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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Se Minas não tem mar, que mar tem?

(Por Arnaldo Silva) Litoral, mar de água salgada, isso não tem em Minas não, mas mar tem sim, mesmo distante 600 km do litoral mais próximo. Mar de água doce, com direito a praias e dezenas de cachoeiras.
          O nosso mar é o Lago de Furnas, imenso lago que abrange 34 municípios mineiros: Aguanil, Alfenas, Alpinópolis, Alterosa, Areado, Boa Esperança, Cabo Verde, Camacho, Campo Belo, Campo do Meio, Campos Gerais, Cana Verde, Candeias, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Conceição da Aparecida, Coqueiral, Cristais, Divisa Nova, Elói Mendes, Fama, Formiga, Guapé, Ilicínea, Juruaia, Machado, Muzambinho, Nepomuceno, Paraguaçu, Perdões, Pimenta, Poço Fundo, Ribeirão Vermelho, São João Batista do Glória, São José da Barra, Serrania, Três Pontas e Varginha. (na foto acima e abaixo do Djalma Xavier, o Lago de Furnas em Campo do Meio MG)
          É o maior lago artificial do mundo, com 1.406,26 quilômetros quadrados. Por isso é chamado de mar, o "Mar de Minas".
Capitólio, a Rainha do Lago de Furnas
          Entre as 34 cidades banhadas pelo Mar de Minas, Capitólio se destaca. Distante 276 km de Belo Horizonte, às margens da MG 050, no Oeste de Minas, a cidade e sua deslumbrante paisagem chama a atenção. São cachoeiras, cânions com água verde esmeralda, que permite passeios de escuna, lanchas, barcos e chalanas, além de impressionantes mirantes e belezas espetaculares. (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc, Capitólio MG)
          Outro destaque de Capitólio é o bairro Escarpas do Lago (na foto acima de Deocleciano Mundim). Além da beleza da arquitetura do bairro, está localizada em sua orla a maior marina de água doce da América Latina. Práticas de esportes como wakeboard, stand up,
paddle, esqui e Jet ski são bastante comuns no local.                O turista ainda pode se deliciar com a beleza das cachoeiras, como a Lagoa Azul, com suas águas cristalinas e bem limpas que deságuam na represa de Furnas. É a mais procurada, dentre tantas cachoeiras.       
          Fica às margens da MG 050. É da Lagoa Azul que partem as escunas para navegar pelos cânions e lago. (na foto acima do Marcelo Santos)
          Têm ainda a Trilha do Sol e as quedas do Grito e do Poço Dourado, passeios imperdíveis. Quem gosta de uma boa caminhada, pode subir até o Morro do Chapéu, a 1293 metros de altura, próximo ao km 312 da MG 050. 
          A vista dos cânions e municípios em redor é espetacular (na foto acima do Douglas Arouca). Ao subir até o morro, recomenda-se atenção para quem chegar ao topo do mirante, já que não existe grade e nem cerca de proteção. É bom tomar cuidado com as selfies.
Passeio pela Serra da Canastra 
          Para aproveitar mais a natureza, o turista pode tem como opção conhecer a Serra da Canastra, já que há vários acessos ao Parque Nacional da Serra da Canastra.(foto acima de Douglas Arouca) Na cidade existem várias pessoas que levam os visitantes a Serra da Canastra em 4x4.
          Outra dica é experimentar a excelente culinária local, principalmente os pratos feitos com peixes de água doce, como tilápia e traíra (na foto acima da Aline Marques do Cantinho de Minas, em São João Batista do Glória MG), além do tradicional frango caipira. 
          Além das belezas naturais, as cidades do Lago de Furnas são belíssimas e bem estruturadas para receberem turistas com vários atrativos naturais e urbanos, bares, lanchonetes, restaurantes, pousadas e hotéis para todos os gostos e bolsos. (na foto acima da Nilza Leonel, o Lago de Furnas em Santo Hilário, distrito de Pimenta MG)
COMO CHEGAR
          Partindo de Belo Horizonte pela BR-381, Fernão Dias, siga por 23 quilômetros. Pela BR-262, siga por 20 quilômetros. MG-050, siga por 280 quilômetros. MG-837, Azarias J. Lemos, siga por 820 metros já estará em Capitólio e da cidade, pode ir por terra ou navegar de barco pelas cidades do Lago de Furnas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Jabuticaba de Sabará ganha Selo de Origem

(Por Arnaldo Silva) Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte é reconhecida como a terra da jabuticaba no Brasil. A árvore é cultivada em mais de 15 mil domicílios da cidade. A fruta é tão importante que desde 1987 é realizado o Festival da Jabuticaba, geralmente no final de novembro e inicio de dezembro. É um dos mais importantes eventos do calendário gastronômico de Minas Gerais com a presença milhares de turistas vindos de várias partes de Minas e do Brasil, atraídos pelas delicias oriundas da fruta, produzidos em Sabará. (foto abaixo da fanpage Sabará & Sabor - Restaurante e Alambique Jotapê em Pompéu, distrito de Sabará MG)
          O festival explora a fruta e o visitante tem à mostra, todos os derivados da jabuticaba, bem como o artesanato local, que é exposto nos dias do festival, bem como a opção de conhecer os vários pontos da cidade. Sabará é uma das mais antigas cidades históricas de Minas Gerais, guardando tesouros da arte barroca mineira dos séculos 18 e 19, como obras do Mestre Aleijadinho, que morou na cidade e do Mestre Ataíde.
          Cuidar de jabuticaba, transformá-la em sucos, vinhos, licores, geleias, molhos, cascas cristalizadas, sorvetes, mostarda de jabuticaba, etc., é uma arte. A arte da culinária, uma vocação mineira. Por isso, quem trabalha com a jabuticaba em Sabará é chamado de artesão ou artesã. São artistas na arte da culinária com jabuticaba. São 14 derivados da jabuticaba produzidos no município. A Prefeitura incentiva, doando mudas e oferecendo descontos para quem tem pés de jabuticabas em seus quintais. 
          Com o objetivo de fortalecer os pequenos negócios locais e valorizar a gastronomia local um grupo de artesãs ligadas Associação dos produtores de Derivados de Jabuticaba de Sabará (Asprodejas), requereu junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o reconhecimento de Sabará como a legítima produtora de cinco derivados da jabuticaba: geleia, compota, licor, casca de jabuticaba cristalizada e molho de jabuticaba. O pedido foi aceito em 2018 pelo INPI e os cinco produtos citados, oriundos da jabuticaba, agora tem o selo Identidade Geográfica (IG) de Indicação de Procedência. Os produtos derivados da jabuticaba em Sabará agora fazem parte do mapa de Identidade Geográfica do IBGE.
          O objetivo desse selo é reconhecer a origem de um produto característico de um determinado local, atribuir reputação, originalidade e identidade própria, ou seja, o nome está restrito ao detentor do selo de Indicação de Procedência e ao município de origem. No caso de Sabará, o nome “jabuticaba de Sabará” é restrito aos produtores e prestadores de serviço da região. Isso evita que outras pessoas tentem vender os itens com o mesmo nome em outras localidades e sem pertencerem à cidade.
          O Selo de Identidade de Procedência fortalece os produtores artesanais de Sabará, além de favorecer maior divulgação dos produtos locais, atraindo mais turistas para a cidade e mais clientes, abrindo mais mercados em Minas Gerais e em estados brasileiros, aumentando assim a renda, a geração de empregos e arrecadação do município.
Os produtos com Identificação Geográfica em Minas Gerais
          Atualmente no Brasil são 62 produtos que tem o registro de Indicação Geográfica reconhecidos pelo Instituto Nacional de Propriedade. Minas Gerais tem 10, desses 62 produtos que são: o café do Cerrado Mineiro, o café da região da Serra da Mantiqueira, o queijo Minas Artesanal do Serro, o artesanato em estanho de São João Del Rei MG, o queijo Canastra, a cachaça de Salinas MG, o biscoito de São Tiago, a própolis verde de uma região que abrange 102 municípios mineiros e agora os derivados da jabuticaba de Sabará MG.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

12 principais identidades mineiras - Primeira parte

(Por Arnaldo Silva) Onde o mineiro estiver ele carrega consigo as nossas identidades. Seja no jeito de falar, de e expressar ou nos gostos, principalmente, culinários. Em termos de comida, o mineiro é exigente.
          O mineiro sabe perfeitamente identificar um queijo mineiro de verdade. Se o pão de queijo não é de Minas Gerais, só de olhar ele já sabe. Nem precisa experimentar. Se a comida é realmente mineira, feita de acordo com as tradições culinárias de Minas, ele percebe facilmente. Isso se chama identidade com Minas Gerais, coisa que só mineiro entende. Está na alma mineira. (na foto acima do Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, uma tradicional venda antiga no povoado da Garça em Bom Despacho MG)
Quem é mineiro é facilmente identificado por essas identidades.
01 - Uai
           Dificilmente mineiro não fala Uai, mesmo o mais erudito dos mineiros, vez ou outra deixa escapar um uai. Isso porque o Uai está na nossa raiz, na nossa origem, no nosso mineirês desde o século 19. Uai é nossa identidade. Mineiro que se preze e valoriza suas origens, fala uai com muito orgulho.
02 - Trem 
          Em Minas trem é tudo e tudo é um trem, mas um trem não é literalmente, um trem. Pode ser uma comida, uma rua, uma casa, uma roupa, uma árvore, um ônibus, um carro, um avião, um computador... Em Minas a palavra trem significa tudo que o mineiro gosta, não gosta ou não sabe bem o que é. (foto acima de César Reis)
03 - Queijo 
          Queijo corre nas veias do mineiro desde o século 18. É tradição mineira fazer queijo. Seja fresco o curado, no café ou no preparo das quitandas, mineiro, Minas e queijo tem tudo a ver. (foto do Queijo Roça da Cidade de São Roque de Minas/Divulgação)
04 - Pão de Queijo
          Do queijo surgiu uma das mais deliciosas quitandas do mundo. O nosso pão de queijo. Mineiro nunca fala “pão de queijo mineiro” porque o pão de queijo é mineiro. Se existe outro tipo de pão de queijo sem ser o mineiro, é cópia mal feita. O mundo todo sabe que pão de queijo é de Minas Gerais, a mais fina identidade mineira, tão importante quanto nosso uai. Falou em Minas, vem logo à mente, pão de queijo. (Foto acima de Regina´s Farm/Fazendinha da Regina) 
05 - Biscoito de queijo
          Só perde para o pão de queijo em termos de tradição e identidade mineira. Qual mineiro não gosta de biscoito? O preferido e tradicional é sem dúvida o biscoito de queijo. Com café coado à beira do fogão, num coador de pano... Hum... nem se fala. 
06 - Fogão a lenha
          No interior mineiro o fogão a lenha ainda está presente nas cozinhas, como há séculos. Dizem que não existe unanimidade, mas em se tratando de fogão a lenha, com certeza, todos afirmam que a comida tem um sabor diferente da feita no fogão a gás. É sem dúvida, a comida mais gostosa. Essa é a única unanimidade que eu conheço. Ainda mais aquela comida feita em panelas de ferro ou de pedra sabão. A figura do mineiro proseando a beira de um fogão a lenha é real, tradicional e comum até os dias de hoje no nosso interior, seja na zona rural ou na cidade. Na minha casa na cidade, tenho fogão a lenha e forno de barro.
07 - Forno de barro
           Por falar em forno de barro, esse não falta nos quintais dos sítios e fazendas de Minas. Na cidade também. Para assar broas, pão de queijo, biscoitos, roscas e rosquinhas são os preferidos. Junto com o fogão a lenha, é nossa identidade gastronômica, valoriza nossa rica culinária e nosso jeito mineiro de ser. (foto acima de Nilza Leonel)
07 - Artesanato mineiro
          A vocação mineira pelas artes vem desde os tempos antigos e o talento mineiro para o artesanato é reconhecido internacionalmente. O artesanato mineiro é uma das mais importantes identidades de Minas Gerais, principalmente o artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha, na foto, de Ernani Calazans, artesanato da artesã Alice Costa, de Minas Novas, que dá identidade a Minas e ao Brasil.  
08 - Namoradeira de janela
          Nos tempos antigos as moças mineiras que queriam se casar, não saiam para as ruas ou bailes para procurar pretendentes. Era tradição ficar encostada nas janelas de suas casas a espera de um bom pretendente. Se o rapaz se interessasse pela moça, procurava o pai e pedia a dama em namoro. A arte replicou essa tradição do século 19 em Minas, criando as famosas namoradeiras de janela, hoje decorando janelas de boa parte das casas mineiras. (foto acima de Sônia Fraga em Ouro Preto MG)
09 - Panelas em pedra sabão
          Pedra sabão é uma rocha abundante em Minas, principalmente na região do quadrilátero ferrífero, onde está Ouro Preto e Ouro Branco, onde se concentra boa parte das rochas de pedra sabão no Brasil. Além do artesanato variado que a pedra sabão origina, as panelas feitas com a rocha estão presentes nas cozinhas mineiras desde os tempos do Brasil Colônia. São panelas maravilhosas, perfeitas para o cozimento e o sabor da comida é outra coisa. Deliciosa mesmo. (foto acima do Chico do Vale)
10 - Oratório
          Antigamente existiam muitas comunidades rurais e os padres tinham dificuldades em dar atenção a todos. A fé e religiosidade do povo mineiro sempre foram fortes e mesmo na ausência da Igreja em suas comunidades, não deixavam de manifestar sua fé. Assim surgiram as rezas semanais do terço, cada semana numa casa diferente, onde todos da comunidade compareciam, já que não tinha como ter missa todos os domingos. Em cada casa tinha um pequeno oratório, onde as famílias rezavam. A prática de ter um oratório em casa existe até os dias de hoje. Faz parte das tradições mineiras e demonstração de fé do nosso povo. A simplicidade da fé e religiosidade do mineiro é uma forte identidade mineira. (foto acima de Ane Souz no Museu do Oratório de Ouro Preto MG)
11 - Carne na lata
         Conservar a carne do porco na banha é uma prática existente em Minas desde o final do século XVII. Com a chegada dos bandeirantes ao território mineiro, em busca de ouro, surgiu a necessidade de armazenar alimentos, já que o território era imenso e as viagens longas. Assim surgiu a carne na lata, presente até os dias de hoje em nossas mesas, não por falta de geladeira para conservar as carnes, mas porque é uma das nossas identidades e a carne armazenada na lata na banha é muito saborosa. (fotografia acima de Arnaldo Quintão em Itabira MG)
          Outro costume que hoje quase ninguém se lembra, era a forma de gelar cerveja no século passado. No interior mal tinha energia elétrica naqueles tempos, quem dera geladeira. Mas tinham quem não dispensava uma cervejinha de vez em quando. A forma de mantê-la fria era bem simples. Pegavam as garrafas e as enterravam nos bancos de areia às margens dos rios e ribeirões. Assim elas ficavam frias e dependendo da época, como no inverno, bem geladas. Interessante não? 
12 - O toque do sino
           Mais de 70% do patrimônio histórico nacional está em Minas Gerais, principalmente igrejas. São milhares de igrejas por todo o estado. As igrejas mais antigas têm duas torres, cada uma com um campanário para sino. As mais modernas, uma torre apenas. Isso fez com que nosso estado fosse considerado a terra dos sinos. Tocar sino é uma arte. O sineiro é um artista que entende e muito de música. O badalar dos sinos é Identidade mineira e a profissão de sineiro, valorizada e reconhecida. Tanto é que o badalar dos sinos em Minas é Patrimônio Imaterial do Estado, reconhecido pelo Iepha. (foto de César Reis em Tiradentes MG)
Essa é a primeira parte de duas reportagens sobre as identidades mineiras. São 24 ao todo. Vejam também a segunda parte.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A Vila de São Bartolomeu e a igreja do sino mudo

(Por Arnaldo Silva) Pelos caminhos que nos levam a Ouro Preto, tem São Bartolomeu. O arraial do Apóstolo fica a 15 km distantes da sede, passando por Cachoeira do Campo. A estrada caprichosamente nos leva a paisagens espetaculares de Mata Atlântica e Cerrado, passando pelo Rio das Velhas, com água limpa e cristalina e fazendas centenárias, com suas sedes pintadas nas cores azuis e brancas, no mesmo estilo do casario da vila.(foto acima de Ane Souz)
          Não é por menos que São Bartolomeu é conhecido como a joia de Minas. A pacata vila foi uma das primeiras povoações de Minas Gerais, surgida no início do século XVIII. Suas construções seculares guardam história e relíquias do início do período barroco em Minas Gerais com construções coloniais, oratórios, arquitetura e sua joia mais rara, a igreja dedicada ao padroeiro, São Bartolomeu.
          A Matriz de São Bartolomeu foi edificada em meados do século XVIII em alvenaria de pedra, assentada com argamassa de barro e pintada a cal. Em seu interior, um rico e impressionante acervo histórico chama a atenção. Um muro de pedras circunda o entorno da igreja e em seu lado direito, um coreto construído no século XX completa o conjunto arquitetônico.
          Quando os devotos de São Bartolomeu, decidiram construir a igreja, optaram pela parte mais alta da vila, para evitar enchentes. Era justamente neste local que estava a Capela do Rosário, primeira capela erguida na Vila, nos primeiros anos do século XVIII. Para construir a nova igreja, optaram por demolir a pequena capela.
          A decisão não agradou à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, que construiu a capela.
          Após muita discussão, decidiram construir a igreja no local, onde estava a capela, mas mantendo-a no mesmo lugar, sendo incorporada à arquitetura e traçados da Igreja de São Bartolomeu.
Com a decisão, em comum acordo, a capela foi preservada. Quem entra pela porta principal da Igreja de São Bartolomeu, tem à sua direita, a entrada para a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Duas igrejas, num único templo, como podem ver na foto abaixo de Arnaldo Silva, a capela, ao lado do coreto, com entrada pela porta central da Igreja de São Bartolomeu.
          Mas um diferencial da Matriz de São Bartolomeu chama a atenção, em relação às outras. É o seu sino. Diferente das outras igrejas, cujos sinos são de bronze, o da Matriz de São Bartolomeu é em madeira (na foto abaixo de Ane Souz)
Conta-se que o sino da igreja foi roubado, ficando apenas o badalo de prata no campanário. Até a chegada do novo sino de bronze, foi colocado provisoriamente no lugar, um rústico sino de madeira. E com o tempo, nada do sino de bronze chegar, o de madeira foi ficando e permanece até hoje os dias de hoje no campanário das torres. O toque do badalo de prata na madeira não produz som algum, mas mesmo assim, o sino encanta por sua simplicidade e história. É um dos atrativos da vila e de Minas Gerais. Ninguém pensa em substituí-lo por um sino de bronze. Ao contrário, já foi até restaurando. Sua restauração foi em 1997, pela Fundação Gorceix.
          Pelas ruas de São Bartolomeu é difícil encontrar um morador que não tenha ligação com a Matriz. Há sempre uma história de família, vinda de gerações ou mesmo atual. A matriz faz parte da vida de todos os moradores da Vila. É como se fosse extensão de suas próprias casas. Arrisco a dizer que se fosse mesmo parte da casa de cada um, seria o melhor cômodo da casa, de tanto amor e carinho que eles têm por sua matriz. (na foto abaixo de Ane Souz, a Matriz de São Bartolomeu, no dia da Festa do Padroeiro)
          Venha conhecer São Bartolomeu, sua riqueza arquitetônica e cultura, bem como seus doces, principalmente a goiabada cascão e seu povo simples e hospitaleiro. Venha conhecer a joia rara de Minas Gerais. 

domingo, 1 de setembro de 2019

Vai viajar? Vem pra Minas, Uai!

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais tem opções de turismo para todos os gostos. Cultura, turismo, natureza exuberante, aventura, passeios românticos, cachoeiras paradisíacas, montanhas, serras, além de arte, artesanato, culinária única, simplicidade, hospitalidade e alegria de nosso povo. (na foto acima do Felipe Brazão/@fbimagensaerea a Serra da Tormenta em Carmo do Rio Claro e abaixo de Guilherme Augusto, a Pedra do Elefante em Andradas MG)
          Aqui é Minas Gerais, nossos cantos e recantos, relaxam só no olhar. A fé e a religiosidade de nosso povo emocionam, manifestadas nas procissões da Semana Santa, no Reinado de Nossa Senhora do Rosário, na Festa de Santos Reis, na magia do dia de Corpus Christi.
          Durante o ano, todas as 853 cidades se preparam para receber bem os turistas que vem a Minas em busca de sossego, descanso e conhecer as tradições de mineiras. (foto acima de Fernando Campanella) Em Minas Gerais as tradições religiosas, folclóricas, culturais, arquitetônica e principalmente gastronômicas são preservadas, valorizadas e presentes no calendário cultural e gastronômico do Estado. 
Religiosidade 
          Uma das características do povo mineiro é sua religiosidade. As tradições religiosas são preservadas há séculos, sendo vivenciadas em sua originalidade nas cidades históricas mineiras, onde nosso povo manifesta com fé sua cultura e religiosidade, principalmente na Semana Santa e Corpus Christi, onde os tapetes de serragem colorem as ruas e ladeiras de nossas cidades, destacando a histórica Mariana, Ouro Preto (na foto acima de Ane Souz), Congonhas, Sabará, Tiradentes, São João Del Rei, Prados, Datas, Itapecerica, Serro, Diamantina, Pitangui, Estrela do Sul, Santa Bárbara, Catas Altas e Jaboticatubas (na foto abaixo da Alexa Silva).
Aventura e Ecoturismo 
          Já para os que gostam de aventuras e natureza, Minas Gerais é o lugar certo. Para quem vai iniciar a visita por Minas a partir de Belo Horizonte, pertinho da Capital temos a Serra do Cipó e a Serra da Moeda para os amantes de caminhadas, canoagem, trilhas, trekking, rapel, escaladas esportivas, voo livre ou mesmo, para os que gostam de sossego. (na foto abaixo da Sila Moura, entrada de Santana do Riacho, "porta" de entrada para a Serra do Cipó)
          Ainda perto de Belo Horizonte, temos o Santuário do Caraça, lugar formidável, contando ainda com pousada, restaurante, museu, igreja e belíssimas paisagens com vistas impressionantes e temos ainda a Rota das Grutas Peter Lond, destacando a Gruta Rei do Mato em Sete Lagoas, de Maquiné em Cordisburgo e da Lapinha, em Lagoa Santa.
          Quem quiser andar um pouco mais na região da Serra da Canastra, além da beleza do Parque que preserva as nascentes do Rio São Francisco, destinos paradisíacos como Capitólio, São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Vargem Bonita e Delfinópolis, com suas belas cachoeiras, como esta na foto do Felipe Brazão/@fbimagensarea, a Cachoeira do Fundão em São João Batista do Glória, na Serra da Canastra. Conhecer essas cidades e suas belezas são convites irrecusáveis.
Roteiros de Charme
          Para os românticos, casais apaixonados, amigos e gente que ama viajar para lugares sofisticados, requintados, bem estruturados, com natureza exuberante e ótima gastronomia, temos destinos incríveis. Casa Branca, distrito de Brumadinho (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade) é um desses requintados roteiros para quem curte momentos românticos.
          Monte Verde (na foto acima de Raul Moura), no Sul de Minas dispensa comentários. A pequena vila de origem letã (seus fundadores vieram da Letônia, no Leste Europeu) é um dos mais procurados destinos românticos do Brasil. Procurado ano todo, a charmosa Vila mais parece um presépio por sua beleza arquitetônica, além de sua rica cozinha, que mescla o que tem de melhor na culinária europeia e mineira, além das cervejas artesanais, chocolates quentes, cachaça e queijos de Minas.
          Ainda no Sul de Minas, o romantismo pode ser vivenciado em Poços de Caldas com sua beleza arquitetônica e águas sulfurosas; Andradas, a cidade do vinho; Alagoa, a terra do queijo Parmesão e as charmosas estâncias hidrominerais de São Lourenço, Caxambu e Lambari (na foto abaixo de Luiz Carlos BillsCar´s)
          Para os casais apaixonados, que gostam de música boa, tem a Bolerata no Serro e a Vesperata em Diamantina (na foto acima da Elvira Nascimento), eventos de alto nível cultural, com repertório musical eclético e de qualidade.

Festivais Gastronômicos
          Para os amantes da culinária Mineira, durante o ano todo acontecem festivais gastronômicos por todo o Estado, destacando a Festa da Uva em Andradas, em janeiro; a comida de Boteco de Belo Horizonte, que acontece entre abril e maio; a Festa da Goiabada Cascão em São Bartolomeu (na foto acima de Arnaldo Silva), distrito de Ouro Preto em abril, a Festa do Vinho de Catas Altas em maio; a tradicional Festa da Quitanda e Goiabada de Cocais em maio; o Festival das Quitandas de Congonhas, em maio; o Festival do Ora-Pro-Nobis de Sabará em maio, a Festa do Biscoito de Caldas em julho; a Festa do Café com Biscoito de São Tiago em setembro e as Festa da Jabuticaba em Sabará e em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto (na foto abaixo de Thiago Perilo/@thiagop.perilo), entre novembro e dezembro.
Venha pra Minas! Divirta-se em Minas! Conheça Minas!

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

O turismo no Serro pelos trilhos do Trem-ruá

(Por Túlio Madureira*) A expressão Trem-ruá, foi criada por Túlio Madureira e divulgada em uma reportagem do programa Globo repórter, que foi ao ar em 23 de outubro de 2015.
          Essa expressão, que caracteriza todas as peculiaridades regionais encontradas naquele determinado território, faz um paralelo com a expressão terroir (pronuncia-se terruá) de origem francesa, que caracteriza peculiaridades de um determinado torrão de terra. (na foto acima, do Tiago Geisler, o casario do Serro MG)
          Essas expressões resumem exatamente os conceitos originais ambientais edafoclimáticos capazes de interferir nos produtos oriundos produzidos naquele local específico, e como em Minas tudo é chamado de "Trem" nada mais justo então do que a adaptação amineirada da expressão francesa.
          Hoje a marca Trem-ruá possui uma loja a Grife do queijo, uma escola artesanal e um serviço de turismo rural e de experiência na cidade do Serro MG.
          Os turistas conhecem o modo de fabricação do queijo centenário e artesanal da região do Serro, visitando a fazenda e acompanhando o processo produtivo e tendo contato com o manejo do rebanho.
          Têm ainda a oportunidade de conhecer as paisagens, os distritos, as cachoeiras, os paredões e picos rochosos da serra do espinhaço pelas estreitas estradas como trilhos, onde passavam as tropas carregadas de ouro, diamantes e de queijos, em diferentes épocas da nossa história.
          O turismo está descobrindo o Serro através das trilhas do seu trem-ruá, na busca dos conhecimentos da arte do saber fazer através da escola artesanal, a primeira escola brasileira de fabricação do queijo artesanal de leite cru e pelo turismo de experiência oferecido pela grife do queijo, na parceria com o Gustavo Oliveira, operador de turismo, conhecido como, Serro do Guia.
          Venha visitar a cidade do Serro, viver essa experiência aprender sobre a produção de queijo e degustar os melhores queijos artesanais produzidos no Brasil na loja grife do queijo do produtor e mestre queijeiro Túlio Madureira. Instagram e Facebook @tulio_madureira @grifedoqueijo @escolaartesanal @serrodoguia. Telefone de contato:(38) 9.98234207
* Túlio Madureira é Produtor Rural, Técnico em Agropecuária, Quinta geração de produtores da família na região do queijo do Serro. Tri-medalhista Mundial com três marcas de queijos diferentes no Mondial Du Fromage na França, Queijo do Gir medalha de bronze 2017, Queijo kankrej medalha de prata 2017, Queijo Curupira medalha de bronze 2019.

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