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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Turismo nos arredores de Ouro Preto

(Por Arnaldo Silva) Ouro Preto, cidade histórica mineira a 100 km de Belo Horizonte, é Patrimônio do Estado de Minas, desde 1933 e Nacional desde 1938, é também Patrimônio Mundial, desde 1980, título concedido pela Unesco.
Fundada em 1711 com o nome de Vila Rica, tornou-se capital de Minas, em 1721. Em 1823, Vila Rica, muda de nome e passa a se chamar, Ouro Preto, em alusão ao ouro, de superfície escura, encontrado nas minas da cidade. Permaneceu como Capital de Minas Gerais até o ano de 1897, quando a capital mineira foi transferida para a recém fundada Belo Horizonte, na época. (fotografia acima de autoria de Matheus Freitas/@m.ffotografia a Igreja do Carmo e o Museu da Inconfidência ao fundo)
          A cidade conta atualmente com cerca de 80 mil habitantes. Esse mesmo número de habitantes, existia no auge do Ciclo do Ouro, quando a antiga Vila Rica, chegou a ser a maior cidade das Américas. Maior inclusive que Nova York, nos Estados Unidos e São Paulo no Brasil, que no século XVIII, contava com cerca de 15 mil habitantes, enquanto Ouro Preto, 80 mil. (na foto acima de Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe, o Museu da Inconfidência em destaque)
          O ouro de Ouro Preto foi levado para Portugal. Uma parte, ornamenta igrejas da cidade e do Brasil. Consideradas verdadeiras obras de arte, as igrejas ouro-pretanas impressionam pela riqueza de arte e talhas douradas bem trabalhadas, nas mãos do Mestre Aleijadinho e extasiantes pinturas do Mestre Ataíde e de outros mestres do Barroco Mineiro. São 12 igrejas, 4 capelas e 5 capelas dos Passos da Paixão, na cidade, sem contar nos distritos, subdistritos e povoados. 
          Já os museus, que são 12, contam a história do Brasil, sendo o Museu da Inconfidência, um dos mais ricos acervos de nossa história e um dos mais visitados por turistas, junto com a Casa dos Contos. (fotografia acima de Peterson Bruschi, com destaque para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição)
          Outro destaque da cidade é a Casa da Ópera, chamada de Teatrinho Barroco. (na foto acima da Ane Souz) Fundado em 1770, foi o primeiro teatro de todas as Américas e o mais antigo em atividade no Continente. Tem ainda a Estação Ferroviária e a tradicional Feira de Artesanato em Pedra Sabão, além das charmosas jardineiras, que levam turistas pelos cantos e encantos da cidade. Pelo Centro Histórico de Ouro Preto podem ser encontrados ainda 11 chafarizes que abastecia a cidade com água potável nos tempos do Brasil Colônia e em boa parte do século XX.
          Além disso, lojas, restaurantes, cafés e livrarias, instaladas em antigas construções e senzalas de séculos passados, são outros atrativos e lugares agradáveis de se estar. A cidade possui uma gastronomia riquíssima, pousadas que proporcionam aos hóspedes vivenciar um pouco da vida nos séculos passados, já que boa parte dessas pousadas, estão em antigos sobrados do século XVIII e XIX.
          Ouro Preto é história em cada canto, a começar pelos arredores da própria cidade. O visitante, quando chega à cidade, se concentra nos arredores da Praça Tiradentes, igrejas, museus e ruas em seu entorno. A história de Ouro Preto vai muito além do seu Centro Histórico. 
          Um lugar pouco conhecido, embora esteja a poucos metros do Museu da Farmácia, é o Morro da Forca (na foto acima do Wellington Diniz) Hoje o local é um belo mirante e também funciona como heliponto. Nos séculos XVII e XIX, esse lugar era palco de execuções de condenados à morte pela forca, em sua maioria, escravos e pobres. Por isso o nome, Morro da Forca.
          Os condenados eram levados até esse morro, acorrentados. Passavam por esse caminho, que veem na imagem. A população acompanhava a execução, como se fosse um dia de festa. Durante seu trajeto, até o fim do morro, onde ficava a forca e o carrasco à sua espera, o condenado era xingado, agredido e recebia cusparadas, pedradas e até fezes eram jogadas nos condenados. Após a execução, o condenado era decapitado e sua cabeça levada a antiga entrada da cidade e penduradas em poste, para servir de exemplo, numa nítida demonstração de poder e intimidação. 
          A antiga entrada de Ouro Preto fica no bairro Cabeças, que tem esse nome, justamente pelas cabeças dos condenados que eram pendurados em sua entrada. Sua rua principal, Rua Alvarenga (na foto acima de Arnaldo Silva), é uma das mais charmosas de Ouro Preto, com seu casario colonial preservadíssimo e rico em detalhes, bem como nessa mesma rua, está Igreja do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, com construção iniciada em 1771, dedicada aos Santíssimos Coração de Jesus, Maria e José, São Miguel e Almas e Senhor do Matozinhos. O majestoso templo conta com obras do Mestre Aleijadinho em sua fachada e um dos maiores cemitérios de Ouro Preto.
          Saindo agora do Centro Histórico de Ouro Preto, vamos subir um pouco os morros da cidade e conhecer suas origens. Muita gente pensa que Ouro Preto começou na região onde é hoje a Praça Tiradentes. A formação do núcleo urbano onde está hoje o Centro Histórico de Ouro Preto começou nos primeiros anos do século XVIII, mas a origem da antiga Vila Rica, foi no Morro de São João, no final do século XVII, a dois km do Centro Histórico. 
          No alto do morro, uma relíquia histórica e bem preservada, data de 1698. É a Capela de São João, uma das mais antigas de Ouro Preto, situada na Praça São João do Ouro Fino.(na foto acima da Ane Souz) Singela, simples, mas rica em história e detalhes. Esses detalhes podem ser vistos durante as missas, que acontece aos domingos, às 17 horas e nos dias de festejos de São João. Sem contar que do alto do morro, tem-se uma espetacular vista do centro de Ouro Preto. 
          Próximo ao Morro de São João, está o Morro de Santana ou Morro da Queimada. No topo do morro, destaca a Igreja de Santana, construída no início da exploração do ouro, antes de 1720, no século XVIII.  (na foto acima da Ane Souz) No alto do morro, pode-se ter uma vista espetacular da cidade de Ouro Preto.
          No Morro de São Sebastião, a 2 km do Centro Histórico, além da bela vista, tem a Igreja de São Sebastião, datada de 1753, como atrativo principal. (na foto acima da Ane Souz) Para conhecer o interior da Igreja, melhor horário é nos dias de missas, aos sábados, às 15 horas e ainda nas manhãs de quartas e sextas-feiras, quando acontece a reza do terço.
          Visitando Ouro Preto, conheça os arredores da cidade. Com certeza descobrirá história em cada cantinho da cidade.      

Minas entre as 10 regiões mais acolhedoras do mundo

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais, desde seu surgimento é conhecida em todo o Brasil por sua hospitalidade e jeito peculiar de receber seus visitantes, além do charme e beleza de suas cidades, que atraem turistas do mundo inteiro. Povo acolhedor, que valoriza sua culinária, sua história, sua cultura, religiosidade e tradições. 
          O jeito hospitaleiro e acolhedor de ser do povo mineiro e além da qualidade dos serviços prestados aos turistas e viajantes, foi reconhecido em todo o mundo. Foi divulgada, em janeiro de 2021, a lista da Traveller Review Awards 2021, com as 10 regiões mais acolhedores do mundo. Promovida pela Booking.com, uma das maiores plataformas de reservas online de acomodações para férias e viagens, em todo o planeta, a votação acontece todos os anos.(na foto acima, de Thelmo Lins, Ouro Preto, um dos principais destinos turísticos em Minas Gerais)
          A eleição é feita através
das avaliações entre os usuários da plataforma de todos os países do mundo. Os usuários avaliam a qualidade dos serviços prestados e oferecidos em suas viagens, nos últimos 12 meses, além da limpeza do ambiente, da localização das acomodações, dentre outros quesitos de avaliações. As regiões mais votadas, teriam que ter uma média igual ou superior a 8 (a máxima é 10), tendo como base todos os critérios de avaliações. Acima da média 8, as 10 regiões e cidades que tiverem as maiores, passam a fazer parte da lista.  
          Entre 10 regiões mais no mundo mais bem avaliadas pelos viajantes ligados à plataforma Booking.com, pela primeira vez, uma região brasileira se faz presente, através de Minas Gerais. A lista conta com representantes de regiões da Europa, Ásia, América do Norte, Oceania e América do Sul.
Confira a lista completa:
- 1.º. Taitung County (Taiwan)
- 2.º. Prešovský kraj (Eslováquia)
- 3.º. Oberösterreich (Áustria)
- 4.º. Tasmânia (Austrália)
- 5.º. Canterbury (Nova Zelândia)
- 6.º. Nova Scotia (Canadá)
- 7.º. Chubut (Argentina)
- 8.º. O'Higgins (Chile)
- 9.º. Iowa (Estados Unidos)
- 10.º. Minas Gerais (Brasil)
          Entre centenas de regiões em todo o planeta, estar entre os melhores e mais acolhedores destinos do mundo e o único do Brasil eleito, é um motivo de orgulho para Minas Gerais. É uma premiação para ser comemorada. (na foto acima da Giselle Oliveira, a Igreja de São Francisco de Assis em Diamantina MG)
          O Estado é rico em belezas naturais, cidades encantadoras, além da riqueza de cultura, tradições, religiosidade, artes, artesanato e história. Cerca de 70% de todo o patrimônio histórico do Brasil está em Minas Gerais, além do nosso maior patrimônio, que é o nosso povo acolhedor e hospitaleiro.
          Além das 10 regiões mais acolhedoras do mundo, a plataforma Booking.com divulgou em fevereiro a lista das 10 cidades mais acolhedoras do Brasil. Minas Gerais e Rio Grande do Sul se destacaram com três cidades de cada estado. Monte Verde no Sul de Minas (2.º), Lavras Novas, distrito de Ouro Preto (7.º) e a Serra do Cipó (10.º), na Região Central, estão entre as cidades e regiões brasileiras mais acolhedoras.
Veja a lista completa:
- 1.º Penedo (RJ)
- 2.º Monte Verde (MG) (na foto acima de Ricardo Cozzo)
- 3.º Fernando de Noronha (PE)
- 4.º Ilha do Mel (PR)
- 5.º Bento Gonçalves (RS)
- 6.º Nova Petrópolis (RS)
- 7.º Lavras Novas (MG) (na foto acima de Peterson Bruschi)
- 8.º Visconde de Mauá (RJ)
- 9.º Cambará do Sul (RS)
- 10.º Serra do Cipó (MG) (na foto acima da Sila Moura, a estátua do eremita Juquinha, acolhe os visitantes em Santana do Riacho MG, porta de entrada para  Serra do Cipó.)
          Sejam todos bem vindos à Minas Gerais. Minas e os mineiros te receberão de braços abertos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Distritos e vilas coloniais de Diamantina

(Por Arnaldo Silva) Diamantina está a 292 km de Belo Horizonte, no alto do Vale do Jequitinhonha, a 1280 metros de altitude, aos pés da imponente Serra do Espinhaço. Sua origem data de 1713, com a descoberta de minas de diamantes na região. Fundada com o nome inicial de Arraial do Tijuco, foi elevada à cidade em 6 de março de 1831. É uma das mais belas cidades do Brasil e Patrimônio Histórico Nacional desde 1938, além de ser Patrimônio Cultural da Humanidade, título que recebeu da Unesco em 1999.
          Seus casarões são suntuosos e imponentes e suas igrejas, verdadeiras obras de artes, com destaque para as igrejas de Nossa Senhora do Rosário, de São Francisco de Assis, Igreja do Carmo, de Nossa Senhora do Amparo, dente outras. A Basílica do Sagrado Coração de Jesus e a Catedral de Santo Antônio, grandes destaques da cidade, além de suas pitorescas vilas, delicadas e charmosas ermidas, além de belezas naturais, como a Vila de Biribiri, na foto acima do Nacip Gomêz.
          Diamantina (na foto acima de Giselle Oliveira) é famosa pelo charme de suas construções coloniais e clássicas, como a Casa do Glória, a Casa de Chica da Silva, a casa e a Praça JK, o Teatro Santa Isabel, o Mercado das Flores, o Museu do Diamante, O Pão de Santo Antônio, sua culinária, seus queijos, as tradicionais vinícolas e pelas serestas e Vesperata. Se destaca ainda por sua cultura e festividades religiosas, como a Festa do Divino, a Folia de Reis, as encenações da Semana Santa e as cores e belezas da arte e devoção do povo, no dia de Corpus Christi. 
Os arredores de Diamantina
          O que pouca gente conhece em Diamantina, são seus arredores. São pequenas vilas e charmosos povoados, com história, riquezas arquitetônicas, comida caseira, artesanato e produtos artesanais da roça, como licores, vinhos, queijos e doces, além e belezas paradisíacas, que até parecem cenários de novelas como a Lagoa Azul, na foto acima do Anderson Sá, na vila de Guinda.
          Entre os arredores de Diamantina, está a  charmosa, romântica e bucólica Vila Biribiri (na foto acima de Elvira Nascimento), distante 36 km do Centro de Diamantina. É um dos lugares mais visitados em da cidade por sua beleza natural e pela história em torno da Vila, construída em estilo colonial, no século XIX. Seu casario, todos pintados na cor azul e branco, foi construído para abrigar os operários da Indústria Têxtil, que se instalou na localidade. 
          Hoje, a fábrica não existe mais, ficou a história e a beleza arquitetônica da Vila, um dos mais charmosos pontos turísticos de Minas, além da região de Biribiri ser uma área de preservação e belíssimas cachoeiras como a Cachoeira dos Cristais (na foto acima do Marcelo Santos) e do Sentinela.
Distrito de Curralinho 
          Além de Biribiri, nos arredores de Diamantina, encontra-se bucólicas e tradicionais vilas, elevadas a distritos. São 10 ao todo, com destaque para Extração, o nome atual de Curralinho, mas mesmo assim, todos se referem ao distrito como Curralinho, distante 11 km de Diamantina MG. Bucólica, charmosa, povo gentil e hospitaleiro, a vila com origens no século XVIII conta com pouco mais de 800 moradores. Na pequena vila construções coloniais e paisagens naturais deslumbrantes se destacam. Inclusive, por sua arquitetura e paisagens naturais, Curralinho foi cenário da segunda versão da novela Irmãos Coragem, da Rede Globo (fotografia acima de Anderson Sá)
Distrito de Conselheiro Mata
          Outro atraente distrito de Diamantina é Conselheiro Mata, com cerca de 1 mil habitantes, atualmente. É uma charmosa Vila Colonial, com origens no século XIX. (fotografia acima da Márcia Rodrigues/@marciaartescomjornal)
          Conselheiro Mata tem como destaque, a Cachoeira do Telesforo (na foto acima do Marcelo Santos). Um paraíso com água pura e cristalina e ainda uma enorme praia natural, com areia branquíssima. Essa cachoeira é muito procurada por turistas para banhos e descanso.
Distrito de Guinda
          Guinda é outro pitoresco distrito, distante apenas 12 km do Centro de Diamantina. A Vila, com origens no período colonial, foi elevada a distrito em 1905 e conta com cerca de 800 moradores. Lugar de rara beleza, com grande destaque a Lagoa Azul (na foto acima do Anderson Sá) e suas formações rochosas no entorno, que atraem visitantes de toda a região.
Distrito de Mendanha
          Outra charmosa Vila, com origens nos tempos coloniais, é Mendanha (na foto acima da Giselle Oliveira), distante 48 km do Centro de Diamantina. Elevada à distrito em 1873, Mendanha conta atualmente com cerca de 700 habitantes. Seu casario colonial, sua matriz, sua cozinha caseira e seu povo acolhedor, são destaques, bem como o Rio Jequitinhonha e as praias pluviais que formam em seu leito, são destaques do distrito.
Distrito de Sopa 
          Sopa conta atualmente com cerca de 600 habitantes e está a 16 km distante do Centro de Diamantina. É outro distrito diamantinense de grande destaque, por sua história e origens, do século XVIII. Seu casario colonial bem preservado e sua história, são de grande importância para Minas Gerais. 
          Em Sopa, o principal atrativo, era a Igreja de Santa Rita de Cássia, datada de 1810. Era um dos mais belos templos do período colonial em Minas e tombado como patrimônio municipal em 2004 e patrimônio cultural de Minas Gerais, reconhecido pelo IEPHA, em 2011. Por sua importância para a história mineira, foi completamente restaurado em 2015. (na foto acima de Giselle Oliveira, em 2018, antes do incêndio)
          Quatro anos depois de sua restauração, em 4 de outubro de 2019, Sopa ganhou as manchetes dos principais telejornais do país, quando a Igreja de Santa Rita de Cássia, foi destruída por um terrível incêndio. O fogo destruiu mais de 200 anos de história em segundos, deixando apenas em pé, suas paredes laterais. 
          Mas a vida segue. Sopa continua linda, atraente, pitoresca e charmosa. A comunidade, aliada à Prefeitura, órgãos públicos e à Diocese de Diamantina, vem somando forças, para buscar recursos para reconstruir sua igreja, símbolo de sua fé, tradição e história. 
Distrito de São João da Chapada
          Com cerca de 1500 habitantes, está São João da Chapada, outra charmosa vila colonial, com origens no século XIX, distante  30 km do Centro de Diamantina. Criada com o nome original de Chapada, em 1870, passou a se chamar São João da Chapada, quando de sua elevação a distrito, em 1912. O destaque da charmosa Vila é a Igreja de Santo Antônio, datada de 1873.
          São João da Chapada conta com o subdistrito de Pinheiro, lugar bem pacato, com seu casario em estilo colonial. São poucos os seus moradores mas todos muito acolhedores e hospitaleiros. No pequeno povoado se destaca a capela de São Sebastião (na foto acima da Giselle Oliveira) é um dos seus maiores destaques, além da Capela de Nossa Senhora da Conceição. Pinheiro está numa localização de altitude elevada, permitindo assim uma linda vista da região
Distrito de Inhaí
          Santana de Inhaí ou simplesmente Inhaí, tem sua origem no início do século XVIII, tendo sido um dos primeiros povoados surgidos na região. O pequeno arraial prosperou e cresceu, tendo sido elevado a distrito em 1853. Conta hoje com cerca de 1.650 habitantes e está a 85 km distante do Centro de Diamantina.
          É uma típica vila colonial mineira em traços arquitetônicos, cultura e religiosidade. Destaca pela singeleza de suas construções coloniais, bem como sua igreja Matriz, dedicada a Sant´Ana, localizada no centro da vila. A igreja, tem em seu entorno um cemitério, cercado em alvenaria. O templo tem sua arquitetura, pinturas e entalhes muito bem trabalhados. A Igreja de Sant´Ana é uma típica obra do barroco mineiro e um dos mais importantes templos da região e de grande relevância histórica para Minas Gerais. Por isso, a Igreja de Sant´Ana, foi classificada pelo IPHAN em 1952.
Outros distritos
          Com mais de 2 mil habitantes elevado a distrito em 1962, Desembargador Otoni é um dos mais populosos distritos de Diamantina.
          Elevado a distrito também no ano de 1962 e contando com cerca de 1.400 moradores, Planalto de Minas é outro lugar atraente em Diamantina.
          Já Senador Mourão, é um dos mais populosos distritos diamantinenses. Com mais de 2.300 habitantes atualmente, a vila tem origens no século XIX, tendo sido elevado a distrito em 1891, com o nome de Campinas. Em 1943, passou a se chamar Senador Mourão. 
          Todos os povoados, vilarejos e distritos de Diamantina (na foto acima de Giselle Oliveira), são ricos em história e com singelas e charmosas construções do período do Ciclo do Ouro com marcas em sua arquitetura do período eclético, neogótico e clássico, do fim do século XIX e XX. Além disso, são dotados de belezas naturais espetaculares, um riquíssimo artesanato e cultura e tradições seculares preservadas, principalmente as tradições religiosas.
          Vale a pena conhecer Diamantina e seus arredores. Uma viagem no tempo, na história, cultura e gastronomia de Minas Gerais.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Queijo: origens, benefícios e importância para Minas

(Por Arnaldo Silva) 20 de janeiro é o Dia Mundial do Queijo. A data foi criada de comum acordo entre os principais queijeiros de todo o mundo, para lembrar e comemorar a existência de um dos mais antigos e importantes alimentos do planeta, o queijo.
          Presente em nosso cotidiano, seja no café, no lanche, no preparo de bolos e pratos salgados, acompanhado de doces ou vinhos, é um alimento indispensável e de grande importância social, cultural e econômica, em todos os continentes. (fotografia acima de autoria de Ricardo Cozzo/@ricardocozzofotografomv em Monte Verde MG)
Benefícios do queijo
          O queijo é um dos alimentos mais nutritivos que existem no mundo e um dos que possuem mais proteínas também. Os queijos brancos, mais frescos, são os que contém maiores quantidades de proteínas. Já os curados, de casca amarela, são os que concentram maior teor de gordura. Mas engana-se quem pensa que a gordura presente nos queijos sejam prejudiciais à saúde.(foto acima da Camila Costa, o Queijo da Cristina, de Vargem Bonita MG)
          Segundo pesquisa da University College Dublin (Irlanda), divulgada pelo American Journal of Clinical Nutrition, a gordura presente no queijo, é benéfica e ajuda a combater o mau colesterol. Além disso, nutricionistas estão percebendo que pessoas que se alimentam moderadamente com queijos, iogurtes e outros alimentos fermentados, tem menos riscos de desenvolverem doenças cardíacas e diabetes. (na foto abaixo do Fabrício Rodrigues, o tradicional Queijo do Reino de Santos Dumont MG)
          Além disso, o queijo é rico em Vitaminas A, B, B12, D, E e K2, além de serem importantes fontes de minerais como o cálcio, fósforo, zinco e iodo. E claro, para o organismo absorver bem os nutrientes presentes nos queijos, a moderação no consumo é importante. Tudo que é em excesso, não é bom para ninguém. Queijo é bom demais, ainda mais acompanhada de um cafezinho bem mineiro ou um vinho tinto, fino. (na foto abaixo, os queijos do "Seu" João Melo, da Serra do Salitre)
A origem do queijo
          Há mais de 6 mil anos presente na humanidade, o queijo movimenta economias, sustenta famílias e faz parte da cultura, história de vários países e regiões do mundo. É tão importante que faz parte da identidade cultural, histórica e gastronômica de países, como França, Suíça e Itália, além de estados regionais, como Minas Gerais, onde o queijo está presente desde o século XVIII, sendo uma das maiores tradições do Estado e sua maior identidade gastronômica. 
          A origem do queijo é incerta. Acredita-se que tenha surgido por um acaso. Segundo a história antiga e oral, não oficial, o queijo surgiu no mundo árabe.
          Um mercador saiu pelos caminhos para vender sua mercadoria e consigo levava cantis de água. Devido a falta de água, devido a estiagem em sua região, colocou leite em um dos cantis para matar a sede pelo caminho. Com o sol forte, parou para se refrescar e ao abrir o cantil, percebeu que o leite estava diferente. Tinha uma parte líquida, que ficou por cima, o soro, e no fundo, uma massa. Retirou o líquido e deixou a massa no cantil. Percebeu que com o passar das horas, a massa ganhava corpo e ficava mais sólida, ficando mais saborosa quando salgada. (na foto acima, a Queijeira Cristina/@queijodacristina, de Vargem Bonita MG, Serra da Canastra)
          Assim surgiu o queijo em sua forma primitiva, que era o queijo coagulado, sem soro e salgado. 
          Baseada nessa receita casual, monges europeus, durante a Idade Média, desenvolveram receitas de vários tipos de queijos e começaram a fazer a iguaria nos mosteiros, numa produção artesanal e com grande qualidade. Se transformaram em queijos finos, sendo esses tipos de queijos, desenvolvidos há séculos nos mosteiros europeus, responsáveis pelos destaques que países europeus tem hoje na produção de queijos. 
O tradicional queijo de leite cru na atualidade
          Mesmo com a evolução da humanidade e novas tecnologias de produção industrial, o queijo artesanal, feito com leite cru, está presente no mundo inteiro. É o preferido, já que faz parte da tradição e cultura de uma cidade, de um estado e de um país, há centenas de anos.
          No caso do Brasil, normas sanitárias e leis, regulando a produção artesanal de queijos, estão facilitando a legalização de queijarias, bem como a expansão da produção queijeira, principalmente mineira, para todo o país. Isso porque o Queijo Minas é o mais consumido no Brasil, seguido pelo queijo parmesão, mozzarella e prato. No mundo, o queijo mais consumido é o Chedar, Os franceses são os maiores consumidores de queijos no mundo. Já os Estados Unidos, são os maiores produtores de queijos, produzindo mais de 600 tipos de queijos diferentes. (na foto abaixo, queijos feitos pelo Mestre Queijeiro Roberto Soares, do Rancho 4R em São Roque de Minas)
          Com as novas leis e regras sanitárias, os queijos mineiros, com selo do IMA e Mapa, vem conquistando cada dia o mercado nacional, tornando-se mais acessível ao brasileiro em geral, ampliando sua presença nas gôndolas dos supermercados. O mundo dos queijos é muito abrangente. Muito mesmo. São milhares de tipos de queijos presentes no mundo. 
Os tipos de queijos 
          São mais de 4 mil tipos de queijos diferentes em todo o mundo. Entre esses milhares, alguns tipos se destacam pela qualidade, sabor, textura, estando entre os melhores do mundo como os queijos Edam e o Golda, da Holanda, o Chedar, da Inglaterra, o Pecorino, Parmiggiano, Provolene, Mozzarella, Grana e o Parmesão, da Itália e o Ementhal e o Gruyère, da Suíça e os Queijos Minas da Serra da Canastra e do Serro.  
O queijo Minas    
          Queijo Minas é o nome dado a todo queijo feito em Minas Gerais, independente da região queijeira, da cura ou tipo de queijo. Um erro é pensar que Queijo Minas se resume aos populares Queijo Minas Padrão e o Frescal, o queijo fresco e branquinho, produzido em larga escala nos laticínios mineiros.
          O Frescal e o Padrão, são apenas dois dos vários tipos de queijos produzidos em Minas Gerais. São os mais populares, mas existem dezenas de tipos de Queijo Minas com características e identidades próprias, com textura, cor, sabor e massa, diferentes dos Frescal e Padrão. 
          Os queijos, bem como suas características, variam de acordo com cada cidade e região produtora mineira. São diferentes, sabores e texturas também diferentes como o Canastra, o Cabacinha, o Araxá, o Queijo de Alagoa (na foto acima, da Fazenda Bela Vista) , O Queijo Terras Altas da Mantiqueira, os queijos da Serra do Salitre, do Triângulo Mineiro, o queijo cozido do Vale do Jequitinhonha, o queijo artesanal do Serro, o Queijo Cruzília e de outras cidades e regiões mineiras.
Queijos Minas entre os melhores do mundo
          
São queijos diferentes, mas todos são Queijo Minas. Os melhores queijos do Brasil estão em Minas Gerais e muitos de nossos queijos, figuram no seleto clube dos melhores do mundo, com várias premiações em concursos internacionais. (na foto abaixo, um desses queijos premiados, o Queijo do Serro, do produtor Túlio Madureira)
          A mais recente, foi no último Mondial Du Fromage, realizado tradicionalmente na França. É a Copa do Mundo dos Queijos. Nesse concurso, os queijos brasileiros foram medalhistas, recebendo ao todo, 57 medalhas. Dessas 56, 40 foram para os queijos mineiros. Liderança absoluta na produção de queijos finos e de qualidade no Brasil, que vem chamando a atenção de países tradicionalmente queijeiros como Itália, Suíça, Noruega e França.
          Falar que os queijos mineiros são os melhores do Brasil e estão entre os melhores do mundo, não são apenas palavras e sim fatos reais, como as 40 medalhas conquistas na terra do país mais famoso, em termos de queijos, a França. 
          São premiações atrás de premiações, sucesso atrás de sucesso, reconhecimento atrás de reconhecimento. E olha que os que reconhecem os queijos mineiros como melhores do mundo, são os queijeiros franceses, italianos, suíços, noruegueses, ingleses, etc. Vem de pessoas que entendem e de países que estão há séculos no mundo dos queijos. (na foto abaixo, os queijos Canastra da Queijaria Roça da Cidade, em São Roque de Minas)
Os mais produtores de queijos no mundo
          Os principais produtores mundiais de queijos atualmente são, em ordem: Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Brasil, Rússia, Polônia, Egito e Turquia. 
          A presença do Brasil como um dos maiores produtores de queijos do mundo é graças a Minas Gerais, Estado que concentra a maior produção queijeira do país. 
Dia 20 de janeiro: Dia Mundial do Queijo
          Por tudo isso que leu acima, percebemos a importância dessa data. O queijo, não é apenas um alimento. É identidade de um povo, é cultura e tradição passada por gerações. Fazer queijo, é acima de tudo, uma arte e os queijeiros são os artistas.
          O grande segredo da qualidade do queijo mineiro vem da união das famílias em torno do modo artesanal de fazer queijos. Ao fazer um queijo, o mineiro coloca sua tradição, sua história, seu coração e seu saber, passados por gerações. É isso que dá o sabor diferenciado aos nossos queijos. (foto abaixo Queijo do Rancho 4R, feitos pelo Mestre Queijeiro Roberto Soares)
          Ao comprar um queijo mineiro, você não está comprando apenas um produto. Está adquirindo junto uma história de lutas, sofrimentos e persistência. Está adquirindo uma vida, um sonho e uma tradição que vem desde o século XVIII. No queijo que está adquirindo, está o amor do povo mineiro por suas tradições, por sua cultura e história.
          Ao colocar um queijo mineiro em sua mesa, está colocando a identidade maior de um povo, que se identifica com o modo artesanal de fazer queijos. Está colocando Minas Gerais em sua mesa.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

De Aiuruoca para o mundo: a arte da Cutelaria

(Por Arnaldo Silva) Cutelaria é uma arte. Quem trabalha com a cutelaria é tem o ofício de cuteleiro. É a arte de fabricar instrumentos e utensílios metálicos de perfuração e de corte como facas, espadas, machados, facões, punhais, canivetes, navalhas, etc. Para ser um cuteleiro, exige-se muito esforço e principalmente, habilidade na arte de trabalhar o metal, que dará origem ao instrumento ou utensílio a ser fabricado. 
          Diferente dos instrumentos e utensílios, como facas de cozinhas, feitos em série, por indústrias, a cutelaria é um trabalho totalmente artesanal e manual em sua origem, por isso, os cuteleiros, são considerados artesãos. Cada instrumento feito pelos cutelaria, são únicos. Eles transformam o metal em pura arte. Arte essa enriquecida com detalhes e pinturas artesanais em madeira, o que faz desses instrumentos artigos de luxo. 
          O Brasil se destaca nessa arte e conta com excelentes cuteleiros. Em Minas Gerais, um dos destaques vem da cidade de Aiuruoca, no Sul de Minas. É o artesão cuteleiro Marcelo Moreira Arantes. 
          Com 40 anos, Marcelo Arantes é cuteleiro profissional fulltime. Iniciou-se na cutelaria apenas como hobby, após encontrar uma revista Magnum de março de 1995. Nesta revista, leu uma matéria de Luiz Villa sobre como fazer sua primeira faca. A beleza da arte despertou seu interesse e seguindo as informações na matéria, começou a fazer sua primeira faca. Nada comparada as de hoje em dia, porém foi uma paixão em trabalhar as propriedades do aço.
          Feita a primeira, veio a vontade de fazer a segunda, terceira e aí não parou mais, porém sempre intercalando com outros serviços, como restaurações, marcenaria e por final ourives em São Paulo. 
          Com vontade de voltar à sua terra natal, Aiuruoca, e exercer seu ofício em sua cidade, perto de sua família, tomou a decisão de se dedicar a cutelaria como profissão. Com apoio de irmãos, pais e amigos, se dedicou, passou apertos, construiu suas ferramentas para que pudesse melhorar cada dia mais a arte, criou a M. ARANTES - Exclusive Handmade Knives. Em 2018, após receber uma oferta de um amigo metalúrgico para se profissionalizar, procurou o Master Smith pela ABS - American Blade Smith, Dionatam Franco, para o curso iniciante profissional de cutelaria, onde aprendeu técnicas de forjamento, tratamentos térmicos, ética profissional, acabamentos milimétricos e perfeitos, fazendo assim facas com qualidade superior para o mercado Nacional e Internacional. 
          Construindo facas em aços inoxidáveis e carbono, sejam de caça, campo, cozinha, churrasco e personalizadas de acordo com cliente, inclusive, com o nome do próprio, como na foto acima. A M. ARANTES abriu um mercado de admiradores da arte da cutelaria. 
          Com peças nos EUA, França entre outros países, suas facas de cozinha alcançaram grandes nomes da Culinária, como o Chef Francês Patrick Martin (diretor do Le Cordon Bleu no Brasil), Chef francês Olivier Cozan (grande incentivador da carreira) Chef Fernanda Ribeiro (São Paulo), como também conquistou o Repórter e apresentador da TV Band Marcio Campos, construiu uma faca especial para a Presidência da República, que traz as cores da Bandeira Nacional, representando nosso Brasil. 
          Marcelo lembra que o mais importante é que toda faca seja construída com dedicação e perfeição, seja uma faca simples ou complexa, seja para uma pessoa famosa ou para uma pessoa simples, todos clientes devem ser tratados igualmente, com respeito, compromisso, educação, responsabilidade, atenção e ética. “O cliente feliz é minha satisfação”. 
          No dia 13 de dezembro de 2020, recebeu a confirmação da participação no livro “Legado do aço” (Legacy of Steel), que será lançado em 2021, um dos maiores e mais completo livro da cutelaria mundial, onde contará com grandes nomes na cutelaria nacional e internacional.
(As informações e fotografias para essa reportagem foram fornecidas por Marlon Moreira Arantes, de Aiuruoca MG)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

As 25 cidades mais altas do Brasil

(Por Arnaldo Silva) O Brasil não é um país de altitudes elevadas, ao contrário, a maior parte de nosso território é formado por altitudes bem baixas e nem se compara as altitude de alguns países da América Latina, Europa e Ásia. Abaixo de 200 metros de altitude, está 40% do nosso território. Entre 201 e 600 metros de altitude, estão 45% do nosso território. Apenas 12% estão entre 601 e 900% e 3% do nosso território, está acima dos 901 metros de altitude. (na foto abaixo de Ricardo Cozzo, Monte Verde MG, que está a 1554 metros de altitude)
          O Estado brasileiro onde concentra as mais altas altitudes no Brasil é Minas Gerais, estado com características montanhosas, por isso, não é de surpreender, que a maioria das cidades acima de 901 metros de altitudes no país, concentram-se em Minas Gerais. 
          Existe uma grande diferença entre altitude e altura de picos, serras, montanhas e morros. Por exemplo, Alto Caparaó MG, na Zona da Mata Mineira (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), está a 997 metros de altitude, acima do nível do mar, mas seu ponto mais alto, o Pico da Bandeira, está a 2892 metros de altitude. Isso porque a altura de um determinado relevo, leva em conta a distância vertical de sua base, até seu topo. (na foto abaixo de Giselle Oliveira, Diamantina MG, a 1280 metros de altitude)
          Já a altitude de cada município é feita como base na medida vertical, partindo do ponto central da sede do município, até o ponto zero, que é o mar. Os morros, picos, serras e montanhas, não entram no cálculo da altitude final de cada município. (na foto abaixo do Geraldo Gomes, a cidade de Delfim Moreira MG, a 1200 metros de altitude)
          Vamos então conhecer as cidades mais altas do Brasil. A maioria das cidades brasileiras, acima de 1000 metros de altitude estão em Minas Gerais. Para a lista não ficar muito extensa, apresentamos as 25 cidades que estão acima de 1199 metros de altitude, acima do nível do mar. (na foto abaixo de Jair Antônio Oliveira, Marmelópolis MG, a 1277 metros de altitude)
          Entre essas 25 cidades, 1 está em São Paulo, 1 na Bahia, 1 no Distrito Federal, 1 em Goiás, 1 no Rio Grande do Sul, 5 em Santa Catarina e 15 em Minas Gerais.
- 01 - Campos do Jordão (SP) – 1.628 m
- 02 - Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG) – 1.554 m
- 03 - Senador Amaral (MG) – 1.505 m
- 04 - Urupema (SC) – 1425 m
- 05 - Bom Repouso (MG) – 1.371 m
- 06 - São Joaquim (SC) – 1360 m
- 07 - Gonçalves (MG) – 1.350 m 
- 08 - São Tomé das Letras MG - 1.318 m
- 09 -  Ceilândia (DF) – 1.287 m
- 10 - Diamantina (MG) – 1.280 m
- 11 - Marmelópolis (MG) – 1.277 m
- 12 - Piatã (BA) – 1.268 m
- 13 - Maria da Fé (MG) – 1.258 m
- 14 - Alto Paraíso de Goiás (GO) – 1.253 m
- 15 - Nova Resende (MG) – 1.250 m
- 16 - Bom Jardim da Serra (SC) – 1.245 m
- 17 - Datas MG – 1.240 m
- 18 - Munhoz (MG) – 1.235 m
- 19 - Matos Costa (SC) – 1.237 m
- 20 - Serra do Salitre (MG) 1.220 m
- 21 - Bocaina de Minas (MG) 1.210 m
- 22 - Bueno Brandão (MG) – 1.204 m
- 23 - São José dos Ausentes (RS) – 1.210 m
- 24 - Calmon (SC) – 1.210 m
- 25 - Delfim Moreira (MG) – 1.200 m
 Fonte das informações: Site do IBGE e das Prefeituras locais.

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