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sexta-feira, 22 de abril de 2022

A região queijeira de Araxá

(Por Arnaldo Silva) Uma das mais tradicionais e expressivas regiões queijeiras mineiras, a região queijeira Araxá é formada por 11 municípios: Campos Altos, Conquista, Ibiá, Pedrinópolis, Perdizes, Pratinha, Sacramento, Santa Juliana, Tapira, Uberaba e pela cidade que deu origem ao tipo de queijo e nome à região queijeira, Araxá.
          A cidade de Araxá, distante 370 km de Belo Horizonte. Cidade turística, com excelente estrutura urbana, é ainda uma das mais charmosas estâncias hidrominerais de Minas Gerais, com destaque para o Grande Hotel do Barreiro. (na foto acima do Luís Leite, a Fazenda Caxambu em Sacramento, produtora de queijos Araxá)
          É ainda sede de um dos mais importantes eventos internacionais de queijos, o Mundial do Queijo do Brasil, realizado anualmente. (na foto acima do Arnaldo Silva, vista parcial de Araxá)
Região queijeira
          Uma região queijeira é caracterizada por suas características únicas, levando-se em conta o solo, o clima, a incidência de sol, o relevo, a altitude e a tradição secular e preservada da forma de fazer queijo. (na foto acima de Arnaldo Silva, a cidade de Conquista)
          As 11 cidades que formam a região queijeira Araxá, produz um queijo com características, identidades próprias e tradição que vem de gerações. Por isso é uma região queijeira reconhecida pelo Governo de Minas Gerais e órgãos sanitários.
Características do Queijo Araxá
          O queijo da região queijeira Araxá tem a casca fina, sem trincas, semidura, na coloração amarelo claro. Sua massa é branca-creme, macia, densa e com pouca ou nenhuma olhadura. (na foto acima de Luís Leite, queijaria da Fazenda Caxambu em Sacramento MG)
          Queijo de sabor forte, amanteigado e ácido, mas não picante, além de ser mais salgado que os queijos de outras regiões.
          Quanto mais tempo de cura, mais acentuadas e intensas são suas características, ou seja, quanto mais maduro, mais firme é o queijo e seu sabor mais forte.
Herança portuguesa
          Foram os portugueses os responsáveis por introduzir as técnicas de manejo do gado e produção de queijos, ainda nos tempos do Brasil Colônia. Aprenderam este ofício com produtores de queijos do Norte da Bélgica e Holanda, países tradicionais na produção queijeira, ao contrário de Portugal, que sempre se destacou na Europa pelos seus bons vinhos.
          Em Minas Gerais, os portugueses deixaram como herança a arte de fazer queijos, não só em Araxá, mas na Canastra, Campo das Vertentes, Serro, Entre Serras da Piedade e do Caraça, enfim, em todas as cidades mineiras. Na região de Araxá, a produção queijeira tem origem no início no final do século XVIII e início do século XIX, há mais de 200 anos.
A receita tradicional e o terroir mineiro
          Receita preservada há séculos e feito do mesmo modo que há mais de 200 anos, consiste somente em leite de vaca cru, coalho, sal, pingo ou fermento natural e tradicionalmente curado na madeira, como há 200 anos atrás. (foto acima e abaixo de Luís Leite na Fazenda Caxambu em Sacramento MG)
          Queijo Minas Artesanal se faz assim, nada mais que isso. O que muda e dá forma, cor e característica aos queijos é a flora bactéria da região, o clima, umidade, altitude, pastagens e manejo do gado, condições específicas de cada região.
          Em Minas Gerais a arte de fazer queijos ganhou forma, características e identidades únicas, graças à diversos fatores regionais de relevo, surgindo assim queijos diferenciados, únicos e inigualáveis, presentes em regiões devidamente demarcadas, de acordo com as características regionais de cada queijo.
11 regiões queijeiras mineiras
          Minas Gerais tem atualmente 11 regiões queijeiras caracterizadas, que produz diferentes tipos de queijos, de acordo com a tradição, gado, altitude, cultura, flora bacteriana e condições climáticas.
          As regiões mineiras reconhecidas pelos órgãos do Governo e sanitários são: Araxá, Mantiqueira de Minas, Entre Serras da Piedade e do Caraça, Cerrado, Triângulo Mineiro, Campo das Vertentes, Serra do Salitre, Diamantina, Serras da Ibitipoca, Serro e Serra da Canastra. (na foto acima de Luís Leite, a cidade de Sacramento, da região queijeira Araxá)
Fazer queijo é o DNA do mineiro
          Queijo faz parte do DNA do mineiro. Fazer queijos é uma arte tão forte em Minas Gerais que até parece que o mineiro já nasceu sabendo fazer queijo. A receita pode ser a mesma em qualquer, mas a flora bacteriana não. São bactérias, fungos e ácaros que dão cor, sabor, textura e características de um queijo e não receita. E cada região tem suas diferentes floras bacterianas, por isso a diferença nos queijos, embora o modo de fazer seja o mesmo.
          O sabor de Minas presente nos queijos vem do manejo do gado, da qualidade do leite, água, solo, tradição no modo artesanal do preparo, da flora bacteriana diferenciada e o mais importante, o amor, a vocação e a herança familiar. (na foto acima de Emílio Mendes/@pe.emiliomendes, a cidade de Ibiá, que faz parte da região queijeira Araxá)
          Aí está o segredo dos queijos mineiros, o melhor queijo do Brasil e um dos melhores do mundo.
          Os queijos produzidos em Araxá (na foto acima de Emílio Mendes/@pe.emiliomendes) e região estão entre os melhores do mundo. São várias premiações regionais, nacionais e internacionais como no Mondial Du Fromage e no Mundial de Queijos do Brasil. Aliás, os queijos produzidos em todas as regiões queijeiras mineiras, estão entre os melhores do mundo atualmente.

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