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domingo, 6 de julho de 2025

Artesanato, Dona Izabel e belezas naturais do Jequitinhonha

(Por Arnaldo Silva) No Vale do Jequitinhonha, vivem cerca de 1 milhão de mineiros, numa região que vem melhorando ao longo dos anos, embora ainda careça de muitas melhorias ainda para aumentar seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), se destaca não só em Minas, no mundo por seu valioso e rico artesanato em cerâmica.
          São peças únicas, rica em detalhes e cores naturais, obtidas pela pigmentação do próprio barro do Jequitinhonha, dissolvido em água. Lília Xavier, autora das peças acima, é uma das mais importantes artesanais do Jequitinhonha na atualidade.
          Lília Xavier vive em Campo Alegre, distrito de Turmalina, cidade com grande tradição cultural, religiosa e folclórica em Minas Gerais, celeiro de grandes talentos na arte da cerâmica.

Dona Isabel
          Moradora de Santana do Araçuaí, Dona Isabel foi a mais importante bonequeira do Vale do Jequitinhonha.
Dona Isabel teve seu trabalho reconhecido e respeitado no mundo inteiro, com várias premiações, tanto em Minas Gerais, no Brasil e no exterior, pela UNESCO em 2004. 
Izabel Mendes da Cunha nasceu em 3 de agosto de 1924, na comunidade rural de Córrego Novo, falecendo no dia 30/10/2014, aos 90 anos, em Santana do Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.
Na imagem, Dona Isabel, em foto feita pelo José Ronaldo, a partir de um outdoor colocado em frente à entrada de Santana do Araçuaí.
           Deixou um legado para a cultura, não só mineira, mas brasileira. Autodidata, herdou a arte da cerâmica de sua mãe, que fazia panelas de barro, mas sempre sentiu um toque especial para fazer bonecas, arte que se dedicou a partir de 1970, inspirando nas moringas de barro, modelando a tampa em forma de cabeça, com os rostos sempre em feições sérias, serenas e sóbrias. 
          Suas peças estão espalhadas pelo Brasil e em vários outros países do mundo, decorando casas, lojas e museus. Sua arte e visão contemporânea, dividia com todas, nunca guardou somente para si seus conhecimentos, ao contrário, ensinava. 
          Era exemplo de talento, abnegação e amor ao Jequitinhonha, fazendo até os dias de hoje discípulas de sua arte e técnica. Uma arte única, autêntica, que inspirou gerações de novas ceramistas na arte de trabalhar o barro do Vale do Jequitinhonha e valorizar a mulher do Vale, sua cultura, talento e capacidade como na arte em bonecas de barro acima, feitas pela artesã Lilia Xavier de Campo Alegre, distrito de Turmalina MG.
Belezas Naturais          
          Destaca também por suas belezas naturais impressionantes, como os afloramentos rochosos, tradicionais na região, que encantam e impressionam pela imponência, magnitude e beleza, como estes, na foto acima do Randal Renye, na região da Pedra do Cachorro, no distrito de Itapiru, em Rubim MG, distante 784 km de Belo Horizonte, a 243 metros de altitude, com cerca de 12 mil habitantes.
       Boa parte das cidades da região do Jequitinhonha foram formadas aos pés desses afloramentos rochosos, como Santo Antônio do Jacinto, na foto acima do @LWKASfotografias. A cidade tem cerca de 12 mil habitantes, com 413 metros de altitude, distante 890 km de Belo Horizonte.
O Rio Araçuaí
          
Um dos grandes destaques da região do Baixo Jequitinhonha é o Rio Araçuaí com 315 km de extensão, banhando 19 cidades e abastecendo outras 23, desaguando no Rio Jequitinhonha, uma dos mais importantes rios de Minas Gerais e de grande importância para a economia do Vale do Jequitinhonha. Na foto acima do Randal Renye, o Rio Jequitinhonha em Almenara, cidade com cerca de 42 mil habitantes.           
O Vale do Jequitinhonha hoje
Na foto acima: Rio Jequitinhonha em Coronel Murta - Bruno Lages
          O Vale do Jequitinhonha, por muitos anos foi considerado uma das regiões mais pobres do país, embora a situação tenha mudado bastante em relação ao século passado, ainda persiste na mente de quem não conhece o Vale do Jequitinhonha, como sendo o "vale da miséria".          
          As desigualdades na região, continuam, bem como índices de pobreza e desigualdades existem em todo o Brasil e não apenas em uma região específica.
          Hoje a região se mostra bem melhor que décadas atrás, caminhando para ser uma região rica e desenvolvida, graças as suas riquezas riquezas minerais, como o minério e o agronegócio.
          A região vem se mostrando com grande potencial, por exemplo, para desenvolvimento de indústrias extrativas, facilitada ainda pela sua posição geográfica, próxima ao litoral baiano e capixaba, com acesso mais rápido a portos, por via terrestre e por ferrovias.

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