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quarta-feira, 11 de março de 2020

A beleza mágica da Serra do Cipó

(Por Arnaldo Silva) Durante o período colonial, a região da Serra do Cipó foi caminho para os bandeirantes paulistas que vieram para Minas em busca de ouro e pedras preciosas. Os bandeirantes chamaram a região inicialmente de Serra da Vacaria. 
          Já no século 17, Serra da Lapa. Esse nome durou pouco tempo, já que todos chamavam a região de Cipó por conta da Fazenda Cipó, que ficava na região. Assim permaneceu e ficou até hoje o nome Serra do Cipó. (na foto acima de Tom Alves/tomalves.com.br as Cataratas do Cipó ou Cachoeira Grande, em dias de normais e abaixo, em dias após chuvas intensas)
     Naquela época, foi construída pelos escravos uma estrada com o nome de Mãe d´Água, para facilitar a passagem das tropas. Essa estrada é a que dá acesso à cachoeira “Véu da Noiva”, uma das mais belas da Serra do Cipó. (na foto abaixo de Tom Alves/tomalves.com.br, o Rio Cipó)
     Desde os primórdios de Minas Gerais, a região da Serra do Cipó sempre chamou atenção por sua impressionante riqueza natural que sempre atraiu, além de turistas, pesquisadores, não só do Brasil, mas de todo o mundo.  
    Nascentes que formam os rios Cipó e do Peixe, riachos, cachoeiras, piscinas naturais, matas nativas, fauna diversificada e sua flora, impressionante. Essa é a Serra do Cipó. 
     Segundo dados de pesquisadores, foram catalogados 12 tipos de cactos e árvores da família das goiabeiras, diversas espécies de orquídeas nativas, além de mais de mil espécies da flora local, muitas delas ameaçadas de extinção. (na foto abaixo de Wilson Fortunato, orquídea nativa da região)
     Por sua diversidade e quantidade de plantas nativas, a Serra do Cipó é considerada o “jardim do Brasil”. Para preservar tanta riqueza, foi criado em 1975 o Parque Estadual da Serra do Cipó. Devido sua importância para o Brasil, à unidade passou a ser federal , em 1984, passando a se chamar Parque Nacional da Serra do Cipó. A unidade de conservação federal engloba os municípios de Itambé do Mato Dentro, Nova União, Morro do Pilar, Santana do Riacho e Jaboticatubas, sendo este último, com cerca de 60% de seu território compondo a área do parque, que no total é de 34 mil hectares, com um perímetro de cerca de 154 km. 
     Tanta beleza e tanta riqueza natural rendeu a Serra do Cipó o título de Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, em 1950. 
     Para os amantes da natureza, de esportes radicais ou para quem curte o convívio com a natureza, contemplando as belezas das cavernas e pinturas rupestres ou mesmo ouvindo o som das águas das cachoeiras (na foto acima de Arnaldo Quintão, a Cachoeira Serra Morena), se banhando calmamente em suas piscinas naturais de águas limpas e do convívio com a simplicidade e história das cidades que fazem parte da área do parque, a Serra do Cipó é o lugar ideal. As cidades e distritos como Cipó, Lapinha da Serra, Fechados, são pitorescos, charmosos, ricos em cultura, tradição, culinária, e claro, belezas naturais impactantes. A Serra do Cipó fica apenas 90 km de Belo Horizonte, seguindo pela MG 010. 
     É uma das regiões mineiras mais procuradas por turistas, tanto de Minas, quanto de todo o Brasil. (na foto acima de Tom Alves/tomalves.com.br o Rio Cipó e abaixo o Vale do Travessão) 
     Com o objetivo de promover a integração entre os municípios que compõem a área do parque e outros em seu entorno, bem como incrementar o turismo nesses municípios, foi criado em 2002 o Circuito Serra do Cipó, abrangendo os municípios de Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Morro do Pilar, Santana do Riacho e Santa Maria de Itabira. São cidades com excelentes opções de hospedagens e gastronomia diversificada, além serem turísticas, possuírem atrativos históricos e arquitetônicos dos tempos do Brasil Colonial.
     Palco de uma natureza encantadora e exuberante, a Serra do Cipó possui como principais atrativos, diversas cachoeiras, piscinas naturais, grutas e cavernas, pinturas rupestres, além de locais para prática de esportes radicais.
Atrativos na Serra do Cipó
     O que mais atrai turistas na Serra do Cipó são as cachoeiras, destacando a Cachoeira Grande, Cachoeira da Farofa, Cânion dos Confins, Cachoeira do Tomé, Cachoeira de Baixo, Cachoeira do Gavião, Cachoeira de Braúna, Cachoeira do Riachinho, Cachoeira da Capivara e Cachoeira das Andorinhas.
     Além das cachoeiras, as estátuas em homenagem ao folclórico Juquinha, que subia a serra para coletar flores e trocar por comida e objetos é outro atrativo. Figura simples, simpática, sorridente, muito querida, com sua vida e história imortalizada na mente dos moradores da região, bem como em estátuas, tanto na Serra (na foto abaixo de Raul Moura), quando na entrada de Santana do Riacho. 
     Para os apaixonados por trilhas, na Serra do Cipó tem as trilhas do Juquinha, Trilha dos Escravos, Pico da Lapinha, Cachoeira Véu da Noiva e Morro da Pedreira, todas sinalizadas. O trilheiro pode ainda dar uma parada pelo caminho para praticar esportes de aventura, como escalada, rapel e canoagem
     A culinária e o artesanato da região são atrativos imperdíveis. Artesanato rico e variado, bem como a gastronomia. Vinho de jabuticaba, cachaça, queijos, doces e claro, os mais tradicionais pratos típicos da cozinha de Minas. Além de curtir as belezas da Serra do Cipó, o charme e beleza da arquitetura das cidades, o visitante não deve mesmo deixar de conhecer o artesanato e provar da culinária local.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Cultura e turismo em Dores do Indaiá

(Por Arnaldo Silva) O povoamento na região começou em no início do século XVIII. De um pequeno povoado, surgiu um arraial, posteriormente vila em 1850 e por fim, município a partir de 8 de dezembro de 1885. Dores do Indaiá é um dos mais antigos, charmosos e pitorescos municípios mineiros, guardando relíquias de nossa história, bem como as riquezas das tradições religiosas e folclórica mineiras. (Fotografia de Geraldo Amarildo)
          A vida em Dores do Indaiá é calma e tranquila, com seus moradores desfrutando de uma cidade que oferece uma qualidade de vida muito boa. Foto acima e abaixo da Sueli Santos)
            Com 12.630 habitantes, segundo o IBGE, Dores do Indaiá, na Região Central, fica a 255 km de Belo Horizonte, a 36 km de Luz, 42 km de Abaeté, 27 km de Estrela do Indaiá, 26 km de Quartel Geral, 34 km de Serra da Saudade e a 90 km de Bom Despacho, cidades vizinhas.
          Para chegar à Dores do Indaiá, vindo de Belo Horizonte, o acesso se da através da rodovia BR-262 (partindo de Belo Horizonte ou do Triângulo Mineiro) e após a cidade de Luz, se dirigindo pela rodovia MG-176.  e pela rodovia BR-352 e em seguida se dirigindo pela rodovia MG-176, passando pelas cidades de Abaeté e Quartel Geral. (foto acima e abaixo da Sueli Santos)
          A economia gira em torno de atividades agropecuárias, onde o município realiza uma das maiores exposições agropecuárias da região, além de contar pequenos comércios, charmosas poucas, restaurantes com comida típica, produtos artesanais como queijos, doces e quitandas, direto da roça, além do turismo, já que Dores do Indaiá é uma cidade com origens no início do século XVIII. Surgiu com a formação de um pequeno arraial, que foi elevado a Vila em 1850 e por fim a cidade em 8 de outubro de 1885. 
          O município guarda relíquias dos tempos do Brasil Colônia como fazendas centenárias e casarões e igrejas em estilo neogótico, eclético e coloniais, presentes na Praça, nos prédios da Escola Estadual "Francisco Campos", da Escola Estadual "Dr° Zacarias", na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, além de construções contemporâneas como o Cristo do Alto da Capelinha e o Castelo Indaiá. (Foto acima e abaixo da Sueli Santos)
          A cidade preserva ainda sua rica tradição folclórica e religiosa, como as cavalhadas, festas juninas e a Festa de Nossa Senhora do Rosário, no mês de agosto, uma das mais antigas e famosas da região, que homenageia ainda, Nossa Senhora das Dores, São Benedito e Santa Efigênia. (foto abaixo da Sueli Santos)
Principais eventos culturais e sociais da cidade
Fevereiro: CarnaDores;
Abril: Semana Santa, Cavalgada Para o Campo do Bolado (Realizada pela Comitiva Oito Segundos);
Maio: Motofest;
Junho: Festa Junina Regional;
Julho: Exposição Agropecuária de Dores do Indaiá (Expodores);

Agosto: Festa do Rosário;
Outubro: Aniversário da cidade e a Festa Caboclos do Sertão;
Dezembro: Réveillon no Castelo Indaiá.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O Santuário do Caraça, os lobos e o tombo do Imperador

(Por Arnaldo Silva) O Santuário do Caraça é hoje uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, com conservação de âmbito federal, através da Portaria do IBAMA, nº 32, de 20 de março de 1994. Dos 11.233 hectares da área, 10.187,89 hectares são áreas de preservação permanente, graças ao empenho da Província Brasileira da Congregação da Missão, instalada no local desde o século XVIII, proprietária e mantenedora da área. O objetivo com a criação da reserva é proteger o valioso patrimônio natural do Santuário do Caraça.
          A área é uma transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Possui uma flora abundante, córregos e belas cachoeiras, sem contar a rica fauna local, com a presença de 79 espécies de mamíferos como o lobo-guará, onças, jaguatiricas, além de anta e outros animais nativos. (foto acima do Peterson Bruschi)
          No Santuário existe um maciço rochoso que lembra um rosto humano. Os antigos chamavam o rosto de caraça, uma grande cara. Por existir desde o século 18, a Província Brasileira da Congregação da Missão, com a presença de religiosos, a construção de um dos primeiros colégios do Brasil e um santuário religioso, a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, construído entre 1876 e 1883, sendo a primeira igreja em estilo neogótico do Brasil, passou a ser chamado de Santuário do Caraça. (Fotografia acima do Josiano Melo)
          Com a criação da Reserva, o nome tradicional e popular prevaleceu, sendo este nome reconhecido oficialmente em quatro de março de 2005, com título concedido pelo Arcebispo de Mariana na época, Dom Luciano Mendes. 
          O Santuário do Caraça fica em Catas Altas a 120 km de Belo Horizonte. É um dos mais famosos e procurados destinos de turismo ecológico e religioso em Minas. Todos os anos, cerca de 70 mil pessoas, de Minas, do Brasil e de vários países do mundo, visitam o Caraça, O lugar é excepcionalmente maravilhoso, numa comunhão perfeita entre a religiosidade e a natureza. Não é à toa que é chamado de “paraíso”. (fotografia acima de Alexandre Pastre)
          Por sua importância cultural, histórica e ambiental para Minas Gerais e o Brasil, existe uma campanha para tornar o Santuário do Caraça patrimônio cultural da humanidade, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 
Dom Pedro II, o tombo e o jantar com lobos
          Recebido pelos alunos e padres, em visita ao Santuário em 1881, extasiado com tanta beleza, o Imperador Dom Pedro II, fez questão de deixar escrita essa frase: “Só a visita ao Caraça paga a viagem a Minas”. 
          Saudado em nove línguas pelos alunos, Dom Pedro II foi muito gentil com todos, fazendo questão de agradecer a saudação e receptividade que teve, presenteando o santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens com um vitral de cinco metros, retratando Jesus no templo entre os doutores. O vitral é um dos mais fotografados pelos turistas que vem ao Santuário do Caraça, bem como a pedra onde o Imperador escorregou e caiu ao chão. 
Estão lá gravados na pedra o dia e ano do escorregão do Imperador. (fotografia acima do Josiano Melo)
          Hoje, a vantagem de estar no Caraça é que você tem tudo num só lugar. Igreja, museu, natureza, restaurante e também, pousada. Tudo isso em cerca de 12 mil hectares de paisagens espetaculares e momentos marcantes de fé e a presença dos lobos na hora do jantar.
          A presença do lobo-guará no adro do Santuário do Caraça é uma imagem impactante, linda e impressionante. (na foto acima de autoria de André Laine)
          A história do lobo que come nas mãos dos padres corre o mundo e quem vai ao Caraça, não perde a oportunidade de presenciar essa impressionante cena.           
          Já é praticamente um ritual. Há mais de 35 anos, sempre na hora do jantar, os lobos aparecem para receber pedaços de carne oferecidos pelos padres. Isso na presença de turistas que ficam completamente extasiados e até perplexo com a cena. Muitos se emocionam. 
Como chegar ao Santuário do Caraça:
          Saindo de Belo Horizonte, siga pela BR 381 sentido Santa Bárbara e Catas Altas. Chegando no trevo de Santa Bárbara, observe a placa de sinalização. Não entrará na cidade mas aconselho a entrar e conhecer já que Santa Bárbara é uma cidade histórica linda, mesmo que por alguns minutos, vale a pena conhecer. (fotografia acima Marselha Rufino)
          Mas se não quiser entrar na cidade a partir de Santa Bárbara, seguir as placas de sinalização que são muitas e a estrada é asfaltada e em boas condições de tráfego. Os telefones do Santuário do Caraça, para informações sobre hospedagem e visitas ao Santuário são:(31) 3942-1656 (31) 98978-3180 (WhatsApp)

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Alvinópolis: a cidade das Chitas

(Por Arnaldo Silva) Alvinópolis fica a 163 km de Belo Horizonte e está situada na Região Central/Leste do Estado. (fotografia acima de Sérgio Mourão) Devido sua localização e importância nas rotas dos antigos tropeiros, o município está incluído no roteiro turístico da Estrada Real. Com cerca de 16 mil habitantes, é uma típica cidade de Minas, com casario histórico bem preservado, com tradições folclóricas e religiosas ativas como o Congado, uma tradição fortíssima na cidade e preservada em sua origem desde a criação do município no século XIX.
          A cidade também tem uma expressiva vocação musical e teatral com grupos de teatros, bandas de música, orquestras como de flautas, cantores solos e duplas com estilos diversos sempre surgem na cidade e abrilhantam eventos locais e regionais. (na foto acima do Sérgio Mourão, a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e abaixo, enviada por Alessandro Pascoal Eugênio, a Festa de Nossa Senhora do Rosário)
          No município acontece um dos melhores carnavais da região, com a presença de milhares de pessoas que prestigiam a festa, vindos das cidades próximas. O carnaval é tão animado e tão bom, que chega a ter uma média de 20 mil pessoas pulando carnaval nos dias de festa, mais que os moradores da cidade. (na foto abaixo do Sérgio Mourão, detalhes do Centro Histórico, com destaque para a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário)
          Além disso, o povo alvinopolense é muito hospitaleiro e sente e muito orgulho de sua cidade, da sua história e principalmente por ser sede de uma das mais importantes empresas do setor têxtil do Brasil e uma das mais antigas também, a Fabril Mascarenhas.
          Alvinópolis faz divisa com os municípios de Rio Piracicaba, Mariana, São Domingos do Prata, Dom Silvério, Santa Bárbara, Catas Altas e Barra Longa. Está distante do Rio de Janeiro por 450 km, de São Paulo por 755 km, de Brasília por 900 km e de Vitória por 425 km. As cidades mais próximas, são: João Monlevade por 56 km, Mariana por 68 km e Ponte Nova por 60 km de distância.
Breve história:
          No final do século XVII foi encontrado ouro no Rio Gualaxo. Com a descoberta começaram a vir pessoas de outras localidades para explorarem o precioso metal. Um desses foi o sertanista Paulo Moreira da Silva, que adquiriu uma fazenda próximo ao Rio do Peixe, um lugar com solo e terras bastante férteis. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          A partir de 1830, nesta mesma fazenda, começou a se formar um arraial onde seus moradores se dedicavam a produção agrícola e esta produção abastecia as cidades de Mariana e Ouro Preto.
          Em 1832, o arraial passou a chamar-se de Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Paulo Moreira. Em 1745, no arraial, começa a construção da capela em honra a Nossa Senhora do Rosário e em 5 de fevereiro de 1891, é reconhecida como cidade. O nome da cidade passou a ser Alvinópolis em homenagem a Cesário Alvim, ex-governador do Estado
Fabril Mascarenhas
Em 14 de junho de 1887 foi inaugurada próxima a fazenda Paulo Moreira, uma pequena fábrica de tecidos. Em 1901 a pequena fábrica foi arrendada por um grupo do setor têxtil da época, sendo adquirida em definitivo em 1912, passando a denominar-se Companhia Fabril Mascarenhas. (foto acima: arquivo da Fabril Mascarenhas/Divulgação) Ao longo desses mais de 100 anos em atividade, a empresa se modernizou, ampliando seu campo de ação com aquisição do controle acionário da Monferrari Ltda e da Industrial Policena Mascarenhas S.A, no inícios dos anos 80. Além disso a empresa possui três usinas hidrelétricas em Dom Silvério MG e em Alvinópolis MG, garantindo uma enorme economia de energia elétrica.
          A fábrica sempre passa por processos de modernização e atualização mas mantendo o que tem de mais valor que é a tradição e qualidade dos tecidos de seus produtos, que são cretones para roupas de cama, popelines para vestuário adulto e infantil, tecido para decoração, cama, mesa e fraldas. O produto mais famoso da empresa é o tecido de Chita. (na foto acima do Sérgio Mourão) A empresa gera em torno de 400 empregos diretos.
          Além da Fabril Mascarenhas, Alvinópolis conta com a Bio Extratus Cosméticos Naturais Ltda, gerando vários empregos diretos e indiretos. A própria Prefeitura é uma geradora de empregos, tendo em seus quadros mais de 500 servidores. (na foto acima, enviada por Alessandro Pascoal Eugênio, vista parcial da Fabril Mascarenhas e abaixo do Sérgio Mourão, a sede da Bio Extratus)
          Desde o arraial, Alvinópolis tem como força a sua produção agrícola. Esse setor emprega mais de 2000 famílias que atuam na produção de leite e seus derivados, gado de corte, produção de eucaliptos e outras culturas agrícolas. 
Festchita
          Tecidos de Chita é a principal produção da fábrica Fabril Mascarenhas, o que torna a cidade de Alvinópolis a cidade das Chitas. Vem se tornando tradicional na cidade a Festchita, geralmente no mês de junho, onde artesãos mostram seus trabalhos usando o famoso tecido, bem como a própria empresa Fabril Mascarenhas, mostra seus produtos nos 3 dias de festa. (na foto acima, enviada por Alessandro Pascoal Eugênio, barraca de chitas no dia da festa)
          O evento é marcado, além de tecidos, da chita e artesanato local, por shows, barracas e desfile. Tem também concurso e desfile de beleza, onde garotas da cidade desfilam com vestidos de chita, como podemos ver na foto acima enviada por Alessandro Pascoal Eugênio.
          Chita vem do sânscrito "chintz". É um tecido estampado de origem indiana que surgiu entre os séculos XV e XVI conquistando os europeus por pelas cores vivas, intensas e cintilantes do pano. 
          Quando chegou ao Brasil, por volta de 1800, o tecido passou por várias melhorias até chegar ao que temos hoje. (foto acima de Sérgio Mourão) Com a produção do tecido no Brasil, o custo para o consumidor baixou muito. Com o preço mais baixo, logo se popularizou, sendo o mais importante tecido do século XX, principalmente entre as camadas mais simples da sociedade, considerado uma identidade nacional de tão popular que era.
Esse tecido hoje é muito usado em festas populares, como Reinados e Festas Juninas. É usado também como decoração de ambientes e nas artes.(na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade, a Capela do Rosário)
Como chegar
De carro:
Pegue a BR 381 até João Monlevade. No trevo dessa cidade, pegue a MG 123. Você passará por Rio Piracicaba, Padre Pinto e Major Ezequiel, por fim, Alvinópolis.
De ônibus: Na Rodoviária de Belo Horizonte, pegue o ônibus da linha Lopes e Filhos. De segunda a sábado são dois horários e no domingo um. Pode pegar também um ônibus da Viação Gontijo para Dom Silvério MG, que passa tem parada em Alvinópolis. Essa linha tem apenas um horário.
De trem: Você pode ir de trem. Na Estação Ferroviária de Belo Horizonte, pegue o trem Vitória Minas, que sai as 7:30 hs, todos os dias. Você descerá na Estação de Trem de Rio Piracicaba e de lá, pegue um ônibus direto para Alvinópolis.
Algumas fotos são ilustrativas e enviadas como colaboração à matéria por Alessandro Pascoal Eugênio, funcionário da Fabril Mascarenhas

quarta-feira, 14 de março de 2018

A Vila de Cocais e a Festa da Quitanda e Goiabada

(Por Arnaldo Silva) Barão de Cocais é uma das mais belas cidades históricas de Minas Gerais, distante apenas 90 km de Belo Horizonte na região do Quadrilátero Ferrífero. O município faz divisa com Bom Jesus do Amparo, Caeté, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo e tem como destaque a charmosa e pitoresca Vila Colonial de Cocais, distrito de Barão de Cocais.
          Além de suas belezas naturais e arquitetônicas, Cocais se destaca na gastronomia mineira, na produção de goiabadas e quitadas diversas. Andando pelas ruas da Vila Colonial, pode-se sentir o suave aroma da goiabada cascão e até ouvir as borbulhas do doce tilintando sobre o tacho de cobre. Sentir o suave aroma dos biscoitos, roscas, pães, e bolo de fubá assado no forno de barro. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          A culinária de Cocais é um dos destaques do município e uma das rotas gastronômicas mais importantes de Minas Gerais. As delícias culinárias de Cocais são mostradas aos visitantes e turistas na tradicional Festa da Quitanda & Festival da Goiabada. A tradicional festa da culinária local e mineira é realizada anualmente, sempre no final de abril e início do mês de maio, no centro da pitoresca vila histórica. (na foto acima do Judson Nani a entrada da Festa da Quitanda e Festival da Goiabada em Cocais)
          A Praça Central do distrito é o palco da festa, que além da culinária e oficinas gastronômicas, tem apresentações musicais. A festa é muito bem organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais - EMATER-MG e apoio da Associação Comunitária do Distrito de Cocais, Associação dos Agricultores Familiares de Barão de Cocais e Região, e ainda do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barão de Cocais. (na foto acima do Nacip Gômez, a arquitetura colonial de Cocais)
          O evento é um dos mais aguardados na região, fazendo parte do calendário oficial de eventos do município, sendo ainda um grande fomentador de turismo e economia local, já que a festa atrai todos os anos, um grande número de turistas vindos de várias cidades mineiras. (na foto acima a praça onde é realizada a Festa da Quitanda)
          Durante o evento, o visitante conhecerá os produtos típicos da culinária mineira, bem como poderá participar de oficinas gastronômicas ministradas pelo Senac/MG e terá ainda o privilégio de acompanhar de perto, o modo artesanal de fazer goiabada cascão no tacho e quitandas diversas, feitas em fornos de barro. E ainda tem aquele café bem mineirinho feito na hora, no coador de pano, acompanhado de biscoito de polvilho frito no fogão a lenha e outras delícias assadas no forno de barro. (fotografia acima de Judson Nani/2022)
          Percebe-se então que o festival é uma delícia e irresistível. As cores e sabores dos aromas de Cocais são deliciosos! É um convite para os apreciadores da típica culinária mineira e ainda, nos dias da festa, o visitante pode apreciar a Cachoeira de Cocais, (na foto acima da Elvira Nascimento) 
Mais informações sobre a festa podem ser obtidas através do telefone da Prefeitura Municipal: (31) 3837-7619 ou por e-mail:culturaeturismo@baraodecocais.mg.gov.br

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Morro do Pilar: o que fazer e como chegar


(Por Arnaldo Silva) Morro do Pilar é um pacato e encantador município de Minas, de alto valor histórico, cultural e econômico para o Estado de Minas Gerais. Foi em Morro do Pilar que foi fundada a primeira Siderúrgica do Brasil, dando início ao processo de industrialização do Estado. 
          O município conta com cerca 3.200 habitantes. Distante 150 km de Belo Horizonte, Morro do Pilar faz divisa com os municípios de Conceição do Mato dentro, Santo Antônio do Rio Abaixo, Itambé do Mato Dentro e Carmésia. A maior cidade próxima é Itabira, que está apenas 54 km de Morro do Pilar. Até 1842, Morro do Pilar era distrito de Conceição do Mato Dentro. A partir desta data, passou a pertencer ao Serro MG, sendo emancipada em 12 de dezembro de 1953. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
História
          As terras do atual município, começaram a serem exploradas desde 1701, com a descoberta de ouro na região. Com o aumento da exploração mineral, novos exploradores foram chegando e assim surgindo o arraial. Uma pequena capela foi construída em homenagem a Nossa Senhora do Pilar nesse período.
          Em 1789, foi construído um novo templo, maior, que substituiu o anterior. (na foto acima do Nacip Gômez, a atual Matriz de Nossa Senhora do Pilar)
          E o arraial foi crescendo e prosperando, até o início do século XIX quando a exploração mineral entrou em declínio. Esse fato poderia ter significado o fim do vilarejo, mas devido a ação do intendente dos diamantes, Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, em 1809 foi iniciada a construção da primeira fábrica de ferro do Brasil - a Real Fábrica de Ferro.
O início do siderurgia mineira
           Um projeto arrojado e inovador para a época, marcando o início da siderurgia mineira, fazendo com que  pequenas fábricas surgissem ao longo dos anos seguintes e por fim, o surgimento de  grandes empresas em Minas Gerais, começando pela Belgo Mineira, que iniciou suas atividades em 1921. 
          Em 1814 a Real Fábrica de Ferro produziu ferro líquido, fato histórico e marcante para a América Latina na época. 16 anos depois, em 1830, encerrou suas atividades. 
          As ruínas da Real Fábrica de Ferro são atrativos aos visitantes que podem ir ao local conhecer o início da industrialização em Minas.
         Hoje, as atividades econômicas principais do município estão voltadas para a produção agropecuária como produção de leite, milho, mandioca, laranja, banana, cana-de-açúcar e plantações de eucaliptos. 
          Existe também a indústria de transformação e mineração, além de comércio variado e artesanato. Mas sua vocação maior hoje é o turismo já que o município e dotado de belezas naturais que encantam os turistas. Um desses encantos é a Serra do Cachimbo que tem esse nome por lembrar um cachimbo.
Belezas naturais
          Morro do Pilar pode ser descrita como um lugar abençoado pela natureza, sossegado e tranquilo. História, cachoeiras, vida tranquila, simplicidade e o melhor de Minas, a nossa refinada culinária e a hospitalidade do seu povo.
          Por todo o município encontra-se serras, cachoeiras e rios como o Rio Picão e o Rio Preto, ambos com mata ciliar exuberante, água limpa  e cristalina. As cachoeiras mais procuradas são as cachoeiras da Naná  , do Tombo (na foto acima de Marcelo Santos)da Fumaça, do Lajeado, do Pica-pau e a da Santa.
Principais eventos da cidade
          O Forró do Morro, que é um evento tradicional na cidade, acontece todos os anos em julho. A tradição do Reinado de Nossa Senhora do Rosário é marcante no município, bem como a Folia de Reis, entre o Natal e o dia 6 de Janeiro e o carnaval, que é um dos melhores da região. (na foto acima do Marcelo Santos, a Matriz de Morro do Pilar)
Como chegar 
- De ônibus: Não tem ônibus direto para Morro do Pilar. Na rodoviária de Belo Horizonte, você pega o ônibus que vai até Itabira e de lá outro para Morro do Pilar. A empresa que faz o trajeto é a Saritur. Informações de horários e tarifas:(31) 3479-4300 
De carro: Partindo de Belo Horizonte, pegue a MG 10 até Lagoa Santa. De lá siga até a Serra do Cipó. Quando chegar no entroncamento entre Conceição do Mato Dentro e Morro do Pilar, vire a direta, pegando a MG 232. 
(na imagem acima do Marcelo, a Cachoeira da Naná, uma das mais belas cachoeiras do município)

sábado, 20 de janeiro de 2018

Conheça Catas Altas da Noruega

(Por Arnaldo Silva) Catas Altas da Noruega é uma pequena cidade com cerca de 3650 habitantes. Seu povo é simples, de uma hospitalidade incrível. Quem nasce em Catas Altas da Noruega é Catas-altenses. Faz divisa com os municípios de Itaverava, Piranga, Lamim, Ouro Preto.
          A pequena cidade possui belos casarões, igrejas centenárias e paisagens lindas como os altos da Lagarta, do Barreiro, do Cruzeiro, cachoeiras da Água Limpa, do Jequitibá e do Morro Redondo, o Rio Piranga  Pirapetinga, dentre outros. Para conhecer a história do município, tem o Museu e Arquivo Histórico, o Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro localizado em um casarão centenário em estrutura de madeira com vedação em pau-a-pique. (na foto acima e abaixo do Thelmo Lins, a Igreja de São Gonçalo do Amarante, totalmente restaurada, por dentro e por fora).
 Catas Altas da Noruega e Catas Altas
         Apesar da proximidade geográfica com Catas Altas, famosa cidade histórica onde está a Serra do Caraça, não tem nada a ver com Catas Altas da Noruega. São duas cidades diferentes, apenas com nomes parecidos. A origem do município é Lusitana e nada a ver com o país Noruega. Mas porque Catas Altas da Noruega? Para entendermos o porque, vamos contar um pouco da historia da formação do município. 
          A história da cidade começa a partir de 1690, com a chegada de bandeirantes paulistas e portugueses em busca de ouro. A origem então do município é a mesma de todo o restante do estado durante o período do ouro: lusitana.
Por que Catas Altas da Noruega?
           Quando da exploração do ouro na região, existia, no que é o hoje o município de Catas Altas da Noruega, duas Minas importantes: a de Catas Altas e da Noruega. A mina de Catas (catas=lavras) Altas tem esse nome devido a necessidade de fazer escavações mais profundas para catar o ouro nas profundezas da mina, por isso o nome. (na imagem acima de Thelmo Lins, casarões coloniais em Catas Altas da Noruega)
          A palavra "Noruega" significa "terra úmida e sombria na encosta sul de montanha que recebe pouco sol". O nome foi dado pelos bandeirantes justamente por terem encontrado uma mina de ouro, próxima a mina de Catas Altas, num morro frio, úmido, onde os raios solares não penetravam. Por isso deram o nome da mina de Noruega. 
          Com a decadência do ouro fim do século XVIII e início do século XIX, as minas foram abandonadas, gerando como consequência, desemprego e miséria nos povoados mineiros. Para combater a situação, o Governador da Capitania de Minas Gerais na época, Conde de Bobadella, decidiu incentivar novas descobertas de garimpos, bem como reativar minas abandonadas. (na imagem acima de Thelmo Lins, a Igreja de Nossa Senhora das Graças e abaixo a Matriz de São Gonçalo do Amarante)
          No caso, os garimpos de Catas Altas e o da Noruega foram reativados com nome único, originando o atual nome do município: Catas Altas da Noruega.
          Portanto, o nome da cidade não tem nada a ver com o país Noruega ou algum imigrante norueguês que tenha vivido no local. 
          Catas Altas da Noruega (na foto acima de Sérgio Mourão) é uma cidade charmosa, pacata, que guarda relíquias de nossa história colonial como casarões e igrejas seculares.

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