Mas eu volto todo ano pra visitar o lugar.
Vou rever velhos amigos que diferentes de mim, lá nasceram e cresceram e nunca saíram de lá.
Mas um grande fazendeiro comprou a nossa fazenda, transformou tudo em pastagens para o seu gado pastar.
Hoje eu vejo a minha história sendo aos poucos apagadas pelas patas da boiada. Só tristeza é o que me dá.
A Casa de alvenaria que hoje eu moro na cidade, se difere da palhoça que eu nasci lá no sertão.
Feita de madeira grossa, com paredes pau á pique, reboco de terra e água, amassado pé á pé.
Foi ali que á muitos anos começou a minha história.
Lá vivi alguns momentos que não esqueço jamais.
As origens de um homem, às vezes ficam pra trás, mas nunca são esquecidas; isso eu aprendi com meus pais.
E me lembro do velho pai puxando cana pro engenho; no seu bom e velho carro, com duas juntas de bois.
O roxinho e o vibrão, o malhado e o arboredo.
Pantaneiros de origem....gigantes de força bruta.
Não precisava ferrão, nem chicote na labuta.
Bastava a voz do papai.
Vibrante, forte e astuta.
Com duas juntas de bois, criou a família inteira, sem deixar faltar pra gente o alimento e a esteira.
Hoje ali resta esquecido o velho engenho de madeira.
O velho carro de boi há tempos virou lareira.
Um moirão de cerne puro onde era a porteira, resistindo á tanto tempo por ser de boa madeira.
Mas da casa não se vê nem sombra e nem poeira.
O capim já cobriu tudo.
Formando bela touceira
Onde alimenta o gado, as lembranças do meu passado estão sendo enterradas; eita vida passageira.
O meu pai sempre dizia: filho; pra vencer na vida, não precisa ter vergonha de falar do seu passado.
Não se é bom coronel, quem não foi um bom soldado.
Os conselhos do meu pai me fez homem respeitado.
Vou comprar essa fazenda e resgatar a minha história.
Só pra não sob as patos do gado tudo apagado.
E vou reerguer uma casinha do jeito que era a nossa, só pra matar a saudade da nossa velha palhoça .
Por Edson Borges - O Poeta do Vale - Felício dos Santos MG Feita de madeira grossa, com paredes pau á pique, reboco de terra e água, amassado pé á pé.
Foi ali que á muitos anos começou a minha história.
Lá vivi alguns momentos que não esqueço jamais.
As origens de um homem, às vezes ficam pra trás, mas nunca são esquecidas; isso eu aprendi com meus pais.
E me lembro do velho pai puxando cana pro engenho; no seu bom e velho carro, com duas juntas de bois.
O roxinho e o vibrão, o malhado e o arboredo.
Pantaneiros de origem....gigantes de força bruta.
Não precisava ferrão, nem chicote na labuta.
Bastava a voz do papai.
Vibrante, forte e astuta.
Com duas juntas de bois, criou a família inteira, sem deixar faltar pra gente o alimento e a esteira.
Hoje ali resta esquecido o velho engenho de madeira.
O velho carro de boi há tempos virou lareira.
Um moirão de cerne puro onde era a porteira, resistindo á tanto tempo por ser de boa madeira.
Mas da casa não se vê nem sombra e nem poeira.
O capim já cobriu tudo.
Formando bela touceira
Onde alimenta o gado, as lembranças do meu passado estão sendo enterradas; eita vida passageira.
O meu pai sempre dizia: filho; pra vencer na vida, não precisa ter vergonha de falar do seu passado.
Não se é bom coronel, quem não foi um bom soldado.
Os conselhos do meu pai me fez homem respeitado.
Vou comprar essa fazenda e resgatar a minha história.
Só pra não sob as patos do gado tudo apagado.
E vou reerguer uma casinha do jeito que era a nossa, só pra matar a saudade da nossa velha palhoça .
0 comentários:
Postar um comentário