Já em Minas, o caminho continuava por Simão Pereira e seguida por várias outras cidades, como Matias Barbosa (na foto acima da Luciana Silva), Juiz de Fora, Santos Dumont, Barbacena, Santana dos Montes, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Itatiaia, distrito de Ouro Branco, por fim, Ouro Preto.
Chamado de Caminho Novo, sua extensão era de 515 km e tinha como objetivo, escoar com mais rapidez a produção mineral vinda de Minas Gerais.
Com a descoberta de ouro e diamantes na região do Arraial do Tejuco, hoje Diamantina, em 1729, o Caminho Novo foi estendido a partir de Ouro Preto, até Diamantina, passando pelo Serro Frio, com seu ponto de ligação em Itapanhoacanga, conhecido como Caminho dos Diamantes. (na foto acima do Tharlys Fabrício, ao fundo, a casa em que viveu Chica da Silva e o Contratador João Fernandes, em Diamantina MG)
Somando com a extensão do Caminho Velho e Caminho Novo em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a Estrada Real tem uma extensão de 1235 km, passando por 179 povoações, entre cidades, vilas e distritos, que foram surgindo às margens da Estrada Real, nesses três estados. (na foto acima de Raul Moura, a sede da Prefeitura da cidade do Serro MG) Em sua maioria, as cidades e povoações da Estrada Real, tanto do Velho e Novo caminhos, estão em Minas Gerais. São163 em Minas Gerais, 8 no Rio de Janeiro e 8 em São Paulo, uma delas é a cidade de Aparecida, na foto acima do Rosário Salgado.
Somando os 710 km do Caminho Velho, com os 515 km do Caminho Novo da Estrada Real, com o trecho do Caminho dos Diamantes, com 395 km de extensão, que ligava Diamantina a Ouro Preto e do Caminho do Sabarabuçu, com 160 km de extensão, que ligava Catas Altas (na foto acima do Marley Mello) a Glaura, distrito de Ouro Preto, a extensão total da Estrada Real, seria de aproximadamente 1790 km.
As cidades que existiam ou surgiram ao longo desses caminhos, são tradicionais, históricas, turísticas, repletas de belezas arquitetônicas e naturais, além de ricas em história, culinária, tradição, folclore, religiosidade e cultura. (na foto acima de Peterson Bruschi, o imponente prédio construído no século XVIII para abrigar a Casa da Câmara e Cadeia de Vila Rica. Hoje é o Museu da Inconfidência de Ouro Preto)
Como exemplo disso, estão as cidades de Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina, Serro, São João Del Rei e Itapanhoacanga (na foto acima da Luciana Silva), um dos mais ricos e importantes garimpos de ouro da região do Serro Frio. Distrito de Alvorada de Minas, no Jequitinhonha, Itapanhoacanga ligava Diamantina MG, no Caminho dos Diamantes, à Estrada Real, em Ouro Preto.
Os Caminhos da Estrada Real não contam apenas a história das riquezas minerais de Minas, mas a história de gente, importante ou não, que percorreram esses caminhos, como Dom Pedro I e II, autoridades da Corte, pelos Inconfidentes, por gente do povo, escravos e tropeiros, enfim, são caminhos que contam boa parte da história do Brasil Colônia. Por isso, a Estrada Real é de grande valor para a história, cultura e turismo de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
São caminhos que, além da história, guardam verdadeiros tesouros de nossa história, como por exemplo, Ouro Preto, Paraty/RJ, Lagoa Dourada, onde estão as ruínas do Forte dos Emboabas e Paraíba do Sul/RJ (na foto acima de Luciana Silva), cidade onde Tiradentes esteve presente, em várias ocasiões, além da cidade guardar restos mortais do Mártir da Inconfidência Mineira.
Todas as cidades, vilas e distritos da Estrada Real são atraentes, charmosos e acolhedores. Revelam culinárias típicas, um artesanato riquíssimo e variado, principalmente em Minas Gerais, além da religiosidade, fé e tradições regiões centenárias. (na foto acima do Arnaldo Silva, a charmosa Vila de São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto MG) Sem contar as belezas arquitetônicas dessas cidades, que além de encantar, impressionam. São construções que mostram as belezas originadas pelas riquezas, presentes nas igrejas ornamentadas com ouro puro, casarões urbanos e rurais. (na foto acima do César Reis, o reluzente altar-mor da Matriz de Santo Antônio em Tiradentes MG) Essa riqueza permaneceu evidente, no século XX, com construções imponentes, como palácios, citando como exemplo o Palácio Quitandinha, em Petrópolis/RJ (na foto acima da Luciana Silva), construído a partir de 1941 e até castelos em estilo medieval, como o Castelo do Barão de Itaipava, em Petrópolis, construído entre 1922/24 (na foto abaixo da Luciana Silva). Além disso, em todas as cidades da Estrada Real, encontra-se belezas naturais de tirar o fôlego, como sítios arqueológicos, cachoeiras, montanhas, rios, matas nativas, além de uma fauna e flora riquíssimas. Além disso, três cidades da Estrada Real são hoje, Patrimônios da Humanidade. Ouro Preto, Diamantina e o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos (na foto acima da Elvira Nascimento), em Congonhas, todas em Minas Gerais. Essas três cidades são dotadas de uma riqueza arquitetônica e cultural impressionantes. Não é por menos, que são patrimônios da humanidade. A Estrada Real revela belezas (como na foto acima, de Paulo Santos, estrada para Itamonte, no Sul de Minas), tanto naturais, quanto arquitetônicas e principalmente história. Em todas as cidades, vilas e povoados, da Estrada Real, o marco símbolo da ER estará presente. É a identificação da Estrada Real. Vale pena viajar e conhecer todos os caminhos da Estrada Real.