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terça-feira, 8 de novembro de 2016

16 apaixonantes cidades da Serra da Mantiqueira

(Por Arnaldo Silva) A Serra da Mantiqueira é uma cadeia de montanhas que fica no Sul de Minas Gerais, se estende para SP e Rio de Janeiro. É uma das mais belas regiões do Brasil, onde concentra-se as cidade de maior altitude em Minas Gerais e também as mais frias e com grande número de cachoeiras. Sua belezas, arquitetura e singela das cidades atraem todos os anos casais e amantes da natureza para passeios, férias, lua de mel ou mesmo para viver nas pacatas e charmosas cidades no alto das montanhas mineiras. São passeios incríveis, em lugares de tirar o fôlego, realmente inesquecíveis.(na foto acima de Marlon Arantes, Aiuruoca MG). Nesse post, você irá conhecer 15 cidades da Serra da Mantiqueira.
01 - Marmelópolis
          A 1277 metros de altitude está Marmelópolis. Uma cidade que lembra uma pequena vila portuguesas, essa é Marmelópolis, uma das menores cidades de Minas, com 3.200 habitantes, segundo o IBGE, com grande destaque para seu inverno congelante, mas é congelante mesmo gente! (na foto acima de Jair Antônio Oliveira) Para espantar o frio, tem na cidade a Sopa de Marmelo, já que a fruta é uma tradição na região. Ainda hoje é.
           Plantações de marmelo vem sendo recuperadas e ampliadas, com o retorno do plantio do marmeleiro no município. A fruta é tão importante que todos os anos acontece a Festa do Marmelo, geralmente em maio, com exposição dos derivados da fruta, do artesanato local e da culinária, destacando os queijos, doces diversos e a truta, muito comum na Mantiqueira mas em Marmelópolis tem um preparo especial.
02 - Aiuruoca
          A 989 metros de altitude está Aiuruoca, uma das mais charmosas e atraentes cidades da Serra da Mantiqueira, onde vivem pouco mais de 6 mil pessoas, todos simpáticos, gentis, hospitaleiros, que recebem muito bem os visitantes. Na cidade se destaca seu carnaval, um dos melhores da região, sua gastronomia tipicamente mineira, seu casario e casarões em estilo colonial. A matriz de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1726, é uma joia da história mineira. Aiuruoca se destaca ainda na produção de azeites e queijos de qualidade, com destaque para o Queijo Prato, herança da presença dos imigrantes dinamarqueses na região. (na foto abaixo, de Marlon Arantes, vista parcial de Aiuruoca)
          A natureza em Aiuruoca é um verdadeiro espetáculo, um convite total ao descanso, sossego, relaxamento. Pra quem gosta de esportes radicais, o município tem estrutura para as práticas de Rapel, canyoning, escalada, tirolesa, rapel guiado, off-road, mountain bike, mini-rafting, rafting, boia cross. São mais de 80 cachoeiras paradisíacas, picos, como o do Papagaio e pousadas aconchegantes, sofisticadas e requintadas, tanto na área urbana, quanto na zona rural e totalmente integradas às belezas naturais da Serra da Mantiqueira. 
03 - Pedralva
          A 911 metros de altitude está Pedralva (foto acima de Leonardo Souza/@jleonardo_souza_srs), cidade com 10.760 habitantes, segundo o IBGE, conhecida no Brasil como "Cidades dos Gêmeos" por ter números bem acima da média nacional de gêmeos que nascem na cidade. É uma das cidades mais charmosas, destacando como toda cidade da Mantiqueira, por suas paisagens e cachoeiras paradisíacas. 
          Pedralva se destaca ainda pelo seu rico artesanato, produção de cachaça, doces e queijos de qualidade e pelos eventos sociais e religiosos que acontecem durante o ano como a festa do padroeiro São Sebastião, em janeiro, Carnaval, o aniversário do município em 7 de maio e o Pedrock, com apresentação de bandas, que acontece em julho de cada ano.
          Outro destaque de Pedralva é o Pedrão, charmoso distrito rodeado por montanhas (na foto acima de Rinaldo Almeida) muito procurado por turistas que vem à cidade subir à Serra do Pedrão para praticarem voo livre, trekking e alpinismo. Pedralva ainda tem como atrativos o sitio arqueológico da Gruta do Badulaque, cachoeiras, rios, lagos e a Serra da Pedra Branca, um dos pontos mais altos do município, atingindo 1848 metros de altitude.
          Outro destaque de Pedralva é o povoado de Furnas (na foto acima de Fernando Campanella) um bucólico, pitoresco, charmoso e privilegiado lugar, aos pés da serra, rodeado por belíssimas paisagens e um casario simples, singelo, que mais lembra um presépio. 
04 - Alagoa
          A 1132 metros de altitude está Alagoa (na foto acima de Rildo Silveira), com apenas 2749 habitantes, segundo o IBGE. Alagoa é conhecida pelo seu famoso queijo Alagoa produzido nas propriedades rurais do município. Queijo fino, de alta qualidade, premiado no exterior e centenário, introduzido na cidade pelos imigrantes italianos no início do século XX.
          Os queijos de Alagoa, com qualidade e sabor únicos, só é encontrado em Alagoa, graças ao clima, relevo e altitude da região. Além de ser uma região queijeira oficial, com o nome de Região Queijeira Alagoa, produz queijos tipo parmesão, além de outros tipos de queijos mineiros, em especial os queijos D´Alagoa, do produtor Osvaldo filho e o Queijo da Fazenda Bela Vista, medalhistas no último concurso do Mondial du Fromage, realizado na França.
          Cidade tranquila, com pouco menos de 3 mil habitantes é uma das menores cidades de Minas Gerais, porém uma das mais frias do Estado, com temperaturas próxima a zero grau ou abaixo, durante o inverno. Alguns festejos durante o ano movimentam a cidade como a Semana Santa, Torneio Leiteiro - ExpoAlagoa, Nhá Chica, Natal e Reveillon.
05 - Maria a Fé
          Maria da Fé tem 14.247habitantes, segundo o IBGE e está a 1.258 metros de altitude, (na foto acima de Leonardo Bueno). É a cidade mais fria do Estado de Minas Gerais. No dias mais frios de inverno, as temperaturas mínimas sempre são abaixo de 0°C, com geadas frequentes. 
          Além do frio nos dias de inverno, a florada das cerejeiras são atrativos imperdíveis. Espalhadas por toda a cidade, encantam todos pela beleza da florada, que acontece sempre no início do inverno e se estende até meados de julho (foto acima de Rinaldo Almeida) Outros atrativos de Maria da Fé são: a Matriz de Nossa Senhora de Lourdes cidade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes, com ornamentação interna impressionantes, feitas pelos artista plástico italiano Pietro Gentilli; Centro Cultural, onde estão disponíveis informações históricas e turísticas sobre o município e também a Casa do Artesão, um espaço criado para a exposição de trabalhos de artesanato da cidade; a fazenda experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas (EPAMIG), empresa que se destaca nas pesquisas, sendo de grande importância para o desenvolvimento rural mineiro. Foi através da Epamig, que Maria da Fé desenvolveu uma de suas maiores riquezas, o azeite, existindo na cidade e região da Mantiqueira hoje, centenas de hectares com oliveiras. Na cidade ainda encontra-se belas praças, bons restaurantes, pousadas e belíssimas paisagens naturais.   
06 - Gonçalves
          A 1350 metros de altitude está Gonçalves, com menos de 5 mil habitantes, pacata, hospitaleira e com pessoas simpáticas e educadas, Gonçalves (na foto acima de Gislene Ras) é atualmente um dos polos turísticos em forte desenvolvimento na Serra da Mantiqueira, fazendo parte do circuito turístico Serras Verdes do Sul de Minas. 
          Em Gonçalves é possível praticar Mountain Bike, Trekking, Boia Cross, Cascading, Rapel, Cavalgada e Off Road, além de poder admirar a beleza da florada as cerejeiras pelo município, que acontece no início do inverno como podem ver na foto acima de Marselha Rufino  e a riqueza de seu artesanato
07 - Passa Quatro
          A 938 metros de altitude está Passa Quatro (na foto acima de Rildo Silveira) com cerca de 15 mil habitantes. Cidade de muito charme, história e principalmente belezas naturais impressionantes! É um das cidades mais atraentes da região, por sua beleza natural, exuberantes paisagens com cachoeiras, matas nativas, fazendas, pesqueiros, além de sua charmosa arquitetura urbana, história ligada a "Revolução de 1932", sua culinária típica, com produtos artesanais da região, suas festas religiosas, eventos sociais e esportivos, a Festa do Gado Leiteiro, o Carnaval, Festival de Bandas, e sua estação de trem, de onde sai o Trem da Mantiqueira, com destino a divisa de Minas com São Paulo, em Cruzeiro SP. 
08 - Carvalhos
          A 1092 metros de altitude está Carvalhos, uma tranquila, charmosa e pitoresca cidade da Serra da Mantiqueira. Famosa pelas trilhas, por suas cachoeiras e cachaças de frutas. Essa é Carvalhos, hoje com cerca de 4.422 habitantes, segundo o IBGE. A economia do município gira em torno de pequenos comércios e produção agropecuária destacando queijos, doces e plantios de morangos e uvas.   
          São 400 km de trilhas por paisagens magníficas e cerca de 70 cachoeiras paradisíacas, como esta da foto acima do Dalton Maciel, a Cachoeira da Estiva, uma das mais procuradas da região. Além das cachoeiras, outra atração natural de Carvalhos são os picos do Calambau, Três Irmãos, do Quilombo, da Serra da Aparecida, do Grão Mogol e o Pico do Muquém, para quem tem bom preparo físico, subir os 1800 metros de altitude é uma recompensa e tanto, o visual é esplêndido!
09 - Delfim Moreira
          A 1207 metros de altitude está Delfim Moreira, cidade atraente, com seu casario bem cuidado, em estilo barroco, eclético e austríaco, Delfim Moreira conta com menos de 8 mil habitantes e é uma das cidades de maior potencial turístico na região por suas belíssimas cachoeiras e paisagem naturais exuberantes, sendo uma das mais belas também (na foto acima de Geraldo Gomes). 
          Destaca-se no cenário turístico pelo seu inverno rigoroso e geadas impressionantes, que mudam totalmente paisagem local, congelando rios e lagos. Conta ainda com uma das mais prestigiadas cervejarias artesanais da região, a Kraemerfass, além de se destacar no cultivo de produtos orgânicos, produz ainda queijos e doces artesanais, em especial a marmelada, tradicional na região. No município, encontra-se uma ótima estrutura em pousadas, simples, aconchegantes e também, requintadas.
10 - Cristina
          A 1025 metros de altitude está a cidade da Imperatriz, com pouco mais de 10 mil habitantes. Seu nome é em homenagem a imperatriz Tereza Cristina, esposa do Imperador Dom Pedro II. a cidade recebeu inclusive a visita da princesa Isabel e seu esposo Conde D´Eu, para conhecer a terra cujo nome homenageava sua mãe e sogra, respectivamente. 
          Das belas terras de Cristina, saiu um presidente da República, Delfim Moreira, que governou o Brasil entre 15/11/1918 a 28/07/1919. A cidade se destaca no cenário internacional pela produção de seu café, considerado um dos melhores do mundo. Tem ainda a produção de azeite que vem se tornando uma das referências no país por sua qualidade. A cidade é confortável com belas praças, Museu do Trem, casarões antigos, belas fazendas históricas, cachoeiras, montanhas, trilhas, com um charmosa casario, povo simpático. (foto acima de Sandra Walsh)
11 - Bueno Brandão
          A 1204 metros de altitude está Bueno Brandão, um encanto de cidade da Mantiqueira, com pouco mais de 10.911 habitantes. Segundo o IBGE.(na foto acima de Douglas Coltri, vista de Bueno Brandão).
          Cidade com forte vocação turística, por suas cachoeiras paradisíacas, destacando as cachoeiras do Luís, do Félix e do Machado II e paisagens montanhosas, variando em altitude de 1200 a 1600 metros. 
          O turismo no município não se resume a natureza somente, mas na beleza da cidade, nos chocolates, doces, uvas, aguardentes e vinhos de frutas diversas como amoras, jabuticabas e uva, além de ótimas pousadas, bons restaurantes e festejos durante o ano, destacando os eventos religiosos, carnaval e festas juninas. 
12 - Bom Repouso
          A 1371 metros de altitude está Bom Repouso (na foto acima de Jussan Lima), charmosa e encantadora cidade com poucos mais de 12 mil habitantes. Com um relevo montanhoso, sua altitude vai de 1371 chegando a 1680 metros em seu ponto mais alto. A média anual da temperatura no município é 19ºC, com um inverno rigorosíssimo, com os termômetros a 0ºC e abaixo disso. O frio e sua altitude favorece o cultivo de frutas silvestres, o que faz do pequeno município, um dos maiores produtores de frutas de Minas Gerais, principalmente de morangos. 
          Outro destaque da cidade é a fé de seu povo, muito religioso, sendo São Roque e São Sebastião, os padroeiros da cidade, além da fé em Nossa Senhora das Graças. Em Bom Repouso está a segunda maior imagem dedicada a santa no Brasil, com 20 metros de altura (na foto acima de Leonardo Souza/@jleonardo_souza_srs), o que equivale a um prédio de 6 andares construída em argamassa. Foi erguida num ponto mais alto do perímetro urbano a 1410 metros de altitude, podendo ser vista de várias ângulos da cidade, a longas distância. O local é ponto de peregrinação de fiéis que vem da região de de várias cidades do Brasil para conhecer, rezar, fazer ou pagar promessas. 
13 - Itamonte
          A 933 metros de altitude, com de 14.786 habitantes, segundo o IBGE, está Itamonte (na foto acima de Paulo Santos), uma das mais belas cidades da Serra da Mantiqueira e um dos municípios mineiros que tem em suas terras o Parque Nacional do Itatiaia. O outro é município vizinho de Bocaina de Minas, a 1210 metros de altitude. 
          A cidade é aconchegante, um casario atraente e muito fria em dias de inverno, inclusive, em 10/06/1985, nevou na região. Mas seu povo não é frio, ao contrário, são calorosos, hospitaleiros e muito atenciosos. 
          Itamonte se destaca por sua gastronomia, belezas naturais como as cachoeiras da Fragaria, do Escorrega, da Conquista e da Usina dos Bragas, casarões antigos, fazendas charmosas, além da beleza do Itatiaia, como a Pedra do Sino de Itatiaia, com 2.670 metros e a Pedra do Picu com 2.151 metros.
14 - Monte Verde
          A 1555 metros de altitude está Monte Verde, distrito de Camanducaia com cerca de 6 mil moradores. As baixas temperaturas, a gastronomia e o charme da arquitetura de Monte Verde é o maior atrativo para turistas que visitam o famoso distrito de Camanducaia MG, Sul de Minas. (foto de Mônica Milev/Chocolate Montanhês) 
          As temperaturas baixas, cerveja artesanal, fábricas de chocolates e arquitetura que lembra a Letônia, pequeno país no Leste Europeu, de onde vieram seus fundadores, faz do distrito com cerca de 6 mil moradores a "cidade dos namorados" e da "terra do chocolate". Lugar onde Deus caprichou, rodeado por montanhas e Mata Atlântica. 
          A gastronomia é excelente, que vai desde a típica cozinha mineira à cozinha alemã. Pelas bucólicas ruas de Monte Verde, lojas e mais lojas com produtos típicos do nosso artesanato e culinária, como queijos, doces, cachaças, licores, etc. O lugar é ideal para quem quer fugir da correria das cidades grandes ou mesmo viver momentos de amor, curtindo as frias noites de inverno, aquecido por uma lareira tradicional, regada a um bom vinho fino.
15 - Extrema
          Cidade desenvolvida, com excelente qualidade de vida e estrutura urbana, setor de serviços eficientes, comércio e indústria de destaque em Minas Gerais. Conta ainda com uma boa rede hoteleira e gastronômica. Extrema é atualmente uma das melhores cidades mineiras para se viver.
          Com cerca de 54 mil habitantes, a cidade está a 492 km de Belo Horizonte e a 110 km, da cidade de São Paulo, com acesso fácil pela BR-381/Fernão Dias (Fotografia acima de Sérgio Mourão). Por estar na parte mais ao sul de Minas Gerais, entre Minas e São Paulo, sendo o último município mineiro, para quem sai de Minas, rumo a São Paulo. Por estar no extremo sul de Minas, a cidade adotou esse nome, Extrema. Sua origem é do final do século XIX, com o nome de Santa Rita da Extrema, como distrito, pertencente a Camanducaia. O nome foi alterado em 1915, para Extrema e por fim, o distrito foi elevado à cidade,  em 1925.
          As belezas da Serra da Mantiqueira, emoldura a beleza da cidade. Paisagem montanhosa, cachoeiras, rios, correntezas, nascentes, vales, matas nativas do bioma Mata Atlântica, clima saudável das montanhas mineiras, cenários cênicos e paradisíacos para os amantes da natureza e esportes radicais. (fotografia acima de Giseli Jorge e abaixo de Sérgio Mourão)
          Destaque no município para o Pico do Lopo, o Parque da Cachoeira do Salto e o Parque Cachoeira do Jaguari, o Santuário de Santa Rita de Cássia e seu povo, muito hospitaleiro e acolhedor.
          Além das cidades citadas acima, na Serra da Mantiqueira se destacam atraentes cidades por seu casario, produtos naturais como queijos, doces, culinárias típicas, artesanato, por suas exuberantes paisagens naturais com rios, cascatas e cachoeiras e por suas altitudes. 
          Além das 16 que listamos na matéria, essas cidades são grandes destaques da região: Morangal, bairro rural de Virgínia: 1515 m; Senador Amaral: 1498 m; Augusto Pestana, bairro rural de Liberdade: 1320 m; Bom Jardim de Minas: 1250 m; Bocaina de Minas: 1210 m; Caldas: 1190 m; Barbacena: 1164 m; Liberdade: 1152 m; Paraisópolis: 1090 m; Arantina: 1050 m; Camanducaia: 1015 m; Cruzília: 1010 m e Wenceslau Braz:1005 metros de altitude.
16 - Itanhandu
          A 892 metros de altitude está a charmosa cidade de Itanhandu, conhecida como a "Cidade Saudável" pela boa qualidade de vida que a cidade proporciona aos seus moradores, bem como pela qualidade dos serviços prestados na área de saúde e seu bom nível educacional.          
          
Além suas belezas naturais, clima ameno e puro, a cidade conta com uma economia diversificada, agricultura familiar sólida, comércio variado e indústrias diversas como granjas, laticínios, fábricas de calçados e confecções de roupas e lingeries e também de sacolas plásticas e peças para aeronaves. (fotografia acima de autoria de Sérgio Mourão/@sergio.morao)
          São pouco mais de 15 mil pessoas que vivem numa cidade atraente, tipicamente mineira, com um povo simples, prestativos, hospitaleiros, que se orgulham de sua cidade.
          Em Itanhandu, o visitante contará com uma ótima gastronomia, com produção caseira de doces, queijos, quitandas e produtos orgânicos. Encontrará ainda na cidade pousadas aconchegantes na parte urbana e rural do município.
          Suas belezas naturais atraem à cidade praticantes de montanhismo, caminhadas, cavalgadas, motocros, voo livre, jeepismo e trilheiros todos os anos. Como atrativo para seus moradores e visitantes, tem as cachoeiras formadas pelos rios Itanhandu, Verde, Posses e Vermelho. 
          Outro ponto interessante muito procurado pelos turistas é a Pedra da Embocadura, uma formação rochosa, considerada pelos místicos um dos sete chacras do planeta.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O encanto da arte da pintura Bauern

(Por Arnaldo Silva) A arte do bauernmalerei (pronuncia-se "bauermalarrái) é uma técnica de pintura que surgiu entre os camponeses austríacos, suíços e alemães da região da Baviera, entre os séculos XVII e XVIII. A palavra bauern, significa camponesa e malerei, pintura. Literalmente, pintura camponesa.
          Os ricos à época contratavam artistas para decorar suas casas e os camponeses, como não podiam contratar artistas, começaram desenhar flores, pássaros, frutas, garrafas e até figuras humanas em seus instrumentos de trabalhos, como foices, enxadas e martelos, já sem uso, para também melhorarem o visual de suas casas. (foto acima e abaixo, arte do artista plástico José Roberto Paula, o Zezim de Barbacena MG)
          O resultado agradou e começaram também a fazer pinturas em armários, pratos, mesas, penteadeiras e principalmente nas portas e janelas da parte frontal de suas casas. Assim seus lares ficavam decorados, coloridos e atraentes. Além disso, o colorido da arte contrastava com o branco da neve, dando mais vida e cor aos vilarejos nos dias de inverno rigoroso, principalmente no Natal.
          Com o passar do tempo, essa arte ficou restrita aos camponeses locais, voltando a se popularizar novamente em meados do século XX, mais por necessidade, que por arte. (na foto acima, pintura bauer em madeira, em Monte Verde MG, Sul de Minas. Abaixo trabalho do artista plástico Rui de Paula de Jaboticatubas em pote de barro)
          Foi após a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, que a arte foi retomada. Naquela época, o país tinha sido arrasado pela guerra, com destroços espalhados por todos os cantos. (na foto abaixo, de Mônica Milev, arte bauern em banco de praça em Monte Verde MG)
          Foram justamente esses destroços que serviram de inspiração aos camponeses e moradores das cidades alemãs. Reviveram as técnicas da arte baermmalerei, começando a fazer desenhos em peças retiradas de escombros ou mesmo em antiguidades que tinham ou encontravam pelo caminho, como os velhos ferros de passar roupas, caldeirões de ferro, etc. Esses trabalhos eram vendidos, e por muito tempo, foram a fonte de renda de muitas famílias que iniciaram a reconstrução de suas vidas, no pós-guerra (abaixo trabalho do artista plástico Robson Neves de Sabará MG em latões de leite)
          Àquela época, as dificuldades econômicas provocadas pela Segunda Guerra Mundial, assolava quase toda a Europa, tendo sido essa arte de grande importância para um país que necessitava se recuperar economicamente.
          A arte Bauernmalerei, ajudou a melhorar a alto estima do povo desses países, principalmente dos alemães, melhorando a aparência de suas casas, ruas e bairros, bem como ajudando na subsistência de famílias, num tempo em que a Alemanha e toda a Europa, estava em reconstrução, no pós-guerra e as condições de sobrevivência eram bem difíceis. (na foto abaixo, trabalho do artista plástico José Roberto Paulo de Barbacena MG num CD)
A arte surgiu do povo, se popularizou, expandindo para fora do continente europeu, chegando nas Américas. No Brasil e em Minas Gerais, artistas se inspiraram na arte bauermmalerei e começaram a pintar temas diversos fazendo suas próprias leituras, incorporando elementos da  nossa cultura, história e tradições aos estilo da técnica. Assim surgem cenas rurais e religiosas pintadas em ferros a brasa, enxadas, CD´s, padrões de energia, foices, penteadeiras, caldeirões, latões, pedaços de madeira, bancos de praças, em telhas, etc., com interpretações tipicamente e cenas regionais 

domingo, 6 de novembro de 2016

Retrô Tour pela orla da Lagoa da Pampulha

          O Pampulha Retrô Tour conta com uma jardineira Chevrolet de 1957, faz o trajeto de 18 km em torno da orla da Lagoa da Pampulha, cartão postal de Belo Horizonte. Foi lançado em 2016 pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, a Associação Cultural dos Amigos do Museu de Arte da Pampulha (AMAP) e o Instituto Cultural Artigos e Carros de Época (Museu de Objetos e Veículos Antigos – MOVA). 
          A jardineira (na foto acima de Elvira Nascimento) leva o público aos principais atrativos turísticos da Pampulha, entre eles a Igrejinha São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube, que compõem o Conjunto Moderno da Pampulha, condecorado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. É uma volta ao passado, relembrando a bela época do glamour belo-horizontino dos anos 1940.
Informações:
- A jardineira só sai com pelo menos 5 passageiros, portanto, não tem horário fixo. Em dias de chuva, não circula.
- O percurso da Jardineira é de 18 km ao redor da Lagoa da Pampulha. O passageiro tem direito a 4 embarques/desembarques ao longo do trajeto. O tempo de duração do percurso sem paradas é de 1 hora.
- Não há paradas guiadas pelos equipamentos turísticos, mas o passageiro pode desembarcar para fazer a visita e 1 hora depois embarcar novamente para continuar o roteiro.
- O início e término está localizado ao lado da Igrejinha de São Francisco de Assis, mas os embarques e desembarques podem ser feitos por todo o percurso.
- Cobra-se por pessoa, sendo que criança até 7 anos (no colo de um adulto) não paga. (consulte o preço antes)
- A Jardineira funciona somente aos sábados, domingos e feriados de 10 às 17 horas. 

Mais informações e reservas: horário comercial com Alessandra (31) 3482-2739. Plantão aos sábados e domingos: Jeferson (31) 98839-9796; Laura (31) 99234-1380 ou Carolina (31) 99239-2395

São Lourenço e o Parque das Águas

(Por Arnaldo Silva) No Sul de Minas Gerais, a cidade de São Lourenço se destaca pelo seu charme, culinária, beleza arquitetônica e suas águas, famosas por suas propriedades medicinais e terapêuticas. 
          A cidade é um convite para o descanso e momentos em família, dotada de uma excelente estrutura para receber os visitantes. Conta com ótimos restaurantes, bares aconchegantes, possuindo ainda o 2º maior parque hoteleiro do Estado, com hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos. (na fotografia acima do Fabiano Pupo, o Parque das Águas de São Lourenço)
          São Lourenço conta hoje com 50 mil habitantes. No sopé da Serra da Mantiqueira, as belezas naturais e a beleza arquitetônica da cidade são atrativos a mais, além das suas águas medicinais e terapêuticas. (na fotografia acima de Thelmo Lins, o Hotel Bavária)
          O clima ameno, exceto no inverno, onde o frio costuma ser bem rigoroso, com temperaturas negativas. Se o inverno é muito frio, seu povo esbanja calor humano e recebe muito bem os visitantes. É uma das mais importantes cidades turísticas de Minas Gerais. (fotografia acima de Márcia Maria)
Atrativos turísticos
          Como atrativos principais, São Lourenço oferece um passeio pelo Trem das Águas, que sai da charmosa Estação de São Lourenço, num trajeto de 12 km até a pacata Soledade de Minas, numa charmosa Maria-fumaça de 1925, construída em estilo inglês. (na foto acima do PauloZaca) 
          O município está na Rota dos Cafés Especiais, sendo esse um dos atrativos para os visitantes. A cidade oferece passeios guiados a fazendas centenárias da região, oportunidade que os visitantes têm de conhecer os cafezais, colher café e tomar um café feito na hora. (foto abaixo de Thelmo Lins)
          Tem ainda seu artesanato, as lojas do centro com uma variedade enorme de produtos e lembranças, além da culinária e da gastronomia local como queijos, bebidas e seus doces, que são famosos na região, podendo ser encontrados também no Mercado Municipal e nas feiras livres em praças da cidade. 
          Chama atenção ainda o Templo da Eubiose e a Igreja de São Lourenço (na foto acima de Thelmo Lins). Para quem gosta da vida no campo, a dica é o Sítio Lagoa Seca. Outra dica é a Quinta do Cedro e a Rampa de voo livre da Fazenda Santa Helena e o Center Kart, espaço que oferece pista de corrida, arvorismo, paintball e escalada. 
          Pra quem gosta de agito noturno a dica são os atraentes e aconchegantes bares e restaurantes do Calçadão, no Centro da cidade. Nas sextas, sábados e domingos a dica é fazer sobre sobrevoos de balão por São Lourenço e região.           
          O passeio começa logo de manhã, ao nascer do sol. O voo dura em média 1 hora, a 500 metros de altura. Esse passeio é emocionante, com vistas espetaculares. 
          A Serra da Mantiqueira do alto é impressionante, em tudo. É um passeio imperdível. (na foto acima de Paulo Santos, o Portal de entrada da cidade)
          Além do sobrevoo de balão, o visitante pode ainda sobrevoar a região de avião, já que na cidade, existe um aeroporto que disponibiliza voos panorâmicos de terça a domingo, das 9 h às 18 h. Tanto o sobrevoo de balão e de avião, depende do clima de momento. (fotografia acima de Sônia Fraga)
O Parque das Águas
          O grande atrativo de São Lourenço é sem dúvida do Parque das Águas. Atualmente é administrado pela Minalba Brasil, empresa que capta, engarrafa e distribui a água de São Lourenço para todo o país e também para o exterior, cuidando ainda de toda a estrutura do parque.  
          São 430 mil metros quadrados de área com jardins, alamedas, Ilha dos Amores, lago com 90 mil metros, florestas, pedalinhos e barcos, além de sete fontes de águas minerais com propriedades medicinais e terapêuticas. (fotografia acima de Sérgio Mourão/@sergio.mourao)
          Uma nova área foi anexada ao parque, sendo denominada de Parque II, ligado ao Parque por um túnel subterrâneo sobre a Rua Saturnino da Veiga. A área nova é voltada para a prática de esportes, contando ainda com quatro duchas de água mineral sulfurosa, teatro ao ar livre, quadras esportivas, espaço para caminhadas e passeios de bicicletas. 
          O Parque das Águas de São Lourenço é lugar ideal para casais em lua de mel, famílias e grupos da Terceira Idade. No parque, encontra-se o balneário, que fica ao lado do lago, todo equipado com aparelhagem de fisioterapia, oferecendo hidratação e limpeza de pele, duchas escocesas, banho turco, aplicação de infravermelho e sauna. (foto acima de Thelmo Lins)
          Para problemas de hipertensão arterial, arritmia, insuficiência cardíaca, artrite e outras doenças, são indicadas os banhos com águas carbogasosas. 
          O visitante tem orientação dos tipos de águas existentes, bem como suas indicações e ainda contraindicações, já que dependendo da pessoa, certos tipos de tratamentos devem ser feitos com recomendações médicas. 
          Essa é São Lourenço (na foto acima de Gislene Ras), uma das mais importantes cidades turísticas de Minas Gerais que te espera para visita. Distante 400 km de Belo Horizonte, pela BR-381. A 327 km de São Paulo pela Rodovia Fernão Dias (381) e a 280 km do Rio de Janeiro, via BR-354 e BR-116.

sábado, 5 de novembro de 2016

A Praça da Liberdade em Belo Horizonte

(Por Arnaldo Silva) A povoação onde é hoje, Belo Horizonte, teve início a partir de 1701, com a chegada do bandeirante, João Leite Ortiz. Fazendas começaram a ser formadas, usando o trabalho escravo, a partir da chegada do bandeirante. Em 1707 era fundado um pequeno arraial, denominado de Curral Del Rey, subordinado a Comarca de Sabará.
          Com a instalação da nova capital, no Curral Del Rei, a partir de 1897, este nome permaneceu por pouco tempo. Rodeada por montanhas alterosas e um vasto e belo horizonte, a nova capital mineira passou a se chamar, oficialmente, Belo Horizonte, a partir de 1901, em alusão a beleza de seu horizonte.
Um refúgio belo-horizontino
          Estar na Praça da Liberdade em Belo Horizonte, é como voltar ao tempo e reviver os áureos tempos do ecletismo, que marcou a arquitetura e o paisagismo da capital mineira no início do século XX, já que todo o conjunto arquitetônico da praça é preservado e guarda as emoções e lembranças do período nascente da capital mineira. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          Jardins, fontes luminosas, coreto, tranquilidade e uma beleza de encher os olhos, onde casais enamorados se encontram, amigos batem papo enquanto fazem caminhadas e famílias revivem os velhos piqueniques nos gramados da praça. É o cartão postal dos belo-horizontinos que atrai pessoas de todas as idades, de várias partes da capital e quem vem à cidade visitar, nunca deixa de ir à Praça da Liberdade para conhecer uma das mais belas e tradicionais praças do Brasil.
A origem do nome
          O nome dado à praça, é uma incógnita pois não existe nenhuma informação oficial ou documento acerca da escolha do nome Praça da Liberdade. Ao menos, eu não encontrei em minhas pesquisas, estudos e entrevistas que fiz, quando produzi essa matéria, em 2016.
          Encontrei algumas explicações orais, como a de que Praça da Liberdade tem origem na vocação natural mineira de lutar pela liberdade, desde os primeiros tempos da colonização do nosso território,  como a Guerra dos Emboabas (1708/1709), a Sedição de Filipe dos Santos em Vila Rica (1720), A Inconfidência Mineira (1789), a Independência do Brasil (1822), as Revoltas Liberais de 1842, etc. 
          Outra explicação, que encontrei veio de remanescentes de antigos quilombos na região.
          No que é hoje a Capital Mineira e Região Metropolitana, era formado por fazendas desde o século XVIII. Em sua maioria, nessas fazendas eram usadas mão de obra escrava.
          Na década de 1980, conheci um antigo morador do Barreiro de Cima, em Belo Horizonte, região que fui criado. 
          Segundo me contava o velho morador, muito lúcido por sinal, numa colina aplainada, localizada na parte mais alta do antigo Curral Del Rei, ex-escravos, que conseguiram sua liberdade.
          Livres, se encontravam nessa colina de campos baixos, para se unirem e comprarem a liberdade de outros irmãos cativos. O ponto de encontro dos ex cativos passou a ser conhecido por Liberdade.
          Com o passar do tempo, após a Abolição da Escravidão, em 1888, o lugar passou a se popularizar como Liberdade, segundo me relatava o velho ancião.
          Quando da criação da nova capital mineira, tendo a parte alta da futura cidade, escolhida para abrigar a sede do governo, mantiveram o nome, quando construíram o que é hoje a Praça da Liberdade.
          Ao produzir a matéria e não encontrando nenhuma informação oficial acerca da origem do nome da Praça da Liberdade, lembrei-me desse relato, que conhecia, desde essa época.
          Como nossa história sempre foi contata pela aristocracia, os feitos e atividades das camadas populares ficavam no anonimato e quando eram lembradas, simplesmente eram ignoradas a origem.
Portanto, essa informação que passo não é oficial e nem tem documentação que comprove a veracidade ou não, apenas tradição oral.
          De 2016, até os dias de hoje, mesmo com intensas pesquisas, não encontrei a informação oficial da origem do nome da Praça da Liberdade. Mesmo assim, continuarei a pesquisa e caso encontre a informação oficial e documentada, atualizarei a matéria.
A história da construção da Praça da Liberdade
          Construída no início da fundação de Belo Horizonte, entre os anos de 1895 e 1857, a praça ficava exatamente no centro da nova cidade, segundo projeto arquitetônico original da época. (na imagem acima, a Praça da Liberdade em 1910/Acervo Prefeitura de Belo Horizonte) Na praça foram construídos o Palácio do Governo de Minas, bem como os prédios das secretarias de Estado, com arquitetura inspirada no ecletismo, estilo que surgiu na Europa e com grande influência na arquitetura francesa. Este estilo misturava os estilos barroco, gótico medieval, clássicos e elementos neoclássicos, criando assim arquiteturas marcantes e impressionantes, principalmente para a época, hoje de grande valor cultural e histórico. 
          A partir da década de 1950, novos prédios foram construídos no entorno da praça, já no estilo moderno, da época, passando a incorporar ao conjunto arquitetônico da praça como o Edifício Niemeyer (na foto acima e abaixo de Nacip Gômez) e a Biblioteca Pública Luiz de Bessa, projetos do arquiteto Oscar Niemeyer. 
          Na década de 1980 foi construído o prédio onde funciona hoje o Museu das Minas e do Metal. Quando de sua inauguração, foi chamado de Rainha da Sucata, sendo hoje um dos mais belos do entorno da praça.
A Praça da Liberdade hoje
          Com a mudança da sede do Governo de Minas para o Palácio Tiradentes em 2010, os prédios que antes abrigavam secretarias de Estado, passaram a ter finalidades culturais e artísticas, tendo sido criado o Circuito Cultural Praça da Liberdade composto pelo Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte, o Espaço do Conhecimento UFMG, em parceria com a UFMG; o Museu das Minas e do Metal, em parceria com a Gerdau; o Memorial Minas Gerais, com patrocínio da Vale e o Centro de Arte Popular, da Cemig; a Casa Fiat de Cultura, em parceria com a FIAT; o Centro de Formação Artística, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado, o Horizonte SEBRAE, em parceria com o SEBRAE. (fotografia acima de Nacip Gômez e na foto abaixo de Wilson Paulo Braz/@paulobraz10, a fonte luminosa)
          Ainda integram o complexo cultural, outros quatro espaços públicos que passaram por recente processo de revitalização: o Palácio da Liberdade, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, o Arquivo Público Mineiro e o Museu Mineiro. Recentemente incorporou ao Circuito as instalações do BDMG Cultural.
Feira Hippie
          Até o início da década de 1990, funcionava na Praça da Liberdade a Feira Hippie. A feira surgiu em Belo Horizonte em 1969 (na foto acima, sem autoria identificada até o momento) , no auge do movimento hippie pelo mundo, quando artistas plásticos mineiros resolveram expor seus trabalhos na praça. 
          O movimento foi crescendo em número de expositores e público presente, ao longo dos anos, sendo uma das maiores referências em cultura, arte e artesanato popular de Belo Horizonte.
          O crescimento foi tão grande que para preservar a praça e os jardins, devido ao enorme número de pessoas expondo e transitando pela praça nos dias de feira, que causava constantes danos aos jardins e árvores da praça, foi decidido mudar o local da feira para a Avenida Afonso Pena, com o nome de Feira de Artes e Artesanato de Belo Horizonte. Na Avenida Afonso Pena, a Feira permanece até os dias de hoje, sempre aos domingos. 
O mais antigo semáforo de Belo Horizonte
          Na Praça da Liberdade, entre a praça e a Avenida João Pinheiro, um semáforo em estilo inglês passa despercebido hoje pra muita gente, mas antigamente não. (foto acima de Nacip Gômez) Foi o primeiro semáforo da capital mineira, instalado no local em 1929, quando ainda o nome do que chamamos semáforos hoje, era pisca-pisca. É uma das relíquias da Praça da Liberdade, fica exatamente na entrada da alameda das palmeiras.
Jardins da Praça da Liberdade
          Os jardins da Praça da Liberdade foram inspirados nos jardins do Palácio de Versalhes, na França. Ipês roxos, rosas, amarelos e brancos são destaques, bem como roseiras, hortênsias, canas da índia e lírios, dão vida, cor e alegria à praça. Palmeiras imperiais e tipuanas margeiam a alameda que dá de frente para o Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo de Minas. (foto acima de Wilson Paulo Braz/@paulobraz10) 
          Essa espécie de palmeira tem origem africana, foi introduzida no Brasil por Dom João VI, em 1809, sendo plantada pelo próprio regente, no que é hoje, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e expandida para todo o Brasil. A espécie tornou-se símbolo do Império brasileiro e passou a ser chamado de Palmeira Imperial, hoje, presente praticamente em todas as cidades brasileiras, ornamentando ruas e praças. (fotografia acima de Wilson Paulo Braz)
Coreto
          O coreto da Praça da Liberdade (na foto acima de Leandro Leal) foi construído em 1923 pelo espanhol Aquelino Edreira Seara, num tempo em que os coretos existiam em todas as praças das nossas cidades e usados como palco para apresentação de bandas locais e solenidades religiosas e políticas. Na capital não foi diferente. O coreto da Praça da Liberdade já foi palco de apresentações artísticas e musicais ao longo de sua existência e várias autoridades da figura política mineira e brasileira, discursaram para os mineiros no coreto, como os ex-presidentes Jânio Quadros e Juscelino Kubistchek. (foto abaixo de Wilson Paulo Braz)
          Em dois de junho de 1977, todo o conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG), preservando assim um dos mais importantes patrimônios culturais, arquitetônicos e paisagísticos da capital mineira e do Estado de Minas Gerais.

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