolfo Dutra MG, Zona da Mata. O distrito surgiu a partir de 1860, no século XIX, com o nome de Pomba. Nessa época, o povo de Pompa era subordinado ao município de Rio Pomba MG.
          Seu crescimento ampliou-se a partir de 1879 com a chegada Estrada de Ferro Leopoldina, para trens de carga e passageiros. Com isso, novos moradores foram chegando, novas residências foram sendo construídas, operários da rede ferroviária se instalando no povoado, novas casas comercias, fazendo com que o povoado de Pomba crescesse e se desenvolvesse rapidamente. (fotografias acima e abaixo de Robson Gondin)
          A ferrovia passava dentro do povoado que tinha ainda uma pequena estação com o nome de Estação Pomba, construída em madeira, inaugurada por Dom Pedro II em 1881. Em 1892, o nome da estação recebe o nome de Sobral Pinto, bem como o povoado, que passou a se chamar também, Sobral Pinto. O nome homenageia Luiz Cavalcante Sobral Pinto, engenheiro da Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1919 é inaugurado o novo prédio da Estação Ferroviária, dessa vez em alvenaria.
          No início do século XX, é erguida pelo português Manoel Póvoa, a capela de Nossa Senhora dos Anjos, mais tarde consagrada à Nossa Senhora Auxiliadora, a atual padroeira do distrito.
          Hoje o trem não transporta mais gente, mas a ferrovia deixou um legado de história, preservada na memória dos mais antigos moradores, bem como nas construções do século XIX e XX presentes na vila, bem conservadas e preservadas.
          Além disso, o distrito é pacato, muito bem cuidado, bem estruturado para receber visitantes que são bem recebidos por seus moradores, muito acolhedores e hospitaleiros. Sobral Pinto é ainda um exemplo de boa qualidade de vida, conservação, preservação e cuidado com a história, a natureza e as tradições religiosas, culturais e gastronômicas mineiras.
05 - Coco
          Coco é uma típica e tradicional Vila Colonial Mineira, distrito de Moeda MG, no Vale do Paraopeba, distante 60 km de Belo Horizonte.
           O casario colonial, típico do período barroco é um dos atrativos do distrito, suas belezas naturais nativas como matas nativas, trilhas, cachoeiras, bem como a Igreja do Sagrada Coração de Jesus. É uma igreja simples, mas com talhas, entalhes, forros e ornamentos requintados, típicos da arte sacra da século XIX e XX. (fotografia acima de Evaldo Itor Fernandes, o casario e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus)
          Tanto a Igreja, quando a formação do povoado, tem origens no século, segundos os moradores mais antigos. Seu povo tem orgulho de sua comunidade, de sua igreja e recebem muito bem os visitantes, como todo bom mineiro. A principal atividade econômica de Coco é agricultura familiar, turismo e pequenos comércios. 
06 - Santo Antônio do Rio Grande
          Santo Antônio do Rio Grande é um paraíso escondido a 1200 metros de altitude nas montanhas sul mineiras da Serra da Mantiqueira, cercada por várias nascentes que formam córregos, cascadas, cachoeiras e poços de águas limpas, gelada e cristalinas que deságuam no Rio Grande. (fotografias acima de @miguelhobbydrones)
          Santo Antônio do Rio Grande está a 14 km distante de Bocaina de Minas, próximo da Via Dutra e apenas 21 km de Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, a 390 km de Belo Horizonte, 190 km de Juiz de Fora MG, 43 km de Resende/RJ e 208 km de São Pulo.
O visitante encontra ainda em Santo Antônio do Rio Grande, charmosas e pitorescas pousadas, restaurantes de comida caseira típica e lanchonete. Tudo simples, aconchegante, acolhedor e tradicional.
          Um lugar bucólico, simples, bem acolhedor, pacato, tranquilo, com um casario simples, bem cuidado, ruas calçadas em pedra e com um povo se orgulha de sua terra e adoram uma boa prosa com os visitantes. São pessoas acolhedoras, simples, ordeiras, hospitaleiras e que guardam suas tradições religiosas e festejos tradicionais.
Como exemplo as festas juninas, em especial a Festa de Santo Antônio, com destaque para a fogueira de 25 metros, construída pau sobre pau, pelos próprios moradores. É um espetáculo que atrai turistas da região para acompanhar os festejos, saborear as comidas típicas, acompanhar as celebrações religiosas na Matriz e assistir a queima da fogueira. 
          Outro destaque de Santo Antônio do Rio Grande é seu belíssimo artesanato e sua culinária típica, como seus biscoitos, bolos e doces caseiros, além dos saborosos queijos produzidos nas fazendas da Vila, com destaque para os queijos da Fazenda Paiol.
          É um lugar que podemos chamar de paraíso, refúgio ideal para quem quer fugir da correria do dia a dia das cidades, buscar a paz e o sossego em meio a simplicidade, beleza natural e paisagens montanhosas com belíssimas cachoeiras de tirar o fôlego como a Cachoeira do Paiol com 120 metros de queda, do Brumado com 90 metros. (nas fotos acima do @miguelhobbydrones, a vista da Pedra Negra e a cachoeira do Vale das Flores)
          Tem ainda a cachoeira 5 Estrelas com 3 quedas seguidas, no total de 200 metros de altura, que formam lindos poços de água gelada e cristalina. Essa cachoeira está apenas 6 km distante da vila. Além disso tem o Mirante Zé Manuela a 1800 metros de altitude, com uma espetacular vista de 360° graus das belezas da Serra da Mantiqueira e do Parque Nacional do Itatiaia.
07 - Florália
          Distrito de Santa Bárbara, cidade histórica mineira distante 120 km de Belo Horizonte, Florália é uma charmosa, atraente e tradicional vila colonial mineira. Sua origem é século XVIII, quando a vila se chamava Rio São Francisco. (fotografia acima de Jane Bicalho)
          Rio São Francisco foi elevado a distrito pela Lei provincial nº 2001, 14-11-1873, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado a Santa Bárbara. Em 1923, Rio São Francisco teve seu nome alterado para Florália.
          Rodeada por belíssimas paisagens nativas, montanhas, tem como seu principal atrativo seu charmoso casario colonial e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória. Em sua origem, era dedicada a Nossa Senhora da Boa Morte. A construção da antiga igreja teve início no ano de 1745, no século XVIII, pelo padre Antônio Araújo. (fotografia acima de Jane Bicalho)
          Ao longo de sua existência, o templo passou por reformas e mesmo assim, continua sendo uma das relíquias históricas mineiras e um dos principais atrativos da região, bem como da Vila de Florália, um lugar acolhedor, de gente simples e hospitaleiro. Florária é tão singela e linda que é conhecida como “pedacinho do céu" de Minas Gerais.
08 – Tabuleiro do Mato Dentro
          É distrito da cidade histórica de Conceição do Mato Dentro MG, a 167 km de Belo Horizonte, na Serra do Espinhaço. O distrito está distante 20 km da sede.
          Tabuleiro é uma joia colonial do século XVIII, na região Central do Espinhaço. É uma típica vila mineira com casario colonial charmoso, uma igreja típica do Barroco Mineiro, erguida no alto de uma colina, campo de futebol, tradicionais vendas, botecos e mercearias. Na pitoresca vila colonial vivem mais de 1250 pessoas. É um povo simples, acolhedor, hospitaleiro e muito bom de prosa. (foto acima de Marselha Rufino)
         O distrito recebeu no século XIX algumas famílias de imigrantes alemães. Vieram trabalhar na siderurgia, já que a região contava com várias de minas de minério de ferro. Uma dessas famílias era a Utsch, especialistas na área de siderurgia. Trabalhavam numa siderúrgica fundada em 1822, na região onde é hoje o distrito de Cubas, que tem esse nome devida a medida, “cuba”, usada para medir o ferro e o aço. 
          O porque Tabuleiro tem esse nome é incerto. De concreto, apenas história oral, contada pelo povo. Segundo uma dessas histórias, o nome é em alusão a aparência das serras que lembram um tabuleiro. Outros dizem ser referência ao tabuleiro utilizados no século XIX e XX usados pelos moradores da região no transporte de mercadorias até a cidade de Conceição do Mato Dentro. Há ainda a versão que tabuleiro surgiu com os canteiros de plantações da época de sua origem, que tinham o formato de um tabuleiro. (fotografia acima do @gustavosimoes.art)
          A base econômica do distrito é a agricultura familiar, mas devido a Cachoeira do Tabuleiro e os parques ambientais, é o turismo que movimenta a economia do distrito, principalmente nas lojinhas de artesanato, botecos, restaurantes e pousadas locais que atendem todos os gostos e bolsos. Toda a comunidade do distrito, seja na área urbana da vila ou rural, estão inseridas no contexto do turismo.
          Tabuleiro é o distrito mais conhecido e visitado de Conceição do Mato Dentro devido a Cachoeira do Tabuleiro, a maior cachoeira de Minas, com 273 metros de queda, o equivalente a um prédio de 91 andares. É a terceira maior cachoeira do Brasil. O poço formado por suas águas tem cerca de 20 metros de profundidade, rodeado por blocos de pedras e também, com muitas pedras submersos. Pra completa toda essa beleza no entorno da cachoeira existem belíssimos jardins naturais com orquídeas, sempre-vivas e bromélias gigantes.
          A cachoeira está na área do Parque Natural Municipal do Tabuleiro e no Parque Estadual da Serra do Intendente, ambos pertencentes ao distrito de Tabuleiro. (fotos acima de Nacip Gômez)
          É tão impactante e linda que foi eleita com 40 mil votos em concurso realizado pelo Instituto Estrada Real, órgão ligado à Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), como uma das 7 maravilhas da Estrada Real.
09 - Porto dos Mendes
          Porto dos Mendes é distrito de Campo Belo, município da região Oeste de Minas, distante 226 km de Belo Horizonte. O distrito, está na divisa de Campo Belo com Nepomuceno e por isso conta com dois portos, um em cada cidade. Isso porque Porto dos Mendes é banhado pelo Lago de Furnas e a travessia é feita e barcos e balsas. 
          São dois portos. O porto “De Cá” como chamam o porto do lado de Campo Belo e o porto “De Lá”, como é mais chamado o porto de Nepomuceno, embora seu nome antigo seja Porto Sapecado. Mas é mais fácil falar “porto de lá” e “porto de cá”. (na foto acima do Daniel Souto)
          Além dos dois portos, as atividades de pesca e náutica, as balsas transportam carros, ônibus e tudo que puder sobre as águas do Lago. Porto dos Mendes é um dos mais importantes atrativos distritos de Campo Belo, não apenas pelo Lago de Furnas, mas por sua história e origem.
          Porto dos Mendes surgiu de um povoado formado no século XVIII, com o nome de Vila São Sebastião de Porto dos Mendes. Em 9 de agosto de 1864 foi elevado a distrito, passando a ser apenas chamado de Porto dos Mendes.
          É uma charmosa, pacata e atraente vila mineira, formada por pessoas igualmente pacatas, acolhedores e hospitaleiros. Tem ainda como destaque a Igreja de São Sebastião, construída em meados do século XVIII, o Cruzeiro no alto da serra, matas nativas, trilhas ecológicas e belas cachoeiras. (foto acima de Daniel Souto)
          Lugar com boa estrutura para receber turistas, conta com bons restaurantes, bares e pousadas, tanto em Campo Belo e Nepomuceno, quanto na própria vila. Lugar ideal para passeios em família, pesca esportiva, passeios de barcos e ainda para quem gosta de viajar pelos encantos da simplicidade das vilas coloniais mineiras.
10 - Bom Jesus do Vermelho
          Bom Jesus do Vermelho é distrito subordinado a Santa Rita do Ibitipoca, município distante 70 km de Barbacena e a 241 km de Belo Horizonte, nos limites territoriais com Ibertioga, Piedade do Rio Grande, Santana do Garambéu, Lima Duarte, Bias Fortes e Antônio Carlos, no Campo das Vertentes com a Zona da Mata. O acesso é pela MG-135 E MG-338. (foto acima de André Duarte)
          Bom Jesus do Vermelho é uma pequena vila típica do interior mineiro, com uma singela igreja, praça, um casario colonial bem cuidado, destacando as velhas e antigas vendas, como a Venda Salles, como podem ver nas fotos acima do André Duarte, a Venda, a Igreja e o casario visto da entrada da vila.
          Seu povo é simples, hospitaleiro, valorizam suas tradições folclóricas, religiosas e a tradição mineira dos tempos dos tropeiros e boiadeiros, presente nas cantorias da tradicional música caipira mineira, além da culinária mineira, principalmente as quitandas, sempre presente nas cozinhas mineiras e nas rodas de viola e sanfona, que sempre acontece nas casas e quintais da Vila.
          Lugar calmo e tranquilo, onde todos se conhecem. Na charmosa e pequena vila, vivem pouco mais de 1000 pessoas. Sua economia se baseia em pequenos comércios, na agricultura familiar e no turismo, já que a Santa Rita do Ibitipoca e seus distritos estão na área do Parque Estadual do Ibitipoca. Por esse motivo, restaurantes, bares e pousadas se encontra com facilidade no distrito, em Santa Rita e redondezas.
          Além disso, Bom Jesus do Vermelho oferece a seus moradores e visitantes um convívio pelo com a natureza, com trilhas diversas, cachoeiras, montanhas e as belíssimas paisagens paisagens do Parque do Ibitipoca, como por exemplo a Janela do Céu, principal atração do Parque, situado nas terras do município de Santa Rita, no qual faz parte Bom Jesus do Vermelho.
          Uma época boa para visitar Bom Jesus do Vermelho é julho, quando acontece a tradicional festa do Bom Jesus, com shows com bandas e artistas locais e regionais, barracas com comidas típicas, celebrações religiosas, dentre outras atrações.

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