Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

Mostrando postagens com marcador Central de Minas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Central de Minas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de abril de 2017

As cidades da Região Central Mineira

(Por Arnaldo Silva) Contando atualmente com cerca de 450 mil habitantes, a Região Central Mineira, é formada por 30 cidades, divididas em 3 Microrregiões com sede nas cidades de Bom Despacho, Curvelo e Três Marias. 
          Região com foco na agricultura, pecuária de corte e leiteira, no turismo ecológico e religioso, além de contar com indústrias de pequeno, médio e grande portes, em segmentos industriais diversos, além de artesanato, comércio variado com lojas de todos os segmentos, de pequeno, médio e grande porte em suas cidades. (na foto acima do Edson Borges, a cidade de Sete Lagoas)
As microrregiões da Região Central Mineira 
01 - A microrregião de Bom Despacho
          Com cerca de 52 mil habitantes, à margem da BR-262, com acesso para a MG-164 e BR-040 e distante 150 km de Belo Horizonte, está a cidade de Bom Despacho, (foto acima de Hugo César Pizelli)) Com origens no século XVIII, preserva desse tempo a tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário, presente na cidade desde o século XIX. Bom Despacho foi emancipada em 1º de junho de 1912. A cidade é acolhedora, charmosa e atraente. 
          Conta com ótima estrutura urbana, com boa rede hoteleira e gastronômica, rede educacional com ensino fundamental, médio e superior de qualidade, além de um comércio variado, um setor de serviços de boa qualidade, além de ser uma cidade relativamente tranquila, sendo sede do 7º Batalhão da Polícia Militar, da 50ª Companhia da PMMG, uma guarnição de Corpo de Bombeiros e uma delegacia regional da Polícia Civil. (foto acima e abaixo de Arnaldo Silva)
          A base da economia é a agricultura, a pecuária de corte e leiteira, bem como os derivados do leite, produzidos nos laticínios da cidade. Conta ainda com indústria siderúrgica, de plástico, extração vegetal de eucalipto, monocultura de cana-de-açúcar e soja, fábricas de calçados, tinta, móveis, pedras preciosas, indústrias de ração animal, e outras empresas, familiares, de ramos diversos.
          Além de Bom Despacho, a microrregião é formada pelos municípios de Araújos, Bom Despacho, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Japaraíba, Lagoa da Prata, Leandro Ferreira, Luz, Martinho Campos, Moema, Quartel Geral e Serra da Saudade.
A cidade de Dores do Indaiá
          Dores do Indaiá (na foto acima de Sueli Santos, no dia da Festa do Reinado) conta cerca de 14 mil habitantes e está distante 255 km de Belo Horizonte e a 90 km de Bom Despacho. Dores do Indaiá tem origem num pequeno arraial, fundado no final do século XVIII, que passou a freguesia, vila e por fim, emancipada em 8 de outubro de 1885. A cidade é pacata, tranquila, seu povo muito atencioso e acolhedor e ainda guarda em seu casario, prédios públicos, praças e igrejas, detalhes da arquitetura do período colonial e também do estilo eclético do século XIX e XX. Seus moradores preservam com muita fé suas tradições religiosas, como o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, a Festa de Nossa Senhora das Dores, São Benedito e Santa Efigênia.
A cidade de Lagoa da Prata
          Com cerca de 53 mil habitantes, Lagoa da Prata (na foto acima do Arnaldo Silva, na Matriz de São Borromeu), está a 200 km distante de Belo Horizonte. Cidade bonita, acolhedora, com ótima estrutura urbana, turística e desenvolvida. Conta com vários segmentos comerciais e industriais, atividades agropecuárias, bons hotéis e restaurantes, belas praças e sua lagoa com sua praia, um dos atrativos da cidade. (na foto abaixo do André Laine)
          Além de sua bela praia e lagoa, a Vila Colonial de Martins Guimarães é um atrativo imperdível, além do Rio São Francisco, lugares para caminhada, prática de rapel, canoagem, cavalgadas e aeromodelismo.
A cidade de Moema
          Moema, (na foto acima do Arnaldo Silva) conta atualmente com cerca de 8 mil habitantes e está a 170 km de Belo Horizonte. A cidade é charmosa, atraente e seu povo hospitaleiro e muito acolhedor. Destaque para a Matriz de São Pedro e o Santuário de São Sebastião, seu casario colonial e eclético, suas belas praças, sua culinária típica, seus queijos e quitandas. O comércio é variado, com destaque para a Pioneira, um dos mais tradicionais laticínios da região, produzindo queijos de qualidade. 
            Outro destaque na cidade é a sua tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário e a Festa do Cavalo. Festas que mobilizam toda a cidade e atraem centenas de visitantes para participarem da festa, bem como o Parque Doce Vida, no centro da cidade (na foto acima do Arnaldo Silva), o Rio São Francisco que corta o município, e ainda com várias lagoas como a Lagoa Grande, Lagoa Mariana, Lagoa das Piranhas, Lagoa dos Peixes, Lagoa Criminosa, Lagoa Mariana e a Lagoa Comprida.
02 - A microrregião de Curvelo
Curvelo (na foto acima de Sérgio Mourão, em destaque para a Basílica de São Geraldo) conta atualmente com cerca de 81 mil habitantes e está a 168 km de Belo Horizonte. Foi fundada em 16 de março de 1720 e emancipada em 13 de outubro de 1831. 
          Conta com um comércio muito diversificado, com bons hotéis, pousadas e restaurante, uma excelente estrutura urbana, com atividades econômicas variadas, com destaque para o setor de serviços, lojas de pequeno, médio e grande porte, pequenas e médias indústrias, bem como o turismo, já que Curvelo é um centro de peregrinação religiosa, estando na cidade a única basílica no mundo, dedicada a São Geraldo. Conta ainda conta com belas praças, monumentos, Centro Cultural, dentre outros atrativos. 
          A microrregião de Curvelo é formada ainda pelos municípios de Augusto de Lima, Buenópolis, Corinto, Felixlândia, Inimutaba, Joaquim Felício, Monjolos, Morro da Garça, Presidente Juscelino e Santo Hipólito. 
A cidade de Presidente Juscelino
          A 40 km distante de Curvelo e a 211 de Belo Horizonte, está Presidente Juscelino (na foto acima de Giselle Oliveira, a Paróquia de São Sebastião). Cidade com pouco mais de 4.600 habitantes, com sua economia voltada para a agricultura e pecuária, além de comércio e pequenas empresas familiares. Presidente Juscelino é uma cidade tranquila, pacata, charmosa, atraente e seu povo muito acolhedor. Não é a mesma cidade de Presidente Kubitschek. São cidades diferentes, distantes 80 km uma da outra.A Cidade de Felixlândia
          Distante 180 km de Belo Horizonte, Felixlândia (na foto acima da Lee Camargo), conta atualmente com cerca de 16 mil habitantes, com sua economia tendo como base a agricultura, pecuária, extração de pedra ardósia, monocultura da cana de açúcar e eucalipto, além de um comércio variado. A cidade é muito bem cuidada e turística, com destaque para o turismo religioso, com a Festa de Pietá de Michelangelo e Jubileu de Nossa Senhora da Piedade e pela beleza do Lago de Três Marias, que banha a cidade, com destaque para o distrito de São José do Buriti, o balneário Lago dos Cisnes, além da beleza proporcionada pelo lago da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo. Conta com uma boa rede de hotéis, pousadas e restaurantes, charmosos, pitorescos e aconchegantes.
03 - A microrregião de Três Marias
          Três Marias, conhecida como o "Doce Mar de Minas", conta com cerca de 32 mil habitantes e tem como destaque o Lago da Usina de Três Marias e suas belas praias e paisagens naturais e proporcionadas pelo lago. (na foto acima do Raul Moura). Está a 270 km distante de Belo Horizonte. A cidade tem boa estrutura urbana, principalmente para receber turistas, com ótimos hotéis, pousadas, bares, churrascarias, sorveterias, pizzarias e restaurantes com destaque para os pratos preparados com peixes de água doce.
          Três Marias tem como uma de suas vizinhas, a arborizada, acolhedora, charmosa e atraente Morada Nova de Minas, município com pouco mais de 9 mil habitantes, banhado pelo Rio São Francisco e sendo também banhado pela Represa de Três Marias, com acesso para a duas cidades por estrada e por balsa, sobre as águas da represa. (na foto acima de Stela Dayrell Moura)
          Além de Três Marias, a microrregião é formada pelos municípios de Abaeté, Biquinhas, Cedro do Abaeté, Morada Nova de Minas, Paineiras e Pompéu. 
A cidade de Abaeté
          Abaete (na foto acima do Wilson Fortunato) conta cerca de 23 mil moradores e está a 220 km da Capital. Conta com belas praças, um charmoso casario, com boa estrutura urbana, além de ser uma cidade acolhedora. É cortada pelo Rio Marmelada e ainda, banhada pela Represa de Três Marias, um dos atrativos turísticos da cidade. Sua economia tem como base a fruticultura, pecuária leiteira e de corte, indústrias frigoríficas, confecções, laticínios e outros segmentos industriais, bem como um variado comércio e setor de serviços eficientes. A cidade se destaca no cenário nacional por organizar um dos melhores carnavais do Brasil, que atrai turistas de todo o país, com a cidade oferecendo boas condições para receber os visitantes com uma boa rede hoteleira e gastronômica. 
A cidade de Pompéu
          Pompéu (na foto acima do Arnaldo Silva, a Praça da Matriz de Nossa Senhora da Conceição), conta com cerca de 32 mil habitantes e está a 168 km de Belo Horizonte. Cidade muito bem estruturada, com uma economia forte, com base na agropecuária, sendo a cidade uma das maiores bacias leiteiras da região, além da indústria de álcool combustível, moveleira, mineração de ardósia, monocultura de eucalipto e cana-de-açúcar, um comércio muito variado e um bom setor de serviços. 
          A cidade tem história, desde o século XVIII, em destaque para a matriarca Dona Joaquina do Pompéu. A história da matriarca, bem como da cidade, são contadas no Museu e Centro Cultural, sediado num casarão colonial, além do Rio São Francisco, Rio Pará, Rio Peixe, Rio Pardo, Rio Paraopeba, Lagoa das Represas de Três Marias e da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo. Esses recursos hídricos permitem a pesca esportivas e proporcionam pratos deliciosos a base de peixes de água doce.  
          Além disso, no município tem belas fazendas rurais e seu carnaval, um dos melhores e mais bem conceituados do país, que atrai todos os anos para a cidade que tem boa estrutura em hotéis, pousadas e restaurantes para receber os turistas. 

terça-feira, 21 de março de 2017

Conheça Itabira - a terra natal de Carlos Drumond

(Por Arnaldo Silva) Itabira localiza-se no Quadrilátero Ferrífero, a leste de Belo Horizonte, distante 110 km. Segundo o IBGE, em 2022, a cidade contava com 113.343 mil habitantes. Itabira faz divisa ao norte: Itambé do Mato Dentro; Noroeste: Jaboticatubas; Leste: Nova União; Sudoeste: Bom Jesus do Amparo; Sul: João Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo; Sudeste: Bela Vista de Minas; Leste: Nova Era; Nordeste: Santa Maria de Itabira.
          Carinhosamente chamada de “Cidade do Ferro” pela exploração do mineral, é uma das mais importantes cidades mineiras. Sua história iniciou-se no início do século XVIII, após descoberta de ouro na região e chegada de bandeirantes e exploradores, formando um povoado de nome de Sant´Ana do Rosário, pela devoção de seus primeiros moradores à santa. Nessa época, foi edificada uma igreja em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. (foto acima de Arnaldo Quintão e abaixo de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, o Centro Histórico de Itabira MG)
           Com o crescimento do povoado, com construções de casarões, comércios variados, igrejas e surgimento de irmandades, Sant´Ana do Rosário passou a ser Vila, já com a denominação de Itabira do Mato Dentro, por fim, em nove de outubro de 1848, foi emancipada, se tornando cidade com o nome de Itabira. Suas ruas, igrejas e casarões, guardam histórias do tempo do Brasil Colônia. 
          Ao longo de sua existência, além da exploração mineral, desenvolveram-se no município vários segmentos industriais como têxteis, metalúrgicos, artefatos de couro e ferro, dentro outros. (na foto acima do Arnaldo Quintão, vista parcial de Itabira MG)
          Ao longo de sua história, a música, literatura e teatro sempre se destacavam no desenvolvimento da cidade. Celeiro de vários artistas, a cidade orgulha de ser a terra do poeta, contista e cronista brasileiro Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987), considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. 
          Em várias de suas obras, Itabira foi sua fonte de inspiração. (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade na sua terra natal e na foto abaixo, de Arnaldo Quintão, Praça do Areão, um dos pontos descritos pelo poema "O maior trem do mundo" de Carlos Drummond de Andrade)
          Além das atividades industriais, arte e cultura, o município tem outros atrativos como o Parque Ecológico Itabiruçu, a Mata do Intelecto, a rampa de voo livre, a Mata do Limoeiro, a Pedra da Igreja, a Serra do Bicudo, o distrito de Ipoema, a Serra dos Alves possui várias cachoeiras propícias para a prática de esportes radicais como rapel e canyoning. (na foto abaixo, de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a Cachoeira Alta em Ipoema)
          A cidade conta ainda com o Parque Natural Municipal da Água Santa, com águas térmicas brotando das profundezas de rochas e segundo a população local, medicinais. O parque tem boa estrutura para lazer dos visitantes como bancos, teatros, equipamentos para lazer, além de estar integrado ao Museu de Território Caminhos Drummondianos.
          No perímetro urbano, suas igrejas históricas, como a de Nossa Senhora do Rosário, casarões, a casa em que viveu o poeta Carlos Drummond de Andrade, o Centro Itabirano de artesanato (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas) onde o visitante pode conhecer os trabalhos em crochês, cerâmicas, madeiras, bordados, barbante, pinturas em telas, cestaria e outros trabalhos do artesão e artistas itabiranos, bem como sua culinária tipicamente mineira são atrativos imperdíveis para os visitantes

sexta-feira, 10 de março de 2017

Conheça Curvelo: a Terra de São Geraldo

(Por Arnaldo Silva) Curvelo, cidade da região Central de Minas, distante 170 km de Belo Horizonte se destaca no Estado por sua religiosidade, história e localização privilegiada, já que é servida pela rodovia BR-040, que faz ligação da cidade a Belo Horizonte e Brasília e com a BR-135 e Rio-Bahia e BR-259, dando acesso de Curvelo a Diamantina e Serro, duas importantes cidades históricas mineiras. (na foto abaixo de Giselle Oliveira, a Basílica de São Geraldo)
          Curvelo faz divisas com os municípios de Cordisburgo, Corinto, Felixlândia, Morro do Garça, Papagaios, Paraopeba, Pompéu, Presidente Juscelino, Santana do Pirapama e Santo Hipólito. Tendo sido "Cidade Mãe", que deu origem a diversos municípios da Região Central, anteriormente distritos de Curvelo como Morro da Garça, Inimutaba, Presidente Juscelino e Santana de Pirapama, dentre outros. 
          Segundo o IBGE, em 2012, Curvelo contava com 80.665 habitantes. A cidade é uma das mais bem colocadas no ranking das cidades pequenas do Brasil com melhor desenvolvimento econômico, estando em 14º. (fotografia acima de Sérgio Mourão)
          Fundada em 16 de março de 1720 e emancipada em 13 de outubro de 1831, com o nome de Santo Antônio da Estrada, teve seu nome mudado para Curvelo graças a um de seu mais ilustre morador, o padre Antônio de Ávila Curvelo. 
Hoje, a cidade tem no turismo um dos grandes fomentos de sua economia, por sua arquitetura e o turismo religioso. 
          O solo curvelano guarda reservas minerais de Ardósia, Calcário, Zinco, Cristais e Quartzo. Sua economia é baseada em pequenos comércios e indústrias e principalmente na agropecuária. (fotografia acima de WDiniz)
          Curvelo é uma das cidades mais arborizadas de Minas, com belas praças, jardins, além de sua vegetação ser típica de Cerrado a culinária com os frutos do Cerrado, como o Pequi, araticum, cagaita, bacupari, jatobá, mangaba, etc, estão presente licores, doces, compotas, geleias, em pratos doces e também em garrafadas com folhas e raízes de plantas medicinais do Cerrado. 
          A presença de frutos típicos do cerrado se faz notar na culinária, onde encontra-se com facilidade nas feiras e restaurantes da cidade pratos, doces e salgados, como arroz com pequi, licores, galinhada com pequi, geleia, etc,  feitos com pequi, cagaita, jatobá, araticum , mangaba, etc, além de garrafadas com chás de folhas e raízes dos frutos medicinais do Cerrado.(na foto acima, jatobá e cagaita fotografada por Arnaldo Silva)
         O grande destaque de Curvelo é sua religiosidade é a fé em São Geraldo, quando a cidade recebe uma média de 100 mil romeiros vindos de todo o Brasil para participarem da Oitiva, a Festa de São Geraldo que acontece entre 31 de agosto, se estendendo até 8 de setembro, na única basílica exclusivamente dedicada do santo italiano existente no mundo (na foto acima de de Giselle Oliveira, o interior da Basílica), construído em 1906 por missionários redentoristas holandeses.
          Outro destaque na cidade é o Forró de Curvelo, evento que acontece em julho de cada no que atrai multidões vindas de todo o Brasil para a cidade para acompanhar a festa, que acontece em praça pública, com muita barraquinha, comidas típicas e shows com artistas famosos. Nessa época, a população da cidade de mais de 80 mil habitantes, chega a dobrar. 
          A bela arquitetura da cidade e o charme do casario colonial de Tomaz Gonzaga, seu distrito, a Lapa do Mosquito,  umas das várias grutas da região exploradas pelo dinamarquês Peter Wilhelm Lund,  Curvelo tem ainda como atrativos o Centro Cultural de Curvelo, funcionando no prédio da antiga estação ferroviária; a Matriz de Santo Antônio, do século XIX, com seu alta-mor entalhada pelo escultor Chico Entalhador (na foto acima de Wellington Diniz), O Parque de Exposição Ernesto Salto, palco da tradicional Exposição Agropecuária e Industrial de Curvelo; a Praça Voluntários da Pátria (Praça da Basílica); a Praça Central do Brasil; Praça Benedito Valadares; a Praça Tiradentes; a Feira do Bairro Bela Vista; o Estádio Salvo Filho; o Clube Recreativo Curvelano (Sede Campestre) e a Feira da Estação. 

domingo, 15 de janeiro de 2017

Serra da Saudade: a cidade menos populosa do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Fundada em 1963, Serra da Saudade, fica no Centro-Oeste de Minas e faz divisa com Dores do Indaiá, São Gotardo, Quartel Geral e Estrela do Indaiá e está a 270 km da capital. 
          A cidade se destaca no Brasil por um fato curioso: tem apenas 833 habitantes. Isso mesmo. É o menor município brasileiro número de habitantes no Brasil. De acordo com um dados do IBGE, no último Censo Demográfico, Serra da Saudade tinha em 2010, 815 habitantes. No atual, aumento em 18 habitantes, passando a ter 833 habitantes, segundo o Censo Demográfico do IBGE divulgado em julho de 2023. (fotografia acima de Sueli Santos)
Como é viver na menor cidade do Brasil?
          O município tem 335 quilômetros quadrados de extensão territorial, o mesmo tamanho de Belo Horizonte, a capital mineira. O perímetro urbano tem apenas 990 metros de uma ponta a outra, sendo desnecessário o uso de carro ou moto nas poucas ruas da cidade.
          Serra da Saudade é tranquila, com índices de violência quase zero, são pouquíssimas ocorrências policiais. O último homicídio registrado na cidade foi em 1967. Pequenos furtos e confusões são raras na cidade. Quando acontecem são em média de 1 a 2 por ano.
          Na cidade há um Destacamento Policial mas tem pouco trabalho. Os policiais se empenham em identificar pessoas e carros de fora. Por prevenção, são abordados de forma educada para saber o motivo da visita.
          As casas não tem muros, ficam rente às calçadas e portas janelas ficam geralmente abertas, mesmo que o morador não esteja em casa. Em noites de calor, é comum os moradores dormirem de janelas abertas. Os carros "dormem" nas 5 ruas da cidade. Todos os moradores se conhecem. (foto acima de Sueli Santos). 
          Essa tranquilidade é motivo de orgulho para os moradores, que consideram sua cidade, um pedacinho do céu. A economia da cidade gira em torno de atividades agropecuárias, pequenos comércios e da Prefeitura, que é a maior empregadora do município. 
          Em Serra da Saudade (foto acima de Maurício Soares) há um pequeno posto de saúde, com atendimento e distribuição de remédios à população e uma agência dos Correios, onde funciona um posto de atendimento do Bradesco, uma Casa Lotérica e uma padaria. 
         A cidade conta com o Centro Municipal de Educação Menino Jesus (CEMEI) que atende crianças de 0 a 6 anos e com a Escola Luís Machado Pinto, de ensino fundamental, que atende alunos de 6 a 14 anos. Nesta escola funciona ainda o EJA, Educação de Jovens e Adultos.
          Além disso, os estudantes que vivem na zona rural contam com transporte gratuito fornecido pela Prefeitura, além de contarem com atendimento médico, odontológico e psicológico.
         Em Serra da Saudade não tem posto de gasolina e nem farmácia. Caso precisem, os moradores vão às cidades vizinhas. Posto de gasolina, por exemplo, mais próximo fica em Estrela do Indaiá, a 15 km de distância. Em casos de saúde mais urgentes, a Prefeitura encaminha os pacientes para as cidades com mais estrutura. 
          Os moradores tem à sua disposição academia ao ar livre e de ginástica e pilates, praças e ruas limpas e tranquilas, bem como internet gratuita fornecida pela prefeitura.
          Não é por menos que os moradores de Serra da Saudade, chamam sua cidade de "pedacinho do céu".  

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Conheça a Cachoeira da Casca D´anta

(Por Arnaldo Silva) A Casca D’ Anta está entre as maiores e mais belas cachoeiras do Brasil. São 186 metros de queda livre. As águas do Rio São Francisco, que nasce um pouco acima da boca da cachoeira, despencam sobre um leito de pedras e segue seu percurso. É uma das maiores atrações de Minas Gerais e o lugar mais visitado na Serra da Canastra. É imperdível! A Cascadanta é um espetáculo!
          
 Devido a força da água e pelas formações rochosas do entorno, o poço principal não é recomendado para banho, mas mesmo assim é um privilégio estar aos pés das águas do mais importante rio brasileiro, o nosso Rio São Francisco que nasce em São Roque de Minas, a 350 km de Belo Horizonte.
Como chegar na Cachoeira Casca D’Anta
          O acesso à cachoeira é feito pela portaria 4 do Parque Nacional (única da parte baixa do parque), localizada em São José do Barreiro, distrito de São Roque de Minas. (Fotografia acima  de John Brandão - In Memoriam)
          Ônibus, vans e carros não podem entrar, tem que ficar no estacionamento. Da portaria até a cachoeira são cerca de 2 km de caminhada por uma trilha de mata nativa do Cerrado. 
          É recomentado visitar a parte alta da cachoeira, como podem ver acima na foto. Nesse caso, o acesso é pela Portaria I, em São Roque de Minas. Da cidade, até a portaria e da portaria, até a parte alta que vê na foto acima, são 38 km. É uma vista incrível e ainda você pode conhecer a nascente do Rio São Francisco, que está nesta área. 
          Da nascente até a foz, as águas que nascem em Minas, atravessam 5 estados, percorrendo um total de 2.700 km até desaguar no mar.

domingo, 1 de maio de 2016

Cachoeira do Tabuleiro: a maior de Minas

(Por Arnaldo Silva) Com 273 metros de queda, a Cachoeira do Tabuleiro é a maior de Minas Gerais e a terceira maior cachoeira do Brasil. Está localizada em Conceição do Mato Dentro - MG, município distante 167 km de Belo Horizonte via MG 010, na divisa com os municípios de Serro, Dom Joaquim, Congonhas do Norte e Gouveia.
          Cercada por um imponente maciço rochoso com tons avermelhados, a Cachoeira do Tabuleiro impressiona por sua beleza única e singular. (foto acima de John Brandão - In Memoriam)
 
          No entorno da Cachoeira, campos rupestres, matas de Cerrado e pequenas manchas de matas de galeria, completa um dos mais belos cenários naturais do Brasil. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia) 
As águas que caem a 273 metros formam um poço com 18 metros de profundidade e 700 m² de diâmetro. O fundo do poço é formado por grandes blocos de pedras submersos, por isso, saltos e mergulhos radicais não são aconselháveis e sim, entrar na água naturalmente, desfrutando de sua energia e beleza. Devido a pouca incidência de raios solares e constante correntes de vendo, a temperatura da água do poço formado pela cachoeira sempre fica abaixo dos 20ºC, um convite a um refrescante banho em dias de calor, numa água de tom escuro, natural da região, limpa e cristalina. (fotografia acima de Leandro Leal)
          Suas águas formam seguem o curso do rio Ribeirão, adentrando em grandes vales, formando pelo caminho pequenos poços entre pedras.

quinta-feira, 10 de março de 2016

A rota romântica do Vale do Charme mineiro

(Por Arnaldo Silva) Entre montanhas, ar puro, nascentes de águas cristalinas, cachoeiras e paisagens maravilhosas, está o Vale do Charme, uma rota cheia de belezas naturais, construções coloniais e história.
          É uma rota romântica formada por Brumadinho, Belo Vale, Bonfim e Moeda. A região é ideal para quem quer viver longe da agitação das grandes cidades, ou pelos menos, passar alguns dias nas requintadas pousadas da região e apreciar uma das melhores cozinhas de Minas Gerais e paisagens deslumbrantes.(na foto acima do Elpídio Justino de Andrade mostra a estrada Nair Drumond, vista do Topo do Mundo)
          Não são apenas em belezas naturais e na culinária que a rota romântica do Vale do Charme se destaca. Tem história, fazendas centenárias, igrejas do período barroco e museus, artes, artesanatos, tradições, folclore e festivais, presentes nas quatro cidades que compõe o Vale.
          Brumadinho a 55 km de BH se destaca pela sua extensão territorial, pelos seus inúmeros atrativos como voos de balão e parapente, além do Inhotim, o maior museu de arte contemporânea do mundo e pelos charmosos distritos de Piedade do Paraopeba, destacando a Matriz de Nossa Senhora da Piedade, de 1713, cujo altar é ornado com uma imagem de madeira, trazida de Portugal em 1731 (na foto acima, do Barbosa) e Casa Branca.
Gastronomia especial
          Se está de dieta, esqueça, pelo menos enquanto estiver em Brumadinho. (foto acima, do Barbosa, de um restaurante em Casa Branca) Restaurantes em Brumadinho você encontrará dos mais simples ao mais requintados, mas com algo em comum: a maravilhosa cozinha mineira, tradicional. Não dá para resistir aquele torresmin no tropeiro, muito menos aquele docindileite feito no fogão a lenha e tacho de cobre, broa de milho, pamonha, café com rapadura. E o franguin com quiabo e angu? Ninguém resiste, nem se quiser.
Passeio rural
          Quem for às cidades da região pode desfrutar dos passeios pelas fazendas centenárias e pequenos povoados. Belo Vale, Bonfim, Moeda e Brumadinho possuem construções históricas, fazendas do século 18 como a Fazenda Boa Esperança em Belo Vale (na foto acima de Thelmo Lins), que pertenceu ao Barão do Paraopeba. Em Belo Vale está também o Museu do Escravo, o maior do gênero na América Latina, retratando toda a história do período da Escravidão no Brasil, com instrumentos usados no castigo dos escravos e documentos de grande valor histórico.
          Na bela Bonfim, você pode conhecer o Carnaval a Cavalo (na foto acima de Alisson Gontijo). É uma tradição de quase dois séculos, que revive as batalhas entre Mouros e Cristãos na Idade Média. Só que hoje as armas não são arcos, espadas e flechas e sim, confetes e serpentinas. Um carnaval diferente, gostoso de ver e participar.
          Já em Moeda, você pode visitar São Caetano da Moeda ou Moeda Velha (na foto acima Evaldo Itor). Esse povoado abrigou uma antiga fábrica clandestina de moedas, por volta de 1720, no século 18. O ouro era fundido mas não era arrecado um centavo sequer para a Coroa Portuguesa. Hoje, da fábrica clandestina, restaram ruínas, um dos atrativos do Vale do Charme. O povo de São Caetano é simples, muito hospitaleiro. Em agosto, mês da festa de São Caetano, todos os moradores se envolvem na organização e participação na festa, que recebe visitantes da região.
Pra quem não sabe, Moeda e Belo Vale, principalmente, são grandes produtoras de mexericas. A Festa da Mexerica de Belo Vale é muito famosa na região. 
          Uma boa dica para conhecer em Brumadinho é o Templo budista Chagdud Gonpa Dawa Drolma em Casa Branca, distrito de Brumadinho. (na foto acima do Barbosa) Um lugar para quem gosta do silêncio, da paz e do sossego.
 Em todas as cidades do Vale do Charme você encontrará alambiques que produzem a famosa cachaça mineira e claro, restaurante com a mais genuína e gostosa comida caseira mineira.
O Topo do Mundo
          Caso sua escolha seja curtir as belezas naturais, a dica é o Topo do Mundo, na Serra da Moeda, a 1400 metros de altitude. A vista é linda e trilheiros (foto acima de John Brandão/Im Memoriam) são presenças constantes na Serra, bem como os amantes de voo livre. Mesmo que você não se arrisque a voar, pode assistir. Mas se quiser, pode voar de parapente sentado numa cadeirinha. Isso porque no local tem instrutor, com experiência, que te acompanhará nesta aventura fantástica que pode durar por quase uma hora, dependendo do tempo. (foto abaixo de Andréa Gomes)
          Aos domingos, quando o tempo está bom, tem também na Serra o sobrevoo de balão com duração de 1 hora mais ou menos.
Instituto Inhotim
          São 97 hectares de pura arte, com os mais diversos temas, dos mais variados artistas, sem contar a beleza da paisagem do local, inspirada nos projetos paisagísticos de Burle Marx (1909-1994). Possui restaurantes e lanchonetes para atender os visitantes. (foto acima de Thelmo Lins) É a maior atração de Brumadinho e um dos lugares mais visitados por turistas que vem a Minas Gerais. Estamos falando do Inhotim, o maior museu de arte contemporânea do mundo.
          Tudo no Inhotim são arte e beleza. São cinco lagos ornamentais e 4,5 espécies de plantas. Os criadores do Instituto trouxeram também plantas exóticas, de outros países. Com certeza eles gostam muito de palmeiras. O Inhotim possui a maior coleção de palmeiras do mundo. São 1300 espécies de palmeiras plantadas.
Entre a espécie mais interessante, estão as palmeiras de Madagascar ou palmeira azul, de origem africana.(foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Uma caminhada pelo Inhotim é agradável, mas se preferir tem carrinhos usados em campos de golfe à disposição dos visitantes. Muito verde, espaço para descanso e conversas. Até os bancos são obras de artes. São 98 bancos feitos com troncos pelo designer gaúcho Hugo França. 
          As obras de arte do Instituto contam com talentos nacionais de artistas como Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Adriana Varejão, dentre outros. Obras de artistas internacionais também estão presentes no Inhotim como do norte-americano Doug Aitken que reproduz os sons emitidos no fundo da terra. Isso mesmo! É a obra que mais impressiona. São seis microfones geológicos, instalados no fim de um cano a 202 metros de profundidade. A região é de mineração, portanto, dependendo da atividade nas redondezas, os barulhos são ensurdecedores ou discretos.
O Rola Moça
          A melhor época de passeios pela rota romântica do Vale do Charme é no inverno onde geralmente acontece festivais culturais e gastronômicos. A região conta com diversas pousadas, seja das mais simples às mais sofisticadas, mas aconchegantes com lareiras, vinhos e vistas maravilhosas, que possibilitam momentos de puro relaxamento e romantismo. Em Brumadinho estão as principais pousadas da região onde você pode também contemplar a Serra do Rola Moça. (na foto acima de John Brandão/Im Memoriam) A vista é um espetáculo! Todos os dias sai ônibus da rodoviária de Belo Horizonte para Brumadinho e cidades da rota romântica do Vale do Charme.

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Facebook

Postagens populares

Seguidores