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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

As melhores cidades de Minas para se viver

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais tem 853 municípios onde vivem cerca de 20,5 milhões mineiros. É o segundo no país em número de habitantes e o quarto em extensão territorial. 
          Na matéria estão 15 primeiras cidades mineiras mais bem colocadas no ranking que compõem o último Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e no final, link com a listagem completa. (na foto acima de @julio_defreitas, a divisa de Nova Lima com Belo Horizonte) 
          Não se trata de pesquisa e sim cálculos baseado em informações fornecidas pelos municípios ao Governo Estadual, que encaminha ao Governo Federal, que por fim, encaminha os dados para a ONU, que faz o cálculo. 
          O critério é o mesmo para todos os países. Basicamente, são levados em conta três itens: vida longa e saudável (nascimento por mortes, saneamento básico e longevidade), acesso ao conhecimento (educação pública em todos os níveis e crianças na escola) e padrão de vida (renda e emprego). 
          A partir dos cálculos de cada um desses fatores, se chega ao índice geral de IDHM, organizado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, feito em 2010 e divulgado em 2013.        
          O cálculo de IDHM é feito a cada 10 anos e divulgado 3 anos depois. O novo IDHM da ONU já foi feito e aguarda-se divulgação em 2024. Enquanto não é divulgado o novo IDHM, o que vale este atual, é o atual.
          A metodologia do índice foi adaptada do IDH Global pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro. 

Muito alto: de 0,800 a 1;(2 municípios).
Alto: de 0,700 a 0,799;(226 municípios).
Médio: de 0,600 a 0,699;(552 municípios).
Baixo: de 0,500 a 0,599;(73 municípios).
Muito baixo: de 0 a 0,499;(nenhum município).
          O IDHM do Estado de Minas é 0,731, considerado alto, sendo o nono no Brasil. Na listagem abaixo a colocação das 15 primeiras cidades de Minas Gerais no ranking da ONU, com texto e fotos e as colocações da 16.º, até a 100.º, com a posição e o IDHM, de cada uma.
01.º Nova Lima - IDHM 0,813
          Nova Lima, com cerca de 112 mil habitantes e a 30 km de Belo Horizonte, atingiu o maior índice no IDHM, 0,813, sendo a primeira do ranking e a melhor cidade de Minas para se viver.(foto acima de Andréia Gomes)
          Montanhas, belas paisagens, distritos pitorescos, excelente gastronomia típica. Cidade desenvolvida, com excelente estrutura urbana e rural, um comércio e setor de serviços eficientes. Além de oferecer uma ótima qualidade de vida a seus moradores. 
          É o maior IDHM do Estado de Minas Gerais, portanto a melhor cidade de Minas Gerais para se viver com ótimos índices na avaliação, em todos os quesitos. 99,47% das crianças entre 5 e 6 anos estão matriculadas em escolas. A proporção de estudantes no Ensino Fundamental é de 90,89%. 
02.º Belo Horizonte - IDHM 0810
          A capital Belo Horizonte, (foto acima de Charles Tôrres/@charles50mm) ficou em segundo lugar no ranking com IDHM com o índice 0,810. Com cerca de 2,315 milhões de habitantes, Belo Horizonte é a sexta cidade mais populosa do país. Segundo o Population Crisis Commitee, da ONU, Belo Horizonte está entre as 100 melhores cidades do mundo, ocupando a posição 45.ª no ranking das melhores metrópoles.
          Segundo a revista América Economia, é uma das 10 melhores cidades para fazer negócios da América Latina. Belo Horizonte oferece uma boa qualidade de vida a seus moradores. A cidade possui importantes monumentos, cerca de 60 parques, 68 museus, dezenas de teatros, uma boa infraestrutura urbana e uma excelente gastronomia.
03.º Uberlândia - IDHM 0,789

          É uma das mais desenvolvidas cidades do Brasil, tanto na indústria, como no agronegócio, sendo este um dos grandes destaques do município do Triângulo Mineiro. Uberlândia, com cerca de 715 mil habitantes é a terceira do ranking com IDHM de 0,789. Entre as cidades melhores cidades brasileiras com melhor índice de desenvolvimento nas áreas de Saúde, Educação, Emprego e renda, está na 27.ª posição. (foto acima de @dronemoc)
04.º Itajubá - IDHM 0,787
          O município de Itajubá, no Sul de Minas está na quarta posição no ranking, com IDHM de 0,787. Com cerca de 93 mil habitantes é um dos mais industrializados municípios do interior de Minas e destaque nacional em educação e distribuição de renda. Apenas 1,03% de sua população é considerada extremamente pobre. (foto acima de Vinícius Montgomery)
05.º Lavras - IDHM 0,782
          Na quinta posição no ranking, está Lavras, com cerca de 105 mil habitantes, na região Sul de Minas. Seu IDHM é de 0,782. O município se destaca pelo bom nível educacional da sua população e a boa qualidade de vida que oferece a seus moradores.(fotografia acima de Gilson Nogueira)
06.º Poços de Caldas - IDHM 0779
          Com 0,779 no IDHM, Poços de Caldas, com cerca de 164 mil habitantes, é uma das mais belas cidades de Minas e uma das estâncias hidrominerais mais procurados por turistas graças as suas fontes de águas medicinais, usadas em diversas terapias, seus doces e artesanato. Algumas indústrias se destacam na cidade como as de sabonetes de qualidade e de objetos decorativos em vidro fundido, que lembram os feitos na cidade italiana de Murano. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade)
07.º Juiz de Fora - IDHM 0,778
          Conhecida como a Manchester mineira, Juiz de Fora com IDHM de 0,778, tem hoje mais de 540 mil habitantes, com uma das mais altas expectativas de vida e uma das mais altas rendas per capita do país, além de índices de escolaridade maiores que a média mineira. É a maior cidade da Zona da Mata e uma das que mais se destacam em Minas em investimentos em qualidade de vida. (foto acima de André Saliya)
08.º Varginha - IDHM 0,778
          A famosa cidade do Sul de Minas, com cerca de 137 mil habitantes, distante 318 km de Belo Horizonte está na oitava posição com IDHM de 0,778. Localizada na metade do caminho entre Belo Horizonte e São Paulo, é a porta de entrada para o Lago de Furnas. (foto acima de Marselha Rufino)
          Essa posição geográfica privilegiada facilita o escoamento de sua produção de café e outros produtos através de sua estação aduaneira, único porto seco do sul de Minas. Além do cultivo do café e do turismo, Varginha é conhecida desde 1996 como a "cidade do ET", quando duas irmãs viram uma criatura, segundo Ufólogos, eram um Extra Terrestre. O fato até hoje atrai ufólogos e curiosos para Varginha. .
09.º Lagoa Santa - IDHM 0,777
          Lagoa Santa tem o IDHM de 0,777. Faz parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, distante apenas 40 km e com pouco mais de 75 mil habitantes. Cidade tranquila e muito procurada para quem busca um lugar promissor para viver. (fotografia acima de Sônia Fraga)
          É conhecida no mundo todo por pela variedade de descobrimentos fósseis que constituem o rico acervo arqueológico da região. Além disso, belezas naturais do município chamam a atenção, bem como seus doces. 
          Lagoa Santa faz parte da Rota das Doceiras de Minas Gerais. O seu mais belo atrativo é a lagoa, que faz parte de área ambiental protegida por lei. Segundo crenças, as águas da lagoa possuem propriedades curativas, crença esta que motiva pessoas a se banharem em suas águas.
10.º Itaú de Minas - IDHM 0,776
          Itaú de Minas, com cerca de 15 mil habitantes, está 360 km de Belo Horizonte, no Sudoeste de Minas com IDHM de 0,776, conta com 100% de suas crianças entre cinco e seis anos frequentando escola e a expectativa de vida chega 76,7 anos. 
          A cidade tem grande vocação industrial. Um dos grandes fomentadores do desenvolvimento econômico da cidade é a famosa fábrica de cimento Itaú, considerada a maior fábrica de cimento da América Latina. Além do cimento, Itaú de Minas possui uma das mais importantes jazidas de calcário, administrada pelo Grupo Votorantim. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade) 
11.º Viçosa - IDHM 0,775
          Viçosa é uma das cidades mais desenvolvidas de Minas Gerais.  Seu IDHM é de 0,775. Com mais de 77 mil habitantes, a maioria destes jovens, a população do município é predominantemente urbana, mais de 92% de seus habitantes vivem na cidade. É um dos grandes polos de educação em Minas Gerais, graças a presença da Universidade Federal de Viçosa (na foto acima de Chico do Vale), fundada em 1926, pelo por Arthur Bernardes, presidente da República na época e nascido na cidade.
          A Universidade organiza anualmente centenas de eventos científicos e acadêmicos, o que atrai várias pessoas do Brasil e do mundo para a cidade. 
          Um dos grandes atrativos da cidade é o doce de leite, produzido pela própria Universidade. É considerado um dos melhores doces do mundo.  Sua população é composta na sua maioria por jovens, o que confere uma dinâmica à cidade, além do grande número de festas que se realizam durante a semana.
12.º Pouso Alegre - IDHM 0,774
          Pouso Alegre tem o IDHM de 0,774. A bela cidade do Sul de Minas é um dos mais importantes polos regionais do Estado, com grande atividade industrial, comercial e agropecuária. (foto acima de Fernando Campanella)
          De posição geográfica privilegiada, as margens da Rodovia Fernão Dias, no corredor industrial Belo Horizonte - São Paulo, facilitando assim o escoamento rápido de sua produção industrial e agrícola. É a décima maior cidade de Minas Gerais, com cerca de 153 mil habitantes e a segunda do sul de Minas.
13.º Araguari - IDHM 0,773

          Araguari, com cerca de 118 mil habitantes, é a terceira maior cidade do Triângulo Mineiro. Seu IDHM é 0,773. Está situada numa posição geográfica estratégica, servida por rodovias federais e estaduais, além de ferrovias. É uma grande produtora de leite e gado de corte, além de grãos e frutas como, soja, laranja, milho, sementes de girassol e uva onde a fruta é colhida e processada na indústria local. 70% do suco consumido no Brasil saem de Araguari. (foto acima de Thelmo Lins)
          Além disso, o município produz café de alta qualidade, considerado um dos melhores cafés do mundo, bem como é o maior produtor de tomate do Estado. 
          O destaque de Araguari não é somente na indústria e agropecuária. O município é um polo regional de turismo, sendo rico em cultura, folclore e artesanato. 
          Suas belezas naturais, com mais de 100 cachoeiras, reservas ecológicas intactas, grutas, fauna e flora exuberantes e inúmeras opções de lazer oferecidos pelos lagos das hidrelétricas próximas ao município, são atrativos para os amantes do ecoturismo e prática de esportes radicais. 
14.º Uberaba - IDHM 0,772
          Uberaba, no Triângulo Mineiro tem cerca de 331 mil habitantes e IDHM de 0,772 tem cerca de 338 mil habitantes e IDHM de 0,772. (foto acima de Jorge Nelson)
          Famosa por ser a capital mundial do gado Zebu, raça de origem indiana introduzida em Minas Gerais no final do século 19, por criadores da cidade, sendo hoje polo na criação, desenvolvimento genético e comercialização do zebu. Uberaba sedia a maior empresa de inseminação pecuária no país, a Alta Genetics. Todos os anos, acontece na cidade a Expozebu, a maior feira de gado zebu do mundo.  
          Uberaba se destaca também pela limpeza, sendo considerada uma das 10 cidades mais limpas do Brasil. Na cidade pode se encontrar um rico artesanato, o Museu Paleontológico de Peirópolis, distrito da cidade, bem como um conservado patrimônio histórico e cultural, principalmente os de cunho religioso, como o Reinado de Nossa Senhora do Rosário e as Folias de Reis. Foi em Uberaba que viveu Chico Xavier, famoso médium espírita que deixou uma grande obra na cidade. Uberaba tem ainda várias áreas verdes e diversas cachoeiras pelo município. 
15.º Araxá - IDHM 0,772

          Com cerca de 112 mil habitantes, Araxá, no Alto Paranaíba, é famosa por ser a terra em que viveu Dona Beja, famosa cortesã que escandalizava a sociedade do século 19 que virou tema de novela, filme e samba enredo de escola de samba carioca. (fotografia acima de @arnaldosilva_oficial)
          Além disso, Araxá  é uma das mais belas cidades de Minas Gerais, considerada o maior spa de águas radioativas e medicinais do país. 
          Suas águas e principal atrativo estão concentrados no Parque do Grande Hotel de Araxá, inaugurado por Getúlio Vargas em 1944,cuja arquitetura tem forte inspiração nos castelos europeus da Idade Média e todo o glamour da década de 1940, com luxuosos salões. No local estão as fontes de água radioativas, a preferida de Dona Beja e a fonte de água sulfurosa. As famosas termas de Araxá, ficam ao lado do Grande Hotel, oferecendo acupuntura, massagens, sauna, duchas, banhos medicinais e terapêuticos com lama e água sulfurosa.  
          Além de sua história e águas medicinais, Araxá está próximo a uma as entradas do Parque Nacional da Serra da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco e possui paisagens com rios e cachoeiras deslumbrantes, muito procurada por amantes do ecoturismo. 
          Na cidade estão sediadas várias empresas, inclusive de grande porte, entre elas a CBMM, mineradora que explora o ferro-nióbio e a Vale Fertilizantes, que explora rocha fosfáltica e fertilizantes fosfatados. 
          A mineração é sem dúvida a grande mola propulsora do desenvolvimento industrial da cidade, bem como a agropecuária, o variado comércio local e o turismo, já que a cidade é uma das mais procuradas por turistas tanto de Minas, quanto do Brasil e do mundo, que vem à cidade conhecer as Termas de Araxá.
A lista segue com a colocação e o IDH-M:
16 - Ipatinga -  0,771
17 - Timóteo - 0,770
18 - Montes Claros - 0,770
19 - Barbacena - 0,769
20 - Patos de Minas - 0,765
21 - Divinópolis - 0,764
22 - Ouro Branco - 0,764
23 - Alfenas - 0,761
24 - Conselheiro Lafaiete - 0,761
25 - Sete Lagoas - 0,760
26 - São Lourenço - 0,759
27 - João Monlevade - 0,758
28 - São João Del Rei - 0,758
29 - Itaúna - 0,758
30 - Pedro Leopoldo - 0,757
31 - Contagem 0,756
32 - Passos - 0,756
33 - Itabira - 0,756
34 - Formiga 0,755
35 - Coronel Fabriciano - 0,755
36 - Congonhas 0,753
37 - Três Marias 0,752
38 - Cambuí - 0,751
39 - Cataguases 0,751
40 - Guaxupé 0,751
41 - Bom Despacho - 0,750
42 - Arcos - 0,749
43 - Betim - 0,749
44 - Brumadinho - 0,747
45 - Confins - 0,747
46 - Iturama - 0,747
47 - Bicas - 0,744
48 - Paracatu - 0,744
49 - Três Corações - 0,744
50 - Perdões - 0,744
51 - Caxambu - 0,743
52 - Mariana - 0,742
53 - Vazante - 0,742
54 - Carneirinho - ,741
55 - Ouro Preto - 0,741
56 - Cachoeira da Prata - 0,741
57 - Santos Dumont - 0,741
58 - Bambuí - 0,741
59 - Tiradentes - 0,740
60 - Muzambinho - 0,740
61 - Delfinópolis - 0,740
62 - Ituiutaba - 0,739
63-  Itanhandu - 0,739
64 - São José da Barra - 0,739
65 - Piumhi - 0,737
66 - Ribeirão Vermelho - 0,737
67 - São Gotardo - 0,736
68 - Unaí - 0,736
69 - Bom Jesus da Penha - 0,735
70 - Andradas - 0,734
71 - Barroso - 0,734
72 - Muriaé - 0,734
73 - Sarzedo - 0,734
74 - Carmo do Rio Claro - 0,733
75 - Extrema - 0,732
76 - Sacramento - 0,732
77 - Lagoa da Prata - 0,732
78 - Pirapora - 0,731
79 - Sabará - 0,731
80 - Matozinhos - 0,731
81 - Três Pontas - 0,731
82 - Grupiara - 0,731
83 - Frutal - 0,730
84 - Borda da Mata - 0,730
85 - Raposos - 0,730
86 - Itabirito - 0,730
87 - Conquista - 0,729
88 - Pedrinópolis - 0,729
89 - Patrocínio - 0,729
90 - Pratápolis - 0,729
91 - São José da Lapa - 0,729
92 - Paraisópolis - 0,729
93 - Monte Carmelo - 0,728
94 - Caeté - 0,728
95 - Pains - 0,728
96 - Areado - 0,727
97 - Governador Valadares - 0,727
98 - Itutinga - 0,727
99 - Além Paraíba - 0,726
100 - Cachoeira Dourada -0,726
          
Aviso legal: reprodução proibida sem autorização expressa do autor, Arnaldo Silva

sábado, 1 de outubro de 2016

Uberlândia: a maior cidade do interior mineiro

(Por Arnaldo Silva) Distante 537 km de Belo Horizonte, Uberlândia no Triângulo Mineiro com população de 713.232 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, sendo o município mais populoso da região do Triângulo Mineiro, o 12º mais populoso do interior do Brasil e o segundo mais populoso de Minas Gerais, atrás a da capital, Belo Horizonte, sendo mais populosa até que algumas brasileiras como Vitória (ES), Aracaju (SE), Florianópolis (SC) e Cuiabá (MT).
          A cidade tem origens no século XIX, tendo surgido como um pequeno povoado e freguesia, até sua elevação a vila e distrito, subordinado a Uberaba com o nome de São Pedro de Uberabinha. Em 31 de agosto de 1888, pela Lei Provincial número 4.643, o distrito é desmembrado de Uberaba e elevado à cidade. Em 1891, passou a se chamar Uberabinha, nome que prevaleceu até 19 de outubro de 1929, quando o nome foi mudado para Uberlândia. (fotografia acima de @dronemoc)
           
O nome Uberlândia, é a junção da palavra "Uber", do latim, que significa "fértil" com a palavra "lândia", do alemão "land", que significa "terra". Ou seja, Uberlândia, significa "Terra Fértil". (fotografia acima de Jorge Nelson)
          Com localização geográfica privilegiada, sua malha rodoviária liga facilmente a grandes centros urbanos como Belo Horizonte pela BR-262, São Paulo pela BR-050 e Rio de Janeiro via BR-050 e BR-116, Goiânia pela BR-452 e BR-153 e Brasília, pela BR-050. (fotografia acima de Jorge Nelson)
           Além de ser ligada por rodovias, Uberlândia (na foto acima de Jorge Nelson) possui uma malha ferroviária para escoamento de sua produção agropecuária e industrial e ainda o terceiro maior aeroporto de Minas Gerais e o 27º do Brasil em número de passageiros transportando em média 1 milhão de passageiros/ano, operando em seu aeroporto a Latam, Gol Linhas Aéreas, Passaredo, Trip Linhas Aéreas e Azul Linhas Aéreas. 
          Seu aeroporto comporta aviões  como o Airbus A320 e o Boeing 737, com voos para Belo Horizonte, São Paulo, Goiânia, Brasília, Ribeirão Preto, Campinas, Franca, Uberaba, Araxá, Porto Seguro, Cuiabá, Salvador e Curitiba. 
          Por ser uma cidade desenvolvida, industrializada e com economia agrária forte, destacando a produção de grãos como soja e girassóis por exemplo (na foto acima de Cris Ferreira), fumo, pecuária leiteira e de corte, além de plantações de algodão (na foto abaixo de Giselle Oliveira), Uberlândia se destaca no turismo de negócios nacional, realizando constantemente eventos de negócios nacionais e internacionais. 
          Tanto é que teve reconhecimento como uma das cidades do Brasil que mais sedia eventos internacionais, pela International Congress and Convention Association (ICCA) (a principal entidade do segmento de turismo e eventos internacionais) como uma das cidades brasileiras que mais sedia eventos internacionais, ficando na nona posição, entre as 12 cidades melhores colocadas, sendo a única que não era capital.
           Além de sua importância econômica e industrial, Uberlândia se destaca por seu rico artesanato, teatro, música e esporte, além do turismo tendo como seus principais atrativos o Parque do Sabiá (na foto acima de Cris Ferreira) 
          O Parque do Sabia é um complexo com 1,8 milhão de metros quadrados, que conta com zoológico, área de lazer, represa, bosque, trilhas, pistas de caminhadas e estádio de futebol (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc). Além disso, na cidade tem outro parque, o Parque Municipal Victorio Siquierolli e mais atrativos, como as estações ferroviária Uberabinha e Sobradinho, tombado como Patrimônio Histórico Municipal.
          Tem ainda o Mercado Municipal, o Museu Municipal de Uberlândia, antiga sede da Prefeitura Municipal, na charmosa Praça  Clarimundo Carneiro, a elegante  avenida Rondon Pacheco, onde se concentra a vida noturna da cidade, conhecida como o "corredor gastronômico" de Uberlândia,  com dezenas de estabelecimentos entre restaurantes, cachaçarias, pizzarias, cafeterias, sorveterias, docerias, etc. 
          A cidade ainda possui uma ampla rede hoteleira, lojas de conveniência, supermercados, hipermercados, postos de gasolinas, prédios com arquiteturas modernas e atraentes, shoppings centers sofisticados e uma ótima estrutura urbana. (fotografia acima de Eduardo Afonso, da Praça Clarimundo Carneiro)
          Belas paisagens, com cachoeiras maravilhosas completam o cenário uberlandense, como da foto acima do Eudes Cerrado, mostrando a Cachoeira do Sucupira, uma da mais lindas e procuradas da região. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Pedra Sabão: nosso mais valioso artesanato

(Por Arnaldo Silva) Pedra Sabão é nome popular. Tem esse nome porque a pedra ao ser tocada dá a sensação de ser oleosa e lisa como o sabão em barra que conhecemos. Seu nome real mesmo é Esteatito. É uma rocha metamórfica e compacta, composta basicamente de talco, contendo ainda minerais como magnesita, clorita, tremolita e quartzo. É encontrada na natureza nas cores que vão do cinza ao verde. 
          Encontrada em abundância em Minas Gerais, principalmente na Região de Ouro Preto, a pedra sabão, está presente no calçamento de ruas, na arte sacra de nossas igrejas barrocas, em monumentos, esculturas, dando mais sabor à nossa cozinha, em forma de panelas e no artesanato. (na foto acima de Arnaldo Silva artesanato na Feira do Coimbra em Ouro Preto MG e abaixo, panela em pedra sabão feita em Santa Rita de Ouro Preto MG).
          Por conter grandes quantidades de talco em sua constituição, é uma pedra fácil de ser trabalhada, por isso a facilidade dos artistas em criar peças artesanais com a pedra sabão. Além disso, é uma pedra resistente ao frio extremo, abaixo de 0 grau e até mesmo acima de 1000 graus Celsius. (abaixo a pedra sabão em estado bruto, fotografada por Arnaldo Silva em Santa Rita de Ouro Preto)
          Graças a suas propriedades minerais é praticamente impenetrável, muito resistente e não é afetada por substâncias ácidas ou alcalinas. Por isso as panelas em pedra sabão são usadas na cozinha mineira e sempre foram usadas na arte barroca, justamente por sua resistência e durabilidade. Passam-se séculos, vem chuva, sol, frio, calor e lá estão as obras em pedra sabão expostas nas portadas das igrejas, museus, ruas, monumentos em praças, chafarizes, relógios de sol, etc., praticamente intactas. 
          Exemplo disso são os 12 profetas esculpidos em pedra sabão pelo Mestre Aleijadinho exposto no adro do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos em Congonhas MG, esculpidos no século 18 (na foto acima de Wilson Paulo Braz) e dezenas de obras em pedra sabão que ornamentam várias Igrejas de Minas Gerais como na portada da Igreja do Carmo em Ouro Preto MG, na foto abaixo de Arnaldo Silva. 
          Outro exemplo é a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Construída entre 1926 a 1931, tem 30 metros de altura e foi toda revestida em pedra sabão. A 709 metros de altitude, a estátua está exposta as todas as condições atmosféricas, sem sofrer danos causados pela ação do tempo. 
          Em Ouro Preto a pedra sabão é a base para o artesanato local, uma das identidades de Minas Gerais. Os artesãos locais ainda fazem esculturas em pedra sabão, como há séculos eram feitas, mas também criam artesanatos variados com a pedra. (na foto acima, escultura em pedra sabão de Santa Rita, em Santa Rita de Ouro Preto MG e abaixo, panela em pedra sabão na cozinha mineira em Tiradentes, fotografada pelo Chico do Vale) O artesanato feito em pedra sabão são finos, muito bem trabalhados, feitos pelas mãos talentosas do nossos artesãos. Uma arte que vem há séculos predominando em Minas, sendo uma de nossas identidades. 
          Da pedra sabão são feitos estátuas, vasos, potes, filtros, pratos, canecas, bandejas, tabuleiros de xadrez, porta joias, etc. É uma infinidade de obras de arte, além-claro, das panelas em pedra sabão, usadas há mais de 300 anos e uma das preferidas do mineiro em sua cozinha. 

domingo, 25 de setembro de 2016

A Capital Mundial das Pedras Preciosas

(Por Arnaldo Silva) Uma das mais importantes cidades de Minas Gerais, Capital Mundial das Pedras Preciosas, Teófilo Otoni, é mais que uma bela cidade, é a preciosidade de Minas Gerais. Distante 450 km de Belo Horizonte,  com acesso pela BR-381 e BR-116, a cidade está no  Vale do Mucuri, região muito rica em pedras preciosas que você vai conhecer na reportagem e nas fotos do Sérgio Mourão, que ilustram a edição. (foto acima e abaixo de Sérgio Mourão)
          Teófilo Otoni se destaca no Brasil e no mundo pelas suas pedras preciosas, sendo atualmente o maior lapidário do Brasil, com mais de 3 mil oficinas dedicadas à atividade.  A cidade tem atualmente cerca de 145 mil habitantes, que vivem agropecuária, da agroindústria, indústrias ligadas ao setor alimentício, extração e transformação de minerais e pedras preciosas, contando ainda com um comércio variado, com lojas diversas, padarias, supermercados, vários segmentos de prestação de serviços, etc. 
          Foram os bandeirantes os primeiros a chegarem à região no final do século XVII e no século XVIII, adentrando em nosso sertão em busca de ouro, esmeraldas e diamantes, mas não chegaram a formar núcleos populacionais, cabendo essa iniciativa Theophilo Benedicto Ottoni, que chegou à região em 1847, liderando a “Companhia de Comércio e Navegação do Mucuri", fundando um povoado as margens do rio Todos os Santos, em 7 de setembro de 1853, tornando-se vila em. (fotografia acima e abaixo de Sérgio Mourão)
          Foi o pioneiro, formando um núcleo populacional que cresceu com a exploração de pedras preciosas, tendo sido reconhecido como município em 7 de setembro de 1853, levando o nome de seu fundador a partir de 9 de novembro de 1878, quando foi elevada a vila, hoje uma cidade próspera, rica e de grande importância econômica, histórica e cultural para Minas Gerais. 
          A existência de pedras preciosas no município de Teófilo Otoni atraiu muita gente, principalmente no final do século XIX e início do século XX, inclusive, grande número de imigrantes, como alemães, por exemplo. Todos que foram para o município, deram suas contribuições para o seu  desenvolvimento e crescimento, fazendo da cidade hoje uma das mais importantes cidades do Brasil, conhecida no mundo inteiro pela beleza e qualidade de suas pedras.
           Todos os anos, milhares de pessoas vem do Brasil e de vários países do mundo, conhecer e participar da Feira Internacional de Pedras Preciosas, um dos mais importantes eventos internacionais do gênero. (fotografia acima e abaixo de Sérgio Mourão)
          Além dessa famosa festa, a cidade realiza a Festa da Descendência Alemã, o Festival de Teatro de Teófilo Otoni, além de contar com belos e charmosos casarões, pela cidade como sua arquitetura que vão do estilo colonial,  eclético, neogótico ao neorromânico, além de vários monumentos como a Praça Germânica, construída em homenagem à imigração alemã na cidade, além de belezas naturais características do Vale do Mucuri.
          A cidade conta com uma ótima infraestrutura urbana, ampla rede hoteleira, com hotéis e pousadas dos mais simples, aos mais requintados, bem como uma ótima rede gastronômica, com restaurantes tradicionais, simples ou requintados, mas servindo a comida típica de Minas Gerais. 

sábado, 17 de setembro de 2016

Pampulha: patrimônio de Minas e do mundo

(Por Arnaldo Silva) Um dos mais belos cartões postais de Belo Horizonte e de Minas Gerais, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi construído entre 1942 e 1944, encomendado pelo então prefeito da capital, Juscelino Kubitschek, ao arquiteto Oscar Niemeyer, considerada uma das obras de maior expressão do grande arquiteto brasileiro.
          À época, a região norte da capital não era muito desenvolvida e na visão de Juscelino, era importante a cidade crescer para essa região, tendo como centro uma área conhecida próxima ao ribeirão Pampulha. Idealizou um projeto audacioso que oferecesse à região uma estrutura de lazer, cultura, esporte, artes e religiosidade, com cassino, igreja, casa de baile, clube social e hotel. Assim, Oscar Niemeyer projetou o complexo em torno de uma lagoa criada no governo do prefeito Otacílio Negrão de Lima em 1936. (fotografia acima e abaixo de Márcio Pereira/@dronemoc)
         A lagoa foi formada com o represamento do ribeirão Pampulha com o objetivo de amenizar os efeitos das enchentes na região e melhorar o abastecimento de água da capital. Em 1943, a lagoa foi concluída, já no governo de Juscelino, passando a se chamar, Lagoa da Pampulha.
          Em 16 de maio de 1943, o complexo arquitetônico, projetado por Niemeyer, com exceção do hotel, foi inaugurado com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas, do governador do Estado, Benedito Valadares e da população belo-horizontina. Assim, surgiu o Complexo da Lagoa da Pampulha, hoje um das regiões mais nobres da capital mineira. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          Um dos destaques do projeto é a Igreja de São Francisco de Assis, totalmente diferente para os padrões de igrejas da época, singela, simples e delicada, se destaca no cenário criado por Niemeyer, sendo hoje uma das igrejas mais visitadas da capital mineira. 
          Com a proibição dos cassinos no Brasil em 1946, o cassino construído no complexo da Pampulha foi fechado e em 1957, transformado em Museu de Arte Moderna, contando hoje com um acervo de 1600 obras com mostras da Arte Contemporânea brasileira e suas variadas tendências. (fotografia acima de Arnaldo Silva)
          Com o fechamento do Cassino, a Casa do Baile com seu espaçoso salão com 255 m², acabou sendo fechada em 1948, funcionando hoje no local o Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e do Design, ligado a Secretaria de Cultura de Belo Horizonte. (fotografia acima de Lucas Vieira)
          Projetado em forma de um barco que se lança nas águas da Pampulha, com jardins de Burle Marx, o Iate Golfe Clube (na foto acima do Thelmo Lins), construído em 1942, é um dos patrimônios da capital mineira tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e de grande importância arquitetônica e cultural da Pampulha.
          Em 1965 era inaugurado o estádio Magalhães Pinto, o Mineirão e na década de 1980, o ginásio do Mineirinho. , valorizando ainda mais a região, formando um dos mais completos complexos paisagísticos e arquitetônicos do Brasil, reunindo em numa só área, cultura, religião, esportes, lazer, museu, história, turismo, além de uma completa e sofisticada rede hoteleira e gastronômica. (fotografia acima de Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe)
          Em 2013, a prefeitura de Belo Horizonte apresenta à UNESCO, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha como candidato ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade.
          A partir desse registro, todo o complexo passou por amplas reformas. Em 17 de julho de 2016, em Istambul, na Turquia, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi anunciado e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como Patrimônio Cultural da Humanidade.

sábado, 10 de setembro de 2016

Cachoeira da Fumaça em Nova Ponte

(Por Arnaldo Silva) Em Nova Ponte, no Triângulo Mineiro, está a A Cachoeira do Rio Claro, popularmente chamada de Cachoeira da Fumaça.
          Em Nova Ponte, no Triângulo Mineiro, está a A Cachoeira do Rio Claro, popularmente chamada de Cachoeira da Fumaça. É uma das mais radicais cachoeiras de Minas Gerais com 43 metros de queda, sendo considerada a cachoeira de maior vazão de águas na região do Triângulo Mineiro. Por isso mesmo é muito procuradas pelos apaixonados por esportes radicais. 
A força de suas águas são impressionantes! É o paraíso para os amantes de esportes radicais com o rapel, porque consideram a Cachoeira da Fumaça uma das melhores em Minas para esse tipo de  prática esportiva.  
É ainda considerada uma das mais belas cachoeiras de Minas Gerais, com uma vasta natureza de mata nativa de Cerrado em seu redor.
Descer os cânions é emocionante, seja em rapel,  ou em cabo aéreo, tipo uma tirolesa, com cabos de aço. 
Como chegar:
Saindo de Uberaba, siga as placas indicativas para  Nova Ponte. Quando estiver no trevo entre Uberlândia, Nova Ponte e Araxá, vire à esquerda sentido Uberlândia, siga por mais 11 km, até uma ponte que fica próxima da entrada do camping do Rio Claro. Para chegar até a cachoeira, você conseguirá informações no camping.
As fotos que ilustram a matéria são de autoria de Eudes Silva, um dos apaixonados pela cachoeira e praticante de esportes radicais na região. 

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