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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O Museu do Inhotim em Brumadinho

(Por Arnaldo Silva) Pra quem não sabe, onde é hoje o Inhotim, foi antes uma área de mineração, que após o encerramento das atividades, foi recuperada, transformando-se ao longo dos anos que que é hoje, o maior museu a céu aberto do mundo. Muitos pensam que o nome Inhotim é um nome indígena Tupi-Guarani. Não é nome indígena não.
          Quando a área era de mineradora, tinha como responsável um inglês de nome Timot, conhecido pelos demais funcionários da mineração e pessoas do local como "Senhor Tim". Como mineiro adora diminuir as palavras, começaram a falar "Sinhô Tim", por fim, como o s e ficou "Inhô Tim" e assim ficou e se popularizou tanto que virou nome do local. Quando no início dos anos 1980, decidiram recuperar a área para ser criado um museu contemporâneo, optaram por manter o nome já que Inhotim era parte da história do local. (fotografia acima de Andréia Gomes/@andreiagomesphotoart)
          O Instituto Inhotim, surgiu na década de 1980, idealizado pelo empresário mineiro Bernardo de Mello Paz. Hoje é uma Oncip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).  
          Ao longo dos anos o local foi se transformando, ganhando mais com o plantio de diversas espécies de árvores e flores, do Brasil e do mundo, inclusive com espécies raras. Além da vasta coleção botânica, obras de arte de grandes artistas contemporâneos da atualidade estão presentes no Inhotim e muitas delas impressionam como essa obra ao lado, na foto de Sônia Fraga, que mostra uma castanheira feita de bronze suspensa por árvores de verdade, assinada pelo artista plástico italiano Giuseppe Penone. (fotografia acima de Sônia Fraga)
          O Inhotim é hoje hoje um dos grandes propulsores do desenvolvimento humano sustentável. O espaço é rico em cultura e beleza, o que atrai pessoas de todos os gostos e faixas etárias diferentes. Os projetos paisagísticos e botânicos, além das pesquisas, são desenvolvidos em parceria com órgãos do Governo e iniciativa privada.
          Segundo um dos mais importantes jornais do mundo, o The New York Times, em referência ao Inhotim, citou em uma de suas edições que “poucas instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins e montes e campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre.” (fotografia acima de Andréia Gomes/@andreiagomesphotoart)
          O Inhotim (foto acima John Brandão/@fotografo_aventureiro) fica em Brumadinho, município com uma imensa área territorial com cerca de 640 km2, distante apenas 55 km de Belo Horizonte.(foto abaixo de Sérgio Mourão)
JARDIM BOTÂNICO
          A área de visitação do Inhotim tem 140 hectares com destaque para o verde nativo de Mata Atlântica, cinco lagos e uma das maiores coleções botânicas plantadas do mundo. São pouco mais de 4 mil espécies representando 181 famílias botânicas e 953 gêneros. As coleções que mais chamam a atenção são de palmeiras com aproximadamente 1400 espécies e a coleção de Araceae que inclui imbés, antúrios e copos-de-leite, sendo a maior coleção da América Latina. No Inhotim estão cerca de 450 espécies de orquídeas, em destaque para a espécie Vanda, a que mais chama a atenção dos visitantes. (fotografia abaixo de Sônia Fraga)
INFORMAÇÕES SOBRE O INHOTIM
- Horários: Aberto à visitação pública às terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30 (última entrada às 16h00), e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30 (última entrada às 17h00).
- Entrada: Cobra-se ingresso para entrar. Verifique os preços antes.
Meia-entrada para maiores de 60 anos e estudantes (mediante apresentação de carteira específica da escola ou faculdade, dentro do prazo de validade e com foto). Entrada gratuita para menores de seis anos.
- Transporte interno: Existe também o serviço de transporte interno para facilitar o acesso às obras mais distantes. O serviço pode ser adquirido na recepção e em outros pontos do parque e o custo é por pessoa e tem validade durante toda a estada no parque. Portadores de necessidades especiais e crianças menores de seis anos de idade não pagam.
- Alimentação: Dos lanches rápidos aos pratos mais elaborados e sofisticados, os visitantes do Inhotim podem desfrutar de uma gastronomia variada. São muitas as opções. (fotografia abaixo de Andréia Gomes/@andreiagomesphotoart)
COMO CHEGAR:
- Ônibus:
De terça a sexta-feira, o ônibus com destino ao Inhotim sai da Rodoviária de Belo Horizonte (plataforma F2) às 9h e retorna às 16h30. Nos finais de semana e feriado, o horário de retorno para a capital é às 17h30.
O percurso tem a duração de 1h30.
Informações pelo telefone: (31) 34191800 ou (31) 3272 8525.
- De carro - acessos

Acesso pelo km 640 da BR-381 – sentido BH-SP. (aproximadamente 1h15 de viagem).
O Instituto, visitado por milhares de pessoas de todo o mundo, é automaticamente lembrado quando se fala em Brumadinho, município mineiro, que, partindo de BH, é acessado pelas rodovias BR-381, MG-155 e MG-040.
          Para quem não vai de carro, uma linha de ônibus sai da rodoviária de Belo Horizonte para o Inhotim. São 60 quilômetros de BH até o Instituto. E o caminho não é difícil: é preciso seguir pela rodovia Fernão Dias (BR-381) e, depois de passar pelo trevo para o Triângulo Mineiro, pegar a saída 501, em direção a Mário Campos.
          Depois de um posto de gasolina, virar à direita e pegar a estrada que leva ao Centro de Brumadinho. A partir dali, placas indicam o caminho para o museu. (fotografia abaixo de Andréia Gomes/@andreiagomesphotoart)
          Está em curso, estudos para a viabilização de uma linha de trem de passageiros, que ligará o Museu do Mao na Praça da Estação de Belo Horizonte com estação final no Inhotim, o que facilitará a locomoção de turistas que chegam a Belo Horizonte, para o Museu do Inhotim. 

Serra da Canastra: berço do Rio São Francisco

(Por Arnaldo Silva) A Serra da Canastra, na região Oeste de Minas abriga um dos maiores tesouros da nossa fauna e flora, principalmente nas nascentes que formam o Rio São Francisco. A beleza impactante da região vem atraindo amantes do Ecoturismo, bem como visitantes para as cidades do Circuito da Canastra. ecológico.
          Para preservar as nascentes do Rio São Francisco, em 1972, foi criado o Parque Nacional da Serra da Canastra, com área de 200 mil hectares, abrangendo os municípios de São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, Delfinópolis, São João Batista do Glória e Capitólio. (fotografia acima de Pedro Beraldo/@ecotrilhasdacanastra)
          A portaria para a nascente do Rio São Francisco (na foto acima do Arnaldo Silva) e parte alta da Cachoeira da Cascadanta fica em São Roque de Minas. Já para ir a parte baixa da Cachoeira da Cascadanta, a primeira queda do Rio São Francisco, com 163 metros, tem que ser por Vargem Bonita.
          A região forma um conjunto de rara beleza, de extasiar. Campos rupestres característicos do Cerrado e Mata Atlântica, animais silvestres como o lobo-guará (na foto acima da Conceição Luz), tatu-canastra, pato-mergulhão, veado-campeiro, onça-pintada, tamanduá-bandeira (na foto abaixo de Conceição Luz), várias espécies de pássaros, as cristalinas águas do Rio São Francisco, as formações rochosas, são os cenários que encantam na Serra da Canastra, protegidos nos limites do parque.
          Na região, remanescentes das tradições do século 19 estão presentes na arquitetura das casas no estilo barroco e currais, feitos em pedra sobre pedra, sem cimento, o queijo Canastra, o carro de boi e a culinária mineira. (foto abaixo de Luiz Leite, em Vargem Bonita, ao fundo a Cachoeira da Cascadanta)
COMO CHEGAR
          O caminho mais fácil para chegar a São Roque de Minas, e Vargem Bonita, cidades onde estão as portarias para entrada para a nascente do Rio São Francisco e Cachoeira da Cascadanta, é indo por Piumhi, já que a estrada é asfaltada.
          De Piumhi até São Roque são 58 km, pela MG-341.Para subir a Serra, o restante do percurso é em estrada de terra. Até Vargem Bonita são 24 km no asfalto. Para ir até a parte baixa da Cascadanta, terá que pegar mais 26 km de estrada de terra. (fotografia acima de Pedro Beraldo/@ecotrilhasdacanastra, Sempre-Vivas na Serra da Canastra)
          Nas duas cidades existem pessoas que levam turistas em carros 4x4 ou vans. Geralmente as pousadas locais oferecem esse tipo de serviço aos seus hóspedes. O que é aconselhável aceitar. (na foto acima de Nacip Gômez, a Cachoeira da Cascadanta)
          Como eles conhecem bem o caminho e as estradas, que em alguns trechos requer habilidade e atenção dos motoristas, seria uma opção inteligente, mesmo se for de carro próprio, contrate um guia para te acompanhar, para evitar que se perca nas sinuosas e perigosas curvas das estradas da Serra da Canastra e claro, para que o guia possa te orientar a desfrutar e conhecer melhor todas as belezas da região.
          Uma outra dica, não deixe de abastecer o carro, no Parque não tem posto de gasolina.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Serra da Piedade em Caeté: história e como chegar

(Por Arnaldo Silva) A história da Serra da Piedade começa junto com a história de Minas Gerais, no final do século XVII, com a chegada dos bandeirantes paulistas em busca dos tesouros minerais do subsolo mineiro, em 1673. Na região, a bandeira chefiada por Fernão Dias, buscava encontrar prata, por acreditar na existência do metal nas montanhas da Serra do Sabarabuçu, nome inicial que os bandeirantes deram a Serra. (fotografia abaixo de Douglas Arouca)
          Naquela época, o território mineiro era habitado por índios de várias etnias, que chamavam a serra de Itabera-assu, que na linguagem indígena significa “montanha resplandecente e alta”. Após a expulsão dos indígenas da região, os bandeirantes continuaram chamando a serra com o nome indígena, mas não com a pronúncia exata dos índios.
          Ao invés de Itabera-assu, era chamada de Taberaboçu ou Tabaraboçu. Mesmo assim era um pouco difícil de pronunciar e com o passar do tempo, já no século 18, a pronúncia passou a mudar e se popularizar trocando o T pelo S, ficando Sabarabuçu, mais fácil e não precisava enrolar muito a língua. Assim ao invés de Serra do Itabera-assu, ficou, Serra do Sabarabuçu. (foto abaixo de @viniciusbarnabe)
          Fernão Dias não encontrou a prata que imagina na região, mas ouro sim. Foi nas margens do Rio das Velhas, o que atraiu homens com sede de riquezas e aventuras à região. Com tanta gente chegando, foram se formando arraiais. De um desses arraiais, originou-se uma importante cidade histórica hoje, que teve o nome inspirado na Serra do Sabarabuçu. É a cidade de Sabará, a 20 km de Belo Horizonte. Fernão Dias era incansável na busca de ouro, prata, esmeraldas e diamantes. Sua determinação e audácia em desbravar o território mineiro fez com que sua saúde ficasse abalada por moléstias, vindo a falecer na região, as margens do Rio das Velhas.
          Desde os tempos antigos, ao longe a Serra já chamava a atenção. Subindo até seu topo, impressionava os antigos pela vista fabulosa e impressiona até hoje. A paz que o lugar transmite é uma paz celestial incrível, sentida pelos primeiros moradores da região e europeus que foram chegando ao decorrer dos séculos 18 e 19. Estes perceberam o valor da Serra do Sabarabuçu e aos poucos foram transformando-a num marco histórico, religioso e paisagístico. Hoje é tudo isso e ainda um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais. (fotografia acima de Douglas Arouca)
          Além da riqueza material a Serra formada por um imenso maciço rochoso, tem grande significado cultural e histórico para nós mineiros, além da tradição religiosa e gastronômica, herdadas ao longo de mais de três séculos. É hoje uma das principais identidades religiosas de Minas Gerais, construída com a devoção a Nossa Senhora da Piedade, devoção essa que fez a Serra mudar de Sabarabuçu para Serra da Piedade.
          A área onde está a Serra da Piedade é Monumento Natural de Minas Gerais desde 16 de julho de 2004, através da Lei nº 15.178/2004, que definiu os limites de conservação da Serra, de acordo com a Constituição Mineira.
Como chegar na Serra da Piedade
         Pelo caminho mais rápido: saindo de Belo Horizonte, pegue a BR 381 sentido Vitória. (Na foto acima do Julio_defreitas, a Serra da Piedade vista de Nova Lima MG) Chegando no trevo de Caeté, entre à direita e siga alguns poucos quilômetros até a entrada da Serra da Piedade. A distância total é de uns 60km. Cobram a entrada de motos e carros.
         Pelo caminho mais bonito: esse trajeto passa por dentro de Sabará (dá pra aproveitar e conhecer a cidade). A estrada é pela serra de Caeté, muito mais tranquila do que a BR 381, além de ter uma paisagem maravilhosa. A distância é praticamente a mesma, mas como a estrada é bem estreita e com muitas curvas, demora um pouco mais. (foto abaixo do @viniciusbarnabe, a Basílica do Santuário de Nossa Piedade)
O que fazer na serra?
          O restaurante da serra tem café colonial aos fins de semana. São vários quitutes caseiros como bolos, pães, queijos, doces, chocolate quente… tudo no self-service.
Sábado e domingo:
Almoço servido a quilo - de 11h às 15h
Café colonial - de 16h às 18h
Domingo:
Café Colonial - 8h30 às 10h30 e 16h às 18h
-Apreciar a vista
A serra tem uma vista de 360° da região. Dá pra passar horas observando a paisagem, além de tirar muitas fotos.
(dependendo da ocasião e época, os horários de funcionamento do restaurante podem ser alterados)
Orientações para visitar o Santuário 
• No Santuário Nossa Senhora da Piedade há uma agradável variação de temperatura devido à altitude (1.746 metros). Sugere-se levar um agasalho e usar sapatos confortáveis para aproveitar toda a beleza ao seu redor.
• Nesse lugar de sublime beleza, vale registrar cada momento. Tenha sempre em mãos uma câmera fotográfica.
Não é permitido no Santuário:
• Consumir bebidas alcoólicas, fazer churrasco ou uso de fogareiro.
• Levar qualquer animal para dentro da reserva.
• Escalar e/ou subir nas pedras, caçar ou aprisionar animais.
• Causar danos à vegetação, retirando mudas.
• Sair das trilhas ou abrir novos caminhos.
• Invadir a propriedade, desrespeitando a entrada principal.
• Ligar música em alto volume.
• Acampar e pernoitar em carros.
• Andar de bicicleta nas trilhas, por causa da fragilidade do solo.
• Praticar esportes radicais.
• Comercializar produtos - com exceção dos artesãos cadastrados no Santuário.
• Passeios de crianças sem acompanhante

Horário de visitas e taxas
• Horário de visitação: 7h às 18h, todos os dias da semana
 Motocicletas, carros de passeio, vans, micro-ônibus e ônibus pagam taxa de visitação.  O pagamento deve ser realizado no caixa do Espaço Café/lanchonete (verifique os preços antes)
A sua contribuição será revertida em benfeitorias e na preservação do Santuário Nossa Senhora da Piedade.
A história do Santuário de Nossa Senhora da Piedade
          Foi no dia 31 de julho de 1960 que ocorreu a proclamação de Nossa Senhora da Piedade como Padroeira de Minas Gerais com a data oficializada pelo papa João XXIII (1881-1963), atendendo ao pedido dos bispos mineiros, entre eles o então arcebispo metropolitano de Belo Horizonte dom Antônio dos Santos Cabral (1884-1967), e do arcebispo coadjutor e administrador apostólico, dom João Resende Costa, bem como do governador do estado, José Francisco Bias Fortes (1891-1971). Dedicou-se a esse processo com bastante destaque dom Carlos Carmello de Vasconcelos Motta (1880-1982), mais conhecido como Cardeal Motta e que hoje batiza a praça em frente da ermida. (foto da imagem da Padroeira de autoria de Josiano Melo e abaixo, o Santuário, com foto @julio_defreitas)
          Segundo a tradição oral, aparições de Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos braços foram vistas entre 1765 e 1767 por uma menina muda, cuja família vivia a seis quilômetros da serra. A partir dessa visão, a menina teria conquistado a fala. Mais tarde, em 1773, o templo seria construído pelo ermitão português Antônio da Silva, o Bracarena.
          Fé, história e até política fazem parte do Santuário, a 1746 metros de altitude. Nas frias manhãs do inverno mineiro, os fiéis do norte se viram como podem para suportar o frio. Já os fiéis do sul, andam tranquilamente pelo local com blusas simples, se incomodando muito pouco com com o frio.
          As baixíssimas temperaturas da serra, para quem não é acostumado, dá a sensação estar dentro de uma geladeira. É congelante! Quando a névoa não cobre toda a serra é possível ver o espelho d´água de Lagoa Santa, Caeté, o pontilhão ferroviário, Belo Horizonte e outras cidades da região. A sensação de quem chega ao topo da serra é de estar na ponta do céu.
          O altar-mor da Basílica principal, guarda a imagem de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira de Minas Gerais(na foto abaixo de Telmo Lins), com autoria atribuída o Mestre do Barroco Mineiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814).) 
           O lugar é sagrado para comunidade católica Mineira e em tudo respira fé e religiosidade, como O Calvário (na foto acima de Clésio Moreira), escultura em ferro com Jesus na cruz e Maria e José, em frente à Basílica. Ao lado da escadaria do Calvário, a Cripta, onde estão sepultados, grandes nomes do Santuário, desde sua origem como o Padre Virgílio Resi e o Frei Rosário Jofylly.

Porteirinha, queijos e a Cachoeira do Serrado

(Por Arnaldo Silva) Porteirinha é uma das mais atraentes cidades de Minas. Com grande potencial turístico, graças as suas belezas naturais, o município é um dos destaques no turismo em Minas Gerais e conta atualmente com cerca de 40 mil habitantes.

          Porteirinha é uma cidade de clima quente, característico da região, a temperatura média é de 27ºC com máxima em torno de 38ºC e mínima de 18ºC. A altitude do município varia entre 465 metros, próximo a Lagoa Cachoeira, a 1.544 metros, no topo do Morro do Preto. A vegetação típica do município, é do bioma Caatinga. (na foto acima e abaixo do Tharlys Fabrício, vista vista parcial da cidade)

          O município faz divisa com Mato Verde, Pai Pedro, Janaúba, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas, Rio Pardo de Minas e Nova Porteirinha. Distante 591 km de Belo Horizonte, 1.012 km do Rio de Janeiro, 900 km de Brasília, 1.120 km de Vitória/ES e a 165 km de Montes Claros, Porteirinha está na região Norte de Minas e tem como acesso as rodovias BR-122 e MG-120. (foto abaixo, também de Thales Fabrício, vista noturna da cidade)
          Porteirinha tem sua origem no século XIX, tendo sido elevado à distrito em 1884 com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Jatobá, mudando seu nome, em 1921 para São Joaquim da Porteirinha e por fim, a partir de setembro de 1923, passou a adotar o nome atual, Porteirinha. Em 17 de dezembro de 1938, o distrito é elevado à cidade emancipada. 
          A cidade é bem cuidada, com boa infraestrutura urbana, com um comércio bem variado, uma boa rede gastronômica e hoteleira, contando ainda com agências bancárias como Banco Bradesco, Banco do Brasil, Sicoob Credivag, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal.
          Outro destaque na cidade é seu povo. São simples, gentis, hospitaleiros e muito acolhedores. Em Porteirinha, o visitante se sentirá em casa.
          Seus moradores vivem da prestação de serviços, que é muito variada, com boas escolas de ensino fundamental e médio, do comércio, das pequenas indústrias, como produção de tijolos e telhas de cerâmicas. (foto abaixo de Tharlys Fabrício)
          Além disso, Porteirinha se destaca na agropecuária, sendo o município um dos líderes desse setor na região. Destaque para a pecuária leiteira e de corte, além da agricultura familiar, com os pequenos produtores organizados em cooperativas e associações, com produção voltada para hortifrutigranjeiros, mel, doces feitos com polpas de frutas, pequenas indústrias de derivados do leite, da cana e mandioca, dentre outras atividades econômicas.
          A produção agropecuária de Porteirinha e de toda a Região da Serra Geral de Minas é de qualidade, destacando seus queijos. Um desses queijos em destaque são os queijos produzidos pela Rubi Queijaria, que tem o Selo Arte de autenticação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), tendo sido a primeira queijaria a obter esse selo na região. Esse selo permite a comercialização em todo o Estado de Minas Gerais de produtos de origem animal, certificando que o produto é produzido de acordo com as normais sanitárias vigentes. (fotografia acima de Tharlys Fabrício)
          Os produtores de queijos da Serra Geral de Minas, que abrange 18 municípios, são organizados em associação, com o objetivo de melhorar a qualidade de seus queijos, incrementando as vendas, que saem do produtor, direto para as gôndolas dos supermercados, sem a necessidade de atravessadores. Além disso, os produtores buscam novos conhecimentos, através de cursos de capacitação ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), além do apoio e assistência de entidades como IMA, Emater, e Sebrae, além do apoio das prefeituras locais.
          O objetivo é melhorar ainda mais a qualidade dos queijos, tornando-os competitivos, já que a região, com seu clima e características diferentes das outras regiões queijeiras mineiras, tem um terroir próprio (pronuncia-se terruá, palavra francesa que define uma extensão de terra cultivada, que cuja produção origina um produto único), originando um queijo com sabor peculiar e diferenciado
Serra Geral, cachoeiras e o turismo 
          Porteirinha faz parte do Mapa do Turismo Brasileiro, sendo uma das cidades em destaque em Minas no turismo ecológico, graças as suas paisagens deslumbrantes, que permitem a prática de esportes radicais como trekking, escalada, ciclismo, trilhas de motos, além de propiciar descanso e relaxamento.
          Rodeada por morros e serras, tem no perímetro urbano o Cristo Redentor como um de seus mais belos pontos de visitação. (na foto acima do Tharlys Fabrício)
          Sem dúvida alguma, o grande destaque de Porteirinha são suas cachoeiras, em destaque a Cachoeira do Serrado, com S mesmo. (na foto acima do Eduardo Gomes) Frequentemente o nome é confundido como erro de português, porém o Serrado é o nome próprio e não uma alusão ao bioma Cerrado. Isso porque na região acontece muita serração que muitas das vezes cobre a cachoeira, por isso o nome Serrado, com S de serração. 
          Sem dúvida alguma, o grande destaque de Porteirinha são suas cachoeiras, em destaque a Cachoeira do Serrado, com S mesmo. Frequentemente o nome é confundido como erro de português, porém o Serrado é o nome próprio e não uma alusão ao bioma Cerrado. Isso porque na região acontece muita serração que muitas das vezes cobre a cachoeira, por isso o nome Serrado, com S de serração. 
          Esta é com certeza uma das mais bonitas e visitadas cachoeiras de toda a Serra Geral e também de Minas Gerais. São 70 metros de queda. Com seu acesso super fácil e ótima para banho, mesmo com sua água super gelada, ela é muito visitada pelos moradores da região e de outras cidades mineiras, ainda mais por ter queda d'água durante todo o ano. Quase nunca seca. (fotografia acima de Tharlys Fabrício)
          Na região é conhecida também por Cachoeira da Bica de Baixo, na Comunidade do Serrado (na foto de Tharlys Fabrício). Para chegar nela entra-se na comunidade de Serra Branca, mesmo nome do rio, percorrendo 10 km por uma estrada muito boa e com placas indicando o caminho da cachoeira. Acima dela tem várias outras quedas, são sete no total. Porteirinha é um dos 18 municípios integrantes do Circuito da Serra Geral de Minas, formado ainda pelos municípios: Catuti, Espinosa, Gameleiras, Jaíba, Janaúba, Mamonas, Mato Verde, Monte Formoso, Montezuma, Nova Porteirinha, Pai Pedro, Rio Pardo de Minas, Riacho dos Machados, Santo Antônio do Retiro, Serranópolis de Minas e Verdelândia.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mina da Passagem em Mariana

(Por Arnaldo Silva) A Mina da Passagem, é  maior mina de ouro aberta a visitação pública no mundo. Está em Minas Gerais, na cidade de Mariana a 200 km de Belo Horizonte e a 20 km de Ouro Preto. A exploração de ouro na mina teve início  em 1719. É a mais antiga mina de ouro do Brasil. Foram retirados da mina mais de 35 toneladas de ouro, até a sua desativação em 1985. Por sua história e dimensões, é a mais importante mina de ouro do Brasil e uma das mais importantes do mundo.
Por dentro da maior mina de ouro aberta a visitação no mundo, o turista entrará na história da mineração no Brasil, por dentro de um lugar mágico e impressionante. (fotografia acima do Silvio Tanaka) Lugar máximo, misterioso com história em cada canto. Descer as galerias através de um trolley, tipo um carrinho sobre trilhos é uma passeio muito interessante. São 315 metros de extensão, descendo a uma profundidade de 120 metros. O caminho é iluminado, com ares místicos e misteriosos. O destino final é um lago muito bonito formado pelas infiltrações naturais, decorrentes da mineração ao longo dos séculos. A temperatura da água está entre os 17 a 20 graus Celsius. 
Emocionante é adentrar entre as galerias. Ares de mistério envolve cada canto dos corredores subterrâneos da mina da passagem. (na foto acima de Silvio Tanaka)
Na parte externa da mina há um museu com peças usadas na mineração no período do Ciclo do Ouro e um restaurante com comida típica mineira e doces caseiros da região. (foto acima do lago formado no interior da mina de Sílvio Tanaka) A Mina da Passagem fica a 5 km do Centro de Mariana na Rua Eugênio Eduardo Rapallo, 192, telefone: (31) 3557-5000. As visitas são acompanhadas por guias especializados: às segundas e terças, das 9h às 17h, e de quarta a domingo, das 9h às 17h30. O passeio dura 45 minutos. Cobra-se ingresso. Verifique antes no site (mariana.minasdapassagem.com.br) os valores da entrada, formas de pagamento, questões de gratuidade para crianças, meia entrada, etc.

Monte Verde: a vila fundada por imigrantes da Letônia

(Por Arnaldo Silva) No início do século XX, a Europa vivia numa crise econômica seríssima, com grande aumento da pobreza no Velho Continente, com evidências de uma Guerra Mundial, o que ocorreu entre 1914 e 1918. Prevendo aumento da pobreza e violência que o futuro conflito mundial causaria, centenas de milhares de famílias europeias, começaram a deixar o Continente, buscando nas Américas do Sul, Norte e Central, uma nova vida. O Brasil recebeu centenas de milhares de imigrantes, entre eles, imigrantes vindos da Letônia, que juntamente com Estônia e Lituânia, formam os países Bálticos, situados no Nordeste da Europa, às margens do Mar Báltico. (foto abaixo do termômetro em Monte Verde MG, de autoria de Ricardo Cozzo)          
              Esses países, desde o seu surgimento na Idade Média, tem uma longa história de dominação por por várias nações, desde suas origens, sendo a última, pela extinta União Soviética. Somente a partir de 1990, com o fim da era soviética, que os Países Bálticos, se tornaram nações independentes. A Letônia, em letão a pronuncia é Latvija ou Latvia, fazendo fronteira com a Estônia, Rússia, Bielorrússia e Lituânia. A Letônia é banhada pelo mar Báltico. É um pais pequeno, com apenas. 1,92 milhão de habitantes. Sua capital, Riga, conta com cerca de 633 mil habitantes. Quem nasce na Letônia é chamado de letão ou leto. No decorrer da matéria você conhecerá a história de Monte Verde, fundada por imigrantes letões e verá fotos atuais da charmosa vila europeia mineira.
Verner Grinberg: da Letônia para Minas
          Entre esses imigrantes, estava a família de Verner Grinberg, nascido em 1910, na Letônia. Chegaram ao Brasil em 1913, quando Verner tinha apenas 3 anos. O pai de Verner, era um exímio construtor de casas, em madeira. Trouxe esse ofício para o Brasil e ensinou aos filhos. A história dessa família é de grande importância para Minas Gerais. Foi letão Verner Grinberg que fundou Monte Verde, charmoso distrito de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais. O fundador de Monte Verde, morreu em 13 de agosto de 2006, aos 96 anos. (foto abaixo de Ricardo Cozzo, apresentação de letões em Monte Verde)
     Na Letônia, tinham boas notícias do Brasil, vindas de letões que por aqui já viviam. Um país de grande extensão territorial, florestas densas, terras férteis, inverno menos rigoroso que na Europa, além de terem como plantar e colher duas vezes ao ano.
          A família e outros imigrantes letões, chegaram em São Paulo e foram viver, inicialmente, em Pariquera-Açu, no Vale da Ribeira. Mas não se adaptaram à região, se mudando para São José dos Campos, em seguida, foram viver em Campos do Jordão. Essa região tinha grande presença de letões e como madeireiro, a família de Verner, se dedicava a fazer casas, hotéis e móveis, usando árvores nativas, como o pinheiro e a peroba. O trabalho era duro, com serras manuais, mas um trabalho que deixou uma grande herança cultural nas cidades em que a família e todos os letões passaram. Nesta época, Campos do Jordão estava em formação e era um lugar para tratamento de tuberculose.
          Aos 7 anos de idade, a mãe de Verner faleceu e a família se mudou para a região de "Alta Paulista", vivendo em Inúbia Paulista, onde estavam construindo uma estrada de ferro, havendo necessidade de muita mão de obra. Os letões trabalhavam na construção da ferrovia. A família de Verner, se dedicava a construção de casas de madeira para os operários e funcionários da ferrovia. Usavam a peroba, nas construções. Nessa época, por volta de 1922, já havia uma grande colônia de letões nesta região, tendo chegado de uma só vez, cerca de 2 mil letões. Foi desse grupo que chegou, que Verner conheceu Emília Grinberg, com quem se casou em 1934. Emília era soprano e solista e contava no coro da Igreja Batista de Varpa, distrito de Tupã/SP. (foto acima e abaixo de Ricardo Cozzo, apresentação de letões em Monte Verde)
          Como aprendeu com seu pai, Werner se dedicou a profissão que o pai lhe ensinara e montou uma serraria, abastecendo a região com madeiras, já que a carência era muita, devido ao crescimento da região e chegada de novos moradores e imigrantes.
          Desde quando a família decidiu deixar a Letônia, sonhavam em encontrar no Brasil, um lugar que tivesse semelhança com seu país de origem, em clima, paisagens, belezas naturais e que fosse um lugar saudável para se morar. Verner já tinha ouvido falar, desde menino, que existia um lugar assim, desse jeito que a família queria, que lembrava muito a Letônia, chamado de "Campos do Jaguari", mas ninguém saiba sabia onde era lugar.
Campos do Jaguari e a Letônia
          O tempo passou, a vida e o trabalho continuaram, até que em uma de suas viagens de negócios, um de seus compatriotas, disse que encontrou o tal lugar que Verner falava, o "Campos do Jaguari". Procuraram informações sobre esse lugar. Werner e seu pai, saíram do Oeste de São Paulo de trem, em 1938, seguiram o trajeto de jardineira e por fim, a cavalo, porque não havia estradas para lugar que buscavam. O cantinho da Letônia, que tanto sonhavam, encontrava-se a 1555 metros de altitude, numa região com baixíssimas temperaturas, onde poucos arriscavam viver. Esse lugar que tantos buscavam, "Campos do Jaguari, ficava em Camanducaia, no Sul de Minas Gerais. (fotografia acima e abaixo de Ricardo Cozzo)
          Quando chegaram, havia no local alguns poucos mineiros, que trabalhavam numa fazenda. Procuraram conhecer toda a região, subindo montanhas e topos de picos, como o do Selado. Ficaram encantados com o lugar. Uma região montanhosa, com florestas de pinheiros (araucárias) e campos abertos, além de rios, cachoeiras, córregos e nascentes. Do jeito que sonhavam e imaginavam. A região lembrava exatamente as belezas naturais da Letônia. Se interessaram de imediato em comprar terras na região. 
A compra de terras nos Campos do Jaguari
          Inicialmente, adquiriram 5 alqueires de terras e registram a nova propriedade no cartório de Camanducaia. Compraram as terras, com as economias que fizeram, nos anos de trabalho duro na serraria da família. Voltaram e retornaram com a família para demarcar suas terras. Vieram com Verner, seu pai, seu tio, Karlis Kempis, seu primo, Raymondo Kempis, sua esposa, Emília, e sua cunhada, Ilga.
          Vieram recomeçar suas vidas, a partir do sonho de viver num lugar que lembrasse seu país de origem. O começo não foi nada fácil. Montaram uma barraca de lona, dividida em 2 quartos e uma pequena fogueira, na parte externa, que servia de fogão. Começaram logo os trabalhos de demarcação da área e construção de casas, em madeira, além de comprarem mais terras.
          
Ao todo, a família adquiriu cerca de 400 alqueires de terras. Construíram suas moradias no estilo tradicional arquitetônico letão. As casas eram feitas em madeira, já que era esse o ofício da família, bem como o estilo das construções típicas dos letões. A família continuou vivendo em Inúbia Paulista, indo e vindo à região para cuidar da propriedade, mudando-se em definitivo em 1952. (fotografia acima de Anthony Cardoso) 
5 pessoas: o começo da povoação 
          A propriedade dos letões prosperava e mais gente chegava à região, atraídos pela beleza das paisagens e oportunidade de viver numa comunidade e lugar, com paisagem, clima e arquitetura, semelhantes ao seu país de origem. Vinham, gostavam e queriam ficar, de vez. 
          A partir de 1954, Werner e a família, decidiram vender lotes aos no entorno da sede da fazenda. Assim com mais gente chegando a cada dia, foi-se formando um povoado, que crescia com a chegada de letões. De uma fazenda familiar, surgiu assim uma charmosa e movimentada Vila de origem europeia, em Minas Gerais. Começou com 5 pessoas. Hoje são cerca de 6 mil moradores, vivendo no distrito de Camanducaia. Maior até que muitas cidades do Brasil.
O porque do nome Monte Verde?
          Com o crescimento da Vila, surgiu a necessidade de um nome para o lugar. A esposa de Verner, Emília, resolveu associar seu sobrenome letão, Grinberg, ao local. Grinberg ou "Grün Berg", na escrita alemã. No português, significa, Monte Verde. Lugar de montanhas, rodeada por extensas matas e paisagens bem verdes, com certeza, tudo a ver com o nome. Optaram em chamar o lugar de Grimberg, mas em português, Monte Verde. (fotografia de Anthony Cardoso)
          Em 1956, fundaram a Igreja Batista na Vila, já que os letões que chegavam, eram batistas. Pouco tempo depois, com o grande número de crianças na Vila, Verner percebeu a necessidade de criar uma escola e assim o fez. 
          Introduziu ainda na Vila, energia elétrica, através de um gerador, além de fazer captação de água das nascentes, para abastecer as casas. Foram construídos cerca de 40 km de rede tubular, que levava água à Vila, além de ter construído caixas d´águas nas casas dos moradores. 
          Além disso, fez aberturas de ruas e acesso ao povoado, bem como outras melhorias, que visavam melhorar qualidade de vida de seus moradores. Tudo isso por sua iniciativa própria e ainda bancava do próprio bolso, as melhorias que fazia na Vila.
Visão empreendedora de Verner  Grimberg
          Verner enxergava longe. Percebia o potencial turístico do lugar, com as constantes visitas, que chegavam, gostavam e queria voltar. Buscava oferecer melhores condições para que os visitantes se sentissem bem em Monte Verde. Investia e incentiva os moradores a buscarem sempre melhorias em seus estabelecimentos comerciais, calçadas e ruas, melhorando sempre a Vila, para que os visitantes, além de gostar da receptividade, da arquitetura, das belezas, das tradições, da culinária, voltassem e recomendassem Monte Verde para os amigos. (fotografia acima e abaixo de Anthony Cardoso)
          Verner Grinberg, além de grande empreendedor e visionário, tinha paixão por seu país de origem, pela região que escolheu para viver e que muito o orgulhava de ter sido, junto com a esposa, pai, tio e primo, os fundadores de Monte Verde. Amava sua profissão, tinha paixão por carros e também por aviões. 
          Conseguiu seu brevê de piloto em 1942 e claro, adquiriu um avião. Ter um avião era para poucos naquela época e até hoje é. Mas Werner tinha e usava o avião em suas viagens de negócios.
O crescimento da Vila 
          Monte Verde, ao longo dos anos seguintes a sua fundação, foi crescendo, principalmente no turismo. Novas construções foram surgindo, inspiradas no estilo arquitetônico letão como pousadas, hotéis, restaurantes, lojas diversas. 
          Além da arquitetura e tradição, os letões trouxeram também um pouco da cultura e gastronomia do Leste Europeu, combinando perfeitamente com a riquíssima culinária mineira.
Turistas descobrem Monte Verde
          O frio abaixo de zero grau, a arquitetura, a culinária europeia, o estilo de vida diferente do estilo original de Minas Gerais começou a atrair cada vez mais turistas para o distrito.
          Desde os anos de 1980, Monte Verde começou a ser descoberta por turistas, não só de Minas, mas do Brasil e do mundo.
          Hoje é um dos principais pontos turísticos do Estado, no mesmo nível das cidades históricas e estâncias hidrominerais. 
          Monte Verde desenvolveu-se muito desde sua fundação, mas não perdeu o charme e a simplicidade deixada pelos antigos moradores. Ao contrário, o espirito empreendedor e o carinho de Verner Grinberg tinha por Monte Verde, está incorporado em seus moradores e empresários, que investem cada dia mais em melhorias na Vila, tornando-a cada mais charmosa, aconchegante, atraente com mais estrutura para receber os visitantes. (fotografia acima de Anthony Cardoso)
Vocação para o turismo e ótima estrutura
          Do amor e carinho pelo lugar em que vivem, nasceu a vocação de Monte Verde para o turismo.
Hoje a vila possui diversas pousadas, hotéis, desde os mais simples aos mais sofisticados. Tem restaurantes que servem comidas típicas mineiras e europeias. Tem ainda fábricas de chocolate, de cerveja artesanal, queijos, licores, cachaças artesanais e um artesanato original, variado e muito rico. O visitante tem ainda pista de patinação no gelo e várias opções de passeios por trilhas e mirantes da Serra da Mantiqueira. (fotografia de Wellington Diniz)
Tradição europeia com sabor e estilo mineiro  
        Um detalhe importante é que mesmo com a origem europeia, Monte Verde preserva a mais pura e genuína tradição mineira, seja na culinária, seja nas tradições culturais e folclóricas do Estado de Minas. É uma mescla da cultura europeia, com a cultura rica mineira. Monte Verde hoje é uma das melhores opções de turismo no Brasil que atende a todos os gostos e bolsos de quem quer fugir da agitação da cidade e respirar o ar puro das montanhas mineiras. (fotografia acima de Dener Ribeiro)
          Casais adoram passar lua de mel em Monte Verde, pelo romantismo da vila, pelas opções que o local oferece de hospedagem para ocasiões especiais a dois como banheira de espuma ou mesmo saborear um delicioso fondue, tomar chocolate quente ou vinho ao lado de uma lareira nas frias noites de inverno. 
Suíça Mineira não, Letônia Mineira
          Por sua origem, pela arquitetura, pelas paisagens e semelhança do seu clima com o europeu, Monte Verde é conhecida carinhosamente como a "Suíça Mineira" ou “Suíça brasileira”, isso porque toda cidade no Brasil, fundada por imigrantes europeus, já é logo chamada de “Suíça”, mesmo sendo fundada por alemães, ingleses, franceses, dinamarqueses, etc. (fotografia acima de Ricardo Cozzo)
          O fato é que Monte Verde, não tem origem Suíça, seus fundadores vieram da Letônia e a arquitetura original da Vila, tem origem nas construções da Letônia e não da  Suíça. 
          Portanto, Monte Verde é a Letônia brasileira, mas como todos chamam de "Suíça Mineira" e até de "Suíça brasileira", é aceitável como termo carinhoso, já que a Suíça é um país mais conhecido e mais badalado no turismo que a Letônia. 
Valorizando a origem letã de Monte Verde
          Valorizando e respeitando sua origem, Monte Verde, além de ser a "cidade dos namorados" e "cidade do chocolate", é a Letônia Mineira ou mesmo, a Letônia brasileira. 
          Em  respeito e honra aos imigrantes da Letônia, pelas dificuldades que tiveram quando aqui chegaram, o esforço para melhorar a Vila, carinhosamente, nós da Conheça Minas, chamamos Monte Verde de "Letônia brasileira" e assim deveria ser, em honra ao país de origem de seus fundadores, Letônia. 
          Não é justo tanto sacrifício, tantas dificuldades vividas pelos letões desde 1938, quando chegaram na região e agora, chamarem Monte Verde de "Suíça". 
          O termo "Letônia brasileira" cai muito bem na cidade dos namorados, da cerveja artesanal, dos queijos, dos doces e do melhor chocolate de Minas Gerais.
          E por falar em chocolate, as chocolaterias de Monte Verde dão show de sabores e cores com deliciosos sorvetes e chocolates, como este abaixo da Chocolates Montanhês.
          Se for a Monte Verde em dias de verão ou clima ameno, pode curtir passeios de biques, quadriciclos, escaladas, trilhas, corredeiras, mega tirolesa e outras atividades radicais, que o distrito oferece aos visitantes.
          Assim surgiu Monte Verde, pela beleza de suas paisagens, por seu clima europeu e por sua semelhança com a Letônia, país de origem de seus pioneiros. Hoje reconhecida como um dos melhores destinos turísticos do Brasil, dotada de uma excelente estrutura urbana, com uma excelente rede hoteleira, gastronômica e de entretenimento, além de um casario em estilo europeu muito bem cuidado, atraente, com ruas calçadas, arborizadas e floridas, com seus belos e bem cuidados jardins. (fotografia acima de Anthony)
Entre os 10 destinos mais acolhedores do mundo
          Monte Verde entrou para a lista dos 10 destinos turísticos mais acolhedores do mundo, com lista divulgada pela plataforma Booking.com desde 2020. Na lista da Booking, Monte Verde ficou em nono lugar, sendo o único destino nas américas, presente na lista. Os outros 9, estão na Europa e Ásia
          Se for a Monte Verde em dias de verão ou clima ameno, pode curtir passeios de biques, quadriciclos, escaladas, trilhas, corredeiras, mega tirolesa e outras atividades radicais, que o distrito oferece aos visitantes. (foto acima de Mônica Milev e abaixo de Ricardo Cozzo)
          Camanducaia e Monte Verde estão na divisa dos municípios de Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Paraisópolis, Gonçalves, Sapucaí-Mirim, Extrema e Itapeva, com acesso pela BR-381, que liga Belo Horizonte a São Paulo. 
(Agradecimentos à Mônica Milev, Wellington Diniz, Ricardo Cozzo e Anthony Cardoso/@anthonyckn, pela cessão das fotos)

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