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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Receita de doce de banana em pedaços

INGREDIENTES
. 7 a 10 bananas caturra bem maduras
. 1 xícara (chá) de açúcar
. Suco de 1 limão
. 2 colheres (sopa) de chocolate em pó 50%
. 1 envelope de gelatina sem sabor, dissolvido conforme a embalagem
. Açúcar para salpicar
MODO DE PREPARO
- Descasque e pique as bananas em rodelas bem finas.- Em uma panela, coloque o açúcar, o suco do limão e o chocolate, misture bem e deixe no fogo até derreter todo o açúcar.
- Acrescente agora as bananas e mexa bem até que as bananas comecem a se soltar do fundo. Tampe e deixe no fogo por alguns minutos e desligue.
- Acrescente a gelatina dissolvida e mexa bastante.
- Unte uma fôrma com manteiga, despeje todo o doce, espere esfriar e leve à geladeira e deixe de um dia para outro.
- No dia seguinte, retire da geladeira, espalhe o açúcar por cima e com uma faca, corte o doce em formato quadrado.
- Se preferir, espalhe mais um pouco de açúcar no doce já cortado.
Fotografia e receita fornecidas pela Luciana Albano de Ibiá MG

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A história da mártir e beata Isabel Cristina

(Por Arnaldo Silva) A Beata Isabel Cristina Mrad Campos é filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Nascida em Barbacena, Campo das Vertentes, a 172 km de Belo Horizonte, em 29 de julho de 1962, faleceu em Juiz de Fora MG em 1° de setembro de 1982, aos 20 anos de idade.
          Desde 2001, a leiga católica tem o título de Serva de Deus, ano que a Arquidiocese de Mariana MG, deu início seu processo de beatificação, junto ao Vaticano. Em 2009 seus restos mortais foram exumados e levados para o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena MG. (Mosaico de fotos do José Roberto de Paula, feito pelo Rogério Salgado, com a Capela, a foto tratada de Isabel Cristina, o quadro e imagem oficial da beata)
          Nesse mesmo ano, no dia do aniversário de sua morte, a fase arquidiocesana de seu processo de beatificação foi concluído e encaminhado à Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano. Inclusive, no documento da Arquidiocese, consta todo processo de martírio da Isabel Cristina, sofrido nas mãos de seu algoz.
          Em 27 de outubro de 2020 o Papa Francisco deu parecer positivo, autorizando a promulgação do decreto de reconhecimento oficial das virtudes heroicas de Isabel Cristina in defensum castitatis (em defesa da castidade)
          40 anos após seu martírio, a cerimônia de promulgação da data de beatificação de Isabel Cristina foi autorizada pelo Papa Francisco. Isabel Cristina foi beatificada no dia 10 de dezembro de 2022, em Barbacena MG, sua terra natal. Em casos de martírios, a Santa Sé dispensa a comprovação de um milagre.
          Na beatificação, realizado no Parque de Exposições Senador Bias Fortes, o Papa Francisco foi representado pelo cardeal emérito da de Aparecida/SP, dom Raymundo Damasceno Assis. (fotografia acima de abaixo de @vertentesdasgeraisbq)
          Durante a beatificação, dom Raymundo leu a Carta Apostólica, com a inscrição de Isabel Cristina, entre os beatos, feita pelo Papa Francisco.
Isabel Cristina Mrad Campos
 
          A beata Isabel era uma jovem de estilo de vida normal. Estudava, brincava com as amigas, namorava, passeava, uma típica vida de moça de família do interior mineiro. Era católica e muito religiosa, como sua família. Participava ativamente dos movimentos da Igreja, como por exemplo, os organizados pela Sociedade São Vicente de Paulo. (na fotografia acima do José Roberto de Paula, a imagem da Beata Isabel, em seu antigo túmulo, no Santuário da Piedade. Imagem tratada pelo Rogério Salgado)
          Sonhando em ser médica pediatra, com o objetivo de ajudar crianças carentes, Isabel Cristina mudou-se para Juiz de Fora, na Zona da Mata, a 96 km de Barbacena, para preparar-se para o vestibular de medicina, no início dos anos 1980.
          No dia no dia 1° de setembro de 1982, morando em Juiz de Fora a apenas um mês, requisitou os serviços de Maurílio Almeida Oliveira, para montar os móveis no apartamento que morava com o irmão, Paulo Roberto Mrad Campos, no centro de Juiz de Fora.
Aproveitando da situação de estar sozinho com a moça no apartamento, tentou violentá-la. A jovem resistiu até a morte, lutando contra seu agressor com todas as forças.
          
Diante da resistência da jovem e sem conseguir consumar o ato, agrediu-a com uma cadeira na cabeça, em seguida amarrou, amordaçou e rasgou suas roupas. Mesmo assim, Isabel resistia como podia, sendo por fim atingida com 15 facadas, sendo duas facadas na região vaginal, morrendo de forma violenta, cruel, brutal e impiedosa, em 1° de setembro de 1982, aos 20 anos de idade. Seu algoz foi preso e condenado a 19 anos de prisão. Morreu em 2004.
A imagem oficial da Beata Isabel Cristina
          Isabel Cristina morreu virgem e nesse dia, usava um terço em forma de anel em um de seus dedos. Leiga, fervorosa e dedicada a sua fé, Isabel Cristina deixou um ensinamento importante para as gerações futuras: " é preciso resistir ao mal, custe o que custar". Ela resistiu na defesa de seus valores e de sua fé e isso lhe custou sua vida. (na foto acima e abaixo de @@vertentesdasgeraisbq , a imagem e o quadro oficial da Beata Isabel Cristina)
          No dia de sua beatificação, foi apresentado pela Igreja Católica, o quadro oficial com a imagem de Isabel Cristina
          A imagem oficial da beata, que poderá adornar altares de igrejas e residências, apresenta Isabel Cristina em vestido branco, segurando lírios e palmas com a mão direita, com sua mão esquerda sobre seu peito, evidenciando em seu dedo anelar, o anel-terço. Ao fundo da imagem da mártir, um jardim com 15 rosas brancas representando os 15 golpes de faca que recebeu e as flores tradicionais de Barbacena MG, sua terra natal, cidade conhecida nacionalmente como a Cidade das Rosas.
          Segundo monsenhor Danival Milagres, pároco da paróquia de Nossa Senhora da Piedade “O modo como defendeu sua dignidade motivada pelos valores da sua fé marca a importância deste momento”. Para o monsenhor, a beata Isabel Cristina era "uma jovem de fé e cultivava amor a Maria".
Santificada pelo povo
          A morte violenta de Isabel Cristina chocou e comoveu a toda sociedade mineira na época. Sua história de vida, martírio e sofrimento começou a atrair, muitos fiéis ao seu túmulo em Barbacena MG. (na fotografia acima de @vertentesdasgeraisbq, a missa com as relíquias da Beata Isabel Cristina na Capela dos Sagrados Corações de Jesus e Maria em Barbacena MG)
          
À Isabel Cristina começaram a ser atribuídas graças e milagres através de sua intercessão, o que atraiu e atraí até os dias de hoje, fiéis e devotos ao santuário, onde estavam os restos mortais da beata, para pedir graças e também agradecer as graças alcançadas. A Igreja Católica está confeccionando relíquias feitas com pedaços da roupa de Isabel que serão distribuídas às paróquias e aos fiéis que já conta com hino e oração oficial. 
          Além disso, Isabel seus restos mortais foram transladados para a capela dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Nessa capela, que fica nas proximidades do Santuário de N. S. da Piedade, está agora o túmulo com seus restos mortais. (na foto acima e abaixo do @vertentesdasgeraisbq, a cerimônia de translado dos restos mortais da Beata Isabel Cristina do Santuário da Piedade para a Capela dos Sagrados Corações de Jesus e Maria).
          Além disso, o local contará com um memorial com o acervo de vida da beata, com documentos e fotos, doados por sua família, como podemos ver nas fotos abaixo do José Roberto de Paula, com mosaico feito pelo Rogério Salgado.
          Após a cerimônia de beatificação, seus restos mortais, que estavam em túmulo no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, foram levados pelos fiéis em procissão até a capela dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, onde seu túmulo e restos mortais ficarão. A capela fica no entorno do santuário, na foto abaixo do @vertentesdasgeraisbq.
A Santificação
Após a beatificação, o próximo passo será a canonização, o que a tornará santa. Embora a beatificação seja o último passo para a santificação, trata-se de um processo longo, necessitando da comprovação de um milagre obtido através de intercessão de Isabel e confirmado pela Igreja Católica, após rigorosos estudos religiosos e científicos.
          Com a beatificação da mártir Isabel Cristina, Minas Gerais passa a ter 4 beatos: Padre Eustáquio, Nhá Chica e Padre Victor são beatificados pela Santa Sé. A santificação é feita através de reconhecimento e comprovação pela Santa Sé de um milagre obtido por intercessão do beato. Somente após da comprovação de um milagre, pela Igreja Católica, que o beato é reconhecido como santo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Receita de biscoito de café

(Por Arnaldo Silva) Receita para relembrar os tempos da casa de Vó e das vendinhas pitorescas das pequenas cidades do nosso interior. Biscoito de café tem sabor de saudade e cheiro de casa de roça. É o nosso tradicional cafezinho em forma de biscoito, com o cheiro e o sabor do café coado no coador de pano, no fogão a lenha. Veja a receita:
Ingredientes:
. 2 colheres (sopa) bem cheia de café solúvel extra forte
. 2 colheres (sopa) de água morna.
. 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
. 2 colheres (sopa) de cacau em pó
. 200 gramas de manteiga em temperatura ambiente
. 2 gemas de ovo
. 1 xícara (chá) de açúcar
Modo de preparo
- Coloque em uma vasilha o açúcar e a manteiga e misture até formar um creme homogêneo.
- Misture em uma xícara o café solúvel com a água e despeje na vasilha, misturando com o creme formado com a manteiga e o açúcar.
- Em seguida, acrescente o cacau em pó, a gema de ovo e a farinha de trigo aos poucos, misturando com as mãos, até formar uma massa firme e lisa, desgrudando das mãos.
- Agora, vamos modelar os biscoitos, pegando um punhado de massa com as mãos, enrolando, formando uma bolinha. Achate essa bolinha e com uma faca, faça um corte na parte superior. Com isso os biscoitos lembrarão um grão de café.
- Unte uma fôrma com manteiga e leve ao fogo preaquecido a 180°C e deixe assando por 20 minutos apenas.
- Por fim, desligue, espere esfriar e sirva.
          Quando está assando, sentirá o gostoso cheiro do café pela cozinha. O que sobrar, guarde em sacos plásticos ou potes. Dura em média um mês.
Fotografias do Judson Nani em Barão de Cocais MG

sábado, 12 de novembro de 2022

Receita de broa de farinha de milho

INGREDIENTES
. 4 copos (americano) de farinha de milho
. 300 gramas de queijo Minas meia cura ralado
. 1 copo (americano) de farinha de trigo
. 1 copo (americano) de óleo
. 2 copos (americano) de leite
. 6 a 8 ovos
. 10 colheres (sopa) de açúcar
. 2 colheres (sopa) bem cheias de sopa de fermento em pó
MODO DE PREPARO
- Coloque na batedeira ou liquidificador o óleo, o leite, os ovos e bata por 3 minutos.
- Desligue, acrescente a farinha de milho, a farinha de trigo, o açúcar, e bata por mais 5 minutos.
- Desligue novamente e coloque o queijo e o fermento, misturando com uma colher.
- Unte uma fôrma redonda ou retangular óleo e pulverize um pouco de farinha de milho triturada e um pouco de farinha de trigo.
- Leve ao forno preaquecido a 180ºC por cerca 30 minutos ou até que fique dourado.
- Espere esfriar e sirva com café passado na hora.
- É bom demais esse bolo! Vale a pena fazer essa receita.

Bolo fotografado e preparado por Arnaldo Silva com receita fornecida por sua avó.  

Receita de biscoito de farinha de mandioca

Receita mineira tradicional de família.
INGREDIENTES
. 1 copo (americano) de farinha de mandioca fina, de preferência a mais amarela
. 1 quilo de polvilho azedo
. Meio copo (americano) de banha de porco ou óleo
. 1 copo (requeijão) de leite ou água
. Ovos o quanto baste para dar o ponto
MODO DE PREPARO
- Aqueça o leite juntamente com a banha.
- Misture a farinha com o polvilho em uma vasilha acrescente o sal e vá despejando o leite quente aos poucos.
- Acrescente os ovos um a um e sovando bem até o ponto de enrolar.
- Comece a fazer os moldes dos biscoitos enrolando a massa com as mãos, em forma de palito ou anel, como queira.
- Coloque os biscoitos em uma fôrma já untada com óleo e leve para assar em forno preaquecido a 180 °C por 30 minutos ou até que estejam dourados.
- Espere esfriar e sirva os biscoitos acompanhados de café.
Receita de família e fotos fornecidas pela Marluce Ferreira de Ipatinga MG

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Queijo de Bueno Brandão é super ouro em concurso mundial

(Por Arnaldo Silva) Bueno Brandão é uma charmosa e atraente cidade do Sul de Minas, distante 471 km de Belo Horizonte, faz divisa com Ouro Fino, Inconfidentes, Bom Repouso, Senador Amaral, Munhoz, Monte Sião e Socorro (SP). O município tem cerca de 11 mil habitantes. A cidade se destaca pelas cachoeiras, paisagens exuberantes, pela produção de chocolate caseiro, cachaças, vinhos, doces e principalmente de queijos.
          Um dos queijos produzidos em Bueno Brandão foi recentemente premiado no World Cheese Awards, um dos maiores concurso de queijos do mundo.
          Realizado no País de Gales, no Reino Unido, em 3 de novembro de 2022, o tradicional concurso mundial teve a participação de 42 países e 900 empresas do setor lácteo de todo o mundo. Os 42 países participantes inscreveram 4.434 queijos que disputaram medalhas de bronze, prata, ouro e super ouro, a maior premiação.
          Os queijos foram avaliados e divididos em categorias de acordo com a aparência da casca e pasta, corpo e textura, aroma e principalmente pelo sabor e sensação na boca, quesito de maior pontuação.
          Entre os queijos mais avaliados, de acordo com a pontuação por categoria, o que obteve maior pontuação entre os queijos super ouro foi o queijo francês Le Gruyère AOP, feito com leite não pasteurizado, eleito por sua maior pontuação entre os queijos super ouro, o melhor do mundo.
          Dos queijos brasileiros inscritos, 15 foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze, além do queijo Lua Cheia, da marca Serra das Antas, de Bueno Brandão MG, ter levado a medalha super ouro. Além disso, a marca Serra das Antas de Bueno Brandão MG levou ainda medalha de bronze com o queijo, tipo Comté e de prata, com o queijo tipo Gorgonzola Dolce. (na fotografia acima de autoria de @studiocumaru - Reprodução instagram @serra.das.antas/Divulgação)
Abaixo a lista dos 15 queijos brasileiros premiados na World Cheese Awards:
- Medalha de ouro: Tulha – Fazenda Atalaia - Amparo/SP
- Medalha de ouro: Queijo Azul da Mantiqueira – Laticínios Paiolzinho - Cruzília/MG
- Medalha de prata: Lendário da Generosa – Fazenda Generosa - Andrelândia/MG
- Medalha de prata: Tulha da Toca – Fazenda Atalaia - Amparo/SP
- Medalha de prata: Queijo Tipo Quark – Laticínios São João - São João do Oeste/SC
- Medalha de prata: Vale do Testo 6 Meses – Pomerode Alimentos - Pomerode
- Medalha de prata: Brebis de Pomerode – Pomerode Alimentos - Pomerode/SC
- Medalha de prata: Tipo Gorgonzola Dolce – Serra das Antas - Bueno Brandão/MG
- Medalha de prata: Queijo Tipo Burrata Búfala Almeida Prado - Bocaina/SP
- Medalha de prata: Laticínio Búfala Almeida Prado - Bocaina/SP
- Medalha de bronze: Queijo Capim Mantiqueira – Laticínios Paiolzinho - Cruzília MG
- Medalha de bronze: Tulha Regente – Fazenda Atalaia - Amparo/SP
- Medalha de bronze: Caprinus – Fazenda Atalaia - Amparo/SP
- Medalha de bronze: Bueno, tipo Comté – Serra das Antas - Bueno Brandão/MG
Características do Queijo Lua Cheia
          Segundo descrito no Instagram da empresa @serra.das.antas, o Queijo Lua Cheia “é um queijo de criação própria com um maior teor de gordura e coberto com uma fina camada de carvão vegetal, sendo maturado por 3 semanas. A embalagem do queijo lhe permite continuar maturando, mesmo sob refrigeração, então deguste-o em diferentes estágios da maturação para determinar o “ponto” ideal para o seu paladar. Queijos mais novos tendem a ser menos cremosos”.
A origem da marca Serra das Antas
         A história da produção de queijos pela família começou em 1983, pelo jovem Aírton, então com 20 anos nessa época, produzindo inicialmente queijos artesanais de leite de vaca e cabra.
           Aírton pesquisou e estudou o mundo dos queijos. Sentiu com isso carência do consumo de queijos finos no Brasil, como os queijos europeus. Viajou para a França em 1991 através de convênio para transferência de tecnologia para um estágio com os franceses, conhecendo com isso, além da tecnologia, todo o processo de produção de queijos finos. 
          Dois anos depois, em 1993, funda a Na Morada Indústria e Comércio, dirigida pelo Aírton, sua esposa e seu filho Caio. A empresa tem o selo SIF (Serviço de Inspeção Federal) que permite a comercialização de queijos em todo o território nacional.
         Com o crescimento da demanda nacional pelos queijos de finos semelhantes aos queijos europeus, a partir de 1997 a empresa Na Morada passou a investir mais na produção de queijos tipo europeu, começando pelos queijos tipo Camembert e Brie, chegando hoje a produzir os queijos tipo Conté, Fontina, Gorgonzola, Pont L'Évêque, Raclette, Reblochon,Saint-Marcellin,Saint-Paulin, Stracchino,Taleggio, dentre outros.
          Esses queijos têm a marca Serra das Antas, que é a marca dos queijos da empresa Na Morada, com destaque para o queijo Lua Cheia, tipo de queijo finíssimo de criação e produção própria, premiado com a medalha super ouro. (na imagem acima, alguns tipos de queijos da marca Serra das Antas. Fotografia de @studiocamaru - Reprodução do Instagram @serra.das.antas/Divulgação)
          O contato com o laticínio Na Morada pode ser pelo endereço da fábrica: Sítio Na Morada, bairro Furnas, Bueno Brandão/MG. Telefones: (35) 3442-1098, (11) 3266-5965/(11) 3266-2574, pela Loja Virtual: (11) 3289-1378 ou direto no site serradasantas.com.br

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Vendinhas

(Por Marina Alves) Essa imagem me fez dar uma guinada de não sei quantos graus. Mexeu comigo em alguma lembrança que trago guardada. Saudade daquelas vendas antigas com um monte de portas e janelas compridas. 
          Pra entrar a gente tinha que subir uns degraus que emendavam calçada e escada. Às portas, algumas sacas, uns tambores de querosene, onde o freguês se sentava para picar com paciência o fumo de rolo na hora de enrolar o palheiro.
          A prosa era boa, e ninguém tinha pressa. O cavalo, tocando uns mosquitos, esperava amarrado ao mourão. Alguma coisa, ou tudo ali, dizia que a vida era calma e boa de ser vivida... E era mesmo.
Texto de autoria de Marina Alves de Lagoa da Prata MG
Fotografias de Deocleciano Mundim em Lagoa Formosa MG

sábado, 29 de outubro de 2022

Fama: a cidade do Mar de Minas

(Por Arnaldo Silva) Fama é uma pequena, pacata, charmosa e atraente cidade mineira, com cerca de 2400 habitantes, no Sul de Minas, na divisa com Alfenas, Campos Gerais, Três Pontas e Paraguaçu. Distante 362 km distante de Belo Horizonte, o município é banhado pelas águas da Represa de Furnas, estando inserido no Circuito Turístico Mar de Minas. 
          O Lago de Furnas é conhecido como Mar de Minas e abrange 34 municípios mineiros. São 1.406,06 km² de extensão. Para se ter ideia da dimensão do Lago de Furnas, a Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, tem 412 km² e todo o litoral brasileiro possui 7.491 km². Por isso o Lago de Furnas é o mar dos mineiros. Fama é uma das 34 cidades do Mar de Minas. (fotografia acima de Marcos Pieroni)
          O município está numa posição geográfica estratégica, com acesso fácil pela BR-381, BR-491, BR-369 e MG-179. Além disso, abriga uma grande e rica biodiversidade, natureza nativa em grande parte preservada, relevo e clima suave, além de contar com um grande potencial hídrico.
          Cidade de paisagem cênica e paradisíaca, Fama atrai turistas de todo o Brasil que vem à cidade passar momentos agradáveis e tranquilos à beira do Lago de Furnas, saboreando a típica comida mineira e conhecendo a genuína hospitalidade do povo de Minas Gerais. (fotografia acima de Alexandra Lisboa)
          A cidade é bem estruturada para receber turistas. Conta com diversos hotéis, pousadas e restaurantes com comidas típicas de Minas e da região, em especial, pratos e petiscos com peixes de água doce.
Origem
          A história de Fama começa a partir de 1837 com a formação de um povoado em torno de uma capela às margens do Rio Sapucaí, construída pelo fazendeiro capitão Tomás Alves de Figueiredo, dando nome ao povoado de Vila da Fama. (fotografia acima de Marcos Pieroni)
          A proximidade do povoado junto ao Rio Sapucaí permitiu tornar o lugar em um pequeno porto, usado para navegação e transporte de bens, mercadorias e pessoas, no século XIX, Com o desenvolvimento da região e chegada dos trens de ferro e abertura de estradas, no final do século XIX e XX, o transporte por barcos foi sendo reduzido gradualmente.
          O arraial se desenvolveu, foi elevado a distrito e posteriormente, à cidade emancipada em 1° de janeiro de 1949.
O Lago de Furnas
          Na década de 1960 boa parte das terras da região foram inundadas para represar as águas da Represa de Furnas. Apesar da perda de terras férteis, as águas do chamado Mar de Minas trouxeram emprego, renda e desenvolvimento, graças ao turismo. Além disso, a cidade conta com um pequeno, mas variado comércio, um bom setor de prestação de serviços, além de uma boa estrutura para receber turistas. O turismo e a agricultura familiar são as principais bases da economia do município. (na fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
Convite ao sossego
          Fama já era uma cidade com grande potencial turístico, desde sua origem. As águas do Lago de Furnas tornou a cidade mais bonita, atraente e mais convidativa para conhecer. Um cenário espetacular de charme, beleza, natureza exuberante, paisagens encantadoras, cênicas e românticas. 
          Para quem ama a natureza, ecoturismo, sossego e de estar numa cidade com boa qualidade de vida e atraente, Fama é uma das mais indicadas para ser visitada em todo o Brasil. (fotografia acima de Alexandra Dias)
O que fazer em Fama?
          Opções de lazer e diversão é o que não falta. Pesca esportiva, prática de esportes náuticos e radicais pelo Lago de Furnas que circunda a cidade, cachoeiras, rios, trilhas para caminhadas e motociclismo, passeios passarela do lago e pelo Parque Municipal Francisco Cândido da Silva, são algumas opções para moradores e turistas.
            Durante todo o ano, vários eventos atraem turísticas da região e de todo o Brasil. 
          Entre esses eventos destacamos o famoso e tradicional Carnaval de Rua, considerado um dos melhores da região, bem como o Réveillon, as Festas Juninas e o Encontro de Carros de Bois. As festividades religiosas como Semana Santa e encenação da Paixão de Cristo no adro da Matriz do Sagrado Coração de Jesus, Natal, Festa de Nossa Senhora Aparecida e de São Pedro, com procissão fluvial e queima de fogos, são outros eventos importantes da cidade. (fotografia acima de Marcos Pieroni e abaixo de Elpídio Justino de Andrade)
          Além disso, tem a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, a Estátua do Cristo Redentor, as festividades de aniversário da cidade no dia 19 de março, vários quiosques, pracinhas charmosas, a casa do artesão, um singelo casario e a típica tranquilidade das tradicionais cidades interioranas mineiras como atrativos.
          Venha conhecer Fama. Lugar agradável, de gente simples, bonita, hospitaleira. Uma cidade com cenários românticos, naturais, deslumbrantes. Uma cidade para visitar e se apaixonar.

domingo, 16 de outubro de 2022

Boa Esperança: turismo, a Serra e as águas de Furnas

(Por Arnaldo Silva) Cidade de clima ameno, paisagens e belezas deslumbrantes, bem estruturada para receber turistas e com ótima qualidade de vida, Boa Esperança, no Sul de Minas, é um dos mais atraentes pontos turísticos de Minas Gerais. O município faz parte do Circuito Turístico Grutas do Mar de Minas.
          Distante 280 km de Belo Horizonte, a cidade com cerca de 42 mil habitantes faz divisa com Ilicínea, Aguanil, Carmo do Rio Claro, Campos Gerais, Coqueiral, Santana da Vargem, Campo do meio, Três Pontas, Campo Belo e Guapé. (fotografia acima de Thelmo Lins e abaixo de Rogério Salgado)
          O acesso rodoviário para Boa Esperança é pela BR-369, MG-167 e BR-265, próxima a BR-381. A cidade não conta com aeroporto mas o acesso aéreo pode ser feito por aeroportos de cidades próximas como Alfenas, Campo Belo e Varginha, concluindo o trajeto de carro ou ônibus.
Economia
          Município de terras férteis, tem na agricultura uma de suas bases econômicas com destaque para a suinocultura, avicultura, pecuária leiteira e de corte, a cultura de arroz, alho, batata-inglesa, milho, cana-de-açúcar, mandioca, soja, tomate, variedades de frutas e café. 
          Boa Esperança é um dos grandes produtores de café do Sul de Minas e conta com a Capebe, a 5ª maior cooperativa cafeeira do país. Sua produção agropecuária abastece mercados regionais e de vários estados brasileiros. (fotografia acima de Rogério Salgado)
          Além disso a cidade possui um bom setor de serviços para atender turistas e visitantes, um comércio bem variado, pequenas e médias indústrias, pousadas e hotéis sofisticados, além de bares, lanchonetes e restaurantes com comidas típicas.
Breve história
          Elevada à cidade em 1869, sua história começa bem antes, no século XVIII, durante a descoberta de ouro na Região Sul de Minas, em 1778. Um pequeno povoado foi surgindo, denominado Dores do Pântano em 1804, devido a capela construída no povoado dedicada a Nossa Senhora das Dores. 
          O povoado cresceu em torno da fé em Nossa Senhora das Dores, se tornou freguesia, passando a se chamar apenas de Dores. Permaneceu com esse nome até ser elevada a vila em 1866, quando foi desmembrada de Três Pontas MG. Dois anos depois, em 1868, foi elevada à cidade independente, voltando ao nome anterior de Dores do Pântano.
          No ano seguinte, exatamente em 15 outubro de 1869, Dores do Pântano é elevada à cidade, adotando o nome de Dores da Boa Esperança, com o gentílico de dorense. Em 1938 passou a se chamar em definitivo, Boa Esperança, mudando o gentílico dorense para esperancense. Mesmo assim, o gentílico dorense é usado até os dias de hoje entre seus moradores.
A origem do nome Boa Esperança
          O nome do município foi inspirado na Serra da Boa Esperança, chamada assim desde o século XVIII quando a região começou a ser povoada, depois da descoberta de ouro. Naquela época, demarcavam pontos de referências para definirem as localidades, para facilitar a localização. Lugares como rios, grutas, pedras, picos, fendas, montanhas e serras, eram os mais preferidos.
          Ao chegarem à região, avistaram do alto de uma serra um vasto campo, com rios como o Rio Grande, córregos como o São Pedro, Três Pontas, Marimbondo e Maricota, além de várias, nascentes e pântanos. Com boa esperança de uma vida melhor e próspera, deram nome a serra de “Boa Esperança”. Com muita esperança, fixaram na região e formaram um povoado na proximidade da serra, que é hoje a cidade de Boa Esperança MG. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          Essa serra é um dos maiores atrativos do município. Foi inclusive imortalizada e tornou-se conhecida no Brasil inteiro graças ao samba-canção “Serra da Boa Esperança”, do cantor e compositor carioca Lamartine de Azeredo Babo, que esteve na cidade 1937 e se encantou com a beleza da serra e da região.
          Lamartine Babo é de tamanhã importância para a cidade que leva o nome do troféu do tradicional Festival Nacional da Canção, realizado na cidade, bem como artista está imortalizado em um monumento público com seu busto nas cordas de um vilão, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, como podem ver na foto acima do Thelmo Lins.
O que fazer em Boa Esperança
          Lugar ideal para quem busca ar puro, lazer, contato com a natureza, cultura, práticas esportivas ou passeios com a família, Boa Esperança oferece ótimas condições para momentos agradáveis.
          Terra de gente hospitaleira e gente famosa como Nelson Freire e Rubem Alves, Boa Esperança se destaca no turismo em Minas Gerais, graças as suas belezas naturais, pela Represa de Furnas formada em 1958, pela Serra da Boa Esperança e pelo Lago dos Encantos que torna a cidade, que está a beira do lago, mais encantadora e linda em seus reflexos. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          O Lago dos Encantos é um lago formado pelo represamento das águas do Rio Cascavel, Maricota e Marimbondo. São 3 km² de extensão banhando a cidade entre as avenidas Juscelino Kubitschek, Perimental, Brasil, Governador Valadares Rua Capitão Neves e mais 5 km² entre a Barragem do Lago, Faixa de Segurança de Furnas e Ponte do Sr. Jarbas Barbosa, totalizando 8 km² de extensão. 
          Além disso, a cidade é bem arborizada e tranquila, conta com belas praças, monumentos, um charmoso e atraente casario e várias templos religiosos, com destaque para a Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade. (na foto acima do Thelmo Lins, o interior da Basílica)
          O Lago de Boa Esperança ou Lago dos Encantos, possibilita momentos agradáveis aos turistas, visitantes e moradores com pesca esportiva, passeios de lancha, jet-ski, e caiaque, passar horas junto a família ou amigos, na praia do Bicano, na praia do Celeiro ou mesmo nos vários bares, lanchonetes e restaurantes nas largas e arborizadas das avenidas a beira lago. (fotografia acima de Thelmo Lins)

          Quem gosta de adrenalina pode optar fazer trilhas, voos de ultraleve e claro, subir a Serra da Boa Esperança.
          Além da beleza da serra e riqueza de sua flora e fauna, subir a serra é uma caminhada ecológica incrível, com direito a conhecer o Pico do Branquinho, Pico das Antenas, Pico das Areias e o Pico da Igrejinha, além de conhecer a beleza das águas limpas e cristalinas das cachoeiras Nascente do Rio Sabaré, da Cava, da Cachoeirinha, da Cabana, do Capão Grande e Cachoeira das Areias.
          Estar em Boa Esperança é estar junto a natureza e belezas mineiras. Mais que isso, é estar junto a cultura popular do nosso Brasil, representada pelo Festival Nacional da Canção (Fenac) que acontece todos os anos, no mês de setembro, na cidade.
          Além do Fenac, diversos outros eventos realizados na cidade atrai turistas de toda a região como o Baile na Praça I, em janeiro, o Carnaval na Boa (Carnaboa), a Festa do Cooperado, Festas Juninas, Baile da Praça II, em julho, a Festa do Dia da Padroeira, Nossa Senhora das Dores, em setembro, além das festividades religiosas tradicionais da Semana Santa, Natal e Corpus Christi.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

A Casa de Gonzaga e a Igreja de São Francisco de Assis

(Por Arnaldo Silva) Tomaz Antônio Gonzaga (Miragaia, Porto, 11/08/1744 – Ilha de Moçambique, 1810). Foi um dos grandes nomes da Inconfidência Mineira, movimento precursor do processo de Independência do Brasil.
          Jurista, poeta e ativista político, Gonzaga se destacou na literatura brasileira por várias obras como Tratado de Direito Natural, Cartas Chilenas e principalmente, Marília de Dirceu. Usando o pseudônimo arcádico de Dirceu, inspirou-se em sua amada, Dorotéa Joaquina de Seixas, a Marília de Dirceu, para escrever uma das mais belas histórias de amor das alterosas mineiras. A obra foi publicada em três. A primeira parte em 1792, a segunda em e a terceira parte, publicada em 1812, mas que não foi escrita Tomaz Antônio Gonzaga, já que já tinha falecido dois anos antes, no degredo, na África. (na fotografia acima de Elvira Nascimento, o interior da casa de Tomaz Antônio Gonzaga em Ouro Preto e a igreja de São Francisco de Assis, vista da sacada da sala)
          Seus poemas seguiam o estilo árcade, escola literária que surgiu entre 1756 e 1825, na Europa. O nome do estilo árcade ou arcadismo, era em referência à região do Peloponeso, na Grécia Antiga, considerada ideal para inspiração poética, principalmente na exaltação e esteja ligado à natureza, com críticas à nobreza colonialista e ao clero. Por essa razão que os adeptos da escola arcadista optavam por escrever seus poemas usando pseudônimos camponeses gregos ou latinos. Tomaz Antônio Gonzaga usava o pseudônimo árcade de Dirceu e nomeou sua amada com o pseudônimo de Marília.
A casa de Gonzaga
          A Casa de Gonzaga é um imponente e luxuoso casarão, situado à rua Cláudio Manoel, 61, em frente a Igreja de São Francisco de Assisa, no Largo do Coimbra. É um dos lugares mais visitados em Ouro Preto. (Foto acima e abaixo de Arnaldo Silva, detalhes do quintal da Casa de Gonzaga. A foto abaixo mostra uma área tipo uma banheira)
          O casarão foi construído no século XVIII e abrigou inicialmente a Ouvidoria de Vila Rica. Os ouvidores residiam no imóvel e Tomaz Antônio Gonzaga viveu na imponente construção quando foi ouvidor-geral, entre 1782 a 1788.
De Ouvidor-Geral a Inconfidente degredado
          Ouvidor-geral era nomeado pela Coroa Portuguesa e era a autoridade máxima da Justiça na colônia. Era o intermediário entre os interesses da Coroa Portuguesa e os donatários de capitanias. Mesmo ocupando cargo de confiança na colônia, Tomaz Antônio Gonzaga juntou-se aos Inconfidentes, que lutavam contra a cobrança excessiva de impostos e queriam a independência política e econômica do Brasil. Os Inconfidentes chegaram a se reunir em sua própria casa.
          Descoberto, Tomaz Antônio Gonzaga perdeu o cargo, a moradia e a liberdade. Foi preso em 23 de maio de 1789 e condenado ao degredo perpétuo, em Moçambique, na África. Em Moçambique viveu até sua morte, em 1810, trabalhando como juiz de Alfândega.
Aberto ao público
          O casarão funcionou como ouvidoria, até a extinção do cargo de ouvidor, nas primeiras décadas do século XIX. Sediou a Chefatura de Polícia e atualmente é sede da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Ouro Preto. O local é aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8 h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 8h às 17h.
          O casarão, bem como a parte externa com jardins e uma bela vista para o bairro Antônio Dias, mostra o luxo e requinte das moradias da fidalguia da época, além claro, de ser um belo exemplar das construções coloniais portuguesas do século XVIII.
          Um dos cômodos de maior destaque do casarão é a sala de visitas (na foto acima de Elvira Nascimento). Das sacadas da sala temos uma vista magnífica da Igreja de São Francisco de Assis à frente, à esquerda, no alto, a Igreja de Santa Efigênia e ainda, da sacada, tem se a vista da casa onde vivia, o grande amor de Tomaz Antônio Gonzaga, sua amada Dorotéa Joaquina de Seixas, a Marília de Dirceu. 
A Igreja de São Francisco de Assis
          Projetada pelo Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho, a pedido da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, teve seu início em 1771. Até sua conclusão, foram longos anos, tendo sido concluída totalmente e da forma que está, no final do século XIX e com manutenções, reformas e restaurações, ao longo do século XX. (na foto acima de Arnaldo Silva, a fachada da igreja, projetada pelo Mestre Aleijadinho)
          Durante todo esse período, a além dos entalhes e esculturas barrocas em pedra sabão e elementos decorativos em Rococó dos mestres Aleijadinho e Ataíde, presentes na fachada da igreja, decoração em relevo e a beleza impressionantes das talhas douradas, e pinturas em painéis e altar-mor desses dois grandes mestres, diversos outros artistas, marceneiros, carpinteiros, trabalhadores e artesãos, deram suas contribuições a construção da igreja ao longo de todo o período de sua construção. (na foto acima de Ane Souz, detalhes dos entalhes do Mestre Aleijadinho na fachada e abaixo, o interior da igreja, com as obras de Aleijadinho e painéis e pinturas de Ataíde no forro da nave e altar)
          A grandiosa obra do Mestre Aleijadinho e pinturas do Mestre Ataíde, é considerada um dos mais expoentes e belos exemplares da arte colonial brasileiro e um dos mais genuínos e autênticos exemplares do barroco mineiro. Por esse motivo, a obra prima que é a igreja é um bem nacional tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
          Além disso, a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto MG é desde 2009, classificada como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. Além da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto MG, completa a lista das sete a Fortaleza de Diu (Índia), a Fortaleza de Mazagão (Marrocos), a Basílica do Bom jesus de Goa (Índia), a Cidade Velha de Santiago (Cabo Verde), o Convento de São Francisco e Ordem Terceira (Salvador, Brasil) e a Igreja de São Paulo (Macau).
          A Igreja de São Francisco de Assis, bem como todo o Largo do Coimbra, onde a obra está localizada, é um dos mais tradicionais templos da fé ouro-pretana, principalmente durante as celebrações da Semana Santa, Corpus Christi, dia de São Roque em 16 de agosto e São Francisco de Assis em 4 de outubro, eventos católicos que atraem centenas de milhares de turistas à cidade, durante os dias das celebrações. (na foto acima da Ane Souz, tapetes de Corpus Christi, fotografado da sacada da Casa de Gonzaga)
          Além disso, são realizados no interior da igreja e em seu adro, concertos musicais, apresentação de corais e encenações teatrais ao longo do ano, como podem ver na foto acima do Peterson Bruschi.

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